anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ANÁLISE DOS CUSTOS DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL EM LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL NO VALE DO TAQUARI Luan Dametto Lajeado, julho de 2017

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE DOS CUSTOS DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

EM LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL NO

VALE DO TAQUARI

Luan Dametto

Lajeado, julho de 2017

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Luan Dametto

ANÁLISE DOS CUSTOS DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

EM LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL NO

VALE DO TAQUARI

Monografia apresentada na disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso - II, do curso

de Engenharia Civil, do Centro Universitário

Univates, como parte da exigência para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia

Civil.

Orientador: Prof. Me. Rafael Mascolo

Lajeado, julho de 2017

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Luan Dametto

ANÁLISE DOS CUSTOS DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

EM LIGHT STEEL FRAMING E SISTEMA CONVENCIONAL NO

VALE DO TAQUARI

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II, na linha de formação específica em Engenharia Civil, do

Centro Universitário UNIVATES, como parte da exigência para a obtenção do grau de

Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador:

_____________________________________________________________________

Prof.º Rafael Mascolo, UNIVATES.

Mestre em Engenharia Civil pela UFRGS - Porto Alegre, Brasil.

Banca Examinadora:

_____________________________________________________________________

Prof.º João Batista Gravina, UNIVATES.

Mestre em Administração pela UFRGS - Porto Alegre, Brasil.

_____________________________________________________________________

Prof.ª Débora Pedroso Righi, UNIVATES.

Mestre em Engenharia Civil pela UFRGS - Porto Alegre, Brasil.

Lajeado, julho de 2017.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por todas as oportunidades dadas e todas as

conquistas obtidas no período de graduação, sejam o conhecimento específico da área, a

experiência, as amizades, e os ensinamentos de vida.

À minha mãe Inede, que nunca mediu esforços para apoiar-me nesta jornada, sempre

esteve ao meu lado nos momentos difíceis e foi sempre exemplo para que eu pudesse

continuar. Ao meu pai Justino (in memoriam), que foi inspiração na escolha desta área e que

pelo tempo que esteve ao meu lado mostrou ser uma pessoa de grande caráter e

profissionalismo, aos quais procuro espelhar-me. À minha irmã Cinara, que sempre esteve ao

meu lado e sempre me apoiou nos momentos em que precisei.

À minha namorada Valessa pelo apoio, compreensão e companheirismo em grande

parte desta jornada. Aos meus amigos, que sempre estiveram ao meu lado, mesmo nas vezes

em que me afastei por causa dos estudos.

A todos os professores e amigos que fizeram parte desta graduação, através de

ensinamentos e apoio prestados, em especial ao meu orientador Rafael Mascolo, pelos

esforços, ensinamentos e atenção dados a mim neste trabalho.

Às empresas Tercon Terraplenagem e Construções e Solid Sistemas Construtivos, que

prestaram grande auxílio a mim, repassando conhecimento e abrindo suas portas e suas obras.

Por fim, agradeço à todos que acreditaram em mim.

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RESUMO

Frente ao crescimento populacional e avanços tecnológicos verificados nos últimos anos o

setor industrial da construção civil vem pesquisando materiais e sistemas construtivos de

melhor desempenho, buscando o aumento da produtividade, a diminuição das perdas de

materiais e mão de obra e o atendimento da demanda por habitações. No Brasil ainda há o

predomínio do uso de sistemas e métodos construtivos artesanais, que apresentam baixa

produtividade e alto índice de desperdício de materiais. Para mudar este cenário é necessária a

industrialização da construção, que padroniza os processos, utiliza mão de obra qualificada e

diminui os desperdícios, tendo como consequência a redução dos custos do empreendimento.

Sob o ponto de vista da racionalização e industrialização do processo construtivo, o Light

Steel Framing surge como uma opção que vem ganhando espaço em todo o país em

construções para os mais diversos usos, por ser flexível aos diferentes tipos de projetos, ter

grande durabilidade e rapidez na execução. O sistema é caracterizado pela utilização de perfis

leves de aço galvanizado na conformação estrutural das edificações, onde os carregamentos

são distribuídos em diversos perfis próximos entre si, gerando tensões reduzidas, o que

permite que sejam utilizados perfis leves. Os perfis são utilizados na montagem de painéis,

que são ligados uns aos outros formando a estrutura da edificação. Posteriormente à

montagem da estrutura, são aplicadas as vedações, lajes, pisos, coberturas, instalações

elétricas e hidrossanitárias e demais subsistemas. Este trabalho busca comparar o custo deste

método construtivo em relação ao método tradicional empregado na construção de habitações

no Brasil. Com base nos conhecimentos sobre ambos os sistemas e nas tabelas de

composições do SINAPI, desenvolve-se o levantamento dos quantitativos de materiais e mão

de obra necessários à execução de uma edificação, sendo em seguida realizado o orçamento

da mesma com base nos preços de insumos também fornecidos pelo SINAPI. A comparação

dos valores de cada etapa bem como o valor final da edificação para cada método construtivo

é visualizada ao final, onde aparecem custos totais e também de materiais maiores para o

sistema Light Steel Framing.

Palavras-chave: Industrialização. Light Steel Framing. Método construtivo. Racionalização.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Edifício “Garagem América”................................................................................... 18

Figura 2 – Esquema de uma residência em LSF ...................................................................... 21

Figura 3 – Estrutura executada pelo método stick .................................................................... 24

Figura 4 - Montagem de painéis pré-fabricados ....................................................................... 24

Figura 5 – Esquemas de construção baloon e plataform .......................................................... 25

Figura 6 – Detalhes da laje radier ............................................................................................. 27

Figura 7 - Ancoragem química e expansível. ........................................................................... 28

Figura 8. Ancoragem com fita metálica e tipo "J". .................................................................. 29

Figura 9 – Perfis padronizados pela NBR 6355 ....................................................................... 30

Figura 10 - Esquema de painel estrutural com abertura. .......................................................... 32

Figura 11 – Contraventamento do painel em diagonais. .......................................................... 33

Figura 12 – Esquema recomendado para a instalação das placas. ........................................... 35

Figura 13 – Propriedades termoacústicas da lã de vidro .......................................................... 36

Figura 14 – Vedação de painel estrutural com painéis de OSB ............................................... 37

Figura 15 – Três tipos de placas de gesso acartonado .............................................................. 38

Figura 16 – Execução de laje úmida ......................................................................................... 40

Figura 17 – Execução de laje seca com painéis de OSB .......................................................... 41

Figura 18 – Estrutura de telhado inclinado ............................................................................... 43

Figura 19 – Instalações elétricas e hidráulicas no interior de um painel .................................. 44

Figura 20 - Valores do CUB/RS, em R$, no mês de abril de 2017 .......................................... 49

Figura 21 - Linha de balanço conceitual. ................................................................................. 52

Figura 22 - Coeficientes externos de pressão e forma para paredes de edificações de planta

retangular .................................................................................................................................. 63

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Figura 23 - Coeficientes externos de pressão e forma para coberturas de edificações de planta

retangular .................................................................................................................................. 64

Figura 24 - Montantes pré-dimensionados para casas de um pavimento, pé-direito de até

2700mm, em aço 230 Mpa. ...................................................................................................... 66

Figura 25 - Tela de dimensionamento do software, onde são configurados comprimentos de

flambagem dos perfis................................................................................................................ 69

Figura 26 - Tela de resultados do software utilizado ............................................................... 70

Figura 27 - Gráfico Gantt da residência em alvenaria .............................................................. 86

Figura 28 - Gráfico Gantt da residência em LSF...................................................................... 87

Figura 29 - Linha de Balanço para construção de 125 casas em alvenaria .............................. 90

Figura 30 - Linha de Balanço para construção de 125 casas em LSF ...................................... 91

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Pressões em paredes, w= 0° .................................................................................... 65

Tabela 2 - Pressões em paredes, w= 90°................................................................................... 65

Tabela 3 - Pressões em telhados, θ = 20°, w = 0° ..................................................................... 65

Tabela 4 - Pressões em telhados, θ = 20°, w = 90° ................................................................... 65

Tabela 5 - Cargas aplicadas na estrutura de LSF...................................................................... 67

Tabela 6 - Combinações para ELS ........................................................................................... 67

Tabela 7 - Combinações para ELU ação base sobrecarga ........................................................ 68

Tabela 8 - Combinações para ELU, ação base vento ............................................................... 68

Tabela 9 - Custos da etapa de serviços complementares .......................................................... 73

Tabela 10 - Custos da etapa de fundações ................................................................................ 73

Tabela 11 - Custo da etapa paredes .......................................................................................... 74

Tabela 12 - Custos da etapa de cobertura ................................................................................. 74

Tabela 13 - Custo do isolamento termoacústico ....................................................................... 75

Tabela 14 - Custos da etapa de revestimento de paredes ......................................................... 75

Tabela 15 - Custo das esquadrias ............................................................................................. 76

Tabela 16 - Custo da etapa de revestimento de pisos ............................................................... 76

Tabela 17 - Custo para revestimento de tetos ........................................................................... 77

Tabela 18 - Custo das instalações hidráulicas .......................................................................... 77

Tabela 19 - Custo das louças .................................................................................................... 78

Tabela 20 - Custo da etapa de instalações sanitárias ................................................................ 78

Tabela 21 - Custo da etapa de instalações elétricas .................................................................. 79

Tabela 22 - Custos para a instalação de aquecedor solar ......................................................... 79

Tabela 23 - Custos para a etapa de paisagismo ........................................................................ 80

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Tabela 24 - Custo de materiais para ambos métodos construtivos ........................................... 81

Tabela 25 - Custo de mão de obra para ambos métodos construtivos ...................................... 82

Tabela 26 - Custos totais de cada etapa .................................................................................... 83

Tabela 27 - Percentual do custo de cada etapa sobre o custo total ........................................... 84

Tabela 28 - Parcela de custos de cada item .............................................................................. 84

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

cm – Centímetro

CPM – Critical Path Method

CSSBI – Canadian Sheet Steel Building Institute

dB - Decibel

fck – Resistência característica do concreto à compressão

LSF – Light Steel Framing

mm – Milímetro

MPa – Mega Pascal

NBR – Norma Brasileira

OSB – Oriented Strand Board

PERT – Project Evaluation and Review Technique

PEX – Polietileno Reticulado

PMCMV – Programa Minha Casa, Minha Vida

PPR – Polipropileno Copolímero Random – tipo 3

PVC – Policloreto de Polivinila

SINDUSCON-RS – Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do

Sul

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 1.1 Objetivos deste trabalho .................................................................................................. 13 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 13

1.1.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 13 1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 14

1.3 Delimitações ...................................................................................................................... 14 1.4 Estrutura do trabalho ...................................................................................................... 15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 16

2.1 Habitação ........................................................................................................................... 16

2.2 O aço .................................................................................................................................. 17 2.3 Light Steel Framing .......................................................................................................... 18 2.3.1 Características ............................................................................................................... 21

2.3.2 Métodos de construção .................................................................................................. 23 2.4 Materiais e subsistemas componentes do Light Steel Framing .................................... 26 2.4.1 Fundações ....................................................................................................................... 26

2.4.2 Perfis metálicos .............................................................................................................. 29 2.4.3 Painéis ............................................................................................................................. 31

2.4.4 Vedações ......................................................................................................................... 34 2.4.4.1 OSB .............................................................................................................................. 36 2.4.4.2 Gesso acartonado ........................................................................................................ 37

2.4.4.3 Placas cimentícias ....................................................................................................... 38 2.4.5 Lajes ................................................................................................................................ 39 2.4.5.1 Laje úmida .................................................................................................................. 39 2.4.5.2 Laje seca ...................................................................................................................... 40

2.4.6 Cobertura ....................................................................................................................... 42 2.4.7 Instalações ...................................................................................................................... 43 2.4.8 Revestimentos cerâmicos .............................................................................................. 45 2.4.9 Esquadrias ...................................................................................................................... 45 2.4.10 Revestimento de tetos .................................................................................................. 46

2.4.11 Sistema de tratamento de esgoto ................................................................................ 47 2.5 Orçamentos ....................................................................................................................... 48 2.6 Planejamento ..................................................................................................................... 50

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3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 53 3.1 Subsistemas que não sofrem alteração ........................................................................... 55 3.2 Subsistemas que sofrem alteração................................................................................... 59 3.3 Dimensionamento da estrutura de aço ........................................................................... 61

4 ANÁLISES E RESULTADOS ........................................................................................... 72 4.1 Valores por etapas ............................................................................................................ 72 4.1.1 Serviços preliminares .................................................................................................... 72 4.1.2 Fundações ....................................................................................................................... 73 4.1.3 Paredes ............................................................................................................................ 73

4.1.4 Cobertura ....................................................................................................................... 74 4.1.5 Isolamento termoacústico ............................................................................................. 74 4.1.6 Revestimento de paredes ............................................................................................... 75

4.1.7 Esquadrias ...................................................................................................................... 75 4.1.8 Revestimento de pisos .................................................................................................... 76 4.1.9 Revestimento de tetos .................................................................................................... 76 4.1.10 Instalações hidráulicas ................................................................................................ 77 4.1.11 Instalações de louças .................................................................................................... 77

4.1.12 Instalações sanitárias ................................................................................................... 78

4.1.13 Instalações elétricas ..................................................................................................... 78 4.1.14 Aquecimento solar ....................................................................................................... 79

4.1.15 Paisagismo .................................................................................................................... 79 4.2 Comparação dos custos .................................................................................................... 81 4.3 Cronograma ...................................................................................................................... 85

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 92

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 95

ANEXOS ............................................................................................................................... 102

APÊNDICES ......................................................................................................................... 109

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12

1 INTRODUÇÃO

A construção de habitações em alvenaria é muito comum em nosso país, sendo

utilizados basicamente tijolos cerâmicos e argamassa. Esse modelo, no entanto, tem um custo

associado elevado, fazendo com que novas tecnologias sejam apresentadas como novo

método construtivo (BERNARDES, 2012). A construção civil do país apresenta o predomínio

de sistemas e métodos artesanais, apresentando características como baixa produtividade e

principalmente grande desperdício (CRASTO, 2012).

Porém, o mercado nacional vem apresentando mudanças, e o uso de novas tecnologias

é a melhor maneira para garantir a industrialização e a racionalização dos processos.

Conforme Dias (2008) o caminho para mudar o modo de construção artesanal deve passar

pela industrialização dos processos, com mão-de-obra qualificada, diminuição do desperdício

e consequente redução de custos, padronização dos processos, racionalização e melhor

aproveitamento do tempo no canteiro de obras.

A racionalização dos processos construtivos é representada pela industrialização,

sendo ligada à produção dos elementos em ambiente industrial com posterior montagem no

canteiro de obras. Tais características propiciam melhores condições de controle de qualidade

e a inserção de novas tecnologias, conforme a Agência Brasileira de Desenvolvimento

Industrial (ABDI, 2015).

Tendo em conta a racionalização e industrialização dos processos construtivos, o Light

Steel Framing (LSF) aparece como um sistema construtivo que pode ser explorado. O sistema

vem ganhando espaço no Brasil em construções destinadas a usos diversos, sendo

encontrados em todo o país insumos para sua execução. O sistema pode ser aplicado em

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13

diversos tipos de empreendimentos, por apresentar características como flexibilidade dos

projetos, durabilidade e execução mais rápida (OLIVEIRA, 2010).

O LSF vem gradativamente firmando-se como uma alternativa para a construção de

habitações de menor custo. Isso se deve principalmente ao desenvolvimento da indústria

siderúrgica nacional, que produz os perfis de aço leve a baixos custos, reduzindo

consequentemente o custo da obra, já que o aço é responsável pela maior parte dos gastos de

um empreendimento deste tipo (BEVILAQUA, 2005). O custo final de uma habitação em

LSF diminui conforme aumentam a difusão do sistema e a produção dos materiais nele

utilizados, viabilizando o uso em habitações populares (GUIZELINI, 2010).

1.1 Objetivos deste trabalho

1.1.1 Objetivo geral

Este trabalho tem como objetivo comparar os custos envolvidos na construção de uma

habitação nos sistemas construtivos “Light Steel Framing” com método convencional em

alvenaria estrutural, para integrantes da classe de baixa renda na região do vale do Taquari.

1.1.2 Objetivos específicos

Diante do objetivo principal do trabalho, foram definidos os objetivos específicos, que

delimitam um conjunto de fatores que caracterizam o sistema construtivo, são eles:

i – Definir a tipologia adotada para a habitação e adaptar a residência em “Light Steel

Framing” ao modelo;

ii – Fazer o levantamento dos quantitativos de materiais e mão de obra utilizados;

iii – Realizar o orçamento do projeto quando executado nos dois métodos construtivos

distintos;

iv – Comparar o tempo de execução de ambas as residências em um loteamento

residencial;

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14

1.2 Justificativa

O Light Steel Framing é amplamente adotado em muitos países desenvolvidos, como

Estados Unidos, Japão, Austrália e outros países da Europa devido à suas características de

desempenho, racionalização e rapidez na construção, sendo porém, pouco explorado em nosso

país, que ainda prende-se a técnicas e processos de rendimento inferior. Segundo Sales (2001)

construtoras e profissionais da área de projeto estão redescobrindo o aço devido ao seu grande

potencial na utilização na construção industrializada, sendo possível reduzir os prazos de

execução, o desperdício e gastos com mão de obra.

Conforme Junior (2006), apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de aço,

sua utilização como elemento estrutural em edificações tem sido pouco expressivo quando

comparado ao potencial do setor industrial nacional. Frente a tais considerações, se faz

necessária a utilização de novos métodos e processos produtivos, capazes de oferecer maior

produtividade e rapidez na construção, aliados a um menor custo e melhores condições de

conforto aos ocupantes.

1.3 Delimitações

O método é de origem norte-americana, mas pode ser utilizado no Brasil devido à

normalização dos materiais e procedimentos utilizados da construção. Os orçamentos deverão

ser feitos com base em modelos de residências edificadas nos padrões do “Programa Minha

Casa, Minha Vida” (PMCMV) do Governo Federal deste país.

Neste trabalho não serão descritos os métodos e materiais empregados no sistema

construtivo tradicional, a alvenaria, pois considera-se que ambos já são de conhecimento

comum devido ao seu estudo em ambiente acadêmico e à sua ampla utilização no setor

construtivo da região e também do país. Serão descritos os custos da execução do prédio,

excluindo-se custos de mobilização e desmobilização de canteiro, bem como custos indiretos

da obra.

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15

1.4 Estrutura do trabalho

O segundo capítulo deste trabalho apresenta uma revisão sobre o sistema construtivo

Light Steel Framing, descrevendo as etapas construtivas e materiais empregados para a

construção de habitações. Também traz informações sobre o orçamento e planejamento de

obras.

O terceiro capítulo apresenta a metodologia adotada para a execução deste trabalho,

apresentando uma análise da residência tipo adotada e os métodos utilizados para a

orçamentação da mesma para ambos os sistemas construtivos comparados.

Apresentando os resultados obtidos, o quarto capítulo traz uma análise de cada etapa

construtiva da residência tipo adotada e das diferenças encontradas em cada método

construtivo. Os valores dos resultados encontrados foram organizados em tabelas, de modo a

facilitar a comparação. Também são apresentados gráficos dos cronogramas para a execução

em ambos os sistemas comparados.

O quinto e último capítulo traz as considerações finais obtidas após a realização do

trabalho.

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16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Habitação

A questão habitacional nacional se deu a partir do século XIX, em paralelo ao

desenvolvimento do setor manufatureiro-industrial. O crescimento urbano no início do século

XX atendeu às necessidades de mão-de-obra da indústria, mas aconteceu de maneira pouco

organizada quanto ao alojamento da população e à criação da infraestrutura urbana necessária

(BROLLO, 2004).

Uma habitação adequada, em conjunto com infraestrutura básica como rede de

abastecimento de água e coleta de esgoto e distribuição de energia elétrica, é uma necessidade

básica de qualquer pessoa (FARIAS, 2015). Ainda conforme Farias (2015, texto digital), “o

principal objetivo do Plano Nacional de Habitação (PlanHab) é a universalização do acesso à

moradia digna para todo o brasileiro”.

As mudanças estruturais observadas no cenário econômico brasileiro, como a

melhoria de renda da população [...] e a elevação expressiva do volume de crédito e

dos investimentos no setor habitacional desenharam um cenário propício para

garantir o sucesso de uma política habitacional de longo prazo, especialmente

voltada para a baixa renda (FARIAS, 2015, texto digital).

O déficit habitacional pode ser entendido como “a noção mais imediata e intuitiva de

necessidade de construção de novas moradias para a solução de problemas sociais e

específicos de habitação detectados em certo momento” (BRASIL, 2009, p. 15). Para Castelo

e Dias (2014), o avanço no campo da habitação ainda é insuficiente para equacionar os graves

problemas de moradia no país, considerando a problemática social e urbana.

No que toca especificamente à política social de habitação, cabe destaque à demanda

das entidades da construção com relação a um horizonte de planejamento maior para

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17

o “Programa Minha Casa, Minha Vida”, transformando-o em política de Estado.

Isso possibilitaria o estabelecimento de meta factível para eliminação do déficit

habitacional, paralelamente servindo como uma sinalização favorável para

investimento em produtividade e novas tecnologias por parte das empresas de

construção (CASTELO e DIAS, 2014, p. 7).

Nos três primeiros anos do PMCMV, entre 2009 e 2012, houve uma redução de 8% no

déficit habitacional do país, restando aproximadamente cinco milhões de habitações para

serem construídas. O mesmo estudo ainda estima que a demanda por habitações passará para

cerca de 20 milhões de unidades no ano de 2024, devido principalmente ao aumento do

número de famílias que devem ser formadas até lá, que é de cerca de 16,8 milhões, sendo 10

milhões com renda de até 3 salários mínimos (PORTAL BRASIL, 2014).

A maior parte de déficit habitacional brasileiro é devido à coabitação, quando famílias

dividem o mesmo lar ou moram em cortiços (3,0 milhões de residências, representando 42%

do déficit total), ao gasto excessivo com aluguel, quando famílias de baixa renda, com ganhos

não superiores a três salários mínimos, gastam pelo menos 30% da renda em alugueis (2,3

milhões de residências, ou 33% do total) e à habitações precárias, que são residências

improvisadas e rústicas (estimado em 1,3 milhão de residências, 18% do total) (BRASIL,

2015).

2.2 O aço

O aço é “uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono, com valores de

carbono de até 2,11%” (FRESQUI, 2013, p. 82). Segundo Pavanti (2015) “os aços diferem

entre si por conterem em sua composição diferentes teores de carbono ou a presença de outros

elementos de liga. Suas propriedades mecânicas variam conforme a concentração de carbono

em sua composição, geralmente inferior a 1%.”

As estruturas de aço são antigas e muito difundidas em diversos países, principalmente

nos Estados Unidos e na Europa. As construções que empregavam metais como elementos

estruturais tiveram início na Era do Ferro Fundido, que durou até 1850, passando pela Era do

Ferro Forjado, durando até a última década do século XIX, até chegar à Era do Aço (ABDI,

2015).

No Brasil, o primeiro edifício construído em aço foi o edifício Garagem América, no

centro da cidade de São Paulo, no ano de 1957, conforme visualizado na Figura 1. Tratava-se

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18

de um edifício estruturado completamente em aço, com 16 andares, que seria utilizado como

estacionamento. No primeiro projeto, o edifício seria executado totalmente em concreto, mas

dificuldades impostas pelo terreno e pelas dimensões dos componentes estruturais acabaram

fazendo com que o aço fosse escolhido na construção (PORTAL METÁLICA, 1999, texto

digital).

Fonte: UNIDAVI (2015, texto digital).

2.3 Light Steel Framing

A origem do LSF remonta ao início do século XIX, quando os colonizadores do

território norte americano, frente à forte demanda por habitações em um pequeno espaço de

tempo e ao alto aumento populacional verificado, precisaram aplicar métodos construtivos

Figura 1 - Edifício “Garagem América”

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19

mais rápidos e produtivos na construção de residências. Utilizando a madeira, que era um

material de grande disponibilidade local, aliada a conceitos de praticidade, produtividade e

rapidez, desenvolveram um novo método construtivo. O método, chamado de wood frame,

consistia na utilização de perfis de madeira para a concepção das estruturas das habitações,

que recebiam posteriormente fechamentos também executados por peças de madeira

(BEVILAQUA, 2005).

O termo light steel framing é de origem americana, sendo traduzido do inglês, onde

light é traduzido para leve, steel para aço e framing para concepção, estruturação, ou seja,

“estrutura em aço leve”. A definição dada pela ABDI (2015) para o LSF é sistema construtivo

industrializado caracterizado por um esqueleto estrutural leve composto por perfis de aço

galvanizado.

Um grande impulso na utilização do aço foi dado nos anos 80, quando o governo dos

Estados Unidos restringiu o uso de madeira oriunda de florestas antigas. A restrição causou

perda de qualidade da madeira utilizada e grandes flutuações nos preços da mesma. No ano de

1991 o preço da madeira acabou subindo cerca de 80%, o que forçou muitos construtores a

migrarem imediatamente para o LSF (BEVILAQUA, 2005).

A utilização do sistema LSF no Brasil começou marcadamente na década de 90, e

hoje conta com infraestrutura capaz de promover todos os insumos necessários para

a sua construção. Os setores envolvidos na produção desses insumos são os

principais responsáveis pela divulgação e pelo desenvolvimento técnico do sistema.

Também existem hoje normas brasileiras especificando requisitos mínimos para

perfis de aço galvanizado formados a frio e para o dimensionamento de estruturas, e

normas de desempenho (OLIVEIRA, 2010, p. 4).

Conforme Dias (2008, p. 57), o LSF “é constituído por um conjunto rígido de painéis

estruturados formado por uma malha de perfis galvanizados leves trabalhando em conjunto

com outros subsistemas industriais, como placas de gesso acartonado, placas cimentícias,

painéis OSB (Oriented Strand Board), etc.”.

Como o conceito básico do sistema é o de distribuir as cargas para o maior número

possível de elementos estruturais, cada um deles é projetado para receber uma

pequena parcela dessa carga, o que propicia a utilização de perfis muito leves. A

disposição dos montantes dentro dos quadros estruturais dos painéis, assim como as

características geométricas dos perfis e a sua resistência, conjugadas com os

dispositivos de fixação entre as peças, capacitam esses elementos a receber e a

transmitir as cargas gravitacionais e do vento (DIAS, 2008, p. 58).

O LSF pode ser considerado um sistema construtivo aberto, pois permite a utilização

de diversos materiais; flexível, pois não apresenta grandes restrições aos projetos;

Page 21: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

20

racionalizado, pois otimiza a utilização dos recursos e o gerenciamento das perdas;

customizável, já que permite total controle dos gastos na fase de projeto; durável e também

reciclável em grande parte (ABDI, 2015).

Segundo o Canadian Sheet Steel Building Institute (CSSBI, 2005, p. 11, tradução

nossa), “de modo geral, o processo de construção em estruturas de aço leve não difere

significativamente dos métodos utilizados para construções estruturadas em madeira. Paredes,

pisos e tetos são construídos pela repetição de membros estruturais leves.”

O sistema construtivo LSF é indicado pela ABDI (2015, p. 131) para diversos usos,

como “em residências unifamiliares térreas ou sobrados, edifícios de até oito pavimentos,

hotéis, edifícios da área de saúde, clínicas, hospitais, comércio em geral, creches, edifícios

para educação e ensino, fachadas de edifícios, retrofit e ampliações de edifícios existentes.”

Em nosso país o LSF é pouco conhecido, devido ao fato de prevalecerem métodos

artesanais de construção. O mesmo não ocorre em países onde a construção civil tem um grau

de industrialização maior, onde o método é mais utilizado. Para ajudar na visualização do

LSF, pode ser feita uma comparação com o drywall, sistema muito utilizado como vedação

interna, porém neste os perfis não tem função estrutural, apenas formam a estrutura onde são

fixadas as placas de gesso (CRASTO, 2012). Conforme Silva (2004, p. 52), “a divisória de

chapas de gesso acartonado é um sistema de vedações internas composto por chapas leves em

gesso montado sobre cartão (acartonado), estruturadas por perfis metálicos ou de madeira.”

Um exemplo de uma estrutura de LSF pode ser visualizado na Figura 2. Na figura, observam-

se os diferentes perfis que compõem a estrutura de uma edificação em LSF, além de placas de

fechamento externo, placas de piso e outros componentes da edificação.

Page 22: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

21

Fonte: JÚNIOR (2006, p.2).

2.3.1 Características

O Light Steel Framing é um sistema construtivo autoportante, composto por vários

componentes industrializados que possibilitam uma construção com grande rapidez de

execução e precisão (OLIVEIRA, 2010). Como o LSF é produzido com chapas de aço de

espessura reduzida apresenta como resultados rapidez na execução da obra, redução no peso

do edifício, redução de custos e desperdícios. Por ter dimensões reduzidas, a espessura das

paredes acaba sendo menor, resultando em ambientes maiores e melhor aproveitamento da

área construída. O sistema tem flexibilidade, aceitando qualquer tipo de acabamento, tanto

interior quanto exterior (BASSO, 2014).

Figura 2 – Esquema de uma residência em LSF

Page 23: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

22

Ainda segundo Basso (2014), o LSF tem uma característica que o diferencia dos

demais sistemas construtivos: a limpeza do canteiro. Isso acontece por ser uma forma

construtiva a seco, a não ser quando empregado concreto na execução das fundações. Outra

característica do sistema citada pelo autor é a maior exatidão no cálculo dos custos da obra,

obtendo-se uma maior precisão na quantidade de material a ser aplicado, bem como mão de

obra a ser utilizada e tempo de execução.

Para que sejam atendidas as funções projetadas, “é necessário que os subsistemas

estejam corretamente inter-relacionados e que os materiais utilizados sejam adequados. Dessa

forma, a escolha dos materiais e de mão-de-obra é essencial na velocidade de construção e no

desempenho do sistema” (CRASTO, 2012, p. 12).

As paredes, denominadas painéis estruturais, têm a função de distribuir uniformemente

as cargas às fundações. Os painéis são compostos por montantes, perfis galvanizados com

separação de 40 ou 60 centímetros entre si, sendo a distância definida no cálculo da estrutura.

Para execução do fechamento dos painéis normalmente são utilizadas placas de OSB ou

placas cimentícias no lado externo e chapas de gesso acartonado ou placas de OSB no lado

interno (BEVILAQUA, 2005).

Os pisos também são executados com uso de perfis galvanizados, sendo que é

utilizada a mesma modulação montantes, ou seja, apoiando-se nestes de forma que as almas

de ambos os perfis estejam alinhadas. Sobre os perfis são fixados os matérias que compõem o

contrapiso (BRASILIT, 2014). Nos casos em que a fundação executada for do tipo radier o

piso pode ser aplicado diretamente sobre a laje após o correto nivelamento da mesma através

da execução do contrapiso (CRASTO, 2012).

Para a execução dos telhados, as soluções utilizadas são parecidas com as empregadas

em construções tradicionais. Em coberturas inclinadas os perfis de aço são instalados no lugar

da estrutura de madeira. Para telhas, os materiais utilizados são os mesmos, desde folhas

metálicas ou de fibrocimento até as telhas cerâmicas ou de concreto, além da utilização de

telhas do tipo shingle, fabricadas com material asfáltico (BRASILIT, 2014).

CRASTO (2012) cita como fundamentos do sistema LSF: estrutura painelizada, a

modulação e a estrutura alinhada (in-line framing). O CSSBI (2005, tradução nossa) cita as

seguintes características do aço, utilizado como material estrutural em edificações construídas

nos Estados Unidos e no Canadá: comprimento dos elementos - as vigas podem ser fabricadas

Page 24: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

23

em qualquer tamanho (até o limite de 12 metros); elevada resistência em relação ao peso do

perfil; espessura dos elementos - proporciona uma grande flexibilidade na disposição dos

membros da estrutura; como o aço não absorve umidade, problemas como torção ou

encurtamento não acontecem com os perfis; resistência a pragas; construção não combustível.

2.3.2 Métodos de construção

Segundo o CSSBI (2005) existem três métodos utilizados para construir uma

edificação em LSF: stick built on site ou simplesmente método stick, método painelizado e

método de construção modular.

Cada um desses métodos é atualmente usado para construir casas em todo o país,

mas o método stick continua a ser o método mais popular. Para projetos de multiplas

unidades ou projetos que utilizam um design repetitivo, o método painelizado (pré-

fabricação) pode ser utilizado com melhor custo-benefício. Painéis de vedação, piso

e telhado que são pré-fabricados podem ser enviados diretamente para o local de

construção e rapidamente montados. Casas pré-fabricadas, onde toda uma unidade

de casa ou construção é montada em uma fábrica (método de construção modular),

pode ser vantajosa quando a unidade é exigida numa área mal servida pela indústria

da construção residencial, como por exemplo em locais remotos ou

subdesenvolvidos (CSSBI, 2005, p. 22, tradução nossa).

i) Método stick - neste método construtivo o corte dos perfis é feito no canteiro. Para

facilitar a instalação das tubulações, como as de instalações elétricas e hidráulicas, os perfis

podem chegar na obra com as furações necessárias. Os painéis de vedação, de lajes,

coberturas e demais elementos são preparados e instalados no canteiro de obra, conforme

visualizado na Figura 3, que mostra no primeiro plano perfis de aço estocados no canteiro de

obras e ao fundo painéis de aço já montados sobre a fundação . Este método pode ser utilizado

em locais onde não há viabilidade de pré-fabricação de elementos (ABDI, 2015).

Page 25: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

24

Fonte: ABDI (2015, p. 138).

ii) Método por painéis (painelizado) – os painéis, lajes e estrutura de telhado podem

ser pré-fabricados fora do canteiro e montados local da obra. Parte dos materiais de vedação

pode ser fixada aos painéis ainda na indústria, diminuindo o tempo gasto em obra.

(BRASILIT, 2014). Na Figura 4 observa-se o trabalho dos operários na montagem da

estrutura com os painéis pré-fabricados.

Fonte: BRASILIT (2014, p. 12).

Figura 3 – Estrutura executada pelo método stick

Figura 4 - Montagem de painéis pré-fabricados

Page 26: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

25

iii) Método de construção modular - é um processo de alta industrialização,

caracterizado por usar unidades modulares pré-fabricadas que podem ser entregues no

canteiro de obras com todos os acabamentos internos executados, como revestimentos, louças

sanitárias, instalações elétricas e hidráulicas etc. O método torna-se vantajoso em obras

maiores devido à repetição dos módulos (ABDI, 2015).

Existem dois tipos de montagem para os métodos stick e por painéis, descritos a seguir

e ilustrados na Figura 5.

Construções tipo stick ou por painéis podem ser montadas na forma balloon ou

platform. Na construção balloon, a estrutura do piso é fixada nas laterais dos

montantes e os painéis são geralmente muito grandes e vão além de um pavimento.

Na construção platform, pisos e paredes são construídos sequencialmente – um

pavimento por vez –, e os painéis não são estruturalmente contínuos. As cargas de

piso são descarregadas axialmente aos montantes (BRASILIT, 2014, p. 13).

Fonte: Adaptado de CRASTO (2012, p. 26).

Figura 5 – Esquemas de construção baloon e plataform

Esquema de construção do tipo “Baloon”. Esquema de construção do tipo “Plataform”.

Page 27: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

26

2.4 Materiais e subsistemas componentes do Light Steel Framing

2.4.1 Fundações

Para iniciar uma obra, primeiramente o terreno deve estar limpo e plano, além de

terem sido realizadas todas as movimentações de terra necessárias. Em seguida, deve ser feita

a locação da obra, que é a transposição do projeto para o terreno, devendo ser respeitadas as

medidas e afastamentos que constam em planta para que a construção fique corretamente

posicionada (SILVA, 2015).

Como a estrutura de um edifício construído em LSF é mais leve quando comparada a

outros sistemas construtivos, as cargas transmitidas às fundações serão menores. Apesar de

menores, as cargas são distribuídas uniformemente pelos painéis e perfis estruturais, fazendo

com que o tipo de fundação escolhido estenda-se por toda extensão dos painéis. As soluções

comumente empregadas para construções em LSF são os radiers, as sapatas corridas e as

vigas baldrame (PIANHERI, 2008). Na Figura 6 é possível visualizar dois radiers em

execução, sendo um deles com reforço em todos os bordos externos.

A laje radier é a fundação mais comumente utilizada para construções em light steel

framing. O radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje e

transmite as cargas da estrutura uniformemente para o terreno. Os componentes

estruturais fundamentais do radier são uma laje contínua de concreto, e eventuais

reforços (ABDI, 2015, p. 140).

Conforme Campos (2014), as fundações para habitações em LSF devem ter as

medidas exatas da projeção das paredes estruturais, garantindo que o perfil fique protegido de

intempéries. Quando a fundação do tipo radier for utilizada, é necessária a construção de

calçada, com um desnível em relação à cota de assentamento das guias de aço dos painéis,

evitando o contato da estrutura com a água e garantindo que as placas de vedação externa

utilizadas transpassem a guia inferior, protegendo e garantindo estanqueidade dos painéis.

Page 28: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

27

Fonte: Adaptado de PIANHERI (2008, texto digital).

A estrutura formada pelos painéis deve ser ancorada na fundação, a fim de evitar que a

força do vento provoque deslocamentos da edificação. A definição do tipo de ancoragem

depende da fundação e dos esforços atuantes na estrutura e é feita conforme cálculo estrutural.

A ancoragem química com barra roscada e a expansível com chumbadores “parabolt” são as

mais utilizadas. Uma prática sugerida é a colocação de manta asfáltica entre os painéis e a

fundação, a fim de evitar pontes térmicas e acústicas e o contato com a umidade (ABDI,

2015). A Figura 7 ilustra a ancoragem química com barra roscada e o parafuso tipo parabolt

utilizado na ancoragem expansível.

Radier sem enrijecimento Radier com enrijecimento

lateral.

Detalhamento do radier (com reforço)

Figura 6 – Detalhes da laje radier

Page 29: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

28

Fonte: Adaptado de CRASTO (2012, p. 28).

Pianheri (2008) cita outros dois tipos de ancoragem: a ancoragem com fita metálica,

na qual uma fita de aço galvanizada é chumbada na fundação, sendo posteriormente fixada

aos montantes (geralmente duplos) dos painéis, e a ancoragem do tipo "J", que é executada

por meio de fixação de uma barra junto à fundação. O topo da barra possui rosca, onde é

preso com parafuso um pedaço de perfil tipo U, que por sua vez fixa a guia. A guia, por fim,

fixa os montantes. Estes tipos de ancoragem podem ser observados na Figura 8.

Figura 7 - Ancoragem química e expansível.

Parafuso “parabolt”.

Ancoragem química

com barra rosqueada.

Page 30: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

29

Fonte: Adaptado de PIANHERI (2008, texto digital).

2.4.2 Perfis metálicos

Conforme a ABDI (2015, p. 132), “os perfis utilizados no LSF são obtidos a partir do

dobramento ou pela perfilagem (ambas a frio, ou seja, à temperatura ambiente) de tiras de

aço, oriundas de chapas ou bobinas de aço revestidas com zinco ou liga alumínio-zinco.” A

ABDI (2015, p. 132) ainda afirma que “a espessura da chapa varia entre 0,8 e 3,0 mm e que o

limite de escoamento não deve ser inferior a 230 Mpa”. Também coloca que as seções mais

utilizadas são as de formato “C” ou “U” enrijecido (Ue) para montantes e vigas, e de formato

Figura 8. Ancoragem com fita metálica e tipo "J".

Page 31: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

30

“U” utilizada como guia em painéis. Os perfis de aço são padronizados pela NBR 6355

(ABNT, 2012), e podem ser visualizados na Figura 9.

Fonte: Adaptado de PIERIN (2014, p. 20-21).

Figura 9 – Perfis padronizados pela NBR 6355

Page 32: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

31

Conforme a NBR 15253 (ABNT, 2014), o revestimento mínimo para perfis estruturais

é de 275 g/m² para revestimentos zincados e de 150 g/m² para revestimentos em alumínio-

zinco. Já para perfis não estruturais, o revestimento mínimo é de 100 g/m² para ambos os

materiais. Ainda segundo a NBR 15253, a execução do revestimento dos perfis deve ser feita

pelo processo contínuo de imersão a quente ou também por eletrodeposição (galvanização).

Segundo BEVILAQUA (2005, p. 28), “a galvanização é um dos processos mais

efetivos e econômicos empregados para proteger o aço da corrosão atmosférica.” Ainda

segundo Bevilaqua (2005), a proteção acontece de duas maneiras: pela barreira física do

revestimento de zinco sobre a base de aço e pela ação sacrificial do zinco em relação ao aço,

sendo o primeiro atacado pela corrosão, livrando o segundo do efeito prejudicial.

2.4.3 Painéis

Segundo a Consulsteel (2002, p. 61, tradução nossa), “uma série de montantes

localizados a cada 40 ou 60 centímetros (segundo a modulação adotada) e unidos em suas

extremidades superior e inferior por placas, dão origem a um painel.” Ainda conforme a

Consulsteel (2002), a conformação final de cada painel dependerá de cada projeto e situações

específicas do mesmo. Em cada projeto haverá painéis de diversas dimensões, estruturais ou

não, com ou sem abertura de vãos. Na Figura 10 é ilustrado um painel estrutural montado com

diferentes componentes.

Conforme Bevilaqua (2005) o principal conceito de um projeto em LSF é a divisão da

estrutura em grande quantidade de elementos portantes, de modo que cada perfil suporte uma

parcela da carga aplicada. Assim, torna-se possível a utilização de perfis mais leves e esbeltos,

facilitando o manuseio.

Os painéis executados em LSF absorvem apenas cargas axiais, não tendo a capacidade

de absorver esforços horizontais. Por isso, deverão ser providos de elementos adicionais que

possam resistir e transmitir tais esforços às estruturas de apoio (CONSULSTEEL, 2002,

tradução nossa).

Existem dois tipos de reforços para paredes: horizontais e diagonais. Os reforços

horizontais são necessários em todas as paredes estruturais, pois evitam a torção dos perfis.

São utilizados perfis presos entre os montantes ou ainda fitas metálicas, presas nas abas dos

Page 33: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

32

montantes, uma em cada lado, ambos em quantidades e espaçamentos discriminados no

projeto. Quando for utilizado revestimento exterior estrutural, como chapas de OSB, não é

necessária a utilização de fita metálica naquela face do painel, sendo obrigatório o uso na face

oposta (CSSBI, 2005, tradução nossa).

Fonte: BRASILIT, 2014, p. 22.

Os reforços diagonais são os responsáveis por resistir às ações do vento e de abalos

sísmicos (CSSBI, 2005). Conforme a Consulsteel (2002, tradução nossa), devido aos painéis

terem a base ancorada e terem ligações articuladas entre si, a ação de esforços horizontais

tende a causar deformações nos painéis, sendo necessário aumentar a rigidez dos mesmos.

Segundo Matos (2014), o método utilizado para a concepção do contraventamento de uma

estrutura vai depender do tipo de uso proposto para a edificação, sendo muito utilizados os

sistemas de diagonais simples e duplas, em “X”, em “V” e em “V” invertido.

Figura 10 - Esquema de painel estrutural com abertura.

Page 34: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

33

Conforme a Consulsteel (2002, tradução nossa), o uso de uma placa que atue como

diafragma rígido também pode ser utilizado para aumentar a rigidez dos painéis. Na Figura 11

é possível observar um painel com contraventamento em diagonais e barras de reforço

horizontal, ambos montados com os mesmos perfis utilizados nos montantes. Na imagem

ainda aparece um perfil de aço fixado ao painel, utilizado durante a fixação deste junto à

fundação e ao painel posicionado ao lado, prática adotada em obra que evita a movimentação

do mesmo.

É fundamental distinguir entre placas para fechamento externo e placas estruturais

que funcionam como diafragma rígido, pois ambas não cumprem necessariamente as

mesmas funções. Em geral, as placas estruturais atuam como vedação dos painéis e

são utilizadas em sua face externa. Porém, nem todas as placas de fechamento

externo podem atuar como diafragma rígido por não apresentar características

estruturais necessárias para resistir à ação de cargas horizontais. Portanto, nos casos

em que são utilizados painéis de fechamento que não sejam estruturais, é necessário

o uso de contraventamentos (CRASTO, 2012, p. 42).

Fonte: Do autor (2017).

Podem ser previstos reforços em paredes onde serão fixados objetos com carga maior

que 23 kgf, como armários. Tais reforços podem ser executados com madeira tratada de

Figura 11 – Contraventamento do painel em diagonais.

Page 35: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

34

dimensões de 200 mm de largura e espessura de pelo menos 20 mm e fixados nos montantes

com uso de parafusos (BRASIL, 2013).

2.4.4 Vedações

Conforme Taniguti (1999), existem dois tipos distintos de vedações verticais: as que

se encontram nos ambientes internos e aquelas que encontram-se envolvendo o edifício.

Devido à estrutura de LSF ser dimensionada para receber vedações de peso baixo, os

componentes escolhidos devem ser materiais leves, evitando a necessidade de utilização de

perfis mais espessos ou da diminuição da distância entre os perfis (CRASTO, 2012). Os

produtos normalmente utilizados para a vedação externa em construções residenciais em LSF

são placas cimentícias e chapas de OSB. Para vedações internas normalmente são utilizadas

chapas de gesso acartonado (ABDI, 2015).

Como um dos conceitos do sistema é a industrialização dos componentes, o mesmo

deve acontecer com as vedações, sendo “os materiais de fechamento e acabamento mais

adequados aqueles que propiciam uma obra “seca”, com redução ou eliminação das etapas de

execução que utilizam argamassas e similares” (CRASTO, 2012, p. 78).

Todas as bordas das placas de vedação devem estar fixadas nos perfis da estrutura de

aço, com os parafusos autobrocantes, evitando o destacamentos de placas. A instalação das

placas deve ser feita com os cantos desencontrados, evitando que haja a propagação de uma

fissura que possa aparecer em uma das juntas da placa. A instalação de placas junto a

aberturas nas paredes deve ser feita de modo que os cantos de ambos os componentes não se

encontrem, devendo ainda as placas serem instaladas com desenhos diferentes em ambos os

lados da abertura (CAMPOS, 2014). Os esquemas recomendados para a fixação das placas

podem ser observados na Figura 12.

Page 36: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

35

Fonte: Adaptado de CAMPOS (2014, p. 83).

Conforme a ABDI (2015, p. 133), “a exemplo das práticas internacionais, as

construções devem receber isolamento térmico e acústico adequados, para o conforto dos

ocupantes e atendimento às normas brasileiras.” Segundo o manual técnico da Brasilit (2014,

p. 73), “o isolamento termoacústico no LSF é baseado em conceitos mais atuais de isolação

multicamada, que consiste em combinar placas leves de fechamento afastadas, formando um

espaço entre os mesmos, preenchido por material isolante (lã de vidro).” Ainda segundo a

Brasilit, para aumentar o desempenho deste sistema isolante podem ser colocadas placas de lã

de vidro de espessura maior ou aumentada a quantidade de camadas. Na Figura 13 é possível

observar as propriedades termoacústicas da lã de vidro.

As paredes interiores à unidade devem ter desempenho acústico igual ou superior a

Rw = 38 dB, tomando-se como base ensaio realizado em parede de alvenaria de

blocos cerâmicos vazados com, no mínimo, 9,0 cm de espessura, argamassa de

assentamento horizontal e vertical e revestida de argamassa com 1,5 cm de espessura

Esquema para o transpasse de

placas de vedação.

Esquema para o recorte em

locais com aberturas.

Figura 12 – Esquema recomendado para a instalação das placas.

Page 37: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

36

de cada lado. Para paredes entre unidades distintas e entre unidades e áreas comuns

seleciona-se o desempenho mais adequado, tomando-se como base os seguintes

níveis: nível mínimo: Rw = 45 dB, ou conforme as normas brasileiras existentes

sobre o tema (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2003, p. 13).

Um painel de espessura de 95 mm, com perfis de aço, vedações simples de chapas de

gesso acartonado de 12,5 mm de espessura e sem uso de isolante acústico proporciona um

isolamento acústico de 38 dB, sendo que ao ser aumentado o espaço interno entre as chapas

são obtidos maiores valores de isolamento. Ao ser adicionado um painel de lã mineral de 50

mm de espessura no interior do painel, o isolamento acústico subiu para de 44 dB (LUCA,

2015).

Fonte: ISOVER, 2016, texto digital.

2.4.4.1 OSB

Conforme a ABDI (2015), devido a sua elevada resistência, as chapas de OSB são

intensamente utilizadas nas construções em LSF, tanto compondo as vedações dos painéis

verticais quanto compondo lajes e coberturas. As chapas de OSB podem ser utilizados interna

ou externamente, sendo que quando utilizadas no lado externo devem receber tratamento

superficial impermeabilizante. Devido à resistência, ainda podem ser utilizadas como

Figura 13 – Propriedades termoacústicas da lã de vidro

Page 38: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

37

elementos de rigidez dos painéis. Na Figura 14 é apresentada a vedação externa de uma

habitação em LSF executada com chapas de OSB.

Fonte: LP Brasil (2016, texto digital).

2.4.4.2 Gesso acartonado

Conforme a BRASILIT (2014, p. 71), “as placas de gesso acartonado são fabricadas

industrialmente e compostas de uma mistura de gesso, água e aditivos, revestidos em ambos

os lados com lâminas de cartão, que conferem ao gesso resistência à tração e flexão”, daí a

origem do nome. As placas de gesso são aplicadas em paredes, tetos e pisos e permitem a

obtenção de superfícies lisas. Desta forma obtêm-se uma base perfeita para a posterior

aplicação de revestimentos e pinturas. As placas são montadas fácil e rapidamente, o que

otimiza o trabalho do instalador. As placas são aparafusadas à estrutura metálica, formando a

superfície interior de paredes e tetos. (CONSULSTEEL, 2012, tradução nossa).

A concepção básica do sistema é de uma estrutura leve em perfis de chapas

zincadas, constituída por guias e montantes, sobre os quais são fixadas chapas de

gesso acartonadas, em uma ou mais camadas, gerando uma superfície apta a receber

o acabamento final (pintura, papel de parede, cerâmica, etc.). Tais sistemas não

Figura 14 – Vedação de painel estrutural com painéis de OSB

Page 39: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

38

devem ser aplicados em locais externos, sujeitos a intempéries. Sua aplicação em

ambientes sujeitos à umidade, como cozinhas e banheiros, exige cuidados especiais,

de forma a não expor a chapa de gesso à ação da umidade ou ação direta da água

(MITIDIERI, 1997, texto digital).

De acordo com o local de utilização, os painéis podem utilizar chapas de gesso

simples ou duplas, de variadas espessuras, com utilização de isolantes termo acústicos e de

resistência a fatores como a umidade e o fogo. Quanto a estes fatores, as chapas são

diferenciadas por cor, sendo a chapa normal ou “standard”, de cor levemente acinzentada, a

chapa hidrófuga, de cor verde, indicada para ambientes molháveis, e a chapa com maior

resistência ao fogo, na cor rosa (SILVA, 2004; CAMPOS, 2014). Conforme Crasto (2012), o

tratamento das juntas das placas de gesso é feito com a utilização de massas e fitas

específicas. Na Figura 15 é possível observar a coloração das chapas conforme sua categoria.

Fonte: Voitille (2012, texto digital).

2.4.4.3 Placas cimentícias

As placas cimentícias são fabricadas em cimento reforçado com fios sintéticos

(CRFS). As placas têm grande resistência a impactos, intempéries e à umidade, podendo ser

Figura 15 – Três tipos de placas de gesso acartonado

Page 40: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

39

utilizadas em ambientes internos e externos (CAMPOS, 2014). Segundo Medeiros (2014),

apesar da estanqueidade à água, as placas cimentícias são permeáveis ao vapor de água.

As juntas entre as placas podem ser aparentes, situação em que são utilizadas placas

com bordas planas e tratamento com materiais elastoméricos. Podem também ter juntas

invisíveis, caso em que se faz necessário o uso de placas com bordas rebaixadas e tratamento

feito com primer impermeabilizante, fita telada para juntas e massas para tratamento de juntas

(CRASTO, 2012; CAMPOS, 2014).

Segundo a Brasilit (2014), as placas cimentícias podem receber diversos tipos de

acabamentos, como texturas, pinturas acrílicas, cerâmicos e outros. Seu sistema de montagem

é muito semelhante ao das placas de gesso acartonado, apresentado rapidez para execução.

2.4.5 Lajes

Com base nos mesmos critérios que define os painéis, o principal conceito de uma laje

em LSF é dividir a estrutura em um grande número de montantes equidistantes, alinhados

com os montantes dos painéis onde a laje se apoia, de modo que cada um resista a uma parte

da carga (CONSULSTEEL, 2012, tradução nossa).

As lajes executadas neste sistema podem ser do tipo seca ou úmida. Para lajes do tipo

seca são utilizadas placas OSB, cimentícias ou ainda outros materiais fixadas sobre perfis de

aço. Para lajes úmidas são utilizadas chapas de aço onduladas fixadas sobre as vigas de aço e

posteriormente preenchidas com concreto (CRASTO, 2012).

2.4.5.1 Laje úmida

Neste método, são fixadas chapas metálicas sobre as vigas de aço galvanizado,

servindo como fôrmas para o concreto (sem função estrutural). Posteriormente é colocada

tela de reforço estrutural e por fim executada a concretagem. A camada de concreto tem

espessura entre 4 e 6 cm e tem função de superfície de contrapiso (BRASILIT, 2014). Na

Figura 16 é possível observar uma laje úmida sendo executada.

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40

Fonte: ABDI (2015, p. 141).

Sobre a fôrma metálica das lajes, pode ser colocado material isolante para melhorar o

conforto acústico. Geralmente é colocada placa de lã de vidro, protegida com filme de

polietileno na parte superior para não entrar em contato direto com o concreto úmido, que é

posto por último. O piso colocado pode ser do tipo cerâmico, em madeira, laminado ou outros

(CONSULSTEEL, 2012, tradução nossa).

2.4.5.2 Laje seca

Para a execução deste tipo de laje, as placas rígidas são fixadas sobre as vigas e

servem como contrapiso para a instalação do revestimento. Geralmente são utilizadas placas

de OSB devido à facilidade de instalação, baixo peso e boas propriedades estruturais

(CRASTO, 2012). Segundo BEVILAQUA (2005, p. 52) a superfície formada pelas placas

“serve de substrato para a instalação dos diversos pisos, como cerâmicas, pisos vinílicos,

tacos de madeira, entre outros”. As placas escolhidas, bem como sua espessura, estão

Figura 16 – Execução de laje úmida

Page 42: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

41

relacionadas com a deformação a que serão expostas e com o revestimento que será aplicado

(CONSULSTEEL, 2012, tradução nossa). Na Figura 17 é possível observar a execução de

uma laje seca, onde as chapas de OSB estão fixadas nos perfis de aço para posterior aplicação

do piso.

Fonte: ABDI (2015, p. 141).

Segundo a BRASILIT (2014), para reduzir os níveis de ruído podem ser empregados

materiais isolantes entre as placas de contrapiso e os perfis metálicos, além do uso de lã de

vidro entre as vigas metálicas. Em áreas úmidas, é recomendável a utilização de placas

cimentícias, por serem mais resistentes à umidade. Quando utilizadas, entretanto, necessitam

de uma estrutura de apoio inferior contínuo, como uma chapa de madeira, devido aos esforços

de flexão (LOTURCO, 2003). A utilização de lajes secas é mais vantajosa, segundo a Brasilit

(2014), pois além de ter peso menor possuem características do LSF, como a utilização de

componentes pré-fabricados e a não utilização de água ou materiais úmidos no canteiro de

obras.

Figura 17 – Execução de laje seca com painéis de OSB

Page 43: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

42

2.4.6 Cobertura

A cobertura tem a função principal de garantir a estanqueidade da residência quanto a

fatores externos como chuva, umidade e vento, além de funcionar como isolante térmico no

caso de telhados inclinados. A função estética também é levada em conta em muitos projetos,

com desenhos arrojados e presença de vários planos (CRASTO, 2012).

Da mesma forma que acontece nas construções convencionais, a versatilidade do

sistema LSF possibilita a realização dos mais variados projetos de cobertura. Para os

telhados inclinados, a estrutura em LSF segue o mesmo princípio estrutural dos

telhados convencionais em madeira. Portanto, o projeto de ambos apresenta grande

similaridade (BRASILIT, 2014, p. 46).

O LSF permite a execução de telhados planos ou inclinados. No caso de coberturas

inclinadas, a estrutura é parecida com a convencional, em madeira, e é executada com vigas

ou treliças de aço. Na Figura 18 é possível observar a estrutura de um telhado inclinado,

semelhante à estrutura de madeira de telhados convencionais. Já as coberturas planas são

montadas com uma laje de concreto, variando-se a espessura da camada de concreto a fim de

obter a espessura necessária. A laje é montada do mesmo modo que uma laje úmida, já

descrita neste trabalho (CONSULSTEEL, 2012, tradução nossa).

Como material de cobertura em telhados inclinados podem ser utilizados vários tipos

de telhas. Para alguns casos, como o de telhas metálicas, as mesmas podem ser instaladas

diretamente sobre a estrutura, como acontece nas coberturas convencionais. Quando são

utilizadas telhas do tipo cerâmicas ou do tipo shingle, é necessária a instalação de uma

estrutura de apoio para as mesmas, sendo geralmente utilizadas chapas de OSB. As chapas

são fixadas sobre a estrutura metálica e sobre elas é colocado material impermeabilizante.

Neste momento as telhas do tipo shingle podem ser fixadas. Já as telhas cerâmicas ainda

necessitam a instalação de perfis que permitam o encaixe das telhas, fixados sobre a chapa

impermeável (PIANHERI, 2010).

A cobertura pode ser calculada para suportar qualquer tipo de telha. Assim como os

demais painéis, deve ser contraventada e bloqueada para suportar as cargas de vento.

Havendo possibilidade, projeta-se a cobertura de forma que suas cargas sigam

diretamente até a fundação, através de montantes (ABDI, 2015, p. 142).

Page 44: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

43

Fonte: PIANHERI (2010, texto digital).

2.4.7 Instalações

As instalações hidráulicas, elétricas, de gás, de telefonia, entre outras, em habitações

em LSF são as mesmas utilizadas em sistemas construtivos convencionais, permitindo a

utilização dos mesmos materiais e métodos de projeto. Apesar da compatibilidade de uso dos

mesmos matérias, é possível encontrar no mercado materiais e acessórios próprios para o

LSF, como por exemplo caixas elétricas que são fixadas nas placas de gesso acartonado

(CRASTO, 2012).

Quando a parede alojar tubulações, as mesmas devem ser instaladas antes da

colocação das vedações. As tubulações passam por perfurações existentes na alma dos perfis

metálicos, sendo importante manter o alinhamento entre os furos para facilitar a passagem das

mesmas. Após a fixação das placas de vedação devem ser feitos os furos nas mesmas para a

fixação das conexões. Devem também ser previstos reforços para a instalação de certos

artefatos, como caixas de tomada ou interruptores, quando se utilizam recortes de perfis

Figura 18 – Estrutura de telhado inclinado

Page 45: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

44

presos aos montantes, gerando uma superfície de apoio (CONSULSTEEL, 2012, tradução

nossa).

Ainda segundo a Consulsteel (2012, tradução nossa), para evitar o desgaste das

tubulações em contato com os perfis metálicos devem ser colocados protetores de polietileno,

que além da proteção também servem como elementos de fixação, permitindo que tubos e

eletrodutos sejam fixados no interior dos painéis. Na Figura 19 podem ser observadas a

instalação de perfis metálicos de reforço, onde estão presas caixas de tomada e registros

hidráulicos. Na mesma imagem também é possível observar a presença dos furos nos perfis,

por onde passam as tubulações.

Uma das características das instalações neste sistema construtivo é que as

manutenções e a instalação de novos componentes dispensam a necessidade de abertura de

rasgos nas paredes, sendo necessária a remoção dos painéis de vedação e posterior fixação dos

mesmos e realização de acabamentos nas juntas (CRASTO, 2012). Na Figura 19 é possível

visualizar as instalações elétricas e hidráulicas embutidas em um painel de aço.

Fonte: PIANHERI (2009, texto digital).

Figura 19 – Instalações elétricas e hidráulicas no interior de um painel

Page 46: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

45

2.4.8 Revestimentos cerâmicos

Segundo Milito (2013), a aplicação de revestimento não deve ser feita diretamente

sobre a laje, devendo ser executada uma camada de concreto magro ou argamassa de cimento

e areia, de traço 1:4 ou 1:6, chamada de contrapiso, usado para a regularização da superfície.

Ainda conforme Milito (2013), devem ser tomados cuidados com a umidade na execução do

contrapiso, podendo ser adicionado aditivo impermeabilizante ou colocada lona preta sob o

mesmo, evitando problemas no revestimento assentado.

Quando a fundação adotada é do tipo radier, é difícil manter a superfície do mesmo

plana durante os períodos de concretagem e cura do concreto. Por isso, faz-se necessária a

execução de camada de contrapiso antes da aplicação do revestimento adotado. Para aumentar

a aderência do contrapiso, o acabamento da superfície do radier deve ser rugoso. Para o caso

de execução de LSF, o contrapiso é executado antes da montagem da estrutura metálica

(CAMPOS, 2014).

Para a aplicação do revestimento cerâmico, é necessário antes conhecer as

características das peças quanto à absorção de água, sendo classificados em quatro grupos

conforme grau de absorção (I < 3%, 3 ≤ IIa < 6%, 6% ≤ IIb < 10% e III ≥ 10%), sendo que

quanto menor a absorção melhores os pisos, e quanto à resistência à abrasão, que representa

resistência ao desgaste superficial, sendo as cerâmicas esmaltadas caracterizadas por unidade

PEI (Porcelain Enamel Institute, grupos 1 ao 5), com menores resistências no grupo 1 e

maiores no 5. Em residências de baixo tráfego normalmente são utilizados pisos PEI 3, com

grau de absorção IIb, recomendados para o revestimento de pisos e paredes (MILITO, 2013).

O mesmo autor ainda recomenda o assentamento das peças cerâmicas com juntas de 1

a 3 mm para compensar as diferenças dimensionais normalmente existentes entre as peças,

para aumentar a penetração da cola utilizada para a fixação das peças e para que sejam criadas

descontinuidades entre as peças, evitando o acúmulo de tensões.

2.4.9 Esquadrias

Segundo Corrêa (2010), as esquadrias podem ser definidas como elementos utilizados

na execução de fechamento de vãos em paredes. Ainda conforme o autor, as esquadrias

Page 47: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

46

podem ser fixas ou móveis, sendo que a esquadria fixa permite apenas a iluminação do

ambiente e a esquadria móvel, além da iluminação, ainda permite a ventilação e a

comunicação entre ambientes.

A definição do material utilizado na escolha das esquadrias leva em conta

principalmente fatores como a durabilidade, o preço e a manutenção que a mesma vai exigir.

Além disso, leva em conta a disponibilidade de materiais no mercado, sendo utilizados

principalmente a madeira, por seu aspecto nobre, e o alumínio, por ter durabilidade elevada e

menor manutenção. Devem ser adotadas medidas que evitem a infiltração de águas pluviais,

como por exemplo a utilização de peitoril inclinado para o lado externo da edificação e a

vedação de frestas entre esquadrias e paredes com a utilização de massas flexíveis ou silicone

(BASTOS, 2011).

Crasto (2012) afirma que ainda na fase de projeto da obra é importante fazer o

detalhamento da interface esquadria/painel de aço. Devem ser descritos o material utilizado

nas esquadrias, os materiais utilizados na fixação das mesmas junto à estrutura de aço e os

materiais e métodos utilizados para garantir a estanqueidade, sendo que em caso de utilização

de esquadrias metálicas deve ser utilizado material que evite o contato entre os metais.

2.4.10 Revestimento de tetos

Conforme Azevedo (1987), o teto define o pé direito de um ambiente, enquanto seu

revestimento é chamado de forro. Todos os forros, exceto aplicados em concreto armado,

necessitam de uma estrutura de suporte independente daquela do telhado, para que não

apresentem patologias devido às movimentações do telhado. Como materiais usados, podem

ser citados o gesso, PVC (Policloreto de Polivinila), madeira e argamassa.

Os forros em gesso são executados com chapas de gesso fixadas em perfis metálicos.

Os materiais utilizados e o método empregado para a montagem variam conforme a

quantidade de chapas, as dimensões do vão e a utilização de isolantes termoacústicos. Para o

caso de forros suspensos, são utilizados tirantes para prender os perfis metálicos junto à

estrutura da cobertura. As juntas entre as placas, quando aparentes, devem receber tratamento.

O perímetro do forro pode receber tratamento, como cantoneiras metálicas, ou execução de

tabicas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS PARA

DRYWALL, 2006).

Page 48: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

47

O forro de PVC é composto por placas que encaixam-se uma na outra pelo sistema

macho-fêmea. As placas apresentam baixo peso e podem ser fixadas com pregos, parafusos

ou grampos na estrutura de sustentação. Esta é composta por sarrafos de madeira, fixados na

estrutura da cobertura. O acabamento nas laterais da superfície revestida pode ser feita com

materiais diversos, como madeira ou alumínio, além do PVC (AZEVEDO, 1987).

2.4.11 Sistema de tratamento de esgoto

Segundo a NBR 7229 (ABNT, 1993), o uso de tanques sépticos é aplicado ao

tratamento de esgoto doméstico e indicado para áreas sem rede pública de coletores. A NBR

7229 (ABNT, 1993, p. 2) define o tanque séptico como uma “unidade cilíndrica ou prismática

retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação,

flotação e digestão”, o filtro como “unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante

afogamento do meio biológico filtrante” e o sumidouro como “poço seco escavado no chão e

não impermeabilizado, que orienta a infiltração de água residuária no solo”.

Tanques sépticos são utilizados com as funções de retenção de sólidos presentes no

esgoto, favorecer a decomposição dos sólidos retidos e decantados e armazenar os sólidos

decantados, com volume reduzido devido aos processos anaeróbios, até a execução de

limpeza do sistema. Para melhorar seu funcionamento, é recomendada a instalação de caixas

de gordura para retenção de sólidos e óleos vindos com o esgoto oriundo da cozinha

(ANDREOLI, 2009).

Como tratamento complementar, a NBR 13969 (ABNT, 1997) sugere algumas

alternativas, como o filtro anaeróbio submerso e valas de filtração. Para disposição final, uma

das alternativas citadas pela norma é o sumidouro. Segundo Andreoli (2009), o sumidouro

recebe efluentes oriundos do tanque séptico ou unidade de tratamento complementar para

promover a infiltração no solo.

Conforme a NBR 7229 (ABNT, 1993), o dimensionamento do tanque séptico leva em

conta o número de contribuintes, a contribuição unitária diária de despejos, o período de

detenção, a taxa de acumulação de lodo digerido e a contribuição de lodo fresco, suas

dimensões limites e a distância de afastamento mínima de 1,50 m de construções, limites de

Page 49: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

48

terreno e sumidouros. A NBR 13969 (ABNT, 1997), fornece as diretrizes para o

dimensionamento dos sistemas complementares e para unidades de disposição final.

2.5 Orçamentos

Para Mattos (2006), uma obra é uma atividade econômica e por isso o aspecto custo

merece grande importância. O levantamento dos custos começa antes do início da obra, na

fase de orçamentação, quando são determinados seus prováveis custos, sendo que a primeira

ação de quem realiza um projeto é estimar qual será seu custo. Geralmente, a soma dos custos

diretos e indiretos é que determina um orçamento.

Por ser a base da fixação do preço do projeto, a orçamentação toma-se uma das

principais áreas no negócio da construção. Um dos requisitos básicos para um bom

orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. A interpretação aprofundada

dos desenhos, planos e especificações da obra lhe permite estabelecer a melhor

maneira de atacar a obra e realizar cada tarefa, assim como identificar a dificuldade

de cada serviço e consequentemente seus custos de execução. Ainda assim, alguns

parâmetros não podem ser determinados com exatidão, como é o caso de chuvas,

condições do solo, disponibilidade de materiais, flutuações na produtividade dos

operários e paralisações (MATTOS, 2006, p. 24).

Para Avila (2003), os custos diretos são custos voltados diretamente ao produto, como

os custos de mão-de-obra, materiais e equipamentos. Já os custos indiretos são aqueles que se

faz necessário fazer algum rateio para obtenção, podendo ter duas origens: os custos ligados à

administração do canteiro de obras e as despesas decorrentes da administração da empresa,

como custos com almoxarifado ou com manutenção de equipamentos.

Grande parte dos orçamentos apresenta como parâmetro de orçamento o serviço.

Assim, segundo Avila (2003, p. 18) “o custo de cada serviço em que foi subdividido um

projeto é composto segundo a quantificação e os custos da mão de obra, dos insumos, dos

equipamentos e dos encargos sociais necessários à sua execução.” Para este autor, a

composição do custo unitário (de cada serviço, ou cada etapa) envolve o preço da mão de

obra, dos equipamentos, dos materiais, taxas de encargos sociais e ainda os custos indiretos.

Mattos (2006) classifica os orçamentos em três tipos, conforme seu grau de

detalhamento:

i) Estimativa de custos – estimativa feita com base em custos históricos e através da

análise de projetos parecidos. Para obras de edificações é muito utilizado o indicador de custo

Page 50: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

49

do metro quadrado construído, sendo o CUB (Custo Unitário Básico) a fonte mais utilizada.

Na Figura 20 é possível visualizar os valores do CUB de abril de 2017 fornecidos pelo

SINDUSCON-RS;

ii) Orçamento preliminar – um nível mais avançado que o anterior, um pouco mais

detalhado. É realizado o levantamento de algumas quantidades, como de concreto e aço, e

requer a pesquisa de valores dos principais materiais;

iii) Orçamento analítico – é a maneira mais precisa e com maior detalhamento para

obtenção do valor de uma obra, chegando a um valor próximo do custo real. É feita uma

composição de custo unitário para cada serviço realizado, sendo computadas quantidades de

material, mão de obra e equipamentos necessárias (custos diretos), além dos custos indiretos.

Para efetuar a compra dos materiais utilizados na obra, o profissional ou empresa

responsável pela execução realiza geralmente a cotação de preços junto a fornecedores. Para

Megliorini (2001), o cliente que deseja adquirir um produto efetua consultas, geralmente em

mais de uma empresa fornecedora, a fim de encontrar melhores preços, condições de

pagamento, condições de entrega, entre outros.

Fonte: SINDUSCON-RS (2017, texto digital).

Figura 20 - Valores do CUB/RS, em R$, no mês de abril de 2017

Page 51: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

50

2.6 Planejamento

O planejamento na construção civil é fundamental para a gestão e execução dos

projetos. Através do planejamento são abordados os processos construtivos escolhidos, a

definição das atividades a serem executadas, a estimativa de tempo e recursos necessários e a

ordem executiva dos processos (FERREIRA, 2011).

A execução de uma obra deve ser planejada, sendo primeiramente identificadas as

etapas e em seguida subdivididas e detalhadas para que possam ser organizadas as frentes de

trabalho, sendo descritas as quantidades e durações, os recursos necessários e a

responsabilidade pela execução. Os métodos de maior uso por empresas do ramo da

construção civil são os que baseiam-se pelas atividades, que organizam as tarefas por ordem

de execução, como o gráfico de Gantt e a rede PERT / CPM (Project Evaluation and Review

Technique / Critical Path Method). Há também os métodos baseados na localidade, como a

Linha de Balanço (WIEZBICKI, 2014).

Conforme Bernardes (2001), o planejamento de uma obra deve iniciar pelo

planejamento de longo prazo, que tem como objetivo o estabelecimento dos períodos de

realização das atividades da obra. Ainda segundo o autor, o planejamento de longo prazo deve

apresentar um grau de detalhamento baixo por causa das incertezas existentes no ambiente de

trabalho. Para Junqueira (2006), através do planejamento de longo prazo são estabelecidas as

sequências das atividade da obra, sendo eliminadas interferências que podem surgir entre

equipes de mão de obra.

O gráfico de Gantt consiste em organizar as atividades a serem realizadas, indicando-

as por nome, tempo de execução com o início e o fim e a representação gráfica com escala de

tempo. Sua compreensão é fácil para projetos pequenos. É representado em um gráfico de

duas dimensões, atividade x tempo. Atividades que se sucedem podem ser ligadas por setas,

sendo que atividade sucessora não pode iniciar até que sua antecessora tenha sido concluída

(FERREIRA, 2011).

Ainda conforme Ferreira (2011), a rede PERT / CPM é construída com base em um

diagrama de precedência, que mostra o andamento do projeto com base nas relações e tempo

de execução das atividades. Tal processo define o caminho crítico, que mostra o caminho de

maior duração desde o início ao fim do projeto, somando o tempo de execução de tarefas

Page 52: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

51

antecessoras e sucessoras. O tempo de obra será alterado se a duração de atividades críticas

for alterada, sendo que atividades decisivas podem ser adiantadas para o término do projeto

antes do prazo.

Segundo Ichiara (1997), a melhor técnica para a programação de obras com grande

repetição de atividades é o método da Linha de Balanço. O método foi criado pela Goodyear

na década de 40, sendo hoje um dos métodos mais conhecidos para o planejamento de

projetos lineares. Conforme Junqueira (2006), o uso desta técnica teve maior difusão no

continente europeu, em obras com atividades bastante repetitivas, como estradas e pontes. Seu

uso em obras como conjuntos habitacionais e edifícios de múltiplos pavimentos têm sido

difundido em outros países, como Estados Unidos.

O método da Linha de Balanço relaciona os processos executados em relação ao

tempo. O objetivo do método é maximizar o uso dos recursos, fazendo-se necessário o

conhecimento do rendimento dos trabalhos realizados e posterior programação dos prazos das

atividades executadas durante cada etapa do projeto (WIEZBICKI, 2014). Para Heineck e

Mendes Junior (1997), a linha de balanço é construída sem maiores dificuldades de modo

manual ou também com o uso de planilhas eletrônicas. Na Figura 21 é possível observar o

conceito de Linha de Balanço.

O conceito de Linha de Balanço é resumido na repetição de tarefas, por exemplo, a

execução de paredes de alvenaria em cada unidade de um conjunto habitacional, sendo que o

rendimento da execução de cada tarefa vai depender da quantidade de profissionais ou

equipes que a executam (JUNQUEIRA, 2006).

Consiste no traçado de retas em um sistema de eixos cartesianos, sendo o eixo

vertical representado pela unidade de construção de repetição e o eixo horizontal o

tempo, no qual, em um instante de tempo haverá uma certa quantidade de unidades

produzidas. Cada reta indica processos construtivos distintos, sendo que a inclinação

de cada reta representa o ritmo de execução do respectivo processo (WIEZBICKI,

2014, p. 34).

As atividades devem ser balanceadas, sendo adotada uma sequência para a execução e

evitando interferências (cruzamento de linhas). O balanceamento pode ser obtido através da

eliminação de conflito entre equipes de trabalho, seja alterando a sequência de execução das

atividades ou o número de funcionários que executam determinada atividade ou pela

eliminação de tarefas que diminuem o ritmo de outras (gargalos). Pode também ser retardado

o começo de determinada atividade, mantendo seu ritmo, o que acaba aumentando o tempo

Page 53: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

52

total de obra, ou alterar o ritmo de atividades mais lentas, diminuindo tempos de abertura

posteriores a ela, ou ainda interromper atividades de ritmo acelerado, dando espaço a outras

atividades (JUNQUEIRA, 2006).

Fonte: JUNQUEIRA (2006, p. 30).

Figura 21 - Linha de balanço conceitual.

Page 54: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

53

3 METODOLOGIA

Este trabalho é um estudo sobre um sistema construtivo ainda não utilizado na

construção de habitações na região onde foi proposta a pesquisa (Vale do Taquari), sendo

encontrados casos de sua utilização na região metropolitana do Rio Grande do Sul e também

na região de Caxias do Sul.

A tipologia adotada para a habitação é apresentada no Anexo A, onde visualiza-se a

planta baixa, Anexo B, onde visualiza-se um corte e a fachada frontal e Anexo C, onde

visualiza-se a projeção da cobertura. Trata-se de uma residência geminada de um pavimento,

já edificada em um loteamento residencial de 250 unidades, 125 casas geminadas, no

município de Estrela - RS. A residência foi construída em alvenaria de blocos cerâmicos,

assentados sobre fundação do tipo radier. A área total construída de cada habitação é de 45,88

m², sendo o total de 91,76 m² para a edificação, construída em um lote de 272 m². A tipologia

escolhida foi adaptada para o sistema construtivo LSF, sendo realizadas as alterações

necessárias.

A adaptação da residência em LSF à residência tipo contemplou pequenas mudanças

nas dimensões e posicionamento das paredes, conforme pode ser observado no APÊNDICE

G, sendo adotadas medidas múltiplas de 600 mm ou acrescidas de frações deste devido a esta

ser a modulação escolhida para o afastamento dos perfis estruturais, além de ser obtido um

melhor aproveitamento das placas de vedação escolhidas, já que estas possuem dimensões de

1200 x 2400 mm, que são múltiplos de 600 mm. A residência em LSF ficou com largura de

10 cm a mais que o modelo em alvenaria, passando para uma área de 93,00 m². Internamente,

observou-se um pequeno aumento das áreas dos dormitórios e da sala de estar, e uma pequena

diminuição da área do banheiro.

Page 55: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

54

Baseando-se na residência tipo adotada, foram analisados os subsistemas que

compõem a mesma, sendo apontados quais permanecem iguais e quais sofrerão alterações

considerando a execução tanto pelo método LSF quanto pelo método convencional, conforme

descrito nos itens 3.1 e 3.2 deste trabalho. Foi executado o dimensionamento da estrutura

metálica, descrito no item 3.3 deste trabalho, para buscar um perfil de aço mais leve do que o

apresentado em tabelas de pré-dimensionamento.

Após a definição e análise da tipologia foi feito o levantamento dos quantitativos de

materiais e mão de obra necessários para a execução da residência tipo em cada um dos dois

métodos. Para tal, tanto a habitação convencional quanto a habitação de LSF foram divididas

em subsistemas, como por exemplo fundação, cobertura e revestimento de paredes, sendo em

seguida listados todos os itens necessários para a execução de cada um. Por fim, cada item foi

quantificado, como por exemplo a quantidade de concreto utilizada na fundação ou ainda a

quantidade de telhas necessárias para execução da cobertura, sendo obtidas as quantidades

totais de materiais e mão de obra. Os dados obtidos foram inseridos em duas planilhas

eletrônicas, uma para cada sistema construtivo, facilitando a organização e utilização dos

mesmos.

Após o levantamento dos quantitativos utilizados foram obtidos os custos unitários de

cada item. Como o objetivo deste trabalho é a comparação dos custos, fez-se necessário um

orçamento minucioso de ambos os métodos construtivos. Por isso, o tipo de orçamento

escolhido foi o analítico, que é, segundo Mattos (2006), o tipo de orçamento mais preciso e

com maior detalhamento para obtenção do valor de uma obra, chegando a um valor próximo

do custo real, sendo feita uma composição de custo unitário para cada serviço realizado,

sendo computadas quantidades de material e mão de obra necessários.

Para a obtenção dos rendimentos de materiais e mão de obra foram utilizados os

“Cadernos Técnicos de Composições” do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e

Índices da Construção Civil), disponibilizados pela Caixa Econômica Federal. Itens não

disponibilizados pelo SINAPI, foram consultados junto ao TCPO (Tabelas de Composições

de Preços para Orçamentos), da Editora PINI. Foram levantados dados referentes ao consumo

unitário de materiais e mão de obra, sendo que para esta foi contabilizado o tempo em horas

para a realização de cada atividade. Para o levantamento dos custos de materiais foram

utilizadas as tabelas de “Preços de Insumos – não desonerados”, também disponibilizadas

pelo SINAPI.

Page 56: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

55

A composição de valores pagos para a mão de obra responsável pela execução das

atividades da obra também foi baseada nos valores indicados nas tabelas de “Preços de

Insumos – não desonerados”, disponibilizadas pelo SINAPI, tomando por base o valor pago

para horistas, já que as composições de mão de obra devem fornecer o tempo em horas

previsto para a execução de cada atividade. O SINAPI foi escolhido por fornecer dados de

produtividade, quantidade e preços de materiais e mão de obra, por ser de fácil acesso e por

fornecer planilhas atualizadas. Como é comum na região que empreiteiros contratados para a

realização de atividades em obra utilizem seus próprios equipamentos e ferramentas, o custo

de equipamentos não foi contabilizado neste trabalho.

Foi considerada uma equipe de trabalho composta por quatro profissionais e dois

serventes trabalhando simultaneamente na execução de cada uma das residências, realizando

todas as etapas construtivas. Serviços de escavação, carga, transporte e descarga de solo

foram considerados como executados por empresa contratada para tal. Em uma pesquisa de

mercado realizada junto a algumas construtoras e profissionais liberais, foi constatada a

disponibilidade de profissionais para realização das atividades em ambos os sistemas

construtivos na região. É importante citar o fato de que profissionais montadores de estruturas

metálicas residentes na cidade de Lajeado e proximidades acabam buscando trabalho em

cidades distantes devido a obras no sistema LSF não serem executadas na região.

Para a contabilização do prazo de execução de um loteamento habitacional foram

montadas linhas de balanço, indicadas para o planejamento de obras de grande repetição. As

linhas de balanço devem considerar a sequência executiva das atividades, evitando a

interrupção e a sobreposição das mesmas, além de considerar um número constante de

funcionários para a execução de cada atividade.

3.1 Subsistemas que não sofrem alteração

Para a etapa de serviços preliminares foi considerada a desmatação e limpeza

mecânica de matérias orgânicas, vegetação rasteira e arbustiva do terreno e o corte,

nivelamento de camada superficial de solo e transporte do material excedente para locais a até

2 quilômetros de distância, ambas atividades realizadas por empresa contratada para tal,

responsável pela mão de obra e equipamentos necessários. Em seguida, a locação da obra com

uso de guias e caibros de madeira executada pela equipe contratada.

Page 57: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

56

A fundação adotada foi a mesma para ambos: uma laje radier com área de 112,56 m²,

de espessura de 10 centímetros de concreto armado. O radier, fundação executada na

residência tipo em alvenaria, foi mantido para a residência em LSF com as mesmas dimensões

e materiais utilizados, como o concreto e o aço. Na obra já executada, foi armada com tela

soldada de 4,2 mm, espaçada em 10 cm, sem execução de reforço sobre paredes e com

espessura de concreto de 10 cm, sendo este feito em usina, com fck = 20 MPa. Para a calçada,

foi considerada a execução de rebaixo de 20 cm nas bordas externas do radier. Para evitar a

ascensão de umidade, tanto nas paredes quanto aos revestimentos cerâmicos, foi considerada

a utilização de aditivo impermeabilizante no concreto utilizado para fundações.

Foi considerado o desempenamento manual da superfície do radier, como forma de

obter uma superfície final de maior planicidade e acabamento, diminuindo gastos na execução

do contrapiso. Foi considerada estrutura construída em solo de boa qualidade. Nesta etapa

também são realizadas parte das instalações sanitárias e a colocação de mangueiras

corrugadas para posterior passagem de cabos de dados, telefonia e entrada de energia, ambos

embutidos no piso. A tubulação embutida na laje radier para instalação de parte dos sistemas

elétrico e hidrossanitário também foi a mesma, pois foram mantidas as posições dos

componentes de ambos os sistemas.

Os sistemas elétrico e hidrossanitário também foram os mesmos em ambas as

edificações, sofrendo algumas mudanças pontuais, como por exemplo, a fixação de

tubulações, eletrodutos e outros componentes que na construção em alvenaria são embutidos

nos blocos e fixados com argamassa e na construção em LSF são embutidos nos painéis e

fixados com acessórios específicos, como isoladores. Os projetos elétrico, sanitário e

hidráulico podem ser visualizados nos ANEXOS D, E e F, respectivamente.

A instalação elétrica em ambas as casas é composta por eletrodutos de PVC flexíveis

corrugados, disjuntores termomagnéticos monofásicos, fios de cobre isolados, interruptores,

tomadas tripolares, plafoniers e caixas de embutir em PVC, caixa de policarbonato para

medidor, poste de concreto de 5m e acessórios para aterramento.

Para as instalações hidráulicas de água fria foi considerado o uso de tubos e conexões

em PVC, reservatório de água em fibra de vidro com capacidade para 500 litros apoiado sobre

pranchas de madeira, estas por sua vez apoiadas sobre as paredes, registros metálicos com

acabamento cromado. Para instalações de água quente foi considerado o uso de tubulação e

Page 58: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

57

acessórios em PPR (Polipropileno Copolímero Random – tipo 3) e misturador para chuveiro

com acabamento cromado.

Apesar do uso de materiais parecidos, existem algumas diferenças nas instalações de

ambas as casas. Na residência de alvenaria, os eletrodutos são embutidos nos vazios dos

blocos e as caixas de embutir para instalação de interruptores e tomadas são fixadas com o

uso de argamassa. Já nas residências em LSF, as caixas de embutir são fixadas no

revestimento ou em perfis de aço com uso de parafusos autobrocantes. Já os eletrodutos são

passados no interior da estrutura metálica, em furos já existentes nos montantes e guias, onde

são colocados isoladores para evitar o contato entre os eletrodutos e os perfis e prover sua

fixação. Nos pontos de abastecimento, a tubulação hidráulica é fixadas nos montantes com

uso de abraçadeiras metálicas. Próximo às caixas de PVC e sobre o revestimento do teto, os

eletrodutos são fixados nos perfis metálicos com o uso de abraçadeiras de nylon. Não foi

considerado o uso de tubulações e acessórios PEX (Polietileno Reticulado) devido ao maior

custo dos mesmos em relação ao PVC.

O revestimento dos pisos e azulejos de ambas as residências foi considerado o mesmo.

Primeiramente, foi considerada a execução de contrapiso em argamassa de cimento e areia, de

traço 1:6 e espessura média de 2cm. Em seguida, o revestimento com cerâmica esmaltada de

dimensões 45 x 45cm, PEI 3, assentada com argamassa pré-fabricada, tipo cimento cola AC-

II com junta de 4mm rejuntada.

Para ambas as casas foi considerada a instalação das mesmas esquadrias e portas em

cada casa, sendo considerado o uso de portas de madeira completas, com acabamento, de

folhas médias (externas) e leves (interna) e esquadrias de alumínio completas, do tipo

maximar para o banheiro, e de duas folhas de correr para o restante dos ambientes, sendo

alteradas as fixações utilizadas em cada sistema construtivo, além de considerar a colocação

de manta asfáltica entre esquadrias de alumínio e perfis de aço na casa em LSF. Enquanto na

casa de alvenaria a fixação é feita com a utilização de parafusos e buchas, na casa em LSF são

utilizados parafusos autobrocantes.

Para a instalação de louças foi considerada a utilização dos mesmos equipamentos e

acessórios para ambos os sistemas construtivos escolhidos, alterando apenas os materiais

utilizados na fixação das peças. Enquanto nas casas em alvenaria foi considerada a utilização

de parafusos e buchas, na casa em LSF foi considerada a utilização de parafusos de rosca

Page 59: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

58

soberba. Foram considerados o uso de vaso sanitário de louça, com caixa acoplada, assento

sanitário e acessórios de fixação, lavatório em louça, completo, sem coluna e com acessórios

de fixação para banheiro, pia e tanque em mármore sintético, torneiras em PVC, acessórios

para banheiro em metal cromado, chuveiro e haste e cavalete para entrada de água.

A instalação do sistema de aquecimento solar para água é o mesmo em ambos os

sistemas construtivos. A água quente é canalizada apenas para o chuveiro da casa. Foi

considerado o uso de reservatório térmico de 200 litros, incluso material de fixação, caixa

redutora de pressão para entrada de água fria e uma placa coletora de dimensões 1,00 x

2,00m.

O sistema para tratamento individual de esgoto será adicionado em ambos os sistemas

construtivos, pois no projeto original foi prevista a instalação de uma estação de tratamento de

efluentes para o loteamento, e todo o esgoto das casas seria coletado e transportado até ali.

Para o tratamento, será considerada a construção de duas fossas, dois filtros e dois sumidouros

em alvenaria de tijolos maciços para cada casa geminada, sendo um conjunto para cada

unidade habitacional.

A execução das instalações considerou o uso de tubulações e acessórios de PVC para

esgoto, a escavação mecânica de solo das valas abertas para fossa, filtro e sumidouro,

incluindo carga, transporte e descarga a uma distância de até 2 quilômetros e a execução das

fossas, filtros e sumidouros para 6 pessoas (já considerando uma possível ampliação da

residência) em alvenaria de tijolos maciços, assentados e revestidos com argamassa única de

cimento, cal e areia de traço 1:1:6, cobertos com laje pré-moldada (vigotas e tavelas)

reforçada com tela de aço e capa de concreto de 10 cm.

Para a execução do paisagismo foi considerada a execução de calçada em concreto do

arruamento até o acesso à residência, o enleivamento dos fundos do terreno, a colocação de

brita 1 na frente e laterais da residência, execução de drenagem pluvial em uma das laterais do

terreno com colocação de meia canas de concreto assentadas com argamassa de cimento, cal e

areia em traço 1:1:6, execução de uma caixa de inspeção com tubo de concreto, com grelha e

a limpeza da casa pronta.

Page 60: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

59

3.2 Subsistemas que sofrem alteração

Como itens que sofreram alteração, é citado primeiramente o fechamento vertical,

sendo que nesta etapa construtiva aparecem as primeiras diferenças entre os dois sistemas.

Para a habitação em alvenaria estrutural foi considerada a utilização de blocos cerâmicos

estruturais e canaleta “U”, de largura 11,5 cm, altura 19 cm e comprimentos variados,

conforme modulação exigida pelo projeto. Foram também consideradas a execução de vergas,

contra vergas e cinta de amarração das paredes, ambas armadas com fios de aço CA-60 de

diâmetro de 5 mm. Para o assentamento dos blocos foi considerado o uso de argamassa de

cimento, cal e areia média em traço 1:1:6. Para o grauteamento das cintas, vergas e

contravergas foi considerado graute de cimento, areia média e pedrisco em traço 1:1,6:1,9.

A edificação em LSF teve fechamento composto por painéis montados com perfis de

aço galvanizado e chapas de gesso acartonado (paredes internas secas) e placas cimentícias

impermeabilizadas (paredes externas e áreas molhadas internas), além de isolação

termoacústica de placas de lã de vidro. Para a residência em LSF, todos os painéis foram

considerados como estruturais, sendo utilizados perfis Ue 100 x 45 x 12 x 0,8 mm, com aço

de resistência ao escoamento de 230 Mpa e revestimento zincado de 275 g/m². Para a fixação

dos perfis foi considerado o uso de parafusos autobrocantes de 4,2x16 mm.

Foi considerado ainda o uso de chumbadores de aço do tipo parabolt para a fixação

dos painéis na fundação e a colocação de manta asfáltica entre os painéis e a fundação, a fim

de evitar pontes térmicas e acústicas e o contato com a umidade. Também foi considerada a

colocação de tábuas de 2,5 x 20 cm em pontos específicos entre montantes da cozinha e

banheiro, a fins de fornecer reforço para a fixação de móveis e de pias. Foi adotada a

construção do tipo painelizada, na qual os perfis vêm de fábrica com os tamanhos exatos,

sendo executada a montagem dos painéis em obra. Um corte dos painéis externos pode ser

visualizado no APÊNDICE E, enquanto um corte dos painéis internos pode ser visualizado no

APÊNDICE F.

A execução da cobertura apresenta diferença entre os dois métodos tanto na estrutura

de suporte quanto no telhamento. Para a execução da estrutura da casa em alvenaria foram

utilizados caibros de madeira pregados, formando tesouras e ripamento para as telhas. No

telhamento, foi considerado o uso de telhas cerâmicas do tipo portuguesas, encaixadas, sendo

fixadas nas bordas do telhado com pregos telheiros, além do uso de cumeeiras cerâmicas

Page 61: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

60

fixadas com argamassa. Também foi considerado o uso de rufos em chapa de aço galvanizado

onde ocorre a divisão entre as unidades habitacionais.

Para a execução da estrutura da cobertura da casa em LSF foi considerado o uso de

perfis Ue (os mesmos utilizados na confecção dos painéis estruturais da casa) em substituição

aos caibros e terças em comparação com a estrutura feita em madeira, além de perfis do tipo

cartola (que substituem as ripas), montados com parafusos autobrocantes e fixados na

estrutura da casa com auxílio de cantoneiras (perfis “L”). Para o telhamento, os materiais

utilizados são os mesmos que da habitação em alvenaria, com exceção dos pregos telheiros e

parafusos e buchas, agora substituídos por parafusos autobrocantes.

O isolamento termoacústico foi considerado apenas para a casa em LSF, já que é parte

integrante do sistema para melhorar o conforto termoacústico dos ambientes. Foi considerado

o uso de placas de lã de vidro para o isolamento por cumprirem as necessidades de conforto a

um menor custo benefício, sendo aplicadas duas camadas de 25 mm de espessura cada,

prática que permitiu um menor custo quando comparadas a uma única camada de 50 mm. As

placas são flexíveis e de largura de 600mm, sendo encaixadas entre os montantes sem

necessidade de utilização de acessórios para fixação. Em residências de alvenaria, a instalação

de lã de vidro necessita de aplicação de revestimento em placas sobre a mesma, como placas

de gesso ou cimentícias, o que elevaria o custo da habitação, não sendo considerado o uso.

A execução de revestimento de paredes difere muito entre os dois sistemas. Para a

execução do revestimento das paredes da habitação em alvenaria foi primeiramente executado

chapisco de cimento e areia em traço 1:3, seguido de emboço de massa única de cimento, cal

e areia fina em traço 1:1:6, com posterior aplicação de pintura, composta por uma demão de

selador para pintura acrílica e duas demãos de tinta látex acrílica. Para áreas molhadas foi

adotado o revestimento com cerâmica esmaltada assentada com argamassa pré-fabricada, tipo

cimento cola AC-II com junta de 4mm rejuntada.

Na habitação em LSF, o processo de revestimento de paredes externas foi executado

com placas cimentícias impermeáveis de espessura de 8mm, com rebaixo nas bordas, fixadas

com parafusos autoatarraxantes, com tratamento de juntas, seguidas de aplicação de massa

corrida acrílica e aplicação de duas demãos de pintura de tinta látex acrílica. Já as paredes

internas receberam placas de gesso acartonado tipo standard de espessura de 12,5mm, fixadas

com parafusos autobrocantes, com tratamento de juntas, seguidas de aplicação de massa

Page 62: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

61

corrida à base de PVA e posterior aplicação de duas demãos de pintura de tinta látex acrílica.

Já em áreas molhadas foi considerado o uso de placas cimentícias impermeáveis de espessura

de 8mm, fixadas com parafusos autobrocantes, com tratamento de juntas, aplicação de

chapisco de cimento e areia em traço 1:3 e o revestimento com cerâmica esmaltada de

dimensões 45 x 45cm, PEI 3, assentada com argamassa pré-fabricada, tipo cimento cola AC-

II com junta de 4mm rejuntada.

Para o revestimento de tetos, foram utilizados materiais diferentes. Para áreas internas

e externas da casa em alvenaria, foi considerada a execução de cama de forro em madeira

fixada junto à estrutura de suporte da cobertura e posterior colocação de forro e rodaforro de

PVC, fixados com grampos nº 80. Para áreas internas e externas da casa em LSF, foi

considerada a execução de forro com chapas de gesso acartonado tipo “standard” de

espessura de 12,5mm e rodaforro em gesso, tratamento das juntas com massa em pó

específica para tal e aplicação de duas demãos de pintura de tinta látex acrílica.

3.3 Dimensionamento da estrutura de aço

Para a execução do dimensionamento da estrutura, foram primeiramente obtidas as

forças devidas às ações estáticas e dinâmicas do vento, conforme sugere a NBR 6123 (ABNT,

1988).

i) Velocidade básica do vento (V0) – 45 m/s

ii) Fator S1, variações do relevo do terreno – 1,00

iii) Fator S2, rugosidade do terreno, dimensões e altura da edificação – 0,79

- Terreno categoria IV: cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em

zona florestal, industrial ou urbanizada;

- Dimensões da edificação: Classe A - toda edificação na qual a maior dimensão

horizontal ou vertical não exceda 20 m;

- Altura sobre o terreno: S2 = b * Fr * (z/10)p, onde:

b = 0,86, para terrenos de Categoria IV e edificações Classe A;

Fr (fator de rajada) = 1,00, para edificações Classe A;

z = altura ≤5 m, para terrenos Categoria IV;

p = 0,12, para terrenos de Categoria IV e edificações Classe A;

iv) Fator S3, estatístico, para hotéis e residências – 1,00

Page 63: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

62

v) Velocidade característica do vento (Vk) – 35,61 m/s

Vk = V0 * S1 * S2 * S3

vi) Pressão dinâmica do vento (q) – 0,777 kN/m²

q = 0,613 * Vk2

De posse deste valores, foram calculadas as pressões que o vento exerce em cada uma

das faces, tanto das paredes quanto da cobertura. A pressão muda conforme a incidência do

vento, por isso, as superfícies foram divididas e cada uma das partes recebe um coeficiente

distinto, os coeficientes de pressão externa (cpe). Como as superfícies possuem esquadrias,

não são totalmente impermeáveis ao vento, por isso foram considerados também os

coeficientes de pressão interna (cpi) que fossem mais desfavoráveis à segurança, sendo que o

valor de cpi considerado foi de 0 ou -0,3, pois as quatro faces da residência são permeáveis,

conforme determinado pela NBR 6123 (ABNT, 1988).

Segundo a norma EN 1991-1-4 COMITE EUROPEU DE NORMALIZAÇÃO, 2010),

pressões internas e externas devem ser consideradas como atuando simultaneamente, devendo

ser considerada a combinação mais desfavorável das pressões exteriores e interiores. A

divisão das superfícies de paredes e cobertura conforme incidência do vento para obtenção

dos coeficientes de pressão foi feita conforme indicado na NBR 6123 (ABNT, 1988), e

podem ser observadas na Figura 22 para superfícies de paredes, e na Figura 23 para

superfícies de coberturas.

Page 64: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

63

Figura 22 - Coeficientes externos de pressão e forma para paredes de edificações de planta

retangular

Fonte: Adaptado de ABNT, NBR 6123 (1988, p. 14).

Page 65: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

64

Fonte: Adaptado de ABNT, NBR 6123 (1988, p. 15).

Em seguida, foram calculadas e organizadas em tabelas as pressões nestas superfícies,

que são resultado da multiplicação da pressão dinâmica do vento pela subtração (cpe - cpi)

mais desfavorável. Para o caso de coberturas, foi utilizado cpi entre -0,3 ou 0,2, conforme caso

mais desfavorável, conforme indicação da norma EN 1991-1-4 (COMITE EUROPEU DE

NORMALIZAÇÃO, 2010), pois não é possível determinar as aberturas entre as telhas. Foi

considerada inclinação da cobertura igual a 20°.

Figura 23 - Coeficientes externos de pressão e forma para coberturas de edificações de planta

retangular

Page 66: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

65

Com base na divisão das superfícies da edificação proposta pela NBR 6123 (ABNT,

1988), foram encontrados os valores das Tabelas 1, 2, 3 e 4 para as pressões do vento em

paredes e coberturas, conforme o ângulo de incidência do mesmo (w) e inclinação da

cobertura (θ).

Tabela 1 - Pressões em paredes, w= 0°

Posição A1B1 A2B2 A3B3 C D

Cpe -0,8 -0,5 -0,4 0,7 -0,4

Cpi 0 0 0 -0,3 -0,3

Pressões (kN/m², cpi mais desfavorável) -0,62 -0,39 -0,31 0,78 -0,31

Fonte: Autor, 2017.

Tabela 2 - Pressões em paredes, w= 90°

Posição A B C1D1 C2D2

Cpe 0,7 -0,4 -0,8 -0,4

Cpi -0,3 -0,3 0 0

Pressões (kN/m², cpi mais desfavorável) 0,78 -0,31 -0,62 -0,31

Fonte: Autor, 2017.

Tabela 3 - Pressões em telhados, θ = 20°, w = 0°

Posição EG FH IJ Z1 Z2

Cpe -0,7 -0,6 -0,5 -1 -1,2

Cpi 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Pressões (kN/m², cpi mais desfavorável) -0,7 -0,62 -0,51 -0,93 -1,09

Fonte: Autor, 2017.

Tabela 4 - Pressões em telhados, θ = 20°, w = 90°

Posição EF GH

Cpe -0,4 -0,4

Cpi 0,2 0,2

Pressões (kN/m², cpi mais desfavorável) -0,47 -0,47

Fonte: Autor, 2017.

Page 67: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

66

Para a escolha dos perfis de aço utilizados poderiam ter sido utilizadas tabelas de pré-

dimensionamento fornecidas por Rodrigues (2006), porém estas fornecem perfis que podem

ser super dimensionados para a estrutura. Para a residência em LSF analisada neste trabalho,

com pé-direito de 2,50 m, utilizando-se os perfis indicados nas tabelas seria necessário o uso

de perfis de maior espessura, resultando em maior área e em consequência maior peso.

Buscando uma ocupação racional de aço para a estrutura, executou-se o dimensionamento da

mesma, sendo obtidos perfis mais leves. Alguns projetos consultados junto a profissionais da

construção em LSF utilizaram, para casas de maiores áreas e pé direito, perfis Ue 90 x 40 x 12

x 0,80 mm ou ainda Ue 100 x 45 x 12 x 0,80 mm em sua grande maioria. Na Figura 24 podem

ser visualizados os montantes pré-dimensionados para casas com pé-direito de até 2700 mm,

suportando a cobertura e o forro.

Fonte: Adaptado de RODRIGUES (2006, p. 111).

O dimensionamento dos perfis de aço foi realizado com auxílio do software Autodesk

™ Robot ™ Structural Analysis Professional 2015, versão estudante, e com base no livro

“Steel Framing: Engenharia”, de 2006, de autoria de Francisco Carlos Rodrigues, que segue

as normas brasileiras para o dimensionamento de perfis metálicos formados a frio.

Primeiramente foi desenhada a estrutura para posterior dimensionamento dos perfis de aço.

Figura 24 - Montantes pré-dimensionados para casas de um pavimento, pé-direito de até

2700mm, em aço 230 Mpa.

Page 68: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

67

Os valores das pressões de vento foram lançados na estrutura, assim como os demais

valores dos pesos próprios dos revestimentos de paredes, tetos e cobertura, que foram obtidos

em planilhas fornecidas por fabricantes, além do valor para sobrecarga da cobertura. Foram

considerados valores superiores para cargas e sobrecargas, em favor da segurança, pois os

revestimentos e telhas podem ser substituídos, podem ser pendurados móveis em paredes, ou

o sistema de aquecimento solar pode ser ampliado, aumentando os carregamentos na

estrutura. Os valores de cargas lançados podem ser visualizados na Tabela 5. O software já

leva em conta o peso próprio dos perfis, não sendo necessário lança-lo na estrutura.

Tabela 5 - Cargas aplicadas na estrutura de LSF

Local Carga (kN/m²

Revestimento de paredes 0,4

Revestimento de tetos 0,4

Cobertura 0,5

Sobrecarga 1,0

Fonte: Do autor, 2017.

Em seguida foram feitas as combinações conforme o ELU (Estado Limite Último,

quando a estrutura torna-se insegura para o uso, sendo esgotada a capacidade de sustentação)

e o ELS (Estado Limite de Serviço, quando a estrutura torna-se inadequada para o uso,

perdendo o conforto do usuário, por exemplo, quando aparecem deformações excessivas). Os

ELU’s foram calculados com majoramento das ações do peso próprio, de sobrecargas e ações

do vento. Já o ELS combinou ações do peso próprio e da sobrecarga.

Nas Tabelas 6, 7 e 8 são observadas as combinações de ações para ELS, ELU ação

base sobrecarga e ELU ação base vento, consecutivamente, baseadas nas tabelas de

ponderações de ações e de combinações da NBR 14762 (ABNT, 2010).

Tabela 6 - Combinações para ELS

ELS - Sobrecarga

Combinação Cargas Permanentes Sobrecarga

Fator Majoração Carga Coeficiente 2 Carga 9 1 G 0,8 Q

Fonte: Do autor, 2017.

Page 69: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

68

Tabela 7 - Combinações para ELU ação base sobrecarga

ELU - Sobrecarga Q

Combinação Cargas Permanentes Sobrecarga Vento

Fator

Majoração Carga Fator

Majoração Sobrecarga Fator

Majoração Coeficiente

0 Carga

1 1,25 G 1,5 Q 1,4 0,6 Vento

Norte

2 1,25 G 1,5 Q 1,4 0,6 Vento

Sul

3 1,25 G 1,5 Q 1,4 0,6 Vento

Leste

4 1,25 G 1,5 Q 1,4 0,6 Vento

Oeste

Fonte: Do autor, 2017.

Tabela 8 - Combinações para ELU, ação base vento

ELU - Vento

Combinação Cargas Permanentes Vento Sobrecarga

Fator

Majoração Carga Fator

Majoração Sobrecarga Fator

Majoração Coeficiente

0 Carga

5 1,25 G 1,4 Vento Norte 1,5 1 Q

6 1,25 G 1,4 Vento Sul 1,5 1 Q

7 1,25 G 1,4 Vento Leste 1,5 1 Q

8 1,25 G 1,4 Vento Oeste 1,5 1 Q

Fonte: Do autor, 2017.

Para o dimensionamento estrutural, os montantes foram considerados rotulados em

suas extremidades, conforme sugerido por Rodrigues (2006). Posteriormente, todas as barras

da estrutura também foram assim consideradas. Devido às espessuras pequenas em relação à

largura do perfil, a flambagem local, que ocorre em elementos sujeitos a esforços de

compressão, é uma das considerações de projeto mais importantes para os perfis formados a

frio. Além dela, flambagem por flexão, torção ou flexo-torção devem ser consideradas no

dimensionamento dos perfis. Como forma de diminuir os comprimentos de flambagem, os

montantes foram travados lateralmente por bloqueadores, posicionados a cada 1200 mm. Essa

distância foi escolhida pois assim as placas de vedação podem ter as bordas fixadas junto aos

mesmos, garantindo melhor fixação.

Page 70: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

69

As vigas inferiores das tesouras também receberam bloqueadores, a fim de evitar a

flambagem lateral. Tais bloqueadores formam a estrutura onde posteriormente será fixado o

revestimento de teto escolhido. Já as vigas superiores foram bloqueadas com o uso de perfis

cartola, onde posteriormente serão fixadas as telhas.

Para a execução do dimensionamento, foram consideradas todas as paredes como

estruturais, além da utilização do mesmo perfil de aço para a montagem de toda estrutura,

com exceção da cobertura, onde foram utilizados perfis cartola de dimensões de base 25 mm,

largura 50 mm, altura 50 mm e espessura 2mm, para a trama do telhamento. Todos as paredes

e também a estrutura da cobertura, visando a estabilidade global da estrutura, foram

contraventados. O contraventamento dos painéis foi feito utilizando perfis iguais aos dos

montantes, dispostos em diagonais entre estes, enquanto para a estrutura da cobertura também

foram dispostos os mesmos perfis, em diagonais que ligam a base de uma tesoura ao topo da

que está posicionada ao seu lado.

Em favor da segurança, a estrutura também foi calculada sem a presença dos

bloqueadores laterais. Na Figura 25, da tela de projeto do software, são visualizados os

coeficientes de flambagem, configurados considerando o comprimento inteiro da barra (1,00),

que aparece em destaque.

Fonte: Do autor, 2017.

Figura 25 - Tela de dimensionamento do software, onde são configurados comprimentos de

flambagem dos perfis

Page 71: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

70

Após o dimensionamento, verificou-se que os esforços que mais solicitam a estrutura

foram devidos ao vento, sendo que foi necessária a montagem de uma estrutura com diversos

pontos de contraventamento pra que pudesse ser executada com perfis já indicados. Com a

modelação estrutural adotada, o resultado foi a aprovação de todos os perfis a todas as

solicitações a que foram solicitados. Isso mostra que tais perfis apresentam boa resistência aos

esforços oriundos dos carregamentos, mas necessitam de contraventamentos que garantam a

estabilidade da estrutura frente aos esforços horizontais. Na Figura 26 podem ser visualizados

os resultados obtidos para o dimensionamento de perfis utilizados como montantes.

Fonte: Do autor, 2017.

O perfil obtido no dimensionamento foi o Ue 100 x 45 x 12 x 0,80 mm. Em

comparação com perfis de tabelas de pré-dimensionamento, o perfil obtido no

dimensionamento tem cerca de 0,5 kg a menos por metro linear de perfil, resultando em um

gasto inferior com aço. O dimensionamento foi executado para obtenção de um perfil que

atenda às necessidades da estrutura, evitando o desperdício de aço. O mesmo perfil é utilizado

em residências de um pavimento, de dimensões diversas, por alguns profissionais projetistas e

Figura 26 - Tela de resultados do software utilizado

Page 72: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

71

executores consultados. Como o dimensionamento não é o foco deste trabalho, não será feito

o detalhamento do projeto estrutural, mas a estrutura de aço da residência pode ser visualizada

no APÊNDICE D.

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72

4 ANÁLISES E RESULTADOS

4.1 Valores por etapas

A lista de materiais necessários e valores obtidos para os mesmos para a casa em

alvenaria podem ser visualizados no APÊNDICE A. Já a lista de matérias necessários e

valores obtidos para os mesmos para a casa em LSF podem ser visualizados no APÊNDICE

B. Os valores e rendimentos obtidos para mão de obra de todas as atividades previstas podem

ser visualizados no APÊNDICE C. Nas tabelas apresentadas a seguir podem ser visualizados

os valores obtidos para cada etapa construtiva, separados em valores para materiais, mão de

obra e totais.

4.1.1 Serviços preliminares

Para esta etapa da obra, os custos contabilizados são os mesmos para ambos os

métodos pois são executados os mesmos serviços com a mesma quantidade de materiais e

mão de obra. Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos da limpeza do terreno e das movimentações de solo e para os custos da

mão de obra da locação da obra, sendo as composições de mão de obra desta obtidas no

TCPO 14. Os custos foram os mesmos para ambas as residências e podem ser verificados na

Tabela 9.

Page 74: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

73

Tabela 9 - Custos da etapa de serviços complementares

SERVIÇOS PRELIMINARES ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 586,23 R$ 586,23

Mão de obra R$ 198,95 R$ 198,95

Total R$ 785,18 R$ 785,18

Fonte: Do autor (2017).

4.1.2 Fundações

Como as fundações são as mesmas para ambos os métodos, os custos de materiais e

mão de obra são iguais também. O SINAPI foi adotado como base para composições e custos

de materiais e mão de obra desta etapa da obra de ambos os sistemas construtivos. Os custos

foram os mesmos para ambas as residências e podem ser verificados na Tabela 10.

Tabela 10 - Custos da etapa de fundações

FUNDAÇÃO RADIER ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 5.692,61 R$ 5.692,61

Mão de obra R$ 1.266,16 R$ 1.266,16

Total R$ 6.958,77 R$ 6.958,77

Fonte: Do autor (2017).

4.1.3 Paredes

Os custos para materiais da residência em LSF foram superiores ao da alvenaria. Já os

valores de mão de obra encontrados são inferiores para o LSF, devido ao menor tempo de

execução. O custo total desta etapa para o LSF é inferior ao da alvenaria. O custo para

colocação das placas de vedação foi considerado em conjunto com a montagem das estruturas

metálicas, devido às bibliografias consultadas considerarem a execução das duas etapas em

conjunto. O SINAPI foi adotado como base para composições e custos de materiais e mão de

obra desta etapa da obra para ambos os sistemas. Os custos desta etapa podem ser

visualizados na Tabela 11.

Page 75: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

74

Tabela 11 - Custo da etapa paredes

ESTRUTURA PAREDES ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 8.501,65 R$ 8.664,44

Mão de obra R$ 5.151,56 R$ 2.839,32

Total R$ 13.653,21 R$ 11.503,76

Fonte: Do autor (2017).

4.1.4 Cobertura

O custo da cobertura para a habitação em LSF é menor, devido ao menor gasto da

estrutura em aço em comparação com a de madeira, além de menores valores de mão de obra.

Para os dois métodos construtivos, o SINAPI foi adotado como base para composições e

custos de materiais e mão de obra para montagem da estrutura do telhado e do telhamento. Na

Tabela 12 pode ser comparada a diferença de valores.

Tabela 12 - Custos da etapa de cobertura

COBERTURA ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 7.227,62 R$ 6.485,28

Mão de obra R$ 3.379,49 R$ 2.613,70

Total R$ 10.607,11 R$ 9.098,98

Fonte: Do autor (2017).

4.1.5 Isolamento termoacústico

O isolamento termoacústico foi considerado apenas para a casa em LSF, já que é parte

integrante do sistema para melhorar o conforto dos ambientes. O SINAPI foi adotado como

base para composições e custos de materiais e mão de obra envolvidos no isolamento

termoacústico. O custo desta etapa pode ser visualizado na Tabela 13.

Page 76: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

75

Tabela 13 - Custo do isolamento termoacústico

ISOLAMENTO TERMOACÚSTICO ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 0,00 R$ 4.536,84

Mão de obra R$ 0,00 R$ 268,05

Total R$ 0,00 R$ 4.804,89

Fonte: Do autor (2017).

4.1.6 Revestimento de paredes

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra para execução dos revestimentos, com

exceção dos valores das placas cimentícias e de gesso acartonado, cujos valores foram

orçados junto a distribuidores do produto devido ao alto valor encontrado nas tabelas de

preços do SINAPI. Ressalta-se que o custo de mão de obra para instalação das placas de

vedações da residência em LSF já foi considerada junto com a montagem da estrutura

metálica, devido às bibliografias consultadas tratarem a execução deste modo. Desta forma, o

custo de mão de obra medido para execução desta etapa é menor para a residência em LSF.

Nesta etapa da obra foram encontradas grandes diferenças nos valores de materiais, sendo que

o LSF apresentou maiores custos devido ao custo das placas de gesso acartonado e

cimentíceas utilizadas. Os valores obtidos podem ser observados na Tabela 14.

Tabela 14 - Custos da etapa de revestimento de paredes

REVESTIMENTO DE PAREDES ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 4.615,44 R$ 11.769,89

Mão de obra R$ 6.282,07 R$ 4.829,16

Total R$ 10.897,50 R$ 16.599,05

Fonte: Do autor (2017).

4.1.7 Esquadrias

Para os dois sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para composições

e custos de materiais e mão de obra para colocação das esquadrias. Os materiais para fixação

e isolação considerados apresentaram um custo um pouco maior para a residência em LSF. Já

Page 77: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

76

o valor de mão de obra foi considerado o mesmo. Os valores encontrados para ambas as

residências pode ser observado na Tabela 15.

Tabela 15 - Custo das esquadrias

ESQUADRIAS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 11.461,28 R$ 11.557,28

Mão de obra R$ 341,20 R$ 341,20

Total R$ 11.802,48 R$ 11.898,48

Fonte: Do autor (2017).

4.1.8 Revestimento de pisos

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra. Como as áreas a serem revestidas e os

materiais são os mesmos, o custo de materiais e mão de obra obtido para ambas as residências

foi o mesmo. Os valores encontrados para ambas as residências podem ser visualizados na

Tabela 16.

Tabela 16 - Custo da etapa de revestimento de pisos

REVESTIMENTO DE PISOS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 2.549,34 R$ 2.549,34

Mão de obra R$ 1.283,08 R$ 1.283,08

Total R$ 3.832,42 R$ 3.832,42

Fonte: Do autor (2017).

4.1.9 Revestimento de tetos

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra. A execução desta etapa apresentou menores

custos em materiais e mão de obra na execução da residência em LSF. O valor gasto em cada

residência pode ser visualizado na Tabela 17.

Page 78: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

77

Tabela 17 - Custo para revestimento de tetos

REVESTIMENTO DE TETOS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 1.961,98 R$ 1.624,44

Mão de obra R$ 1.977,72 R$ 755,71

Total R$ 3.939,70 R$ 2.380,15

Fonte: Do autor (2017).

4.1.10 Instalações hidráulicas

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra. A execução desta etapa apresentou custos

menores em materiais para a residência em alvenaria, devido aos diferentes acessórios e

fixações utilizados, e iguais em ambas para mão de obra. O valor gasto em cada residência

pode ser observado na Tabela 18.

Tabela 18 - Custo das instalações hidráulicas

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 1.312,93 R$ 1.346,15

Mão de obra R$ 849,27 R$ 849,27

Total R$ 2.162,20 R$ 2.195,42

Fonte: Do autor (2017).

4.1.11 Instalações de louças

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra. A execução desta etapa apresentou custos

menores em materiais para a residência em LSF, devido aos diferentes acessórios de fixação

utilizados, e iguais em ambas para mão de obra. O valor gasto em cada residência pode ser

observado na Tabela 19.

Page 79: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

78

Tabela 19 - Custo das louças

INSTALAÇÕES DE LOUÇAS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 2.077,42 R$ 2.055,50

Mão de obra R$ 330,94 R$ 330,94

Total R$ 2.408,36 R$ 2.386,44

Fonte: Do autor (2017).

4.1.12 Instalações sanitárias

Esta etapa foi considerada igual para os dois sistemas construtivos. Para ambos os

sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para composições e custos de

materiais e mão de obra. Como o sistema sanitário é o mesmo para as duas residências

comparadas, o custo de materiais e mão de obra obtido para ambas foi o mesmo. Os valores

encontrados para ambas as residências podem ser observados na Tabela 20.

Tabela 20 - Custo da etapa de instalações sanitárias

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 4.975,74 R$ 4.975,74

Mão de obra R$ 1.695,95 R$ 1.695,95

Total R$ 6.671,70 R$ 6.671,70

Fonte: Do autor (2017).

4.1.13 Instalações elétricas

Para ambos os sistemas construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra. Como nas instalações elétricas no sistema

LSF foi considerada a utilização de acessórios para a fixação das caixas de embutir e dos

eletrodutos, o custo de materiais ficou um pouco maior. Já os valores de mão de obra obtidos

para ambas foi o mesmo. Os valores encontrados para os dois sistemas construtivos podem

ser observados na Tabela 21.

Page 80: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

79

Tabela 21 - Custo da etapa de instalações elétricas

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 1.993,69 R$ 2.050,81

Mão de obra R$ 854,65 R$ 854,65

Total R$ 2.848,34 R$ 2.905,46

Fonte: Do autor (2017).

4.1.14 Aquecimento solar

Para ambos os métodos construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e custos de mão de obra, enquanto o TCPO 14 foi utilizado

para a obtenção das composições de mão de obra. Como as instalações são as mesmas em

ambas as residências, os valores de mão de obra e materiais encontrados foram os mesmos.

Os valores encontrados para ambas as residências podem ser visualizados na Tabela 22.

Tabela 22 - Custos para a instalação de aquecedor solar

AQUECIMENTO SOLAR ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 5.686,02 R$ 5.686,02

Mão de obra R$ 219,30 R$ 219,30

Total R$ 5.905,32 R$ 5.905,32

Fonte: Do autor (2017).

4.1.15 Paisagismo

Para ambos os métodos construtivos, o SINAPI foi adotado como base para

composições e custos de materiais e mão de obra, enquanto o TCPO 14 foi utilizado para a

obtenção das composições de mão de obra. Como os serviços e materiais foram considerados

os mesmos para as residências de ambos os métodos construtivos, os valores de mão de obra e

materiais encontrados também foram iguais. Os valores encontrados para ambas as

residências podem ser observados na Tabela 23.

Page 81: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

80

Tabela 23 - Custos para a etapa de paisagismo

PAISAGISMO ALVENARIA STEEL FRAMING

Material R$ 1.531,44 R$ 1.531,44

Mão de obra R$ 936,90 R$ 936,90

Total R$ 2.468,34 R$ 2.468,34

Fonte: Do autor (2017).

Page 82: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

81

4.2 Comparação dos custos

Algumas etapas construtivas apresentaram diferenças de valores para materiais ou mão

de obra, conforme será descrito a seguir. Para a residência construída em LSF, os custos em

materiais para revestimento das paredes foi muito superior ao da residência em alvenaria, em

razão dos custos elevados das chapas de gesso e cimentícias, além de custos com massa

corrida. Outro item que encareceu o projeto foi o isolamento termoacústico, executado com

placas de lã de vidro, material que não foi adicionado à residência em alvenaria.

Outras etapas que tiveram um custo maior de materiais em LSF foram as instalações

elétricas e hidráulicas e esquadrias, devido ao uso de acessórios e materiais distintos para cada

sistema construtivo, além da estrutura de paredes, devido ao maior custo do aço. Com custos

menores em LSF são citadas as etapas de cobertura, devido ao menor custo do aço em relação

à madeira, além do revestimento de tetos, devido principalmente à diferença de materiais

utilizados para o revestimento, e louças, por causa dos materiais utilizados para fixação. As

etapas restantes tiveram mesmos custos devido à utilização da mesma quantidade de

materiais. Os custos de materiais para cada etapa podem ser visualizados na Tabela 24.

Tabela 24 - Custo de materiais para ambos métodos construtivos

ETAPA ALVENARIA STEEL FRAMING

Serviços preliminares R$ 586,23 R$ 586,23

Fundação radier R$ 5.692,61 R$ 5. 692,61

Estrutura paredes R$ 8.501,65 R$ 8.664,44

Esquadrias R$ 11.461,28 R$ 11.557,28

Cobertura R$ 7.227,62 R$ 6.485,28

Revestimento paredes R$ 4.615,44 R$ 11.769,89

Isolamento termoacústico - R$ 4.536,84

Revestimento de pisos R$ 2.549,34 R$ 2.549,34

Revestimento de tetos R$ 1.961,98 R$ 1.624,44

Instalações hidráulicas R$ 1.312,93 R$ 1.346,15

Instalações sanitárias R$ 4.975,74 R$ 4.975,74

Instalação de louças R$ 2.077,42 R$ 2.055,50

Instalações elétricas R$ 1.993,69 R$ 2.050,81

Aquecedor solar R$ 5.686,02 R$ 5.686,02

Paisagismo R$ 1.531,44 R$ 1.531,44

TOTAL / UNIDADE R$ 60.173.38 R$ 71.112,00

Fonte: Do autor, 2017.

Page 83: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

82

Para mão de obra, a montagem das paredes, execução de cobertura e revestimento de

tetos e paredes tiveram um custo menor quando executadas na habitação em LSF em

comparação com a alvenaria, devido ao menor tempo de execução necessário. A execução de

isolamento termoacústico foi um custo à habitação em LSF não existente para a residência em

alvenaria. As etapas restantes tiveram o mesmo custo, em razão do tempo de execução e

número de profissionais serem os mesmos. Os custos de mão de obra para cada etapa podem

ser visualizados na Tabela 25.

Tabela 25 - Custo de mão de obra para ambos métodos construtivos

ETAPA ALVENARIA STEEL FRAMING

Serviços preliminares R$ 198,95 R$ 198,95

Fundação radier R$ 1.266,16 R$ 1.266,16

Estrutura paredes R$ 5.151,56 R$ 2.839,32

Esquadrias R$ 341,20 R$ 341,20

Cobertura R$ 3.379,49 R$ 2.613,70

Revestimento paredes R$ 6.282,07 R$ 4.829,16

Isolamento termoacústico - R$ 268,05

Revestimento de pisos R$ 1.283,08 R$ 1.283,08

Revestimento de tetos R$ 1.977,72 R$ 755,71

Instalações hidráulicas R$ 849,27 R$ 849,27

Instalações sanitárias R$ 1.695,95 R$ 1.695,95

Instalação de louças R$ 330,94 R$ 330,94

Instalações elétricas R$ 854,65 R$ 854,65

Aquecedor solar R$ 219,30 R$ 219,30

Paisagismo R$ 936,90 R$ 936,90

TOTAL / UNIDADE R$ 24.767,23 R$ 19.282,33

Fonte: Do autor, 2017.

Page 84: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

83

A composição de valores de cada etapa, somando os custos de materiais e mão de

obra, apresentou custos maiores para esquadrias, revestimento de paredes, isolamento

termoacústico e instalações elétricas e hidráulicas quando executados na residência em LSF.

Já as etapas de estrutura de paredes, cobertura, instalação de louças e revestimento de tetos

apresentaram um custo menor quando executados na residência em LSF. As demais etapas

apresentaram os mesmos custos. Os valores obtidos para os custos totais de cada etapa podem

ser observados na Tabela 26.

Tabela 26 - Custos totais de cada etapa

ETAPA ALVENARIA STEEL FRAMING

Serviços preliminares R$ 785,18 R$ 785,18

Fundação radier R$ 6.958,77 R$ 6.958,77

Estrutura paredes R$ 13.653,21 R$ 11.503,76

Esquadrias R$ 11.802,48 R$ 11.898,48

Cobertura R$ 10.607,11 R$ 9.098,97

Revestimento paredes R$ 10.897,50 R$ 16.599,05

Isolamento termoacústico R$ 4.804,88

Revestimento de pisos R$ 3.832,42 R$ 3.832,42

Revestimento de tetos R$ 3.939,70 R$ 2.380,16

Instalações hidráulicas R$ 2.162,20 R$ 2.195,42

Instalações sanitárias R$ 6.671,70 R$ 6.671,70

Instalação de louças R$ 2.408,36 R$ 2.386,44

Instalações elétricas R$ 2.848,34 R$ 2.905,46

Aquecedor solar R$ 5.905,32 R$ 5.905,32

Paisagismo R$ 2.468,34 R$ 2.468,34

TOTAL / UNIDADE R$ 84.940,62 R$ 90.394,33

CUSTO /M² R$ 923,27 R$ 982,55

DIFERENÇA UNITÁRIA R$ -5.453,72 R$ 5.453,72

Fonte: Do autor, 2017.

O resultado da comparação de valores mostra que a residência em LSF é 6,42% mais

cara do que a residência em alvenaria. Os valores elevados para os materiais utilizados no

revestimento de paredes, como placas cimentícias e de gesso acartonado, e no isolamento

termoacústico acabam por elevar demais o custo total do empreendimento.

Page 85: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

84

A representatividade de custos de cada etapa em relação ao valor total da residência

pode ser observada na Tabela 27. Observa-se que as etapas de revestimento de paredes e

isolamento termoacústico representam elevada parcela dos custos, somando juntas quase 24%

do custo total da residência em LSF.

Tabela 27 - Percentual do custo de cada etapa sobre o custo total

ETAPA ALVENARIA STEEL FRAMING

Serviços preliminares 0,92% 0,87%

Fundação radier 8,19% 7,70%

Estrutura paredes 16,07% 12,73%

Esquadrias 13,89% 13,16%

Cobertura 12,49% 10,07%

Revestimento paredes 12,83% 18,36%

Isolamento termoacústico 0,00% 5,32%

Revestimento de pisos 4,51% 4,24%

Revestimento de tetos 4,64% 2,63%

Instalações hidráulicas 2,55% 2,43%

Instalações sanitárias 7,85% 7,38%

Instalação de louças 2,84% 2,64%

Instalações elétricas 3,35% 3,21%

Aquecedor solar 6,95% 6,53%

Paisagismo 2,91% 2,73%

TOTAL 100,00% 100,00%

Fonte: Do autor, 2017.

Observa-se também a parcela de custos de materiais e mão de obra sobre o custo total

obtido, sendo que na residência em LSF um percentual maior dos valores são dispendidos em

materiais em comparação com a alvenaria, 78,93% contra 70,84%. Consequentemente, os

custos com mão de obra são menores quando comparado o LSF com a alvenaria, 21,07%

contra 29,19%. As parcelas de custos podem ser visualizadas na Tabela 28.

Tabela 28 - Parcela de custos de cada item

ITEM ALVENARIA STEEL FRAMING

Materiais 70,84% 78,93%

Mão de obra 29,16% 21,07%

TOTAL 100,00% 100,00%

Fonte: Do autor, 2017.

Page 86: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

85

4.3 Cronograma

O cronograma foi elaborado com base nos índices de produtividade apresentados nos

“Cadernos Técnicos de Composições” do SINAPI, organizados em tabelas pelo autor,

podendo ser observados no APÊNDICE C deste trabalho. As atividades a serem executadas

na execução de uma residência tipo foram organizadas em dois gráficos Gantt, um para cada

sistema construtivo, por se tratarem de projetos pequenos. Ao comparar os resultados,

observa-se que para a execução da residência tipo em LSF são necessários 35 dias de

atividades, cinco dias a menos de serviço em relação à alvenaria, um prazo que é 12,5%

menor. Isso se deve ao menor tempo necessário para a execução dos painéis, vedações e

cobertura da residência em LSF em relação à execução das paredes, revestimentos em

argamassa e cobertura da residência em alvenaria. A colocação de forro também apresenta

prazo um pouco menor na residência em LSF. Já a execução da pintura é mais demorada na

residência em LSF devido à aplicação da massa corrida. As atividades restantes têm execução

em tempos similares. Os resultados obtidos podem ser visualizados na Figura 27, para a casa

em alvenaria, e Figura 28, para a casa em LSF.

Page 87: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

86

Fonte: Do autor, 2017.

Figura 27 - Gráfico Gantt da residência em alvenaria

Page 88: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

87

Fonte: Do autor, 2017.

Figura 28 - Gráfico Gantt da residência em LSF

Page 89: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

88

A diferença de tempo de execução para uma residência comparando-se os dois

métodos construtivos é significativa pois o projeto é pequeno. Para avaliar se esta diferença de

prazo para a construção de uma unidade seria proporcional em uma obra onde fossem

construídas diversas residências, foi analisado o loteamento de 125 residências já edificadas.

Uma das vantagens tida ao reduzir o tempo de execução de uma obra de longo prazo é a

redução dos custos de manutenção de canteiro, como por exemplo gastos com pagamento de

salário de engenheiros, técnicos de segurança e segurança patrimonial.

Para montagem deste cronograma para cada sistema construtivo foi utilizada a linha de

balanço, por ser um método muito utilizado na programação de obras de grande repetição.

Para a montagem da linha de balanço, foi adotada a sequência executiva das atividades,

tomando cuidado para que não houvessem conflitos entre diferentes atividades, ou seja, o

cruzamento de linhas. Foi considerada a manutenção do mesmo número de funcionários,

todos terceirizados, divididos em equipes formadas por profissionais e serventes, para a

realização de uma mesma etapa construtiva do início ao fim, mantendo o rendimento de cada

etapa constante. Não foi considerada a interrupção de nenhuma etapa construtiva até sua

conclusão. Algumas etapas tiveram seu início retardado para que não entrassem em conflito

com etapas antecedentes, devido às diferenças de rendimento entre os serviços.

O número de profissionais envolvidos em cada etapa construtiva foi considerado o

mesmo em cada um dos sistemas construtivos, buscando resultados que não tendessem a um

dos sistemas. Foram feitas algumas análises, como aumento do número de funcionários para

etapas construtivas mais lentas, como a execução de alvenarias e revestimentos de paredes,

para a residência em alvenaria, e a execução de pintura para a residência em LSF, buscando

prazos menores e consequentemente adiantamento do início de tarefas posteriores.

O resultado desta análise foi que o método LSF apresentou tempos de execução

menores do que a alvenaria, mas com rendimento não tão alto quando comparado à execução

de uma só residência, com variação de 3 a 9,5 % a menos de tempo segundo as combinações

que foram feitas. Isso se deve principalmente aos “vazios” presentes entre as linhas de

atividades distintas, que são espaços de tempo não preenchidos por atividades realizadas em

canteiro, o que acaba causando o aumento do tempo de obra. A diminuição destes vazios está

condicionada à alteração dos rendimentos das atividades, que por sua vez tem relação direta

com o número de funcionários envolvidos.

Page 90: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

89

Como foram considerados um mesmo número de funcionários para cada etapa de cada

método construtivo, a fim de que não houvessem resultados tendenciosos, e o agrupamento de

funcionários em equipes iguais de profissionais e auxiliares, conforme os rendimentos de mão

de obra fornecidos pelo SINAPI, concluiu-se que as linhas de balanço apresentaram

resultados satisfatórios. Duas das linhas de balanço criadas, a primeira para as casas de

alvenaria e a segunda para a casa em LSF podem ser visualizadas nas Figuras 29 e 30,

respectivamente. A diferença de prazo obtida entre as duas é de 6 semanas, resultando em

uma diferença de 9,5% a menos de tempo para a casa em LSF.

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Fonte: Do autor (2017).

Figura 29 - Linha de Balanço para construção de 125 casas em alvenaria

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Fonte: Do autor (2017).

Figura 30 - Linha de Balanço para construção de 125 casas em LSF

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste trabalho proporcionou o aprendizado sobre o LSF, um

sistema construtivo que vem se firmando como opção para a construção de diferentes obras de

habitação familiar e coletiva, em obras públicas como escolas ou postos de saúde, além de seu

uso em reformas ou ampliações em edificações já existentes. Analisando-se as características

de cada um dos dois métodos construtivos comparados neste trabalho, observa-se que o LSF

apresenta como vantagens um canteiro de obras mais limpo e organizado, a maior

racionalização de recursos devido ao elevado grau de industrialização dos materiais utilizados

e um menor tempo de execução das atividades, que é consequência também da utilização de

materiais pré-fabricados.

Durante o desenvolvimento deste trabalho constatou-se a disponibilidade de

profissionais montadores de estruturas metálicas na região. Este fato merece ser destacado,

pois o custo para deslocar profissionais de cidades distantes, geralmente vindos da região

metropolitana ou da serra gaúcha, onde a oferta deste tipo de serviços é maior, elevaria os

custos da construção de uma residência.

O sistema pode se adaptar aos mais diversos projetos arquitetônicos devido às

características estruturais dos perfis de aço. Isso permite seu uso em substituição aos materiais

comumente empregados na construção de habitações, dando aos arquitetos e engenheiros

mais uma opção para o projeto de novas habitações, reformas e design de ambientes.

O sistema LSF apresenta diversos pontos positivos, tanto na execução quanto no uso

da habitação. As residências construídas neste sistema construtivo apresentam um bom

desempenho termoacústico devido ao uso de materiais isolantes no interior das paredes,

melhorando o conforto para os ocupantes.

Page 94: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

93

As manutenções e reparos também são facilitadas no sistema, como por exemplo a

execução de reparos ou mesmo a adição de ramais na tubulação hidráulica embutida em um

painel, para a qual é removida a placa de vedação interna, executado o reparo, recolocada a

mesma placa e realizado o acabamento nas bordas. Os reparos não comprometem a estrutura

da casa, ao contrário do que acontece na alvenaria estrutural, onde os blocos não devem ser

rompidos. Além disso, os reparos produzem menor quantidade de entulho quando comparado

com a alvenaria.

O custo encontrado para materiais da residência em LSF foi 18,18% superior, sendo

que a diferença é dada principalmente pelos custos elevados das chapas cimentícias e de gesso

acartonado utilizadas na vedação dos painéis da casa, além dos custos com a lã de vidro

utilizada no isolamento termoacústico dos ambientes e que não é utilizada em obras

convencionais de alvenaria estrutural. Apesar de custos maiores com materiais, verificou-se

que o custo da mão de obra utilizada para a construção da habitação em LSF é 22,15%

inferior que os gastos da construção em alvenaria. A diferença é dada pelos menores gastos

com a execução da estrutura da casa, dos revestimentos de paredes e tetos e da cobertura.

Como resultado, para a residência tipo escolhida construída em LSF observou-se um

custo total de 6,42% maior do que o modelo em alvenaria. O custo maior é alavancado pela

grande diferença nos valores obtidos para materiais. A utilização de painéis internos com

montantes de 100 mm de largura, com uma chapa de gesso acartonado em cada face e sem a

colocação de material isolante atende o desempenho acústico mínimo exigido por norma, que

é de pelo menos 38 dB. Tal prática baixaria os custos da habitação em LSF, mas como o bom

desempenho termoacústico é uma das características do sistema, optou-se por manter o

material isolante.

O sistema LSF ainda não é difundido na nossa região devido à falta de conhecimento

sobre o sistema, suas vantagens e também por ainda não possuir valores atrativos. Por não

serem encontradas construções deste sistema na região, também não são encontrados todos os

materiais necessários junto aos fornecedores locais de materiais de construção, como perfis

metálicos e chapas cimentícias, fazendo com que devam ser buscados em outras localidades.

O uso do sistema LSF para habitações seria benéfica ao mercado imobiliário regional.

Traria aos consumidores uma nova concepção construtiva, com as diversas características

vantajosas já apresentadas. Aos fornecedores de materiais representaria uma nova gama de

Page 95: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

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produtos a oferecer ao mercado. Já para os construtores, a especialização neste sistema

construtivo poderia atrair mais negócios. Com uma maior procura pelo sistema, os preços

praticados pelo mercado poderiam baixar, o que poderia viabilizar sua escolha como método

construtivo.

O menor tempo de execução para o sistema LSF pode trazer vantagens em obras de

grande repetição, como a execução de um loteamento residencial. A redução dos prazos de

execução pode baixar os custos de manutenção do canteiro de obras, como o gasto com

engenheiros civis, técnicos em segurança do trabalho e vigilantes para horários noturnos e

finais de semana. Apesar de valores maiores para a habitação em LSF, a redução de tempo de

obra e consequente redução de custos de manutenção pode gerar um custo total inferior para o

empreendimento em LSF.

Page 96: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

95

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Page 103: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

102

ANEXOS

Page 104: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

103

ANEXO A – Planta baixa do pavimento térreo da residência construída em alvenaria, com

paredes edificadas em destaque

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

Page 105: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

104

ANEXO B – Corte AA e fachada frontal

Corte AA

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

Fachada frontal

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

PRANCHA DE MADEIRA

Page 106: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

105

ANEXO C – Projeção da cobertura

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

As dimensões da laje radier coincidem exatamente com a projeção da cobertura, ou

seja, 8,40 m x 13,40 m, resultando em uma área de 112,56 m².

Page 107: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

106

ANEXO D – Projeto elétrico

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

Page 108: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

107

ANEXO E – Projeto sanitário

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

Page 109: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

108

ANEXO F – Projeto hidráulico

Fonte: Adaptado de TERCON (2013).

Page 110: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

109

APÊNDICES

Page 111: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

110

APÊNDICE A – Planilha de custos da residência construída em alvenaria

CUSTO DE MATERIAL PARA UMA CASA R$ 60.173,38

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

1.0 SERVIÇOS PRELIMINARES 586,23

1.1.0 Terreno 288,66

1.1.1 Desmatação e limpeza das matérias orgânicas,

vegetação rasteira e arbustiva do terreno m² 272 0,45 122,40

1.1.2 Escavação, carga e transporte de material de 1ª

categoria, a distância de até 2 km m³ 16,38 10,15 166,26

1.2.0 Gabarito 297,57

1.2.1 Caibro não aparelhado 5x5cm m 24 1,44 34,56

1.2.2 Guia 12x2,5cm m 54 4,83 260,82

1.2.3 Prego 17x27 CD kg 0,2 10,96 2,19

2.0 FUNDAÇÃO RADIER 5692,61

2.1 Sarrafo 7x2,5cm m 86,4 0,65 56,16

2.2 Prego 17x27 CD kg 1 10,96 10,96

2.3 Sarrafo 2,5 x 15cm m 60,40 5,62 339,45

2.4 Brita 01 m³ 4,6 45 207,00

2.5 Lona plástica preta e=150 micras m² 120,6 0,84 101,30

2.6 Distanciador plástico circular, cob.=20mm unid 104 0,09 9,36

2.7 Tela soldada Q-138, 4,2mm, e=10x10cm m² 127,20 10,92 1389,02

2.8 Concreto fck=20MPa, slump 100 +/- 20mm, usinado m³ 12,4 275,08 3410,99

2.9 Aditivo mineral impermeabilizante L 39,68 3,78 149,90

2.10 Manta Geotextil (Bidim) e=1,3mm vb 4,5024 4,1 18,46

3.0 ALVENARIA m² 268,56 8501,65

3.1.0 Bloco cerâmico 6073,42

3.1.1 Bloco 11,5 x 19 x 36,5 unid 70,00 1,84 128,80

3.1.2 Bloco 11,5 x 19 x 24 unid 3.486,00 1,43 4984,98

3.1.3 Bloco 11,5 x 19 x 11,5 unid 208,00 0,87 180,96

3.1.4 Bloco 11,5 x 19 x 4 unid 234,00 0,72 168,48

3.1.5 Bloco Canaleta 11,5 x 19 x 19 unid 565,00 1,08 610,20

3.2.0 Massa assentamento 1:1:6

3,58 1069,18

3.2.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 967 0,54 522,15

3.2.2 Cal hidratada CH-I kg 466 0,6 279,34

3.2.3 Areia média m³ 4,66 57,5 267,70

3.4.0 Vergas, Contra Vergas e Cintas (graute 20MPa) m³ 2,79 1359,05

3.4.1 Areia média m³ 1,6 57,5 89,81

3.4.2 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 992,9 0,54 536,16

3.4.3 Pedrisco m³ 1,6 57,46 89,74

3.4.4 Aço CA60 D=5mm kg 41,8 3,51 146,59

3.4.5 Distanciador plástico circular, cob.=20mm unid 70,00 0,09 6,30

3.4.6 Tábua de madeira 2A qualidade, 2,5 x 20 cm, não

aparelhada m 64,8 2,69 174,31

3.4.7 Sarrafo 7x2,5cm m 7,0 0,65 4,55

3.4.8 Guia 15x2,5cm m 27 9 243,00

3.4.9 Escora eucalipto, D= 8 a 11 cm m 40 1,66 66,40

Continua

Page 112: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

111

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

3.4.10 Prego 17x27 CD kg

0,20 10,96 2,19

4.0 ESQUADRIAS - ABERTURAS 11461,28

4.1

Esquadria Metálica completa p/ Sala (1,40 A x 1,40

L) 2 folhas, inclusive vidros, marcos, guarnições e

material para fixação

unid 2 966,93 1933,86

4.2

Esquadria Metálica completa p/ Quarto (1,20 A x

1,20 L) 2 folhas, inclusive vidros, marcos, guarnições

e material para fixação

unid 4 818,67 3274,68

4.3

Esquadria Metálica completa p/ Banheiro (0,80 A x

0,60 L) Maxim-ar, inclusive vidro, marco, guarnição

e material para fixação

unid 2 392,72 785,44

4.4

Esquadria Metálica p/Cozinha (1,00 A x 1,00 L) 2

folhas, inclusive vidros, marcos, guarnições e

material para fixação

unid 2 540,49 1080,98

4.5

Porta completa madeira, folha media, com

acabamento, p/ sala (vão 90cm x 2,10cm), inclusive

marcos, guarnições e material para fixação

unid 2 483,33 966,66

4.6

Porta completa madeira, folha media, com

acabamento, p/ cozinha (vão 80cm x 2,10cm),

inclusive marcos, guarnições e material para fixação

unid 2 456,82 913,64

4.7

Porta completa madeira, folha leve, com acabamento,

p/ dormitorios e banheiro, (vão 80cm x 2,10cm),

inclusive marcos, guarnições e material para fixação

unid 6 387,81 2326,86

4.8 Bucha de nylon, s8, sem aba unid 172 0,21 36,12

4.9 Parafuso aço zincado, rosca soberba, 4,8x45 mm unid 172 0,09 15,48

4.10 Peitoril pré-moldado em granilite, L=15cm m 0,80 9,78 105,62

4.11 Silicone acético, uso geral, incolor, 280g unid. 2 10,97 21,94

5.0 COBERTURA 7227,62

5.1 ESTRUTURA PARA COBERTURA 4160,28

5.1.1 Caibro 1" x 0,05 (Pinus ou Eucalipto Branco) m 351,0 2,60 912,60

5.1.2 Caibro 1" x 0,15 (Pinus ou Eucalipto Branco) m 334,0 9,00 3006,00

5.1.3 Espelho lateral aplainado 10x2cm, em eucalipto m 40,0 4,25 170,00

5.1.4 Prego 17x27 kg 4 9,05 36,20

5.1.5 Prego 19x39 kg 4 8,87 35,48

5.2 TELHAMENTO 3067,34

5.2.1 Telha Portuguesa unid 1988 1,21 2405,48

5.2.2 Cumeeira Normal unid 36 3,04 109,44

5.2.3 Telha capa lateral unid 56 1,16 64,96

5.2.4 Rufo em chapa de aço galvanizada, N26, corte 50cm m 18 25,25 454,50

5.2.5 Parafuso fenda, cabeça chata, 4,2x32mm unid 20 0,06 1,20

5.2.6 Bucha de nylon, s4 unid 20 0,06 1,20

5.2.7 Argamassa para fixação de cumeeiras, traço 1:1:6 m³ 0,10 0,00

5.2.7.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 16,00 0,54 8,64

5.2.7.2 Cal hidratada CH-I kg 12,80 0,6 7,68

5.2.7.3 Areia média m³ 0,10 57,5 5,75

5.2.8 Prego telheiro kg 0,5 16,98 8,49

Continua

Page 113: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

112

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

6.0 REVESTIMENTO PAREDES 4615,44

6.1 Chapisco intern,o, traço 1:4, e=0,5cm m² 253,14 305,05

6.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 413 0,54 222,81

6.1.2 Areia média m³ 1,430 57,5 82,24

6.2 Emboço interno, e=2,0m m² 253,14 1456,82

6.2.1 Argamassa traço 1:1:6 m³ 5,06

6.2.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 1265,70 0,54 683,48

6.2.1.2 Cal hidratada CH-I kg 658,16 0,6 394,90

6.2.1.3 Areia fina m³ 6,58 57,5 378,44

6.3 Chapisco externo, traço 1:4, e=0,5cm m² 141,36 170,35

6.3.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 230 0,54 124,43

6.3.2 Areia média m³ 0,799 57,5 45,92

6.4 Emboço externo, e=2,5cm m² 141,36 1016,91

6.4.1 Argamassa traço 1:1:6 m³ 3,53

6.4.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 883,50 0,54 477,09

6.4.1.2 Cal hidratada CH-I kg 459,42 0,6 275,65

6.4.1.3 Areia fina m³ 4,59 57,5 264,17

6.5 Pintura interna m² 217,72 676,76

6.5.1 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 54,43 8,1 440,88

6.5.2 Selador p/ Pintura acrílica L 43,544 4,89 212,93

6.5.3 Lixa nº100, folha 23 x 28cm unid 17,00 1,35 22,95

6.6 Pintura externa m² 141,36 326,85

6.6.1 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 35,34 8,10 286,25

6.6.2 Selador p/ Pintura acrílica L 7,07 3,83 27,09

6.6.3 Lixa nº100, folha 23 x 28cm unid 10,00 1,35 13,50

6.7 Revestimento Cerâmico - Coz, Banheiro, Tanque m² 35,42 662,69

6.7.1 Argamassa pre-fabr tipo cimentocola AC-II kg 156 1,04 162,08

6.7.2 Argamassa pre-fabr tipo Rejuntamento, branca kg 18 2,99 52,95

6.7.3 Azulejo liso branco brilhante 0,45x0,45m m² 35,42 12,52 443,46

6.7.4 Espaçador plástico 4mm unid 140,00 0,03 4,20

7.0 REVESTIMENTO DE PISOS 2549,34

7.1 Contrapiso m² 86,03 713,23

7.1.1 Argamassa para contrapiso, traço 1:6, espessura de

2,0cm m³ 2,67

7.1.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 849,40 0,54 458,67

7.1.1.2 Areia média m³ 4,43 57,5 254,55

7.2 Revestimento cerâmico m² 94,56 1836,11

7.2.1 Argamassa de assentamento tipo AC-II kg 520,07 1,04 540,87

7.2.2 Argamassa pré fabricada para rejuntamento kg 33,28 2,99 99,52

7.2.3 Ceramica esmaltada 0,45x0,45m m² 86,03 12,52 1077,07

7.2.4 Espaçador plástico 4mm unid 395,00 0,03 11,85

7.2.5 Roda pé m² 8,53 12,52 106,80

Continua

Page 114: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

113

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

8.0 REVESTIMENTO DE TETOS 1961,98

8.1 Forro externo m² 9,2 270,50

8.1.1 Sarrafo 7x2,5cm m 12,4 0,65 8,06

8.1.2 Prego 17 x 27 kg 0,04 9,05 0,36

8.1.3 Forro PVC m² 12,4 14,80 183,52

8.1.4 Roda forro PVC m 28,4 2,75 78,10

8.1.5 Grampo 80 unid 210 0,00219 0,46

8.2 Forro Interno m² 86,03 1691,47

8.2.1 Sarrafo 7x2,5cm m 153,7 0,65 99,91

8.2.2 Prego 17 x 27 kg 0,55 9,05 4,98

8.2.3 Forro PVC m² 86,03 14,80 1273,21

8.2.4 Roda forro PVC m² 113 2,75 310,75

8.2.5 Grampo 80 unid 1200 0,00219 2,63

9.0 INSTALAÇÃO HIDRÁULICAS 1312,93

9.1 Tubo PVC soldável diam. = 20 mm m 40 2,00 80,00

9.2 Tubo PVC soldável diam. = 25 mm m 28 2,66 74,48

9.3 Tê PVC soldável diam. = 25 mm unid 8 0,90 7,20

9.4 Joelho PVC soldável 90° diam.= 20 mm unid 16 0,36 5,76

9.5 Joelho PVC soldável 90º diam.= 25 mm unid 6 0,53 3,18

9.6 Joelho PVC soldável c/ bucha de latão diam. = 20

mm X 1/2" unid 10 1,18 11,80

9.7 Bucha de redução PVC soldável 25 mm X 20 mm unid 10 0,29 2,90

9.8 Adaptador PVC soldável curto c/ bolsa e rosca p/

registro diam.= 20 mm X 1/2" unid 2,00 unid 4 0,55 2,20

9.9 Adaptador PVC soldável curto c/ bolsa e rosca

p/registro diam.= 25 mm X 3/4" unid 8 0,62 4,96

9.10 Flange PVC para reservatório diam.= 20 mm unid 2 7,59 15,18

9.11 Flange PVC para reservatório diam.= 25 mm unid 6 9,83 58,98

9.12 Reservatório de fibra de vidro capacidade 500 l,

incl.Tampa unid 2 218,9 437,80

9.13 Prancha madeira não aparelhada 6 x 30cm, p/ apoio

cx. Dágua m 5,40 31,49 170,05

9.14 Registro gaveta bruto diam.= 3/4" ( 25 mm ) unid 2 32,37 64,74

9.15 Registro gaveta metal c/ acabamento cromado diam.

3/4" unid 2 78,98 157,96

9.16 Registro pressão metal acabamento cromado

diam.=1/2" unid 2 70,01 140,02

9.17 Torneira de bóia p/ reservatório, haste metal e balão

plástico, diam.= 1/2" unid 2 24,67 49,34

9.18 Adesivo plástico para PVC 175g unid 0,5 16,2 8,10

9.19 Fita veda rosca 18mm x 50m unid 0,5 9,77 4,89

9.20 CAP PVC roscável, 3/4" unid 10 1,34 13,40

10.0 INSTALAÇÃO DE LOUÇAS E ACESSÓRIOS 2077,42

10.1 Vaso sanitário de louça branca linha popular c/ caixa

acoplada, incl.engate PVC e tubo de descarga unid 2 261,3 522,60

10.2 Parafusos fixação bacia sanitária unid 4 5,70 22,80

10.3 Assento para bacia sanitária unid 2 24,3 48,60

Continua

Page 115: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

114

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

10.4 Lavatório pequeno de louça branca sem coluna, incl.

Válvula de PVC, engate PVC 1/2" unid 2 63,95 127,90

10.5 Parafuso com bucha para fixação de peça sanitária unid 4 1,51 6,04

10.6 Sifão plástico extensível, para lavatório unid 2 6,2 12,40

10.7 Pia de mármore sintético 1,20 X 0,54 m, incl. Válvula

de PVC unid 2 142,00 284,00

10.8 Sifão plástico para pia unid 2 10,50 21,00

10.9 Parafuso para fixação de peça sanitária unid 4 1,51 6,04

10.10 Tanque de mármore sintético pequeno (22 L), 1 cuba,

incl. válvula de PVC unid 2 261,95 523,90

10.11 Sifão plástico para tanque unid 2 11,15 22,30

10.12 Parafuso para fixação de peça sanitária unid 8 1,51 12,08

10.13 Torneira de parede PVC branca linha popular p/ pia

de cozinha unid 2 26,70 53,40

10.14 Torneira de parede PVC branca linnha popular

p/tanque unid 2 20,27 40,54

10.15 Torneira de bancada PVC branca linha popular

p/lavatório unid 2 9,80 19,60

10.16 Kit de acessórios p/ banheiro composto de papeleira,

saboneteira, cabide e porta em metal cromado unid 2 97,33 194,66

10.17 Kit cavalete de PVC roscável diam. 3/4" conforme

padrão da concessionária, incl. unid 2 35,44 70,88

10.18 Chuveiro plástico branco, 3 temp., 5500W unid 2 39,9 79,80

10.19 Braço plástico, com canopla, para chuveiro simples unid 2 4,44 8,88

11.0 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 4975,74

11.1 Instalações 1513,03

11.1 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto diam. =

100 mm m 40 9,00 360,00

11.2 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto diam. = 50

mm m 4 5,85 23,40

11.3 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto diam. = 40

mm m 24 1,90 45,60

11.4 Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto diam.= 100

mm m 10 13,49 134,90

11.5 Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto diam.= 40

mm unid 6 2,77 16,62

11.6 Joelho PVC simples 45 º p/ esgoto diam. = 40 mm unid 4 1,5 6,00

11.7 Joelho PVC 90º p/ esgoto, incl. Anel de borracha

diam.= 40 mm unid 6 1,22 7,32

11.8 Tê PVC simples p/ esgoto diam.= 100 X 100 mm unid 4 10,52 42,08

11.9 Junção de redução PVC simples p/esgoto diam.= 100

X 50 mm unid 2 10,53 21,06

11.10 Bucha de redução PVC simples p/ esgoto diam. = 50

X 40 mm unid 2 1,66 3,32

11.11 Luva PVC simples p/ esgoto diam. 40 mm unid 6 0,79 4,74

11.12 Luva PVC simples p/ esgoto diam. 100 mm unid 2 3,89 7,78

Continua

Page 116: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

115

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

11.13 Caixa sifonada de PVC 100 X 100 X 40 mm

completa, incl. grelha e porta grelha de PVC branco unid 2 9,41 18,82

11.14 Caixa de gordura PVC ou concreto, com Tampa e

vedação unid 2 72,87 145,74

11.15 Caixa de inspeção PVC ou concreto, com Tampa e

vedação unid 6 82,28 493,68

11.16 Adesivo plástico para PVC 175g unid 0,5 16,2 8,10

11.17 Caixa sifonada quad 150x150x50 mm c/grelha unid 2 9,54 19,08

11.18 Tubo PVC 150mm m 3 21,35 64,05

11.19 Tê PVC, 150x100mm unid 2 45,37 90,74

11.2 Fossa, filtro e sumidouro 3299,50

11.2.1

Conjunto fossa/filtro/sumidouro, em alvenaria de

tijolos maciços, reboco interno em massa única de

traço 1:1:6, fundo em concreto, tampa em laje pré

moldada armada, preenchimento do filtro com rachão,

tubos para limpeza e inspeção de 150mm

unid 2

11.2.1.1 Concreto fck 15MPa, fundos m³ 1,00

11.2.1.2 Cimento Portland composto CP II kg 269,50 0,56 150,92

11.2.1.3 Areia média m³ 0,83 57,5 47,69

11.2.1.4 Brita 1 m³ 0,57 45,00 25,87

11.2.2 Alvenaria de tijolos maciços m² 34,4

11.2.2.1 Tijolo maciço 5 x 10 x 20 cm unid 2821 0,32 902,72

11.2.2.2 Argamassa para assentamento e reboco, traço 1:1:6 m³ 2,21

11.2.2.3 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 596 0,54 322,07

11.2.2.4 Cal hidratada CH-I kg 287 0,60 172,30

11.2.2.5 Areia média m³ 2,87 57,50 165,12

11.2.3 Aditivo impermeabilizante para argamassas e

concreto L 26,55 3,78 100,37

11.2.4 Pedra rachão m³ 1,25 47,05 58,81

11.2.5 Laje pré-moldada m² 14,69

11.2.5.1 Tavela cerâmica, 20x30cm unid 70,00 0,60 42,00

11.2.5.2 Vigota concreto armado, 3x5mm m 50 8,40 420,00

11.2.5.3 Tela soldada Q-138, 4,2mm, e=10x10cm m² 14,69 10,92 160,41

11.2.6 Concreto fck=20MPa, h=10cm m³ 1,62

11.2.6.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 517,09 0,54 279,23

11.2.6.2 Areia média m³ 1,26 57,5 72,66

11.2.6.3 Brita 1 m³ 0,95 45,00 42,54

11.2.7 Sarrafo 7x2,5cm m 18,00 0,65 11,70

11.2.8 Guia 15x2,5cm m 36,0 9,00 324,00

11.2.9 Prego 17x27 CD kg 0,1 10,96 1,10

11.3 Escavação e movimentação de solo 163,21

11.3.1

Escavação mecânica de vala a céu aberto, incluindo

carga, descarga e transporte, de solo de 1ª categoria,

DMT 2km

m³ 16,08 10,15 163,21

12.0 INSTALAÇÃO ELÉTRICAS 1993,69

12.1 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado diam. = 20

mm m 44 1,08 47,52

Continua

Page 117: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

116

Continuação

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

12.2 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado diam. = 25

mm m 16 1,17 18,72

12.3 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado diam. = 32

mm m 70 2,01 140,70

12.4 Caixa eletroduto PVC 4 X 2" unid 32 1,26 40,32

12.5 Caixa eletroduto PVC 4 X 4" unid 2 2,50 5,00

12.6 Quadro de distribuição em PVC com tampa p/ 6

circuitos unid 2 23,34 46,68

12.7 Plafonier em ABS linha popular p/ lâmpada

incandescente unid 16 3,54 56,64

12.8 Interruptor 1 tecla simples unid 4 5,68 22,72

12.9 Interruptor simples + interruptor paralelo unid 2 12,60 25,20

12.10 Interruptor 1 tecla simples conjugado com 1 tomada

universal 2P+T unid 10 12,31 123,10

12.11 Tomada 2P+T unid 16 7,40 118,40

12.12 Placa de acabamento em baquelite com furo central p/

ponto de chuveiro elétrico unid 2 2,83 5,66

12.13 Disjuntor termomagnético monofásico 10 A unid 4 7,39 29,56

12.14 Disjuntor termomagnético monofásico 20 A unid 2 7,39 14,78

12.15 Disjuntor termomagnético monofásico 32 A unid 2 7,39 14,78

12.16 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 1,5 mm² m 75 0,99 74,25

12.17 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 2,5 mm² m 265 1,37 363,05

12.18 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 6,0 mm² m 30 2,69 80,70

12.19 Fio de cobre condutor isol. 1kV # 10 mm² m 90 4,31 387,90

12.20 Caixa para medidor monofásico, em policarbonato,

com disjuntor 50A unid 2 46,90 93,80

12.21 Poste de concreto 5m unid 1 201,37 201,37

12.22 Caixa de inspeção aterramento, em plástico, com

tampa unid 2 10,16 20,32

12.23 Haste aterramento diam = 5/8, em aço, revestido em

cobre, comp.=2,40 unid 2 27,83 55,66

12.24 Conector metálico 5/8, para haste de aterramento unid 2 3,43 6,86

13.0 AQUECEDOR SOLAR 5686,02

13.1

Aquecedor solar, inclui uma placa coletora, um

reservatório térmico de 200l com suporte e caixa

redutora de pressão para água fria, com bóia

unid 2 2651,00 5302,00

13.2 Arame galvanizado, BWG 14 kg 1 9,28 4,64

13.3 Silicone acético, uso geral, incolor, 280g unid. 1 10,97 10,97

13.4 Joelho PPR 25mm unid. 12 1,01 12,12

13.5 Tubo PPR 25mm, 6m unid. 5 20,25 101,25

13.6 Adaptador PPR 25/12,5mm unid. 6 4,15 24,90

13.7 Joelho PPR 25/12,5mm unid. 4 4,15 16,60

13.8 Luva PPR 25/12,5mm unid. 6 1,29 7,74

13.9 "T" PPR 25mm unid. 2 2,62 5,24

13.10 Redução PPR 32/25mm unid. 2 1,19 2,38

13.11 CAP PPR 32mm unid. 2 1,31 2,62

13.12 Misturador base para chuveiro, com acabamento

cromado unid 2 97,78 195,56

Continua

Page 118: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

117

Conclusão

Material unid Quant.

Preço

Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

14.0 PAISAGISMO 1531,44

14.1 Calçada em concreto, 7x1m, h=10cm, fck=20MPa m³ 0,7

14.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 224,00 0,54 120,96

14.1.2 Areia média m³ 0,55 57,5 31,48

14.1.3 Brita 1 m³ 0,41 45,00 18,43

14.1.4 Fundo de brita 1, h=5cm, para calçadas m³ 0,7 45,00 31,50

14.2 Forro de brita 1, h=5cm, 80m², parte frontal e lateral

da casa m³ 4 45,00 180,00

14.3 Grama para enleivamento de fundos dos terrenos, tipo

batatais, esmeralda ou sempre verde m² 65,4 9,28 606,91

14.4 Meia cana de concreto, diam.=20cm m 26 13,13 341,38

14.5 Tubo de concreto diam.=30cm m 3 21,69 65,07

14.6 Grelha em aço 10mm, para tubo de concreto de

diam.=30cm unid 2 38,00 76,00

14.7 Argamassa m³ 0,2 0,00

14.7.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 54 0,54 29,16

14.7.2 Cal hidratada CH-I kg 26 0,60 15,60

14.7.3 Areia média m³ 0,26 57,5 14,95

Page 119: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

118

APÊNDICE B – Planilha de custos da residência construída em LSF

CUSTO MATERIAL PARA UMA CASA R$ 71.112,00

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

1.0 SERVIÇOS PRELIMINARES 586,23

1.1.0 Terreno 288,66

1.1.1

Desmatação e limpeza das matérias

orgânicas, vegetação rasteira e arbustiva do

terreno

m² 272 0,45 122,40

1.1.2 Escavação, carga e transporte de material de

1ª categoria, a distância de até 2 km m³ 16,38 10,15 166,26

1.2.0 Gabarito 297,57

1.2.1 Caibro não aparelhado 5x5cm m 24 1,44 34,56

1.2.2 Guia 12x2,5cm m 54 4,83 260,82

1.2.3 Prego 17x27 CD kg 0,2 10,96 2,19

2.0 FUNDAÇÃO RADIER 5692,61

2.1 Sarrafo 7x2,5cm m 86,4 0,65 56,16

2.2 Prego 17x27 CD kg 1 10,96 10,96

2.3 Sarrafo 2,5 x 15cm m 5,62 60,40 339,45

2.4 Brita 01 m³ 4,6 45,00 207,00

2.5 Lona plástica preta 120 micras m² 120,6 0,84 101,30

2.6 Distanciador plástico tipo cadeirinha unid 104 0,09 9,36

2.7 Tela soldada D=5mm Malha=15x15 m² 127,2 10,92 1389,02

2.8 Concreto fck=20MPa, slump 100 +/- 20mm,

usinado m³ 12,4 275,08 3410,99

2.9 Aditivo mineral impermeabilizante L 39,68 3,78 149,90

2.10 Manta Geotextil (Bidim) vb 4,502 4,10 18,46

3.0 ESTRUTURA METÁLICA kg 8664,44

3.1 Perfil UE 100x45x12x0,8mm kg 1523 4,42 6731,57

3.2 Manta asfáltica, largura=10cm m 76,9 3,14 241,47

3.3 Tábua madeira, 2,5 x 20 cm, 2ª, não

aparelhada m 6 8,07 48,42

3.4 Parafuso autobrocante, 4,2x13mm unid 3875 0,08 310,00

3.5 Chumbador 5/8, comp. = 6" unid 166 8,03 1332,98

4.0 ISOLAMENTO TERMOACÚSTICO 4536,84

4.1 Paredes m² 232,4 4536,84

4.1.1 Lã de vidro, 2 placas e=25mm m² 232,42 19,52 4536,84

5.0 ESQUADRIAS - ABERTURAS 11557,28

5.1

Esquadria Metálica completa p/ Sala (1,40

A x 1,40 L) 2 folhas, inclusive vidros,

marcos, guarnições

unid 2 966,93 1933,86

5.2

Esquadria Metálica completa p/ Quarto

(1,20 A x 1,20 L) 2 folhas, inclusive vidros,

marcos

unid 4 818,67 3274,68

5.3

Esquadria Metálica completa p/ Banheiro

(0,80 A x 0,60 L) Maxim-ar, inclusive

vidro, marco, guarnição

unid 2 392,72 785,44

5.4

Esquadria Metálica p/Cozinha (1,00 A x

1,00 L) 2 folhas, inclusive vidros, marcos,

guarnições

unid 2 540,49 1080,98

Continua

Page 120: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

119

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

5.5

Porta completa madeira, folha media, com

acabamento, p/ sala (vão 90cm x 2,10cm),

inclusive marcos, guarnições

unid 2 483,33 966,66

5.6

Porta completa madeira, folha media, com

acabamento, p/ cozinha (vão 80cm x

2,10cm), inclusive marcos, gurnições

unid 2 456,82 913,64

5.7

Porta completa madeira, folha leve, com

acabamento, p/ dormitorios e banheiro, (vão

80cm x 2,10cm), inclusive marcos,

gurnições

unid 6 387,81 2326,86

5.8 Manta asfáltica, largura=10cm m 42 3,14 131,88

5.9 Silicone acético, uso geral, incolor, 280g unid. 2 10,97 21,94

5.10 Peitoril pré-moldado em granilite, L=15cm m 10,80 9,78 105,62

5.11 Parafuso autoatarraxante, 4,2x35mm unid.

28 0,07 1,96

5.12 Parafuso autobrocante, cabeça lentilha,

4,2x13mm unid 172 0,08 13,76

6.0 COBERTURA 6485,28

6.1 ESTRUTURA PARA COBERTURA 3424,99

6.1.1 Perfil cartola kg 435,23 4,42 1923,73

6.1.2 Perfil UE kg 317,01 4,42 1401,18

6.1.3 Perfil L (chumbar) kg 7,8 4,42 34,48

6.1.4 Parafuso autobrocante, 4,2x16mm unid 820 0,08 65,60

6.2 TELHAMENTO 3060,29

6.2.1 Telha Portuguesa unid 1988 1,21 2405,48

6.2.2 Cumeeira Normal unid 36 3,04 109,44

6.2.3 Telha capa lateral unid 56 1,16 64,96

6.2.4 Rufo em chapa de aço galvanizada, N26,

corte 50cm m 18 25,25 454,50

6.2.5 Argamassa para fixação de cumeeiras, traço

1:1:6 m³ 0,10 0,00

6.2.5.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 16,00 0,54 8,64

6.2.5.2 Cal hidratada CH-I kg 12,80 0,60 7,68

6.2.5.3 Areia média m³ 0,10 57,50 5,75

6.2.6 Parafuso autoatarraxante cabeça tipo

trombeta, comp. = 55mm unid 48 0,08 3,84

7.0 REVESTIMENTO PAREDES 11769,89

7.1 Paredes Internas m² 253,1 4491,54

7.1.1 Chapa gesso acartonado ST 12,5mm x 1,2 x

2,4m unid 88 40,90 3599,20

7.1.2 Chapa cimentícia 8mm x 1,2 x 2,4m,

impermeabilizadas unid 7 65,01 455,07

7.1.3 Parafuso autobrocante cabeça trombeta,

philips, 4,2x16mm unid 2660 0,06 155,40

7.1.4 Massa em pó para tratamento de juntas e

parafusos kg 64 2,79 178,56

7.1.5 Primer L 1,3 33,67 43,50

7.1.6 Cordão de polietileno 4mm m 26,6 1,05 27,90

7.1.7 Selante elástico kg 0,4 30,64 12,26

7.1.8 Chapisco m² 18,3 -

Continua

Page 121: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

120

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

7.1.8.1 Cimento CPIV kg 29 0,54 15,51

7.1.8.2 Areia m³ 0,072 57,50 4,15

7.2 Paredes Externas m² 141,4 4703,49

7.2.1 Chapa cimentícia 8mm x 1,2 x 2,4m,

impermeabilizadas, com rebaixo unid 53 65,01 3445,53

7.2.2 Parafuso autobrocantes, cabeça trombeta,

philips, 4,2x16mm unid 1484 0,06 86,70

7.2.3 Primer L 10 33,67 333,17

7.2.4 Cordão de polietileno 4mm m 204 1,05 213,74

7.2.5 Massa para tratamento de juntas kg 99 2,79 276,08

7.2.6 Fita telada para junta, com reforço, largura

de 5cm m 204 0,13 26,51

7.2.7 Fita telada para junta, com reforço, largura

de 10cm m 204 0,86 175,28

7.2.8 Massa para acabamento de juntas kg 20 2,79 55,22

7.2.9 Cantoneiras perfuradas p/ cantos m 56 1,63 91,28

7.3 Pintura interna m² 217,72 955,08

7.3.1 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 20,7 8,10 167,67

7.3.2 Massa corrida a base de PVA L 191,59 3,99 764,46

7.3.3 Lixa nº100, folha 23 x 28cm unid 17,00 1,35 22,95

7.4 Pintura externa m² 141,4 957,08

7.4.1 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 35,34 8,10 286,25

7.4.2 Massa corrida kg 70,68 9,30 657,32

7.4.3 Lixa nº100, folha 23 x 28cm unid 10,00 1,35 13,50

7.5 Revestimento Cerâmico - Coz, Banheiro,

Tanque m² 35,42 662,69

7.5.1 Argamassa pre-fabr tipo cimentocola AC-III kg 155,85 1,04 162,08

7.5.2 Argamassa pre-fabr tipo Rejuntamento kg 17,71 2,99 52,95

7.5.3 Azulejo liso branco brilhante 0,45x0,45m m² 35,42 12,52 443,46

7.5.4 Espaçador plástico 4mm unid 140,00 0,03 4,20

8.0 REVESTIMENTO DE PISOS 2549,34

8.1 Contrapiso m² 86,03 713,23

8.1.1 Argamassa para contrapiso, traço 1:6,

espessura de 2,0cm m³ 2,67

8.1.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 849,40 0,54 458,67

8.1.1.2 Areia média m³ 4,43 57,50 254,55

8.2 Revestimento cerâmico m² 94,56 1836,11

8.2.1 Argamassa de assentamento tipo AC-II kg 520,07 1,04 540,87

8.2.2 Argamassa pré fabricada para rejuntamento kg 33,28 2,99 99,52

8.2.3 Ceramica esmaltada 0,45x0,45m m² 86,03 12,52 1077,07

8.2.4 Espaçador plástico 4mm unid 395,00 0,03 11,85

8.2.5 Roda pé m 8,53 12,52 106,80

9.0 REVESTIMENTO DE TETOS 1624,44

9.1 Forro externo m² 9,2 184,92

9.1.1 Chapa gesso acartonado ST 12,5mm x 1,2 x

2,4m unid 4 40,90 143,15

Continua

Page 122: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

121

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

9.1.2 Parafuso autobrocante, cabeça corneta,

philips, 4,2x16mm unid 98 0,06 5,73

9.1.3 Massa em pó para tratamento de juntas e

parafusos kg 3 2,79 8,37

9.1.4 Gesso em pó kg 36,4 0,56 20,38

9.1.5 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 0,9 8,10 7,29

9.2 Forro Interno m² 86,03 1439,52

9.2.1 Chapa gesso acartonado ST 12,5mm x 1,2 x

2,4m unid 29 40,90 1186,10

9.2.2 Parafuso autobrocante, cabeça corneta,

philips, 4,2x16mm unid 812 0,06 47,44

9.2.3 Massa em pó para tratamento de juntas e

parafusos kg 21 2,79 58,59

9.2.4 Gesso em pó kg 144,6 0,56 80,98

9.2.5 Tinta latex acrílica econômica (Semi Brilho

Premium) L 8,2 8,10 66,42

10.0 INSTALAÇÃO HIDRÁULICAS 1346,15

10.1 Protetor montante unid 40 0,62 24,80

10.2 Abraçadeira tipo "U", 1/2" unid 16 0,26 4,16

10.3 Parafuso autobrocante, cabeça lentilha,

4,2x13mm unid 32 0,08 2,56

10.4 Tubo PVC soldável diam. = 20 mm m 40 2,00 80,00

10.5 Tubo PVC soldável diam. = 25 mm m 28 2,66 74,48

10.6 Tê PVC soldável diam. = 25 mm unid 8 0,90 7,20

10.7 Joelho PVC soldável 90° diam.= 20 mm unid 6 0,36 2,16

10.8 Joelho PVC soldável 90º diam.= 25 mm unid 16 0,53 8,48

10.9 Joelho PVC soldável c/ bucha de latão

diam. = 20 mm X 1/2" unid 10 1,18 11,80

10.10 Bucha de redução PVC soldável 25 mm X

20 mm unid 10 0,29 2,90

10.11

Adaptador PVC soldável curto c/ bolsa e

rosca p/ registro diam.= 20 mm X 1/2" unid

2,00

unid 4 0,55 2,20

10.12 Adaptador PVC soldável curto c/ bolsa e

rosca p/registro diam.= 25 mm X 3/4" unid 8 0,62 4,96

10.13 Flange PVC para reservatório diam.= 20

mm unid 2 7,59 15,18

10.14 Flange PVC para reservatório diam.= 25

mm unid 6 9,83 58,98

10.15 Reservatório de fibra de vidro capacidade

500 l, incl.Tampa unid 2 218,90 437,80

10.16 Prancha madeira não aparelhada 6 x 30cm,

p/ apoio cx. Dágua m 5,40 31,49 170,05

10.17 Registro gaveta bruto diam.= 3/4" ( 25 mm ) unid 2 32,37 64,74

10.18 Registro gaveta metal c/ acabamento

cromado diam. 3/4" unid 2 78,98 157,96

10.19 Registro pressão metal acabamento

cromado diam.=1/2" unid 2 70,01 140,02

Continua

Page 123: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

122

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

10.20 Torneira de bóia p/ reservatório, haste metal

e balão plástico, diam.= 1/2" unid 2 24,67 49,34

10.21 Adesivo plástico para PVC 175g unid 0,5 16,20 8,10

10.22 Fita veda rosca 18mm x 50m unid 0,5 9,77 4,89

10.23 CAP PVC roscável, 3/4" unid 10 1,34 13,40

11.0 INSTALAÇÃO DE LOUÇAS E

ACESSÓRIOS 2055,50

11.1

Vaso sanitário de louça branca linha popular

c/ caixa acoplada, incl.engate PVC e tubo

de descarga

unid 2 261,30 522,60

11.2 Parafusos fixação bacia sanitária unid 4 5,70 22,80

11.3 Assento para bacia sanitária unid 2 24,30 48,60

11.4

Lavatório pequeno de louça branca sem

coluna, incl. Válvula de PVC, engate PVC

1/2"

unid 2 63,95 127,90

11.5 Parafuso rosca soberba, 5,5 x 50 mm unid 4 0,14 0,56

11.6 Sifão plástico extensível, para lavatório unid 2 6,20 12,40

11.7 Pia de mármore sintético 1,20 X 0,54 m,

incl. Válvula de PVC unid 2 142,00 284,00

11.8 Sifão plástico para pia unid 2 10,50 21,00

11.9 Parafuso rosca soberba, 5,5 x 50 mm unid 4 0,14 0,56

11.10 Tanque de mármore sintético pequeno (22

l), 1 cuba, incl. válvula de PVC unid 2 261,95 523,90

11.11 Sifão plástico para tanque unid 2 11,15 22,30

11.12 Parafuso rosca soberba, 5,5 x 50 mm unid 8 0,14 1,12

11.13 Torneira de parede PVC branca linha

popular p/ pia de cozinha unid 2 26,70 53,40

11.14 Torneira de parede PVC branca linnha

popular p/tanque unid 2 20,27 40,54

11.15 Torneira de bancada PVC branca linha

popular p/lavatório unid 2 9,80 19,60

11.16

Kit de acessórios p/ banheiro composto de

papeleira, saboneteira, cabide e porta em

metal cromado

unid 2 97,33 194,66

11.17 Kit cavalete de PVC roscável diam. 3/4"

conforme padrão da concessionária, incl. unid 2 35,44 70,88

11.18 Chuveiro plástico branco, 3 temp., 5500W unid 2 39,90 79,80

11.19 Braço plástico, com canopla, para chuveiro

simples unid 2 4,44 8,88

12.0 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 4975,74

12.1 Instalações 1513,03

12.1.1 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto

diam. = 100 mm m 40 9,00 360,00

Continua

Page 124: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

123

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

12.1.2 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto

diam. = 50 mm m 4 5,85 23,40

12.1.3 Tubo PVC simples ponta e bolsa p/ esgoto

diam. = 40 mm m 24 1,90 45,60

12.1.4 Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto

diam.= 100 mm m 10 13,49 134,90

12.1.5 Curva curta PVC simples 90º p/ esgoto

diam.= 40 mm unid 6 2,77 16,62

12.1.6 Joelho PVC simples 45 º p/ esgoto diam. =

40 mm unid 4 1,50 6,00

12.1.7 Joelho PVC 90º p/ esgoto, incl. Anel de

borracha diam.= 40 mm unid 6 1,22 7,32

12.1.8 Tê PVC simples p/ esgoto diam.= 100 X

100 mm unid 4 10,52 42,08

12.1.9 Junção de redução PVC simples p/esgoto

diam.= 100 X 50 mm unid 2 10,53 21,06

12.1.10 Bucha de redução PVC simples p/ esgoto

diam. = 50 X 40 mm unid 2 1,66 3,32

12.1.11 Luva PVC simples p/ esgoto diam. 40 mm unid 6 0,79 4,74

12.1.12 Luva PVC simples p/ esgoto diam. 100 mm unid 2 3,89 7,78

12.1.13

Caixa sifonada de PVC 100 X 100 X 40

mm completa, incl. grelha e porta grelha de

PVC branco

unid 2 9,41 18,82

12.1.14 Caixa de gordura PVC ou concreto, com

Tampa e vedação unid 2 72,87 145,74

12.1.15 Caixa de inspeção PVC ou concreto, com

Tampa e vedação unid 6 82,28 493,68

12.1.16 Adesivo plástico para PVC 175g unid 0,5 16,20 8,10

12.1.17 Caixa sifonada quad 150x150x50 mm

c/grelha unid 2 9,54 19,08

12.1.18 Tubo PVC 150mm m 3 21,35 64,05

12.1.19 Tê PVC, 150x100mm unid 2 45,37 90,74

12.2 Fossa, filtro e sumidouro 3299,50

1.2.1

Conjunto fossa/filtro/sumidouro, em

alvenaria de tijolos maciços, reboco interno

em massa única de traço 1:1:6, fundo em

concreto, tampa em laje pré moldada

armada, preenchimento do filtro com

rachão, tubos para limpeza e inspeção de

150mm

unid 2

12.2.1.1 Concreto fck 15MPa, fundos m³ 1,00

12.2.1.2 Cimento Portland composto CP II kg 269,50 0,56 150,92

12.2.1.3 Areia média m³ 0,83 57,50 47,69

12.2.1.4 Brita 1 m³ 0,57 45,00 25,87

12.2.2 Alvenaria de tijolos maciços m² 34,4

12.2.2.1 Tijolo maciço 5 x 10 x 20 cm unid 2821 0,32 902,72

Continua

Page 125: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

124

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

12.2.2.2 Argamassa para assentamento e reboco,

traço 1:1:6 m³ 2,21

12.2.2.3 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 596 0,54 322,07

12.2.2.4 Cal hidratada CH-I kg 287 0,60 172,30

12.2.2.5 Areia média m³ 2,87 57,50 165,12

12.2.3 Aditivo impermeabilizante para argamassas

e concreto L 26,55 3,78 100,37

12.2.4 Pedra rachão m³ 1,25 47,05 58,81

12.2.5 Laje pré-moldada m² 14,69

12.2.5.1 Tavela cerâmica, 20x30cm unid 70,00 0,60 42,00

12.2.5.2 Vigota concreto armado, 3x5mm m 50 8,40 420,00

12.2.5.3 Tela soldada Q-138, 4,2mm, e=10x10cm m² 14,69 10,92 160,41

12.2.6 Concreto fck=20MPa, h=10cm m³ 1,62

12.2.6.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 517,09 0,54 279,23

12.2.6.2 Areia média m³ 1,26 57,50 72,66

12.2.6.3 Brita 1 m³ 0,95 45,00 42,54

12.2.7 Sarrafo 7x2,5cm m 18,00 0,65 11,70

12.2.8 Guia 15x2,5cm m 36,0 9,00 324,00

12.2.9 Prego 17x27 CD kg 0,1 10,96 1,10

12.3 Escavação e movimentação de solo 163,21

12.3.1

Escavação mecânica de vala a céu aberto,

incluindo carga, descarga e transporte, de

solo de 1ª categoria, DMT 2km

m³ 16,08 10,15 163,21

13.0 INSTALAÇÃO ELÉTRICAS 2050,81

13.1 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado

diam. = 20 mm m 44 1,08 47,52

13.2 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado

diam. = 25 mm m 16 1,17 18,72

13.3 Eletroduto PVC flexível tipo corrugado

diam. = 32 mm m 70 2,01 140,70

13.4 Abraçadeira de nylon, 200x4,6mm unid 60 0,12 7,20

13.5 Protetor montante unid 60 0,62 37,20

13.6 Caixa embutir PVC 4 X 2" para drywall /

LSF unid 32 1,65 52,80

Continua

Page 126: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

125

Continuação

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

13.7 Caixa embutir PVC 4 X 4" para drywall /

LSF unid 2 2,62 5,24

13.8 Quadro de distribuição em PVC com tampa

p/ 6 circuitos unid 2 23,34 46,68

13.9 Plafonier em ABS linha popular p/ lâmpada

incandescente unid 16 3,54 56,64

13.10 Interruptor 1 tecla simples unid 4 5,68 22,72

13.11 Interruptor simples + interruptor paralelo unid 2 12,60 25,20

13.12 Interruptor 1 tecla simples conjugado com 1

tomada universal 2P+T unid 10 12,31 123,10

13.13 Tomada 2P+T unid 16 7,40 118,40

13.14 Placa de acabamento em baquelite com furo

central p/ ponto de chuveiro elétrico unid 2 2,83 5,66

13.15 Disjuntor termomagnético monofásico 10 A unid 4 7,39 29,56

13.16 Disjuntor termomagnético monofásico 20 A unid 2 7,39 14,78

13.17 Disjuntor termomagnético monofásico 32 A unid 2 7,39 14,78

13.18 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 1,5 mm² m 75 0,99 74,25

13.19 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 2,5 mm² m 265 1,37 363,05

13.20 Fio de cobre condutor isol. 750 V # 6,0 mm² m 30 2,69 80,70

13.21 Fio de cobre condutor isol. 1kV # 10 mm² m 90 4,31 387,90

13.22 Caixa para medidor monofásico, em

policarbonato, com disjuntor 50A unid 2 46,90 93,80

13.23 Poste de concreto 5m unid 1 201,37 201,37

13.24 Caixa de inspeção aterramento, em plástico,

com tampa unid 2 10,16 20,32

13.25 Haste aterramento diam = 5/8, em aço,

revestido em cobre, comp.=2,40 unid 2 27,83 55,66

13.26 Conector metálico 5/8, para haste de

aterramento unid 2 3,43 6,86

14.0 AQUECEDOR SOLAR 5686,02

14.1

Aquecedor solar, inclui uma placa coletora,

um reservatório térmico de 200l com

suporte e caixa redutora de pressão para

água fria, com bóia

unid 2 2651,00 5302,00

14.2 Arame galvanizado, BWG 14 kg 1 9,28 4,64

14.3 Silicone acético, uso geral, incolor, 280g unid. 1 10,97 10,97

14.4 Joelho PPR 25mm unid. 12 1,01 12,12

14.5 Tubo PPR 6m unid. 5 20,25 101,25

14.6 Adaptador PPR 25/12,5mm unid. 6 4,15 24,90

14.7 Joelho PPR 25/12,5mm unid. 4 4,15 16,60

14.8 Luva PPR 25/12,5mm unid. 6 1,29 7,74

14.9 "T" PPR 25mm unid. 2 2,62 5,24

Continua

Page 127: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

126

Conclusão

Serviço unid Quant. Preço Unit.

(R$)

Custo Total

(R$)

14.10 Redução PPR 32/25mm unid. 2 1,19 2,38

14.11 CAP PPR 32mm unid. 2 1,31 2,62

14.12 Misturador base para chuveiro, com

acabamento cromado unid 2 97,78 195,56

15.0 PAISAGISMO 1531,44

15.1 Calçada em concreto, 7x1m, h=10cm,

fck=20MPa m³ 0,70 -

15.1.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 224,00 0,54 120,96

15.1.2 Areia média m³ 0,55 57,50 31,48

15.1.3 Brita 1 m³ 0,41 45,00 18,43

15.1.4 Fundo de brita 1, h=5cm, para calçadas m³ 0,7 45,00 31,50

15.2 Forro de brita 1, h=5cm, 80m², parte frontal

e lateral da casa m³ 4 45,00 180,00

15.3

Grama para enleivamento de fundos dos

terrenos, tipo batatais, esmeralda ou sempre

verde

m² 65,4 9,28 606,91

15.4 Meia cana de concreto, diam.=20cm m 26

13,13 341,38

15.5 Tubo de concreto diam.=30cm m 3 21,69 65,07

15.6 Grelha em aço 10mm, para tubo de concreto

de diam.=30cm unid 2 38,00 76,00

15.7 Argamassa m³ 0,2 -

15.7.1 Cimento Portland Pozolânico CP IV-32 kg 54 0,54 29,16

15.7.2 Cal hidratada CH-I kg 26 0,60 15,60

15.7.3 Areia média m³ 0,26 57,50 14,95

Page 128: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

127

APÊNDICE C – Planilha de rendimentos e custos de mão de obra para atividades construtivas

RENDIMENTOS E CUSTOS DE MÃO DE OBRA PARA UMA CASA GEMINADA

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

1.0 LOCAÇÃO DE OBRA 198,95

1.1 Locação de obra e

execução de gabarito Pedreiro 2 44 m 0,18 7,92 14,24 112,78

Servente 1 44 m 0,18 7,92 10,88 86,17

2.0 RADIER 1865,23

2.1 Laje radier 1266,16

2.1.1

Execução de laje

armada de espessura

de 10 cm, com concre-

to usinado fora da obra Pedreiro 2 112,56 m² 0,448 50,40 14,24 717,76

Execução de laje ar-

mada de espessura de

10 cm, com concreto

usinado fora da obra Servente 2 112,56 m² 0,447 50,40 10,88 548,40

2.2 Instalações embutidas 599,08

2.2.1

Caixas sifonadas

Encana-

dor 1

4 un. 0,25 1,00 14,24 14,24

Tubos 48 m 0,38 18,24 14,24 259,74

Junções 12 un. 0,17 2,04 14,24 29,05

“Tês” 4 un. 0,14 0,56 14,24 7,97

Joelhos 22 un. 0,1 2,20 14,24 31,33

Caixas sifonadas

Aux.

Encana-

dor

1

4 un. 0,25 1,00 10,68 10,68

Tubos 48 m 0,38 18,24 10,68 194,80

Junções 12 un. 0,17 2,04 10,68 21,79

“Tês” 4 un. 0,14 0,56 10,68 5,98

Joelhos 22 un. 0,1 2,20 10,68 23,50

3.0 EXECUÇÃO DE ALVENARIA 5151,56

3.1

Alvenaria em blocos

cerâmicos Pedreiro 3 268,56 m² 0,9 241,70 14,24 3441,86

Alvenaria em blocos

cerâmicos Servente 3 268,56 m² 0,45 120,85 10,88 1314,87

3.2

Execução vergas, con-

tra-vergas e cintas Pedreiro 2 68,8 m 0,269 18,51 14,24 263,54

Execução vergas, con-

tra-vergas e cintas Servente 2 68,8 m 0,134 9,22 14,24 131,28

4.0 ESTRUTURA COBERTURA (MADEIRA) 2906,70

4.1

Montagem e instala-

ção de tesouras

Carpin-

teiro 2 14 un. 7,494 104,92 14,24 1494,00

Montagem e instala-

ção de tesouras

Aux.

Carpin-

teiro 2 14 m² 1,729 24,21 10,88 263,36

4.2

Trama

Carpin-

teiro 2 120,6 un. 0,367 44,26 10,68 472,70

Trama

Aux.

Carpin-

teiro 2 120,6 m² 0,394 47,52 14,24 676,63

Continua

Page 129: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

128

Continuação

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

5.0 MONTAGEM ESTRUTURA METÁLICA + VEDAÇÃO DE DUAS FACES 2839,32

5.1

Montagem de estrutu-

ra e instalação de

painéis

Monta-

dor est.

met. 2 268,56 m² 0,628 168,66 14,24 2401,6

Montagem de estrutu-

ra e instalação de

painéis Servente 1 268,56 m² 0,157 42,16 10,38 437,66

6.0 ESTRUTURA COBERTURA (METÁLICA) 2140,91

6.1

Montagem e instala-

ção de treliças

Monta-

dor est.

met. 2 81,9 m² 0,628 51,43 14,24 732,41

Montagem e instala-

ção de treliças Servente 1 81,9 m² 0,157 12,86 10,38 133,47

6.2 Trama

Monta-

dor est.

met. 2 120,6 m² 0,628 75,74 14,24 1078,49

Trama Servente 1 120,6 m² 0,157 18,93 10,38 196,54

7.0 TELHAMENTO 472,79

7.1

Colocação e fixação

de telhas Pedreiro 2 120,6 m² 0,082 9,89 14,24 140,82

Colocação e fixação

de telhas Servente 2 120,6 m² 0,253 30,51 10,88 331,97

8.0 REVESTIMENTO PAREDES DE ALVENARIA 6282,07

8.1 Chapisco Pedreiro 2 394,5 m² 0,07 27,62 14,24 393,24

Chapisco Servente 2 394,5 m² 0,07 27,62 10,68 294,93

8.2

Reboco com massa

única, para cerâmica Pedreiro 2 35,5 m² 0,58 20,59 14,24 293,20

Reboco com massa

única, para cerâmica Servente 2 35,5 m² 0,211 7,49 10,88 81,50

8.3

Reboco com massa

única Pedreiro 2 359 m² 0,47 168,73 14,24 2402,72

Reboco com massa

única Servente 2 359 m² 0,171 61,39 10,88 667,91

8.4

Assentamento de

revestimento cerâmico

Azulejis-

ta 1 35,42 m² 0,49 17,36 12,93 224,41

Assentamento de

revestimento cerâmico

Aux.

Azulejis-

ta 1 35,42 m² 0,21 7,44 9,72 72,30

8.5 Aplicação selador Pintor 1 359 m² 0,045 16,12 14,24 229,59

Aplicação selador Servente 1 359 m² 0,014 5,03 10,88 54,68

8.6

Aplicação tinta acríli-

ca Pintor 1 359 m² 0,249 89,32 14,24 1271,96

Aplicação tinta acríli-

ca Servente 1 359 m² 0,076 27,17 10,88 295,64

9.0 REVESTIMENTO DE PAINÉIS LSF 4829,16

9.1

Aplicação massa acrí-

lica Pintor 1 359 m² 0,482 172,89 14,24 2462,02

Aplicação massa acrí-

lica Servente 1 359 m²

0,120

5 43,26 10,88 470,66

Continua

Page 130: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

129

Continuação

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

9.2

Aplicação tinta acríli-

ca Pintor 1 359 m² 0,249 89,32 14,24 1271,96

Aplicação tinta acríli-

ca Servente 1 359 m² 0,076 27,17 10,88 295,64

9.3 Chapisco Pedreiro 2 18,3 m² 0,07 1,28 14,24 18,24

Chapisco Servente 2 18,3 m² 0,07 1,28 10,88 13,94

9.4

Assentamento de

revestimento cerâmico

Azulejis-

ta 1 35,42 m² 0,49 17,36 12,93 224,41

Assentamento de

revestimento cerâmico

Aux.

Azu-

lejista 1 35,42 m² 0,21 7,44 9,72 72,30

10.0 ISOLAMENTO ACÚSTICO 268,05

10.1

Instalação de lã de

vidro

Monta-

dor est.

met. 2 232,42 m² 0,068 15,80 14,24 225,06

Instalação de lã de

vidro Servente 2 232,42 m² 0,017 3,95 10,88 42,99

11.0 EXECUÇÃO DE CONTRAPISO 490,98

11.1

Execução de contrapi-

so Pedreiro 1 86,03 m² 0,29 24,95 14,24 355,26

Execução de contrapi-

so Servente 1 86,03 m² 0,145 12,47 10,88 135,72

12.0 REVESTIMENTO DE PISOS 792,10

12.1

Assentamento de

revestimento cerâmico

Azulejis-

ta 1 94,56 m² 0,49 46,33 12,93 599,09

Assentamento de

revestimento cerâmico

Aux.

Azulejis-

ta 1 94,56 m² 0,21 19,86 9,72 193,01

13.0 INSTALAÇÃO DE ESQUADRIAS 341,20

13.1 Porta 80x210

Serra-

lheiro 1 8 un. 0,555 4,44 13,45 59,72

Servente 1 8 un. 0,278 2,22 10,88 24,20

13.2 Porta 90x210

Serra-

lheiro 1 2 un. 0,555 1,11 13,45 14,93

Servente 1 2 un. 0,278 0,56 10,88 6,05

13.3 Janela maximar

Serra-

lheiro 1 0,96 m² 1,44 1,38 13,45 18,59

Servente 1 0,96 m² 1,44 1,38 10,88 15,04

13.4

Janela 2 folhas de

correr 100x100

Serra-

lheiro 1 2 un. 1,2 2,40 13,45 32,28

Servente 1 2 un. 0,54 1,08 10,88 11,75

13.5

Janela 2 folhas de

correr 120x120

Serra-

lheiro 1 4 un. 1,44 5,76 13,45 77,47

Servente 1 4 un. 0,65 2,60 10,88 28,29

13.6

Janela 2 folhas de

correr 140x140

Serra-

lheiro 1 2 un. 1,44 2,88 13,45 38,74

Servente 1 2 un. 0,65 1,30 10,88 14,14

Continua

Page 131: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

130

Continuação

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

14.0 FORRO DE PVC 1977,72

14.1

Montagem cama de

forro

Carpin-

teiro 1 89,6 m² 0,367 32,88 14,24 468,26

Montagem cama de

forro Servente 1 89,6 m² 0,394 35,30 10,88 384,09

14.2

Colocação de forro

PVC

Carpin-

teiro 1 89,6 m² 0,5 44,80 14,24 637,95

Colocação de forro

PVC Servente 1 89,6 m² 0,5 44,80 10,88 487,42

15.0 FORRO DE GESSO 755,71

Colocação de forro de

gesso Gesseiro 1 89,6 m² 0,49 43,90 12,55 551,00

Colocação de forro de

gesso Servente 1 89,6 m² 0,21 18,82 10,88 204,72

16.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 854,65

16.1 Eletrodutos em forro e

paredes

Eletricis-

ta 1 60 m 0,07 4,20 14,5 60,90

Aux.

Eletricis-

ta 1 60 m 0,07 4,20 10,88 45,70

16.2 Enfiação 1,5 mm

Eletricis-

ta 1 75 m 0,024 1,80 14,5 26,10

Aux.

Eletricis-

ta 1 75 m 0,024 1,80 10,88 19,58

16.3 Enfiação 2,5 mm

Eletricis-

ta 1 265 m 0,03 7,95 14,5 115,28

Aux.

Eletricis-

ta 1 265 m 0,03 7,95 10,88 86,50

16.4 Enfiação 6 mm

Eletricis-

ta 1 30 m 0,052 1,56 14,5 22,62

Aux.

Eletricis-

ta 1 30 m 0,052 1,56 10,88 16,97

16.5 Enfiação 10 mm

Eletricis-

ta 1 90 m 0,077 6,93 14,5 100,49

Aux.

Eletricis-

ta 1 90 m 0,077 6,93 10,88 75,40

16.6

Instalação de pontos

(tomadas e interrupto-

res

Eletricis-

ta 1 34 un. 0,308 10,47 14,5 151,84

Aux.

Eletricis-

ta 1 34 un. 0,308 10,47 10,88 113,94

16.7 Caixa de disjuntores

Eletricis-

ta 1 2 un. 0,117 0,23 14,5 3,39

Aux.

Eletricis-

ta 1 2 un. 0,117 0,23 10,88 2,55

Continua

Page 132: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

131

Continuação

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

16.8 Disjuntores

Eletricis-

ta 1 8 un. 0,066 0,53 14,5 7,66

Aux.

Eletricis-

ta 1 8 un. 0,066 0,53 10,88 5,74

17.0 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 849,27

17.1 Água fria 563,29

17.1.

1 Tubos

Encana-

dor 1 68 un. 0,133 9,04 14,24 128,79

Aux.

Encana-

dor 1 68 un. 0,133 9,04 10,68 96,59

17.1.

2

Adaptador soldável

com rosca

Encana-

dor 1 12 un. 0,08 0,96 14,24 13,67

Aux.

Encana-

dor 1 12 un. 0,08 0,96 10,68 10,25

17.1.

3 Buchas

Encana-

dor 1 10 un. 0,1 1,00 14,24 14,24

Aux.

Encana-

dor 1 10 un. 0,1 1,00 10,68 10,68

17.1.

4 Joelhos

Encana-

dor 1 32 un. 0,12 3,84 14,24 54,68

Aux.

Encana-

dor 1 32 un. 0,12 3,84 10,68 41,01

17.1.

5 “Tê”

Encana-

dor 1 8 un. 0,159 1,27 14,24 18,11

Aux.

Encana-

dor 1 8 un. 0,159 1,27 10,68 13,58

17.1.

6 Flange

Encana-

dor 1 8 un. 0,136 1,09 14,24 15,49

Aux.

Encana-

dor 1 8 un. 0,136 1,09 10,68 11,62

17.1.

7 Registro

Encana-

dor 1 6 un. 0,3 1,80 14,24 25,63

Aux.

Encana-

dor 1 6 un. 0,3 1,80 10,68 19,22

17.1.

8 Reservatório água fria

Encana-

dor 1 2 un. 1,8 3,60 14,24 51,26

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 1,8 3,60 10,68 38,45

17.2 Água quente 285,98

17.2.

1 Tubos

Encana-

dor 1 30 un. 0,17 5,10 14,24 72,62

Aux.

Encana-

dor 1 30 un. 0,17 5,10 10,68 54,47

Continua

Page 133: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

132

Continuação

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

17.2.

2 Joelhos

Encana-

dor 1 16 un. 0,227 3,63 14,24 51,72

Aux.

Encana-

dor 1 16 un. 0,227 3,63 10,68 38,79

17.2.

3 Adaptadores

Encana-

dor 1 10 un. 0,169 1,69 14,24 24,07

Aux.

Encana-

dor 1 10 un. 0,169 1,69 10,68 18,05

17.2.

4 Luvas

Encana-

dor 1 6 un. 0,117 0,70 14,24 10,00

Aux.

Encana-

dor 1 6 un. 0,117 0,70 10,68 7,50

17.2.

5 “Tês”

Encana-

dor 1 2 un. 0,176 0,35 14,24 5,01

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,176 0,35 10,68 3,76

18.0 INSTALAÇÃO DE LOUÇAS 330,94

18.1 Tanque

Encana-

dor 1 2 un. 0,97 1,94 14,24 27,63

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,46 0,92 10,68 9,83

18.2 Pia

Encana-

dor 1 2 un. 0,83 1,66 14,24 23,64

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,64 1,28 10,68 13,67

18.3 Lavabo

Encana-

dor 1 2 un. 0,88 1,76 14,24 25,06

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,44 0,88 10,68 9,40

18.4 Vaso

Encana-

dor 1 2 un. 0,78 1,56 14,24 22,21

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,44 0,88 10,68 9,40

18.5 Acessórios p/ banheiro

Encana-

dor 1 10 un. 0,76 7,60 14,24 108,22

Aux.

Encana-

dor 1 10 un. 0,65 6,50 10,68 69,42

18.6 Torneira mesa

Encana-

dor 1 2 un. 0,1 0,20 14,24 2,85

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,03 0,06 10,68 0,64

Continua

Page 134: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

133

Conclusão

Atividade Profiss.

Nº de

prof. Qtd. Un.

Coef.

(h)

Total

horas

Custo

hora

(R$)

Custo

homem/

hora

(R$)

Custo

da

etapa

(R$)

18.7 Torneira parede

Encana-

dor 1 2 un. 0,12 0,24 14,24 3,42

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,01 0,02 10,68 0,21

18.8 Torneira tanque

Encana-

dor 1 2 un. 0,15 0,30 14,24 4,27

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,05 0,10 10,68 1,07

19.0 EXECUÇÃO DE FOSSA / FILTRO / SUMIDOURO 1096,88

19.1 Piso fossa/filtro Pedreiro 1 1,00 m³ 1,85 1,85 14,24 26,30

Servente 1 1,00 m³ 5,54 5,53 10,88 60,16

19.2 Alvenarias Pedreiro 1 34,4 m² 0,71 24,42 14,24 347,80

Servente 1 34,4 m² 0,35 12,04 10,88 131,00

19.3 Revestimento reboco Pedreiro 1 24,24 m² 0,58 14,06 14,24 200,20

Servente 1 24,24 m² 0,211 5,11 10,88 55,65

19.4 Laje pré-moldada Pedreiro 1 14,69 m² 0,42 6,17 14,24 87,86

Servente 1 14,69 m² 0,3 4,41 10,88 47,95

19.5 Concretagem manual Pedreiro 1 1,62 m³ 1,85 2,99 14,24 42,57

Servente 1 1,62 m³ 5,54 8,95 10,88 97,40

20.0 AQUECEDOR SOLAR 219,30

20.1

Reservatório água

quente

Encana-

dor 1 2 un. 3,6 7,20 14,24 102,53

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 3,6 7,20 10,68 76,90

20.2

Placa coletora p/ aque-

cimento água Encana-

dor 1 2 un. 0,8 1,60 14,24 22,78

Aux.

Encana-

dor 1 2 un. 0,8 1,60 10,68 17,09

21.0 PAISAGISMO 936,90

21.1

Calçada não armada,

colocação de fôrma e

concretagem

Pedreiro 1 7 m² 0,314 2,20 14,24 31,26

Servente 1 7 m² 0,314 2,20 10,88 23,94

21.2 Britagem terreno Servente 1 4 m³ 2,5 10,00 10,88 108,80

21.3 Enleivamento talude Servente 1 65,4 m² 0,16 10,46 10,88 113,85

21.4

Instalação meia cana

drenagem pluvial

Pedreiro 1 26 m 0,23 5,98 14,24 85,16

Servente 1 26 m 1,31 34,06 10,88 370,57

21.5 Limpeza final de obra Servente 1 92 m² 1 1,00 2,21 203,32

Page 135: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

134

APÊNDICE D – Estrutura da residência tipo em LSF

Fonte: Do autor, 2017.

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APÊNDICE E – Corte em painel externo fixado sobre o contrapiso, com placa externa com

transpasse de 5 cm, evitando a entrada de água que escorre no painel externo sob a guia

inferior.

Fonte: Do autor, 2017.

Page 137: anlise dos custos de habita§µes de interesse social em light steel framing e sistema convencional

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APÊNDICE F – Corte em painel interno

Fonte: Do autor, 2017.

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APÊNDICE G – Planta da casa em LSF, com medidas em milímetros

Fonte: Do autor (2017).