Aula Tuberculose Part 02
description
Transcript of Aula Tuberculose Part 02
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 1/32
TRA.TADO DE lN FEC TOLOC IA
9 . Discutir 0 p rob lem a cia transmissibilidade enu rn rar,
para controleeus co rnu nican tes m ais prb xim os.
10. Verificar as condicoes economicas e socials que podem
interferir no tratamento e no retorn o do p acient.
11. Prever uma quantidade adequada no fornecimento das
drogas dianteda im po ssib ilid ad e d e retorno n o p ra zo
pre isto.
12. Responsabilizar alguem proximo do paciente pam exer-
eer um controle durante 0 [fa am nto pecialmente
em pacientes problemancos, como multirresistenee -
infectado pelo HIV abandonos e irregularidade em
tratamento anteriores, etili ULS. rianeas e adol en-
tes, idosos doente mentai OU deprimidlo et .E recornenda e.l tuna con ulta d reto rno p roc{) e. ntre
sete e 15 dias para conferir efeitos adverso e resnonder
questoes que 0paciente nao formulou na midst anre 0 im-
pacto do diagnostico.
os controles mensai de controle d "e-sea ow para
as seguintes questoes:
I. Avaliacao clinica, d stacando 0
febre, sudorese ganho pond
acordo com a forma da doen J
2.. Realizar controles bacilos opi - radio ogios ..m-
pre que possiv Ie outrcs
3. Investigar obre a toma
sfveis efeirc adverso.4. Readaptar as do es ao p om asa de alteracoe
5 .. T ra ta r a . i nte rc or re n ci as ,
6. .valiar criterio amen e 0 d S 11 0 1 imento d o tra ta -
mento para defin ir eu uce so ou . ua falen ia.
7. Evitar a troca precipitada do esquema terapeutico.
8. Encarnurhar 0 doente para referencia s sempre que 0
case exigir olicitando retorno de informacdes con-
tra-referencia).
9. Dar uma esoe tal a n}io para 0, pacienses irregula-
re . e os que retornam apo abandono, invest igando
c~ldado arne,me sua causae tornando pro iden-
Cia' para sana-las.
. Ati~idades como a fonna, a D de grupos de pacientes para
discussao sobr a do. nca e 0 tra tam ento , palestra em salas
de espera . folhetos edu ati os, canazes de orientacao e ou-
tras sernelhante devem sel' estimuladas,
Tratamento .80b sup r isao direta, proposto atualmente
pelo MS, com tomada dosmedicamentos na unidade, em uni-
dades pe:-ifericas m ais proxim as da residencia (Supervisao
Co op erative), com concu rso de familiares a u lide re s c om un i-
tarios especlalmente. designados (Supervisao de Padrinbo)
devern ser estabeiecidos, alem de outros tipos de controles.
Para a melhor rendimento destas orientacoes, e fund amen-tal que se estabeleca u ma u nid ad e filosofica, t~6rica e prati-
ca , .110 com po~tam ento da equipe de sa ude , ° que po de ser
obtI~lo com discussoes coletivas, revisoes de desernpenhoavahand~ a efetividade global e individual, curses de treina-
mente e i 0TI11a9 f!oe tc .
A t~ .lb er c~ Io se p ro vo ca se qu ela s m a is OL f menos extensas,
aSS ll1 1e p r ec r so avaliar a n ec es si da dc d e a com pa nh am e nto
ape a alta do paeiente, devendo 0 paciente ser orientad
pam . r et or no a nid.ade pelo menosuma ou duas veze a. '.:;
a aim. Este retorno e:
a Obrigat6rio: para pacientes portadores de irnuno-
epre ao grave all de risco permanente como na
AIDS , n e op la si as insuficiencia renal crunica, silico .
paracoccidiodonlicose, usuaries de corticotcrapia pro-
longada, tuberculose cronies multirresistente C outras,
b. Recomendavel: para os portadores de doencas au
condicoes associadas que interfiram no sistema imuno-
logico, como as diabeticos, gastrectomizados, etilistas,
ic iados em d rog as, p ara o s qu e curaram co rn ex tcnsas
seq uelas, os qu e ap rescntaram evo lucao arrastada com
demora da n eg ativ ac ao d o e sc arro e o s q ue a ba nd on a-
ram o u to maram dro ga de m an eira irregular.
BIBLIOGRAFIA BAslCA RECOMENDADA
I . Acocella G, Conti R. Interact ion of r ifamp ici n with other druus,
Tubercle 1980; 61 :171-177, -
• American Thoracic Society, cnc; and Infectious Diseases S ociety
of America Treatment of Tuberculosis. Recommendations and
Reports. 1 \ 1 1 fY I \VIZ 2003; 52(RR I I); J -77.
• Becerra Me, Freeman .I, Bayona .I et al. Using treatment failure under
. 'frec~i:ve directly observed, shoJ't-co.Lln;e chemotherapy programs to
Identify patients WIth mu lt id ru g- re si sum t t ub er cu lo si s. tn t J Tuberc
Lung Dis. 20()() Feb;4(2):108-14 Comment on: Iut J Tuberc Lung
DIS. 20()() [,'eb;4(2):95. InL .J Tubcrc Lung Dis, 2000 Nov:
4(1):1089-91. Jill J Tuben; Lung Dis. 1999 .lLlI;3(7):561-3, Int JTuberc Lung D is. 1 99 ') May;3(5):451-3. ln t .I Tu bcrc L ung D is. 20 00
Feb-4(2): I ()S - .14, .
• B urns T, Knapp M , C atty J ct al . Horne treatment fo r mental
health problems: a systematic review . health techno! assess.
200 I ; 5( 15): l-13t).
• Cardoso EM . M ultiple drug res is tance: a threat fo r tu bercu lo sis
co ntro l R ev P an am S alud Public a. 20 04 J ul;1 6(1 ):6S -73 ,
• Castelo A, J~rdil11 .I, G oihman S el. a l, C om pa ri so t~ o f d aily and twici-
weekly regtrn es to treat pulmonary tuberculosis. L'U1CC! 1989'2:1173-1176, .. , . . ..
• C~s~e!o Fa . A. Estudo rundnm izado coutro lado para aval iacao da
eJettv.td.adc de um esquem a intcrm iteote de curia duracso n o trata-
mente da tL~hen:LJJose pulmonar. Tese de Doutorado e m M e dic in aEsco la Paulista de M edicina, Sa.o Paulo, 191 ':9. .
• .Do~l.b OL. The chemical structures, properties, and mechanisms of
~ctIQ n of the antituberculous drugs. In Tuberculosis, Y oum ans G P
I hiladelphia: \V,[3. S aunders Co. 1979. p .435-456. '
• Espinal M .A, ~im S .J, S uarez PC at al. S tandard short-course
che: l ioLhcrapy r Dr drug-res i stant tu bercu losis: trca trnent outcomes
If! 6 COLLI lLnes . . IA MA . 2 00 0 M ay 1 7;2 1:)3 (1 9):2 53 7-45 .
• ~u.ustini A, Ila ll A J,' Pe ruc ci C A. Tu berc ulosis trea tm ent o utc om es ill
E uro pe : a systematic review, ELII' Respir J. 2005 Sc p :26 (3 ) :5 03 -. l 0 ,
• Jaw -Ching W c,l ul. ~Isu niazirl-rifu mpin in duced hepa t iris in
hepatitei s B earn crs. G as tro cn tc ro lo gy 1 99 0; 9 8: 5 02 -5 04 ,
• M artins ACP, Arauj» LMR. Tubcrculcse e diabetes mellitus. J
Pncurnol 1993; 1 9: 110 -112.
• M elo FAF, Afiunc m,. Quimiotcrapia da tu be rc ulo se : b ase s, c on du -
ta s C p ro cc dim en to s .. 1 l '>neU1UO[ J.993;19:42-49.
• M e lo FAr. Tratam en to do tuberculoso com insuflc ienc ia renal.Pncurno l ]>auI.!S PPT 1986; ] : 7.
• Mclo F AF , ~ fillile .IB, Drogas antituberculosas no Bra.~il:
m ultirresistdn cia . A I'S Cu run di 1 00 2; 2 5:51 ·5 X.
• M .in ,i~ t~ ri() d a S~~ldc/FNS. Tuberculosc: g uia 'de vio ili\ nc ia ep id e-miokigica. Bl'aSIII<l, 2002, . '"
• ,[j:chison DA.!11C action of antituberculosis drugs in short-coursechcmoterapy. 1 ubcrc le, 1 98 5; 0 6:2 19 -2 25 ,
• M orrone M acedo r Fercs W 1M . I 1 Rcaco ..., . '_ . .. J ,. ..... . e ,; [I .. \.co90es a dversas ·enueracccs das drngas antrtubcrculosas. J Pneumol 1993; 19:52-51).
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 2/32
• OPA S . Control de la tuberculosis: m an ual so bre m ~to do s y procc~
dimientos para los programas integrados, Pub! Cient I 0.498, 1987.
• Pablos-M,l:ndez A, Cuwd:i DK, l-T'''',J.;", TR. C,""t",,\lit\~ LCI.,,,\t-i,,.Ir,,,C'-
. I losi dac .css to expcns rve d ruzs: a rationalreslstanttllJerCU(lSISan',aCCCt;, v,'·_,··-r_'.·, .. 'framework I:jull World Health Organ. 2002;~O(o ).4l;9- b , discussion
495-500.
• Rosernberz J. Ouimiotcrupia c ia tubcrculose : J- Principles funda-
mcntais, 1 1 - M cdicarnentos. Tipos de tratarnento. A aliacao econ-
trole. Rev Ass M cd 13rasiI1 983; 29:90-101.
• Sharbaro .lA, Iseman MD, Crowle A . T . The combined effect of
ritampin and pyrazinamide with in the human macrophage. Am Rev
R cs pir D is 19 92 ; 148:1448-1451.
7 0 . 8 · P r e v e n c a o;J
A tuberculose pode ser p revcnida, En tre as acoes basicas
de prevencao, duas sao prim arias - a vacinacao BeG e a
busca aiiva de cases com diagnostico precoce, am bas com
o objetivo de evitar 0 aparecimento de novas infeccoes. Urna
terceira - a quim iop rofilaxia, na verdadc um a quim io terapia
preventiva sccundar ia, indicada para os ind ivfduo s ja
infectados - tenia evitar 0 aparecirnento cia doenca no pe-
dodo de Iatencia dos bacilos,
VACINAC;AO BeG
o Bacilo de Calmette c Guerin (BeG) utilizado 1'13 vacina-
ca o e 1 . 1 l 1 1 C l varian te d o b acilo tu berculoso b ov in e, resultad o
de m utacao genetica apos m ais de 20 0 rep iques em cu lturas
em meio de batata g li ce rin ad a c om bile de boi realizado pDr
e ste s d ois p es qu is ad or es , Nes se p ro ce ss o o bte e-se Ulna ccpa
aviru lenta, qL Ie man tinhaas propri edades de cstimulacao
irnunologica, capax de p ro te ca o c on tr a a tuberculose.
A eficacia da vacinacao com BeG tern provocado desde
o seu aparecim ento, no inicio da dccada de 1920 , V~1r1aS is -
CllSSOCS e con trove rsi a s,
Um dos primeiros problemas surgiu, em ]930, com 0de-sastre de Lubeck, na Alemanha.esta cidade, u rn te rc e das
cerca de 250 criancas vacinadas po r via o ral aprcsentou obi-
to n o p rim ei ro ana pela tuberculose e o u tr as descnvolverarn
Io rrn as c ro nic as d a d oc nc a. E sta o co rren cia su sc ito u d uv id as
sobre a avirulencia do BeG quase d ete rm in an do su a inutili-
dade com o prcvencao da tuberculose, Somente a po s e xa us-
t iv a s inve s tiga coe s , descobriu-se que, na elaboracao da
vacina empregada, bacilos acinais f or am m i st ur ad o s por ne-
gligen cia , co rn g erm es v iru len tos colo cado s em um a m esrn a
estufa no laboratorio de origem da vacina. D esde entao, nor-
m as in tem acionais pro ibem os Iabo ratorios que preparam as
vacinas de sc ocuparern com outras micobacterias.
Nas dccadas de 1950 e 1960, diversos cstudos controla-dos e prospecrivos foram realizados, variando a eficacia des-
de uma alta protecao (entre 75% e 80%), protecao baixa (entre
Capitulo 70
TUBERcmDSE
.1 e e r l G o m j " 'b _ . I U ! a I l I V a n O I l U I lUUClvU1'U~1 UYlJll~~IIY~"r
with. ani (nee ids. Clin Infect DL ]99_ ; 15:10 '3-10-4 ._ 'V~ld . ..,...,.i 'RP Can ~t .IL Kantor I ... "I.. DrUl-!-.-esistan;- .uhcreulo;;;s:
laboratorv issue . Tu~rcJc Lung uis 1994; 7;:':1-·~
I. \~afery. ~ns,A_ TrlHamClllO da tubercu lose :n o hepatopata e no
uremi 0. JPneumol 199'; L ' I0'6- J 09 .
• Wayne LG. ramek HA .. ~{ctronidazole is bactericidal to dormant
cdr of. ~1'c(Jbacler i lJ11I tuberculosi . Antirnicrob gel1t . Chcmother
1994; 3 ':_0-4-20 - .
14% e 31%) ate nenhum a pro tecao (Tabela 70 ..8.1). E sta s d i-
fe ren ca n ao fo ra m relac io nadas a desn utrica o o u diversida-
des genotip icas e fenotip icas do grupos estudados, e sim a
difcre nc as de potencia da cepa vacinal, tecnicas d e a dr ni-
nistracao prevalencia de infcccao po r mi co b ac te ri as a ti pi ca s,
que produzem rcsistencia cruzada e, principalmente meto-
d olo gia d e a va lia ca o d es escudos.
Na tentativa de avaliar 0 real papel do BeG, realizou-se
urn estudo contro lado, no final da decada de 1 960 , em
Chinglcput, no sui da India, 0 primeiro relatorio apos dois
a no s, c om r esu lta do s nulos, f oi dc cep ci o uan te , Ouinze C 1 1 1 0 S
depois entretanto, os resultados foram surpreendentes. A
p ro tc ca o, c om ° passar dos anos, passou para um a m edia de
17%,. sendo mais elevada, de 45% apos um periodo de cin-
co a110S caindo para 16% apos dez anos ..Nao se obteve pro-
tecao para os maiores de 15 anos, porem a vacina deu uma
protecao para a hanscniasc de 24%.
A s rev isoes sob re cste esrud o rn ostraram q ue 0M. tuber-
culosis na regiao te rn c ar ac te ris ti ca s p ec uli ar es , c om b aix a vi-
ru lencia, lon ga qu iescencia c reativacao en do gene tardia,
sendo por cstas razoes, classificado atualm en te com o um a
ariedade SuI-india do Cornplexo M tuberculosis ..A presencademicobacterias atipicas na regiao c ametodologia de nao
a va lia r a p ro tec ao p ara fo rm as rn en in go en ce fa lic as e h em ato -
genicas fOnU1J outros fatores que interferiram nos achados.
O utros estud os retro sp ectiv os e de cases co ntroles COlTI-
p ro va ra m ta mb ern um a protecao vacinal v ar ia vc l, c om r esu l-
tados entre 50% e 100% .
Aiem de s ua e fi ca c ia , entre todas as vacinas, a BeG e a
que m enos efeito adverso provoca. O s mais frcquentcs sa oreacdes beams e regionais, em torno de 0 ,4/1 .0 0 0 nos
lactenres e 0 ,.025/1 .000 nosm ais velhos, Entre estes; sa oexemplos de reacoes as ulccracoes persistentes, Iinfadenites
s up ur ad as ,e c i ca tr iz es q ue lo id ia na s .n esp ec ffi ca s. A s r ea co cs
sistemicas tipo dissc::rnina<;:ocs rniliares e osteomielite sao ain-d a rn uito m ais rams ..A presenca de Iinfaden ites axilar au
paraclavicuiar e c on side ra da c omo uma e v o l u c a o n a t u r a l d a
1179
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 3/32
Idade des Vacinados
TRATADO DE INFECTOLOGIA
-
TABELA70.8.1 I Estudos Coortes Realizados nas Decadas de 1950e 1960com Diferentes indices de Prote~ao a
Vacina~ao com BeG I
Coones
Grupo A - indices d e p ro te ca o aceltavelsern saude publica
Indios nort.9-americanos
Crlancas de Chicago
Escoiares, Inglaterra
G ru p o B - f n d i c e s b a i x o s d e p r o t e g 8 oPorto Rico - populacao geral
Alabama/Georgia
Mandamapaile, india
Grupo C - Resu l tados nulos
G eo rgia - esoolares
lIinois - eacolares re ta roadQs
Fonte: Coordenar;ao Nacional d8 pneumokJg'
acinados.
o Bra il a estrategia urilizada ate 1994 foi vacinar com
BCG~ in tra de n:n ic o p rio rita ria rn n te 0 menores de 4 anos de
idade endo obrigat6ria a acinacao dos m enores de I ano .
Em 1993 aringiu- e a cobertura de 98~5% em menores de 1
ano, corre pendente a 3. ~ l.331 c ria nc as va cin ad as n esta fa i-
xa etaria
Em ]995 as re ornendacdes foram ampliadas, sendo reco-
mendado sell U0 em recern-nascido ., s ern pre q ue posslvel
nas m atern idades, de d. que t nharn P(; !SO igual all super ior
a 2 kg sem int rcorrencias clinicas: em recern-nascidos e cri-
ancas soropositi a .para 0 HrV au fllhos de m aes com AIDS,
desde qu nao ap r en tem sinto mas da sindro rn e, devendo osvacinados ne sas condicoes ser acom panhados pela vigilan-
c ia e pid em io lo gic a n as u nida de s de referencia para AIDS ; e em
trabalhadores de saude nao reatores it prova tubcrculinica que
atendern habitual m ente tuberculoses e aideticos. A lem da
!'Irnpli~c;'Ji(» ~ < : : normas ern 1995 recornendam a revacinacao
para todas ascriancas em idade esco lar, por volta dos 6 a110S
de idade independente de ter ou nao cicatriz vacinal.
. A vacinacao BeG d ev e se r a drn in istra da sem prova
tubcrculin ica previa , na dose de 0 ,1 m L, aplicada por via
int radermica, 110 brace direito , na altu ra da insercao do m us-
culo deltoide, en} caso de primovacinacao, e a 1 a 2 cm aci-
ma , n a re va cin ac ao .
Embor a c o nr ro ve rs a H . c fi ca ci a c ia v ac in a ca o BeG, e am -
fl~~ncI~tea c~ it~ q ue e la p ro te ge contra as form as graves nC!intancia, principalrnente as form as m eningoencefalitica e
r ni li ar . A comparacao das i nc i denc ia s de meningoencefal i te
tuberculosa, em menores de 5 anos, n o B ra si l e em S ao Pau-
lo , q ue ap resen tam ta xas similares, com as aitas taxas no es-
a 20 anos
o a 3meses
14- 5,5anos
a 1 B anos
PoplLl facao > 5 a no s
Populacao tooas as Idades
14'3 1
6 a 17 anos
Adolescentes
Nenhuma
. . : N e n h u m a, ••
tado do Rio Grande do Sui, evidencia 0 impacto da vacina-
c.,:ftoBCG. 0 Rio Grande do Sui, mesmo tendo situacao epide-
rn iologica da tubercu lose sem elhantc a s a . o Paulo s
d ife re nc ia va , a te 1 9 89 ., p or 11aO vacinar o s re cern -n ascido s, a-
cinando apenas as criancas ao entrar na cscola (Fig. 70.8.1). A
partir de 1989 , quando adotou a s re co me nda co cs n ac io na is,
a in cid en cia d e m e ni ng oe nc ef alite tuberculosa so frc u a ce n-
tuada queda no Rio G rande do SuI.
BUSCA ATIVA DE CASaS
A busca ativa de casas com o acao prevenriva na tuber-
culose tern por referencia 0 faro da transmissao em cadeia, de
lim in cliv fdu o b ac ilife ro (fo co ) para seus contatos m ais pro-
xim os (co rnun icantes), e 0 conhecimento de que a introducao
de om tratamento eficaz reduz 0 per iodo de transmissibi li -
dade logo nas prirnciras semanas de usn. Desse modo, quan-
to mais precocemente forcrn descobcrtos os focos e iniciada
a rn edicac ao, m ellor sera a tra nsrn issa o da doe nca.
Esta busca ativa deve ser realizada nos grupos com m aior
p ro ba bil id ad e d e a do ec im en to :
• com unican tcs de foco bacilifero, p rinc ipalm ente os
i n trado rni c i l ia res ;
• sintom aticos respiratorios (com tosse e expectoracao
por quatro sernanas OU mais);
• pessoas com condicao socioeconom ica que predispo-
nha Q tube+cu loae;
• portadores de doenca o u c on d ic ao imun o ss up re ss or a;
• grupos de riscos, como pacientes in tern ado s e m ho s-
p it ai s, ho sp it ai s p si qu ia tr ic os , casas d e rep ouso , p re-
sidios etc. .
• profissioriais de saude.
D evem ser iu vestigada s ne stes grup os a ba cilosco pia di-
reta el1 tr~ os sinto matico s resp irat6 rio s e, sem pre q ue p ossi-
~c~, particularmente onde for rnais clcvada a prevalencia deinfeccao e doenca a r ad iog ra f ia t or a ci ca ,
o te ste tu bercu lin ic o ap licado n esse s c aso s co nstitui u rn
im portante rnetodo auxiliar no rastream ento dos in f ec tados e
doentes, sobrerudo nos que nao apresen tam cicatriz vac inal
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 4/32
T U B E R C U L 0 8 E
% de vacinados
10---
-I
,
,,
fii,I
- 1 ._ . . . . . ~ ~,
! i"-- - '-.,. I:-
- ! r-;I
iI -- .0"+', -·4t.-- ,-.-~,-.+- ' -~-.. . -.--:. - --~-- I" ':""... 11- - ' ~ - . . . , . -0.I.
! •• + .., " -I
,
-II • .-
0 I
88 89 90
100
80
60
40
20
83 84 85
s
4
2
o
86 87
AnDFonte: MS/FNS-
CE N E Pile RPH G/PN IV '~I .' Brasil - Rio Grande do Sui + S ao paulo,o Cobertura acms '':_---=-=---:-----:~;::_::_;::=_::_:i~;;;;;:~;;;;_--~
nc Brasil 1- cases de Mellingile Tuberoulosa
- - -, ., '," " " Grande do SuI, epos vBcin8QBo com BeG 80, d "a ' 78 BeG ne ocorrencia de meninqite wberculose. No Ria "
F I G U R A . 70.8.1 - Impacto 8 v e lf
nascimento a pa rtir de 1 98 9,
imunod " 1 '1 '1 1 " I 'doc' Q uando presente a ci catriz, podc serenos imuno cp ,I 0. <, ., ,', ,.. , idirni-valorizado 0 ta rn an ho da e ndu ra ca o, P<":IS c~ta tende a 1n11
uuir COlT} 0 passar dos anus apos a vacinacao .
QUIMIOPROFILAXIA
Com provada por estudos clinicos c1'l~si~os 1 : 0 ~ ~U A e
na Ita.ia. no final ciadecada de 1950, a quimioprofilaxia com
IN H e i l~ d ic ad a p ar a o s c omun ic an te s intradomiciliares d e ,fo -
cos bacillferos. Sua protccfio varia, de acordo COIn a faixa
etaria c grupos cstudados, de 60°/1)a 80% por urn periodo de
dois a cinco anos,
A qu im io pro filaxia co m INH e recornendada no pai . pOI
urn periodo de seis m eses, em infectados pelo bacilo (quimio-
profilaxia sccundaria) ou n30 (q uim io pro fila xia p rim a ria )
na dose de 10 mg por kg de peso par dia, at e 0 maximo de
400mg,
S a , \ ) indicacocs normati as para sua aplicacfio:
• cornunicantes de baciliferos, menores de 5 anos, na ov ac in ado s c om .0 BeG ( se rn c ic atr iz vac inal ), r ea to re s
~lprova tubercultntca, com RX (Ie torax normal e sem
sintomas sugestivos de tuberculosc;
• recem-nascidos co-habitantes de t o co bacilifero; nes-
tes cases, a INl~1 deve ser administrada por tres mcses
e, apos cstc periodo, aplica-se 0 PPD. Se a crianca for
reatora, a quimioprofilaxia deve ~er rnantida al e 0sexto
m es; se n ao , in te rro mp ese 0 USO de INH c vacina-sc
co m 0BeG;
• pessoas soropnsitivas para 0 l - : U V , sern s intomato logia
clinica para tuberculose, nos seguintes cases:
- c om un ic an tes intradomiciliares ou institucionais de
pacientes baciliferos independentemente de:pro atuberculinica:
Capitulo 70
_ reatores ao PPD (enduracao de 5 mm au mais);
l1ao reatrores an PPD (enduracao men or q ll.c 5, rnm)
com CD'i m en or q ue 350 ccl~tlas/n1l11Jou linfocitos
m cnor que 1.000 celulas/mm':
_ p orta do re s d e le sfie s ra dio I6 g]~ as cicatriclais ou
com registro docum ental de ter sido reator ao PPD;- im unodeprimidos por uso de c 1 r o g a s ou por d oencas
irn un ossu pre sso ra s e c orn un ic an te s intradorni
ciliarcs de baciliferos sob critcriosa dccisao medica,
As normas de 1995 foram aplicadas aos grupos de eleicao
para usn de qulmioprofilaxia, limitados "pot razbes opera-
c io na is" em n orm ae antcriorcs, a t c ria nc as men o re s de 5 anos,
nao vacinadas, comunicantes de baciliferos, rcatores fortes
no teste tuberculinico, assintornaticas e com RX de torax
normal. Admite -se a quimioprof ilax ia e m adultos c o n t e m p l a n -
do as casas de infectados pelo HIV outros imunodeprimidos
e c om un ica nte s in tra do mic ilia re s de b ac ilife ro s, so b criteriosa
decisao medica. Esta maim amplitude para a indicacao da
quimioprofilaxia, respondeu parcial mente 0 desejo de diver-.805 grupos, que propunham urna maier Ilex ihi I idadc cia
quim loprofilaxia, tanto para criancas vacinadas com o para
adultos, particularmente para comunicantes intradomicil lares.
o questionarnento ci a quimioprofilaxia ampla, para seus
opositores, estaria na bai a adesao ao tratamento prof! latico
par seis meses e ao tipo de selecao daqueles a scrern prote-
gidos.com a . e ve ntu al in clu sa o d e in div id uo s .i{t do en te s, c om
rlsc os d e des envo l imento d e IN H- r e s i st en c ia .
o uso de outros esquemas profilaticos, associando duas
drogas (RMPHN1-I 011 RMP+PZA), cum r edLL~a(Jdo tempo
de tratamenro de seis para LIes au dois mcses, ja vern sendo
experirnentado em outros parses, p rincipalm ente em
infectados pelo Hl V,mas ainda sem resultados definitivos parajustificar sua apl lcacao.
1181
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 5/32
TRATADO DE lNFECTOLOG1A
A s C oo ;se qile nlC ia s d o E stu do Brasileiro sobre
Revacina~lio
A te m ea do s da d6cada de 1990 , a 0 ~ r e cO l~_en -
dava para paise de alta prevalencia de .m.fe . 3 ?~ do ec .m eLlto e sp ec ia lm e nte se em b aL ,,{ as:fa ix ~ ra n~
, - tr I? e 14 31""08 E ta f01 a posi-u111arevacmaceo en e ~ , 1.11: . '
y a O adotada pelo Programa acional de Control da, J9-9" . base em ob erva-Tuberculose do MS m rr:»: com . ._ :
9 0es da resposta tuber(;ulinica em con ento no .RIO
de Janeiro bern OIDO 03 prote )10. de casos de
hanseelase que recomendou a revac-inac;ao Gam BCG~
ID entre 6 e 14 aDOS .Em, postura nao recebeu a a pr o-v a 1 c ; : a o unanime das Coordena 6 E taduais t a i s
como a do Rio Grande do Sui e a de Sao Paulo.
Os estudos internacioaais sobre a rev~tma~ -a ocontroversos uns adotando e reconh cendo re ulta-
BIBLIOGRA,FIA B;\SmCA REeD E' D.ADA
• Afiwnc.J BIde' eto J. Diagnessieo da rubeJreulose esc-arm uegati-
vo, J PD(;lJIDl)1 1993; 19: -41.
• B rasil. M inisterio da S audelf" \J" CRPHF - 'edade iB rasmleira. de
Pneumologia e Ti iolegia, Comro e
de integJ3s;:ao en ino- rvi .e, Sa. ed; Rio
• Brasil. Ministerio da S aU delFU -_ A. Manual de normas para 0 con-
t ro le d a t ub e rc u lo se , Brasilia, 2002 .
• Comstock GW, Geiler LJ. Prophylaxis. fu S blo ' berg D (ed.):
Tuberculosis, 3''',. 'ew ¥oJfk: Sprmger- \~ rlag En ; 1993. p.89-94.
• Dalcol!mo MP, Krit. ki L. Tuberculose e co-infeccao pelo HfV J
Pneumol i993~ 19:63-1.
• Dalcolmo IP, Macedo EA . tenezes LL. Prevencao da tuberculo-
sc: vacinacao BeG e quimioprofilaxia. J Pneumol 1993; 19:60-2,
• Ferebee S H. Controlled chemeprophylaxix trial . in tuberculosis . A
general fee ie '.Ad" Tub rc Re 1970; 17:28-106.
• Kritski AL, Datcolmo M f' ouza RB et a l, Tube rc ul os e entre
profissionais d saude. Ri 0 0 upacional? J Pneumo! 1993;
19:113-21.
• M a.gar8:O M F, M orta tti Re , Lima AO, 0 co mp lexo Mycobacterium
tuberculosis, Fun ducfio Ataulpho de Paiva. Centro de Pcsquisa
Arlindo de Assis, r~io de Janeiro, 19fW.
• N iero R,. T uberculose p u l 1 1 1 0 1 1 a r em um a prisjlo . Fstudo tie algun
a sp e ct os c p id cm i ol ng ic o s co m subsidios para seu controle. Tcse de
Dcutorado. Departam ento de Epidem iologia da Faculdade de Sau-de P (J bl ic a , 1 < 1 usr, 1981.
• O PA S. Control de 11 .1uberculosis: m anual sobre m etodos y pro c edi-
micntos para los pl'ngramas intcgrados. PubI Cicnt No. 49S, 1 9 1 : $ 7 .
• Sakula A. BeG, who wore Calmcttc and Ouerin? Thorax 1983:
38:806-12,
• Sociedadc Brasilcira de Pncumologia c Tisiologia/Ministcr io da Sau-
de - S VS . II. Dire trizes B rasile iras para Tuberculose, 2004. J Bras
Pnf:l1l11101 20 04; 30 :(S upL 1 ):S 1-886,
• Tripathy S P. Fifteen·year follow -up of the I nd ia n BeG·va cc inesseed lot strains: Results of an international cooperative study
Tubercle 197R; 59: 139-42,
• W HO , T ub ercu lo sis p rev en tio n trial: T rial o f B CG vac cin e I I I S o ut h I nd ia
f or tu be rc ulo sis p re ve ntio n: f ir st report Bull WHO 1979; 57:S 19-2 L
• Youmans (JP, Preventions of tuberculosis. In: YOUl1UlS GP ( cd ..) ..
Tuberculosis, Philadelphia: W R Saunders Co; 1979. p.370-85.
Biosseguranca. Infeccao, Adoecim enro e Protecaodos Profissionais de S ande na Tuberculose
Desde a decada de ]930 e ate os dias de hoje encontram-
se relates ria i it er atu ra i nt er nac ional sobre a infeccao intra-
hospitalar da tuberculose e 0 ris co o cu pa cio na l para as
equipes de saiide.
Esta qnestao no pals, entretanto, foi relegada a um segun-
do plano. A estrategia adotada peJo PNCT, no final da dec ada
de 1970, de descentralizar 0 c on tro le d a iu be rc ulo se , valori-
zando a descoberta de cases e 0 traiarnento ambulatorial,
redundou num a reducao gradativa dos Ieitos sanatoriais e de
internacoes, respectivamcnte, de cerca de ~W% e 79%. Ape-
sar de nao se ter dados oficiais, ainternacao do pacientetuberculoso em hospitals gerais t e J 1 1 sido evitada e, quando
intcrnado um caso de tuberculose, principal mente bacilifero,
ele e , quase sernpre, transferido para urn hospital de referen-
cia, geralmente um antigo sanatorio transformado em hospi-
tal geral ou especializado em Pneumologia. Nos hospitals
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 6/32
q ue in tem ar n pacientes infectados pelo H I ,entretanto, ve -
rifica-se que cerca de 20% a 40% doles apresentam tubercu-
lose ativa, frequcntemcnte de apresentacao atipica.S5,o tambem pOll cos, entre nos, os estudos sobre 0 as-
sunto, muitos doles retrospectivos e localizados.
No final da de c ada de 1970, dois trabalhos no Hospital do
Servidor Publico Estadual, em Sao Paulo, Ul11 hospital gent!
com intemacao de pacientes tuberculoses, trataram do pro-
blerna ..0 prirneiro propondo medidas de controle d a doenca
e n tr e a s f un c io na ri os . 0 s eg un do mo str an do uma pre alenc'ia
de tubcrculose-infeccao entre os funcionarios do hospital de
quasc 70% de reatores tuberculinicos (56(Xl reatores fortes e
1 4% fracos), bern acim a cia m edia nacional (estim ada em tor-
no de 35% de reatores). A incidencia de tuberculose-doen-
ca encontrada foi quatro vezcs maier que a rctcrida para a
populacao geral do estado, com cerca de 40% dos casasocorrencia no s primeiros dois anos apos a admissao c urn
maim. ' adoec imento entre aqueles diretamente envolvidos 110
aiendimento de pacientes.
Em 1981 U1Yta avaliacao da prevalencia de i n feccao tuber-
culo sa em detentes de u rna pcn itenciaria 11 a cidadc de Sao
Paul o en con tr o u H2, 1% d e re aro re s tu be rc ulin ic os (7 2,5% tor-
tes), scndo 72,7% (60,6% fortes) em detentes primaries e 93%
(H6,l % fortes) em reincidentes. A repeticao do teste apes J 80
dias entre detentes nao reatores mostrou uma taxa de conver-
sao tuberculinica de 77 ., I% (collsiderando como conversao
a um en to s de e ndu ra co es > 5 ml11 lJO re tes te ) ,
Em 1984, cstudando 0 resultado da implantacao do Pro-
gram a de C on iro le d a T ub erc ulo se , n um a in stiru ic ao psiquia-trica em Silo Paulo, entre as profissionais de saude, foram
cncontrados 87% de reatores 11 a prova tuberculinica, sendo
7 4 ( 1 1 0 reatores fortes.
Em 1989, inquerito rcalizado no Hospital niversitario de
Londrina, Parana, evidcnciou uma incidencia de tuberculose-
doenca de 113,1I lOO.OOOhab. po r ano, t ax a 3 .,6 v ez es mais ele-
vada do que a observada no municipio,
Outra pesquisa, divulgada em 1992, num ambulatorio de
re fe re ncia p ara d oe nc as p ulrn on are s e tuberculose da Sccre-
ta ri a E sta du a l d o S audc de Slio Paulo demonstrou u r n a altaprcvalencia de infecclio tuhercu1osa. egpe.cirilmente entre CIS
funcionarios nan vacinados com BeG, 84,6% positives
(7X,8% r ea to re s for te s) , e os de maior tempo de trabalho na
[nstituicao, todos reatorcs apos cinco anos. Mes1l1O.entre os
vacinudos, 0 achado de 70% de reatores fortes sugenu a pos-
si.bilklade 'de reinrecqan e x6 ge n a p 6 s- va ci na l.
No periodo de 1995 a 1990, em cinco hospitais do Rio de
Janeiro, obscrvoll-se que a tuberculose ocorrcu 11 a 14 c-
zes mais freqi.kntemellte que riapo~ula~ao ~eral. As tax~~
_ .... 1 " a das e ntr e o s p wfiS slO nm s onllndos de doistoral~ r~ lalSe cv '." '. ,'/ . . S e u rn c en tro dehOsp It al s, u r n centro de t ef ele nc la p ar a A1D ,referencia para retratamento de hlberculose. A doeny a oear-
reu em auxiJiares de e n f e 1 1 1 1 . a g e m ( 27% ), a ux il ia re s d e s er vi9 0s
diversos (1 8,7% ) e em enferrneiras (l2%). 0 de referencia
pu ra tu be r'c ulo se , ho uve u m p ro £issio na I c om b ac iJo resistente
it d ua s d ro ga s (RMP e INH ) ., r ef le ti nd o,p ro va ve 1 l1 1 en lC , 0 au -
menta nas internuc;oes de pacientes portadores de tuberCll-
lose multinesistente.
C;: lp it1. lio 70
Ainda qu es estudo ' possam sugerir de certa lonnaurn ri co elevado de infeceao e adoecirnento, por tuberculo-
se entre 0, profi ionais de rats instiruicoes, na o forarn
estabelecidas ate 0memento norma programaticas esped-
fica e ll talhada" par parte do [ Iinisterio da S aude visan-
do a prot~.o desses profissionais.
Em manual sobre 0conrrole de infeccoes hospital ares. de
1985. encontram-sc orientacocs parciais c desatualizadas.
Pres . .ionado pela extensao d a pandemia de A T D S e sua
interacao com ,ii tubcrculo e, 0 inistcrio da Saude reconhecea necessidade de regulamenrar a quesrao.
Uma o fic in ap ara e lab ora ca o d e n orm as p ara reducao do
r is co de t ra nsmis sa o i ntr a-hosp ita la r de micobacterias reuniuno Rio de Janeiro, em 1989, especialistas de diversas areas.Esta oficina reconhece que a ma ior pr'c va ldn cia de iub".n,;u
lose em pac ie n te s intemados s ug er e r is co s maiores para as
equipes de saude bern como que a docnca nestes profissio-nais poderia ser caracterizada como doenca ocupacional
qu ando in qu eritos tu bercu lin icos Io ssem realizados sistem a-
ricamentc e a viragem documentada, 0 que na o acoritece no
Brasil. De pratico porem I10~111ase outras medidas concretas
n ao c he ga ram a se r e sta b le cid as,
Em 1993,0 Ministerio da Saudc publ icou urn Manual de
Co-infeccao TB/HIV/AIDS com as linhas ijdirctrizes para 0
diagnostico, qulmtoprofllaxta e tratameruo de cases de tu-
b erculo se em p essoas infectadas pelo H IV , m as nao rnencio-
na condutas a sercm tornadas em re la ca o a os p ro fis sio na is
de saude que atendern pacientes tuberculoses infectados
p e l o H I Y .
Apenas na ultim a revisao, de 1 995, do m anual de norm al)paTa 0 contro le cia tubcrcu lose, aparece um a pequena refe-
rencia de vacinacao BeG para os trabalhadores da saudc
nao reatorcs ao teste tuberculinico que atendem, habitual-
mente, pacientes de tuberculose e AIDS, porem eles na.oforum inclu.idos nos grupos cspec iais com ind ica. rlao de
quimioprofilaxia,
Atualmente, com a imeracao d a tuberculose com a AIDS,
urn grande desafio se esrabelece, representado pela prevcncaoda tuberculose BIn hosp lra.i s, abrigns, pClJlitenci~r1a~, pnrti
cula rmen re em funcao c ia transrnissao de bacilos com resisten-
ci l; l. t11Lt lL ip la nos antimicrobianos. Apesar de a contagiosidadeda tuberculose ser c0l1sideradainferior a de outras doencas
infecciosas transmitidas pOI' via aerogena, com o e 0 caso da
nl~;mingitc l!n~n i.ng(.",.:<;c~cu, Q r1SC(") ()C.uPl~l~i()nalem naises deelevada prevaJ.,elu.:ia de tuben..:uk)se 115.0 e desprezive1. ..
Nos p alse s desenvolvidos, e m r a z n o do retardo fn~ dla?-
nostico da tuberculosc dcvido ao despreparo medico, as
de1jcienchlS laboratoriais e a aprescnta<;ao atipica da tuber-culose. a t.ransrllljssao do M. tuherculosi8 aurnentou p.rinc~-
patmente em pacient<:s in.l"t;cmdos pel" 1IlV e. em prnflSS1(~n;l.1s
'd ,',d ...' EOA di ersos relat.ns dOCUJ11entatn a oc().trel,l-,e sall e. 0 .. . b I . 'pas: 'd ., I e i d e m i a s n o s o c o m i a i s de l11 ercu ose pOl ce (
c ia e m lc rop ..' . " . 'J : t d o s o rresistente de en 01 e n d o - s e e m p a C l e n t e s l l l J e c a ' p .HIV com ele ada taxa de morbidade e mortalidade; e enl pro-
fissionais de saude principalm ente naqucles com previa
anergia cutanea ao PPD.
Embora ejam necessarios e s t u d o s p r o s p e c ti v o s e l o n g i -tudin ais, m ai arn plos e defin itivos, sob re 0 r is co ocupac iona l
IlR3
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 7/32
TRATADO DE INFECTOLOGLA
da tuberculose no pat parece cvidente que a doenca tor-na rnuito mais contaziosa ern deterrninados ambientes quando
se .oncentram fontes de infeccao (pulmonares bacilifero ).
Just if ica -se , por tan to 0 e sta be lc cim en to d e rnedidas de igi-
lancia e defesa especiais no controlc da tuberculose entre 0
profissionais d saude, com p ar ti cu la r r ig or em service de
re fe re nda q ue aten dern p acien tes p ortado res de tubercu l -
m ultirre si re nte e de AlDS.
os paise' d serr o1vidos, os proccdirnento ado d -
pelas American Thorac ic Society (AT ) C n er for
Diseases Control a nd P re ve nti on (CDC) e pelo JO[O'[
Tuberculosis C O I T l l 1 1 i t t e-B ritish Thoracic S ociety IT B T
sao meticulosos preconizam uma tecnologia a,"a
com alto cu ·to d e d iflc il o pe ra ci on aliz ac ao p ar a o s
nacionais.
Medidas de biosseguranca e v ig ila ncia s e
trole da tubercnlo e entre os profissionai d
tanto, poderiarn ser estabelecidas dcimediatc:
sim pl s para as unidadcs d e a tc nc ao p rim ar ia
(0 a tu be rcu lo se e A1DS reservando ur n
. er icos referenciais.
Estas m e did as p od em ser as im n
+ Med id as S im~lc s:
- co nsu ltorio s arcjado 0jan elas abertas au
com usn de exaus tore ar :
- separacao das sala d ra o e adultos e cri-
ancas;
- horarios especiais e di tinto para atendim ento de
pacientes portadore de tubcrculosc multirre-
s is tc nte e in fe cta do p 1 0 H]V ;
- uso de mascaras pe iais, sem pre que possivel,
pelos paciente com tub reuloe multirresistcnte
durante a espera e a con ulta.
• M edidas Mais Cornplexas:
dimen-
r para o:
- quartos de isolamento r piratorio 110S hospitais
para pacientes internado ,em especial os bacilfferas;
- lIS0 de r n a cara e p iai pelos profissionais de
saude e pelo do nre . ao circuiarcm fora de seusquarto ..
- filtros de ar luz ultravioleta para salas d e a te nd i-menta nas eferencias, especialmente onde a vcn-
tilacflo nao for adequada.
Quante a prorecso dos profissionaie de saude, tern sido
r:comendad~ a realizacao de teste rubercultnico He! aduiis-
sao ao s:rV lr;:o, havenclo quem proponha a repericao da
prova apos tn~s sernanas p ara a J'a sta r fa lso s negatives pelo
booster. 0 controle clfnico-radioJ6gico deve ser realizado
n-
para 0 rearore: tuberculfnicos semestral OLl anualrnen
de pe nd en do d o rnaior o u m en or risco , com cuidadosa inv . c;
riga ao para os siurornaticos rcspiratorios e com alteraco -
radiologicas .
Quanto a m cdidas de protecao para os negatives, dive -
gem as propostas, tendo quem indiquc a vacinacao GO
BeG. tal como p ropost o no man ua l d e n orma s para a contro
da d oe nc a d o M i nis te rio da S ande, com o q uem sugira a r ea -liza. ~oanual do tc re instituindo quimioprofilaxia se 0RX fi
normal. Esta questao tern apresentado controversies tarnb .
na literatura internacional. Desdc 0 inicio da dccada de 19
auto!" , s ingleses e arnerican os co nco rdam na in dicacao
q uim io pr ofila xia p ar a os profissionais reccm -conver or -
tuberculinicos. A protccao obtida co m a v ac in ac ao p el o BeG
a ria d e 0 % a 8 0 ' } 1 , c , e m ra za o disso, 0 sell usn, ale 0 mornen-
to , nao obteve consenso . A utorcs ingleses e canadense a
r ec or nc nd am p ar a o s na o reatores expostos ao risco de i n n , -
9aO, ao passe que os americanos nao prcconizavam a a i-
nacao destes individuos em nenhuma circunstancia, poi _
nas reavaliacoes anuais, im pediria a dcteccao de viragem
t ubc rc u li ni ca e po st er io r L lSO de qu im i opr o fi la xi a. R e ce n temen-
tc, nos EUA , a ATS p ro po s estudos que avaliassem 0 uso d
BeG para p essoas co utin uam ente expo stas a tu berculo 0_
portadores de cepas resistentes a rifarnpicina c isoniazida,
P or fim , c p re cise d cfin ir de rn an eira cla ra 0 r is co o cu p a-
cional cia tubercu losc. Esta condicao e assegu rada pela
Constituicao de 19X8, regulada pela Lei n" 6.5 J 4 de 197 e
pela Portaria nil 3.] 24 de 1978, da S ecrcta ria de Seguranca
Me dic in a do T ra ba lho d o M i niste rio c ia T ra ba lh o. E sta c oo -
dicao ju stific a b en efic io s, c om o acrescimos salariais par in-
s alu b ri da de , p ar a os profissionais de sa udc q ue lid arn d irc ta
o u in direta men te co m p ac ien tes portadorcs da doenca e ou-
tros dircito trabalhistas.M csm o para aqueles com historia
de contagio anterior ou tuberculino-positivos, a ocorrencia
cia tuberculose rode ser relacionada it rcinfeccao exogena em
arn bien te de m aio r risco de c on tag io ,
De forma sistematica, as medidas de protecao podern serassirn enumcradas:
• Adm issao: rca l izacao d e t es te tu b er cn ll ni co , r ep eti n-
do a prova apos tres scrnanas nos ni1:o reatores;
• Nao Reatores: vacinacao BGG ou repeticao anual doteste tuberculinico cominsriruicfto de quimioprofi lax iapara os que aprcsentarem viragem;
• Reatores: controlc clinico-radiaI6gico serncstral ouanual;
• Bcnel1c ios T ra ba lh is ta s: i ne re n te s a o r is co p ro fi ss io -
nal e clara definicao da possibilidade da tuberculose
c om o d oc l1 <r :a ocupacional .
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 8/32
" " " " ' , ' , " - "
: i i / " ' : ; : , ; ' : : ' b st s c o s d e Tuberculose e n t r e Profissionais d e
: : , ' I : ! : , iS aude II() Brasil\ ' , " " . ' , 1 4; .
: : : , : : \ : " , \ : : i " : , , Seria 0 risco deinfec~ao e adoccin onto dos 1'1'0-
:" :', ,,J ls si on ai s d e s al~ de n o p ai s 0 m esrno que vern sendo
\ i i ' ! , . , " i : e l a t a d o na h te ra tu ra i n te ll la c .i ona~ , especiaimente no s
::':!:'~aises avanrados?" '\ \ " :i : \' ,: -: ., ,I ,I ,· ~ , ,: ·' , -' , , . , ., . y -!!.. •
A i ; ' : : ' , Esta pergunta mereoe uma reflexao e discussaoI I !" , ' 1 11 1 1 , r: ,0
i,::~,i:Alleome como aliccrce as particulalidades do des en -
!':'\:(:,~'~::\i6Jvirnentoa cndernia no pals e como meta as neces-, 1 : \ \ " ,1 ' 1 ' -1 ' 1 - :" '. " -
> ', :" ' ': s1 .. aadesde seu cont ro le ." ', ' " " 1, ', 1
} ; i : ' : : Y : . , : : : Em primeiro lugar, qual a probabilidatde da infec-
' \ " ' : : , ' ; i v , : ; ~ a ' 6entre as IJfofissionais de saude?:~tlll'" : : , , ' T .
: : ' : , : i : \ ; , . ' , ' S a . o poucos os trabalhos bern esnuturados sobre
i ,( ii i \. ;e~ ta ;quest ao , rnui to s deles retrospecnvos au com
: : ; i i , ! t , ; ' ! : ; \ i i ' o b l em a s de metodologia. U rn dos rnais b e m
,:.,,',estrqturados cOl.1stituiu uma dissertacao de mestrado
,:\,"::::~t11~eselltadaa Escola Paulista de Med ic inaJUNfFESP
i ' : ' . \ , ' : ; ' : : P S l i ' M athias! Neto. 0 autor avaliou a rea tiv idade: :! r :T ,i :: il tbe tcn li ni ca de 427 funcionarios do Iospital Silo
:::!"::\;':,pa't.:,lo,ncluidos apenas os que 80 t ra b al havam no
• , ! ' , k ' : ; : : ! ? , 9 : s p jal, e e n c o n t r o u u r n a t a x a d e e positividade de
, " : , ! : , i , : ' , : , : : : ! ~ ' . 8 r o (2401427) , acrescidos dos recuperados pelo efei-
: i : ' ! ' : : ( i : i ; ' t b , ' b o o s t e r . Esta taxa foi semelhante aos resultadosi:',i!i'' ',' '~)budoscom um grupo controle, formado por funcio-
: : , , ' ; ' , i : " A \ a : t : f o s de u rn restaurante bancario pareado p o r faixa
:i:\':!:l:.e ~~ l'iasala ries , onde a positividade foi de 53% (59/
1;;"; '( ' ;"1>12) p= 0 ,57. Como vernos, a infeccao e a lta sej a1"" ,.,,, ,. ,
' , ' , ! ' i ' i ' ; ' ,i ' l1~titucionalseja social, hem rnenor que nos paises de
: i ,, : ,' .baixa 'prevaleuc1a de irrtectados, S endo alta a taxa de
<P';""oiiI1fectadososo com iais e em outros am bientes, dim i-, : : , , ! ~ , i \ r " ; : , " ' -
, - - -
BIBLIOGRAFIA BASICA RECOMENDADA
.. A mcrican Thoracic S ociety , Personnel tubercu losIs con tro l
program in m edical institutions. A statem ent by the Com ittec on
Therapy o r Americau Thoracic Society. Ani Rev Resp Dis
1971 ;104:463-5,• Am erican Thoracic So~~icry/ATS. C on tro l o f lu ben .:u lo sis. A rn er R ev
Rcspi r L J i ~ .1 9 93 ; 1 2 8: 33 6 -4 2.
• Brasil. Ministerio cia Sallde/PNS. Tuherculose: guia de v i g i l i i n c i a
epidcm iolo gica. B rasilia 20 02. lO Op.
• Brasil. Min isterio da SalldelFNS/CRPHf-SBPT. Controle da tuber-
cu losc: lim a p ropo sta de intcgracao ensino-servico )" , ed . 2 38 p. R io
de Janeiro, 20 02.
• B rasil. M inisterio da Sa(lde/PCII-L Relatorio c ia o f ic ina de trabaiho
para clabora9ao de norrnas para reducao do risco de trausm issao
i n Jr a- ho s pi t< .l la r d e m i cob ac te ri as , 1989.
• B rasil. M inisicrio da S ilIJO e/P ND ST IA TD S. C o-in fecc ao T B/H IV I
AIDS. 1994,
• Calder RA, Duclos P, W ilder M H. M ycobacterium tuberculosis.
Tra n srnissio n en u n d ispeu sario de salud. Bo1 U T C T E J < 1991:
66:1 0 9-13 . .
• Cam incro Luna JA, G uia de la tuberculosis para m edicos espcc ialis-
las. U nion lnternacionai Contra la Tuberculosis Y Lnferrnedades
Rcspiratorias (UICTER); 2003,• Cen ter for' Disease Contro l o f Prevt:lltion/CDC, T ru ns .m i s s ion of
muuidrug-resistant among immunocomprollliscd persons in a
correctional system . New Y ork: MMWR 1 99 2; 4 1 :5 07 ·g ,
TUBERCUT.OSE
nui COD idera,velmenre a probabibdade de Infecs:ao
t u h e rc u l o s a , \ . . , . t o s e r m a i s f a c i lu m a
p r i m o m f e c y u oemnao in ectado d q ue uma rein teccao , M atbiasi leto
.estudotli tambeJ?1 0coropon~rn,entoda inr:uc iiio, (iplj-
cando a clas ,ltu::a98'01 de f hi1..0 pm:." jnf'ecyQ.o
tcbereuro a r ec ome nd ad a p clo CDC/USA, de m aier
risc o p ara serore q ue tm em am mai de ei s cases de
tuberc~ose por 8100. 0 autor nao e.l'lCo.otroU diferen-
ca entre 0 grupo de a 1 m risco (J46/25.1=53%) corn 0de
b ai xo r is co ( 9' 41 1 76=53 ,5% ) ~ p =O ,4 9, m o stra nd o q ue
eta clas ilfica~Jio parece na o ser valida no pais..Este
risco de acordo com re isao f ita no Institute Cle-
mente Ferreira, ambulatorio de referenda para tubercu-
Jose na cidade d Sao Paulo, relacionou-sc clararneate
a n tem po d trabalbo.
E q usn ro a u adoecimento?
TraJba.llios ' obre 10 adocctmenro 11 0 pais entre pro~
fissionais die saude sao tambem escassos, tedos de-
montrando que as taxa de adoecimento en tre os
profi, sionais de saL ldea,o bern m ais expressivas qu e
as encotttradas na comunidade. "
o a ssu nto a in da e e ig em a is e stu do s, n 1 1 l s J u existem
justificati as para estabelecer 1l1e~id~'~d 0 biosse-
guranca no er j,c;o de aten9ao,a:tuh&fCl#ose. As
obse:rv89i5es entretanto, parecem j j 'H . i l c ' t l C q u e # ey em o sevitar ~ transposieso mecanica das p):6p~si~tsext]'ema-
m ente rigidas e de alto custo dos p a J s e s : .d . e , $ y l iv ( J ! V i -dos, sem dimensionar a nossa r e a l i d a a e : , : : e " : b ~ i i : h 6 s s < . ) s
'" " ,I ",, ~ , j ) ~ " : i ! : ' ' . , i :" : , , , , , , , ' : : ; , ' 1 . " : : ~ ,' -' : " : '"
recursos. ,"" ." ." ': " . n " . , .
• Center for Disea: es Control and P n :v cl lt io n si CDC . G u id el in es for
preventing the transmission or Mycobacterium tuberculosis in healt-
care Iacilites. 1994. IM\ R IY94: 43 RR-J3),
,.' Cen ter for Disease Control a nd P r ev e nl io n /CDC . ManageIlH.:i1t: or
p er so n. e xp os ed to m u lL id ru g- re sist am r ub er cu lo sis . MMWR IY92;
41 :61.• Edlin HR, Tokars JI, Grieco M IT ct al, A n outb reak of m ultidru g-
resistant tuberculosis among hospital ize.d patients with the
a.cquired im munodeficiency sindrom e. N England J M e d 1992;
3 26 : 1 51 4-6 ,
1. 1 G reenberg P. Lax B K S checter G . Ttlbel'cLiJosi~ in house starr.
A dec is io n analysis c o mpar'ing the tubercu lin screening
strategy w ith the BeG vaccination. Am Rev Respir JJis 1 991 ;
143:490·5.• K rirsk i AL, Dalcolm o M P, S ouza RB et al. T ub erculose entre
prorissionais de saude. Risco O CL lpacion al? J PneUlJ10l 1993;
19:113-21'.
• Kritski AL, Melhas IMG Marine J e l al. Tuberculosis l1mOIH!:
health care workers in 4 hospitals ill Ri o de Janeiro, Brasil, 198K~
1990. Am Rev Respir Dis 1992; 143 :103i . M a t h i a s e . e t o P . P r e v al e n c ia d a in f e c c i io p e l o
Mycobacterium tuber cul osis e m p r o f i s s io r r a is d e s u u d e d o H o s -
pital Sa O Paulo, de acordo com 0 local de lrl1balho. Diss. ;:rt!l-
~ a o de M estrado aprovada pe la Esco la Paulista de M edicinal
U .TfES P; 1 99 8. l0 7p .• .elo F F Afiune . T B . T ubcrculose , u ma docnca ocupacional. 1 1 1 -
Ieccao, adoecim ente e proiecao de s profissionais d e sau de em
1185
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 9/32
TRA.TADO DE INFECTOLOGIA
servico s de atericao a tubercul o sc , l301 Pneumol Sanit 1995:
3:56-6 '.
• Nardell EA, Riley RL. Precautions \0 prevent transmiss ion .. In:
R os sm a n MD , M a cG r eg or R R (e ds .). T ub er cu lo sis : c lin ic al m an ag em e nt
and new chal lenges New York: McGraw-Hili Inc, 1995. p, 57-7 __
• ardell, EA. Droping droplet nuclei. Redu .ing lh probability of
nosocomial tuberculosis transmissionin the AID' era. AIDer Rev
Respir Dis 1990: 142:5()1·3.
7 0 . 1 0
• licro R . Tuberculose pulrnonar ern u ma prisao. Esiudos d e a lgu n
aspectos cp idcm io logicos. Tesc de Doutorado. Departamento de
E pide mio lo gia c ia Fa cu ld ade d e S au de P ub lic a c ia U n ivc rsid ade d e S do
Paulo, 1 9,' I.
• Pa ,0. S O, Y asm in M A . C outrole da tu bercu lo se en) i n st it u ic ii o p s i-
quiatrica - a experiencia do Juqueri. J Pneumol 1984; 10 (Supf.):"V?_:>_ ,
Tuberculo se Extrapu lmonar
Dcpois de pcnetrar no organismo atraves da . ia respira-
toria, o M tuberculosis pode disseminar-se e instalar- e em
qualquer 6rgao ..Como discutido anteriormeme ta dissemi-
nacao po de acontecer em doi memento di {in 0 : durantea prirnoinfeccao, quando a imuuidade esp . ifi a ainda naocsta dcserrvo lvida, e apos a primoinfeceao, a qualquer tem-
po, se houver lima queda na capacidade do ho pedeiro em
manter a bacuo n O B S C U S s t tio s de i m p l a n 3 y a o p r i t n a r i a .
No primciro caso, a carga bacilar geralrnente e pequcna co organismo e capaz, apos a sensibilizaeao do sistema de
imunidade debase celular, de center os bacilos no local da
irnplantacao indefinidamentc .. Entretanto se 0 desenvolvi-rnento da irnunidade ceiular nao acontece au se hit dese-
quillbrio entre a im unidade e 0 bacilo, no local da implantacao
o u sis tc rn ic am en te , e sta criada a condicao basica para 0
adoecimento,
S e a disscm in acao se d a apes a primoinfeccao, s ua i nt en -
sidade sera inversamcnte proporcional a queda da resisten-
cia, dependendo tarnbem da caracter] tica passageira ou
definitive da imunodcfici O n ia..
Os sitio s d e implanta; ao e rtrapulmonares p rin cip ais sa o
aqueles com maior uprimento anguinco c, portanto, de oxi-
genio. Incluem-se aqui 0cortex renal. 0cortex cerebral, as ex-
trernidades de ere cimento dos ossos Iongos, vertebras e
adrenai . Outras duas localizacfies irnportantes pela frequen-cia com Que se jlJ:' lT,f>~<;:~ntm11l'Icametidas pe la tubel·c\.llo8e 80:0
a pleura, alcancada par contiguidade a partir dos focos pri-
mario pulmonares, eo sistema linfatico, c am in ho n atu ra l do
b ac ilo , a po s su a en tra da n o a lv eo lo p ulm on ar.
EPfDEMIOLOGIA
Principalmente nos parses desenvolvidos, em nenhum
mom en ta a ten dencia de queda nos Indices da tuberculose
pulmonar e acornpanhada pela curva da TEP, que apresenta
uma te nd en cia de c on sra nc ia , Isto acontece porque os focos
ext rapu lmonares que se desenvo lvem correspondern a u rn re -
se rv ato rio d e p ac ie nte s in fe cta do s no p a ss ad o. A dif icu lda -
de de crescim ento dos b acilo s em con dico es diferen tes das
observadas no pulmao on d e a concentracao de oxigenio emuito maior do que em qualquer Dut ro Iu ga r do o rgan ismo,
atrasa a pcssibilidade de adoecimeuto nestes sitios. Este fe -
norneno seria a rcsponsavcl pclo comportamento epidemic-
lcgico da TEP. Provavelmente, Ulna diferenca de alguma
decadas scparara, nos locals ondc a curva da tuberculose
pulmonar for constantemente decrescente, a tendencia de
queda das duas formas de apresentacao cia doenca ..
V I A S DE D ISSEM INAC;AOSao quatro as vias pelas quais O~ s it io s cx trapu lmonare :
podem scr acornetidos na tuberculosc:
• Via linfoem atogen ica - r e sponsavel pe la m aio ria lia s
torm as extrapulm onares da doenca, uma vez que e 0
carninho norm al do baeilo (tuberculose ganglionar, r -
n al, a dr en al, O S sea, men ingocncefalica, gangl iouar
intra-abdominal e genital feminina);
• V ia hematogenica - quando ha ruptura da Iesao di-
retamcnte no vaso, podendo ocasionar for-mas disse-
rninadas agudas da doenca;
• Por contigu idade responsavel pclas form as pleural
a partir do pu lmao ; pc ri ca rdic a a partir de ga.ngl ios
m ediastinais; peritoneal a partir de ganglios rncsen-
tericos, alcas intestinais ou trornpas (por ruptura de pe-
quenos diverticulos) e algumas formas de tuberculose
cutanea periorificial e a partir de focos osseos;
.. Intrc-cunal icular - \.JOlllj.ll oiuctir JlI.,;IHude vias aereas
altas a partir do pulmao, trato urinario inferior e siste-
ma genital masculine a partir do rim ; endornetrio e
p eritcm o a p artir das t rompas (por saida do mate ri al
caseoso pelos ostios uterine e abdominal).
CARACTERfsTICAS GERAIS
A grande maioria das formas de TEP acontece em 6rgaos
sem condicoes otimas de crescimento bacilar, Desta forma, atu be rc ulo se e xtr ap ulr no na r sera quase sempre pobre em
bacilos de instalacao insidiosa e de evolucao mais lenta. 0
tempo de larencia entre a infeccao e as m anifesta co es c lln i-
cas da docnca gcralmentc e muito longo, podendo chegar,
para a tuberculose renal, par exemplo, a Blais de 20 anos. A
sintomatologia cspectfica depended do orgao ou sistema
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 10/32
acometido c e deterrninada por Ienornenos inflamatorios au
obst ru ti vo s. Os s in tomas cons ri tu c ionai s SaO b er n meno s fre-
qtientes do que na ruberculose pulrncnar, exceto nas f0n11G.S
dissem inadas da doencu .Apenas em algumas p ou ca s f0 t1 11 aS h.3 cOllcomit:'lrtcia corn
H tub crcu losc p ulm on ar ativa e m ulto raramente s c cons ezue
observar evidencia cia passagem do bacilo pelo pulrnao. '"
Como as populacoes bad lares silo pequenas, a bacitos-
copia das secrecoes geralmenie e negativa, sendo obrigato-
ria, quando possivel, a scm eadura dos especimes em m cios
de cultu ra na tentativ e d e iso lam ento des genTles. Entretanto,
o acesso ,\s lcsoes atraves de secreyoes e fluidos corp6reos
n em semp re e pos si ve l n a rEP, razao pela qual podem ser nc-
cessarias tecnicas invasivas para obtencao de m aterial, que
dcve ser s llbmeti do a e stu clo h ac te rio lo gtc o c alHltomopa-
tolcgico. A histopalologia revela 0 aspecto classico do
g ra nu lo ma, q ue n a tu berc ulo se te m a c ara cteristic a d a n ecro sede caseificacao, com ou sem a presenca do bacilo . Nos paci-
entesimunossuprirnidos, pode nao h av er g ra nu loma.
o estudo da im agcm na TEP traz inforrnacoes [mportan-
tes p ara 0 estabelccim ento do diagnosrico, embora em ne-
nhum a de suns fo rr na s h aj a p ad ro es r ad io lo g ic o s e sp e ci fi co s .
A radiografia do torax e o briga t6 ria n a suspeita de TbP, para
evtdcnciacao de Iesocs prcgressas ott de tuberculose pulmo-
nat ativa,
No s p ac ic nte s i rn un oc omp ete ni es , 0 PP O qua se s er np re
6 forte rcator. Os outros metodos de diagnostico tambem 1'0-
dern set" u tilizado s, com as consideracdes feitas na Se93.0 de
d ia gn ostic o d este c ap itu lo .
Na ~i~Llra 70 . : I ? , 1, a s egui r, s er ao apr es en tadas a lgumasc(~ra~te~'lstlcasdas form as m ais comuns d e T EP , segundo dis-
tnbu'c;ao, d~ o~orrencia no Instituto Clemente Ferreira, servi-
co de reterencia ambulatorial para tuberculose.
TUBERCULOSE
PLEURAL
E a forma mais eomum de TEP em nosso m eio. Na esta-
nstica de urn centro de refercncia ern Sao Paulo ela corres-
p on de u a 6 4% da s TEP diag no stic ada s e m 1994.Embora se deva a crmtiguidadecorn 0 processo parctl-
quirnatoso, alguns autores defendern a poss ib il idade de dis-
serninacao hemaiogenica como forma de 0 bacilo alcancar apleura, em funcao da apresenta~ao bilateral do derrarnc, ob-
servada em POI.lCOS casos, Pode a compa nha r a tu be rc ulo se
p ulmona r a ti va p rima ria o u p6s-primi1ria.
A c li nic a c ara cte riz a-se p or dol' tipo pleuritica, de instala-
, ,~iio subita au insidiosa, podendo acompanhar-se de tosse
seca na o muito importante .Os sintomas constitucionais
pod em c sta r p re se nte s, parUculamlente Iebre, C0111 as carac-
t cr is ti ca s i den ti ca s a fcbre da tuberculose pulmonar. Com 0
a um en to d o Iiq uid o p le ural, so brcv em dispneia de intensida-
de variavel, A propedeutica e de derra rne pleural .o diagn6stieo diferencial develevar em conta os oroces-
sos neoplasicos, derrames parapneurnonicos. micoses c cola-
g en ese s, e sta s u lti ma s parricularmenre em mu lh er es jo ve ns.
o derram e na m aioria das v e z e s e u nila te ra l e de v olum e
m oderado au grande. 0 P PD pode ser nega ti ve , po . it iv ando-
se com 0 tratamento.
o li qu id o p le ur al e arnarelo c it ri no podencl o apresentar-
se c om a spec to se ro emo rr ag ic o. Car ac te ristic amen te e urn
exsudato, com, pleocitose e predorninio de mononucteares .
Celulas histiocitarias sao r ar as . A posi ti vi dade a baciloscopia
e extrem am en te b aixa e a cultu ra e positiva ap en as e m c er ca
de 15% dos cases. S e existir e rnp iema , a s c ar ac te ri sti ca s se-
r~ o de in fe .cy8o p leur al a g u d a e a p o s s i b il i d a d e de r e c u p e r a -
cao ba?tenoI6g.ic3 e maier. A d ere nn in ac ao d a a tiv id ad e ciaadenosinadeaminase no liquido pleural tern acuracia excelen-
160
1400 Pleural
m Gangliollal' PER
120[J' Rena l
IJl 100
I!M i li a r
0IJlro
8 J 6ssea
uQ) 80-o
~ Ganglionaril
Z
60• Oftalmica
8 Cutanea
400 Genital
;2 0• Intestinal
E I Outras
0
FIGURA 70.10.1 - Instituto Clemente Ferreira - SES de Sao Paulo. Prine; i f,'. . ' . - .tuto Clemente Ferreira _ Servis:o de Epidernlologia, 1994). .. - pa s ormas de tubercutose extrapulmonar - (Fonte. tnsti-
Cq)llulo 70
1187
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 11/32
TRATADO DE INFHCTOLOGlA
te , dim in uin do m uito 0 lcque de possibilidades de diagn6s-
ticos diferenciais.
A biopsia da pleura rnostra granulom a em aproxim ada-
mente 70% dos casas. Embo ra i nd is ti nt o da histologia d
outras docncas granulomatosas, este quadro em funcao da
alta prevalencia da iubercuiose em !lOSSO meio pode ser a -
sum ido com o muito c ar ac te ri sti co c ia t ub er cu lo se pleural. A
cultura do macerado do fragmento de pleura c positiva em
60% dos pacientes, mcsmo no mcio de Lowenstein Jensen.
A doerica e autolimitada regredindo apos seis a oito se-
manas. cntretanto, a alta possibilidade de adoecimento par
tuberculosc pulmonar nos primeiros anos apos a tubcrculo-
se pleural nao tratada (65%) cxige que 0 paciente seja sub-metido ao esquema medicamentoso.
GANGLIONAR
S egunda form a m ais cornum de T E~ , a tuberculose do sis-
tem a linfatico cornprom etc sobretudo as ganglios d a c ad eia
cervical, mais comurncnte os anteriores, e com um leve pre-
dominie ~ldireita. A doenca e mais COl11Ulll cm mulhcres (2: I).
OS g~ 1J1 g1 io stern crcscim en to Ien to e n o inicio sa o indo-
lores e rnoveis. Na evolucao da doenca, <1L11l1ental11 de volu-
me e tendem a coalcscer, form ando um a m assa que se to rn a
aderente aos pianos superficial e profunda. Sem t ra tamen to ,
arnassa ganglionar fistul isa, drenando material seroso ou
pu ru len to p or longos p er io do s. A sin to rn ato lo gia c on stitu cio -
nal e praticam eute ausente sendo m ais frcquentem ente rela-
tada nos portadores de SIDA.
o diagnostico se Iaz pcla histopatologia, can} 0 achado
do granuloma. 0 material pode ser obtido par biopsia au, pre-
ferencialmente, por puncao aspirativa da r na ss a g ang li on a r.
E ste u ltim o m eto do , alem d o r en dim en to su pe rp on iv el ao da
biopsia, e menos invasive e passivel de ser realizado em am-
bulatorio. 0 cncontro do bacilo e POllCO Irequcnte, exceto nos
indi Iduos irnunodeprirnidos, quando se pede na o obscrvar
o granuloma. 0 material obtido pode ser serncado. A cultura
tern rendimento maior que a baciloscopia.
o diagnostico difcrcncial deve ser feito com as doencas
linfoprolifcrativas, particularmente linfornas, viroses, lues cfa s in iciais da S IDA .
MIllAR
A tubcrculose miliar e 0 arquelipo da tuberculoso extra-pulmonar, Acrmteco per descarga imponante de bacilos 11 a
c~r~L l l a ,ya_o sern possibilidade de contenyao da doenca pelo
~lstel~1clmune. Aco~ncte, sobretudo, pacientes com baixa
trl1~I_n~dade,. como cnancas pequcnas quase SCm pre as nao
vacmd~as, idosos e portadores de imunocieficiencias.
r .• A dlSS~minH(;;a.odos bacilos detennina a implanta9ao em
varios tecidos do organismo, de lesoes pequcnas arredr,dada d- .<c',<>. (n-.~t ( s'. que ao lH11 aspect(_)pontilhado ao kcido. A desi :rna-
YCl?mlll.ar vem d~sernelhanya das lesoes com as semente~ domil le t , U n 1 1 . 1 . especle de graminea.
A instalayao d a d oenC ;l:! pode se T aguda ou insidiosa,
d.epen dendo do ta man ho da c arga b ac iJar e da imun idade re~
s Jdua J do hos pede ir o. A sintomatologia e inespecifica. Geral-
mente hi febrc, adinarnia e p er da pondera!. Depcndendo
orgaos acometidos, podera haver sinro mato lo gia e sp e i-
m ais e xu bera nte , co mo cefaleia c dar abdom inal. No com
metimento pulmonar, dispneia progressiva e, menos freouee-
temenle tosse seca acompanham 0 quadro. 0 S C :':.._.
envoI ido em 30% des casos, quando 0pacicnte apresen
o sinrornas descritos para a meningoencefalire tubcrcul -
(descrita adiante).
o exarne Iisico e inespecfflco. 0 pacientc geralrne
apresenta-se emagrccido, ,\ 8 vezcs toxerniado, taquipnei _
descorado e f bril. A intensidade destes sinais e variav
Dirninuicao da expansibilidadc pulrnonar, se m ru ido s a dv
tlcios, esta presente no comprometimcnto pulrnonar da do -ca . Hepa tornega l ia e achado frequcnte (35% )), no passe q
Iinfadcnomegalia periferica p ode e star p rc sen te ern ate 30
dos pacientes.
A radiografia de toraxmostra 0 classico p adra o m iliar,
constuuido par i nf il tr ad o i nt er st ic ia l m i cro nodu la r diluso
la te ra l. A d is tr ib uic ao universal da s le so es e important n
diagnostico difcrencial com outras doencas de apresenra -
semclhante C0l110 a silic ose , q ue tern nltida preferencia pel -
campos superiores, au com algum as forrnas de blastorn ieo
que gcralmente poupam os apices pulmonares. 0 derrar
pleural pede estar presente, un i OLl hilateralmcnte. Se a dis-
seminacao sc da a partir de focos pulmonarcs pos-prirnarios
e ste s p od er n ser observados, j untamente com 0 infiltrad
m iliar. S e a doenca originou-sc da progressao da tuberculo
primaria e c omu rn a p re sc nc a d e a de nome ga lia s h ila re s o u p
ratraqueais ..Neste caso, e irnportante a diferenciacao com
sarcoidosc em sell estadio 2 (infiltrado intersticial concomi-
t an te c om a de nom cg al ia s) OLI COIn doencas linfoproliferativas,
o diagnostico se taz pelo encontro de granulomas e
material de biopsias, A biopsia hepatica tern rendimento alto
(70%), particularmcnte se orientada po r Iaparoscopia A
biopsia transbronquica podc revelar granuloma no interstlcio
pulmonar, mas apenas a prcsenca de necrose permitc maier
seguranca diagnostica.
A recuperacao do bacilo e diflcil , Ela e possivel, entretan-
to, a partir de focos pulmonares de lesoes pos-primarias e da
cultura de macerados dos fragm enios de tccido obtidos porb io psia. E m fo rm as a van cadas cia doenca, 0 b ac ilo p od e ser
encontraclo na urina, Particularrnente em pacientes com
S,IDA, h a . b.acilo s 1ivres 11 a circulacao, CLLjO iso lam en to e p os-
sivel a parur de hcmccuhun,s em meios adequados,
TUBERCULOSE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
_ Esta .lonna, embora de todas a mais crrave correspondedesde '1 trr d ~. d '. 1;;), .
_, , c ll1 ro upo . a mode rn a q urm io te ra pi a e da vacinacan
~C(J, a uma pcquena porcentagem do s cases de Iuberculo.
~e ~xtraplllm~na~'l!m a urn en to co nside ra vel ve rn sendo ob -
• er va~10 en ti e PdC Ientes Com] Illul1odepresSaO)fOfundaespcclalm entc portadores de S IDA. 1 ( .
o COlllprornetimento do sistema ncrvoso CCnif'll po dap re scn ta r- se a tr a yeS de ell, ,t' . . l e
b<, . { .. ' - . IdS 01 mas: a nlelllngo encefalite e
o i u e J < .: u lo tl 1 <: 1 llltra(;rall1tmo.
.A ssim com o nas oLltras fon11 [~Sde tubcrculosc, o s s in ai s
e smtol11as da m ellin go en ce (~ llite se dao p elo p ro c~ sso in f1 a-
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 12/32
m atorio qu e se desen vo lv c ern respo sta a p resenca do bacilo
de Koch. S e a carga bacilar e pequena, como ocorrc n a dis-
serninacao c implanre durante a primoinfeccao, a resposta 6p ou co in te nsa , nao eausando, no rnais das VI;:ZCS nenhu~
sin ro ma . S e 0 hospede i l 'Oe imunllcompetentc, 0 descnv~lv~-
mcnto da imunidade especifica acaba por bloquear a nmltlph-
cay80 bacilar com a form acao do granuloma, qu e pede conteI'
bacilos viaveis, mas com tendencla a pennanecerenl dormen-
t es dL lr an te toda a vid a d o in dividL lO . E ste s locos podern 1 0 -
calizar-se no cortex ou n as me n in g es .Se, por outre lado, nao se desenvolve a imunidade de
base celular, os bacilos se I Ilu1 iip Jicam, in ic iH l1do 0 processopatologico cia tubcrculosc, gcralrnentc nos meninges, com
posterior cornprometil11ento cerebral.
Ap6s a formacao do tu be rc uloma , sc e rn a lg um mo rn en to
a s def es as do hospedciro comprometem~se d e mane ir a signi-
ficativa, a popula(,":ao de bacilos al e entao dormenies passa
a se m ultip licar, com dcsenvo.lvimcnto de doenca
o processo in flam ato rio. nas du ns circu nstfincias, causa
aum cnto cia perm eabi lidade capilar, acum ulo de celu las no
local da lesao , producac de exsudato , edem a e fibrose. Dano
vascular com trornbose c conseqtlentcIllcntc infartos, obs-
trucao a livre circulacao cl o liquor rnuitas vczes corn hidro-
c efa li a e hiperteIJSaO Intracraniana, alem do compromeLimel1to
do tccido nervoso, sao as conseq iiencias im ediatas do p ro-
ce8SO. i\ sintomatolog.ia depended do local e da intensida-
d e c ia i nf lama ca o.
A 1l1eningoencefalite tubercu losa geralm en te tern inicio
ins idioso, cxceto e111criancas pequenas, quando a do cncap arece assum ir caractcrfstica ag ud a. O s sintornas gerais in-
c lu em fe bre, an orexia e ad inamia as si nto m as e sp ec iilc os sa o
va ria ve is, o co rre nd o c om m ais fi-e qiH ~n cia a qu ele s relaciona-
dos ao compromet imento in flama to rio d as meninges, como
ccfaleia, alteracoes de com portamento, dim inuicao do nivel
de oonsciencia e confusao mental. 0 p roces so l ni lama t6 ri o
cerebral detcrmina aparecimento de convulsoes, vomitos
alcm de alteracoes visuais e de tala.O exam e fisico tam bern mostra sinais variaveis depen-
dendo do estegio da doenca e da regiao mais compromc ti da .
Sinais de irritacao rncnlngea, comproll!1etimel1to de pares
cranianos (pr incipaLmenle 4",2", JO, 6" e 8"pares), alcm de e i-
d en cia s d e a lte ra co cs c ere be la re s, sa o os achados rnais co-muns . A pesqu is a des tuberculos eoro ides na retin a eim portante p or tratar-sc d e sin al m uito su ge sti vo d e tu be rc u-
lose c prescntc em ate 80%) dOE casos de meningoencefalite
p or c sta e tio lc gia . Ainda na re tin a, () edema de p ap ila s ug e-
r e h ip er te ns ao in tr ac ra nia na .
o cornpromctimento progressive e difuso do S NC Ie a a
hiperten sao intracranian a, deco rticacao c descerebracao.
As caracteristicas do llquido cefalorraquidiano Cr.CR) IJ:a
mcningnenccfalite sa o pleocitosc, predom inio de linfo-
lD01l0nucleares,. em bora possa havcrneutr6f i1os em maior
nL llT le r o no jnlcj(j da docnc,.ca, proteJna alta e glicose bajxa. A
b ac te rio sc op ia g cr alr ne nte e negativa e a cullun1 , embora
l}lais s~n.slvel, perrnjte 0 iso la me nto d o b ac ilo e m n ao mais do"-jUI:l 1 :::,"/0 dQS ,~""'os AI"- j. dI ~ ~«u •• . em l HSSO, a ernora para 0 resultado
da cultura pratlcam ente in valida a u61iz89ao do lnetodo pal'Ll.
Clpi'tulo 7n
TUBERCOLOSE
a decisao sobre 0 inrcro oa teraptudLl!. T~\.JHi"''''!Jd....L:o"
c en tr if ug ae ao do mate ria l p re ia me nte a c ultu ra permitem
rcndimcnto m aio r d o m eto da . A d ete mlin ac ao d a a tiv id ad e d a
AD embora sem ~'pcdficidude abso+uta, ee.xerue irrp or-
tante na difcrencia:ao com as outras cnologias da rncningo-
encetalite l infomonocitar ia . Outras iecnicas. como OS
imunoen~aio para a pe qu isa de an.tigenos do bacilo e
anticorpos mo tram-s ainda com resultados variaveis nas
series estudadas.A romografia co mpu tado rizad a p od e mostrar sin ais de
pequenos infartos de idos a n-ornboses va sc ula re s p elo p ro -
c ss o i nfla m at6 ri o.o tuberculoma [nrracerebra! se manifesta como estrutura
que ocupa espaco. Os sinais e sintomas dependerao da 10 -
calizacao d a ma ss a q ue g er al:m e ntc teI11 crescimento lcnto. 0
LC R e normal se nao 1 1 a compromct imento do espaco
subara.cnoideo, podendo h av er p eq ue na elcvayao d as p ro te i-nas. A to rn og ra fia m ostra a r na ssa , su a lo ca liza ca o e relacoes.
su as c ara cte ristic as m orfo lo gic as, m as c im precisa para a di-
f er en c ia c ao en tr e ruberculose e neoplasia.
RENAL
A tubercu lose do sistema urinario c a t er c ei ra forma mais
frequente de doenca cxtrapu]monar, a come te ndo i nd iv id uo s
com media de 45 a 1 1 0 S e send o talv ez a f o rm a de TEP que
apresenta 0 maior per io do de latenciu. 0 tempo entre a
primoinfec9ao e as Inan i fes ta90es clinicas pode chegar a
ate 20 anos,
o bacilo alcanca 0 sis tema urinario atraves de dis semina-95.0 llnCoematogenicl:1 irnp1ant<lndo-,c]10 cortex renal, onde
se m ultip lic a. 0 p ro ce sso patologico avanca pelas piramides
ate atingir 0 sistema coleta!') com c o n s e q u e n t c o o m p ro m e ti -
m ento de calices, pelves, ureteres e bexiga. 0 oomprometi-rnento e bilateral, mas quase sernpre assirnetrico, exceto nas
fases a va nc ada s da doenca,Docnca de evolucao lenta e silenciosa, as p r inc ipa ls rna-
njfesta90es clinicas s a - o dlsur!a e polaciuria, indit:ltintas das
de 11m3 mteccao inespcci fica ~ que aparecem apenas no com-
prometimento mais baixo. A dor lornbar ISmanifestaQa.o da
distensao da capsula renal, sendo pais i llcomu111~ exceto em
fases avancadas da doenca, q ua ndo h it n itid a hidronefrose.
Urgencia urinaria e o bse rv ad a n os compromet i l l1cntos rnais
graves da bexiga. Hematur ia isolada, embora re la ta da e rn 27(%
do pacientes em um hospital americano, n a o d e v e s i g n i t i c a rdiagnostico de tubercu.osc a priori, exigindo, sim, que se
afastem outras c au sa s, ta is c omo c alc ulo s cist it e interst ic ia l
e neoplasias renai , ves icai s e prostat ic as , Os s in tomas cons-
titu cio na is ra rame nte e sH io p re se nte s. D e s t e s 0 m a i s c o m u me febre, ell1111CnOSde 5% dos cases. Os fenomenos inflama-
torios e obstrutivos causados pela (ioen9a sao respons6veis
p O I s i n to m a s i n e p e c if i c o s c om o c 6 1 i. c a s neth~Ucas, do r l om-
bar, alem d e infec90es urimirias PD f germe;:,s inespecf i1cos) a svezes corn caracteristicas de repeti<;ao.
A urogratia excretora (U G E) tem apresentalY oes que va-
l i u m . d e s ~ e L im e x a m e n o r m a l , n a s f a se s m u it o p re c oc e s d a d o-el1ya., ate quadros (';Olll varios achados como veremos aseguU'. Antes do acon].I..:tin1entc.~ do sistem.a ex.crelor, a UGE
1189
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 13/32
• . t • ,.. m aier co ncen tra<;ao b acilar, e n jioti " 1 ' zeralmeute c.;om " . .
1118 :1l".S, b .~ • '. o ss ib ili da de d e c on tmmn a-estocadas, minimizando. assnn, a P :. '.. , '_'_ao . E tes do is cu id ados aUJ Jl en tam SI~ ll lf ic a tIV (~n ! e~ lt ~ol~n
< ; : . do t •t do U m m inim a de cinco amosttaS, em diasdun nto 0 m e 0.. . ,'.,~. . .... devc ser solicitado para a Investlgdyao.consecu !VOS, '. . .. . .
o estudo anatolllopatol6gico na tuberc:llo~c dO~lst~l.l':aurinario e dificil. Doenca de caraeterlsticas ~tocals no nm difi-
. • . • J • biopsia percutanea . No entantocilrncnte e alcancada pOI . ' . ' ... ,' .' '" lruando e 'iste compromdilnento ve~lcal.' a c l st< .} t )Copla,C ( e
q a nd e aju da pela p os sib ilid ad e d e bl0psla da n1Llcos~~id.b~-
~oa. A cistoscopia e obrigat6ria nos cases de hematuna rna-
cica, quando se afastou origem alta do sangran~ent~ . _
A deteccao de marcadores biol6gicos naunna e
=p.ou-
co a ux ili o. A d ctC 11 11 in ay aod a a ti vi da de d a ADA e preJ.u(ilca-
d a, p oi s a r ea ca o ut i Iiz a am6nia, abundante ~~ ste f hlld ~) . ; \
p es qu is a d e a ntlg en os c a n ti co r po s pede s~~ l.ltl.~,neces~~ t<:l~.-
do c stu do s m a is aprofundados para sua utilizacao na . ~rd .t l~a
clinica, A peR, resolvidas as dificuldadcs para sua utilizacao
sezura em maier cscala, padenl SCI"0 exarne definitive para 0
d i~ gn 6 sti co i nc lu si ve das form as iniciais da tuberculose clo
s is tema u r in a ri o .
TRATADO DE INFECTOLOGIA
~ 1~. ' .., ~ exceto se houver. .. de alte -aeoes ana otnlC'L:-;, . . ."
nao mostra gran. es a . 1;) •" t, f)uando 0 processo alcancafo acao de cavldades no CO] ex. ~ Lr n : ~ ( : o c '1 a lt er ac ao r ad io 1 6g ic a inicial e u rn p eq ue nOos eft Ices, ( , . Alt _. ,NO discrete deve se r, rrilhado visto na sua borda. clay.a '. _ c . " .'
se : da c . 'dado 0 c or np rom etlm en to u re te ra l lc a aprocura a com CUI ~ . . . . ._" . e ode ser observade pnnclpahnente nas JUI:
estenosc, qu . P . _ . "1- (). d 0 compromett-yU es ure.teroplehc'l e ureter oveSK,:! . ua.n 0 '.' . _. d,.. to acontece ao longo do ureter ex iste dm"llIiUlyaO 0
men <. (~ I . d -se com., l ibe do 6rgrao, com areas de estenosc a tet nan 0 ..
Cd 1 c : . _ _ - 'j' doenca 0 ureterareas de dilatacfio. Com a pI~ogressao c a .,' ~', r_
perde sua flexibilidade, assummdo um aspecto rigido ao icial
m e. A evoluy ao da estenosc leva ao baqL~eteamento. ahc~a
seguido de hidronefrosc. Se houvcr oclusao cOI?plet( 't, 0 rimco rre sp on de nte ficara eXCI~LS(). QU3,n?O 0 bacilo alcanca a
bexiga, inicia-se processo IIlfiam atono que , com 0 tempo,
subslitui 0 tecido elastico do 6rgao. por,~c~l.do fibroso~. ~~to
c au sa dim in uic ao do ta man ho e d a d lsten slb ~lld ad e c I~ bexl_ :oa ,
que pock ser observada a UGE. S ao perccbldas calcrficav~~cs
11 0 parenqu irna renal. S e ha form acao de ca idades, eXlste
rechaco das estruturas do si tema coietor podendo hav~r
en trada do contraste nos ostios de drenagem, co m e 1-
dcnciacao de scu espaco intemo.
A ulLra - sonograf ia rnostra com m ais detalhe a te xt ur a doparenquima renal, suas delirnitatt:oe:_> e rclayoe~ a presenca c~c
microcalcifi<.;Ht;OeS, alem da exi iencia ou nao da estrutura
quando lui exclusao renal a urografia.
A tomografia computadorizada detalha a composicao es-
trutural dos 6rga.o , sendo de grande auxilio em algum as cir-
cunstancias.
A u rin a tipo I m ostra desde alte raco es leves, como leuco-
c i tu r ia s d i sc ret a s, a t e p iu ria m acica . 0 achado r na is COl1 1 um ea leucocituria 0 1 . . 1 piuria com cultura negativa para germes
inespecificos. Em mulheres, dcve-sc atentar para possivel
lcucorreia como causa de Ialsa leucociniria. 0 pH tende a se r
acido, ao contrario das infeccocs inespecificas. A hematuria
pode acompanhar a leucociruria. Mais ra ramentc aparecc
isol ada quando de era ser ill estigada quanto a outras
etiologias. Hematuria macica e rara na tuberculose. 0
d ismo rf ismo e ri tr o ci ta r io de c s er np re se r procurado,
A urocultura e negati a para gerrnes inespeclficos. Quan-do ha fenornenos obsrrutivos itnportantes, pode-se observar
infeccao urinaria concomitante. A d es tr uic ao de grandes
quantidades de tecido p od e cria r co nd ico es p ara co lo niza cao
de bactelias, gu podem ser recuperadas it cultul'a.
A baci lo scopi a r a r a m l , ; n L e e p o s i t i v a , exceta q uan do h6
g ra n d es le so es co m p o pu la ~o cs b ac il ar es mui ta numerosa s.
A presenya de m ico bacterias sap r6 i-itas n os g cn itais c siste-
m a u l'in ar io , a le m da possibilidade de r ec up cr a< ;a o d e b ac ilo s
prescn tes na agua de'au to riza a baeiloscopia como diagnos-
tico c ia doenc;:a.
A cultura de urlna no meio de Lowenstein Jensen e 0 exa-
me mais importante para 0 diagn6stico. Sua positividacie
tam bem dependcra da m agn itu de das p op ul ay o es b ac i1 a re s
p re s e n t e s . D i t l c u ld a d e a d i c . i o n a l esta I l a necessidade de
ciescantam.inayao cio m aterial q ue, se !lao fo r c uic ia do sa , p o-dera pennitir 0 crescirnento de outras b ac te ria s o u d estr uir o s
b ac ilo s e xislc llte s. PO l' e ·ta razao desaconselha-se a exame
de amostras de u rin a d e 24 hams p re fe rindo-se as amostras
,OSSEA
A via de chegada c a hematogenica, cmbora, em alguma
circunstancias, a disscminacao linfatica possa SCI' respon-
sa ve l p el a c on ia m in ac ao d e e s tr u tu r as osseas. Exemplo dis-
so e a csp on dilite q ue p ode aco ntecer a p artir da tu berculose
pleural.
o com prom ctim ento osseo na tubercu lose 6 um a osteo-
m ielite d eterm in ad a p elo p ro cesso in fla mato rio d e re sp osta apresenca do bacilo. A a rtrite o co rre p ar ex te nsa o deste pro-
cc s 0 para a aniculacao ou por contaminacao dire ta p cla v ia
h em ato ge nic a. Em bo ra seia posslvel 0 compromctimcnto si-
multaneo de var ios locais, a tuberculose ossea caracteristica-
mente e localizada, se nd o lim a d as ca usa s d e m on oartrite.
O s o sso s m ais co rn prom etido s sao as verteb ras, seguida
das epifises do s ossos longos. 0 joelho e 0 quadri l sao a .
articulacocs preferencialmente afetadas.
Dor e aumento do volume articular sao os achados mais
frequentes. A d ol' 6 d e in stala ca o in sidio sa e le ntam en tprogressiva quanto , 1 sua intensidade. 0 derrarne articular nao
apresenta caracteristicas de processo agudo, nao sc obser-
v an do s in ais flogisticos i m pO li an te s. A i m po t0 n ci a fu no io na l
sobrevem co m a evolU9.10 do processo. N a s fases avanC(a-
das, apa rece abscessa f ri o, q u e [lo de se r se gu id o de fistul.a
C1.Il:anca,ocorrencia freqDente na doenc;a.
O s a ch ad os radiol6gicos in cille m tJr ca s localizadas de
osteo porose, d istensao capsu lar e aum en to de partes moles.
Nos ossos longos , imagens cisticas meLafi.s{u·ias podem scr
observadas, gera ln1CnLl ! sem r e aQao de esclerose ao redor.
P e rc ia d a sombra c ia c ortic al n a sL'lperficic de sustent.ayao de
peso e poskrior diminuic;li'o d os e sp af (o s a rti cu la re s sa o 0
achados ma.is freq lie nte s n as a rtic ula yo es m aio re s. Im age n
liticas n as su pe rfic ie s artictdares, destruiyo.D 6ss as ub co n dr al c t ln alm en tc d eS l: ru i< ;, ;a od a art.icula9ao com fusao
6ssea sao observadas nas fases avanyadas da tubcrculos
Os s in (om as c ons ti (: uc iona is s 5.0 inCOllluns.
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 14/32
A analise do liquido sino ial m ostra proteinas alta
g li co se b a ix a, geralmente co rn taxas em media 40 m g aquern
da glicclnia. A citologia revela nas Eases inic ia is baixacelularidadt:, c o rn p rc dom in io Iinfocitarlo. Quando e iste
cOInprometimento osseo ou c a rt il ag i no s o importame, a con-
ta ge rn d e lc uc oc ito s sobe para lOa 20 m il celulas por milili-
tro, podendo c he ga r a n iv eis c on si de ra do s " se ptic os ". A lcm
disso, 0 di Iercnc ia l d e c elu la s passa a mostrar predo min io de
poJim orfonucleares, ao contranc da m aioria dos outros flui-
dos c orpo re os acomet idos pela doenca. A bacteriologia do
Iiquido revela p ositivid ad e e m ap ro xim ad am en te 2 0% p ara a
baciloscopia direta e perto de 90% para a CU/tlIH! do li qu id o
sinovial. A secrcc;ilo Liasfistulas deve ser analisada hacterio-
logicamente.Nenhum mm-cado r pa re ee util para 0 diagn6stico d a tu be r-
culose co m c omp ro rn etim e nto a rti cu la r. A b io ps ia a be rta d asin ovia e 0 m etoda m ais senslvel para a obtencao de mate-
rial pnra estudo histo16gico. 0 quadro e 0 do granuloma
classico 0 cljagnostico e definitive apenas com 0 encontro
do baci lo. Sc ele nao esta presente, as outras d oe nc as gra nu -
lo m ato sa s d ev em sel' considcradas . pode-se a in da se ru ea r a
fragmento da sin6via em meios especificos.
o diagnost ico difercncial deve ser feito com a doenc;a
r eu t1 1 at 6i de ; a rt ri te s b ac te ri an as , a rtr ite s f un gi ca s, d oc nc a d e
C rohn , e ri tema nodose e neoplaslas .
N a esp on dilite, as ve rte bra s do rsals b aixas e lOInbare 31 -
tas sa o as de lo ca1 iza~ ao p re fer en cial. 0 bacilo se in talainicialmcntc na porcao anterior do corpo vertebral, com des-
tn1.i98 ,O dcsta parte do osso . A ertebra tende a se encunharsendo acompanhada p elo re st ante ci a coluna, co m formacaocia cifose, caracterfstica do mal de PaU. 0 caseo produzido sai
do osso para dentro dos espacos ligamentares. Forma-se en-
tao urna colecao de aspecto fusiforme, que C 0 abscesso
p a ra v er te br al . v is iv e l it radiologia c on ve ]] ci on al m a s p ri nc i-
palmente a to mo gra fia c om pu ta do riza da . C om a p ro gre ssa o d o
abscesso, 0 material caseoso alcanca as v er te br as a dj ac en -
te s, c om c on sc qu en te cornpro1l1et imento tarn bem d estas es-
truturas Esta dissem ina9ao por contigLiidade para outras
vertebras q ua se n un ca compromete m ais do que duas delas.
ao c on tra rio d o c omp rom etim e nto n eo pla sic o m e ta sta tic o d a
col una, em que varias vertebras podem e s ta r a fe tad as .
A do l'
e os in to rn a m a is importante , a pa re ce n do s ob re tu do
nos .mo ll 1cn to s d e r ela xam en to d a m u sc ula tu re p ar av er te br al.
ASSI111, ~a espuuclilite tubcrculosa, C caracteriatico 0 ' grito
noturno , que aconrece durante 0 sono.
, . 0 . , (~iE~~~:~stico.ifcrel~cial clev .e se r fe ito c om as esp on -
~I1~,t~s1l:lccCIOsas 1~1es~ecIf icas ,p ri nc ip almente p or Staph) 1 0 -(.·O(..(.,l(S aureus, e fungicas alem do.... , ", (" . S processos I" ·,sobretudo m etastaticos. neop aSICOS,
OFTALMICA
A tube rcu lo se ot 'talmica pode atinglr qualquer parle do
~Iho',mas e a ~lvea a r eg ia o m ais c01l1prornetida, 0 diagn6s-beo e presuntlvo e leva em considcrayao 0 aspecto granu-
l?m ato~ so o bservado ao fun d o de olho e 0 P PD que e reatort or te , 1 :: ' ,1 1 1 .~ral, 1 ' 1 3 0 h E t c o n c o l l l l l a n c i a com l csoes pu lmona -re s cm HtIV l< .1ade, com exccyao da tuberculose disseminada ,
TUB:ERCULOS;':
na qual e ob ervam 0 tuberculos carbides, associaclos a
lesoes miliares no pulrnao.o diagnosrlce difercncial de e ser feiro com to oplas-
1110't:'. JUC5" ,::;arcoidose. bruce JOSE' e to:xocariase.
Com muita frequen ia,0alba pode ser sede de reacoes de
11pers n ib i lidade ao cotnponentes do bacilo de K och. Estas
r ac;oe' tern hjstologia scnnelhante 80do processo granule-
maw 0da tub :rculo e, mas sem a presenca do b ac ilo . Clini-
carnente, e m uito dificil diferenci,l,-Jas da doenya pela
pre-seDc;:ad a b ac te ri a. A (m i ca a pl'e se nta ya o tlpica da reacao
d e h ip en e n i bi 1i da d' e a ceratoconjuntivite tlictenular.
TRATAM,ENTO DA TUBERCU LOSE
EXTJtA.PUlMONAR
A s b ases p ar a te rap eu tica da TEP s a , o as mesrnas ja d efi -
n idas para a t ub er cu lo se p llimon ar . 0 tratam en to m edica-m entcso utiliza os esquem as norm atizados no pals, compcquenas variacoes 1.10 que d iz re spe il o a su a dura<;:a,o. As-
sim apesar de algun s estudo s mostrarcm que a maioria das
formas de TEP pede ser tratada pelo mesmo tempo q ue a pul~
monar, deve-se te r em me nte a p os slb ili da .d c d e a lte ra y.O es
e ve ntu aisa J6 rn da s ja desc rita s p ara a meningoencef~t1 ite.
abordagem ttsio16gica deve ser complementac1a pelas
condu ta s e sp ec if ic as n ec es sa r18s a c ada ca so , def in ida s em
conjunto com 0 es})ecialista.A C iT Ilrgia te nt p ap el importante na prevencso de dano
definitivo aos 6rgaos au sistemas envolvidos no processo
patologico da ru he rc ulo se , a le rn d e p od er re du zi r p arc ia lm e nt.e
estes dana . A conduta cirurgice deve ser definida entre 0
especialista e 0 pro fi ss io na l q ue c on du z ° tratamento rnedi-
camentoso, quanto a . oportunidade e aos bcnef1cios de sua
i l1dica<;ao.Os corflcoster6ides tern aplicacao form al nil m enin-
goencefalitc c o m 0 objetivo de m lnim izar as conseqUencias
do p ro ces so in:fl.amat6rio no S C. 0 compromethncnto
per ica rdico , s e a s usp ei ta d ia gn osti ca e precoce, 0 corticos~teroide p ode evitar a pericardite restritiva. No c om p rom eti -
m ente da laringe, reduz de form a m ais rapida os sintom as e
previne a . ro uqu idae definitiva. a tu berculose p leural, nao
p arec e in terferir n a e vo lu ca o cia doenca, partlcularmente ]10
qu e se refere ao aparecimento de paquiplcuris, mas tarnbern
r ed uz a s s in to m as r na is r ap id am e nte . a D p ar ec e h av er o u tr asi nd icacoes bern fundamentadas para 0 uso desta s d roga s,
alern das acima mencionadas.
A terapeu tica d e pro va d eve ser utilizacla ap enas quan do
todos ~s e sfo rc os pos si ve is fo ram i n u te is p a r a 0 i s o l a m e n t o
~~ lha~l .l~,a. '~lp~ra 0 e st ab el ec imen to d e d ia gn os ti co diferen-U,) .. ElXCE!t,_.IO se faz para ,1 ' suspeita de I'nen j n"'()etlc~t'~l'tLIUlll.CO .-~ta-d'- .';' ' .--. ' .\:<.: ,_ l . I e.. < . ,-. " ""- '-" II ,':'", d"~O"",·",pcut·i<:'< pod.., "; e:r~'ficou' scq U-,~
la s g ra ve s oum orte do paClente .
TUBERCULOSE EXTRf\PULMONAR,
IMUNODEFICIENCIA E VACINAC;AO
Com~ ) a c i i s s e 1 J 1 i n a ( ( a o bacilar e c o n d l Q a o f u n d a m e n t a l p a r ao apa.recl1nento c i a rEP a v a t c i n a c ; :a o , q u e telll])or f i . L l 1 9 5 . 0 il11-
pedl-Ia, seguramentc cOJ1tribu"inl para a di )linuic,;ao de slIa in-
1191
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 15/32
TRATADO DE INFECTOLOGIA
cidencia, lsto ja se observa COl) relacao a rneningoencefalitc,cujosindices tiveram reducao mui to i rnpo rt an te apos a insti-
tuicao da vacinacao BeG ao nascimento. Por outre lado as
def ic ie nc ie s imuno logi ca s p e rm i tem a mu lti pli ca ca o d e b ac ilo
dormentes, levando a maior risco de adoecimento por TEP
nestes pacientes, como acontece atualmente com a slndrome
da irnunodeficiencia adquirida.
BIBLIOGRAFIA BAslCA RECOMENDADA
• Afiune JlJ Goncalves M JPR, Fiuza de . Ie lo FA . et al. Ad no ina
dearninase versus ciiologia no diagnostico de derrames pleurai
tuberculoses. J P nc urn ol 1 99 0; 1 6(S upl):9 3-4 .
• Azambuju PCP Picon PD, Rizzon CFC ct al. i1.eningj~ ub rculo a.
In: Pic'on PD, Rizzon ere. Ott WP (eds.). Tuber ulose:
epiderniologia, diagnostico e clinica clinic a e saude publi a . R io d
Janeiro: Medsi; 1993. pA33-52.
• Bates lB. Transmission and pathogenesis of tuberculo 1 . Clin Chest
Med 1980; 1:167-74.
• Brasil. Ministerio da Saude, F S f 'E [PI! • ij> rCRPHF_ tanual d
bacteriologia da tuberculosc. 203 ed. Rio de Janeiro: 19 4.
• B rasil, M inisterio du S aude. F T.ICRPHfIP CT. R :uru1io d e a va li a-
van operacional e epidemiologies do p~ CT na d' da d O. Do-
cumeuro Basico. AnI Pne mol ',mil "0. E ial; 1993.
• B rasil. Min isterio da Saude/F: C P . _ iflfonne teeni 0 ubre
vaciuacao/re acinacao BeG: 199 .
Ceu tre for Disease Control: Tub rculosi an acqnir immuno-
dcFicicnc y syndrome-Florida .. I ' 'R 199 : 3-:- --90.
• Cestar i ilho l O. Ra iRH. 1 ndon D Iat Ari idade da
adena inadeam ina no diagnos i0 0 pl ural. R v Paul
Med 198 . 105:_ 6- .
• Dalcolmo MP, Kritki L. Tub r ulos • o-infeccao pe!o HIY . J
P neu mo l 1 99 3.; 1 9:6 3-7 2.
• Era J, Crespo MJ Valls , Dc alarnanca RE. Adenosine deaminase
activity in cerebral pinal fluid: a II eful te t f or meningea l tuber-
culosis, even patients with. 10', J lnf ct Dis 1988' 158:896-8,
• Fiuza de Mclo FA, Afiune ]B. Quimiot rupia da tuberculosc: basescondutas c proccdimentos . J Pneurnol 1993; 19:42-9.
• Fiuza de Melo FA, (june JB. Transrni 'ilo e imuuopatcgcnia da
tuberculosc. J Pneumol 199"; 19 : 19-24.
• Harris HW , Menilo e . {iliary tuber .ulosi . In: Schloesbcrg D (cd.).
Tubcrculosi 3 rd • N sw York: pring 1'- Vcrlag'1994. p . .233-45 .
• Kas ik JE. C en tral '-rvo us' i: t 111 T ub er cu lo sis. I n: S clo es be rg f)
( d.), Tuber .ulosis 3m . Ilew York: Springer- Verlag; 19')4. p. 12~)-42.
• Krit ki ,Dal almo MP, FiuLa de \1elo FA. A sso cia ca o tu be rc u-
10 c c infe 01 0 pelo HLV no B ra il. Bol Of ic s., unit P an A rn er 1995;
118:542-5 ,
7 0 . 1 1
• Lattim er JK . Renal tuberculosis. N Engl .J M cd 1965; 273:20R-ll.
• Le rer T\ . Extrapulm onary Iuhercu.lusis. CU n Chest M ed 1980 ;
1:2)9<~6.
• light R\ . Tuberculous pleural effusion, In: Ligt RW (e d.) . Pleural
d i ea e . 2 " d . Philadelphia L e a & F e b i g er ; 1 < ; J < ;J O ,
• ~'latQ~ M J, B acelar M T, Pinto P et al. G enitourinary tuberculosis.Eur J Radiol 2005; 55(2):181-7.
• ledici l.FR, hie: Nero .I, Fiuza de M elo 1'/\ ct al. Derrame pleural
par tuh rculose: Avaliacao clfnica e diagnostica de 100 pacientes
matri ulados em arnbulatorio de t i s i o lngia . .J Pne um o l 1982; 8
(_upl.) :154- • .
• loura cccr , fiuuc JB, Fiuza de Melo FA ct al. Aspectos cl inicos
lab orato riais de pacientes p ortado res de tu bercu lo so gan glio nar,
scm HTV (+ ), aco 11 1 panhados em U l 1 1 c el l t ro de referenc ia. JPneumol 1994; 20 (Stlpl.3):208,9.
• . laurnann UK, S chulthess G , Ka .er L, Vetter W, Extrapulmonary
tuberculosis (in a du lts). O fte n u nsp ec ific general symptoms, main
sym ptom s are related to diseased organs. Schwciz Rundsch M ed
Prax 2005; Y4( 18):713·C ),
• lorris AH, Buckley RM. Central Nervous System tuberculosis. In:
Rossman MD, Mal: (]rcgor RR (eds.). Tuberculosis: Clinical lllarwge-
m en t an d n ew challen ge s. N ew Y ork : M cU nn . -H ill In c; 1 99 5. p , 1 57 ,7 1.
• Picon PO, Azevedo S B, Rizzon CFe et al . Tubcrculose de ganglio! ':
linfatico .. In. Picon PD, Rip.()n CFC, Ott WP (eds.). Tuberculo-
: epiderniulugiu , diugnostico e clinic" I:: III clinica c suude publica,
Rio de Janei ro: Medsi; I ()93. p.375-Ui.
'. Picon PD Rizzon (,FC' Ilceffel Fo . .TR et al, Tuherculose de disse-
m inucao hernatica. In: Picon PO, Rizzon ere, Ott WP (eds.), Tu-
bcrculosc: cpidcmiologiu, diugnostico e clinics ern clinica e saude
publica: Rio de Janeiro: Medsi; 1993, p.307-34.
• ilva L e e . Souza AAL, Kacrnrncrcr A ct al, Tubcrculose pleural . 1 1 1 :
Picon PD, RiZL.on CFe, ou WP (eds.), Tub er cu lo se : c pi dem io lo gi a,
diagn ostico e clin ica em c lin ica e sa ude p ub licaR io de Ja neiro : M cdsi;
1 9 93 . p .3 35 ~5 5.
• Thornton OF. Extrapulrnonary tuberculosis, excluding the Central
Nervous system . Tn: Rossman M D , M acG regor RR (cds.).
Tuberculosis: Clinical m anagem ent and new challenges. New York:
McGraw-Hil l , In c.; I I ,)L J5.p.173-84.
• Uehara C. Santoro TL,akalani J . Tubcrculosc pleura l. J Pneurn1993; 19(2): 8-90,
• ysal G, Gursoy ' 1 ' , Guven A, Gunindi F el al. Clinical features o r 'cx trupulmunary tuberculosis in children. Saudi M cd .I. 2005;
26(: ):750-3.
• Wcg JG Clinica l forms of mycobacterial diseases. Ill: Fishm an AP
(cd.) Pulm onary Diseases and Disorde s, 21 '" . New Y ork: M cflraw -
I li ll; 19~8. p .U-:43·62.
• Zy lbersztejn S, Rusche ll PH, Rizzon Cf'C et al, JR. Tuberculcsc
ostcoarti cular. 1 1 1 : Picon PD, R izzun CFC, Ou WP (eds.): Tu her-
culose: epidcmiologia diagnost ico c clinica em clinica c saudc pLI'
bl ica. Rio de Janeiro: Medsi; 1993. p.417-32.
Co-Infeccao Tuberculose e H IV IA IDS
EPIDEMIOLOGIA DA CO-INFECC;AO
o bacilo de Koch se encontra em estado Iatente em cer-
ca de um terce da populacao mundial; desta forma, e de se
esperar urn a um en to n os ca so s de tu be rc ulo se -do cn ca no s
pacientes infectados pelo HIY. 0 risco anual de progressao
p ara tu berculo sc-doen ca entre os p acientes co-infectados
pclo Mycobacterium tuberculosis e 0HIV varia de 5% a 15%,
dcpendendo do grau dei munodcpressfio, contra 0,5(% a 1o/ ~
nos !laO infectados, Podcse esperar tambcm um incrementoc le t ube rcu lo s c t ran sm i ti da por vi a exogena, COll10 10 i demons-
trade, co m 0 auxi li o c ia b io logi a molecular, em pac ie nte s
in fec tado s p clo H IV . E stas evidencias sugerern que a co-in-
fe cc ao p ar Hl V e M . tuberculosis e r cs pon save l p elo aumcnto
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 16/32
TUBERCULOSE
11a in cid en cia d e r nb er cu lo se em arias partes do mundo, 0
que corn plica Sell controle,
De acordo cam a Organizacao - [undial da aude (0.
em 1994, rnais de lv ruilhocs de adultos urn milhao de cri-
ancas esiavam infectados pelo HI . De tes. cera d - .. mi-
Ihoes de ind iv iduo s erarn tarnbem infectado pclo JJ_
tuberculosis, sendo a maioria, 3 8 milhoes. na r giao ub-
S ahariana da A frica. Segundo e timativa atuai da O . . f . .
e x i ste rn n o m undo 42 m ilhoes de pes oas inti eta as pelo lin
das quais um terce a urn quarto aprescnta infcccao p 1 . 0 Jl
tuberculosis. S ao 1 1 m ilho es de adultos co- infect ados , n-
do H tuberculose a principal causa de 6bito.
Nos ELJA. entre 1985 e 1993, hou e L 1 1 1 1 aumenro de 1 %
de casos notiDcados de tubcrculose. Em 1990 mais de 30%
dos casos de tuberculose eram em pacientes infectados pelo
HTY. Urn m10 apos, 33% dos casas eram resistentes R, pelo
menos, um tl11111<lCO e quase 20%, a isoniazida e . a rifampicina
charn an do a atencao para0
problema de re istencia a medi -c am en to s n os co-infectados Rapidamente for am implan ta da
novas medidas, com ree truturacao dos ervicos de contra-
le da tuberculose c i n tr oducao do tratarnento supervisions-
do,e consequentemente houve reducao de 40% dos casas
entre 1992 e 2001.
Entre 1985 e 1991 , a incideucia de tuberculose tr ip li co u n a
Zambia c d u p lic o u em M alaw i e Burundi, e te me rna perio-
do, houve urn aurnento de 76% nos casos de ruberculo e da
Tanzania. Na Africa, cerca de 20% dos casos foram decorren-
Les da infeccao pelo H TV A m ortalidade atribui cl ao HN era
de 4,6% em 1990, porem a Organizacao un dial cia aude
tima que ela aumentou para 14% no ano 2000. Em geral, nos
paises subdescn olvidos a tuberculose ' notificada como
lima das mais freq uentes j nfeccoes oportunista associadas
:: 1 infeccao pelo H IV . M ais da rnetade do pacientes com AIDS
na Africa, na india e na Tailandia se a ocia com tuberculo-
se. Na America Latina, M exico e Haiti este numero ficam
entre 24% e 28%.
No Brasil, entre os casos de A]DS notificados pelo M i-
nistcrio de Saude eMS), a tuberculose e a terceira infeccao rnais
Irequcnte (20%), sendo superada apenas por candidiase
(54%) c pneumonia por Pneumocy 'tis carinii (em discussao
altcracao do nome para Pjivoreci) (3.l%), no dados acumu-
lados de 1980 a I993. Dcve-se notar que a ocorrencia d tuber-
cu lo se asso ciada ao H TV /A lO S difere da obser ada no E A
e p uls es e ur op eu s (5%), bern como de alguns paiscs africanos
onde a associacaoe mais elevada (40% a 60% . Quanto a pn u-ruouia por r. carinii 6 u mais frequerite cias infecr;nf' :"I~. ocia-
da ao HTV /ATDS nos paises descnvolidos e incornum nos
pai se s a fr ic ano s, especialmente como man ifestacao isolada.
Esses numeros situarn 0 pais numa posicao intermediaria no
quadro m undial em relacao aetas as. ociacoes.
Acredita-se que n o B rasil existam 59 7.443 pessoasinfec-
tadas pelo HTV. Ate dezernbro de 2003 foram notificados
310.310 casos de AJDS (213.079 casos na regiao Sudeste do
pais e 140.728 casos no estado de Sao Paulo). 0 Brasil encon-
tra-sc entre os 23 paises com maior carg<l J~casas d tllbcr-
culose 110lllllndo., ocupando 0 15° lugar < . : o m 111.000 casos
HOVOS anuais e taxa de incidencia de 48/100.000. Entre 1920
e j unho de 20 00 , O C O I T e r a m 1 90 .5 23 ca so de AIDS, c s t i m a n -
C;Jpi"tuln 70
do-se que nrre 20% 40% dcserr 0] er-am t:uben:<Jlnse. rJ<::>-!>-
de a lnrrudecao da t erapia anti-rctro ira l de alta p()H~ncil:l,
univ ersal . gratuita, introduzida DO pais ill IY96, obs r a- e
uma ff\C a o da l nd n ia da tuberculose entre os portado-
do H ~an d aumeruo progress! 0 paru LIma irrrportrur-
reducao doo q~adro o-infeccao no pais, entretant~, na o e un.i-
orm e, dif fin 0 o nfo rm e a r egia o. E stu do re aliza do n o RIO
de Jan iro, illnecropsies de pacientes com AIDS portadores
d le 0 putmonares, revela taxas mais elevadas para a t11-
ulos _- 4 % e _4,.-%, e taxas menores para a pneumo-
i 0 - L% )9%. J a no Rio Grande do Sui, em estudo
ernelhant de 119 necrop Ias de pacientes com AIDS c COIl1-
plicacoe pulmonares, a pncU1l1ocistosc ocorreu ern 38,7%
do ca 0 a tuber ujo em 15,1%.
o mum ipio de ao Paulo, onde s e c onc cn tr a um quar-
to da populacao do e tado, ocorre a maier numero de casas
d tuberculose do pai . com .000 cases novos por ano. Em
199 _ 0% dos pacient com diagnostico de tuber cu lo se
aprnta am c o- in fe cc ao p elo mv (Fig. 70 .11 .1). Alem da
alta incid sncia a tubcrcul sc IS importante causa de morte
nes e indi Iduos, tendo sido a re ponsavel por 22,4% do s
obitos no infectados peJo HIV no municlpio de S ao Paulo
entre ] 994 e 1998 a p rox imada rn e nt e 600 pacientes por ano.
omparando-s a mortalidade p or ru be rcu lo se em pacientes
infec tado ou n a o pelo HTV observa- e q u e e n t r e os i n f e c -tado ela e ignificativamente maier 2,4 a 19 vezes) e aumen-
ta com a gra idade da imunod ficiencia, que is 0 rnaior
determinante de mortal idade em co-infectados. Urn aurnento
da taxa de mortalidade por tuberculo .e tambern foi observa-
do entre 1983 e 1994 na capital de , a o Paulo, onde e maier apre alcncia cia infeccao pelo I!IV, difcrcnte do obsorvado em
todo 0 estado (fig. 70.11.2).
E te in crem en to p ode ser () resu ltado do agravamento das
condicce ocioeconomicas e da dese truturacao d o p ro gr a-
ma de controle da tuberculose, como pode ao rnenos CIll par-
te, s r dido it epidernia de in feccao por H lY . A favor desta
Ultima hipotese estudos realizados no Rio de Janeiro, entre
19 7 e 1994 em pacientes COlTl diagnostico de tubcrculosc
atendidos em unidadcs basicas de saude, mostraram aumen-
to progr ivo da ta, a de infcccao por HIV nestes indivi-
duo' d 05% para 10%, scndo a infeccao pa r HTV mais
frequente e . pacientes com tube rcu iose extr apu lmonar, naf01111Clgaaglioner e di sscurinada. Tal como a ineidew.:~ia cia
propria co-infeccao a taxa de rnortalidade entre os co-in fee-
tadoa tambem experirne ntou nma acentuada reducao apos a
introducao da terapia anti-retro ira!'
,A SPECTO S G ERA IS E C liN (CO S
re sp osta im un e-p ro te to ra d o hospedeiro ern rc la ya o a oM tuberculosis depende da capacidade de mobil izacao de
linfocitos T, da categoria dos linfociros T CD4-1, dcstes reco-
n hecerem o s antigeno bacilares e da interacao COin OS
macr6fagas Gontcndo assirn a multiplica<,~flobacilal' no inte-
rior da celula com conseq[ientc fonnayi1o dales50
granulomatosa. A infecp?io pelo HIV produz Lima disfllnc,;s.o
progre S I a do si tema inTun e, c o m p r o m e t e n d o p r i n c ip a lm e n -
119.1
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 17/32
200 -
TRATADO DE INFECTOLOGIA
1996/0 1: - 67,5%
40 0
300
100
1997 1998 1999 2000 2001 20021994 1995 1996
I. Casas37 2 317 145 93 108 83 103 75320
- .. _ Casas de tuberculose em pacienles HJV/AIDS, de ecoroo com 0 eno de primeira notificaQ~o de ~B no servico do
FIGURA 70.11.1 .. A . E'd - I'v.·ca CRTDSTIAids (dados ate 31/12/02). TARV = tretemento enti-retrovire].CRT-DST/AfDS. Fonte: Vlgl/~ncla . pi emJOV':J' - ...
3L---------------------~====----1
-Estado
-0 Capital
2 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - - -
83 84 85 86 87 88 89 90
Ano
91 92 93 94
FIGURA 70.11.2 - Coeficiente de morta/idade par tubercu/ase rio estada de Sao Paulo e na capital ( /100.000 habitantes). Fonte: se -creterie de Estado da SatJde - CCO/CVEITB.
te a imunidade celular mediada pelos Iinfocitos T CD4+, tor-
nando esras celulas incompetentes na defesa contra 0germe.
A deplecao e a disfuncao des linfocitos T CD4+ sao
m arcadores da infeccao pelo HIVe as principa is causas da
imunodeficiencia que se instala no decorrer da doenca, POI"
seu tU1110, a tuberculose acelera a evolucao da infeccao viral
par um a erie de m ecan isrnos, entre des a producao de TNP-
alfa estirnulador da repl icacao viral (Fig. 70.11.3).
OM tub er culo sis e urn patogeno prim ario , ser do urn dos
a ge nte s in fe cc io so s rn ais virulcntos u su a lmen te a ss oc ia do s a .
infeccao pelo Hl V. Seja pOI' reativacao endogena ou por infcc-
'faO exogena, a tuberculose podc ocorrer antes que a profun-
da imuncdepressao provocada pelo HI V tcnha se instalado
sendo com frequencia a primeira infeccao detcctada, quando
os nl eis de linfocitos CD4+ caem para menos de 450 a 500eels/rum'. Pock tarnbem ocorrer, ern doentcs ja 1 1 a fase A lOS,
apes 0 d cs en vo lv im e nto d e i mu no cO ln pr om e time nto p ro fu nd o,
caracterizado por niveis de T CD4+ inferiorcs a 200 eels/nun'.
No Rio de Janeiro, em unidades basicas dt: saude, SO %
do s n acien tes in fe cta do s n elo H IV (~()l11rli!lO"l1ndiN ~'" t11)..,,"·'_
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 18/32
TUBERCULOSE
B K
HIV
Sinal izagao
Macr6fagoBK
Infecta 0
---~,~ ... Macr6fago
+eslr6i 0
Ma c r6 fa .g o . ... .. ..-- Multip!ica~se
+L i be r a r; ;a o d e
fatores queest imulam a
- - - I . . . . . . Repl.icayaod o H IV
Desenvolvimento de AIDS
FIGURA 70.11.3 - Interar;{5es imunobiol6gicas entre TB e HIV/AIDS.
culose aprcscntaram imagem cavitaria ao radiograms toracico,
ao ~ asso q ue n os ho sp itals de refcren cia p ara A ID S , o nde o s
:paclentes cncontram -se em um a fase rn a is avancada de
im unossuprcssao , este percen tual varia de 5% a 10 % dos ca-
so s. A ch ad os se me lh an te s foram en contrado s em Sao Pau-
1 (\ ern um h osp ita l g era l, c om pa ra nd o p ac ie nte s in te rn ad os
n uma c nfe rm a ri a d e tu be rc ulo se co m a s in te rn ad os n ou tra d e
AIDS; na primeira os aspectos da tnberculoac cram de doen-
ca localizada e na segunda, disseminada.Naqueles sem com prom etim ento im une acentuadc com
contagens de CD4 superiores a 350 eels/rum" a tuberculose
(;~ndistinguivel daquela encontrada ern nao infectados pelo
HIY . A reacao cutanea ao PPD esta preservada, as form as
p lc uro pu lm o na re s sa o mais f re qU e nt es e c ompr or ne te rn prin-
cipalm ente os lobes superio res com tendencia a cavitacao. A
doenca extrapulmonar ocorre em freqilencia igua! ou pouco
superior (J 0% a 20%) aquela obscrvada nos pacientes com
tuberculose naoinfectados pelo H1V.Nestes cases, a dificul-
dade reside no diagnostico da iofecyao por HN.
Nos pacientes com CD4 abaixo de 200 cels/mrrr e com
lin fo pe nia a ba ix o d e 1 50 0 1 1 1 m 3 ou candidlai e oral, a maioria
ancrgica aos testes cu taneos, a tuberculose oco rre tan to na
forma pulmonar quanto na. extrapulmonar. 0 acometi_mento
puhnonar Llsualmentc curse com irnagens radinlog]c<ls
atipicas, mostrando padrao incomum para a tuberculose de
rcinteccao do adulto .. Sao frequentes imagcns difusas,
adenomegalias hilarcs e mediastinais sendo incornuns as ca-
vidad es (T abela 70 .1 1.1 ). A positiv id adc cia b acilosco pia n o
escarro e em lavados bro nqu icos tende a ser baixa eno s exa-
m es histo pato logicos a reac;ao granulomatosa e mais rant
Est a a pr es en ta ca o atipica da tuberculose, nestes pacientes,
torna scu diagn6stico dificil , atrasando 0 inicio da t er ap eu ti -
ca antituberculosa com aum ento da morbimortalidade e da
transmissao n oso com ia l do M tuberculosis.
Em !lOSSO meio , nos pacientes com tuberculose devern
se r identiflcados o s s egu in te s indicadores sugestivos de in -
Ieccao por HIv
Ca p itu lo 70
Esi imula<; :a:o
Unf6c ito T (CD4)
HIV Infecta 0
Linf6ci to
Oestr6ioLinf6cito
+. . Replica-se
Depr im e a
Imunidade
Multiplic:ayao
doBK
Desenvolvlmenm da IE
.. pro a tuberculin ica negativa;
• imagens atipicas de reinfeccao do adnlto, na r ad io lo -
gia toraoica;
• pessoas que ap resentem atcccoes re lacion adas ,\ in-
fec9.ao pelo H TV , tais com o candidiase oral, Iin fade-
nopat ia gene ral iz ada e czem a scb orreico 1 1a fa ce e
herpes-zoster; .
• tuberculose extrapulmonar, prtnctnatmente 1 1 ( 1 : S (ormas
gangl1onar, perjcardica, peritoneal, sistema nervosoc en tr al e d is sem in a da ;
• historia de doenca venerea;
• comportamento de risco para (-IIV.
Nos pacicntes infectados pelo HIV, tal como nos nao
infectados, a tuberculose rode evoluir de Iorma subaguda
ou cronica e seus principais sinais c sintomas sao tosse , fe-
bre, sudorese, cmagrecimento, astenia e anorexia. Tal evolu-
cao e quadro clinico tambem sao freqiientes nos individuos
infcctados pelo Hlv, co m ou sem tuberculosc,
A t ube rcu lo se e rn pacientes t n fc c tados pe lo H IV pode, na
p ra ti ca c li nic a, s c a pre se nta r d e d ua s m an eira s: o co rre nc ia a n-
tes (fase prccoce) e depois (fase tardia) da instalacao de imu-
n ossup rcssao acentuad a, com as segu in tes fo rm as clin icas:1. Forma pulmonar isolada na fase prccoce da infcccao
pelo H IV . Apresentac;:ao clrnlca semelhante aquela ob-
se rv ad a n os p ac ien te s n ao i nf ec ta do s p e io HIV. Pre-senca de febre vespertine, sudorese noturna, astenia,
em ag t'e ci m en to , io ssc produtiva e m en os com um en te
hem opticos e hemoptise.
2. A denite tu berc ulo sa . 0 compr ome ti ln e nto g ang li on a r
pOl' tuberculose nos indivlduos infectados par HTV 6
frequente. Prevalecern agui os sintomas sistemicos
como febre e emagrecimentn; ja . 0 aum ento de ga.nglio
periferico como queixa principal, tipico em paciente
na. a i nf ec ta do p eIo HIVe referido em m enos da m etade
dos casas. A a l t e r a c a o gang1ionar p r e f c r e n c i a l e naregiao cervical, seg uida das reg io es supraclavicular,
1195
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 19/32
TiRATADO 1)1F. mFECTOLOGIA
axilar e inguinal, associan do-se em sua maioria co m
lesao pulmonar, Em pacicntes infectados pelo HIV com
sarcoma de Kaposi linforna OU l infadenopatia gen ra-
lizada, as anorrnalidades 110 radiograma toracico e
sindrorne febril sao r nenos comuns.
3 . . Forma pulmonar na fase tardia da infeccao pelo HI\.
Nesta fonna, a 1 e 1 1 1 de sinais e sintomas gerais, obser-va-se urna dispneia importante, A expectoraeao e m -
no s frequente e rara a presenca de hemopns . A
evolueao para insuficiencia respiratoria ocorre de for-
ma gradual c frequenternente.
4. Form a dissem inada. Nem sem pre e POSS ! .1 d n rrni-
nar 0 sitio dessa lo ca liz ac ao , C ham am a te nc ;a o o s in a"
e sintomas descritos na forma anterior por I!JID IODgo
periodo, a presenca de hepatoesplenomegalia, febre
prolongada, emagrecimento e a negathridade do exa-
m es ro tin eira me ntc re aliza do s n a in t iga. -0c ia bre.
Tendo em vista a sua frequencia, a sua ele ada mor-
bidade e a dificuldade diagnostiea, imime'JC auto
recomendam que , em paciente om q dro febris
prolongados, sem infeccao opon - s m derecm a . seja
iniciado 0 tratarnento empirico an iw reulo en-quanta se aguarda os re ultado d ~exams s, Porem,
deve-se insistir no isolamento i· ob<ic[ma om
coleta de sangue medula 6s ea .. se ne e ano
biopsia hepatica para realizacao de oelmra,o a um ento de re lato s de m ic ob a trio dpi, espe-
nos estados de Sao Paulo Ri:o le Janeiro e Rio
do SuI semelhante ao ob ervado em pai e de en-
do , onde essas afeccoes aparecem na me tardia da in-
l.v...........v pelo nv, estabelece a ne s id d d. difi T nciar a
tuberculose de outras micobacreriose , p las dill rencas na
abordagern tcrapeutica e no progno rico ..As micobacterias
atipicas t e 1 1 1 side identificadas com maior frequencia em
hemoculturas e biopsias de Indula ossea, ndo infrcqucnte
o sen isolamento 'em lao gaaglioaar ou pleural,
DIAGN6STICO E EXAMES
COMPLEMENTARES
As bases para .0 diagne ri 0 d tub r ulose em pacien-
tes infectado .pelo.HI\ na o dif I' m dos nao infectados po-
rem, no contexte da imunodeficiencia a importancia do
isolamento do f. tuherculo is torna-sc ainda maier, diante do
grande m im ero d diagnostieos di ferenciais. Principalmente
na fase a an ada da infeccao pelo H N, todo e qualquer rna-
te ria l o btid o.se ja e c ar ro , liq uid o o u te cid o, d ev e se r exami-nado para a deteccao da micobactcria ..
Fese Precoce da infecc;ao pelo .HfV
BACTER~OlOGIA
A ensibilidade da baciloscopia direta do escarro varia de;
I% a 1%, com 50% a 60% de resultados positives em co-
infectados. Em pacientes 11 a fase avancada d a infeccao pelo
H IV dirn in ui e sta se nsib ilid ade , alem cle ser m ais diflcil a
ob encao do escarro, que po de ser melhor recuperado pOl" de
tecnica: de inducao da expectorac,:uo, como o uso de nebu-
]izac;ao ultra-sonica de solucao salina hipertonica.
De ido it sua maior sensibilidade, a cultura deve ser sem-
pre solicitada. A partir dela podcm se realivar exames de
tip ag en s e te ste s d e se nsib ilid ade a s d ro ga s. Em p artic ula r,
no casos de im uncdeficiencia avancada, a hem ocultura e acultura de m aterial aspirado ou obtido par b iopsia de medu-
la 6ssea ou hepatica devem ser se mp re so lic ita da s. Q ua nd o
tecnicas de lise-centrifugacao sao utillzadas, as hemocul turas
alcancam um a positividade de 18% a 30% nos casos de pa-
dentes tuberculoses infecrados pelo HIV. Na forma dissemi-
nada, 0 rendimento diagnostico da tubcrculose atraves da
hem ocultu ra aum enta para 40% a tD%.
A presenca de BAAR no escarro ou em outro material,
bern como 0 crescimento de micobacteria na cultura, nao fe~
cha 0 diagnostico de tuberculose nos pacientes com HIVI
AIDS pela maier frequencia de rnicobacterioses neles obser-
vades. D esse m odo , torn a-se im po rtante, particu larm en te nas
form as dissem in adas e nas fases ta rc Jia s c ia in fe cc ao p elo H IV ,a t ipagem da micobac te ri a,
o teste de sen sibilidade as drogas antitubcrculosas dove
ser real izado nos cases de retratamento, ocorrencia de 111el
cvolucao clin ico-radiologica eem com unicante de paciente
com tubercu losemult ir r es is ten te .
Co mo estes exam es, alem de dem orado s, nem sempre estao
disponiveis entre- nos, 0 inicio da terapeutica antituberculosa
em geral e feito sern 0 seu concurso. A suspeita de mico-
bacteriose atipica se confirma, entao, pela ausencia de resposta
ao tratam ento adotado, em pacien tes sem suspeita de albergar
ccpas mul t ir r e si s ten t es , pois a maior ia d as c ep as atipicas niio
responde aos medicamentos antitubcrculosos usuais,
R X D E T6RAX
Na fase precoce da infcccao pelo IIlV, sao comuns ima-
gens radiograficas tipicas d a tuberculose de reinfeccao do
adulto: im agens de hipotransparencia, d e c on to rn os im pre ci-
sos infiltrativas au nodulares de tonalidade baixa, cavitacao
unica OU mu ltip la lo ca liz ad a n o se gm e nto p os te rio r dos lobos
superiores o u su perio r do lo bo i nf er io r. A dc nomega li a hilar
e/ou mediastinal associada a lesao pulmonar saoidentrfi-
rase Tardia de infecc;ao pelo
• Predbmfnia cas forrnas pulmonarss
• Apresentay8 q ra 'd io l6 gfc a tlplca
• C ll nic a s e m e l h a n t e ao n a o in fe cta do p elo H IV
• Mic oba cie rlos ss .
• .Maior ocorrencia de formas ~xf r.. . \\
• Aprssentacac radiol6gles ati'pt'
• O ifie H diferencia9El.o cllruca O e : . · . 8 ( 1 tI ,I
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 20/32
c~l~ia:cO.lll.,maior freqiiencia do que 0 observado n os p ac ie n-
tes nao infeetados por Hl V, . a fase avancada cia infeccfio
pe_lo.HIV, 0 ac?metimento pulrnonar ocorrc COlD imagcns
atJplca~ ao radiograma toracico, mostrando padrao seme-lhante a tuberculose decorrente do cornplexo primario em cri-
ancas. Sao Irequentes imagens difusas c adcrio megnl ias
hilares OLI mediastinais c incornum a presenca de cavidades
c lesoes em lobo superior.
D o p on te d e v ista p ratico , em pa cien te in fec tad o pelo rIcom anorrnalidadc no radlograma toracico, cO.llsirieram-sc
im ag en s su ge stiva s d e tu bercu lo se:
• condensacao (m ica ou multipla no terce superior de
urn O Li ambos os pulmoes;
cavjtarias em tercos superiores;
derrarnc pleural uni ou bilateral;••• padrao 1 1 1 J ~ ]iar,
N os cases com adenom egalia hilar e/ou med ia stin al iso -
lada, devem ser investigadas outras causas patologicas.
TOMOGRAFJA COMPUTADORIZADA E UlTRA-
SONOGRAFIA
Am bos os m etodos sao uteis na investigacao de febre em
pacicntes infectados po r H1V..N os p ac ie nte s c om tu be rc ulo se
88.0 mais comuns lesoes focais viscerais e adenom egal:ia de
densidade baixa e heterogcneaNos casos de micobacteriosc
atipica sao freqiientes a hepatocsplenomcgalia v olu rno sa e as
adcnom egalias com densidade homogenca e sem elhantes a
de partes moles, A tomografia cornputadorizada de cranio
em pacicntes com tuberculose cerebral, revela hidrocefalia em58% dos cases, lesocs com zona central hipodensa com "ima-
gem de anel" ao sell redor em 45% e lcsoes a tr of ic as OL la u-
senoia de alteracao em 32% dos cases.
T E S T E TUB,ERCULiNICO ( P P O ) I
Na fasc precoce dainfeccao pelo HIV 0 teste tuberculi-
nico IS positivo em 55% a 80% dospacientes com diagnos-
tico de tubcrculose, ao passo que, na fase avancada, essa
posiUvi .dade cai, variando de 7% a 46% dos paciel1t~s. o
PPD, a sim ples presenca de enduracao deve ser considera-
del, Dao havendo mais a distincao entre reatores fracas e
fortes.
BRONCOFIBROSCOPIA E LAVAOO
BRONCOALVEOLAR
Nao sao poucos os cases d e HTV /ATDS q ue ex ig em a rea-
liza9ao de broncofibroscopia para diagnostico de doencaspulmonarcs, entre clas a tuborculose, A sensibilidade de recu-
pcracno do bacilo no Iavado broncoalveolar varia de 40% a
60%) , A b io p si a t ra n sb ro nqu ic a aumenta C ) rendimcnto diag-
nostico em 5% a 1O % . E importante re ssa ltar q ue 0 valor
preditivo positive da baciloscopia para diagnostico dc tuber-
culose no lavado broncoalveolar e/ou eSCaITO induzidoc
70% ) inferior aquele observado no escarro espontaneo, em
torno de 92% a 97% ,
T U B E R C U L O S E
GASOMETRJA ARTERIAL
A aCCTJ,tuada hipoxelTl ..a COIlT1UtllCll.t:C cnCol3-.tl.t.t:a,da.JIL-:\OS-FI':<''1ci-
ente com pn umoci to e pulmonar OCOITecom frequenciamenor Il~ _caso , com tub r ulose pulmonar, excecao a tuber-culo e m idiar, .
OUTRIOS PROCEDIMENTOS
a in e tiga,¢o dlagnosrica de fcbre de origem indercr-
!. ada em paoierrtes Infectados pelo H IV, exames 111sTnoglco
e bacteriologico de figado e medula ossea esrno indicados.
o rendimente de' exarnes histopatologicos de figado com re-
sultados posjti os entre _5% e 70°).. e . comparavel ,'lOS de me-dula os ea e aumenta nos pacientcs na fase avancada da
in fe cc ao pelo HN, com e leva cao de :to sfa ra se u lc alin a, revelan-do granuloma em 70% a 90% do s cases. Pacientes infcctados
pelo HTV com tuberculose de localeacces d iv er sa s a pr es en -
tam granulomas na biopsia ganglionar em 75% a 8~l% dos ca-
sos, baciloscopia positive em 25% a 10 0% e cultura positive
em 75% a . 100% dos casos,
METODOS RAplDOS DE DIAGNOSTICO
Em ra zao das li rn ita co es d os metodos bacteriologicos co
vencionais, os metodos rapidos como a tecnica de Eli.
(E nz ym e L in ke d Immun os or be nt A ss ay ) e de peR (Po
merase chain reaction) tern sido propostos para 0 dia
tico de tubereulose principal mente ern paciente infectad
pelo H I Y .
o rendimento do metodo Elisa depende do tipo de a
geno utilizado. Mesmo uti lizando aritigcnos 1ipidicos pu-rificados, a sensibilidadc cia tecnica Elisa varia de 29% a 60%
e a especificidade de 75% a 85%. Do rncsrno modo, com anti-
genes proteicos purificados, a sensibilidade e a especifici-
dade variam respectivamente de 28% a 69%) e de 75% a 92% .
Na fuse de tm unossupressao avancada pclo H IV , mesmo uti-
Iizando o s me lh or es antfgenos 0 rendimento d iag nostic o d a
tecnica Elisa dirninui para 5% a 62%.
S ao escassos o s e stu do s sabre a u ti lizacao du tecnica da
peR na retina de arendim ento de pacientes i nfe cta do s p elo
HIV. Com iniciadores (primers) responsaveis p e la amp li fi ca -
c a o d e frag men to s COllse rva do s n a seq uen cia codificadonl
do ARN 16S ribossomal e da s equ en c ia r ep c ti ti va S 6I 10" asensibilidade e a especificidade variant, respectivamente, de
61 % a 86% e de 92% a l. 0 0% . H a relates de resu l tados false-
lJOsi,tiYOS na tccnjca de PCR no diagr'I!')stico de~llberClllose,
em p ac ien te co m hist6 r.ia previa de t ra t amen to ulltltubcrculose
e /o u m fcc rado p elo H fY . s ob re tu do e rn arnostras do aparelho
re sp ira ro rio ou de sangue periferico. Os resultados falso-po-
s it ivos te rn side atribuidos a elevada sensibilidade da tecni-
el l de peR maier qu.e a cultura, on relacionados com a
reativacao endogene de foco latente de M tuberculosis sem,
no entanto progl~edir para tuberculose-docnc;a. Aparente-
m ente, a peR fic ar a re str ita a os la bo ra to rio s d e referencia (ern
razao do elevado custo e da necessidade de pessoal t reinado)
e principalm nte, a a aliacao de forrnas clmicas pauci-
bacilares desde que, COIn usa de Iniciadorcs mais especifi-
cos, se o bservem rn eno res taxas de falso~positividade.
1.1'.J7
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 21/32
ao pa 0 que apenas 19% morrerarnquando 0 di~g:l~Stico r o ·feito precocernente. Assim, torna-se HnpenO~( ) .0 mic to do,~-
tarn nto 'logo apos a colhcita de material clinico para anali e
e posterior confirmacao ou nao do diagnostico.
Pelas dificuldades de diferenciar nestes pacicntes a tuber-
culose d as pneum onias pelo P . jiroveci ou b a c te r ia n a , 0 pro-
cedimento terapcutico ernpirico deve ser cstabelecido da
secuinte maneira:
• com sintom atologia geral e/ou resp lrato ria a e sclare -
cer, de du racao superio r a duas O L L trcs sem anas e au-
senoia de im agens no radiogram a toracico sugesti as
d e tu bc rcu lo sc, in icia r trata mc nto pa ra P carlnli;
+ co m sintomatologia geral e/ou respiratoria c om d ura -
9aO inferior a duas sernanas e imagens compativeis
com processo pneumonico bacteriano (condensacao
h omoge ne a a lv eo la r, com ou sem b ro nc og rama a ere o),
in ic ia r e sq uema a nti b ac te ria p io ge nic a.
Caso nao ocorra rnelhora clinica entre sete c dcz dias, re-
comenda-se iniciar esquema antituberculoso.
Na pratica , o s casos com confirmacao b ac te rio lo gic a au
c ri te ri os c ll ni co -r ad io lo g ic os s ug c st iv o s de tu b er cu lo se . .sern
tratamento antitu berculoso prev io e contaro rccente com
pac ien te rnul ti rr esi st en t e, usualmente aprcsentam melhora eli-
n ic a e m c in c o a setc dias apos 0 in lc io d o iratamcnto. E co -
m um , entretanto, que estes pacientes s e r nan tenham febri~ e
com queixas inespccificas par dUHS a tres sernanas, por~m
c om m clh or a ra dio lo gic a, Quando 0 p acie nte ap resen ta P LO -
ra clinica nas duas primeiras seman as de tratamcnto ou quall-
do nao se veri fica. melhora progressive apos tres a quatro
semanas, dcve-se investigar presence de Dutra. infeccao as-
sociada que possa ser responsavel pela ausencia de resposta
it terapeutica principalm ente nos pacientes com algum indi-
c ad or d e im uno deficien cia av an ca da .
Pacientes na fase avancada da infeccao pelo HIV apre-
sentarn, nos primeiros dois meses, uma taxa mais elevada de
rnortalidade, de 20% a 30% , decorrentes de infecooes nfio
tu be rc ulo sa s. A c on ve rsa o bacteriologica o co rr e e ntr e 0 pri-
mciro e a terceiro mes de tratamcnto, em cerca de 9 0 % 1 des
cases, independcntcmente do momenta irnunologico do hos-p ed eiro . Isto c scmelhante ao obscrvado nos indivtduos na o
infectados pelo H IY . Taxas elevadas de recaida foram referi-
das na Espanha e em alguns palses africanos, sendo baixas
nos EUA. Em certas regioes mctropolitanas do s RUA , em Silo
Paulo c em S antos tC111 sido ob serv ado au menro na taxa deabandano do tratamcnto, alcancando taxas de 27% a 40%,
Desta Iorma, 0 desaparccirnento 011 a diminuicao do l1LJ-
rncro de } . II t uberculo s is no escarro, associado [1m elhora elf-
nica e a m elhor rnaneira d .e s c ava li ar a r e spo st a terapeurica.
( ) L ls a seriado do radiograma tonkico para monitorar a res-
posta lerapeutjca ainda na o foi adequadamente avahado, En-
tretanto, radiograrnas consecutivos ev iclenciam m en os
fibrose e outras seqOelas do que aquelas observadas nos
pacientes naQ infectados par H IV .
TRATADO DE INFECTOLOGlA
RESISTENCIA PRIMARIA E ADQUIRIDA
A resistencia primaria e adquirida vern apre entando urn
aumento nos paises desenvol vidos, difercnterneute do ob er-
vado nos paises em desenvolvimento ate a deeada de 19 0"
onde a melhor organizacao dos programas de control da tu-
berculose e a introducao da RMP no tratarnento parecem tercontribuldo para a diminulcao da resistencia,
Nos EUA,a resistencia as drogas antitu Fe los au-
m en tou de 10% em 1983 para 23% em 1991. Aprn 1· . I te
20% dos pacientes infectados pelo HlVem Q a Iorqu al-
bergavam cepa resistente a RMP e lNH. Entre 1990 e 199-.0
CDC avaliou microcpidcmias par cepas multirresii entes emoito hospitais e no sistema penitcnciario. Identifieeram-se ~9
casos de tuberculose multirresistente, sendo a maioria em
pacientes Infectados pelo HfV, na fase avaneada de mmnos -
supressao. A mortalidade fo i de 70% e 0 empo medio d
sobrevida foi de quatro a 1 6 sem anas, Tam bem fo i gi rrada
tuberculose multirresistente em outros pa i ses co 0Fran~
Espan ha e Italia. os pal es ubdes 01 i . re:sisrencia
adquirida permancee elevada, principalmeme em pa i ses do
continentc asiatico, a Tanzania. com born ID'3iltI3 de COI1-
trole d e : tubercu lose m em o om " '" taxas infec-
9 a o p O l ' 1 v l t u b e r c u l o i p e J o Hn: - n d o
urn aumento de cepas re itnt d r o g a . E an . u l o . ,No Brasil nao existem ainda ,wr l ~ capazes de caracre-
rizar 0 cumportamcnto cia res i en ia mieobaoteriana DO~
tuberculoses infcctados pelo H]' sendo 0 estudos
conflitantes, Em Sao Paulo uma revisan de ro cepa de pa-
dentes atendido .no periodo de 1992 a 199 fie elou uma taxa
de resistencia inicial a RMP+ _ H de ] 1% e resistencia adqui-
rida a um a ou m ais drogas de 3 ':1 ,% .Em anta atarina obser-
vou-se taxa de resistencia inicial d 13.9% em hospital de
referenda, NoRio de Janeiro. outre estudo realizado entre
] 993 e ,~994, em 121 cepa de pacient atendido consecu-
tiv am en te n urn hospital uni ersitario - ferencia para AlDS,
mostrou uma resistencia iniciala Rl\,:[P-r H de 15% em pa-
ciente infectado pelo HI ; e de 3%, em n ao in fe eta do (p<O.,Ol),
Em 1994, entretanto.ianalisand e eepas isoladas de 508 pa-cien tes com tuberculose, 1 0% d I .. in fectados p 1 0 H IV , a te n-
didos consecu tivam ente em _ _ unidades de saude no
municipio do Rio de Janeiro ob rvou-se taxa de resistencia
inicial a RM P+TNH de apena 0.9%, nao ocorrendo diferen-
ca de resistencia in icial entre paciente infectado e naoinlectado pelo Hl V.
Sabemos ainda ria relet incia de inumeras citocinas, como
a IL-12 capazes de controlar a expressao fenot fp ica Thl au Tb2,
T al feno meno com pro va a im po rtan cia n os pacientes co m l11uI-
ti rr es is te nc ia a o M tuberculosis em que a secre9ao de IL-] 2 e
interieron-gamae nmito menor que em indivJdl~os saud:iveis.
TRATAMENTO EEVOlUC;AO
os pacientes infectados pelo Hrv. 11 a grande maiotia dos
casos nbserva-se uma resposta favod,vel ao tratamento
antituberculoso. especiulment:c quando 0 diagn6stico e fei-
to precocem ente. Cerca de 45% destes pacicntes, qtle tive-
ram 0 se u d ia gn 6stic o re ta rd ad o, moncram j Jo r t ubercu1 .ose ,
ESQUEMAS TERAPEUTICOS
o esquem a a sel' ulilizado para 0 tratanlcnto da tuberCll-
lose no portacior de HIV nao dii(~re do reC()lllenn::ln() M n~-
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 22/32
ciente sem essa co-m orbidade e deve respeitar os princinios
basicos da terapia. A associacao de fannacos, 0uso de doses
correras por te rn p o suficiente e a super isao do tratarne nto sa onecessaries para que sejam obtidos resu ltado atisfarortos.
o uso concomitante de Iarrnacos anti-retrovirai e
tubcrcu\ostAticos constitui grande desafio aos pacientes, nao
so pcla elevada quantidade de comprimidos, mas tamhem pe-
los intensos efeitos co laterai: qu e ocorrern nas prirneiras se-
man as d e te ra pia . A o co rren cia d e efeito s c ola tera is e ele ada
em pacientes coInfectados, sendo observadas co m fre-
qCtencia alteracces n as p rova de f un ca o hepatica, reacoes
cutaneas e manifestacoes gastrintestinais ( fa se p r ec o ce ).
o tratamento da co-infeccao exige competencia c dcterrni-
n39[1,0, nao apenas do paciente, mas tambem da equipe, que
deve ser multidisciplinar.
N a escolha do tratam en to anti-rctro viral, deve-se consi-
derar a capacidade de adesao do paciente , avaliar 0 risco de
i nto le ra nc ia e a to xic id ad e, p ro cu ra nd o u tili za r esquernas me-
n os c omp le xe s.
Ccnsiderando-se a dificuldadc de adesao adequada ao
tra tam ento pela grande quantidade de com prim idos em paci-
entes co-infectados, ha possibilidade do inicio isolado do
tratam ento da tuberculose e, apes estabilizacao do quadro eli-
nico (30 a 60 d ias), rea liza -se c on tag em d e lin fo cito s T CD4 +
e quantificacao da carga viral para 0 inicio da terapia anti-
retroviral.
o tratamcnto usualrnente proposto para 0 paciente com
tubcrculose e infectado pelo HIV consiste em esquema COTi-
tendo a dupla rifampicina (RJ\.1P) e isoniazida (INH), com d u-
ra9a.o minima de nove meses ou seis m eses de acordo com a
n cg ati va ca o d a c ultu ra para BK .
Estu do s d e e fic ac ia te rn dernonstrado que esquemas con-
tendo RM P + INH com duracao de seis mescs suple-
m entados por etam butol (EM B ), pirazinarnida (PZ ) e/ou
c :stre pto m ic in a (8M ), a pr es en ta m resul'tados d e tr atam en to
em pacientes infectados pelo HIV semelhantes aos observe-
do s e rn p ac ie ntc s nao in fe cra do s p elo H TV . O s e sq uc ma s pro-
pastas consisten"! no uso de RM P+ I II e .PZ o u de
RlVlP+INH+PZA suplernentado par EM B ou SM n o s p ri rn e i-
ros dais meses, seguidos de RMP+lNH por quatro a sete
mescs, Palscs pobres na Africa e Asia ainda u sa rn e squ ema s
com tiossemicarbazona (TIA) ..
o prolangamento do esquema de no e para 1 2 me es,
bem como a manutcncao do uso pcrene de 18 apos 0 tra-
tamento, parecc injustificavel quando se ta z usn de RMP e
INH . Tais procedirnentos nao aumentarn a sobrevida e a
m aio ria das rec aidas p 09 § ser retratada com sucesso, pois a
s ele ca o d e c ep as mu lti rr es is te nt es e in comum q ua nd o 0 pa -
ciente fa z usa regular do s rnedicamentos. 0 rendimcnto do
tratamento intermitente, quando sob super isao em diversos
estudos, mo stro u-se sem elh ar ue em pacienre infecrado ou
11&0 pelo HJV.
As taxas de fa16ncia c on i e sq l.1 em as contcndo R1VLP+TNH
de uso diilrio., co m du.rayao de seis a 1 2 meses, variam de 0%
a 6% . Com 0 usa de esquemas d hirio s o u intermitentes, com
d u r a c ; : a o de () a 1 2 m eses a taxa de rccaicla varia de 0% a 1 5% .
E n1 p acientes infectados pelo H IV , a taxa de recafd a e maior
Capitulo 70
TUDEnCULOSE
no e uernas gem R l i P . Em razao da relacao direta entre usairregular, faror-es cconomicos e psicossociais cozrruns entre
paciente om tub rculo e e infectados pelo Hlv, s ao n ec es -
arias e p ciai intervencces no intuito de sc o bte r ta xa s
rnenore de abandono do tratamento, maioria des autoresuger . que 0 tratarn into sup ervisionado seja propu~l.O ... pa-
cie ntes de area urbana com caracteri ticas associadas ao
abandnac ou ao usa irregular, par exernplo usuaries de dro-
ga injet.a r i'de rn prega do s, a lco olistas. N estes c asas, epreconizado urn esquema encurtado de LlSO diario na fasc de
ataque guide de bissemanal na fase de manutencao.
REA<;OES AOVERSAS
A ta a de efeitos adversos aos csquernas anti tuber-
culosos em pacientes infectados pclo HJV nao e uniforme,
Pacientes do s paise' desenvolvidos mudam com maier fre-quencia os esquema encurtados em virtude de toxicidade
medicam entosa do que pacientes de paises africanos e
haitianos,
P rovavelm ente , diferenies niveis de percepcao de sin ais
e s in to r na s sa o responsaveis por estes resu ltados au ainda
porque os pacientes de paises desenvolvidos se cncontram
ern fase m ais avancada de m -unossupressao da infeccao pelo
ElY . A taxa de efeitos adversos ,I S drogas e m ais frequen te
no s esquemas contendo SM+INJ-II-TIA, co m relatos de
necrolise epidermica toxica fatal. Os efeitos adversos sao
usualmcnte relacionados no usn de Rf\tfP, seguido de .PZA.INH e EMB, ocorrendo com maim rrequencia (90%) nos pri-
meiros tres meses de tratamento, principalrnente naqueles
c om tm un ossu pre ssa c a va nc ad a.
Ern nosso meio, foram observadas reacoes adversas aos
esqucmas antitubcrculosos em 1S% a 49% dos cases, sendo
necessaria a troca de medicamentos em 2% a 17% , Cases de
hep at it c for am re latados em 3% a 2 6 % . 1 ocorrendo c om m aio r
freqtiencia em pacientes de baixo peso e em pacientes com
tuberculose rniliar grave.
Os procedim entos diante das reacoes adversas dos m e-
dlcamentos nestcs pacientes devem ser os mesmos para OR
pacientes nao infcctados (ver Tratamento).
IN TE RA .~ 6E S M E DIC AM E NT OS A S
OS pa ci en te s po rta dor es do HlV , particulannentc os dafase A[DS-doenc;a, pcla concornitancia de varias patologias,
usarn em g eral d iverso s m edicam entos, 0 qu e exige um a
atencao especial para as interacocs medicam entosas des
tll berculostaticos.
A in teracao entre alguns anti-ret.rovirais d as classes do s
inibidores da transcriptase reversa nao-analcgos de nucleo-
sideo ( ITRNN) e des in ibidores de protease (IP) n o s is tema
m icrossom ico hepaiicc pode ocasionar reducao dos niveis
sericos dos anti-retrovirais aumentando 0 risco de falha Le -
rapeutica e do desen- o~vhn nto de resistel1l:ia ao H I y.
A gra nde p re oc t1p aya.o atual di z respeito ~lcrescente in -
c id en cia d e tLlbercu]oe mu lti rr es is tc nte ( TBMR) , qu e atinge
principalm nte os co-infectados e deve ser sllspeitada quan -
do nao se at~nge a cura com os esquem as padronizaclos.
1199
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 23/32
TRATADO DE INBECTOLO(;'IA
o zidovudine (AZT) associado a s drogas antitub ~cul .
, ~ .mbora com frequcncia acornpanhe-se ?e alteracoe . desas, e 'osf I ] na e qu da ntransami nases bilirrubinas, fos atase a ca. 1 . ..
c .. ..,c..., . d. Ob ,.. a - e altera-taxas de hernoglobina, e bern tolcra o. sei rn _ .
coes de transaminasese bilirrubinas quando. ulfa ~ : n -1izadas conoornitanterncrtte an esquema RMP+ 1-~- -
Ncstes casus, propoo-se a substituicao de R1v1 P pOT E m.o usn de antifungicos imidazolicos, como cetoconazol -
Iluconazol, pode acarretar interacoe ' com RM.P e/ou .~H '.Por
um lado as concentracoe erica do agentes antifungi 0
podem se r reduzidas tornando-as inefi~~z~s, com 0 ti_ 0> de
RM P. P Ot' outro, 0 c eto co nazo l p ode inibir a absorcso da
RM P induzindo falencia do t ra ta rn ent o antituberculo ., . d •
Como tanto a RMP como os imidazolicos sao rn uto .. ml'~crossorniais quando us ado s em co nju nto COIn a u - -
lam a formacao de Iietaboli tos lesivos para a celula hlePimCa
responsavelpor hepatite medicamentosa de razo' . !clade. Portanto 0 uso concorni tante do cetoconazo
ser feito.
o DDT e 0 DDC potencializam a neuri _
pode se r provocada por INH , EM B e Em.
FATORES PROGNOSTICOS
Sao con iderados fatores de mau proinfectados: baixos alore de linfocito T C
ga viral (H l ele ada e pancitopenia ao hemog
memento do diagnostico da tuberculo:
m 0-
rna no
QUIMIOPROFILAXIA E VACINA~AO BeG
A infeccao pclo HIY em populace 0 el ada preva-
lencia de infeccao pelo M tuberculosis e a responsavel pelo
aumento nas taxas de adoecirnento pa r mberculo e. dificul-
tando 0 controle de tubercula e na r ciao.
A Organizacao Mundial da aude pmpoe que a quimio-
profila i.a s eja considerada prioritaria m re " - .. d ~levada
prevalencia cia co-infeccao J V f . tuberculo is e HI > CUJOS pro-
uramas de controle de tuberculo ap entem taxas de curaI:> • . .' ( " ' 5 °1de esquema encurtado ant ruber ulo upenores a 0-10.
Nestas situacoes, a quimioprofi axia antituberculose e reco-mencl ada para todo 0 indi 'duo infectados pelo HIVe re-
atores ao teste PPD ndura a o igual au superior a 5 1 1 1 m ) .
Existem evidencias de que 0usa de J . H profilatico em paci-entes infectados pelo Hl . restore ao PPD, nos primeiros 12
IIIese.s , diminui a ocorrencia de tuberculose e prolonga asulm.:vlLla. A mctoencia de tubercutose fol menor entre aque-
Ies que fizeram U Sa de i oniazida em relayao ao grupo que fez
uso de placebo- itamina B6 (2.,2 x 7,5 por 100 pessoas/ano).
Na Espanha, observouse risco de adcecimento por tubercu-
lose semelhante entre indivfduosinfcctados pelo IIlV reato-
res ao PPD (10 4 c aso s p ar 100 p cs so as/a no ) e e ntr e a qu ele s
anergicos ao PPD (12,4 casas por 100 pessoas/ano).
Apesar destes dados, perrnanece controversa a indicacao
de quimioprofilaxia antituberculosa entre pacientes infectados
pelo HN e anergicos. Estudos de cu sto -e fetivida de e de sua
operacionalizayao na rede sao necessaries para a sua n01111a-
tizacao, principalmente em parses subdesenvolvidos.
1200
o Brasil 0 Ministerio da Sande preconiza que terapia
-revenriva com TNH, auto-administrada, na dos~ de 1:~mglk~
~a (do e maxima de 300 mg/dia), durante sets l11eses.,devc
se indi ada aos in div td uo s in fe cta do s pelo HIY, vacma~os
- 1 13C'G com idade superior a 5 anos nas seguin-u nao pe 0 " . .~
l iuaco s:
'. sin tom aticos, com radiogram s toracico norm al e
reatorcs ao t.este tuberculinico (teste PPD , com endu-
racao superior a 5 mm);
.. nao reator ao PPD, assintomatico, e com imagens ra-
diologicas cicatriciais (les5es estaveis de Iocalizacao
apical, confirmadas com radiograma toracico anterior),
.+ nao reator au PPO, sin to matico resp irato rio, e co m im a-
gens radiologicas cicatriciais (Iesoes apicais estaveisde localizacao apical, confirmadas por radicgrama
toracico anterior e cultura para B K negativa no escarro
ou 110 lavado brcnquico);
• para . QS c orn un ic an te s d e baciliferos, sejam Iamiliares
ou institucionais, indepcndente do teste PPD.
Outras drogas tem sido objeto de ensaios c li ni co s c en tr o-
lados, pa ra L1S0 de terapia preventiva em paciente in fectado
pclo ElV Ate 0memento, nao hit qualq:ler inlerv~n9~,o,tera-peutica prevcntiva cornprovadamente cficaz para individuos
expostos a gC1111esresistentes a RMP e a 1N1!. .
No Brasil, forarn mantidas as rccomendacoes da Organi-
zacao Mundial da Saude para paisc~ de alto r1~CO de tl:lber-
culose, isto e , vacinar todas as cnancas recem-nascidas,a ssin tom atic as, in de pe nd cn teme nre de serem soropositivas
ou soroncgativas para HTY , a u filh os de maes infectadas pelo
ELY . A vacinacao esta cont ra- indicada nas criancas soro-
positivas para H[V que apresentarem sin ais e/o u sin toma s de
AIDS .
CONTROLE
Em razao da elevada susceptibilidade dos pacientes
infectados por HTY £l in feccao por M tube rcu l os i s, bern como
das elevadas taxas de adoecimcnto, sobretudo naqueles cnrn
im un ossup ressn o avan cada, devc-sc cvitar in terna-los em
enfermarias ou quartos com pacientes com tuberculose pul-
monar ativa ou provavel. 0 risco de contaminacao aumcntaap6s procedirncntos que induzern a tosse, 001110 broncos-
copia, teen leas de inducao de escarro e adrninistracao de me-
dicamentos aerossolizados, como pentarnidina. POl' isto, tais
procedimentos devem se r realizados em salas au locais comnressao aerea negativa en, t"Pbt;'BC'I i ' l f : salas adjacentes e/ou
com exaustao de ar dirctarnente para fora do loc~l E necessa-
ria a renovacao total do ar ambiente, dez a 20 vczes por hora,
no intervale entre os exames, para a remocao dos organismos
infectant<: :s.A luz ultravioleta nos lo ca is e 0 usa de masca ras
especial pelos profissionais de saude s ao u te is e, om razao do
menor custo, podem ser implementados ern nosso rneio.
Paciente COI11 iuberculose pulmonar, virgem de tratamen-
to ou em recidiva, bacilifero ou nao, caso scja intemado, devo
ser m antido em quarto privative e medidas de isolamento de-vern ser tomadas. Somcnte apos uso regular de mcdicacho
especifica por duas se 111 arias, ()isolamento podc ser suspenso
e 0 pacicnte libcrado para enfermarias COmuns.
r '" ,......:._. 1 ..
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 24/32
TUBERCULOSE
Pa ci en te s c om historia de falencia a urn dos dois esque-
mas terapeuticos c baciliferos deverao ser mantidos em quar-
to privative com isolarnento ate a can ersao da baciloscopia
do escarro.
Isolam_eD!(Oimplica uso d mascaras especiais, capszes d efilrrar paJi1lclllase 0..5 a 5 rrricza, t..'l.D"O pel ..,::paci"""lcs quand<.l
preci arern air do quarto prtvarivo, quanto p-olos prQi'issin-
nais de aude 30 n t r a r e m ill' o r n a t e om esie - puclcDtes.
" . ' , , , ,
' 1 , 1 . 1 11 I,
::" R ea ea o P ara do xa l, u rn F en nm en o E xa ee rb ado n a C o-, ' [u t' ecc; ao
00 ini io da terapia anri-retroviral com expansfio de
_ubpopulac;oe de linfocito T CD4t, q u e possuemreceptores e pecificos para antigeno micobacte-rianos cuja reati idade exacerbada poderia mediar a
reacao inflamatoria ob ervada'arita' Furrer). arita et
al. tambem consid rararn como paradoxa! 0 surgi-
menta subito die le 00 tuberculoses, especialmente
ganglionare em pa ien te com HIVI IDS que irii-
c iam a trata m n to a nti-retro viral em diagn o tic o a n-
te ri or d a i nf ec ca o micobact riana, Me lo e la bo rou ur n
modele parajustificar a hiper ensibilidad e acreditaque algumas questfies sobrc a natureza innmokigica
e m flam aton a do f e n o m e n o ainda n ec es si tam de maio-res esclarccimentos,
Di ersos autore su ge rem q ue a abordagem c ia rea-
c ao d ev a s er f ei ta m anten do ou p rolongando se fo r 00
caso, 00 e sq uema a ntitu bc rc ulo so e 0 U 0 de corticos-
tero id e talid om id a o u o utro s a ntiinflam ato rios com a
f in a li dade de i ni bi r a h ip e rs en si bi li dade, Cont ra ri amen -
te Wendel e t a l, v er ifi ca ram a o co rr en ci a d e reac;ao pa -
radoxal em apenas 7% dos indivlduos co-infectados e
nao obser aram associacao com a . terapia anti-retroviral.
Reacoes paradoxais durante 0 tratarncnto da tu-
berculose t e . e n sido o bse rv ada s d esd e a inrroducao do
:esquema standart co rn SM+INH e PAS . S a o e xp re s as':';
po r piora tra nsito ria d a sintomatologia e d as le so es
·." (u be rc ulo sas d ura nte a c urso d o tra ta rn en to , geral-
u;t:l1ente q ua nd o o s p ac ie ntes m elho ra va m do e sta do de
." 'co nsup r;ao. Ern geral, esta piora se relacio na a sinto-
m as e Jeso es como f eb r es va scu li te s, exacerbacao de
,:,'tllberculoI)1aS, derrarnes e ourros, claramenteIigados' :' " ' :£ hipersensibilidade. Se tardias nos esquemas anteric-
". res a RMP, tornaram-se precoces quando de .ua intro-
. ducao, porern de ocorrencia rara, fortu ita au
," considerada erroneamente como falencia terapeutica
, :; ', (Me l o; T eo h; Cho re rn is : Th ru h; Matthay) ,
'.' Com a co- in feccao TB-HNIAIDS especialrnente
,ClI)OS a m troducao dos coqueteis an ti-retrovirais este
fen6meno tornou-se de ocorrencia mais intensa em
numero e grau, claramente provocado pela reCOIJS-
" tituiy ao do sistema im un e ( Fi g. 7 0 .. 11 .4 ). E sta r ea ca o
ocorre mais frequentemente em pacientes em uso de
,-anti-rctrovirais (36(%) do que no grupo sern anti-
,ret,rovirais (28,7%) e raramente 110S pacientes na o
infectados pelo f-:TIV2%). Nos cases de co-infcccao. ,ocPITe geralrncnte em to rn o da segunda semana apos
, ,','1 "
Fernando A. Fiuza de ,Melo, " I", ' •
G i s < ~ ( ~ 1 3. . ./(.lautauII ,, '"
A~ao das drogas sobre
bacnos dormentesIncremento da
Hipersensibilidade
Liberacao de fatores
estimu/ant.es da inftamacao
Melhara
clinicsL Th1
MacrOfago
Libers9ao de Ag
estirnulantes dahipersenslbilidade
ReayaoParadoxa'
Lesao latente com
bacllos dormentes
(ultralentos) Exacerbacao da lesao
FIGURA 70.11.4 - Reecoes paradoxais durante 0 tretemento de tubercuiose, provevet petoqenle (esquema).
Cu p iru lo 70 1201
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 25/32
TRATADO DE INFECTOLOGIA
BIBLIOGRAFIA BAslCA RECOMENDADA
• Afiune .rB, Ide eto J. Diagnosrico da tuberculose pulmonar escar-
1'0 negative. :J Pneuruol 1993; 19:37-41.
• Antunes JL,. Waldman EA. The im pact of AID immigration an d
housing overcrowding On tubercula i s d ea th s in a o Paulo B
1994-1998. Soc S ci Mcd 2001 ; 52:1071 -80 ..
• B adri M Ehrlich R, Wood R et al. Association ben een tu '
and HIV disease progression in a high tuberculosi preval n
rn t J Tuberc Lung Di s 2 0 01 ; 5 :2 25 -3 2.
• Borges AS , Ferreira MS I ishioka SA et a!. Agreement h rw e nprcmortem and po ·1 .J11on .rn dia moses in patients v ith acquir d
immunodeficiency syndrome observed a B r az il ia n teaching hospr-
tal. Re v lnst M ed Trop S ao Paulo 19<)7; 39:217-21.
• Brasil. Ministcr io da Saude/Prograrna ac ion al de nST/AJD . Co-
infeccao TB/HIV/AIDS, 1994.
• Brasil. Ministcrio da Saude/D PS/CNCT Controlc da tub
urna propcsta de in tegracao ensino-serv ico . C CT.
S a.ed.revi ada. Rio de Janeiro, 2002.
• B rasil. Mirnsterio da Saudc/Programa National DST/AJO
letim Epidemiologico 2004; 17: 1-5(i.
• Cavalcante SC . A aliacao da eficac ia do teste im u
(.ELlS ) m pre dizer 0 adoecirncnto por tuber ulo
duos in fectados pelo iru c ia i mu no dc fic ie nc ia b
apre .entada ao Institute 0 waldo Cruz (FioCruz •
titulo de mestre em Medi ina (a rea conccntrac ~
cal) 19(J4.
• Cente r for Di case Contro l an d Pre ention. A vi
for the :I im in at io n o f T ub er cu lo si s (AC T . R omnr::mO;]Oll.$
Tuberculosi an d human immunodef iencv
MMWR 1989' : " '6-50 .
• Centers for Dis ase Contro l and Prevenrin _0 g-sn epribl
· tuberculosis outbreak in a slate correcional a ili~- hou ing HIVinmates - S outh C arolina. 1999-_000. dWR 2000;
49:1041-4.
• Chin DP, Yaj k o DM Hadley Wk et al. Clini~al utiIi~y of it
commercial test based on the polymerase chain reaction for
d ete ct in g M y c ob ac te ri um tuberculo i in a re piratory spec imens.
Am J Respir Crit Care Med 199"; 151:1 72-7.
• Chorernis CB , Padiatc l l is C Zournboulak is D et a l. Transitory
ex accrbaticn of Fe cr and roentgenographic findings during
t reatment of tuberculosi in children. Amer ican Re ic w o rTuberculosis 1 955' 72:527-36.
• De Jong BC , Israe lsk i DM . Cor 1EL r al. C lin ic al m an ag em en t
of tuberculosis in the context of HIY infe rion. Annu Re v Med
2004' 55:283-301.
• Dye C , S chee le S , Dolin Pel al, Con su tat mcnt, WHO G lo-
ba l Survef l a in cc and Monitoring Project. G lobal burden o rtuberculosis: estimated in iden e, pre 'alence, and mortal ity by
country, . .lAMA 1999; 2<_:67/- 6.
• Franzeui F, God A, I. rnoli E i al. Outcome of mu lti dr ug r es is ta nt
tuberculosis in human imrnunod ficiency virus i nf ec te d p at ie nt s.
Clin Infect Dis 1999: _9:-53-60.
• Furrer H. Malin erni R. Y rernic inflammatory reaction after
s ta rtin g h ig hly acti e antiretro v iral th rap in AID patients treated
fo r e x tr a pulmona ry tub rculosi .AmJ M ed 1 999· 1 06:371 42.
• G irardi E , Antonucc i G . anacore P et al. Im pact of com bination
an tiretro viral th erap j all the ris . of tuberculosis am on g p erson s
with H IV infection ..AID .2 00 0: L 4:1 98 5-91 .
• Gomes C, Rovar is DB ,e\ erino JL t al.Pcrfil de resistencia de
M .tuberculosis iso lado de pad ntes portadores do H I V / AIDS atcn-
didos em urn hospita l de referencia. J Pncurnol 20 00 ; 26:25-9 .
• G utierrez EB , Zancrta DM T, S aldiva PH N ct al. Aulopsy-proven
determ inants of death in H I infec ted patien ts tratted fo r
pulrnonar tuberculos is in Sa o Paulo , Brazil. Pathcl Res Prac t2002; 19 :339-46.
• H addad DJ . M i co ba c te ri a i oladas de pacicntes portadores do vi-
rus da irnunodeficiencia hurnana na grande Sao P au lo : a sp ec to s
microbiologicos , epidemiologicos, clinicos e laboratoriais . Tese apre-
sentada a EscoJa Paulista de Medic in a para obtencao do titu lo de
M estre em Doencas In fe cc io sa s e P ara si ta ria s de A dultos, 1 994.
• H ira nsu th ik ul ,Hanvanich M , Dore OJ et al. Factors associated with
mberculin kin test reactivity among Hl v -i nfe cte d p eo ple in Bangkok.
utheast A ian J Trop M cd Public Health 1 99 7; 3 4: 80 4 -9 .
• Ho \\'>11 Pf'. Im pact of H um an Immunodeficiency V iru s infection
n she epidem iology, cl i n ieal features, m anagem ent, and control 0rto losis, Clin lnfcc Dis 1992; 15 : 540-47.
l1li Johason , f P, Chaisson RE. Tuberculosis and HIV disease. In:
.old rbing P Jacobson MA, AIDS clinical review - I ~)91. New
'ork Basel, Hong Kong: M arcel Dekker; ]991 . p.109-23.
.. tau G B . Estudo das formas cl inicas e da evolucao da tu bercu-
em pa ienres inf ctados pelo virus da imunode f ic i en c i a hurnana
ho pital de re fere nda terciar ia . Tcse de Mestrado apresentada
. Fa uldad de Ciencias Medicas da San ta Casa de Su o Paulo; 2005.
• it -j A, Dalcolmo M P Del B ianco Ret a l. A sso ciaca o tub crcu -
10- in fec cao p elo HIV no Bras il . Bol otic Sanit Pan.Amer 1995;
II :-42-54.
• KOlski AL, W erncck-B arroso E, V ieira M AM el al. H IV i nfe cti on
in 567 active pulmonary tuberculosis patients in Brazil. J AIDS
1993; 6:1-12.
• K riis k i A L. F atores de ri sco para tuberculosc rnultirresistentc ad -
quirida . .I P neum ol 20 03; 29:55-6.
• K rirsk l AL. In fecyao pclo L-U V e rn pacicn tes com tubcrculose pul-
monar ativa atcndidos em dois sanatorios do Rio de Janeiro. Tcsc de
. l i es tr ado apr cs cn ta d a [ IUn i v cr si dade Federal do Rio de J an ei ro ; 1 <) 92 .
• Iauhay RA, Neff TA, Iseman MD. Tuberculous pleural effusions
developing during chemotherapy for pulmonary tuberculos!s.
American Review of Respiratory Diseases 1 97 4; 1 0 9: 46 9- 72 .
• M 1 0 FAF, Oliveira M LV W aldcm an CCS . Tuberculosc c sorologia
anti-H IV positiva - Revisao de 32 casos intcrnados. J Pneu1l101
1 99 0' 1 6 ( Su pl .l) :9 2.
• + clo FAF, Oliveira MLY. AfDS + tubcrculose ou tuherculose m ais
A J[)S - - um d i lema real? J Pneuma] 1990; 1() (Sup. I): 93.
• M eta FAP . Reacoes paradoxais no tratarnento da tuberculosc. Re v80(; Bras M ed Trop 2002; 35:.73-6.
• M elo FAF. Quirn io te rap ia da tubcrculosc : bases, condutas e proce-
dimentos. J Pneumo] 1993; 19:42-9.
• Narita M, Ashkin D, H ollender ES ct al. Paradoxa! worsening of
tu be rc ul osi s f oll ow i ng a nt ir et ro vi ra l th erap y in p atien ts W I L l I ATDS .
Am J Crit Care M ed 1988; 158: 157-61.
• Pape JW , .lean S S , H o JL et a l. Effect of isoniazid prophy laxis on
incidence of active tuberculosis and progression of H IV infec tion ,
Lancet 1993; 342:268-72
• Perlm an DC, El S adr WM , Nelson ET et al. V ariation of chest
r ad io gr ap hi c p at te rn s in pulmonary tu be rc ulo si s b y degree o r human
immunodeficiency v ir us r ela te d i 1 l 1 1 1 1 1 1 1 1 0 S S L l p r c s s i o n . The Terry
B e irn Community Program s For Cl inica l Research on AIDS
(CPCRA). The AIDS Clin ical Trials G roup (ACTO). C lin Infect D is
.1 9 97 ' 2 5:2 42 -6 .
• P into WP, Haddad IJJ, Palhares MeA et al. Anurnicrobia l 1'e818-La ne e of Mycobacteri UI11 ttl berculosis strains j so late d f rom HIV-
in fected patien ts in the city of S ao Paulo (Brazil): resistance
profile. Tuberc le and Lung Di s 1 995; 76 (suppl 2):141.
• P itchcnik E, I;CI1el D. M ycobacterial disease in p at ie nt s w ith H IV
infection. In: Wormser GP. ATDS and other manifestations of H1V
Infection. New Y ork: R aven Press; 1992, p.227-313.
• S antoro-Lopes G , Pinho AM , H arrison KH et al. Reduced risk o rtuberculosis among R ra zi li an p ati en ts with advanced human
immunorlef'iciency virus in fe ctio n treated w ith highly active
ant iretro v i ra l therapy. Cl in Infect Di s 2002; 34:543-6.
• S chugler NW , Rom WN, C ur en t a pp ro ac he s L o t he d ia g no s is or active
pulmonary tu be rc ulo si s. A m OJ Respir Crit Care M ed 1994 ; 1 4 9 :264 -7 .
• S oc iedade B rasile ira de Pneum ologia c Tisio logia /M inisterio cia S all-
de-SV S. II Diretrizcs B ra si lc ir as p ara TLlberculose, 2004. J Bras
Pncul1101 2004; 30 :(S upl. 1 ):S 1 .8H 6.
• Teoh R, H um phries M J, O 'M ahony S c. S ymptomatic in tracran ia l
tuberculo~a developing during treatment 0 1" tuberculosis: a r ep or tof 10 patien ts and review of the literature. Q uarterly Journal orM edicine I <)R7; 6.1 :449-60. ....
• Thrush DC, Barwick DO. Three patien ts w ith in tracranial tuber-
cu lomas with u nu su al f ea tu re s. J orn al of Ncurology, Neurosurgery
and Psychiatry 1974; 37:566-9 .
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 26/32
• Vieira M MS. Lavado bronco alveolar em pacientes com tubcrcu-
lose e infeccfio pe lo HlV: csrudo prospectivo. Test' apresentada ao
Instituto de Tisiolug ia e Pneumolugia da FRJ para obtcn ..ao do
titulo de Mestre em Medicina, 1994.
• Wendel, KA Alwood K S Gaehuhi R et al. Paradoxal worsening of
tuberculosis in HfVvinfectcd person'. Chest 2001: 1_0:193-7.
7 0 . 1 2
T U BE R C U L O E
• V.-HO_ Joint latcmelJt or the WHO 'tubcrc utosrs Pro gru. rnrne uno
the Global Prograrnm 011 AlDS. and the Internationnl Union Tuber-ulo is and Lung O m rue (I ATLD). Tuberculosis preventive therapy
in HIV-~ t d individuals. Weekly Epi Rec [()93; 68:369-76.• W +O, '\ arid Haith Organization - (Hubal situation of the HI I
AlD~ pandemic. end _003. Weekly Rpi Ret: 2003; 78:417-24.
Tuberculose M ul tirre ten te no B rasil
A o co rre nc ia , n os EUA de surtos institucionais, em hos-pitais e presid ios, de formas de tuberculosc com cepas apre-
seruando rcsistencia a multiplas drogas, a maioria relaci onada
,1.associacao cia tuberculose (TB) com a A IDS, provocou
grandes preocupacoes, chamando a atencao do Primeiro
M undo para urn fenom eno cronicam ente experim cntado nos
paiscs de alta prevalencia da doenca - a tuberculose mul-
tirresisten te (THMR), de dific il co ntro le e co mp lica da ab orda-
g em t er apeuti ca ,
As repercussoes deste fenorneno, entretanto. nao sao
iguais em todos os parses. E quase certo que tarnb 'm apre-
sen tc u rn co rn po rta men to sern elha nte a o p re visto por Styblo
para 0 irnpacto d o V IH/S IDA sobre a TB ~ assum indo carac-
terlsticas diversas, variando de acordo co m 0 desenvol i-
mente da doenca, a si tuacao epiderniologica e a organizacao
do controle em cada regiao.
as DIFERENTES CONCErTOS DA TBMR
o proprio conceito da TBMR apre nta diferencas regie-
n ais n a d ep en de nc ia d as p ro po sta s te ra pe utic as. .a 1ite ra tu ra
in te rn ac io na l c ia 6 defin ida como u ma form a da do nca oca-
sionada por cepas do Mycobacterium tuberculosis resisren-
tes a mais de L l 1 1 1 a da.s drogas usada . no s e l l tratamento,
especialmente it du pla rifa mp ic in a (R ) e iso niazida (H), as 0-
ciada ou 1 1 a o a outras drogas, portanto um conceito bacterio-
logico, valido principalmente onde o: prograrnas de controle
da tuberculose indicam apenas um esquema de tratamento no
qual participam aq uela s du as dro ga s c om o a sso ciac ao b e l ica.
No Brasil dcsdel979 0 Ministerio da aude preconiza
d ois e sq uema s d e tra rame nto um de prirneira Iinha, 0 E querna
I (.G-I) co m R+H+pirazinamida (Z para p ac ie nte s sem tra ta -
menro anterior e oulro de reserva 0 Esquema 3 (£-3) co m
estreptomicina (S)+Z+ctambutol (E )+ etion am ida (E t), para
aqueles com falencia ao anterior. Considerando a norma-
tizacao ministerial, 0 conceito de TBMR no pals articula 0
c on ce ito o pera cio na l, de fale nc ia a os da is esquemas, e 0 con-
ceito bacterio logico, de resistencia a pelo menos (res da
mais importantes drogas usuais - R, H , e mais S , F elou Z -,
i nv iab il iz ando a ss im 0 tratamento com os esquernas m ini te-
ria is e e xigin do 0 co nc urso de dro gas altern ativa s na o usu-
ais. Mais recentemente, os casas de TBMR vern sendo
classi ficados COl110:
Ca puu lo 70
+ Confinnado - quando apre enta resistencia a R+H e
mais outra droga usual, r si tencia a R+H e falencia
bacteriologica ao E-J ou impos ibilidade do uso de
algurn medicamenro deste e..quema.
• Provavel - quando apre .enta resi ten ia a R O L l a H
e fa le nc ia c lln ic a ou b ac ie rio lo gi ca a o B -3 o u q ua nd o
apresenta falcncia ao £-3, realizado de forma ,upervi-
sionada, e sensibilidade a R.e H . stes casos, devern
ser repetidos a cultura e 0 teste de en ibilidade.
Bsta classificacao partiu da constatacao de que pacientes
falidos co m 0 B-3 , independenie do perfil de sensibilidade a sdrogas, dificilm ente ficam curados qu ando retratados com 0
m esm o esquem a de reserve. Co nsiderou, tarnbern, a nece ss i-
dade de iniciar U111 tratarnento para pacientes graves suspei-
tos de TBMR. Com isso, aproximarnos 0 conceito nacionaldo inte:rnacionaL
Durante muito tempo foi usada na lireratura a terrninolo-
gia TB cronica, definindo a situacao de pacientes que se
subm eteram a varies tratamentos r eg ula r o u i rr eg ula rmente ,
par longo tempo, sern obter a negativacao do escarro (con-
ce it o t empo ra l) . 0fraca 0 terapeutico, nestes casos, em ge-
ral ensiveis a s drogas ou com sensibi lida cle u nica , p ode
es ta r r e lac ionado ao abandono OLl irregularidade, regimes de
ba ixo r end imen to , rn a ab orcao das drogas ou a condicoes de
irnunodeficiencia associadas a TB.E irnportante diferenciar a TBMR observada nos dias a 1 1 1 -
ais da antiga TB cronies deccrrente da falencia aos regimes
que tinham como associacao basica a S+11.A jntroducao da
R. droga da rnais alta potencia bactericida e esteri lizante, en-
curtou os regim terapcuticos e solucionou a grande maio-
ria dos cases cronicos ant riores. Penna, em 1982, cornprovou
. ta as ertiva ao tratar com 0 E-l (RHZ) 383 pacientes com
doenca recidivante apos cura COll1 regimes anteriores ,~.R,
encontrando uma eficacia de 89 5% C lima efetividade de
69 5%. Ate que surja uma no a droga au associacao com
potencia igual ou superior a R continuaremos a chamar de
TB I' v1R o s pacient co m cepas resistentes aRe H.
A ' -
MULTrRRESISIENCIA NOS PAISES
AVANC;ADOS
parses que conquistaram lim efetivo controle da TBcom bas.' no de en 01 imento social e arnpla cobertura
1203
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 27/32
1I '0 regular da tomada de mcdicamentos em tratamentos an-
te rio re em te ·te de sensib ilidade inic ial. Este grupo , rccu-
prado 110 tudo de S ao Paulo , correspondeu a 20% (37/
1 _ ) do ea as revistos,
o faro de predominar a TBMR pos-prirnaria irnplica a
tr n rn i 'a o de c ep as M R , esp ecia lm en te a in trado rn iciliar,
po i 0 contagia deve ocorrer quando 0 foco ou Cl:ISO index
ainda apr enta bacilos sensiveis. Deve-se tambern conside-
rar que a resistcncia pos-primaria acaba por constituir popu-
lacoes baciJares mistas, que nao deve ocorrcr na prirnaria,
com concorrencia entre b a ci lo s s en si ve is e resistentes, espe-
cialrnente a .H , m cnos virulcntos e provavelrnente meno
conragiantes (vel' c ap itu lo s ob re E tio lo gia c Transmissao).
o diflc il acesso a testes de sensibilidade, praticam ente
n so rea liza do s no d iagnost ico i ni ci al d a T S., lorna o s e stu do s
sabre a resistcncia bacilar no Brasil raros e limitados. Os pu-blicados tarribern indicarn ser a l'vIRentre nos principa lmcntc
pos-prirnaria. Um i nq u er ito e p id em i olo gi co n a ci on a l sobre re-
S ! tenc ia en tre 1995 e 1997 m ostrou taxas de 0 ,7% para a du-
pla R+H e de 03% para tres ou r n ai s d roga s (Fig. 70.12.2). Em
uma unidade de referencia ambulatorial na cidade de Sao
Paulo , e n tr e 1986 c 1 988, as tax a s foram de 0 ,6 '% e 0 ,1 % , rc -
pccti arncnte. Quanta a . resistencia pos-primaria, as taxas sao
m~aiselevadas no pais, de 5,9% para a R+H c de 2,9% para
ire s o u mars drogas, en tre 1 995 e 1 997. N a m esm a unidade d
rcf~rencia em S ao P au lo , tam bem no pe rf oc lo mencionado, ex -
cluindo a s por ta do re s de TBMR , a s t axas fo ram de 6% e 4% · res-pect ivamcnte, indicando provavelrncntc a s d if ic u ld ~ de
orga l1 lZat lva s e ope ra c iona is do controle da TB em g ra ud es c en -
t~os .ur~af1os.Mesmo entre os po r tado res de H IV /AIDS , a resis-
tencia C relatrvamente baixa, C0l110 veremos adiante.
Quante ao s Iatorcs d e risc o cltnico/epidemiologicr, para
a MI~, o s e stu do s nacionais r ela cio nam fa to re s COl~O a ir re -
gularidade e 0 abandono (com taxas en tre 45% e 54% ); a fa -
lenera do rctratarnento er n recidivantes apes cura com 0
esquema de p rim eira 1 11 1h £1entre 14% e 23%)) e os efeitos ad-
versos (entre 6% e 11%). Na revisao de 182 pacientes de
TB M R esrudados em S ilo Paulo, foram re cu perado s o s a nte -
c ed en te s d e c on ta gio c om MT{ em 26 ([4%) d ele s, se nd o m ais
intradomiciliares (J 9/26=73%) que institucionais (7/26-27%).
TRATADO DE INFECTOLOGIA
q u ir ni ote ra p ic a, f or am selccionadas cepas do M tuberculosis
re siste nte s a S e H, d up la b asic a nos regimes usados antes
d a inc orp ora cao da rifampicina (R ) 1105 rneado da de ada d
1960. A am pliacao da sxpectativa de vida pelo me mo de en-
volvimento social e a imunodeprcssao propria da s n n ia
fa vo re cera rn a rea ti v ac ao d a IB ent r as id o '0 in fe cta do s n o
periodo de alta prevalcncia que alberga am c pa ba it
resisten tes a S e H . D essc m odo, a transm i a o des ' ]10
DUO deu uma adequada prote cao para a no '9 droga, j - tifi-
cando, entre outras causas a emergencia d e resisten-
tes a dupla R+ H ua decada de )980.
A medida que a doenca se t0l110U rara e peu 0frequen-
te, declinaram tambcm a igilancia e 0 rigor na apli· a e a o decsq uem as de tratam en to como . indi ado por B ruduej
Dobkin, cornparando os Programa d Controle da TB a i-caragua e da cidade de No a York no final da d' da pas a-da. Acrcsccnt~-se aqui 0 recrudescirneneo cia TB pr '''0ada
pelo HIV/SIDA, bern como as dificuldad diagn' . _ ,a 12-
c ilidade dest s doentes em se infectarem m a i fR eproccdimentos inadequados no control da in~ -0ho pi-talar. Este cenario exp lica 0 de en '01 -weDlo de urto
i ns tir uc io na is d e T BMR .
Estes paises sofrem ainda a pre -0 mi
ceiro Mundo que, buscando no a 0 rrun"d; e5 onomi-
cas, levarn consigo, entre outra mazelas form - re it ntes
de TB mal control ada ern scus paise de ori ...em.
Oesse m odo, a M R nos paise avan ado _ ba , ic ame ll tepr.il11aria, ~"elaeiona-se a heranca epidemiologica . a co-cpide-m~a.TB-HIV/S ID! \ , < .) transrn issao in titucional d cepas M R
e a importacao de casos nos movim OlO rn igra t6 rio s c om
alto rrsco de se constitu ir predom inante e j ustifi ando a enor-me preocupacfio diante do fenomcno.
PECUUARIDADES DA
MULTIRRESISTENCIA NO BRASIL
Considerando que 0 pais esta I leceu d sde 1979 um es-
9,llema de reserva, indicado para alen ia do esquema inicial,
ja c on tam os c om u rn a propo ta rerapeurica para p ortado res de
bacilos rcsistentes a dupla RH.O ue denominamos como
TB MR constitu i u rn residuo de e esquem a de reserva dife-rindo da forma M R que emergiu e preocupa a s p aises de -
se n o lvid os.
No B rasil, pod rno afirrnar que a m aier parte dos casas
de TBM R e p o -primaria 01 1 adquirida, nao relacionada a
H1V/SIDA o u a urto i n s u r u c i o n a i s , r esul tando da i rr egul a-
ridade e do abandono do tra tarnento , lcm brando que os re-
gimes aqui adotados sa o ambulatoriais e at e pall eo tempo
quase totalmente auto-administrados.
Estudando Ll::i caractcrfs ticcs epidcm iologj cns de 1R2 pa-
cientes de TBMR pulmonar, ac mpanhados entre 1995 e 1998
no In st it ut e Clemente Ferreira er n S ao P au lo , foram classifi-
cados como primaries apenas 11 (6%) c p6 r-primarios 171
( 94% ), a ch ado s emelh an te a s taxas de 8% e 92% encontradasem esrudo multiccntrico nacional com 197 pacientes, publica-
d o em 1 99 9 (Fig . 7 0.1 2.1 ). E stes nu rn ero s confinnam a pouca
r ele va nc ia c ia TBMR primaria, mesmo considcrando a possi-
bilidade de serem primaries alguns pacientes que informam
w o
80
60
40
20
0srasn
D TBMR
POSPRIMR
Sao Paulo
FIGURA 70.12.1 - Taxas de TBMR pnmsris e pos-pttmerie no Bra-
sil e Sao Peuio.
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 28/32
""I ."I:~ ..'f.-'_ L'_.~~
R+H 300 Mars0,7
Brasil Sao Paulo
FIGURA 70.12.2 - Taxas de multirresistencia pnmeri« no Brasil
e em Sa o P a ulo .
Afora cases de micrcepidemias familiares, na o existem ainda
relatos no pais de surtos institucionais de TBMR mesrno
e ntre o s tHV positives.
Ou ir os a sp e ctos levantados p or c sru do s n ac io na is sao:
I. A TBM R OCOITeuprincipal mente em p a i ie n te s jovcns
e produtivos, com idade m edia d 39 anos sendo a
distribuicao pOl' s exo sern clh an te A TB n ao resistente
- corn 66% do genero m asculine.
2 . 0 tempo de d oenca v ariou en tre L Im 15 ana commedia de quatro anos, todos dcpois da implantacao
do Prograrna Nacional de Control da Tuber ulose
Multirresistente, em 1999.
3. Cerca de 71% apresentarn resistcncia a tres au maisdrogas e 29% a R+H.
o CONTROLE DA TBMR NO PAIS
Sendo a TBMR no pats resultante basicamente da ina-
d im ple ncia n o tra ta me nto , resp onsa ve l p or m ais d e 5 0% do s
cases, fica evidenrc que a principal 3:98:0 para seu controle
situ a-sc n o c om bate a o abandono e a irregularidade.
Pa ra a lguns grupos, 0 a ba nd on o e a irr eg ula rid ad e n o B ra -
sil rclacionam-se diretamcnte ao regime auto-administrado,
antevendo uma diminuicao dos cases com a introducao de
esquernas supervisioriados, 0DOTs (directly observed
therapy-short curse) co mo v ern se ndo chamado na iiteratu-
ra in te rn ac io na ! O utr os entendem que a esrrategia DOn terna maioria das suas bases j,i aplicada no pais e que a super-
visao da tom ada dos medicamentos nao soluciona os preble-
mas da inadimplencia se na o for estabelccida urna melhor
qualificacao do s services de atencao it TB . E sta s m u da nc as
passam pcla reorganizacao do arendimenro, pcla remuneracao
digna dos profissionais envolvidos e pclos incentives aos
d oc nte s p ara lim a rn aio r a de sa o a o tra ra m en to . Em outras pa -
la vra s, a introducao plena do DOT s no pals deve consriruir
lim sinal para que as services de saude conquistcrn verbas
para urna m aier capacidade resoluriva o que im plica in esti-
mentos bem majores do que os f eit os a te 0 momento.
Pacientes faltosos conturnazes ou de diff.e;] adesao ao
tratarnento por problemas gerados pela doenca, charnados de
"ina irnplen es re alcitrame ., como os tilistas os sem re-
id n ia fixa idoso rejeitado , amant s abandonada , filhos
tit: pais re em- scparados, d ~scmprl;;o"dos pda a.doecirr.ento,
rnigranre doenres chegando a cidade rande e outros me-
r cern uma ateneao esp ia1. E te p a m en te , pro a elmente6 'On gu ill resultados om 0trarameruo real iza.do inte-
gralmente ern regim. de internacfto, havcndo necessidade de
estabel cim nod leito sanatoriais em institui oes prepa-
rad pam iso.
A . zunda a a de multirresistencia encontra-se na fa-e>
le nc ia d o qu rna d retratamento para os qu e retornam
com rn ativa a,-' abandono (RA ) au recidivantes apes cura
(RC om 0 gim e de prim e ira linha, 0 acrescimo em 1995 d oE no qu rna de r tratamento (E-I R), COll10 protetor da du-
pIa R H . tern id o q ue u ona do , cntendcnuo os entices clue
alem da ausencia de en aio terapcutico cornprobarorio a in -
du ao pede in a lid ara d roga no B - 3 d e ra le nc ia a u m es mo
em 'qu ern a . alt marivo para TBM R.
onsiderando que 0 £-3 foi constituido no final da deca -
da d i90, antes dos recentes avances na descoberta deno as droga com atividade sobre 0 baci 10 bern como gut.:
ja exi te um a e periencia acum ulada no pais com as derivados
quinolonicos, ju stific a-se a p ro po ta d e sua inclusao no esq ue -
m a de reserva indicado para o s falido s com 0 B -1 aLI 0 E- 1 R.
rnelhoria do r trararnenro tambern pode ser obtida com
e rudo obre a ensibilidad bacilar. A capacitacao dos la-
boratorios centrais e taduais e regionais para execr 9ao de
testes de sensibilidade c sua oferta para os pacientes com
problema terapeuti os e itarn 0 U 0 de drogas inadequadas
pel a resistcncia das cepas am ganho de tempo e diminuicao
do s ofr i m en to d este pad nte .Quante aos efeitos adver os das drogas usuais, respon-
sa eis par cerca 10% dos casos de TBMR, M. nccessidade
de divulgar e explicitar no as orientacoes do Ministerio da
Sande especialrnente quanta aos pacientes com TB associa-
da a Vll-I!SIDA e a interacoes medicamentosas.
E precise ainda de envoi er medidas de protecao dos
contatos cxpostos a cepas MR sejarn intradomiciliares ou
in titucionais. Como exernplos dessas medidas, podemos
de ta ca r o s c on tro le s p erio dic o , q uim io pr ofila xia , vig ila nc ia
sabre 0 adoecimento com e rudos radiologicos e de se nsibi-
lidade bacilar inicial no escarro-positivo, medidas de
biosseguranca institucionais e, principalmcnte, i nt ro du ca o d e
regimes de tratamento alternati os efetivos que, alem de cu-'-' .
ra r 0 doente, reduzarn a tra n mis a o da M R.Quante a quimioprofilaxia nao existern estudos validados
ern contatos de TB ! R.. recomendacao de E+Z por seis HH•.'-
ses o u Z + flu oro quin olo na p ar doi .rneses exi ge ma io re s obser
vacoes para sua un i e rs ali za ca o. L ev an do em conta qu e a
TBMR no pais e principalmente pos-primaria, r nu it os i nd ic an t
a q ulm io pro fila xia c la ssic a com sci meses do H, acreditando
q u e a t r a n m i sao a c o n te c a a n te s d e s e e s t a b e l e c e r a M R .
TR A TAM EN TO DA TBM R NO BRASIL
Os prim eiro e qu· rna aitem ativos para pacientes com
TBMR no Bra si l f or am .eal izados com a utilizacao de velhasdroga u adas no cornbate a tubercu losc, tais como caria-
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 29/32
TRATADO DE INfECTOLOGlA
, : 1 0 M tuberculosis" " f "am seleclonadas L:epas c . ,I
qt l1ml.oterapl .ca, 01 , ~ . t' '. )" r eg im e s u sa c.i os antes" ., S e H dupla l(lSICa nc s '_', d
resistentes < 1 , , . " , (R) nos meados du d e c ad e e. 'ac'10 da rt fampIClu,l .
da 1 11 .o rpOl.' " c ... ti de vida p elo mcsmo desen-l' - :I, expecta tva ,.
196fl. A amp iacao l a ,.' .~,.',' da sencscenciavolvimento social e a irnunodepressao pl~plla "'" _
. ,~. ~- cia TB entre os idosos infectados nofavoreceram a !catrvacao ce .. "1 , .,pcrioc1o de alta pn~valencia quc a Ibergav,~l:; cepa~ t~al;.1:~res. .'. l . tes as'" H Dessc 1·'''0(1(') a transtrussao dcsses bacilosesl s·en . c ,.. ' • , II . ,. . •.
nao den uma adcquada protecao para a nova droga, justifi-
cando, entre outras causas, a ernergencia de cepas resisten-
te s a . dupla I{+ H na decada de 1 980 ,
A . medida que a doenca Se tornou ram e pouco frequen-
te, declinaram tambem a vigilancia e 0 rigor na aplicacao de
esquemas de tratamento, como c indicado por Bruduey e
Dobk in , c omp a ra nd o os Prograrnas de Controle da TR da i-
c arag ua e cia cid ad c de N ova Y ork no final da decada passa-
da. Acrescente-se aqui 0 recrudescimento da TB pro ocada
p elo H N (S ID A, b ern co mo as dificu ldades diagnostics a fa-
c ilidade destes doentes em se infectarem co m b ac ilo fR .
procedirnentos inadequados 110 control da infeccao hospi-
talar. Este cenario explica 0 dcsen 01 im nto d e urtos
institucionais de TRMR.
Estes paises sofrern ainda a pressao de migrantes do Ter-
ceiro Mundo que, bu s c and o no a oportunidades economi-
c as, le va m co nsig o, entre outras mazelas, forrnas resistentes
de TB , m al contro l ada em seus paises de origem,
Desse modo, a M R nos paises avancados, basicamente
primaria, rclaciona-se a hcranca cpidemiologica, a co-cpide-m ia TB -H I V /S IDA , a t ra n sm i ss ao i n st it uc iona l de cepas MR
e a importacao de casas n o s mov im e nt os migratorios, co m
alto lisco de se constituir predominante e justificando a enor-
me p re oc up ac ao diantc do fenomeno.
P ECUL IARIDADES DA"MULT IRRES ISTENC IA NO BRASIL
C on side ran do q ue 0 pais estab eleceu descle 1 979 u rn es-
quema de reserva, indicado para falencia do esquemainicial,
ja co ntam os co m u ma p ro po sta terapeu tica p ara po rtadores de
bacilos resistentes a dupla R+H , 0 que den 0 1 1 1 1 1 1 amos como
TB M R constitui u rn residua deste esquema de re se rv a dife -
rindo da forma M R que emergiu e preocupa os p aises d e~senvolvidos.
N o B rasil, p ode mo s afirmar q ue a m aio r p arte d_ os cases
de TBMR e p os-p rim aria a ll adquirida, nao relaCJ,onada. a, , . '" - . lterido du lrrev lJ1(1-I"]l\l/SIL'.A. ou, a surtoo HwhhlClOrlm", 1C3\.l. 1;0
ridade e do abandono do tratarnerito, lernbrando que os re-
gim es aq ui ado tado s sa o am bu la to ria is e ate p ou co tem po
q u as e t ot alm en te a ut o- adm in is tr ad os .
E stu dan do a s c arac te ristic as ep id em io lo gica s d e 182 pa-
c ie nte s d e T BMR pulmonar, acompanhados entT~ 1995 e 1~~8
no Institute Clemente Ferreira, er n Sao Paulo , foram classifi-
cados como primaries apcnas 1] (6%) e pos-primarios 171
(94%), achado semelhante a s taxas de 8% e 92,% encontra,das
em estudo multicentrico nacional com 197 pacientes, publica-
cloem 1999 (Fig, 70.12,1). Estes numeros confitmam a poucarelevancia da TBMR p rim ar ia , m e sm o c on sid er an do a possi-
b ilid ad e d e sercrn p rim aries algu ns p ac ien tes q ue in fo rm am
l, ad de m edjcam en tos em tr atam cn t. os a n~S1e zu] ar da tom a a e ., 'ClIU l . : :> . , " " 'I'd' de i n ic ia l. Est .e g ru p o, re -: res sem teste de senSW1.l a .. 01 (.., 7/
teno c . d S·';- Paulo correspondeu a 20;0 .-)perado no estudo ,e . ao ,. ,
182) do 'asos revistos. " I" •• "
o fato de predomiuar a TBM R pos-pnl~lana 11llI:ll,C~la.. issao de (~el)·o MR cSl)ccialr.nente a l 11 tr adomlc lha r~tranS111lSS< '-'~''' ," t , ,
Ol'S0 contazio devc ocorrer quando 0 loco ou caso indexp ( < :; :> " . ' iainda apresenta bacilos sensiveis, Deve-se tambern consic e-
rar q ue a resisten cia po s-p rim aria acaba p or constituir popu-
laco sbacila res m istas, que nao deve ocorrer ua primaria ,
com concorrencia entre bacilos sensivcis e resistentes, espe-
cialm ente a H , m enos viru len tos e provavelm ente m enos
c on ta gia nte s (v er capitulo sobre E tio lo g ia e T ra nsm is sa o) .
o dificil acesso a testes de sensibilidade, praticamenten ao realizado s n o diagn ostico inicial da T B, to rn a as estu do s
sobre a resistencia bacilar no Brasil raros e lirnitados. Os pu-
b lic ad os ta m bem in dic am se r a M R e ntre n 6s principalmente
p os-p rim aria . U r n in qu erito e pid em io lo gic o n ac io na l sobre re -
sistencia entre 1995 e 1997 mostrou taxas de 0,7% para a du-
pla R+H e d e 0 ,3 % para tres au mais d ro ga s (F ig , 7 0.1 2,2 ). E m
um a unidade de referencia am bulatorial na. cidadc de SaoPaulo, entre 19R6 e 19R8 as taxas foram de 0,6(% e 0,101 < ) , res-
pecti am ' nt .Q uanto a r es is te nc ia p os -p ri m a ri a, as taxas sfio
mais elcvadas no pais, de 5,9% para a R+H e de 2,9% para
trcs u m ai . d rogas en tre 1995 e 1997. Na m esm a unidade de
re fere ncia e m S a o Paulo tam bem no periodo rnencionado, ex-
cluindo os portadores de TBMR, as taxas foram de 6% e 4%, res-
pectivarncnte, in dican do p rovavelrn en te as dificu ldadeso rga niza tiv as e o perac io nais do c on tro le d a T B em g ran de s cen -
tro s u rb an o s. M e sm o e ntre o s portadores de H IV IAIDS , a rcsis-
tencia e relativamente b aix a, c om o v er em o s a dia nte .
Quante aos Iatores de risco clinico/epiderniologico para .
a MR , o s estu clos na cio nais rela cio nam fa tores como a irr e-
g ula rid ade e 0 abandono (com taxas entre 45% e 54%); a fa -
lencia do retratamento em recidivantes apos cura com 0
esq uem a d e p rim eira lin ha (e ntre 14% e 23°;1))c os efeitos ad-
ersos (entre 6% e 11%), Na revisao de 1152pacicntes de
TBMR estudados em S ao Paulo, foram recuperados as ante-
cedentes de contagio com M R em 26 (14% ) deles, sendo m ais
intradomiciliares (19/26=73<Yo) queinstitucionais (7/26=27°/t») ,
100
00
60
40
20
0Brasil
o TBMR
POSPRIMR
Sao Paulo
F IGURA 7 0,1 2.1 - T exa s d e T BM R o n m e n « e p6s-pr imar ia no Bra-
si l e Sao Paulo ,
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 30/32
TRATADO DE INFECTOLOGIA
micina, PAS, t iacetazona e ciclosserina estocadas 110S servi-
QOs dc controle da dcenca. Outre recurso foi 0 t ra ta rn ent o
c om " esq ue ma multiple composto po r to da ~ a s d \ro ~a U ,u -
ais, quando toleradas pelo paciente, as ociado a ' l :rur~m,
quando possivel. 0 rcndimento destes esquernas fOL baixo
(entre 28'% e 45%).
o esquema altemativo precon izado pelo MS em 1999. as-sociando a amicac.ina ofloxacina, terizidona (sal d rivado daciclosserina), clofaziminc e etambutol mo trou, m enr
revisao, LIma eficacia de 84% e uma feti idad de 7 %, se
excluidos as obitos e de 61 % e 55% re p t ivarnente, quan-
d o i nc 1 us os .
Urn fator fundamental na rnelhoria do ultados dosesquernas alternati os cncontra- e menu no aport de dro-
gas mais potentes e mais no amadurecirn uto da abordagem
do s doentes e no manuse io da drogas pelas equipes re pon-
savei s pela atencao a TB f R _ alern da LOtrOOU 0 r gim es
supervisionados. lsto confirma a n cessidade de er rn es-
tabelecidos C ntros de n f rencia e ializa 0 reerona-"' "
lizados na atencao de pacient po m.A Tabella 70.12.1 descreve as ri . as 0 . 0 rnmo a
duracao da drogas airernati ali que u ti li zamo para a TBMR.
A TBMR E CO-I F E C C ; A O TB-HI j 1 A J l D S
Internacionalrnenr 0 fenom no _fR rclaciona a
surtos mstitucionai a imbiose da TB m a p andernia H IV IAIDS . No B rasil, difer nrern nt . a _ IR e bern anterior ao
surgimento do HI V, como referirno anteriormente.
Parcce ser pequena a influ 'ncia da .o-infeccao TB-HIVI
AI DS. Uma coorte de TB fR de quatro ana entre 1995 e
1998, revista em um a referencia em Sao Paulo, discriminou
apenas seis casos num total de 176 3% emelhantc ao s
achados de Fo rtes (31101=="'%) e 0 dobro do encontrado por
Dalcolmo (3/187=1 6% ). Cabe on iderar qu as esrudos [0-
r am r ea li za do s em unidade de referencia para TB , 0 qu e
possivelmente nao dimensions de forma adequada a parti-cipacao cia co-infeccao TB-IF-llY~A!D na TBMR. Barroso et
aJ. relataram 266 caso . de TB I fR no C ara en tre 1990 e ] 999
(estado de mellor ocorrcn ia d HIV/AJDS); testes
sorologicos realizado em 6 pacientes especialmente os
rnais g ra ve s n ao en co nrr aram nenhum ca so po si ti vo , suge-
rindo qu e a M R relacionada ao H IV dep en de da prevalencia
d a i nf cc ca o viral.
Tais perccntuais diferem dos achados no ambul,atorio ~ie! 'e-
f r en ci a p ar a H1V/AIDS em Sao P au lo , o nde se revIL~ a .1·CSlstCl1-
cia a s drozas antituberculosas em 43 1 doentes co-infectados.
F oru m e nc on rra do s 82 p ac ie nte s com cep as r es is ten te s, s endo
. 9 ( 11 ,5% ) corn M R; destes, 1 3 (26,5% ) M R primaria, 27 (55 , I%)
pos-primaria e nove (18,4%1) indeterminada. Ma.is,recentcm.cn~e.
e tudando -se a resistencia em 23 U BS do munrcrpio do RlO de
Jan eiro Io ram encontrados 12% (l0 /83 ) de M R entre pacientes
0111 algum tipo de rcsistcncia, metade deles com sorologia po-
sitiva para 0 H IV (6% ). Vale rcssaltar que e ste s d ois estudos
co nsideraram com o TBM R todos oS pacientes resistentes a R
e H , usan do 0 c on ce ito in te rn ac io na l e n 5.0 0 n ac ia na l d e r es is-
tencia mais ampla. Gomes et 3 1 reviram 117 pacientes infectadospelo H 1V internado s en) hospital de relerencia de F lo ri a nopo l is ,
sc le cio na nd o 3 9 c om c ultu ra p os itiv a p ara rn ic ob ac te ria s, 3 6 M
tuberculosis e tr es a tlp ic as. A resistcncia e sta va p re se nte e m c in -
co ( 1 4%) a rn ostra s re siste nte s a Rc II, u ma pos-primaria e qua-
LT O primarias, relacionadas estatisticamente a reintcrnacoes, 0
qu e I e ou os a uto re s a su ge rir u rn a p ossiv el tra nsm issa o intra-
h os pira la r d e c ep as MR e ntr e o s H lv -p ositiv os .
E provavel qu e no pais a TBM R nuo apresente ainda UJ11a
relacfio tao intima com a c o -i nf ec ca o TB/HIV-AIDS , como
acontece 110S paises desenvolvidos enos africanos, Tendo
presentc pore rn , que ainfcccao peJo H IV mostra uma clara
tcndencia de pauperizacao, atin gindo exatam ente grupo s so -
ciais de m aier prevalencia da TB , epossfvel imaginal'
q ue e starelay ao po ssa sofrer um a africauizacao, tal como a tendencia
do H IY para atingir 0 sexo feminine.
A in tro ducao no pais do tratarnento anti-retroviral pode
t r L Im a ir np orta nte in flu en cia sobre cases associados de TB .
M R au nao, como acreditam os profissionais do S etor de
Epidemiologia do Centro de Referencia e Treinarnento de
AIDS -S P. / \ notificacao de casos no estado de Sao Paulo de
TB e TB -H IV en tre 1 993 e 2 00 1, se gu ndo a D iv isa o d e TB-eVE
da S ecretaria de Estado da Sande , rnostra um a le ve tc nd en -
c ia a sc en d en te ate 1977, variando de '14'/':1 a quase 20% , quan -
clo a introducao c ia terapia anti-retroviral comeca a impactar
para em seguida entrar em descenso em 200 I, at e o s m e sm o s
patam ares de 1 99 3. Ta1vez o s d ad os sejam i ns uf ic ie nte s, a lem
d e e sc on de r as casos 113.0 dcscobertos pclo sistem a, m as na n
deixam de ser prornissores sc considerarrnos a s ign i fi cat iva
reducao de casos atendidos na principal r ef er en ci a p ar a HI V 1
AIDS na capital de Sao Paulo.
Ritmo
, ., }. l i' ,· ", I.".~
~;~QLli:a9tio·H i:" ~ , < . ' . :I '1 r
,
TABElA 70.12.1 IVias, Doses, Rtmo e Dura~ao no Uso das Drogas Alternativas para TBMR '
Droga Via Oosagem' (*)
Clproprcfloxacina
Ofloxacina
Amlcactna
oral
oral
1 M / IV
750 ou 500 mg
. A o o .Du.BOO mg
O ,:50U .19. .
Ciclosserina ou Terizidona
Clofazimine
EtamQutol
; 5 0 . 0 au 750 mg
1 , 0 0 mg
80.0ou 1.200 mg
o ra l
oral
oral" I ) ,
uma vez/dia
uma vez/dia
2a. a 6a. feira .
uma vezldia
urns vez/dia
t)A vari8Qtlo cIa doseqem esta estebelecid« para O S maio res e menores de 45 kg de peso.
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 31/32
CONDUTA CIRURGICA NA TBMR
o I Consenso Brasileiro de Tuberculose de 1997 reco-
mendon a ciru rgia para portado r s de TB 1R com .leso~scavitarias un ila terais no RX con encional, m as nso di: cunu
em que m orncn to do tratam en to a cirurgia de ia ser realizada
e em que estado hacterioI6gico .. .,
L..~-" -e<'C'l.V:lt",ri'lS unileterais no RX con encional vanarnI ; ;S () ;:> c ,-,~ c , . . ..,' - d
conforrnc (J cstudo. fortes encontrou em 42% 4311 0 l 0
C~lSOS que estudou ao passo que M elo ~ncont rou e m_ 1 9%
( 35 /1 H2 ), c as ui sti ca s q u e podem se r rc du zida s s_ a se ~e ?a o. fo r
rcalizada pcla TC de alta r es olu c ao . ]m e rv e nc oe s Cl!urgIc~,-
bilatcrais, en tretan to , seja em IB e em ou tros p rocesso , ja
forarn realizadas no passado e continuum nos dias atuais
n ao se nd o a bi la tera lidade um m o tiv e lim itan te d a ciru rgia,
mas sim a extensao e a s c on dlc oe s ge ra is e rcspiratorias do
doente para a sua real izacao,Ouanto ao m em ento do tratam cnto em que a ciru rgia de va
ser r~aliza.da e 0 estado bacteriologico, nan cxistem estudos
suficientcs q ue possam servir de base para oriental' a inter-
vencao. Para alguns services, a cirurgia deve scr pensada
apo s o s p rim eiros rn eses de terapia alternativa, quando pede
se r p ro gn ostic ad a a tendencia d a m esm a, a ssu rn in do a c iru rg ia
un) papel coadjuvantc, e sp e ci alm e n te q u an do a quimioterapia
11108t1'a incapacidade em reduzir e esterilizar as lesoes, A ci-
rurgia rcpresentaria, n es te c as o, ur n acrescimofundamental
para a cura do paciente, com portando-se com o urna nova
"droga" cstcrilizante acrescida ao esquema quimioterapico.
E sta s c on du ta s sa o co rnpativeis com as recomcndacoes
de Pinto , K aem merer, C am argo e outros, que indicarn o pro-
cc dim en to cu urgico a tu al n a tuberculose em tre s situacoes:
1 . quimioterapia pouco eficaz;
"A M aen itnde c os Riscos de TB .Nm . n o P ais"" I " C
A magnitude d o pro blem a en tre nos nao foi ainda
de fl ni ti vamen te e s ta b e le c ida .
)'. Em 1 993, a incidencia estim ada de TB :M 'R foi de
··0,4% do total de casas notificados pOl' ano 0 que,
.. onsiderando a notificacao nacional ern torno de.100.000 cases por ana na epoca ccrresponderia a urn
ingresso anual de 40 0 novos portadores d TBMR ,"Esta estimativa b ase av a-se e m u rn m od ele co m mime-
ros ciadecada de 1980, levando em eonta os resnlta-
dos desfavoraveis do esquem a (falenciae troea de
drogas por efeitos adversos), 0 abandono e a taxa de
ru, reingresso corn TB ariva e as recid ivas . Recenternen-
: , , , , , , , , t y , 0 Centro L it Refe re nc ia P ro f. H e llo F ra ga , r esp on -'s ,avel pelo controle e vigilancia da TBMR no pais,
.• n o tific ou e ntre 2000 ,e 2004 urnto ta l d e 2 .0 53 c aso s, em
. s ua ma io ri a n a r eg iao Sude ste (I,97112.053)~ e t ax a m e -d ia a nn al d e 0 ,4 5% (4 10 /8 6:0 0 0) qu e confinna 0mode-
'1 0 de estimativa de 1993.
Considerando os riscos que podem alavancar a
~~MR no pa is , temos:
C, 1 ptrulo 70
TUBRRCULO:;lE
in te rr up ca o p re rn atu ra d a q u im i otc ra pi a, pO l' e f ei to ad-
verso mCOliltrolavel au abandonos de repetidos trata-
mentes;
3. hemopti e ineontrolavel.
B aseados n ar e .p eriencia de 45 cas o s, oper ado s en tr e J 97 8
e 19 41. sendo a int,ervenC;:£1:oeal izada entre 02° e 05° mcs de
cl......nLo·t ...~pia.., apr~:n~ou 90~1.)de n::!~lll~ado:fiwor~v~i~. CO!D
u - e- 'bitos e dues recidivas e com 11 (241r)) <;ompL1~Cd~.Ut:t>. ~u
t o ta l O d e p a , i e n t - 39 fon]1avam urn grujJo c o m "gu1111loterapla
de potencia d1 uv id o a " , cinco. "sern esquema v i ave l" , ~o s .q .l le
rnai e emelham CiO. atuais TB MR) e apcnas um pOI lTI-
te~ao prernatura",
Em 1 99 '. Leite et at realizaram uma revisao d e 3 4 c aso s de
TB MR sem 'perfil de re ite nci a i nf ormada submetidos a ci -
ru rgia , c orn 88% " ' : 9 / 3 4 ) de resultados favo raveis e 1 2% (qu a-
tro 6bito s e um a falencia) d es fa vo ra ve is .. N o m om enta da
cirurgia, 25 (73%) apresenta am escarro negative, alguns in-c lu siv e c om 0 tr atam e nto c on c lu id o , justificando o s a uto re s
que a in tervencao cirurgica pre- e ni u re e idivas .
O s estudos publicados no pars llao s a o s u fi ci en te s , ate
° momento , para urna definicao mais precisa da contr ibuicao
d a ciru rgia e rn ais ain da do s criterio s selet ivos para a i nd ica-
r ;ao des ta condut a, A lin g ua g em e os conceitos precisam ser
unificados, Confundem-sc cisurgia adjuvan1:e ou complcmcn-
tara quimioterapia com cirurgia curativa, cirurgia d a TB ali-
a com ciru rgia das sequelae de TB cirurgia terapcutica com
c ir u rg ia p rev en ti va ,
Como vemos, a experiencia cirurgica em TBMR e bastante
insipiente, retrospcctiva, grupos nao comparaveis, numcros
lim ita do s e se rn f or ca p a ra extrair conclusoes que possam scr
universalizadas.
III .I:,!, ,.,I" I,:I)" :,;,\,,, " , . , ' 1 , ' 1 " , \ , , 1 1 I II
..': ';-IL/i •. ideste tem a mais a l ta no t if icacao e : e " a li - 'g i a b " ~ ~ ! i ~ i ; " t ~ 1 ; ~ j l i / 9 : f < ~ i r a 9 a oe m i gr an te s portanto, d j t J q q ~m e l 1 ;t e :/ :@ ~ 1 ~ e l 1 t e sm ig rato rias p oderao influeneiar. .... :
" 'I ' 1, 1, ,\ " 11111''',' ' :""',II,I!", " -
" 2Qi-'Squdo,.a TBM.R prirrcipalmcnte p6s-pl'im~\ria,
poderetnos especular que a transm issao de MRe m ais
lim it ad a, c omo d is cu ti do anteriormente.
3 Q - A co-infeccao parece n U Q represel,Jta.r, 110mo-
m ente, um risco rele ante para a l i m e n t a l - ; a . s , .formas de
TBMR~ re sta ndo agua rda r como a MR vai se compor-tal' dianre da maim sobrevida des P0'rtad6re:s do virus.
, I
4° - A razo avel efetividade do esq uem a altern ati-
v o p ossive lm en te in te rfe re n a re du ca o d a tra nsm issi-bilidade, ..
5° - Por firn, 0 g mnd c risco csta 1 1 [ 1 . jlTl;{gllLildd~tdve no , abandQno .,,:" :", ..,:;;' ',I,
Numa perspecti a . orimista, cons.id¢ra~\ .ad que a I
am pliacao do tratam en to supervisionado.reduza a
In adim plen cia p ode-se inferir qu~ , dJfieJlmente a
TBMR a pr ese ata ra n o pais Limau 1 1 1 i :m t ' i : { e x age rado ,
' 1207
5/13/2018 Aula Tuberculose Part 02 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/aula-tuberculose-part-02 32/32
T JRATADO DE INFECTOLOCIA
B IB L IOGRAF IA SAS ICA RECOMENDADA
• DaJTOSO B e Rodrigue .TL ,Pinheiro V GP et a1. Prevalencia da [
culosc no Estado do C eara, II90-1999 . .J Pneurnol 200]: 2 ;"1 .
• Bn~g':. .ll!, ~(lTrCto AJVfW , Hijj a r MA. Inquerito epideil1~iolog:i 0 darcsistencra as drogas usadas no iratamento da tuberculos no Bra il
1995 -97 : p r in c ipa ls r e su l ta dos , Bo l Pneumol anit _ 00 '; I 1:~6- L
• B rasil, M in isterio da S au de/C oo rden acso acional d P in umolos 3!
S a n it a ri a - 'o ci ed ad c B ra si le ir a d e P ne umo lo gi a TLi olo gi '; .Consenso Brasileiro de 'luberculcse. J Pneumol 'I 9-:~"'.
• Brasil. Ministerio da Saude/F S. Tuberculo e: Quia de - rE p i d e m i o l 6 g i c a B r a s i l i a 2 0 ( ) 2 . ~
• B rasil. M inisterio da S aude/ V S/CRPH F. Guia
•
• Center for D iseases and Prevention Contro l.
• Dalcolmo MMP .. Regime de curia dlU'<!'- _ .
mente supervisionado, como estrategia d
tratamento da tuberculosc no B ra il, ~ -
u rFE 'P 2000.
• Dalcolrno M P Fortes A , M elo f F
esgu mas alternativos para 0
multirresistentc 110 Bt·asil. J Pneum I
• E d l in B R T o k a r s 1 1 , G r i e a M H c a t . "rcs istant tuberculosis among has i[acquired immunodeficiency s indrom .
326:1514-6.
• Frieden TR, Sterling T, Pablo-Meade A t I. Tbe em ergen 'C of
drug-resistant-tuberculosisin ew Yor eil). ew England Jorna'
o f M e d ic in e J993; 318:521-5.
• Gomes C, Rovaris DB .. everino JL. Grun r .l.F. P rfil d resis-tencia de M tuberculosis isolado d pa ie t - portadore. do
H IY /AIDS aterididos em urn hcspiral d r f r-o in , J Pn urno l
2000; 26:25-9.
f-
• Kritski Dalcolmo M , Del B ianco R ct al. 1301 Oficina S anitPanam J 995; II /{:542.54.
• L ~.iie LP . Costa A LP, Andrade RN S et a l. T ra ta me ru o c ir urg ic o
adjuvarue de tubcrculose pulrnonar mult irresislcntc . .I Pneumol1997; _3:11-4. .
• Mclo FAF. fll.lIle.l8 Ide Nero et a] Aspectos ep iderniologrcos da
tub r ulo e multirresistcnte em service de ref'ercncia na eidadc de
ao Paulo. Re v S oc B rasil M ed Trop 2 00 3; 3 6: 73 3- 40 .
• • klo FAE Afiune J B , Ribeiro , LH G el al, Resistcncia prunaria do
.ll tubercula 'is num service arnbulatorial de rcfcrcnciu ern S:1o Pau-
lo : volucao per tn~.~dccadas e com paracso com outros cstudos na-
ionais. J PnculllolI996; 22:3-8.
• ;'>1 1 0 FAF, Ide eto J, S eisce nto M el a l. Tubercul osc mul ti rrc si st en re.
I Pn umol 1993; 19:73-82.
I. Mclo FAF, l'enteudo CB , Almeida EA t:lal. Rcs istcnc iu po s-pri-
m aria do Mvcobacterium tuberculosis : h d ro ga s a nu ru be rc ul os as
. gundo o s antecedentes terapeutlcos ern u ma un idado de re-
fcren c i n a c idade de S ao Paulo . B o l Pneurno l San it 2()02;
10:212-26.
III M elo FAF, S e iscento M , Afiune JB ct al. Tuberculosc rnulrirre-
i tcnre no B rasil: uma definicao o pe ra ci on al a u b ac te rio lo gi ca ? J
Pneurnol 1996; 22: 1 -2 .
• :\Ia(al '. F ato re s d e p re di9 ffo para a resistCnein (;lOS tuberculostaricos.
Te: e de Dourorado. Institute de Medicina Social da U 11 iversidade do
F.stado do Rio de Janeiro, 2000.
• Pin to JAf, Kaernm crer A, Camargo . I. IP e t al, R ess cc ca o p ulm on ar
no tratarnento cia tubcrculosc In: Picon PD, Rizzon CFC, Ott W P
(cds.). Tubcrculose: epidemiologia, diugnostico e tratarnento ern
clin ica e saudc publica. R io de Janeiro : M cdsi; 1 993. p .S S9-60 0.
• P in to WP, H adad DJ, Pa lhares MeA et ( 1 1 . Drug re sistence or
J1tlycobac/eril l l71 tuberculosis isolated from patien ts with IIIin fe ctio n see at na A ID S r ef er en ce c en te r in Sao Paulo, Brazil . Re v
Inst Med Trop SikJ Paulo 1996; 38: 15-22.
• S e isceuio M , M elo FAF, Ide Nero J e t al. T ub erc ulo se m ulrirrc -
sisrente (TBMR) : aspectos clfuico-laboratoriais, c pide mio icg ic os e
terapeuticos. J Pncum o] 1997; 23:237-44 .
• S imone JJ1 'vf,Dooley SW . The phenomenon o r multidrug-resistant
tuberculosis. In: Ro ssm an M D, M ao Grego r RR (ed s. ). T u be rc u lo si s:
clin ical m anagem ent and new challenges. N ew Y ork: Mct .i raw-Hil l
E d.; 1 99 5. C ha p.IS , p.291-311.
• S ociedade B rasile ira de Pneumolcgia e Tisiologia/Ministerio da S aL J-
dc-SV S. II Diretrizcs B rasileiras para Tuberculose, 20 04. J Bras
P ne um a I 2 00 4; 3 0:(S upL I ):S l-S ~6 .
C a p f r u jo 7 0