CLIPPING - Microsoft · Santos e o ponto de distribuição em Cubatão, deverá contar com três...
Transcript of CLIPPING - Microsoft · Santos e o ponto de distribuição em Cubatão, deverá contar com três...
1
Grupo de Comunicação
CLIPPING 26 de junho de 2019
35 anos
https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/apa-campos-do-jordao/)
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Parque Estadual da Restinga de Bertioga .......................................................................................... 5
Reforço da Comgás oferece risco ..................................................................................................... 6
Sabesp vai despoluir 25 córregos da Bacia do Rio Pinheiros ................................................................ 7
Segundo aniversário do programa Lixo Zero traz especialistas em gestão sustentável de resíduos sólidos 9
Seminário destaca Geo & Drones nos Recursos Naturais e Meio Ambiente .......................................... 10
Comdema debate parceria para recuperação de nascentes ............................................................... 12
Comdema propõe parceria para recuperação de nascentes ............................................................... 13
SP: Catanduva recebe 1º Seminário Regional do Etanol Mais Verde ................................................... 14
Estudo ambiental de ponte no Litoral é iniciado ............................................................................... 15
Poluição no ar de Jundiaí é preocupante ......................................................................................... 16
Águas Andradina alerta população sobre redes cruzadas .................................................................. 17
Indústria de cloro-álcalis reduz acidentes com transporte de produtos químicos em 54% ..................... 18
Projeto de inspeção veicular para frota a diesel está parado há 10 anos na Assembleia de SP ............... 19
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 20
Misteriosos 'puns' de metano em Marte intrigam a Nasa ................................................................... 20
Prefeito sanciona lei que proíbe fornecimento de canudinhos plásticos em SP ..................................... 21
Oito anos depois de chocar o Brasil, safári de caça a onças no Pantanal teve maior parte dos crimes prescritos ................................................................................................................................... 22
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 25
Opinião - Vinicius Torres Freire: Novo mercado de gás pode mexer com seu botijão e seu chuveiro quente ................................................................................................................................................. 25
Puxado por SP e MG, número de mortes por dengue cresce 163% em um ano .................................... 26
Painel: STF impede derrota da Lava Jato, mas voto de Celso de Mello mantém Moro sob espada ........... 28
Petrobras negocia com Cade sua saída do transporte e da distribuição de gás ..................................... 30
Petrobras diz que oferta secundária de ações da Caixa movimentou R$ 7,3 bi ..................................... 32
Não é por decreto que vamos baixar o preço do gás, diz ministro ...................................................... 33
Após 27 anos de impasse, casarão na Paulista torna-se de domínio público ........................................ 36
Canudos plásticos passam a ser proibidos na cidade de São Paulo ..................................................... 39
Mônica Bergamo: Pela primeira vez em meses, Lula ficou tenso e ansioso com possibilidade de sair da prisão ........................................................................................................................................ 42
ESTADÃO ................................................................................................................................... 44
Análise: Só ação midiática sobre canudos não adianta ..................................................................... 44
Conscientização e ações permanentes são a chave para uma gestão eficiente dos resíduos sólidos urbanos ................................................................................................................................................. 44
Estado de São Paulo banirá canudo plástico .................................................................................... 45
Mananciais em perigo .................................................................................................................. 46
Cade não deverá julgar nesta quarta acordo com a Petrobras no mercado de gás ................................ 47
Credores tentam adiar assembleia da Constellation, da Queiroz Galvão .............................................. 48
Demanda em IPO da Neoenergia supera em 5 vezes a oferta ............................................................ 49
Ministro diz que governo não vai baixar preço do gás 'por decreto' .................................................... 50
3
Grupo de Comunicação
Relatório da ONU fala em ‘apartheid climático’ e critica medidas do governo Bolsonaro ........................ 51
Rio espera tirar 3 bilhões de sacolas plásticas de circulação por ano .................................................. 52
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 54
Plano do gás pode destravar investimentos de R$ 33 bi ................................................................... 54
Ministério projeta investimento novo de R$ 32,8 bi na área de gás .................................................... 55
Setor aprova medidas com ressalvas ............................................................................................. 57
Governo estuda juntar repasses para estimular a adesão dos Estados ................................................ 58
Abertura viabiliza uso como matéria-prima, diz Abiquim ................................................................... 59
Carga de energia aumenta 4,9% em maio, aponta ONS ................................................................... 60
MMA paralisa a análise de projetos para o Fundo Amazônia .............................................................. 61
Pente-fino de ministério paralisa ao menos 24 projetos do Fundo Amazônia ....................................... 62
ONU alerta para um apartheid climático ......................................................................................... 65
Liderança em elétricos é prioridade para a BMW .............................................................................. 66
Portaria libera a emissão de debênture incentivada por usina ............................................................ 68
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS
5
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: ABC DO ABC
Data: 26/06/2019
Parque Estadual da Restinga de Bertioga
Distante cerca de 120 Km da capital,
encontra-se o PARQUE ESTADUAL DA
RESTINGA DE BERTIOGA (PERB), que no
final de 2018 completou 8 anos de criação
(Oficialmente criado em dezembro de 2010,
Decreto Estadual n° 56.500, administrado pela
Fundação Florestal, Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo).
'Parque' (Parque Estadual ou Parque Nacional)
é uma categoria de Unidade de Conservação
(espaço territorial delimitado com o objetivo
de proteção de seus recursos naturais e
biodiversidade) para a preservação de áreas
representativas de ecossistemas. Os Parques
têm como objetivo a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica, permitindo a
realização de pesquisas científicas e de
atividades de educação ambiental, recreação e
turismo ecológico.
Restinga é um tipo de vegetação da Mata
Atlântica que ocorre em solos arenosos na
planície costeira do litoral brasileiro e que
sofre influência do mar.
O PERB foi selecionado como Unidade de
Conservação de Proteção Integral por
apresentar alta conservação das fisionomias
vegetais (manguezal, restinga e floresta
ombrófila densa) da região e rica
biodiversidade, porém alto grau de ameaça à
sua integridade, devido à especulação
imobiliária e outras formas de ocupação e
atividades humanas.
O PERB, totalmente localizado no município
de Bertioga (litoral de São Paulo, Baixada
Santista), engloba 98% dos remanescentes da
mata de restinga da Baixada Santista. O
Parque assegura a proteção das sub-bacias do
rio Itaguaré e do rio Guaratuba, rios que
apresentam boa disponibilidade hídrica e
qualidade da água.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26024004&e=577
Voltar ao Sumário
6
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 26/06/2019
Reforço da Comgás oferece risco
PREOCUPAÇÃO. Deputado Paulo Corrêa está
pedindo uma série de informações
A O reforço estrutural de suprimento de gás
na Baixada Santista, com a implantação de
um Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL)
em embarcação no estuário de Santos, nas
proximidades da Ilha dos Bagres, é viável mas
oferece risco ambiental. A informação é do
deputado estadual Paulo Corrêa (Patriota),
que teve acesso a um parecer da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb).
O deputado protocolizou um requerimento de
informação na Assembleia Legislativa (Alesp),
cobrando explicações da Cetesb e do
Conselho Estadual de Meio Ambiente
(Consema). 'O requerimento tem 10
questões sobre esse empreendimento. Tanto
eu, quanto a população, necessitamos de um
esclarecimento do que será feito na Baixada
Santista', afirmou o deputado.
COMUNIDADE.
O parecer aponta impacto que o terminal
causará a comunidade pesqueira ribeirinha,
que será impedida de explorar algumas áreas
em face da instalação das atividades no local,
além do risco de contaminação. A súmula do
parecer técnico 177/19/IE, trata da solicitação
de licença ambiental prévia sob
responsabilidade da Companhia de Gás de São
Paulo S.A (Comgás).
Se estabelecido o terminal, que seria um navio
que ficaria no local, haverá uma distribuição
do gás natural, em fase gasosa, por meio de
gasoduto marítimo e terrestre até um novo
ponto de distribuição localizado em Cubatão.
Serão necessárias atividades de dragagem,
com estimativa de volume de 1,98 milhões de
metros cúbicos de material dragado, de modo
a atingir 13,75 metros de calado do canal de
acesso.
O gasoduto, que interliga o terminal em
Santos e o ponto de distribuição em Cubatão,
deverá contar com três trechos submersos e
quatro trechos terrestres, sendo a extensão
total de 8.579, 67 metros. A previsão de
implantação do terminal é de 12 meses, com
um investimento de R$ 354 milhões.
Corrêa Jr quer total detalhamento sobre o
empreendimento e saber se houve um estudo
do local, onde haveria a desova do material
dragado, para a instalação do reforço
estrutural de suprimento de gás na região.
IMPACTOS.
Outras duas importantes questões apontadas
são em relação a estudos, tanto acerca dos
impactos ambientais na instalação de
gasoduto em três trechos submersos e em
quatro trechos terrestres; quanto a um estudo
se isso afetará a fauna e flora local, caso haja
a instalação do terminal. E também pesquisas
sobre possíveis acidentes, métodos de
contenção e evacuação da população
ribeirinha, que pode ser afetada.
Paulo Corrêa Jr entende que o assunto deve
ser discutido na Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável da Assembleia
Legislativa, por isso, ele apresentou um
requerimento solicitando a presença do
Domenico Tremaroli, diretor de avaliação de
impacto ambiental da Cetesb e representantes
do Consema.
COMGÁS.
Questionada, a Comgás avalia junto às
autoridades competentes potencial
investimento para instalação de um ponto
adicional de suprimento de gás e o objetivo é
ampliar as possíveis fontes de abastecimento
desse insumo estratégico para o Estado.
Afirma que está seguindo todos os
procedimentos para garantir a viabilidade
socioambiental do projeto, incluindo a
utilização das mais modernas tecnologias
implementadas em diferentes terminais de
GNL no mundo, um plano de comunicação
com a comunidade local e um estudo de
impacto ambiental protocolado na Cetesb.
A proposta foi debatida em audiências públicas
nos dias 10 e 15 de outubro de 2018, em
Santos e em Cubatão, respectivamente.
Por ter seguido todas as etapas definidas em
resolução Conama e os estudos terem
demonstrado sua viabilidade ambiental, o
projeto obteve LP - Licença Prévia, emitida
pelos órgãos competentes. (DL)
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26033842&e=577
Voltar ao Sumário
7
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário Regional
Data: 25/06/2019
Sabesp vai despoluir 25 córregos da Bacia
do Rio Pinheiros
Obras para resolver o problema do esgoto vão
contribuir para melhorar a qualidade da água
do rio.
A Sabesp está iniciando o processo de
despoluição de 25 córregos dentro do novo Rio
Pinheiros, que tem o objetivo de devolver o rio
limpo para a população até 2022. O
investimento do projeto, que é uma das
prioridades do Governo do Estado de São
Paulo, é de aproximadamente R$ 1 bilhão e
inclui ações socioambientais para engajar a
população na recuperação dos cursos-d'água.
O primeiro córrego a receber obras será o
Zavuvus, na zona sul de São Paulo. A licitação
para ampliar a coleta de esgoto na região foi
lançada na quinta (20/6).
A principal novidade do Novo Rio Pinheiros é a
adoção de inovações tecnológicas em áreas de
habitações irregulares, onde o esgoto acaba
lançado nos córregos porque a ocupação não
deixou espaço para a instalação de coletores.
Nesses locais, a Sabesp estuda, entre outras
possibilidades, implantar estações especiais
que vão tratar a vazão de esgoto do próprio
curso-d'água.
Outro ponto importante será a adoção do
contrato de performance, uma forma moderna
de contratação de serviços que alinha com a
iniciativa privada o objetivo final: a melhoria
da qualidade da água do córrego. Com esse
modelo, a empresa fica responsável por todas
as obras de ampliação e adequação do
sistema de esgoto e sua remuneração
depende do resultado.
Quanto mais limpa ficar a água maior será a
compensação financeira. Para avaliar a
performance, serão consideradas metas como
o total de novos imóveis conectados à rede e a
qualidade da água do córrego. Das 25 sub-
bacias, 16 terão contratos de performance. As
demais receberão ações realizadas pela
própria Sabesp.
No Zavuvus, as obras vão beneficiar 173 mil
moradores, num investimento de R$ 85
milhões, podendo chegar a R$ 94 milhões a
depender o desempenho da empresa
contratada. A expectativa é que em dois anos
e meio ocorra uma melhoria acentuada na
qualidade da água do córrego, com
perspectiva de retomada de vida aquática.
Com 7,8 km de extensão, o Zavuvus deságua
no Rio Jurubatuba, um canal do Pinheiros
próximo da Represa Guarapiranga.
Os outros córregos que estão no programa
são: Jaguaré, Vila Hamburguesa, Pirajussara,
Boaçava, Jockey/Cidade Jardim, Bellini,
Morumbi, Alto De Pinheiros, Cachoeira/Morro
do S, Corujas, Ponte Baixa, Rebouças,
Socorro, 9 de Julho, Sapateiro, Uberaba,
Traição, Água Espraiada, Cordeiro, Chácara
Santo Antônio, Pouso Alegre, Santo Amaro,
Poli e Pedreira.
Além de contribuir para a melhoria do rio, o
Novo Rio Pinheiros vai beneficiar diretamente
3,5 milhões de pessoas que moram nas
imediações (o equivalente à metade da
população da cidade do Rio de Janeiro), com
melhoria da qualidade de vida e do meio
ambiente, e será um incentivo à economia
paulista, com a criação de empregos e renda.
EDUCAÇÃO E ENGAJAMENTO
O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada
pela Sabesp e outros órgãos estaduais
coordenados pela Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente. A
despoluição dos córregos requer também a
participação efetiva da população, seja para se
conectar à rede de esgoto já existente, seja
para descartar adequadamente o lixo. Jogado
na rua, o lixo vai parar nas galerias de
drenagem da água da chuva e nos córregos,
contribuindo para a poluição.
Para engajar a população, a operação nos
córregos incluirá ações de educação ambiental
nos bairros e em espaços lúdicos, onde haverá
palestras com temas ambientais e mostras
sobre o andamento e o legado das obras. No
Zavuvus, o espaço ficará nas proximidades da
Estação Jurubatuba da CPTM.
O Novo Pinheiros atua em diversas frentes de
trabalhos da Sabesp e do Governo de São
Paulo para despoluir o rio e devolvê-lo limpo à
população.
Uma delas é o programa Córrego Limpo, feito
desde 2007 em parceria com a Prefeitura de
São Paulo, para melhorar a qualidade da água
dos mananciais, rios e córregos da capital. Já
8
Grupo de Comunicação
foram despoluídos 152 córregos. Além do
meio ambiente, os benefícios chegam às
pessoas que moram próximas dos cursos-
d'água por meio de adequações no sistema de
esgotamento sanitário, limpeza, manutenção e
educação ambiental.
O Projeto Tietê, que também engloba o
Pinheiros, foi iniciado em 1992 para a criação
de infraestrutura para coleta, transporte e
tratamento de esgotos. Desde o seu início, a
mancha de poluição do rio Tietê diminuiu de
530 km para 122 km, uma redução de 77%.
Os dados são auditados pela SOS Mata
Atlântica. Com investimento de US$ 3 bilhões
no projeto, mais de 10 milhões de paulistas
passaram a ter coleta e tratamento de esgoto,
com a coleta passando de 70% para 87%, e o
tratamento, de 24% para 70%.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26015797&e=577
Voltar ao Sumário
9
Grupo de Comunicação
Veículo1: Guarulhos WEB
Veículo2: Folha Metropolitana
Data: 25/06/2019
Segundo aniversário do programa Lixo
Zero traz especialistas em gestão
sustentável de resíduos sólidos
Em comemoração aos dois primeiros anos de
existência do programa Lixo Zero Guarulhos, a
Prefeitura, em parceria com a Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo -
CETESB, e o Instituto Lixo Zero Brasil, realiza
no próximo dia 3 de julho, o evento 'Gestão
Municipal Sustentável de Resíduos Sólidos, das
9h às 16h, no Centro Universitário Eniac (rua
Força Pública, 89), Centro.
A atividade contará com especialistas em
gestão de resíduos e está sendo organizada
pelo Departamento de Limpeza Urbana, da
Secretaria de Serviços Públicos, responsável
pelo desenvolvimento do Lixo Zero na cidade.
O programa visa sensibilizar sobre o
procedimento de separação e destinação
correta de resíduos sólidos urbanos feita por
meio de palestras, consultorias e outras ações
em escolas, condomínios, empresas, órgãos
públicos, comércio, clubes entre outras
associações.
O público alvo do evento são gestores públicos
municipais que atuam diretamente com a
gestão de resíduos sólidos urbanos, alunos de
Gestão e Engenharia Ambiental e demais
interessados no assunto. Inscrições serão
aceitas inscrições até o dia 30 de junho ou até
o término das vagas, pelo portal Lixo Zero
Guarulhos:
https://lixozero.guarulhos.sp.gov.br/
Confira a programação:
8h30 - Credenciamento
9h - Abertura oficial
9h30 - Apresentação do Programa Lixo Zero
Guarulhos
10h - Palestra CETESB - Logística Reversa
com Lia Helena Demange
10h45 - Intervalo
11h - Palestra CETESB - SIGOR (Sistema
Estadual de Gerenciamento Online de
Resíduos Sólidos)
11h30 - Lançamento da campanha nacional
Plástico Social, com Rodrigo Sabatini -
presidente do Instituto Lixo Zero Brasil
12h30 - Intervalo para almoço
14h - Palestra CETESB - Coleta Seletiva
com Fernando Antonio Wolmer
16h – Encerramento
Palestrantes convidados:
Lia Helena Demange
Assessora da presidência da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB.
Doutora em Ciência pelo Programa de Pós-
Graduação em Ciência Ambiental da
Universidade de São Paulo - USP(2018).
Mestre em Direito Ambiental pela Pace
University (Nova York, Estados Unidos )
(2011) e bacharel em Direito pela
Universidade de São Paulo - USP (2009).
Assessora técnica da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente entre 2015 e 2016.
Fernando Antonio Wolmer
Engenheiro Químico da CETESB desde 1978.
Atualmente, trabalhando com resíduos sólidos,
tendo como principais atividades:
- Agente técnico do FEHIDRO e do FECOP na
análise e aprovação de projetos financiados
por estes órgãos;
- Assistência aos municípios para escolha de
áreas, análise de projetos e atualmente na
operação e desenvolvimento de aterros,
principalmente de pequeno porte (aterros em
valas);
- Assistência no desenvolvimento de coleta
seletiva nos municípios;
- Palestras na área de resíduos sólidos.
Raissa Silva de Carvalho Pereira
Desde 2013, atua na implantação da logística
reversa e do SIGOR - Sistema Estadual de
Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos -
Módulo de Construção Civil, no Departamento
de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e
Eficiência dos Recursos Naturais da CETESB.
Graduada em Engenharia Ambiental pela
Escola Politécnica da USP, com dupla-titulação
pelo Politécnico di Milano (Itália). Mestre pelo
Programa de Mestrado Profissional em
Ambiente, Saúde e Sustentabilidade da
Faculdade de Saúde Pública da USP.
Rodrigo Sabatini
Presidente do Instituto Lixo Zero Brasil,
Conselheiro Administrativo na ZWIA - Zero
Waste Internacional Alliance.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25995704&e=577
Voltar ao Sumário
10
Grupo de Comunicação
Veículo: DroneShow Notícias
Data: 25/06/2019
Seminário destaca Geo & Drones nos
Recursos Naturais e Meio Ambiente
Eduardo Freitas
Evento apresenta demandas e soluções
inovadoras que utilizam as Geotecnologias e
Drones
Dando sequência ao DroneShow e MundoGEO
Connect 2019, acontece nessa quarta (26/6)
no período da manhã o Seminário Geo &
Drones nos Recursos Naturais e Meio
Ambiente.
Este Seminário vai apresentar demandas e
soluções inovadoras que utilizam as
Geotecnologias, incluindo os drones,
integradas a Indústria 4.0 para os setores de
óleo e gás, mineração, geração de energia e
meio ambiente.
Destaque para a gestão de recursos hídricos,
inventário florestal, desmatamento, incêndios
florestais, espeleologia, gestão fundiária,
gestão de riscos, Cadastro Ambiental Rural
(CAR).
Programação:
8h30 às 9h30 - Geotecnologias associadas a
Realidade Virtual - Uma combinação perfeita
- Patrícia Procópio - XR.Lab / MP Consultoria
9h30 às 10h30 - Utilização e Demandas de
Aeronaves Remotamente Pilotadas na
Petrobras
- Wilson José de Oliveira, João Luiz Bullos
Santos, Alexandro Jesus de Campos -
Petrobras
10h30 às 10h50 - Intervalo
10h50 às 11h10 - Uso de Análise Espacial e
Geoprocessamento na Identificação de Áreas
Suscetíveis a Erosão em Estudos e Projetos de
Reservatórios e Linhas de Transmissão
- Luiz Arruda de Souza Filho - Engenheiro
Cartógrafo da Eletrobras
11h10 às 11h30 - O desafio de mapear
recursos naturais marinhos em 4.000 ha de
costa, utilizando o Phantom 4 Pro associado a
SIG's, como estratégia de conservação para
espécies ameaçadas.
- Ana Emília Barboza de Alencar - CEO &
Founder da GISdrone
11h30 às 11h50 - Uso de drones para a
gestão de unidades de conservação,
fiscalização, licenciamento e auditoria
ambientais no estado de Santa Catarina
- Diego Hemkemeier Silva - Gerente de
Informações Ambientais e Geoprocessamento
do Instituto do Meio Ambiente de Santa
Catarina - IMA/SC
11h50 às 12:10 - Monitoramento ambiental
utilizando plataforma multisensores de alta
resolução no combate ao desmatamento do
Estado de SP - Projeto MAIS
- Roney Perez dos Santos - Diretor do
Centro de Monitoramento, Coordenadoria
de Fiscalização e Biodiversidade da
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo
12h10 às 12h30 - Cálculo de volume de
sedimentos com Drones, buscando
desobstrução do sangradouro do açude
Medeiros no municipio de Beberibe - CE
- João Silvio Dantas de Morais - Analista de
Recursos Hidricos da Cogerh - Companhia de
Gestão dos Recursos Hídricos do Ceara
A mediadora será Patrícia Procópio, Founder
XR.Lab, Founder e Consultor da MP
Consultoria, PhD em Geologia pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o
Projeto: 'Geovisualização em Ambientes de
Realidade Virtual: Mudança de paradigma na
Exploração Mineral'. PhD em Geologia pela
UFRJ, especialista em Geoprocessamento pela
UFMG, geóloga pela UFMG. Com mais de 20
anos de experiência em geotecnologias e
geoinformação, é Founder da recém criada
XR.Lab, empresa com foco em produção de
experiências sensoriais e conteúdos digitais,
sejam em realidade extendida, vídeos
tridimensionais, 360graus, dentre outros. Ë
também CEO da Moreira e Procópio
Consultoria e Empreendimentos Ltda- MP
Consultoria, empresa que atua na prestação
de serviços e consultoria especializada
principalmente nos mercados de meio
ambiente, mineração, engenharia e
agronegócios, onde tem se destacado os
projetos em GIS e realidade virtual. Nos
últimos anos atuou ativamente junto à
mineradora Samarco e Fundação Renova em
ações de gestão de crise e gestão territorial,
imediatamente após o acidente da Barragem
de Fundão, no estado de Minas Gerais. Na
11
Grupo de Comunicação
Vale, por 17 anos, foi coordenadora de
Geoinformação na Diretoria de Ferrosos.
Profissional referência no tema em toda a
Vale, foi responsável pela implantação do
GISMineral- Infraestrutura de Dados Espaciais
da Vale, GEDMineral-Sistema de
Gerenciamento de Conteúdos da Diretoria de
Ferrosos, GDMS-Sistema de Gerenciamento de
Dados Geológicos, dentre outros sistemas
corporativos. Destaque pela idealização e
implantação do Centro de Tomada de Decisões
Avançadas da Vale - Sala de Realidade Virtual.
Projetos premiados: Excelência em IDE -
Infraestrutura de Dados Espaciais (Mundo
Geoconnect - São Paulo - 2014); Centro de
Tomada de Decisões Avançadas da Vale
(Geospatial World Excellente Awards -
Amsterdam/The Netherlands - 2012); Sala de
Realidade Virtual (Prêmio Inova Vale - 2010);
Projeto GISMineral (Special Achievement in
GIS Award - San Diego/USA -2010);Projeto
GIS Vale (Special Achievement in GIS Award -
San Diego/USA - 2006).
Geotecnologias e Drones na Indústria 4.0
Alinhados às tendências globais e com foco na
realidade regional, o tema geral do MundoGEO
Connect e DroneShow em 2019 será
'Geotecnologia e Drones na Indústria 4.0'.
Os conteúdos dos cursos, palestras e debates
foram formatados por um time de curadores
para atender as demandas de empresas,
profissionais e usuários principalmente nos
setores de Agricultura, Cidades Inteligentes,
Governança Digital, Infraestrutura, Meio
Ambiente, Recursos Naturais, Segurança e
Defesa.
Dentre as tecnologias disruptivas que estarão
em destaque, estão Big Data, Inteligência
Artificial / Machine Learning, Internet das
Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM,
Tecnologia Autônoma, entre outras, tudo isso
cada vez mais integrado às Geotecnologias
(Mapeamento, Cadastro, Imagens de
Satélites, Inteligência Geográfica, GIS).
Veja a programação completa e garanta sua
vaga! Confira o vídeo oficial com os destaques
da última edição do evento:
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26002279&e=577
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal O Eco
Data: 25/06/2019
Comdema debate parceria para
recuperação de nascentes
Encontro contou com palestra do biólogo
Guilherme Marson Moya, representante do
Instituto Pro Terra, de Jaú
O Comdema (Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente) de Lençóis Paulista se reuniu
nessa terça-feira (25) para definir algumas
ações e iniciativas para os próximos meses. O
encontro abordou diversos temas como o
envolvimento de moradores em audiências
públicas e a realização de um Fórum Municipal
do Meio Ambiente.
Entre as propostas estão a organização de um
mutirão de lixo eletrônico e a criação de um
projeto experimental de Eco Barreiras no Rio
Lençóis e Córrego da Prata. As ações devem
ser desenvolvidas no mês de agosto, por conta
do Dia de Combate à Poluição (14/08).
O encontro também discutiu a continuidade do
'Comdema vai às Escolas', projeto vinculado
às diretrizes do Programa Município Verde
Azul, que tem o intuito de promover a
educação ambiental e estimular a equipe
gestora e alunos por meio do grêmio
estudantil das escolas estaduais.
Os Conselheiros presentes ainda tomaram
ciência do texto da Resolução nº 2/2019, do
Comdema, que disciplina o funcionamento do
programa 'Nascer Sustentável', em Lençóis
Paulista.
Como assunto especial da ordem do dia, o
biólogo Guilherme Marson Moya,
representante do Instituto Pro Terra, de Jaú,
apresentou uma palestra sobre o 'Programa
Nascentes', da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado
de São Paulo, com objetivo de desenvolver
ações para recuperação e proteção de
nascentes do Rio Lençóis, pertencente a Bacia
Hidrográfica Tietê Jacaré.
O trabalho deverá envolver principalmente os
proprietários de terra, com o objetivo de
promover a restauração de matas ciliares e
proteção das nascentes. No entanto, será
importante o apoio e parceria da Casa da
Agricultura da CDRS (Coordenadoria de
Desenvolvimento Rural Sustentável), Sindicato
Rural, cursos do SENAR (Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural), Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente, associações e
empresas agrícolas, junto aos proprietários
rurais.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26037581&e=577
Voltar ao Sumário
13
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura de Lençóis Paulista
Data: 25/06/2019
Comdema propõe parceria para
recuperação de nascentes
Nesta terça-feira, 25, ocorreu a 129a reunião
ordinária do Comdema (Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente). Na oportunidade,
conforme pauta da reunião, foram
estabelecidas algumas ações e iniciativas que
os próprios membros conselheiros se propõem
a participar. É o caso do envolvimento de
moradores em audiências públicas ou
realização de Fórum Municipal do Meio
Ambiente, especialmente com a temática da
arborização urbana com gestão participativa
em áreas prioritárias.
Ainda de acordo com a pauta, outra ação
proposta envolve a organização de um
mutirão de lixo eletrônico ou criação de um
projeto experimental de Eco barreiras no Rio
Lençóis ou Córrego da Prata, em Lençóis
Paulista, provavelmente para agosto, mês em
que se celebra, no dia 14, o Dia de Combate à
Poluição, além da continuidade da ação de
proatividade do Programa Município Verde
Azul - 'Comdema vai às Escolas', com intuito
de promover a educação ambiental e estimular
a equipe gestora e alunos por meio do grêmio
estudantil das escolas estaduais, ao
desenvolvimento de educação ambiental.
Os Conselheiros presentes ainda tomaram
ciência do texto da Resolução no 2/2019, do
Comdema, que disciplina o funcionamento do
programa 'Nascer Sustentável', em Lençóis
Paulista.
Como assunto especial da ordem do dia, o
biólogo Guilherme Marson Moya,
representante do Instituto Pro Terra, de Jaú,
apresentou uma palestra sobre o 'Programa
Nascentes', da Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado
de São Paulo, com objetivo de desenvolver
ações para recuperação e proteção de
nascentes do Rio Lençóis, pertencente a Bacia
Hidrográfica Tietê Jacaré. Esse trabalho
deverá envolver principalmente os
proprietários de terra, com o objetivo de
promover a restauração de matas ciliares e
proteção das nascentes. No entanto, será
importante o apoio e parceria da Casa da
Agricultura da CDRS (Coordenadoria de
Desenvolvimento Rural Sustentável), Sindicato
Rural, cursos do SENAR (Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural), Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente, associações e
empresas agrícolas, junto aos proprietários
rurais, trabalho este que deve ser contínuo. A
medida também atende critério fundamental
da diretiva 'Gestão das Águas', do
Programa Município Verde Azul, para
recuperação ambiental de nascentes.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25993534&e=577
Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação
Veículo: Página Rural
Data: 25/06/2019
SP: Catanduva recebe 1º Seminário
Regional do Etanol Mais Verde
Catanduva/SP
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, a
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, a
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo, realizam no dia 28 de junho, em
Catanduva (SP), o 1º Seminário Regional do
Etanol Mais Verde. O evento terá palestras e
atividades que giram em torno da Diretiva H
do Protocolo Etanol Mais Verde, que
estabelece parâmetros de uso de agrotóxicos.
Na ocasião, o Grupo Executivo do Protocolo
Etanol Mais Verde entregará menções de
destaque pela implementação da Diretiva H,
reconhecendo as iniciativas de destaque no
cumprimento desta diretiva.
O Etanol Mais Verde é um programa
inovador do Estado de São Paulo, voltado à
cooperação entre governo, usinas e
fornecedores de cana-de-açúcar, com o
objetivo de organizar as atividades agrícola e
industrial com ações que estimulem a
sustentabilidade da cadeia produtiva de
açúcar, etanol e bioenergia.
O protocolo estabelece boas práticas em
diferentes frentes, como a adequação ao
Código Florestal, técnicas de conservação do
solo, conservação e reuso da água, medidas
de proteção à fauna, preservação e combate a
incêndios florestais, entre outras.
SERVIÇO
Evento: 1º Seminário Regional do Etanol Mais
Verde
Data: 28 de junho de 2018
Local: Unifipa - Campus Centro - Rua Treze de
Maio, 1064, Centro Catanduva,
PROGRAMAÇÃO
8h30 - Recepção e café de boas -vindas
9h-Abertura
9h20 - Palestra - Gedave
10h- Palestra - Manejo Integrado de Pragas e
Controle Biológico na Cultura da Cana-de-
açúcar
10h40 - Perguntas e respostas
11h - Ações de Destaque das Signatárias do
Protocolo Etanol Mais Verde na Diretiva H
11h05 - Entrega das Menções de Honra
11h25 - Apresentação dos Cases pelas
signatárias homenageadas
12h30 - Encerramento
Atividade extra:
14h00 - Tarde de Campo - Visita ao apiário do
Projeto Polinizar - Usina Cofco de Catanduva,
em Urupês (haverá ônibus da Cofco)
Fonte: Unica
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26015611&e=577
Voltar ao Sumário
15
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 26/06/2019
Estudo ambiental de ponte no Litoral é
iniciado
A Ecovias informou ter entrado com pedido de
licença ambiental para a obra
A A construção de uma ponte ligando as
cidades de Santos e Guarujá, no litoral do
Estado de São Paulo, está mais próxima de se
tornar realidade. A Ecovias, concessionária do
Sistema Anchieta-Imigrantes, informou ter
entrado com pedido de licença ambiental para
a obra nos órgãos ambientais de São Paulo.
Reivindicada há quase um século por turistas
e moradores da Baixada Santista, a ponte é
apontada com importante para melhorar o
acesso ao principal porto da América Latina e
eliminar um dos principais gargalos logísticos
do Estado. Na segunda- feira, a Cetesb,
agência ambiental do Estado de São Paulo,
confirmou ter recebido o pedido de licença
prévia do empreendimento, que se encontra
em análise técnica. Conforme a Ecovias, já
foram desenvolvidos os estudos da nova
ponte, inclusive os projetos funcional e
executivo, com valores e prazos de execução.
A licença ambiental segue em paralelo à
análise pela Artesp. Como a obra não está
prevista no contrato de concessão do sistema
operado pela Ecovias, sua execução às
expensas da concessionária depende do
reequilíbrio econômico- financeiro do contrato.
Uma das possibilidades pode ser a extensão
do prazo da concessão.
Uma interligação mais eficaz entre as duas
margens do Porto de Santos - uma na cidade
de Santos, na Ilha de São Vicente, e outra no
Guarujá, na Ilha de Santo Amaro - vem sendo
estudada e prometida há décadas.
Atualmente, o percurso por terra de uma
margem à outra é de cerca de 45 quilômetros.
O projeto da Ecovias prevê 7,5 quilômetros de
obras de arte, entre ponte e viadutos, a um
custo estimado de R$ 2,9 milhões. (EC)
DIVULGAÇÃO ECOVIAS
Ponte que vai ligar Santos ao Guarujá, no
litoral do estado de SP
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26033843&e=577
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Jundiaí
Data: 26/06/2019
Poluição no ar de Jundiaí é preocupante
A qualidade do ar de Jundiaí ainda é
considerada boa pelos parâmetros da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), mas seus indicadores estão
próximos do limite entre o aceito como bom e
o prejudicial à saúde.
O nível de partículas PM10 no ar jundiaiense
está em 33 micrômetros/metro cúbico,
enquanto os gráficos da Cetesb consideram
que um ar de boa qualidade deve ter quantia
de até 40.
As PM10 são um tipo de partícula inalável, de
diâmetro inferior a 10 micrômetros, e fazem
parte da poluição atmosférica de modo geral.
Devido ao tamanho pequeno, elas podem
penetrar no aparelho respiratório, provocando
inúmeras doenças respiratórias e algumas
podem ainda chegar na corrente sanguínea,
causando doenças cardíacas graves, como
paradas cardiovasculares.
Segundo a bióloga Cláudia Longatti, o
poluente mais perigoso é o dióxido de enxofre
(SO2), proveniente da queima de
combustíveis fósseis. 'O SO2 causa a chuva
ácida, responsável por gerar diversas doenças
respiratórias'.
Victor Maciel Romanato, de 18 anos, sofre de
rinite asmática e conta que as piores épocas
do ano são o inverno e a primavera. 'Percebo
que a poluição também atrapalha muito e faz
a minha rinite atacar bem mais. Toda vez que
vou pra São Paulo, por exemplo, acabo
sofrendo bastante, pois as crises aumentam
consideravelmente'.
Como esses gases são provenientes da
combustão, evitar sua produção é um pouco
difícil. 'Diminuir a quantidade de carros nas
ruas utilizando mais o transporte público e
colocar os filtros adequados nos escapamentos
dos veículos são formas de diminuir a
poluição' diz Cláudia.
Alexander Vinicius de Andrade, de 21 anos,
também sofre de doenças respiratórias e sente
uma piora considerável em dias de baixa
umidade do ar e em lugares com maior índice
de poluição, precisando tomar remédios
regularmente. 'Eu tomo xarope antialérgico
todos os dias pra rinite e, quando minha
sinusite ataca, preciso fazer uso de
antibióticos'.
A bióloga diz ainda que a preservação de
áreas verdes e o monitoramento ajudam a
controlar a poluição. 'Para aumentar o
controle, os níveis dos gases tóxicos devem
ser medidos com regularidade', explica.
Leia mais sobre poluição | qualidade do ar
Link original:
https://www.jj.com.br/jundiai/poluicao-no-ar-
de-jundiai-e-preocupante/
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=26038203&e=577
Voltar ao Sumário
17
Grupo de Comunicação
Veículo: Paparazzi News.com
Data: 25/06/2019
Águas Andradina alerta população sobre
redes cruzadas
redacao
Para um funcionamento pleno da
infraestrutura do sistema de esgotamento
sanitário de Andradina é preciso que os
imóveis tenham redes distintas: uma para
esgoto e outra direcionada exclusivamente
para água de chuva.
Embora estejam longe dos olhos da
população, é importante certificar se as
ligações são independentes. Isso porque as
redes cruzadas podem gerar alagamentos,
retornos de esgoto nas residências,
rompimento das redes por meio de areia,
pedras e lixo, comprometimento da estrutura
física pela vazão acima da capacidade da rede,
prejudicando desta forma as pessoas e o meio
ambiente, principalmente em épocas de
chuva.
Esse problema se agrava quando abrange
empresas devido ao alto volume de esgoto
gerado como produtos químicos oriundos de
processos industriais. Segundo dados da
Águas Andradina, o esgoto gerado nesta
categoria pode ter um potencial poluidor até
100% maior do que esgoto doméstico. É
importante que os empresários entendam que
para conseguir licenciamento ambiental junto
à órgãos como a CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) é
necessária a construção de uma estrutura
interna para o pré-tratamento do esgoto.
Quando uma ligação irregular é detectada, por
meio da fiscalização da concessionária, o
proprietário do imóvel é notificado e tem um
prazo para realizar a adequação. Se não
houver a regularização, a empresa efetua o
corte na rede de esgoto, sendo normalizado
apenas após o pagamento da taxa de
religação que depende do tipo da propriedade.
Outro ponto importante é a higienização da
caixa de gordura do imóvel com periodicidade.
Para limpar, é necessário usar uma máscara e
luva, abrir a tampa do recipiente com uma
chave de fenda, tirar o resíduo da cesta de
limpeza e lavar o local com esponja, água e
sabão. Nos últimos doze meses, foram
realizadas cerca de 811 desobstruções pela
equipe da Águas Andradina.
Rede de esgoto
São as tubulações que levam os esgotos
sanitários dos imóveis até as lagoas de
tratamento de esgoto (ETE). Por meio delas
escoam as águas residuárias que são
utilizadas para tomar banho, cozinhar, lavar
os pratos e dar descarga. A manutenção e
melhorias nesta infraestrutura são realizadas
pela Águas Andradina.
Galeria pluvial
Trata-se do conjunto de tubulações que têm
como objetivo captar, transportar e drenar a
água da chuva das áreas urbanas até rios,
córregos ou canais. A sua instalação e reparos
são realizados pela Prefeitura Municipal.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25992637&e=577
Voltar ao Sumário
18
Grupo de Comunicação
Veículo: Transporte Digital News
Data: 25/06/2019
Indústria de cloro-álcalis reduz acidentes
com transporte de produtos químicos em
54%
Nilza
O número de ocorrências envolvendo
caminhões que transportam produtos da
indústria de cloro-álcalis diminuiu 54% no
período de 10 anos, informou a Associação
Brasileira das Indústrias de Álcalis, Cloro e
Derivados (Abiclor) no encontro realizado na
última terça-feira (11) pela Comissão de
Manuseio e Transporte, em parceria com a
Ecovias. Em 2018, a entidade contabilizou o
índice de 0,28 acidentes a cada 10 mil
viagens, contra os 0,61 registrados no ano de
2008.
'Esse índice demonstra que o setor vem
trabalhando fortemente na prevenção de
acidentes, seja no treinamento, capacitação e
conscientização dos motoristas, bem como no
investimento em tecnologia através de
rotogramas falados e sistema de rastreamento
eficiente', afirma Nelson Felipe, diretor-
assistente da Abiclor.
'A segurança preventiva é essencial no
transporte dos produtos do segmento cloro-
álcalis', afirma o executivo. A indústria, cada
vez mais, vem aprimorando seus processos de
gestão desde o transporte até a entrega no
destinatário, com o objetivo de minimizar
riscos. Segundo a entidade, a busca pelo
indicador zero é a meta de todos os
responsáveis envolvidos na produção,
distribuição, transporte e usuários de seus
produtos.
A Abiclor destaca o investimento das
indústrias do setor químico em conscientização
e treinamento de colaboradores, além da
busca por meios e procedimentos seguros
para o transporte. Exemplo disso foi o
Exercício Simulado, realizado na quarta-feira
(12): uma simulação de acidente foi atendida
pelas equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia
Militar, Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb), agentes da indústria e
profissionais das transportadoras. Houve
treinamento de primeiros-socorros e
descontaminação de vítimas, além do
processo de transbordo e destombamento de
um caminhão-tanque - esse último com a
tecnologia lifting bag/catch-bag.
Para reduzir o número de acidentes com
produtos químicos, a regulamentação
brasileira sobre o transporte de produtos
perigosos em rodovias é baseada nas
recomendações do Comitê de Peritos em
Transporte de Produtos Perigosos das Nações
Unidas. Agentes da indústria contribuem com
os órgãos públicos para aprimorar e adaptar
essas recomendações à realidade nacional.
Fonte: Abiclor
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25996976&e=577
Voltar ao Sumário
19
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Paulo
Data: 25/06/2019
Projeto de inspeção veicular para frota a
diesel está parado há 10 anos na
Assembleia de SP
Laura Cassano
Especialistas afirmam que fiscalização é
necessária para melhorar a qualidade do ar.
Projeto para fiscalizar veículos a diesel está parado há 10 anos na Assembleia Legislativa
O projeto de lei do governo para tornar
obrigatória a inspeção veicular da frota a
diesel em todo o estado está parado na
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
há dez anos. Para especialistas, a fiscalização
é necessária para melhorar a qualidade do ar.
Estudos estimam que os veículos pesados
jogam no ar micropartículas que
correspondem a 90% da poluição na Região
Metropolitana de São Paulo. Para a fundadora
do Instituto Saúde e Sustentabilidade,
Evangelina Vormittag, o que agrava a situação
é não saber se esses veículos estão emitindo
poluentes dentro do que a lei determina.
“A inspeção veicular ela é muito importante.
Ela traz uma contribuição não só do ponto de
vista ambiental, de redução de poluentes, mas
ela traz impactos bem positivos em relação à
saúde. Um menor adoecimento e uma menor
mortalidade”, afirma.
Em 2012, a Universidade de São Paulo (USP)
fez uma pesquisa que constatou que 580
mortes e 1,5 mil internações por problemas
respiratórios foram evitadas no período em
que a inspeção dos veículos a diesel era
obrigatória na capital.
O projeto para tornar a inspeção veicular
obrigatória em todo o estado tramita na Alesp
desde 2009. O governo do estado tinha a
proposta de fazer a inspeção usando as 43
agências da Cetesb. A última promessa era de
que a fiscalização passaria a valer a partir de
janeiro de 2018, mas até hoje não saiu do
papel.
O líder do governo na Casa, Carlão Pignatari
(PSDB), não vê necessidade em pautar o
assunto.
“A Cetesb já vem fazendo a inspeção
veicular. Essa semana mais de mil veículos
foram autuados pela Cetesb com poluição fora
do que é regido pela lei. Acho que não há mais
nenhuma necessidade de se votar nesse
momento o projeto. São Paulo é exemplo para
todo país sobre fiscalização veicular”, diz o
deputado.
Para Evangelina, a emissão de poluentes em
São Paulo melhorou, mas está longe de ser
um exemplo. “Já existe uma lei federal do
Conselho Nacional do Trânsito, que
implementou a inspeção veicular em todos os
estados, mas os estados não cumprem. Não
são fiscalizados, não há sanção, e portanto
não existe inspeção veicular no país”.
A Cetesb afirmou que acompanha o
desenrolar do projeto estadual da inspeção
veicular obrigatória, mas que paralelo a isso
realiza uma série de outras medidas para
melhorar a qualidade do ar. Segundo a
Cetesb, o índice de partículas inaláveis na
Grande São Paulo caiu 53% desde o início dos
anos 2000.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/06/25/projeto-de-
inspecao-veicular-para-frota-a-diesel-esta-
parado-ha-10-anos-na-assembleia-de-
sp.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
20
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Isto É Independente
Data: 25/06/2019
Misteriosos 'puns' de metano em Marte
intrigam a Nasa
- ISTOÉ Independente
AFP
Imagem de Marte capturada pela sonda Mars Express Orbiter da Agência Espacial Europea (ESA), divulgada pela ESA em 16 de outubro de 2016 - EUROPEAN SPACE AGENCY/AFP/Arquivos
Altos níveis de gás metano detectados na
semana passada pelo veículo explorador
Curiosity em Marte desapareceram, informou
a Nasa em um comunicado.
“O mistério do metano de Marte continua”, diz
o título de um informe publicado na noite de
segunda-feira pelo Laboratório de Jato
Propulsão da Nasa em Pasadena, Califórnia.
O que a agência espacial chamou de “nuvens”
de metano e o jornal The New York Time
definiu como um “arroto”, no Twitter teve uma
analogia mais simples: o que se detectou no
planeta vermelho foi uma flatulência, um pum
em linguagem vulgar.
Na semana passada, a Nasa anunciou que o
mini-laboratório químico do Curiosity
encontrou uma concentração de metano de 21
partes por um bilhão de unidades, três vezes
mais que o maior registro já visto em anos, e
qualificou a descoberta como um “resultado
surpreendente”.
Entusiasmados com a descoberta, os
encarregados da missão decidiram repetir as
medições no fim de semana. Mas desta vez, o
resultado voltou ao valor de base, de menos
de uma parte por bilhão de unidades.
A questão do metano fascina os cientistas
porque sua presença pode ser um indício de
vida.
Na Terra, este gás é emitido tanto por seres
humanos quanto por micróbios. São estes
últimos que os cientistas acreditam que
poderiam encontrar em Marte.
No entanto, o metano também poderia se
originar da interação entre a água e as rochas,
e o Curiosity não tem instrumentos que
possam diferenciar uma fonte geológica ou
biológica do gás encontrado.
A descoberta do Curiosity, ainda que
intrigante para os cientistas, aporta uma peça
a mais para a compreensão, ainda em estado
primitivo, do vizinho da Terra no Sistema
Solar.
O “rover” Curiosity, que se desloca sobre
Marte desde 2012, já detectou metano várias
vezes, mas nunca o tinha feito em
quantidades como a da semana passada. A
sonda espacial europeia Mars Express, na
órbita marciana desde 2003, foi a primeira a
fazê-lo. Outra sonda europeia, chamada Trace
Gas Orbiter, lançado em 2016 com
instrumentos mais sofisticados, ainda não
detectou indícios da presença do gás.
https://istoe.com.br/misteriosos-puns-de-
metano-detectados-em-marte-intrigam-a-
nasa/
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
21
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Paulo
Data: 30/05/2019
Prefeito sanciona lei que proíbe
fornecimento de canudinhos plásticos em
SP
Texto libera apenas canudos em papel
reciclável, material comestível ou
biodegradável.
Por Tahiane Stochero, G1 SP
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB),
sancionou nesta terça-feira (25) o projeto de
lei que proíbe o fornecimento de canudinhos
de plástico na cidade.
O texto, de autoria do vereador Reginaldo
Tripoli (PV), determina:
Proibição do fornecimento dos canudinhos
plásticos em estabelecimentos comerciais
como hotéis, restaurantes, bares,
padarias,clubes noturnos, salões de dança e
eventos musicais de qualquer espécie
Liberação de canudos em papel reciclável,
material comestível ou biodegradável,
embalados individualmente em envelopes
hermeticamente fechados feitos do mesmo
material
Advertência aos estabelecimentos que
descumprirem pela primeira vez
Multa a partir da 2ª autuação. Primeiro, de
R$ 1 mil, depois no dobro do valor da primeira
autuação, e assim sucessivamente até a 6ª
autuação, que estabelece multa no valor de
R$ 8 mil
Fechamento administrativo do
estabelecimento na 6ª autuação
Segundo Covas, a Prefeitura tem agora 180
dias para a regulamentar a proibição.
A regulamentação irá definir:
Exceções à proibição (como pessoas com
deficiência que precisam de canudos plásticos
para sugar líquidos)
Como as fiscalizações serão feitas
Sobre como será a fiscalização a partir da
regulamentação, Covas afirmou que ela
deverá ter “efeito mais pedagógico, de
consciência da população, do que punitiva”.
“Já no início da discussão já vimos bares que
deixaram de distribuir o canudo”, disse.
“Acima de tudo, o maior fiscal é o próprio
povo. A partir do momento que o povo deixa
de usa e de pedir, as práticas mudam",
afirmou o prefeito.
"Não é fácil abrir mão de um conforto
individual por benefício coletivo, ou mudar
nossas atividades por conta de compromissos
com futuras gerações", disse Covas.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/06/25/prefeito-sanciona-
lei-que-proibe-fornecimento-de-canudos-
plasticos-em-sp.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
22
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 25/06/2019
Oito anos depois de chocar o Brasil, safári
de caça a onças no Pantanal teve maior
parte dos crimes prescritos
Decisão judicial mais recente foi publicada na
semana passada, e confirmou a prescrição de
seis dos 11 crimes aos quais respondiam cinco
réus brasileiros e estrangeiros.
Por Ana Carolina Moreno e Claudia Gaigher,
G1 e TV Morena
Um vídeo mostrando uma onça-pintada
despencando de uma árvore após levar um
tiro chocou o país em 6 de maio de 2011,
quando o Jornal Nacional divulgou os vídeos
de um safári de caça a onças-pintadas e
outros animais silvestres em Mato Grosso do
Sul. Oito anos depois, o que começou com
uma investigação da Polícia Militar Ambiental
do estado e se transformou em uma operação
da Polícia Federal acabou se arrastando na
Justiça.
Agora, boa parte dos crimes pelos quais os
réus foram denunciados já prescreveu, o que
quer dizer que o período em que a Justiça
poderia julgar e puni-los foi esgotado. Além
disso, dois dos sete réus originais já não
podem mais responder pelos crimes.
A decisão judicial mais recente foi publicada
na segunda-feira (17) pela Vara Criminal de
Aquidauana, do Tribunal de Justiça de Mato
Grosso do Sul (TJ-MS), e determinou a
prescrição de seis das 11 acusações às quais
respondem os cinco réus ainda listados. O G1
procurou os advogados de defesa, mas só
conseguiu contato com o de uma das rés no
processo (veja abaixo o que diz a defesa
dela).
As dificuldades que as autoridades encontram
para fiscalizar e, depois, para punir o crime de
caça de animais silvestres e a pesca ilegal são
o tema das reportagens deste mês do Desafio
Natureza do G1.
Um levantamento feito junto às instâncias
estaduais e federais mostra que, atualmente,
o Pantanal tem um fiscal a cada 204 km² para
combater esses e outros crimes ambientais.
Ao mesmo tempo em que as autoridades não
conseguem colocar policiais ou fiscais em
todos os rios e fazendas do Pantanal, as
probabilidades de punir crimes como a caça
caem drasticamente quando os autores não
são pegos em flagrante.
Por isso, o vídeo obtido por policiais
mostrando as pessoas atirando e matando a
onça na Fazenda Santa Sofia, uma reserva de
proteção natural no sul de Mato Grosso do Sul,
passou a ser considerado uma peça chave na
tentativa de levar o caso à esfera penal.
Crimes Ambientais
As acusações contra os réus nesse caso
envolveram três leis diferentes: a Lei de
Crimes Ambientais, o Código Penal e o
Estatuto do Desarmamento.
A primeira delas teve sua redação mais
recente definida em 1998, e determina que é
crime "matar, perseguir, caçar, apanhar e
utilizar espécimes da fauna silvestre" sem
autorização. A pena, no caso de matar uma
onça-pintada, é ainda maior, porque trata-se
de uma espécie em extinção.
O processo também teve o agravante de que o
safári acontecia em um território destinado à
conservação da natureza.
Os cinco réus ainda listados no processo
também respondiam por associação criminosa,
Data: 26/06/2019
23
Grupo de Comunicação
um artigo do Código Penal, mas essa acusação
prescreveu para todos eles na decisão judicial
da semana passada.
Vídeo obtido pela Polícia Federal em 2011 levou a ação na
esfera penal contra um safári de caça a onças-pintadas
em Mato Grosso do Sul, mas, oito anos depois, processo
ainda se arrasta na Justiça — Foto: Reprodução/TV Globo
Sáfari de caças a onças
Dos cinco réus atuais, a proprietária da
fazenda, Beatriz Rondon, era a que respondia
pelo maior número de acusações. Eram cinco
os crimes imputados a ela — além da lista
acima, ela também foi denunciada em outro
ponto da Lei de Crimes Ambientais, e por
posse e porte ilegal de armas e munições,
ferindo artigos do Estatuto do Desarmamento.
No vídeo obtido pela Polícia Federal durante a
investigação, que teria sido feito por
estrangeiros, é Beatriz quem aparece
comentando sobre uma onça-pintada fêmea
que havia acabado de ser morta pelo grupo.
"É uma grande fêmea muito bonita. E estava
comendo minhas vacas aqui", diz ela nas
filmagens.
A Fazenda Santa Sofia tem status de Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN), um
tipo de unidade de conservação no qual o
terreno é privado e o próprio dono toma a
iniciativa de transformá-lo em um território de
conservação perpétua, tanto dos rios e
recursos naturais quanto da diversidade
biológica.
O que diz a defesa
Ao G1, Rene Siufi, advogado de Beatriz,
afirmou que, a partir da decisão judicial
proferida no dia 17, a ré agora responde
apenas pelo porte ilegal de arma. No caso
dela, as acusações por caça ilegal já
prescreveram em 2018, porque ela tem mais
de 70 anos, o que faz com que o período até a
prescrição caia pela metade.
Na decisão deste mês, as acusações de
associação criminosa e posse ilegal de arma
também foram extintas porque a dona da
fazenda não pode mais responder por elas.
"Ela ficou no crime de desarmamento, de
arma sem porte, sem nada. Então esse
processo vai continuar", afirmou Siufi,
ressaltando que as armas apreendidas na
fazenda da pecuarista "são registradas no
quartel como arma de coleção". Das cinco
acusações, o crime de porte ilegal de arma é o
que tem a pena mais rígida.
Henrique Gabriel Dimidiuk, que defende
Juscelino Machado Araripe, outro dos cinco
réus, enviou um comunicado ao G1 na tarde
desta terça-feira (25). Nele, o advogado diz
acreditar que a Justiça vai determinar a
prescrição dos crimes, "vez que, sendo
reconhecida apenas uma das atenuantes, a
pena em concreto ficaria abaixo dos quatro
anos, e se concretizaria o instituto que
determina a perda da pretensão punitiva
estatal".
"Portanto", continuou Dimidiuk, "não adianta
um processo ir até a sentença ou acórdão final
para só então ser declarado prescrito, o que
deve ser feito antecipadamente pelo juiz
quando, em uma analise sucinta do caso,
concorram as circunstâncias que farão com
que a pena aplicada permita o reconhecimento
da prescrição".
O que diz a acusação
O G1 procurou o Ministério Público Estadual,
responsável pela acusação no processo. A
promotora Angélica de Andrade Arruda
afirmou que o MPE não vai recorrer da decisão
sobre a prescrição dos crimes.
Data: 26/06/2019
24
Grupo de Comunicação
Segundo a promotora, os fatos "ocorreram
entre os dias 27 de junho e 08 de julho de
2004", e dois fatores auxiliaram na prescrição
das acusações: "as penas cominadas aos
crimes ambientais ainda são muito brandas
em nosso país" e a idade de Beatriz "faz com
que os prazos prescricionais sejam reduzidos
de metade".
Por isso, diz ela, a prescrição "ocorreu antes
mesmo da instauração do inquérito policial,
(instaurado em 2011) quando os fatos
(ocorridos em 2004) vieram à tona".
Pantanal tem um fiscal a cada 204 km² para combater a
caça e a pesca ilegal
Esferas judiciais
Desde 2011, o processo já tramitou em duas
esferas judiciais diferentes. Inicialmente, a
investigação que havia começado na Polícia
Militar Ambiental (PMA-MS) passou para as
mãos da Polícia Federal em função do
envolvimento de estrangeiros.
Por isso, o caso foi levado, em 2011, à 5ª
Vara da Justiça Federal de Mato Grosso do
Sul. Mas, em 26 de novembro de 2012, ele foi
"encaminhado à Justiça Estadual da Comarca
de Aquidauana/MS", segundo afirmou ao G1 o
Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-
3). O motivo, segundo o TRF-3, foi o "declínio
de competência".
Ele precisou, então, recomeçar na esfera
estadual, agora com o Ministério Público
Estadual (MPE) à frente da acusação. A
distribuição por sorteio no Tribunal de Justiça
(TJ-MS) aconteceu em 3 de dezembro de
2012, junto com a entrega dos autos ao
Ministério Público.
O inquérito só retornou ao TJ-MS em maio de
2015, quando começaram as citações e
intimações. Mas o advogado de Beatriz
Rondon explicou que o processo ainda está
nos estágios iniciais, e nenhuma testemunha
foi ouvida.
"Teve a denúncia, agora o juiz verificou nos
autos, constatou que 20 testemunhas têm que
ser ouvidas ainda. Primeiro testemunha de
acusação, defesa. Depois há o interrogatório
dos acusados", afirmou o advogado Rene
Siufi.
O que dizem os demais réus
O G1 procurou a defesa do terceiro réu que
tem advogados constituídos no processo, mas
a defesa não retornou as ligações até a
publicação desta reportagem.
Outros dois réus são estrangeiros, não têm
advogados constituídos e, segundo as
informações públicas do processo, não foram
encontrados para intimação. Um deles foi
intimado por edital e, segundo o juiz Ronaldo
Gonçalves Onofri, "a presente ação penal (...)
está com o seu processamento suspenso em
decorrência da não citação e intimação" do
outro estrangeiro, de origem búlgara.
Por isso, na decisão da semana passada, a
Justiça determinou o desmembramento do
processo dele em relação ao dos demais réus,
para não "comprometer a esperada celeridade
ou razoável duração do processo".
https://g1.globo.com/natureza/desafio-
natureza/noticia/2019/06/25/oito-anos-
depois-de-chocar-o-brasil-safari-de-caca-a-
oncas-no-pantanal-teve-maior-parte-dos-
crimes-prescritos.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
25
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Opinião - Vinicius Torres Freire: Novo
mercado de gás pode mexer com seu botijão
e seu chuveiro quente
Richard Carson/Agência Petrobras
Depois de uma década de quase paralisia, o
investimento na exploração de petróleo e gás
pode ajudar o país a enfim crescer, além de
aumentar a receita dos governos. Caso o pré-sal
vingue, haverá muito gás para entrar pelos
canos.
O gás natural é o combustível fóssil mais limpo.
Ainda é um mercado ridiculamente pequeno no
Brasil. Pode chegar pelos canos a fogões e
chuveiros; alimentar veículos, termelétricas,
indústrias. Com boas leis e sorte, pode ser
energia barata e um grande negócio, sobre o que
o governo tem feito um carnaval antecipado e
exagerado.
O assunto está em discussão pelo menos desde
2009. Rolos: 1) Quem pode ser dono dos canos
de gás; 2) O que e quanto pode se pedir para
deixar passar o gás; 3) Se haverá dinheiro para
novos canos necessários.
O governo quer abrir esse negócio, o que chama
de “Novo Mercado de Gás”, e acaba de criar
diretrizes para o setor. Não pode baixar decretos,
não quer se enrolar com emenda constitucional a
fim de mudar certas regras e não pode atropelar
direitos da Petrobras. Quer incentivar mudanças.
A Petrobras era até faz pouco a dona das
empresas dos grandes gasodutos. Vendeu boa
parte delas, mas ainda tem direitos sobre o uso
das grandes “rodovias” de gás, é sócia da
maioria das distribuidoras estaduais (que têm as
“estradas menores”, que chegam até o
consumidor final) e fornece o combustível.
Para começar, o plano é que a petroleira abra a
sua rodovia, de modo a dar a outros produtores a
segurança de que vão ter como escoar seu
produto a bom preço e como quiserem. O
governo pressiona a Petrobras a vender o resto
do que tem no transporte de gás e conta com o
Cade para abrir esse mercado, na prática.
Outro problema, o governo quer acabar com o
controle de empresas estaduais na distribuição.
Estuda dar dinheiro do Fundo Social do Pré-Sal a
estados que acabarem com o monopólio, mas
não explicou bem o que quer dizer com isso.
Além do interesse dos estados, o caso é enrolado
porque a criação de várias empresas de
distribuição em tese não faz sentido econômico
(tal como no caso de construir várias grandes
rodovias para competir pelo pedágio de quem vai
de São Paulo ao Rio). Só que não é bem assim.
Em Sergipe, a Celse, empresa privada, está
acabando de construir uma enorme termelétrica
a gás, projeto de R$ 6 bilhões. Vai fazer seu
próprio gasoduto para levar o gás de uma
espécie de navio-tanque para a sua usina. A
Sergás, companhia estadual de gás, quer cobrar
tarifa, porque é dona do pedaço. Deu rolo,
disputa legal.
Mesmo governos liberais, como o gaúcho,
querem manter o monopólio da administração
dos canos em uma empresa distribuidora
estadual (mas liberando o direito de passagem,
comércio etc.). O Rio está acabando com seu
monopólio; as distribuidoras dizem que isso vai
acabar na Justiça, bidu.
Outro potencial problema: o gás precisa ser
escoado das plataformas de exploração (no mar)
e depois transportado pelos grandes gasodutos
em terra. Fazer esses canos custa muito caro.
Vai haver interesse do capital privado de
expandir os gasodutos? Pode ser que, no curto
prazo, o investimento seja tão alto que não dê
lucro. Mas, no longo prazo, o retorno para o país
pode ser grande (caso em que governos acabam
investindo ou subsidiando o investimento, por
algum tempo). Há no Congresso projetos que
destinam dinheiro do Fundo Social do Pré-Sal
para subsidiar o Brasduto ou o Dutogás.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciusto
rres/2019/06/novo-mercado-de-gas-pode-
mexer-com-seu-botijao-e-seu-chuveiro-
quente.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
26
Grupo de Comunicação
Puxado por SP e MG, número de mortes por
dengue cresce 163% em um ano
Júlia Zaremba
O número de mortes causadas por dengue mais
do que dobrou em um ano no país: saltou de 139
no primeiro semestre de 2018 para 366 no
mesmo período deste ano, um aumento de
163%.
Os dados constam no boletim mais recente do
Ministério da Saúde sobre doenças transmitidas
pelo Aedes aegypti , que inclui casos registrados
até 8 de junho.
É o maior número de mortes desde 2015, quando
a dengue matou 752 pessoas.
O estado de São Paulo lidera o ranking de óbitos,
com 145 registros. É seguido por Minas Gerais,
Goiás e Distrito Federal, com 79, 29 e 24 casos,
respectivamente.
A quantidade de casos prováveis de dengue (que
inclui também os suspeitos) aumentou ainda
mais no período: saltou de 170.628 para
1.127.244, um aumento de 561%.
Os estados com maior incidência da doença por
100 mil habitantes foram Minas Gerais, Goiás e
Mato Grosso do Sul, com 1.804, 1.230 e 1.164
casos. O pico deste ano foi em abril.
A circulação de um sorotipo diferente do vírus da
dengue, mudanças climáticas e a urbanização
sem planejamento ajudam a explicar o
crescimento, segundo infectologistas consultados
pela Folha.
Neste ano, predomina o sorotipo 2 da dengue no
país, segundo o Ministério da Saúde. É mais
agressivo do que o sorotipo 1 e o 4, que
circulavam com mais intensidade —o vírus tem
ainda um quarto subtipo, o 3.
Frequente em análises no final dos anos 1990 e
início dos anos 2000, o tipo 2 circulou com maior
força pela última vez em 2008 no país.
Como muitas pessoas não foram infectadas pelo
sorotipo 2 e, por isso, não foram imunizadas,
ficam mais suscetíveis à contaminação, explica
Marcelo Burattini, professor do departamento de
Infectologia da Unifesp.
O infectologista acredita que, por causa dessa
mudança no sorotipo, o cenário no ano que vem
pode ser pior, já que haverá mais mosquitos
portando o tipo 2.
A dinâmica dos sorotipos faz a dengue ser uma
doença cíclica, com alternância de epidemias,
como mostram dados de anos anteriores.
As temperaturas elevadas e o alto volume de
chuvas registrados neste ano também podem ter
contribuído para o crescimento nos números. No
estado de São Paulo, por exemplo, o verão deste
ano foi o quinto mais quente da história, segundo
o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Historicamente, a incidência de dengue costuma
aumentar no verão e diminuir a partir de abril. “A
peculiaridade deste ano foi que os casos
começaram a aumentar antes do esperado”, diz
Melissa Falcão, consultora da Sociedade
Brasileira de Infectologia. “E o término da
epidemia também será mais tardio.”
A dengue é transmitida pelo Aedes aegypti, que
se prolifera em água parada. Os sintomas mais
comuns da doença são febre alta, dores
musculares e nos olhos, mal estar, perda de
apetite e dor de cabeça.
Usar repelente, especialmente no início da
manhã e no fim da tarde, e eliminar possíveis
criadouros, como vasos de plantas, pneus e
garrafas plásticas, são formas de prevenir a
doença.
O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que
realiza ações de prevenção e combate ao
mosquito transmissor da doença em conjunto
com estados e municípios. E que cabe às
autoridades locais executar as ações, que
incluem visitas de agentes para eliminar
criadouros.
A pasta também diz que oferece apoio técnico e
insumos para combater o inseto. O investimento
em ações de vigilância em saúde, incluindo de
combate ao Aedes aegypti, foi de R$ 1,9 bilhão
em 2018, segundo o governo.
Em meio ao aumento de casos, o ministério
anunciou em abril a ampliação dos testes com
mosquitos Aedes aegypti contaminados pela
bactéria Wolbachia. Ela é capaz de reduzir a
capacidade do inseto de transmitir o vírus da
zika, chikungunya e febre amarela.
Após os testes, o método deve ser incorporado
ao SUS. De acordo com a pasta, o método é
Data: 26/06/2019
27
Grupo de Comunicação
seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a
Wolbachia vive apenas dentro das células dos
insetos. Foram investidos R$ 22 milhões na
iniciativa.
Número de mortes por dengue cresce 163% em
um ano
2019: 366
2018: 139
2017: 107
2016: 318*
2015: 752
*O número é referente ao boletim do ano de
2016, não ao de 2017, que traz o número
atualizado mas não está disponível no portal do
Ministério da Saúde
Estados com mais óbitos
São Paulo: 145
Minas Gerais: 79
Goiás: 29
Distrito Federal: 24
Mato Grosso do Sul: 23
Fonte: Ministério da Saúde
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
6/puxado-por-sp-e-mg-numero-de-mortes-por-
dengue-cresce-163-em-um-ano.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
28
Grupo de Comunicação
Painel: STF impede derrota da Lava Jato,
mas voto de Celso de Mello mantém Moro
sob espada
Em suspenso A decisão da maioria da Segunda
Turma do STF de manter Lula na prisão evitou
derrota duríssima para a Lava Jato e Sergio
Moro, mas as diversas ressalvas explicitadas por
Celso de Mello em seu voto recomendam
comemoração moderada aos partidários do
ministro da Justiça. Integrantes da corte avaliam
que, ao frisar que a rejeição da soltura imediata
do petista não comprometia sua avaliação sobre
a suspeita de parcialidade do ex-juiz, o decano
manteve uma espada sobre a cabeça de Moro.
Ligue os pontos A avaliação de que Celso de
Mello deixou pistas de suas dúvidas sobre a
atuação de Moro foi feita por ministros do
Supremo e do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Eles viram na fala do decano sinais de que, no
mérito, ele pode acompanhar a ala garantista da
corte.
Terreno movediço Esta interpretação se instalou
de tal forma que, após a discussão do caso na
Segunda Turma, ministros especulavam sobre a
possibilidade de Edson Fachin, relator da Lava
Jato, levar o julgamento da alegação de
parcialidade de Moro para o plenário. Essa
discussão, porém, já foi feita na turma no ano
passado —e rejeitada.
Tempo é tudo Sem ter ideia de como Celso de
Mello votaria no mérito, o ministro Gilmar
Mendes propôs julgar a soltura imediata de Lula
para desentranhar o tema da discussão sobre a
suspeição de Moro.
Onça com vara curta Políticos e magistrados
avaliam que o resultado deu nova prova da
resiliência de Moro e da Lava Jato. Uma eventual
soltura de Lula, previam adversários políticos do
PT, inflaria os atos do dia 30 a favor da operação
e do ministro da Justiça.
Mão à palmatória Partiu de governadores do
Nordeste a iniciativa de tentar acordo que inclua
estados e municípios na reforma da Previdência.
Eles se reúnem nesta quarta (26) com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Parte do bolo Os governadores vão pedir como
contrapartida garantia de que medidas que
ampliem seu acesso a novas receitas, como a
divisão do bônus do megaleilão do pré-sal, serão
aprovadas.
Santo de casa O diretório paulista do PSDB
encaminhará a Samuel Moreira (PSDB-SP),
relator da reforma, moção de apoio à reinclusão
de estados e municípios na projeto. O texto foi
proposto pelo prefeito de Ribeirão Preto, Duarte
Nogueira.
Órfão Nem a equipe econômica nem os
sindicalistas estão dispostos a defender que o
BNDES continue recebendo recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT). O corte do
repasse está previsto na reforma. Samuel
Moreira acenou com um desmame gradual, mas
ninguém se animou a encampar a ideia.
São Tomé Parlamentares aguardam fala pública
de Paulo Guedes (Economia) sobre o aumento da
tributação dos bancos. A taxação está prescrita
no texto da reforma, mas emissários de
instituições financeiras têm disseminado que o
ministro é contra. Em resposta, deputados dizem
que querem ouvir isso dele.
Sem fidelidade Depois que a líder do governo no
Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que
Jair Bolsonaro tem simpatia por sua candidatura
à Prefeitura de São Paulo, integrantes do partido
dela fizeram questão de revelar que o presidente
tem distribuído sorrisos para outros postulantes à
vaga.
Sem fidelidade 2 Segundo o senador Major
Olímpio (PSL-SP), Bolsonaro falou no final de
semana com o jornalista José Luiz Datena por
telefone. O apresentador avalia se filiar ao PSL e
concorrer à Prefeitura paulistana.
Pelas beiradas Aliados do prefeito de São Paulo,
Bruno Covas (PSDB), dizem que ele trabalha
para chegar às vésperas do início da campanha
num patamar entre 6% e 10% das intenções de
votos nas pesquisas. Largando daí, avaliam, há
chances. Até lá, o desafio é entregar obras e
circular pela cidade, tornando-se mais conhecido.
Data: 26/06/2019
29
Grupo de Comunicação
Águas passadas? Covas era vice e assumiu o
comando da capital quando João Doria (PSDB) se
elegeu governador. Sua equipe colocou uma
enquete na rua para medir como anda o apelo
eleitoral do antecessor na cidade —o paulistano
rejeitou a migração do tucano para o governo do
estado.
TIROTEIO
Ao insistir em atribuir a demarcação de terras
indígenas à Agricultura, Bolsonaro se isolou dos
demais Poderes
De Márcio Santilli, ex-presidente da Funai, após o
ministro Luís Roberto Barroso, do STF, derrubar
medida provisória sobre o tema
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/06/26/s
tf-impede-derrota-da-lava-jato-mas-voto-de-
celso-de-mello-mantem-moro-sob-espada/
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
30
Grupo de Comunicação
Petrobras negocia com Cade sua saída do
transporte e da distribuição de gás
Richard Carson/Agência Petrobras
A Petrobras negocia com o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) a venda de
toda a sua participação nas empresas estaduais
de gás e os 10% remanescentes na NTS (Nova
Transportadora do Sudeste) e na TAG
(Transportadora Associada de Gás).
A negociação é o pivô do processo de abertura do
mercado de gás, com o qual o governo estima
atrair investimentos de até R$ 32,8 bilhões em
novos gasodutos e terminais até 2032 e reduzir o
preço em até 40% para estimular a indústria.
O plano também prevê incremento de R$ 2
bilhões na arrecadação de royalties e R$ 5,3
bilhões no ICMS por ano em quatro estados
beneficiados —Rio, São Paulo, Espírito Santo e
Sergipe.
Segundo pessoas que participam das
negociações, a previsão era que o acordo com o
Cade tivesse sido fechado nesta terça (25). No
entanto, só deve ser avaliado na próxima reunião
do conselho do órgão.
Os últimos detalhes ainda estavam sendo
acertados e, por isso, não foi possível submetê-lo
ao conselho.
As negociações ganharam força desde que o
presidente da petroleira, Roberto Castello
Branco, aceitou vender os ativos da estatal em
troca do congelamento de um processo
sancionador pelo Cade.
Nele, a Petrobras é investigada por abuso de
poder na oferta de gás ao mercado. Se os termos
finais do acordo não forem cumpridos, esse
processo irá a julgamento e a empresa poderá
ser punida com o pagamento de uma multa
bilionária.
Essa foi a mesma fórmula usada pelo Cade para
forçar a Petrobras a vender refinarias e, assim,
abrir mão de quase metade do mercado de
refino. Esse acordo foi assinado pelo Cade há
duas semanas.
Para repetir a estratégia e forçar a abertura do
mercado de gás, o presidente da autarquia,
Alexandre Barreto, e o superintendente,
Alexandre Cordeiro, tiveram reuniões neste ano
com representantes do governo, como o ministro
Paulo Guedes (Economia).
Embora seja protagonista, o Cade negociou com
a Petrobras tendo como respaldo um plano de
governo. As diretrizes do acordo constam em
uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de
Política Energética). A Folha teve acesso ao
documento.
Entre as medidas previstas, a resolução impõe à
Petrobras sua retirada do segmento de
transporte e distribuição; a atuação de terceiros
nos dutos de transporte (que conectam os
campos de produção ao continente) e a remoção
de barreiras para que os próprios agentes
produtores comercializem o gás que produzem.
Apesar de as conversas da Petrobras com o
comando do Cade ocorrerem há meses, os
conselheiros ainda não tinham recebido os
termos do acordo para análise às vésperas do
julgamento, deixando pouco tempo para análise.
Normalmente, os documentos ficam disponíveis
para os conselheiros antes de o processo entrar
na pauta de votação do plenário (que é divulgada
quase uma semana antes).
Entre os integrantes, há a visão de que o trâmite
do caso foi acelerado para ser julgado enquanto
houvesse quórum para as deliberações.
Dois conselheiros deixarão o Cade em julho sem
que seus substitutos tenham sido sabatinados
pelo Senado.
Por isso, o presidente do Cade tenta acelerar o
processo para ser possível votar o acordo na
próxima semana. O governo já contava com a
vitória no Cade nos últimos dias.
Guedes defendeu que o órgão deve agir a favor
da concorrência. “Se existe uma política de
governo para ter energia barata, o Cade deve
andar nessa direção.”
Data: 26/06/2019
31
Grupo de Comunicação
Outro ponto do acordo prevê o fim da
exclusividade da Petrobras nos dutos de
escoamento e processamento de gás (UPGNs),
unidades que recebem e tratam o combustível no
continente. Dessa rede também faz parte um
gasoduto de transporte ligando o Comperj à
refinaria Duque de Caxias (RJ).
O programa lançado pelo governo tem como
pilares básicos a redução da concentração na
oferta, a desverticalização da cadeia e a liberação
da capacidade em gasodutos de transporte para
terceiros e mudanças na regulação da
distribuição de gás canalizado para permitir
maior competição pelos clientes.
Atualmente, embora tenha posse de 75% do gás
produzido no Brasil, a Petrobras é praticamente a
única vendedora, já que suas sócias no pré-sal
não têm acesso à infraestrutura para escoar suas
parcelas —um dos focos do programa é garantir
acesso de terceiros aos gasodutos de
escoamento e unidades de processamento.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/petrobras-negocia-com-cade-sua-saida-do-
transporte-e-da-distribuicao-de-gas.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
32
Grupo de Comunicação
Petrobras diz que oferta secundária de
ações da Caixa movimentou R$ 7,3 bi
Participação do banco na estatal era de 2,3%,
por meio de 241,3 milhões de ações ordinárias
São Paulo | Reuters
A Petrobras afirmou que uma oferta secundária
para a venda de ações ordinárias da companhia
(com direito a voto) detidas pelo banco estatal
Caixa Econômica Federal teve um preço por ação
fixado em R$ 30,25, perfazendo um montante
total de R$ 7,3 bilhões, segundo comunicado
nesta quarta-feira (26).
A participação da Caixa na Petrobras era de
2,3%, por meio de 241,3 milhões de ações
ordinárias, equivalente a 1,85% do capital da
companhia.
A operação foi coordenada pelas unidades de
banco de investimento da Caixa, UBS, Morgan
Stanley, Bank of America e XP Investimentos.
De acordo com a Petrobras, a Caixa ficará com as
36,3 milhões de ações preferenciais, que não têm
direito a voto, mas preferência no pagamento de
dividendos, que tem em sua carteira. O valor
equivale a 0,36% do capital total da estatal.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/petrobras-diz-que-oferta-secundaria-de-acoes-
da-caixa-movimentou-r-73-bi.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
33
Grupo de Comunicação
Não é por decreto que vamos baixar o preço
do gás, diz ministro
Danielle Brant
Um dia após anunciar resolução que busca abrir
o mercado de gás no país, o ministro Bento
Albuquerque (Minas e Energia) afirmou que não
vai ser por meio de decreto que o preço do
combustível vai cair. Ele disse ainda desconhecer
incentivos fiscais ou financeiros para que estados
adotem as ações recomendadas pelo governo.
O ministro participou nesta terça-feira (25) de
audiência pública na Comissão de Serviços de
infraestrutura do Senado para apresentar aos
parlamentares as ações com as quais o governo
pretende acirrar a competitividade do setor de
gás e baixar o preço do combustível.
Na segunda-feira, o ministro Paulo Guedes
(Economia) afirmou que o preço poderia cair em
torno de 40% em até três anos caso as diretrizes
do governo fossem adotadas. Aos senadores,
Bento Albuquerque afirmou que não vai ser "por
decreto" que isso vai acontecer.
"E nós temos exemplos clássicos e até recentes
de que quando se tentou fazer isso, o custo foi
muito maior depois. A conta foi muito cara”,
afirmou.
O ministro criticou ainda as altas do gás nos
últimos anos. “Não é possível que nosso preço do
gás tenha subido quatro vezes em dez anos, com
as condições que nós temos, novos
descobrimentos e exploração. Não tem
explicação”, disse.
A proposta lançada pelo governo tem como
pilares básicos a redução da concentração na
oferta, a desverticalização da cadeia e liberação
da capacidade em gasodutos de transporte para
terceiros e mudanças na regulação da
distribuição de gás canalizado para permitir
maior competição pelos clientes.
Segundo o ministro, o governo já conversou com
11 estados sobre a proposta. Bento Albuquerque,
no entanto, disse desconhecer qualquer iniciativa
no sentido de oferecer incentivos fiscais ou
financeiros aos estados que decidirem privatizar
a distribuição do gás.
“Desconheço incentivo e transferência de
recursos de plataforma para estados que
aderirem. É uma questão fiscal e deve estrar
sendo tratado pelo ministério da economia, que
tem as atribuições e competências para isso. Mas
não pelo Ministério de Minas e Energia, nem foi
fruto de resolução do CNPE (Conselho Nacional
de Política Energética)”.
Com o programa anunciado na segunda (24), o
governo quer quebrar o monopólio da Petrobras
na oferta do combustível ao garantir acesso de
outras empresas a gasodutos e terminais de
importação de gás natural. Nesta quarta-feira, o
Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) deve avaliar acordo para que a
Petrobras venda participações no setor.
Após lembrar que a quebra do monopólio da
Petrobras já ocorreu há mais de 20 anos, o
ministro disse que o governo procura aumentar a
competitividade e a oferta do gás, “porque isso
naturalmente vai levar a investimentos e vai
levar à redução da molécula do gás”.
Na audiência, o ministro afirmou que caberá ao
Congresso aperfeiçoar o arcabouço legal para
que as ações que abrem o mercado de gás sejam
implementadas.
“Nossos instrumentos já existem,
aperfeiçoamento da legislação sempre é possível,
e é isso que eu considero que é uma importância,
daí eu considerar ser vital a participação do
Congresso Nacional no aperfeiçoamento dessa
legislação, porque como nós dissemos, esse
trabalho que foi feito”, disse.
Data: 26/06/2019
34
Grupo de Comunicação
O governo estima que o fim do monopólio do
mercado de gás natural possa gerar
investimentos de até R$ 32,8 bilhões em
ampliação da infraestrutura de transporte e
escoamento do combustível. Além disso, vê
incremento de R$ 2 bilhões na arrecadação de
royalties e R$ 5,3 bilhões no ICMS por ano em
quatro estados beneficiados.
Atualmente, embora tenha posse de 75% do gás
produzido no Brasil, a Petrobras é praticamente a
única vendedora, já que suas sócias o pré-sal
não têm acesso a infraestrutura para escoar suas
parcelas - um dos focos do programa é garantir
acesso de terceiros aos gasodutos de
escoamento e unidades de processamento.
Simulações do governo estimam que se o preço
da energia cair 40%, o PIB industrial aumentaria
8,46%.
Especialistas elogiam medidas, mas não veem
queda de preços
A proposta de quebra do monopólio da Petrobras
no gás é elogiada no mercado, mas vista como
um primeiro passo em busca de maior
competitividade no setor. Especialistas alertam
que os resultados não devem ser tão rápidos
quanto espera o governo e veem risco de
judicialização por parte das distribuidoras de gás
canalizado.
As diretrizes do programa foram divulgadas na
segunda (24) pelo CNPE (Conselho Nacional de
Política Energética) e miram maior abertura na
oferta, transporte e distribuição de gás natural.
O governo promete redução de até 40% no preço
do gás, o que seria suficiente para atrair até R$
240 bilhões em investimentos em setores
usuários do produto, como petroquímica,
fertilizantes, siderurgia e vidros, por exemplo.
"A expectativa de redução [do preço] depende de
muita coisa e não está detalhada. Além disso,
reformas estruturais, que nesse caso envolvem
inclusive um negociação política tremenda, são
de médio e longo prazo", diz Helder Queiroz, ex-
diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo). "É
boa a intenção, caminha na direção de uma
mudança estrutural, mas o que foi anunciado
ainda é insuficiente para avaliar."
A resolução, à qual a Folha teve acesso, traz
diretrizes e recomendações a outros órgãos do
governo. Fala em mudanças tributárias e na
estrutura do mercado de distribuição, com a
definição de regras mais uniformes entre os
estados e a separação entre as atividades de
venda e prestação de serviços de distribuição de
gás natural -- como já ocorre com as
distribuidoras de energia elétrica.
Para o advogado Luis Antonio de Souza, indica a
disposição do governo em aumentar a
competição no setor, mas “para quebrar o
monopólio do mercado, será preciso um plano de
longo prazo”. Um dos pontos mais relevantes da
medida, segundo ele, é a criação de incentivos
econômicos para estados que adotem regulações
mais amigáveis a consumidores livres e que
decidam privatizar suas distribuidoras.
O mecanismo é uma forma de evitar uma
ingerência direta nas regulações estaduais sobre
o tema, segundo Rafael Baleroni, sócio do
escritório Cescon Barrieu. Os estados têm o
monopólio dos serviços de gás canalizado
garantido na Constituição.
"A distribuição de gás é um monopólio natural.
Não faz sentido ter duas distribuidoras numa
mesma área", disse nesta terça o presidente da
Abegás (Associação Brasileira das Empresas de
Gás Canalizado), Augusto Salomon. Ele alega que
a separação de atividades reduz o caixa das
empresas e, consequentemente, sua capacidade
financeira para ampliar as redes para o interior.
"Se isso passar, teremos novos consumidores
apenas no litoral [onde está grande parte da
Data: 26/06/2019
35
Grupo de Comunicação
malha brasileira de gasodutos de transporte]",
argumenta. Segundo ele, a mudança pode levar
à judicialização do mercado para que empresas
tentem reverter a perda de receita em suas
concessões.
O advogado Ali Hage Filho, sócio do Veirano,
concorda que as mudanças devem trazer perda
de receita às distribuidoras. “Mas se a ideia é
estimular a privatização das distribuidoras, é
preciso encontrar meio termo. Se as estatais
perderem muito espaço, valerão muito menos
para o investidor. Não é uma equação simples”,
diz.
"Eu não vejo como factível isso [reduzir o preço
em 40% no curto prazo]. Tem muitas etapas a
vencer do ponto de vista regulatório, do ponto de
vista tributário, para ampliar a malha de
gasodutos... O que é positivo no pacote é a
iniciativa de abrir o mercado", conclui Marcio
Balthazar, da consultoria NatGas Economics.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/nao-e-por-decreto-que-vamos-baixar-o-preco-
do-gas-diz-ministro.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
36
Grupo de Comunicação
Após 27 anos de impasse, casarão na
Paulista torna-se de domínio público
Ricardo Hiar
Após mais de 27 anos desde o início de uma ação
judicial que pedia a desapropriação involuntária
de um imóvel centenário na avenida Paulista, o
destino do casarão foi definido. Nesta terça-feira
(25), os herdeiros e seus advogados oficializaram
a entrega do prédio.
Segundo Frederico Mascarenhas, chefe de
gabinete da Secretaria de Estado de Cultura e
Economia Criativa de São Paulo, que representou
a gestão Doria (PSDB), a partir desta data o
imóvel passa a ser de domínio público e será
administrado pela pasta. As ações que serão
feitas no espaço e qual será a sua utilização
ainda não foram definidas pelo governo.
De acordo com o chefe de gabinete, que assinou
o termo de recebimento do imóvel após uma
vistoria no local por técnicos da secretaria, a
posse ocorreu neste momento por determinação
judicial. “Recebemos o imóvel como parte do
processo que tramita na Justiça. A partir de
agora o Estado passa a ser responsável por ele”,
afirmou.
O governo afirma que está em elaboração um
processo de chamada pública para a
apresentação de projetos visando a cessão do
imóvel, com finalidade cultural.
A gestão Doria já havia ensaiado tomar posse da
construção no início deste ano. Em março, por
meio de nota, chegou a afirmar que receberia o
casarão dentro de algumas semanas. Dias
depois, recuou alegando que o prédio ainda não
havia sido desapropriado.
O antecessor de Doria, Geraldo Alckmin (PSDB),
também chegou a anunciar a posse e planos para
o imóvel centenário. Há cinco anos, durante a
abertura da Parada do Orgulho LGBT, Alckmin
disse que o governo assumiria o prédio, que seria
reformado, e o transformaria no Museu da
Diversidade, que hoje funciona na República,
região central de São Paulo.
Data: 26/06/2019
37
Grupo de Comunicação
Equipes chegaram a trabalhar por um tempo no
imóvel para catalogar partes da estrutura e quais
as necessidades de restauro. O projeto, no
entanto, também não avançou.
Marcas desse trabalho ainda estão presentes por
todo lado. Em todos os 35 cômodos da casa, que
tem 600 metros quadrados de área construída, é
possível ver anotações e uma numeração
sequencial que seria do levantamento feito para
a recuperação e implantação do museu.
Além de não confirmar a continuidade do projeto
de implantação do museu, o governo Doria
afirmou em março que a proposta da gestão
anterior exigiria altos investimentos, e que não
há recursos para viabilizá-lo diante da atual
realidade orçamentária.
Segundo herdeiros de Joaquim Franco de Mello,
que foi o responsável pela construção da casa
durante o ciclo do café, o imóvel já estava pronto
para ser entregue havia muito tempo e foi
completamente desocupado em dezembro do ano
passado. Desde então as tratativas com o
governo para a entrega não haviam tido êxito.
Desde 2002 eles também aguardavam o
cumprimento da ação, ganha na Justiça, para a
desapropriação involuntária. Na época, foi
determinado que o estado pagasse o equivalente
a R$ 55 milhões pelo imóvel, como forma de
ressarcir os proprietários que tiveram perdas
significativas desde o momento em que o
casarão foi tombado pelo Condephaat (órgão
estadual de proteção) e teve desvalorização
comercial. Ele também ficou travado, desde
então, para seguir o mesmo caminho das demais
construções da época, que hoje dão espaço a
vultuosos prédios comerciais.
Desde o início da ação o governo contestava os
valores e, além de não assumir os cuidados do
imóvel, tentava obrigar que os herdeiros
pagassem multa pela falta de reparos no imóvel,
localizado no número 1.919 da avenida Paulista.
Há vários anos esta multa foi definida em R$ 5
mil por dia. A Prefeitura também moveu ação por
causa de uma dívida milionária de IPTU.
Devido a demora do processo, Rubens Franco de
Mello, que ingressou com a ação em 1992, não
pode ver a resolução do caso. Ele morreu em
2006. O mesmo aconteceu com seu filho, Renato
Franco de Mello, que tomou a linha de frente na
administração da casa no início dos anos 1990, e
morreu em fevereiro, aos 70 anos.
Durante anos, para manter o imóvel, Renato
promoveu bazares e festas para angariar fundos.
Foi multado e impedido de continuar em vários
momentos. Chegou a fazer pequenas reformas,
mesmo às escondidas, para manter em pé o
imóvel que conta muitos fatos, não só de sua
família, mas da história paulistana.
Data: 26/06/2019
38
Grupo de Comunicação
“Esperamos que o governo cuide bem e restaure
completamente a casa. Ela serve de bem público
para preservar a memória de São Paulo. Serve
de lembrança de uma das fases mais bonitas da
trajetória da cidade. Que isso seja acessível a
todos”, disse à Folha um dos herdeiros, que
preferiu não se identificar.
Durante as tratativas para o recebimento do
imóvel pelo governo nesta terça, a abertura de
um dos portões de acesso já causava curiosidade
em pedestres. “Nunca vi isso aberto. Fiz questão
de parar para ver e gostaria de um dia conhecer
por dentro”, disse a paulistana Vivian Oliveira
Ferreira, 65.
Para o advogado Paulo Nogueira, 37, a ideia de
ter esse espaço aberto ao público e restaurado
será um presente para a cidade. “A avenida
Paulista é um ícone de São Paulo. Acho que não
só eu, mas muita gente que passa por aqui quer
saber como é esse casarão por dentro. Seria
ótimo tê-lo restaurado e abrigando alguma coisa
para toda a população.”
Nem o governo, nem os herdeiros confirmaram
se os pagamentos pela desapropriação já foram
liberados. No ano passado, a gestão Alckmin fez
três depósitos judiciais, em valores que juntos
ultrapassam os R$ 200 milhões. O primeiro, de
R$ 80 milhões ocorreu em 30 de abril de 2018.
Um mês depois foi realizado outro depósito,
desta vez de R$ 50 milhões. O pagamento da
terceira parcela ocorreu em 29 de junho, no
montante de R$ 80.341.617.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
6/apos-27-anos-de-impasse-casarao-na-paulista-
torna-se-de-dominio-publico.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
39
Grupo de Comunicação
Canudos plásticos passam a ser proibidos na
cidade de São Paulo
Guilherme Seto
O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou nesta
terça-feira (25) um projeto de lei que prevê a
proibição de fornecimento de canudos plásticos
em estabelecimentos comerciais da cidade. De
autoria do vereador Reginaldo Tripoli (PV), o
texto estipula multa para quem descumprir a lei,
com valor que pode chegar a R$ 8.000.
A prefeitura terá 180 dias a contar da publicação
da lei no Diário Oficial do município para
regulamentar a lei. Em coletiva de imprensa,
Covas disse que pretende usar um período menor
para tal. Após a regulamentação, os donos de
restaurantes, bares, padarias, hotéis, clubes
noturnos e eventos musicais terão 180 dias para
se adaptarem.
No Brasil, cidades litorâneas como Fortaleza,
Salvador, Rio de Janeiro, Camboriú (SC), Ilhabela
(SP), Santos (SP), Rio Grande (RS) e todo o
estado do Rio Grande do Norte já sancionaram
leis de proibição dos canudos e de outros
plásticos descartáveis.
A lei se aplica a hotéis, restaurantes, bares,
padarias, clubes noturnos e eventos musicais de
qualquer tipo. Em lugar dos canudos de plástico,
prevê que podem ser fornecidos canudos em
papel reciclável, material comestível ou material
biodegradável.
As multas crescerão ao passo que se acumularem
as infrações. Na primeira autuação, apenas
advertência e intimação. Na segunda, multa de
R$ 1.000. Na terceira, multa de R$ 2.000, e
assim sucessivamente até a quinta, no valor de
R$ 4.000. Na sexta autuação, a multa chega a R$
8.000 e o estabelecimento é fechado.
Na justificativa do projeto, Tripoli argumenta que
a aprovação da medida alinharia São Paulo às
"cidades mais desenvolvidas do mundo no
combate à poluição do meio ambiente".
"Na condição de signatários da Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU), é nosso
dever ter uma gestão eficiente de resíduos e
tornar nossa cidade mais sustentável. De uso
individual e efêmero, o canudo plástico é um dos
problemas ecológicos contemporâneos mais
urgentes. Se cada brasileiro usar um canudo
plástico por dia, em um ano terão sido
consumidos 75.219.722.680 canudos. De fato,
mais de 95% do lixo nas praias brasileiras é
plástico", continua.
Os detalhes sobre qual secretaria municipal
acompanhará a implantação da lei e como será
feita a fiscalização serão definidos no período de
regulamentação, disse Covas. Segundo ele,
também nesse período serão abordados os casos
de pessoas com mobilidade reduzida e que têm
os canudos plásticos como principal opção para
se alimentarem.
O prefeito paulistano, no entanto, diminui a
importância da fiscalização no processo de
redução do consumo de plástico.
“Tenho certeza que essa e outras iniciativas
produzem mais um efeito pedagógico de
consciência da população do que punitivo. Não
tenho dúvida de que desde o início da discussão
do projeto na Câmara Municipal alguns bares e
restaurantes de São Paulo deixaram de distribuir
o canudinho. Com a sanção e a regulamentação
isso vai avançar muito mais. Não acredito que vá
ser preciso manter por muito tempo uma equipe
fiscalizando. O maior fiscal é o próprio povo”,
disse.
Data: 26/06/2019
40
Grupo de Comunicação
Reportagem da Folha mostrou que no Rio de
Janeiro, onde a lei anticanudos foi aprovada em
julho de 2018, a proibição "pegou" e criou uma
nova cultura entre grande parte dos cariocas,
mas não é difícil encontrá-los em certos locais,
como barracas de praia ou vendas de
ambulantes.
No período em que valeu a primeira versão da
lei, de outubro de 2018 ao começo de janeiro
deste ano, a gestão do prefeito Marcelo Crivella
(PRB) afirma que só aplicou quatro multas por
uso indevido de canudos, entre mais de 15 mil
inspeções.
Discussões fizeram com que a lei fosse
substituída por outra, em janeiro, ampliando a
permissão a canudos de qualquer material
biodegradável —desde que não de plástico ou
oxibiodegradável (que dificulta a reciclagem).
Dessa vez, o prazo de adaptação previsto foi de
quatro meses, que se esgotou em 9 de maio.
Os canudinhos representam 0,03% das 6 milhões
de toneladas de plástico produzidas no Brasil em
2016, segundo números do IBGE divulgados pela
Associação Brasileira da Indústria do Plástico
(Abiplast).
Ainda de acordo com a associação, cerca de 35%
dos produtos do setor têm ciclo de vida curto, de
até um ano, e só 26% das embalagens plásticas
são recicladas, diz uma pesquisa da FIA
(Fundação Instituto de Administração, da USP)
também de 2016.
Para Covas, ainda que possa parecer “um
pequeno passo” tratar de canudos “com tantos
desafios a enfrentar”, “é um passo importante a
ser dado no sentido de reduzir a dependência
que temos do plástico.”
Em junho, a Assembleia Legislativa de São Paulo
aprovou um projeto de lei semelhante, e Covas
incentivou o governador João Doria (PSDB) a
sancioná-lo.
O prefeito de São Paulo aproveitou para cutucar
o ministro do Meio Ambiente do governo federal,
Ricardo Salles. Ao divulgar nesta terça-feira (25)
a adesão da cidade ao Compromisso Global para
a Nova Economia do Plástico, promovido pela
Organização das Nações Unidas (ONU), assinado
em março, Covas marcou distância para o
ministro de Jair Bolsonaro (PSL) ao afirmar que
ele teria se recusado a assinar o acordo.
“Não é porque o governo federal não quis assinar
que São Paulo vai abrir mão de seu compromisso
com as futuras gerações e com o meio ambiente,
ou seja, de seu compromisso em reduzir a
dependência que temos do plástico. A geração
atual está disposta a abrir mão de conforto para
garantir a preservação da vida no planeta”, disse.
O Compromisso é que a cidade adote ações para
redução do uso do plástico, mas não estabelece
metas –que devem ser definidas pelo próprio
município. A ideia é a de eliminar o uso de
embalagens de plástico desnecessárias, encorajar
modelos de reúso do material e melhorar os
índices de reciclagem do município, entre outras
ações.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Por que o canudo virou um vilão, e não outros
produtos?
Dos plásticos de uso único —que são úteis por
alguns minutos antes de levarem centenas de
anos para se decompor—, o canudo é tido como
o item mais fácil de ser dispensado ou
substituído. Em 2015, o vídeo do resgate de uma
tartaruga com um canudo atravessado na narina
viralizou e impulsionou a causa.
Data: 26/06/2019
41
Grupo de Comunicação
Quanto plástico uma cidade como São Paulo
deixaria de produzir sem os canudos?
É difícil estimar. A prefeitura não tem esse
cálculo e a Associação Brasileira da Indústria do
Plástico (Abiplast) diz que não há dados
específicos para as cidades. No Brasil todo, os
canudos representaram 0,03% das 6 milhões de
toneladas de plástico produzidas em 2016,
segundo o IBGE.
Se eu quiser usar um canudo, quais são as
alternativas?
Os canudos reutilizáveis e biodegradáveis, como
os feitos de bambu, são os mais ecológicos. Em
seguida vêm os de metal, material durável e
facilmente reciclável, e de vidro.
O canudo pessoal, não descartável, precisa de
que tipo de cuidados?
Ele precisa sempre ser higienizado após o uso,
assim como outros utensílios não descartáveis
que usamos. Você pode deixá-lo de molho e
depois lavar com água quente e sabão, usando a
escovinha que normalmente acompanha o
produto. Também é possível colocá-lo na
máquina de lavar louça.
É melhor usar copos de vidro e lavá-los ou usar
copos e canudos de plástico e reciclá-los?
Reusar é prioridade: lavar um copo tem impacto
menor que a cadeia de produção de um material
descartável, que também exige consumo de
água. Quando optar pelos descartáveis, vale
tentar reutilizar antes de encaminhar para a
reciclagem.
E as pessoas com deficiência que precisam de
canudos para ingerir bebidas?
Esse ainda é um dos impasses das leis
anticanudo. Segundo a AACD, as opções de
metal, vidro, bambu e papel nem sempre são
indicadas por não permitirem uma boa posição
para sucção, além da inflexibilidade, alto custo,
risco de ferimentos e perigos com líquidos
quentes.
É possível viver sem plástico?
Não, pelo menos no modo de vida urbano da
maioria da população. Barato, prático e higiênico,
o plástico está presente em quase todos os
setores da sociedade moderna. Os
representantes da indústria argumentam que a
solução está no descarte adequado e na
reciclagem.
Como diminuir o lixo sem fazer grandes
sacrifícios?
- Evitar embalagens desnecessárias, optando por
produtos com embalagem única
- Preferir embalagens reutilizáveis, como potes
de vidro, ou biodegradáveis, como sacos de
papel
- Reaproveitar sacolas plásticas como sacos de
lixo
- Descartar o lixo reciclável separadamente
- Fazer uma composteira caseira, usando os
restos de alimentos para produzir adubo
Fontes: ONU Ambiente, USP, Cempre, MMA, WWF, Abre, Plastivida, Abiplast e professora Paola Dall’Occo, do MackenzieGuilherme Seto
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/06/canudinhos-plasticos-passam-a-ser-proibidos-na-cidade-de-sao-paulo.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
42
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Pela primeira vez em
meses, Lula ficou tenso e ansioso com
possibilidade de sair da prisão
A votação da suspeição de Sergio Moro pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) deixou Lula, pela
primeira vez em muitos meses, tenso e ansioso.
AGORA VAI
De acordo com relatos de pessoas que se
mantêm próximas, a possibilidade de o ex-juiz
ser considerado suspeito foi a primeira que gerou
expectativas reais no petista de que ele poderia,
enfim, sair da prisão.
BATEU
As dificuldades, como a possibilidade de
adiamento, foram um banho de água fria. “Bateu
o desespero”, diz uma pessoa próxima. Lula
então orientou os advogados a irem para o tudo
ou nada, insistindo na votação do habeas corpus.
NADA FEITO
As ponderações de que protelar o debate poderia
ser positivo, já que novas revelações do
escândalo das mensagens de Moro com
procuradores poderiam surgir, não surtiram
efeito.
NUNCA MAIS
O cálculo era o de que, se o STF não soltasse
Lula agora, isso dificilmente ocorreria depois.
PASSO ADIANTE
Em breve, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da
4ª Região) vai apreciar a condenação do ex-
presidente no caso do sítio. A confirmação da
punição pode impedir o petista de sair da prisão
mesmo que, mais tarde, Moro seja considerado
suspeito.
TARJA
O deputado David Miranda (PSOL-RJ) diz que a
diretora do Centro Cultural da Câmara dos
Deputados, Isabel Flecha de Lima, proibiu o uso
da palavra ditadura em um painel exposto no
Centro Cultural em homenagem aos 50 anos de
Stonewall, um marco na luta LGBTI+. “Só
podemos chamar de censura”, diz ele.
SEM POLÊMICAS
Ela também teria proibido o uso da frase “tempos
obscuros e de mentiras que vivemos”. Isabel
Flecha de Lima respondeu que a Casa “evita que
polêmicas políticas e juízo de valor façam parte
de exposições promovidas pelo Centro Cultural”.
RSVP
O vice-presidente General Hamilton Mourão
confirmou presença no lançamento do Instituto
Brasil 200, no dia 16 de julho. A procura por
convites aumentou tanto que o evento, marcado
para ocorrer no MIS, foi transferido para o hotel
Unique.
DE OLHO NA TELA
Myra Babenco assumiu a direção da produtora
HB Filmes em 2018; filha do cineasta Hector
Babenco, ela está liderando um projeto que
busca restaurar e digitalizar a obra
cinematográfica de seu pai
VETO
A atual mulher do ex-médico Roger Abdelmassih,
Larissa Maria Sacco Abdelmassih, não foi
aprovada para se tornar sócia do Club Athletico
Paulistano, um dos mais tradicionais de SP.
NÃO QUERO
Em maio, a proposta de Larissa ficou afixada em
um mural do clube. Segundo um diretor do
Paulistano, ela recebeu cerca de 300 bolas
pretas, que são as manifestações contra a
entrada no quadro de associados.
CARTEIRINHA
Na época, Larissa disse à coluna que estava
apenas pleiteando o “reingresso ao quadro de
membros associados” e que o pedido havia sido
feito para que os filhos gêmeos de 7 anos
tenham direito de frequentar um espaço de lazer.
O Paulistano, via sua assessoria de imprensa, diz
que não irá se manifestar.
CEP
A Asserte (Associação de Servidores da Funarte)
fez uma carta de repúdio à indicação do diretor
Roberto Alvim para a direção do Centro de Artes
Cênicas da instituição. O documento foi enviado
ao ministro Osmar Terra (Cidadania), ao
Data: 26/06/2019
43
Grupo de Comunicação
secretário especial da Cultura, Henrique Pires, e
ao presidente da Funarte, Miguel Proença.
DISPUTA
A associação diz que declarações de Alvim
causaram “espanto”. O diretor convocou
profissionais conservadores para “criar uma
máquina de guerra cultural”. “Denunciamos o uso
de cargo público para disputa ideológica, prática
especialmente danosa na esfera das políticas
públicas para as artes”, diz a nota.
DÚVIDA
“Por que repudiar a presença de um profissional
com 30 anos de trajetória dedicada ao teatro de
arte no Brasil? Por meu alinhamento com os
valores do governo Bolsonaro?”, questiona Alvim.
“Isso é discriminação ideológica e configura um
preconceito terrível, na medida em que nem
sequer conversei com eles acerca de minhas
propostas”, completa.
DÚVIDA 2
O ministério e secretaria não vão comentar. A
Funarte diz que Proença está de licença médica e
que não vai responder no momento.
MOLDURA
Crianças e adolescentes poderão participar de
oficinas inspiradas no quadro “Operários”, de
Tarsila do Amaral, com a sobrinha-neta da
artista. As atividades, que incluem pinturas,
confecção de bonecos e teatro de fantoches,
integram a programação do Palácio Boa Vista,
em Campos do Jordão, no Festival de Inverno,
que ocorre de 29 de junho a 28 de julho.
CÂMERA, AÇÃO
Os atores Dira Paes e Emilio de Mello integram o
elenco do filme “Divino Amor”, com direção de
Gabriel Mascaro, que teve pré-estreia na
segunda (24), no Cinearte. O cantor Chico César
e a atriz Camila Márdila compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O escritório Malheiros Filho Meggiolaro Prado
inaugura na quarta (26) a biblioteca em
homenagem ao fundador Arnaldo Malheiros Filho.
O evento “A Arte é Mulher”, dirigido por Lan
Lanh, faz sua última apresentação na quarta
(26). Às 19h, no CCBB-RJ.
A atriz Laura Cardoso é a convidada do evento
Camarim em Cena. Na quarta (26), às 16h, no
Itaú Cultural.
Raphael Fonseca participa de palestra na quarta
(26). Às 19h, no CCBB São Paulo.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi e Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/06/pela-primeira-vez-em-meses-
lula-ficou-tenso-e-ansioso-com-possibilidade-de-
sair-da-prisao.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
44
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Análise: Só ação midiática sobre canudos
não adianta
- Sustentabilidade - Estadão
Alexander Turra*
O banimento dos canudos parece ser uma ação
assertiva, mas possui peculiaridades que não
podem ser desconsideradas. O banimento,
diferentemente de campanhas de
conscientização, não cria o nexo entre o não uso
do canudo e seu eventual benefício ambiental. A
população precisa ter a oportunidade de
compreender a questão para poder se posicionar
de forma madura e responsável. O banimento
também é baseado no pressuposto de que o
canudo utilizado não encontra um sistema de
coleta e destinação de resíduos sólidos
adequado, o que deveria ser garantido pelos
municípios.
Canudo é um item icônico para o diálogo sobre o lixo Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Embora o canudo seja um item icônico para o
diálogo sobre a temática, a importância de seu
banimento como estratégia de combate ao lixo
no mar é questionável. Eles não correspondem
aos itens mais abundantes no lixo encontrado no
mar. Dentre as principais fontes de lixo estão as
áreas de ocupação irregular em morros, várzeas
e manguezais, um problema socioambiental
decorrente da pobreza e da falta de ordenamento
territorial e de saneamento básico.
Não tem lógica investir esforços e capital político
no banimento como ação pirotécnica e midiática
sem desenvolver estratégicas estruturantes para
o combate ao lixo no mar, considerando
educação ambiental, gestão de resíduos e
territorial, eliminando a ocupação irregular e
dando dignidade à população.
* Professor Titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), responsável pela Cátedra Unesco para a Sustentabilidade dos Oceanos.
Conscientização e ações permanentes são a
chave para uma gestão eficiente dos
resíduos sólidos urbanos
Carlos Silva Filho**
O mundo vive numa era em que a geração de
resíduos só vem aumentando. Segundo dados da
ONU, de 2011 a 2016 a geração passou de 1,3
para 2,0 bilhões de toneladas por ano e a
perspectiva é atingir 3,4 bilhões de toneladas em
2050.
No Brasil, segundo o Panorama da ABRELPE, a
geração passou de 71,2 milhões de toneladas
geradas em 2010, ano da edição da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, para 78,4 milhões
de toneladas em 2017, dado mais recente
disponível. E a tendência de crescimento
permanece, com uma estimativa de aumento da
ordem de 25% até 2050.
No entanto, o banimento de determinados
produtos ou materiais, embora seja revestido de
um simbolismo que chama a atenção para uma
causa relevante, não parece ser a medida mais
razoável a ser adotada. Isso porque tal medida,
além de extrema, concentra em um único item
praticamente toda a responsabilidade pela
poluição e danos ambientais decorrentes da
gestão ineficiente e destinação inadequada de
resíduos sólidos, assunto que precisa ser
enfrentado com ações estruturantes e
permanentes de educação e conscientização
ambiental junto à população, desde o momento
do consumo, passando pela responsabilidade
pelo descarte adequado e com a devida
remuneração dos serviços, que devem ser
prestados de forma universalizada, contínua e
com os equipamentos adequados.
Esse trabalho deve começar desde a primeira
infância para que, no futuro, medidas impositivas
como o banimento, não sejam mais necessárias,
pois a própria sociedade fará suas escolhas de
acordo com os critérios mais apropriados para a
sua qualidade de vida e para o futuro do planeta.
** É Diretor Presidente da Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e Vice-Presidente da Iswa - International Solid Waste Association (Associação Internacional de Resíduos Sólidos)
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,analise-so-acao-midiatica-sobre-canudos-nao-adianta,70002888325
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
45
Grupo de Comunicação
Estado de São Paulo banirá canudo plástico
- São Paulo - Estadão
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), anunciou que vai sancionar o
projeto de lei aprovado na semana passada pela
Assembleia Legislativa que proíbe a distribuição
de canudos plásticos pelo comércio de todo o
Estado. Ele deve assinar a lei nos próximos 15
dias. Nesta terça, o prefeito da capital paulista,
Bruno Covas (PSDB), sancionou texto com as
mesmas regras, mas de vigência apenas no
Município.
Segundo a assessoria de imprensa do Palácio dos
Bandeirantes, Doria disse ser favorável à medida
e vai sancioná-la, mas há um detalhe a ser
estudado: a garantia de acesso aos canudos para
pessoas com deficiência que têm dificuldade de
ingerir alimentos sem eles. A preocupação surgiu
após conversa do governador com a senadora
Mara Gabrilli (PSDB), que atua em defesa desse
público.
O texto, de autoria do deputado Rogério
Nogueira (DEM), prevê multa que varia de R$
530,60 a R$ 5.306 para os estabelecimentos que
desrespeitarem a regra, com o dobro do valor em
caso de reincidência. O valor arrecadado com as
multas será “carimbado”, isto é, destinado
exclusivamente a programas ambientais. O
governo estadual terá um ano para regulamentar
essa norma.
Em sua justificativa, Nogueira afirma que a
proibição tem como objetivo estimular “a
produção de produtos mais sustentáveis e,
consequentemente, a redução de resíduos
prejudiciais ao meio ambiente”. Na lei municipal
e na estadual, há liberação da venda de canudos
em supermercados, o que garante o acesso do
produto para as pessoas com necessidades
especiais.
Impactos
No País, a primeira cidade a aprovar restrição do
tipo foi o Rio. Além de Salvador, o Rio Grande do
Norte e o Distrito Federal são alguns dos locais
que já proíbem canudinhos.
Não há dados precisos sobre o consumo de
canudinhos em São Paulo. A Associação Brasileira
da Indústria de Plástico (Abiplast) afirma que
apenas 0,03% dos cerca de 6 milhões de
toneladas de plástico produzidos no País por ano
sejam de canudos - o que daria algo ao redor de
1,8 mil toneladas.
O diretor presidente da Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, estima
que a produção total de resíduos no País deve
crescer 25% até 2050 e o tema “precisa ser
enfrentado com ações estruturantes e
permanentes de educação e conscientização
ambiental junto à população”. Mas, segundo ele,
só o banimento de canudinhos “concentra em um
único item praticamente toda a responsabilidade
pela poluição e pelos danos ambientais
decorrentes da gestão ineficiente e destinação
inadequada de resíduos sólidos”.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,estado-de-
sao-paulo-banira-canudo-plastico,70002888304
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
46
Grupo de Comunicação
Mananciais em perigo
- Opinião - Estadão
Há décadas que a ocupação irregular das áreas
de proteção dos mananciais de São Paulo vem
ocorrendo sem que as autoridades municipais e
estaduais – por irresponsável omissão no
cumprimento da legislação ambiental – tomem as
medidas capazes de detê-la. A ocupação continua
a todo vapor, apesar dos alertas repetidos sobre
o risco que representa para o abastecimento de
água de 5 milhões de paulistanos. Desde janeiro
do ano passado, houve pelo menos 24 novas
invasões, a maior parte às margens das Represas
Billings e Guarapiranga, segundo reportagem do
Estado.
O cálculo é baseado em estudos apresentados
pelo vereador Gilberto Natalini (PV) e em dados
colhidos pela Promotoria de Justiça de Habitação
e Urbanismo. Natalini, que foi secretário
municipal do Verde e do Meio Ambiente na
gestão de João Doria (PSDB) e é autor de pedido
de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) à Câmara Municipal sobre o caso, afirma
que é possível prevenir isso, o que só não é feito
porque a Prefeitura assiste a tudo “inerte,
complacente e conivente”.
O problema vem de longe. É culpa dos vários
governos que se sucederam desde os anos 1980,
quando as invasões se intensificaram. As fotos
publicadas pelo Estado (edição de 24/6) são
impressionantes. Elas mostram a massa
compacta de construções às margens da Billings
e da Guarapiranga. Estima-se que more ali 1,5
milhão de pessoas.
Elas foram e continuam indo para lá atraídas por
terrenos baratos em loteamentos clandestinos,
que não contam com documentos de
propriedade, pois são áreas públicas e
particulares ocupadas irregularmente por
quadrilhas especializadas. Contam apenas com a
promessa de um dia terem suas propriedades
regularizadas, o que algumas vezes ocorreu.
Chegaram desmatando para construir barracos,
muitos substituídos ao longos dos anos por
construções de alvenaria. Sem saneamento
básico, os ocupantes dessas áreas jogam esgoto
e lixo nas represas.
Isso aconteceu e acontece sob as vistas
criminosamente complacentes das autoridades.
Até agora, as medidas esporádicas, tomadas por
sucessivos governos para deter as invasões e a
proliferação de loteamentos clandestinos, foram
para inglês ver. Com a entrada nesse lucrativo
“negócio” do Primeiro Comando da Capital (PCC),
a situação só piorou. Surpreendente seria se o
crime organizado deixasse passar essa
oportunidade. A rigor, os loteamentos
clandestinos sempre foram atividades do crime
organizado. O PCC apenas introduziu métodos
mais truculentos nesse “negócio”.
A situação só vai mudar quando e se os governos
municipal e estadual resolverem prevenir as
invasões, como acertadamente sugere Natalini,
desbaratando as conhecidas quadrilhas que
promovem os loteamentos clandestinos e
tentando conter a influência crescente do PCC.
Agir depois que os invasores se instalaram não
funciona, como mostra a experiência. Isto leva a
um longo processo que, como mostra a
reportagem, começa com a identificação, por
fiscais, dos autores do crime ambiental e
prossegue com a notificação do caso ao
Ministério Público Estadual (MPE), que pode pedir
o embargo da invasão ou a demolição dos
barracos.
Quando a questão é julgada pela Justiça, o que
costuma demorar, a decisão em geral é favorável
ao MPE. Mas a remoção do invasor não garante a
solução definitiva do problema. Se as quadrilhas
dos loteamentos clandestinos continuarem
atuantes, será grande o risco de o terreno
liberado ser invadido novamente.
O resultado disso é que acabou se criando um
fato consumado: 1,5 milhão de pessoas vivem às
margens da Billings e da Guarapiranga, sendo
praticamente impossível sua retirada de lá.
Agora, o que se pode fazer é urbanizar a área e
instalar serviços de água, esgoto e coleta de lixo,
para evitar seu despejo nas águas da represa.
E, daqui para a frente, tentar prevenir o mal,
dando um basta às invasões, com ação enérgica
da fiscalização e da polícia para que a lei de
proteção dos mananciais seja respeitada.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,mananciais-em-perigo,70002887924
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
47
Grupo de Comunicação
Cade não deverá julgar nesta quarta acordo
com a Petrobras no mercado de gás
- Economia - Estadão
Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Apesar da expectativa do governo, o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) não deverá pautar para a reunião desta
quarta-feira, 26, o acordo com a Petrobras que
prevê a venda de ativos no mercado de gás.
Segundo o Estadão/Broadcast apurou, os dois
lados não conseguiram chegar a um
entendimento e deverão continuar negociando.
Apesar de as conversas ainda estarem
acontecendo, a tendência é que a homologação
do acordo só seja feita no início de julho, quando
o Cade deverá marcar uma sessão
extraordinária.
Nessa mesma reunião, o órgão deverá julgar o
cartel do metrô de São Paulo. A partir de meados
de julho, o conselho deverá ficar sem quórum,
quando terá vencido o mandato de quatro
conselheiros. O presidente Jair Bolsonaro já
enviou dois nomes para os cargos ao Senado,
mas a Casa ainda não deu início à tramitação. Os
indicados têm que ser sabatinados e aprovados
pelos senadores antes da nomeação.
De acordo com fontes, o Cade estaria fazendo
mais exigências para a Petrobras para o acordo
no mercado de gás, que a estatal não concorda
em cumprir. O Conselho quer que a venda de
ativos seja ainda maior do que o primeiro acordo
assinado com a petrolífera há duas semanas, que
exigiu a venda de metade da capacidade de
refino da empresa.
O novo compromisso vai prever que a Petrobras
venda 100% dos seus ativos que não forem de
produção e tratamento de gás, o que inclui
principalmente infraestrutura de transporte e
distribuição. Além disso, também haverá
exigência de desinvestimentos na área de
produção, o que ainda está em negociação entre
o conselho e a empresa.
O acordo com o Cade é um dos pilares do Novo
Mercado de Gás, plano lançado pelo governo
nesta segunda, com o objetivo de abrir o
mercado e reduzir o preço do insumo. A
obrigação de sair totalmente do mercado de
transporte e distribuição de gás é um dos pontos
centrais do acordo, que será assinado com o
Cade em troca do encerramento de processo que
investigava a atuação anticompetitiva da estatal
nessa área.
O governo contava com a assinatura do termo de
compromisso nesta quarta e já previa até uma
cerimônia de lançamento do plano no fim desta
semana ou início da próxima. Há duas semanas,
o termo de compromisso no mercado de refino
foi aprovado pelo Cade com dois votos contrários
de conselheiros, que criticaram o acordo dizendo
que o órgão estava apenas ratificando um
desinvestimento que a própria estatal já
pretendia fazer. O entendimento foi comemorado
pela própria companhia e por ministros do
governo de Jair Bolsonaro .
Pelo acordo, a Petrobras terá que vender ativos
que já haviam sido aprovados previamente pelo
seu conselho de administração: Refinaria Abreu e
Lima (Rnest), Unidade de Industrialização do
Xisto (SIX), Refinaria Landulpho Alves (Rlam),
Refinaria Gabriel Passos (Regap), Refinaria
Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria
Alberto Pasqualini (Refap), Refinaria Isaac Sabbá
(Reman) e Lubrificantes e Derivados de Petróleo
do Nordeste (Lubnor).
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,c
ade-nao-devera-julgar-nesta-quarta-acordo-com-
a-petrobras-no-mercado-de-gas,70002888854
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
48
Grupo de Comunicação
Credores tentam adiar assembleia da
Constellation, da Queiroz Galvão
- Economia - Estadão
Às vésperas da assembleia que pode definir o
futuro da Constellation, braço de óleo de gás do
grupo Queiroz Galvão, credores e sócios tentam
impedir que o plano de recuperação seja votado
na quinta-feira, 27. Nas últimas semanas, alguns
detentores da dívida da companhia entraram com
representações contra o plano, que ainda não
contempla mudanças determinadas em março
pela Justiça. Esta será a terceira vez que a
companhia tenta realizar a assembleia.
Com pouco dinheiro em caixa e boa parte de
suas sondas sem contrato, a Constellation entrou
em recuperação judicial em dezembro de 2018,
com dívidas que somam cerca de R$ 6 bilhões.
Resolver o nó da Constellation é essencial para o
grupo Queiroz Galvão, que tenta desde o ano
passado um saída com bancos para que o
conglomerado não entre em colapso.
Os negociadores da Constellation até
conseguiram fechar um acordo com o Bradesco,
os bancos estrangeiros e com parte dos
detentores de títulos (os bondholders), que
cobram cerca de 80% dessa dívida. Eles
concordaram em dar mais tempo para a empresa
pagar o que deve e um período de carência para
que tenha tempo de se reestruturar. Mas essa
negociação não é unanimidade entre os credores.
A Pimco, uma das maiores gestoras do mundo e
grande credora da Constellation, questiona o
acordo com o Bradesco. De acordo com o plano,
o banco ofereceria US$ 10 milhões à empresa em
troca de garantias equivalente a US$ 150
milhões. Em manifestação feita à Justiça do Rio,
a Pimco – representada pelo escritório Cascione
Pulino Boulos Advogados – destaca que outros
credores terão de abrir mão de suas garantias
para que elas sejam dadas ao Bradesco.
No documento, a Pimco pede uma nova data
para a assembleia, mudanças no plano e que não
tenha de compartilhar suas garantias. “Esse
exemplo torna claro que as oportunidades de
financiamento previstas no plano, artificialmente
restritas a determinados grupos, são meros
pretextos para conceder tratamento privilegiado
a determinados credores em detrimento de
outros”, diz a empresa, na manifestação.
Outro ponto controverso é que o plano baseia-se
na ideia de que todas as plataformas controladas
pela Constellation – e seus respectivos credores
– seriam submetidos a um mesmo plano. Para o
MP, isso não é possível, já que havia plataformas
e controladas com operação fora do País. A Pimco
concorda e também questiona se as premissas
do plano não são excessivamente otimistas -
para que consiga pagar o que deve, a empresa
precisa que suas sondas hoje ociosas sejam
alugadas o quanto antes.
Sócia em duas das oito sondas da Constellation,
a Alperton também tenta impedir a realização da
assembleia. Como a Pimco, entrou com agravo
no Tribunal do Rio questionando diversos pontos
do processo.
A empresa não concorda com a proposta de dar
as plataformas nas quais têm participação em
garantia para credores de outras sondas. E pede
a exclusão dos equipamentos do plano. O
problema é que essas sondas são muito valiosas
e, se for bem-sucedida em seu pleito, a Alperton
pode forçar a renegociação completa do plano de
reestruturação.
A Alperton alega que os Queiroz Galvão querem
lesá-la ao transferir ativos que são de sua
propriedade para cobrir dívidas que não lhe
pertencem. A briga entre os sócios se arrasta há
meses e envolve acusações da Alperton de
desvios de recursos e outras irregularidades
contábeis cometidas pela empresa dos Queiroz
Galvão. Há uma arbitragem em andamento em
Nova York e a Alperton sustenta que tem uma
liminar no curso desse processo impedindo o uso
das sondas na recuperação judicial. Essa liminar
ainda não foi validada pela Justiça brasileira, mas
é uma ameaça ao plano.
Procurados, Constellation, Queiroz Galvão,
Alperton, Pimco e Bradesco não quiseram
comentar.
https://economia.estadao.com.br/noticias/negoci
os,credores-tentam-adiar-assembleia-da-
constellation-da-queiroz-galvao,70002888200
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
49
Grupo de Comunicação
Demanda em IPO da Neoenergia supera em
5 vezes a oferta
Coluna do Broadcast
A demanda pela oferta inicial de ações (IPO, na
sigla e inglês) da Neoenergia segue crescente. A
dois dias da fixação do preço da ação, a demanda
já supera em cinco vezes a oferta, o que deve
garantir que o valor saia acima do piso da faixa
de referência, que vai de R$ 14,42 a R$ 16,89. O
papel será precificado amanhã, 27. O encontro
com os investidores (roadshow) se encerra no
mesmo dia. A oferta, que movimentará mais do
que R$ 4 bilhões, chamou a atenção de
investidores estrangeiros, a despeito do olhar de
cautela que permanece em relação ao Brasil.
Pechincha. O forte interesse pela Neoenergia
concentra-se no fato de que a elétrica opera em
um setor considerado seguro e previsível, com
bom potencial de crescimento, em especial para
grandes grupos já estabelecidos no País e com
controladores experientes como a espanhola
Iberdrola. Além disso, ao piso da faixa indicativa,
a ação ofereceria desconto em relação a seus
pares. Analistas recomendam aos investidores
que entrem na oferta a um preço abaixo da
média do intervalo previsto pela companhia no
prospecto. Isso porque, acima disso, as elétricas
listadas poderiam oferecer no curto prazo maior
potencial de valorização. Procurada, a
Neoenergia não comentou.
https://economia.estadao.com.br/noticias/negoci
os,credores-tentam-adiar-assembleia-da-
constellation-da-queiroz-galvao,70002888200
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
50
Grupo de Comunicação
Ministro diz que governo não vai baixar
preço do gás 'por decreto'
- Economia - Estadão
Anne Warth, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, disse que o governo não vai baixar
o preço do gás "por decreto". Segundo ele, as
medidas do programa Novo Mercado de Gás não
serão impostas, mas negociadas entre as partes
envolvidas. O plano prevê a abertura do mercado
de gás e a saída da participação da Petrobrás do
mercado de gasodutos e distribuidoras. Também
prevê incentivo financeiro a Estados que
aceitarem privatizar suas empresas.
A Abegas, que representa as distribuidoras,
comparou o incentivo à privatização de
distribuidoras a um "toma lá dá cá".
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
Bento Albuquerque esteve em audiência pública
conjunta nas comissões de Infraestrutura e de
Desenvolvimento Regional do Senado Foto:
Carolina Antunes/PR
"Não é por decreto que vamos baixar o preço do
gás. Temos exemplos claros e recentes do
passado, de quando tentamos fazer isso e não
deu certo", disse nesta terça-feira, em audiência
pública conjunta nas comissões de Infraestrutura
e de Desenvolvimento Regional do Senado.
As diretrizes do plano foram apresentadas na
segunda-feira pelo governo. Entre as medidas
está um acordo entre a Petrobrás e o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para
encerrar um processo administrativo que apura
condutas anticompetitivas da companhia no
mercado e que poderia render multas bilionárias
à estatal.
A Petrobrás terá que sair do mercado de
gasodutos, dar acesso às suas estruturas para
concorrentes e vender sua fatia nas
distribuidoras estaduais - setor em que participa
com 19, de um total de 27 empresas. Os
Estados, sócios dessas empresas, também serão
incentivados a privatizá-las.
Até o momento, o governo não apresentou
nenhum projeto de lei ao Congresso para
implementar o plano. Ele reconheceu que a
legislação em vigor já trata de alguns desses
temas, mas ponderou que o marco atual não
resolveu gargalos, enquanto o preço do gás
cresceu quatro vezes nos últimos anos.
Toma lá dá cá
A Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás)
demonstrou preocupação com as medidas
anunciadas pelo governo. Consultor jurídico da
entidade, Gustavo De Marchi questionou o
incentivo do governo federal para que Estados
privatizem suas distribuidoras. Para estimular
governadores a venderem suas empresas, a
União vai oferecer contrapartidas, como maior
participação na divisão dos recursos do Fundo
Social do Pré-Sal, que deve render entre R$ 5
bilhões e R$ 6 bilhões por ano, como revelou o
Estadão/Broadcast.
“Tem que entender melhor em que medida isso
seria um incentivo ou se pressupõe uma invasão
da competência dos Estados. Soa como pressão”,
disse De Marchi. “Não há nada de errado no
incentivo. Só haverá alguma irregularidade se
isso se virar um toma lá dá cá. Cabe aos Estados
avaliar se faz sentido, sob o ponto de vista
estratégico, privatizar as distribuidoras”,
acrescentou.
Outra preocupação da entidade é com a
promessa de redução de 40% no custo do gás.
“Não existe mágica no setor. Os investimentos
têm um período de maturação de médio e longo
prazo”, disse o consultor jurídico da Abegas.
“O contrato de concessão tem longa maturação,
perpassa diversos mandatos do executivo, então,
qualquer mudança de sobressalto, de maneira
abrupta, gera insegurança jurídica e aumenta
percepção do risco”, disse. Para a entidade, o
governo deve buscar o equilíbrio em toda a
cadeia.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
ministro-diz-que-governo-nao-vai-baixar-preco-
do-gas-por-decreto,70002887988
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
51
Grupo de Comunicação
Relatório da ONU fala em ‘apartheid
climático’ e critica medidas do governo
Bolsonaro
- Sustentabilidade - Estadão
Redação, O Estado de S.Paulo
Um relatório do Conselho de Direitos Humanos
da Organização das Nações Unidas (ONU) citou o
Brasil como um dos exemplos de nação que está
tomando medidas na direção contrária à
necessária para enfrentar as mudanças
climáticas. A promessa do governo Bolsonaro de
liberar a floresta amazônica para atividades de
mineração, o fim das demarcações de terras
indígenas e o enfraquecimento das proteções e
agências ambientais são medidas criticadas pela
instituição.
O documento, que é assinado pelo relator sobre
pobreza extrema do Conselho de Direitos
Humanos da instituição, Philip Alston, tem foco
nos efeitos do aquecimento global sobre a
parcela da população que já é mais vulnerável. O
mundo está caminhando para um “apartheid
climático”, onde os ricos compram saídas para os
piores efeitos do aquecimento global enquanto os
pobres têm de suportar o peso, descreve o
relatório.
O documento aponta que as empresas têm um
papel vital nas questões da mudança climática,
mas não podem ser confiadas a observar as
condições dos mais pobres. "Uma dependência
excessiva do setor privado poderia levar a um
cenário de apartheid climático em que os ricos
pagam para escapar do superaquecimento, fome
e conflitos, enquanto o resto do mundo é deixado
a sofrer", escreveu.
Alston mencionou a situação de nova-iorquinos
vulneráveis que sofreram sem energia elétrica ou
atendimento médico quando o Furacão Sandy
atingiu a região em 2012, enquanto a sede da
Goldman Sachs foi protegida por dezenas de
milhares de sacos de areia e força do seu próprio
gerador”.
Confiar exclusivamente no setor privado para
proteção contra o clima extremo e a elevação do
nível do mar “quase garantiria violações
massivas de direitos humanos, com os riscos
tendo as necessidades atendidas e os pobres
sendo deixados para trás”, ele escreveu. “Ainda
no melhor dos cenários, centenas de milhões
terão de encarar insegurança alimentar,
imigração forçada, doenças e morte.”
O relatório criticou governos por fazer pouco
mais que enviar representantes para
conferências para discursar, apesar de cientistas
e ativistas estarem realizando alertas desde os
anos 70. “Trinta anos de convenções parecem ter
feito muito pouco. De Toronto a Noordwijk, do
Rio a Kyoto e até Paris, a linguagem tem sido
similar enquanto Estados continuam a evitar o
problema”, escreveu Alston.
Desde os anos 1980, só os Estados Unidos
sofreram 241 desastres climáticos, o que custou
mais de US$ 1 bilhão. Houve algumas evoluções
positivas, como a queda no preço das energias
renováveis, a perda de competitividade do
carvão, a queda nas emissões de 40 países e o
acordo entre 7 mil cidades e 6 mil companhias na
mitigação desses efeitos climáticos.
Apesar disso, a China ainda exporta energia de
usinas a carvão e tem falhado em reduzir suas
emissões de metano. No Brasil, Bolsonaro
planeja permitir mineração na floresta
amazônica, restringir demarcação de terras
indígenas e tem enfraquecido a proteção
ambiental. O governo Bolsonaro desistiu de
sediar neste ano a COP, conferência mundial
sobre clima.
“Nos Estados Unidos, até recentemente o maior
produtor global de emissões, o presidente Trump
emprega ex-lobistas em cargos de supervisão,
adotou o ponto de vista das indústrias, esteve à
frente de uma redução agressiva em regulações
ambientais, e está ativamente silenciando e
ofuscando a ciência que trata do clima”, escreveu
Alston.
A presidência do Brasil não quis comentar o
conteúdo do relatório. /COM INFORMAÇÕES DA
REUTERS
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,relatorio-da-onu-fala-em-apartheid-
climatico-e-critica-medidas-do-governo-
bolsonaro,70002888094
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
52
Grupo de Comunicação
Rio espera tirar 3 bilhões de sacolas
plásticas de circulação por ano
- Sustentabilidade - Estadão
RIO - O Rio espera reduzir em nada menos que
três bilhões por ano o número de sacolas
plásticas em circulação no Estado. Entra em vigor
nesta quarta-feira, 26, uma lei que proíbe a
distribuição e a venda de sacolas descartáveis
em estabelecimentos comerciais. Os primeiros a
adotarem a medida serão as grandes redes de
supermercados. Até o fim do ano, no entanto,
todo o comércio deverá aderir à nova lei.
Segundo a Associação de Supermercados do
Estado, o consumo atual das sacolas
convencionais, produzidas 100% com petróleo, é
de quatro bilhões por ano. Com a proibição, os
mercados passarão a disponibilizar novas
sacolas, produzidas com pelo menos 51% de
fontes renováveis, como milho e cana, e que
poderão ser reutilizadas por até 50 vezes.
Com a proibição, os mercados passarão a oferecer novas sacolas Foto: Jose Patricio/Estadão
“Atualmente, são 20 bilhões de sacolas em
apenas cinco anos”, frisou o deputado estadual
Carlos Minc (PSB), autor da lei. “É claro que o
meio ambiente não aguenta.”
Até dezembro, os mercados vão distribuir
gratuitamente duas sacolinhas recicláveis para
cada cliente. Quem quiser usar mais, terá de
pagar R$ 0,08 por unidade. A partir de janeiro,
todas serão cobradas. Mas mesmo essas sacolas
deverão ter seu uso gradualmente reduzido já a
partir do próximo ano.
“A nossa lei foi fortemente inspirada na de São
Paulo”, admitiu Minc. “Mas avançamos em pontos
que deram problema por lá, como limitar o preço
da sacola reutilizável e, durante os primeiros seis
meses, determinar a distribuição gratuita de duas
delas.”
Fruto da lei 8006 do ano passado, a medida visa
a reduzir o impacto do plástico no meio
ambiente. Além de poluir os mares e envenenar
a vida marinha, o material contribui para o
aquecimento global, dado o volume de emissões
de carbono registrado em sua decomposição.
Dados do Banco Mundial mostram que o Brasil é
o quarto maior produtor de lixo plástico do
mundo, com 11,3 milhões de toneladas, atrás
apenas de Estados Unidos, China e Índia. Isso dá
uma média de um quilo de lixo plástico por
habitante a cada semana. E apenas 1,2% do
total é reciclado - muito abaixo da média
mundial, que chega a 9%.
“A Baía de Guanabara é um grande exemplo de
como o descarte incorreto de plástico provoca um
problema grave”, disse o diretor do AquaRio, o
biólogo marinho Marcelo Szpilmann. “Hoje, o
maior problema é o lixo descartado de forma
incorreta nos rios que desembocam na baía,
onde temos verdadeiras ilhas de plástico.”
Para o biólogo, as campanhas são fundamentais
não apenas para reduzir o volume do plástico em
circulação, mas também para conscientizar a
população.
“As campanhas servem de alerta”, acredita
Szpillmann. “Muita gente que não sabe de nada
no mínimo vai parar para pensar ‘por que isso
está acontecendo?’, ‘por que estão proibindo?’,
forçando a sociedade a se inteirar sobre o
problema. O plástico mata milhões de animais
todos os dias.”
Mais plástico do que peixes
Pesquisa da Fundação Ellen MacArthur divulgada
em 2017 fez um grave alerta: se o uso do
plástico continuar aumentando na atual
proporção em todo o mundo, em 2050 haverá
mais plástico do que peixes nos oceanos.
Atualmente, de 5 milhões a 13 milhões de
toneladas de plástico são jogadas nos mares
anualmente.
Além de todo o dano que o material pode causar
diretamente aos animais, ele acaba entrando na
cadeia alimentar de aves marinhas, peixes e
outros organismos. Uma pesquisa do ano
passado da Universidade de Ghent, na Bélgica,
Data: 26/06/2019
53
Grupo de Comunicação
revelou que quem costuma comer frutos do mar
ingere até 11 mil pequeninos fragmentos de
plástico por ano.
No ano passado, o Rio já havia se tornado a
primeira cidade brasileira a abolir o canudo
plástico - um exemplo seguido nesta terça-feira
por São Paulo. O município não tem números da
redução de canudos, mas é unanimidade entre os
especialistas que houve uma diminuição
considerável.
“Não temos um balanço, mas a redução é
visível”, afirmou a coordenadora de mobilizações
da ONG Meu Rio, Debora Pio, que lançou a
campanha pelo fim do uso do canudo de plástico.
“Além disso, houve uma discussão muito grande
sobre o tema, uma verdadeira mudança de
cultura na cidade, onde muita gente adotou,
inclusive, o canudo de metal; foi uma mudança
de postura, de consciência dos cariocas.” /
Colaborou Denise Luna
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,rio-espera-tirar-3-bilhoes-de-sacolas-
plasticas-de-circulacao-por-ano,70002888358
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
54
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Plano do gás pode destravar investimentos
de R$ 33 bi
Por André Ramalho, Rodrigo Polito e Alessandra
Saraiva | Do Rio
O governo federal estima que as iniciativas
previstas no programa "Novo Mercado de Gás",
anunciado na segunda-feira, ajudem a destravar
investimentos da ordem de R$ 32,8 bilhões em
infraestrutura de gás natural no Brasil. Os
cálculos, do Ministério de Minas e Energia (MME),
incluem obras de gasodutos, terminais de gás
natural liquefeito (GNL) e unidades de
processamento de gás (UPGNs).
A expectativa é que o programa beneficie
petroleiras que têm hoje dificuldades para chegar
ao mercado consumidor, por causa da hegemonia
da Petrobras no setor. Entre as empresas
interessadas na abertura do mercado estão Shell,
Galp e Repsol, sócias da Petrobras no pré-sal e
que vendem sua produção para a estatal por
preços baixos, justamente em razão das
dificuldades de acesso ao mercado. Além delas, a
norueguesa Equinor e a americana ExxonMobil,
sócias na área de Carcará, no pré-sal da Bacia de
Santos, esperam conseguir escoar os grandes
volumes de gás diretamente ao mercado.
A ideia do governo é abrir a capacidade ociosa
dos gasodutos existentes para outras empresas,
antecipando o fim da exclusividade que a
Petrobras ainda detém nesses dutos.
O acordo previsto entre o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a
Petrobras para saída integral da companhia dos
setores de transporte e distribuição de gás
natural promete lançar no mercado um novo
pacote de oportunidades de aquisições. A estatal
brasileira ainda detém participação em quatro
transportadoras e em 19 distribuidoras estaduais
de gás canalizado.
Com as mudanças, o governo espera promover
um "choque de energia barata", com redução de
40% nos preços do gás natural para o
consumidor em três anos. Para a economista
Elena Landau, essa promessa é uma "medida
populista que pode atropelar a implementação da
reforma". As linhas gerais do programa, porém,
agradaram as empresas do setor.
https://www.valor.com.br/brasil/6320185/plano-
do-gas-pode-destravar-investimentos-de-r-33-bi
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
55
Grupo de Comunicação
Ministério projeta investimento novo de R$
32,8 bi na área de gás
Por André Ramalho | Do Rio
As iniciativas previstas no programa Novo
Mercado de Gás, cujas diretrizes foram
anunciadas na segunda-feira, vão ajudar a
destravar investimentos da ordem de R$ 32,8
bilhões em infraestrutura de gás natural no
Brasil, segundo cálculo do Ministério de Minas e
Energia (MME).
Os números incluem gasodutos, terminais de gás
natural liquefeito (GNL) e unidades de
processamento de gás (UPGNs). O programa se
ampara, contudo, na abertura da capacidade
ociosa dos gasodutos existentes.
A expectativa é que o programa beneficie
petroleiras que hoje têm dificuldades para
acessar o mercado consumidor, devido à
verticalização da Petrobras no setor. Entre as
interessadas na abertura do mercado, estão
Shell, Galp e Repsol, sócias da Petrobras no pré-
sal e que vendem suas produções para a estatal
por preços baixos, devido à dificuldade de aceso
ao mercado.
A norueguesa Equinor e a americana ExxonMobil,
sócias na promissora área de Carcará, no pré-sal
na Bacia de Santos, acompanham o assunto com
atenção, na expectativa de conseguir escoar os
grandes volumes de gás do projeto.
A ideia do governo é abrir a capacidade ociosa
dos gasodutos para outras empresas,
antecipando o fim da exclusividade que a
Petrobras ainda detém em gasodutos de
transporte e de escoamento, UPGNs e terminais
de GNL.
O acordo previsto entre o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a
Petrobras, para saída integral da companhia dos
setores de transporte e distribuição de gás
natural, promete lançar no mercado um novo
pacote de oportunidades de aquisições.
A estatal ainda detém participação em quatro
transportadoras e 19 distribuidoras estaduais de
gás canalizado. O mais provável é que a
Petrobras venda sua participação de 51% na
Gaspetro (com a qual possui participação
acionária nas distribuidoras), mas ainda não está
claro como isso se dará. Outra opção seria a
companhia optar por vender isoladamente
concessionária por concessionária ou fechar
pacotes com várias distribuidoras.
Em 2015, quando vendeu para a japonesa Mitsui
49% da Gaspetro, a Petrobras levantou R$ 1,9
bilhão. Entre as potenciais candidatas às
distribuidoras, estão a própria Mitsui, a Cosan
(controladora da Comgás), a Naturgy (CEG e
CEG Rio) e a Engie, que manifestou interesse na
área de distribuição de gás.
A Petrobras possui 51% na Transportadora
Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG); 10% na
Transportadora Associada de Gás (TAG); 10% da
Nova Transportadora do Sudeste (NTS); e 25%
na Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB).
Nos casos da TAG e NTS, a expectativa é que a
estatal venda suas fatias remanescentes para as
empresas que adquiriram o controle das
companhias nos últimos anos: a francesa Engie e
a canadense Brookfield, respectivamente.
O "choque de energia barata" com redução de
40% nos preços do gás natural para o
consumidor em três anos dependerá, no fim das
contas, da dinâmica do mercado. Segundo a
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o preço
da molécula (o gás em si) representa 46% do
custo final do gás para a indústria. O restante
vem dos impostos (24%), das margens da
distribuição (17%) e do transporte (13%).
Os números mostram, portanto, que o caminho
para a redução substancial do preço do gás
passa, necessariamente, pelo barateamento dos
preços dos produtores, que são livres e não estão
dentro da alçada direta do governo.
O preço da molécula é livre. O único componente
que cabe diretamente ao governo é administrar
os impostos. O plano de abertura do mercado,
portanto, passa pela criação de condições para
diversificar a oferta de gás.
Data: 26/06/2019
56
Grupo de Comunicação
No setor de distribuição, a ideia do governo
federal é convencer os Estados a adotarem
regras mais favoráveis à abertura do mercado
livre, em troca da liberação de recursos da União
para auxiliar na situação fiscal deles. As margens
de distribuição, no entanto, representam apenas
17% do preço final do gás e não seriam
suficientes, sozinhas, para garantir a queda dos
preços pretendida pelo governo.
Questionada pela reportagem sobre o anúncio do
CNPE, a Petrobras não se manifestou sobre o
assunto. (Colaborou Rodrigo Polito)
https://www.valor.com.br/brasil/6320153/minist
erio-projeta-investimento-novo-de-r-328-bi-na-
area-de-gas
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
57
Grupo de Comunicação
Setor aprova medidas com ressalvas
Por Rodrigo Polito e Alessandra Saraiva | Do Rio
As linhas gerais do plano do governo Bolsonaro
para a abertura do mercado de gás natural do
país agradaram boa parte do setor. Mas a falta
de detalhamento e as incertezas sobre o modelo
de tramitação e implantação do arcabouço legal
do Novo Mercado de Gás, além do tom populista
adotado pelo governo, preocupam especialistas e
empresas, em especial quanto ao risco de uma
onda de judicialização.
"A ideia de introduzir a competição no mercado
de gás é muito perseguida há anos", afirmou a
economista Elena Landau, ex-diretora do BNDES.
"Mas ainda é preciso avaliar os detalhes",
completou. Ela criticou o fato de o governo
estipular uma redução de 40% do custo do gás
natural. Esse tipo de meta, explicou, é populista
e pode atropelar a implementação da reforma.
Landau elogiou a postura do ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, que afirmou não
saber qual será o impacto das medidas no preço
do gás, dizendo que o mercado é que definirá o
valor. "A fala do ministro é o exemplo do que um
formulador de políticas públicas tem que fazer",
disse ela. A economista defendeu ainda que a
reforma seja antecedida por uma análise de
impacto regulatório e por consulta pública para
permitir que todos se manifestem.
Mesmo considerando que ainda não foi publicada
a resolução do CNPE com as diretrizes e o
detalhamento para a reforma do mercado de gás,
a ex-diretora da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e diretora do Centro de Estudos
em Regulação e Infraestrutura da FGV, Joísa
Saraiva, avaliou como positivo o posicionamento
do governo. Para ela, a proposta do governo é
mais ambiciosa e moderna do que o programa
Gás para Crescer, elaborado na gestão de Michel
Temer. Agora a discussão sobre a distribuição de
gás, principal ponto de discórdia no setor, será
enfrentada com estímulos à privatização.
A Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), que
reúne as distribuidoras estaduais de gás, está
disposta a discutir com o governo e o Legislativo
pontos da reforma, mas alerta para o risco de
judicialização. A principal preocupação é com a
possibilidade de implementação de medidas sem
observação do trâmite legislativo e a
Constituição. "Tudo o que a gente não quer é
uma nova Medida Provisória 579 para o setor de
gás. Tem uma história recente que serve de
aprendizado, gerou um trauma muito grande",
afirmou consultor jurídico da Abegás e presidente
da Comissão de Energia da OAB, Gustavo de
Marchi, em referência à MP de 2012 que
judicializou o setor elétrico.
Dois pontos preocupam a entidade: a resolução
do CNPE deve ser de caráter consultivo e não
pode gerar nenhum efeito de ordem prática e
operacional e, segundo, apesar de avanços
propostos pelo governo, as medidas não podem
interferir na decisão soberana dos Estados em
temas que lhes dizem respeito - incluindo a
intenção do governo federal de incentivar a
privatização de distribuidoras estaduais de gás.
A Firjan considerou positivas as ações. Segundo
cálculos da entidade, a abertura do mercado tem
o potencial de destravar e atrair novos
investimentos na ordem de R$ 240 bilhões, além
de potencializar a arrecadação de participações
governamentais, bem como conduzir a um efeito
multiplicador da atividade industrial.
O presidente da Gasmig, Pedro Magalhães,
elogiou as mudanças de regras, mas disse que
ainda não está claro quando vão produzir efeitos
práticos e redução de preços. "Eles anunciaram
que a Petrobras vai abrir mão da capacidade de
transporte, que vai vender refinarias. Mas o que
a gente não consegue ver é quando isso vai
acontecer na prática, quando vai permitir uma
diminuição do preço." A companhia distribui gás
em 36 municípios de Minas, na região
metropolitana de Belo Horizonte; na região do
Vale do Aço, onde há uma concentração de
siderúrgicas; na região da Zona da Mata, na
cidade de Juiz de Fora, próxima à divisa com Rio
de Janeiro; e na região de Poços de Caldas, no
sul de Minas. A região com potencial de demanda
e que não é ainda atendida é a do Triângulo
Mineiro. A Gasmig é uma empresa da Cemig,
estatal de energia. (Colaborou Marcos de Moura e
Souza, de Belo Horizonte)
https://www.valor.com.br/brasil/6320157/setor-
aprova-medidas-com-ressalvas
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
58
Grupo de Comunicação
Governo estuda juntar repasses para
estimular a adesão dos Estados
Por Fabio Graner | De Brasília
O governo estuda juntar em um pacote só
transferências que todo ano faz aos Estados
relativas ao Fundo de Compensação das
Exportações (FEX) e da Lei Kandir e adicionar
cerca de R$ 2 bilhões extras do Fundo Social do
Pré-Sal para induzir os entes a adotar algumas
medidas, entre elas a abertura do mercado de
gás e a melhoria de indicadores de educação e
saúde.
Os valores ainda não estão totalmente definidos
e podem ser alterados, mas a intenção inicial era
que esse conjunto de transferências que sairá do
Fundo Social ficasse próximo de R$ 6 bilhões, se
o chamado "Plano Waldery", referência ao
secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Waldery Rodrigues, avançar no
governo.
O nome oficial é Programa de Fortalecimento das
Finanças Estaduais (PFE), que se somaria ao
Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF, conhecido como
Plano Mansueto), que visa a socorrer os Estados
com dificuldades, no esforço para melhoria do
quadro fiscal desses entes da federação.
Todo ano, o governo trava uma briga com o
Congresso para repassar recursos aos Estados
por conta da desoneração das exportações. Em
alguns anos, esses repasses chegaram a R$ 3,9
bilhões (R$ 1,95 bilhão de FEX e o mesmo valor
a título de compensação da Lei Kandir, que
desonerou de ICMS os bens exportados).
A ideia da equipe econômica é aproveitar a
discussão da abertura do mercado de gás, que
pretende acabar com o monopólio da Petrobras,
anunciada oficialmente na segunda-feira, para
encerrar essa disputa anual. Ao mesmo tempo,
pretende reforçar o caixa dos governos regionais,
que sofrem com problemas fiscais graves e
estimular a desestatização das empresas de gás
pelos entes federativos, fomentando a maior
competição nesse setor.
O Ministério da Economia não se pronuncia
oficialmente sobre essa questão de como se
processará a transferência aos entes da
federação. A ideia nos bastidores é esperar o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) terminar as negociações com a Petrobras
para um termo de ajustamento de conduta para
quebrar o monopólio dela no mercado. Só depois
disso que se pretende anunciar essa etapa do
plano, que vem sendo desenhada há meses,
desde a transição de governo, logo após a vitória
de Jair Bolsonaro nas eleições.
Os recursos adicionais à lei Kandir e ao FEX que o
governo pretende repassar aos Estados por meio
do Fundo Social estarão vinculados a
direcionamento e metas de desempenho. Ou
seja, receberão mais dinheiro aqueles Estados
que obtiverem melhores resultados em critérios
definidos para saúde, educação e outros que
ainda estavam sendo estabelecidos, além das
medidas para desestatizar o setor de gás e
melhorar sua regulação em nível estadual, outro
problema identificado pelos técnicos.
A ideia inicial era que esse adicional destinado a
essas áreas estivesse dentro dos cerca de R$ 2
bilhões que serão somados aos recursos fixos do
FEX e da Lei Kandir a serem incorporados ao
programa de transferência. Não está claro se
essa parcela fixa, que hoje se fala em quase R$ 4
bilhões, também estaria vinculada às medidas
para o setor de gás, entre outras metas que
podem ser definidas.
https://www.valor.com.br/brasil/6320155/govern
o-estuda-juntar-repasses-para-estimular-adesao-
dos-estados
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
59
Grupo de Comunicação
Abertura viabiliza uso como matéria-prima,
diz Abiquim
Por Stella Fontes | De São Paulo
A abertura do mercado de gás natural, que será
promovida por meio do programa Novo Mercado
de Gás, também vai estimular seu uso como
matéria-prima pela indústria química, de acordo
com a Abiquim, entidade que representa o setor
no país.
Há pelo menos uma década, as empresas
químicas brasileiras lutam pela redução dos
preços dos gás natural, até agora usado no país
sobretudo como energia, numa tentativa de se
aproximar dos concorrentes internacionais que
têm acesso ao insumo a custos competitivos.
"Não era possível usar de outra maneira com
esses preços de monopólio. Mas, se o valor passa
a ser mais próximo ao do mercado internacional,
também se estimula o uso do gás como matéria-
prima", disse ao Valor o presidente-executivo da
Abiquim, Fernando Figueiredo. O ponto-chave do
programa, em sua avaliação, é a possibilidade de
compartilhamento da infraestrutura, permitindo
que as empresas vendam gás diretamente ao
mercado.
Conforme o executivo, é "surpreendente" que
uma solução simples a essa questão - uma
resolução do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) - tenha levado tanto tempo a
ser alcançada. "Faltava vontade política, que
agora há no ministro Paulo Guedes e no ministro
Bento [Bento Albuquerque, de Minas e Energia]
de mudar o mercado."
Para ele, ainda não está claro qual o tamanho do
impacto que as medidas terão sobre os preços do
gás, mas a expectativa é de queda na medida em
que haverá maior oferta no mercado e mais
concorrência com a quebra de monopólio da
Petrobras. Hoje, a indústria química paga cerca
de US$ 8 por milhão de BTU, considerando-se
apenas a molécula. Esse valor vai a US$ 12 ou
US$ 13 se considerados outros gastos, como
transportes.
Caso esse preço caia para cerca de US$ 4 a US$
4,50 o milhão de BTU, os primeiros
investimentos do setor, que enfrenta uma
paralisia de novos projetos, podem começar a ser
anunciados, já que há melhora de
competitividade em relação aos US$ 3 pagos
pelos concorrentes nos EUA. "Temos agora a
possibilidade de ter gás mais barato tanto para a
indústria quanto para a geração de energia. Com
o que se tem, é possível dar um salto na oferta
de gás, assim como aconteceu nos Estados
Unidos com o gás de xisto."
A indústria química é a maior consumidora de
gás no país para fins energéticos. Para este ano,
segundo a Abiquim, estão previstos US$ 600
milhões em investimentos, com queda a US$ 400
milhões em 2020 e 2021 e novo recuo, a US$
200 milhões, em 2022. Em 2012, o setor chegou
a investir US$ 4,8 bilhões.
https://www.valor.com.br/brasil/6320159/abertu
ra-viabiliza-uso-como-materia-prima-diz-abiquim
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
60
Grupo de Comunicação
Carga de energia aumenta 4,9% em maio,
aponta ONS
Por Rodrigo Polito e Alessandra Saraiva | Do Rio
A carga de energia, formada pelo consumo mais
perdas na rede, no Sistema Interligado Nacional
(SIN) somou 66.985 megawatts (MW) médios
em maio, com crescimento de 4,9%, em relação
a igual período do ano anterior, de acordo com
dados divulgados ontem pelo Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS). Na comparação com
abril deste ano, a carga recuou 2,5%. E, no
acumulado dos últimos 12 meses encerrados e
maio, a carga aumentou 2,4% ante igual período
anterior.
Em boletim sobre o desempenho do sistema
elétrico em maio, o operador explicou que,
apesar do baixo dinamismo da atividade
econômica, a carga de energia foi afetada
positivamente pelo maior número de dias úteis e
a ocorrência de temperaturas mais elevadas em
maio, em relação a igual período do ano passado.
Além disso, em maio de 2018, ocorreu a greve
dos caminhoneiros, com efeito no desempenho
econômico.
O Norte do país registrou o maior crescimento
em maio, ante igual período de 2018, de 6,2%,
totalizando 5.608 MW médios. Segundo o ONS, o
crescimento expressivo foi motivado, além dos
fatores já mencionados, pela retomada de
operação de um grande consumidor livre de
energia.
No Nordeste, a carga cresceu 5,6% em maio, na
comparação anual, totalizando 11.092 MW
médios. Segundo o ONS, o aumento também
decorre do maior número de dias úteis em
relação a maio de 2018 e pela ocorrência de
temperaturas superiores às verificadas em igual
período do ano anterior.
Os motivos foram os mesmos para o crescimento
de 4,7% da carga no subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país. As
duas regiões somaram 39.086 MW médios em
maio deste ano.
Com relação a abril, houve uma queda de 3,3%
da carga. O operador, no entanto, não informou
as razões para o recuo. Já na região Sul, a carga
alcançou 11.198 MW médios em maio, com alta
de 4,3% em relação a igual período do ano
passado. Ante abril, o resultado foi uma queda
também de 4,3%.
"Cabe destacar que o Índice de Confiança do
Empresário Industrial (Icei-RS), divulgado pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio
Grande do Sul (Fiergs), registrou queda de 3,2
pontos, passando de 60,9 para 57,7 pontos", diz
o ONS em documento. "Essa foi a quarta redução
consecutiva (9,4 pontos no total) atingindo o
menor nível desde novembro/18. Todos os
indicadores que compõem o Icei-RS caíram em
relação a abril e estão, em maio de 2019, em seu
menor nível desde outubro de 2018."
https://www.valor.com.br/brasil/6320161/carga-
de-energia-aumenta-49-em-maio-aponta-ons
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
61
Grupo de Comunicação
MMA paralisa a análise de projetos para o
Fundo Amazônia
Por Daniela Chiaretti e Gabriel Vasconcelos | De
São Paulo e do Rio
O Fundo Amazônia não teve nenhum projeto
aprovado em 2019. O processo de escolha de
novas iniciativas, encaminhado no ano passado,
está paralisado. Estão represados ao menos R$
350 milhões para programas de aumento de
produtividade e renda de agricultores na região e
monitoramento do desmatamento. Em média,
são aprovadas dez novas iniciativas por ano. A
paralisia ocorre em um momento de avanço do
desmatamento.
Nada acontece no Fundo desde março, quando o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
decidiu passar um pente-fino nos contratos,
administrados pelo BNDES. A equipe técnica, de
apenas 18 pessoas, ficou sobrecarregada com o
trabalho repentino e a análise dos projetos
parou.
Representantes dos governos da Noruega e da
Alemanha, os maiores doadores do Fundo,
pediram um relatório com os resultados da
auditoria, mas até agora não tiveram resposta.
Os dois países já aportaram mais de R$ 3,3
bilhões desde 2009. No momento, está em curso
uma negociação entre doadores e o Ministério do
Meio Ambiente para uma reforma na governança
do Fundo.
https://www.valor.com.br/brasil/6320173/mma-
paralisa-analise-de-projetos-para-o-fundo-
amazonia
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
62
Grupo de Comunicação
Pente-fino de ministério paralisa ao menos
24 projetos do Fundo Amazônia
Por Daniela Chiaretti e Gabriel Vasconcelos | De
São Paulo e do Rio
O Fundo Amazônia não teve nenhum projeto
aprovado em 2019. O rigoroso processo de
escolha de novas iniciativas, encaminhado
durante o ano passado, está paralisado. Estão
represados pelo menos R$ 350 milhões que
financiariam programas de aumento de
produtividade e renda de agricultores familiares
na Amazônia e monitoramento do
desmatamento.
Um dos projetos que aguardam há seis meses o
fim do processo de análise pelos técnicos do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), que gerencia o Fundo Amazônia,
busca aumentar a produtividade dentro de
assentamentos rurais no Pará. A primeira etapa
do projeto do Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (Ipam) foi concluída em 2017 e
beneficiou 3 mil famílias. Resultou na diminuição
de 75% no desmatamento dentro dos lotes e no
aumento de 120% na renda das famílias.
"Damos assistência técnica aos agricultores. Se o
assentamento produzir melhor, com mais acesso
à tecnologia e técnicas agroflorestais, consegue-
se mais produção em espaço menor, diminuindo
a pressão sobre a floresta", diz André Guimarães,
diretor-executivo do Ipam. O instituto aguarda a
análise final dos técnicos e a liberação de R$ 30
milhões, em cinco anos, para a segunda fase da
iniciativa.
A paralisia nos processos de aprovação de
projetos do Fundo Amazônia ocorre em momento
de alta no desmatamento. O Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou em maio
1.102 km2 de áreas de alerta de desmate e
degradação na Amazônia Legal.
Segundo o monitoramento feito pelo Instituto do
Homem e do Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon) em maio foram desmatados 797 km2
de floresta, aumento de 26% em comparação a
maio de 2018. A tendência de alta se revela
também no acumulado entre agosto e maio:
22% de aumento em comparação ao ano
anterior.
Nada acontece no Fundo Amazônia desde que o
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
decidiu, em março, solicitar um pente-fino nos
contratos geridos pelo BNDES. "Não houve
determinação de paralisar nada", diz uma fonte,
embora o efeito tenha sido este. A equipe técnica
de 18 pessoas ficou sobrecarregada, e a análise
dos projetos foi comprometida.
Em maio, Salles reuniu a imprensa para dizer
que os projetos patrocinados pelo fundo têm
pouca eficácia e sugeriu irregularidades em sua
execução, sem contudo apontar claramente as
falhas.
Representantes do governo norueguês, o maior
financiador do Fundo Amazônia, e do governo
alemão, o segundo maior doador, pediram o
relatório com os resultados da auditoria de
Salles, mas até agora não o receberam. Os
países doadores já aportaram mais de R$ 3,3
bilhões no fundo desde o início da operação em
2009.
Está em curso uma negociação entre doadores e
o Ministério do Meio Ambiente. Salles quer
reformar a governança do mecanismo e dar mais
voz ao governo federal. Os doadores, por seu
turno, não querem que o Fundo Amazônia, criado
para preservar e desenvolver de forma
sustentável a região, se transforme em um
projeto de governo. Na carta-resposta à proposta
de Salles de modificar o órgão executivo do
fundo, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia
(Cofa), os embaixadores de Alemanha e Noruega
disseram esperar que o BNDES continue a
aprovar projetos "em consonância com os
acordos e diretrizes existentes".
Na média histórica são aprovados dez novos
projetos por ano. Uma fonte familiarizada com a
gestão do fundo diz que há 24 projetos na fila à
espera por análises.
Data: 26/06/2019
63
Grupo de Comunicação
Suspensão no processo de aprovação dos
projetos ocorre em momento de alta no
desmatamento
Os projetos de dois editais lançados há dois anos
pelo BNDES estão em compasso de espera. Um
deles mira projetos de recuperação da cobertura
vegetal, prevê desembolso de R$ 200 milhões e
parou na primeira fase, de verificação de
documentos dos candidatos. O resultado nem
sequer foi divulgado.
Trata-se do primeiro edital do Fundo Amazônia
para projetos de restauração da floresta. "É
política importante para que o país possa cumprir
a meta climática de restaurar 12 milhões de
hectares até 2030", diz um especialista.
A paralisação dos processos de análise do outro
edital, que trata do fortalecimento de cadeias de
valor e está orçado em R$ 150 milhões, prejudica
agricultores familiares e extrativistas que vivem
na floresta. A criteriosa seleção de projetos tem
quatro fases. No caso do edital das cadeias de
valor, as duas primeiras foram encerradas em
dezembro. Foram seis os projetos pré-
selecionados (ver quadro acima). Faltam apenas
um último parecer e o aval da diretoria, mas o
breque está puxado há seis meses.
"São pelo menos R$ 350 milhões que não estão
indo apoiar atividades produtivas sustentáveis na
Amazônia", diz um especialista. "Sem esses
apoios, fica difícil competir com as atividades
ilegais."
"Não temos nenhuma sinalização negativa de que
o projeto não vai acontecer, mas é que atrasou
muito. Passamos de janeiro até agora parados",
diz Silvianete Matos Carvalho, secretária-
executiva da Associação em Áreas de
Assentamento no Estado do Maranhão (Assema),
uma das seis organizações pré-selecionadas na
chamada das cadeias de valor. "Isso atrapalha
porque tira a credibilidade do projeto", continua
Silvianete.
A Assema foi fundada há 30 anos por produtores
rurais e quebradeiras de coco babaçu no
Maranhão. Trabalha com agroecologia e
recuperação de áreas degradadas. A entidade
aguarda a nova etapa do projeto pré-aprovado
no edital do fundo para promover o manejo
florestal do babaçu.
É caso similar ao da Cooperativa de Agricultores
do Vale do Amanhecer (Coopavam), que atua na
produção de castanhas em Mato Grosso,
Rondônia e Pará e já teve projeto com o Fundo
Amazônia. Conseguiram certificação orgânica,
infraestrutura para melhorar o beneficiamento,
armazéns dentro da floresta. Na segunda fase,
que aguarda o ponto final do banco, querem
ampliar a ação do extrativismo. "Queremos
incluir os seis povos indígenas que trabalham
conosco, além dos agricultores", diz Paulo Cesar
Nunes, coordenador de projetos da Coopavam.
No caso do Imaflora, o apoio do fundo seria para
um projeto que apoia associações de agricultores
familiares no Amazonas. Produzem guaraná e
café. "O foco é aumentar a produtividade das
famílias para que vendam às empresas da Zona
Franca de Manaus, beneficiem seus produtos e os
vendam nos mercados locais", diz Eduardo
Trevisan Gonçalves, gerente de projetos do
Imaflora.
O Instituto Socioambiental (ISA) tem projeto na
mesma situação de espera, assim como o de
desenvolvimento de iniciativas voltadas para a
agroecologia do Instituto de Pesquisas Ecológicas
(Ipê). "Queremos agregar valor aos produtos da
Amazônia", diz Eduardo Ditt, secretário-executivo
do Ipê. O projeto do instituto mira a produção de
castanhas orgânicas, o manejo do pirarucu, a
produção de mel e a fruticultura.
O setor do BNDES dedicado ao Fundo Amazônia
vem sofrendo cortes e impacto na produtividade
desde o governo Temer. A sensação de técnicos
ouvidos pelo Valor é de "amordaçamento", uma
vez que o banco não tem se posicionado
oficialmente ao que tem dito Salles.
Procurado pela reportagem, o BNDES
manifestou-se apenas em nota da assessoria de
imprensa. Ali se diz que os trabalhos do Fundo
Data: 26/06/2019
64
Grupo de Comunicação
Amazônia "transcorrem normalmente" e nega-se
que existam projetos à espera de apreciação pela
diretoria. A nota lembra que a equipe foi
mobilizada para atender pedidos da
Controladoria-Geral da União e do MMA, o que
levou à extensão "do prazo de análise das
operações em carteira" e indica que isso seria
"comum em períodos de transição [de governo]".
https://www.valor.com.br/brasil/6320145/pente-
fino-de-ministerio-paralisa-ao-menos-24-
projetos-do-fundo-amazonia
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
65
Grupo de Comunicação
ONU alerta para um apartheid climático
Por Tom Miles | Reuters, de Genebra
O mundo está em via de instaurar um "apartheid
climático", no qual os ricos pagam para se livrar
dos piores efeitos do aquecimento global,
enquanto os pobres arcam com seu impacto.
Essa é a conclusão de um relatório de direitos
humanos da ONU divulgado ontem.
O relatório, apresentado ao Conselho de Direitos
Humanos da ONU por seu inspetor especial sobre
pobreza extrema, Philip Alston, diz que as
empresas terão um papel vital no enfrentamento
da mudança climática, mas que não se pode
contar com elas no cuidado com os pobres.
"Um excesso de dependência em relação ao setor
privado poderá levar a um cenário de 'apartheid'
climático, no qual os ricos pagam para fugir ao
superaquecimento, à fome e aos conflitos,
enquanto o restante do mundo é relegado ao
sofrimento", escreveu ele.
Alston citou como exemplo os habitantes
vulneráveis de Nova York, que foram
abandonados sem energia elétrica ou assistência
médica quando o furacão Sandy atingiu a cidade
em 2012, enquanto "a sede do Goldman Sachs
era protegida por dezenas de milhares de sacos
de areia e por energia elétrica fornecida por seu
gerador".
Contar só com o setor privado para proteger
contra condições climáticas extremas e elevação
do nível dos mares "seria quase que garantir
enormes violações de direitos humanos, com os
ricos assistidos e os mais pobres deixados para
trás", escreveu ele. "Mesmo sob o cenário mais
otimista possível, centenas de milhões
enfrentarão insegurança alimentar, migração
forçada, doenças e morte."
O relatório de Alston critica os governos por
fazerem pouco mais do que enviar autoridades a
simpósios para fazer "discursos sombrios",
apesar de cientistas e ativistas do clima virem
disparando os alarmes desde a década de 70.
Desde 1980, só os EUA sofreram 241 desastres
meteorológicos e climáticos, que lhes custaram
US$ 1 bilhão ou mais, a um custo acumulado de
US$ 1,6 trilhão.
Houve alguns desdobramentos positivos, como a
queda dos preços da energia renovável, a
transformação do carvão em matriz
anticompetitiva, a diminuição das emissões em
49 países e em 7 mil cidades, 245 regiões e o
comprometimento de 6 mil empresas com a
mitigação climática, escreveu Alston.
https://www.valor.com.br/internacional/6320095
/onu-alerta-para-um-apartheid-climatico
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
66
Grupo de Comunicação
Liderança em elétricos é prioridade para a
BMW
Por Carlos Prieto | De Munique, Alemanha
Uma visita pelo museu da montadora alemã BMW
em Munique, sede do grupo desde sua fundação
em 1917 como uma fabricante de motores para
avião, mostra a evolução de uma empresa que
apostou no design e potência como diferencial
para se firmar entre as grandes montadoras do
segmento premium. O desafio agora, 91 anos
depois do primeiro carro ser produzido, é estar
na liderança de um movimento de mudança que
passa pela redefinição do papel do carro e das
próprias montadoras.
Em um evento realizado ontem na sede da
companhia com 200 pessoas entre investidores,
analistas de mercado e jornalistas de vários
países, a BMW adiantou em dois anos seu plano
de ter 25 modelos eletrificados, entre híbridos
plug-in e puramente elétricos. A meta recuou de
2025 para 2023 pela a crença de que as vendas
de carros elétricos vão crescer 30% ao ano até
2025 e o volume total deve dobrar entre este ano
e 2021. As palavras mais repetidas no evento por
vários executivos da montadora foram
mobilidade, tecnologia e mudança na forma de
pensar e produzir os carros.
A aposta no carro elétrico, junto com os modelos
autônomos, é o caminho escolhido pelo grupo.
Na abertura do evento, Harald Krüger, presidente
do conselho da BMW, disse que a empresa tem
responsabilidade com as mudanças que a
sociedade pede e deve ter uma posição de
liderança em tecnologia, agregando outros
negócios que vão além da montagem dos carros,
como serviços de compartilhamento. Sem citar
nomes, destacou ainda que o grupo não teve
problemas com diesel, numa clara referência aos
recentes escândalos de montadoras que
fraudaram os dados sobre emissão de poluentes
em veículos movidos por esse tipo de
combustível. "Nós temos uma engenharia séria.
Nós acreditamos na transparência. Nós
acreditamos na honestidade", afirmou.
A montadora investe no carro puramente
elétrico, mas mantém a produção dos híbridos e
dos modelos a combustão. A ideia é manter os
três tipos de produtos, praticamente um para
cada grande mercado consumidor mundial. Hoje,
a China é a principal consumidora do carro
puramente elétrico. Na Europa, o híbrido tem um
apelo maior neste momento. Já nos Estados
Unidos os carros a combustão ainda são os
preferidos dos motoristas. "Nossos clientes têm
diferentes demandas na China, na Alemanha ou
nos Estados Unidos", afirmou.
Desde 2013, quando lançou o elétrico i3, até o
fim deste ano, a BMW terá vendido 500 mil
carros entre híbridos e elétricos. É esse número
que a montadora pretende dobrar até 2021. O
grupo tem 31 fábricas em 15 países e vendeu,
em 2018, 2,5 milhões de veículos das quatro
marcas: BMW, BMW Motorrad, MINI e Rolls-
Royce. A fábrica no Brasil foi inaugurada em
2014 em Araquari (SC) e produz quatro modelos.
Oliver Zipse, principal porta-voz da área de
produção da montadora, disse que todas as
fábricas da BMW podem montar qualquer
modelo. "Nossa estrutura permite produzir
diferentes carros na mesma linha de produção.
Não precisamos construir uma nova fábrica",
afirmou. Zipse garantiu que o que não der lucro
não será montado e a produção de todas as
fábricas estará livre de emissões de CO2 já em
2020. A fábrica no Brasil, por exemplo, já fechou
a compra de energia renovável para ser entregue
a partir do próximo ano.
A estratégia da BMW no caso dos carros elétricos
é garantir o fornecimento das baterias
entregando aos fabricantes a matéria prima
principal. "Nós produzimos quase tudo para os
carros eletrificados. No caso das baterias, nós
compramos o lítio e outras matérias primas e
revendemos aos fabricantes." Quanto à questão
da infraestrutura na cidades, para viabilizar tanto
o carro eletrificado como o autônomo, Zipse disse
que deve ser algo discutido com os governos e
ser feito em parceria.
Data: 26/06/2019
67
Grupo de Comunicação
No ano passado, a empresa registrou queda
tanto de receita como no resultado final. A
receita, na comparação com 2017, caiu 0,8%,
para 97,48 milhões de euros. Já o lucro foi de 7,2
milhões de euros, queda de 16,9%. Na época da
divulgação do balanço, em março, Krüger disse
que apesar do "ano desafiante para toda a
indústria automotiva", o grupo teve o segundo
melhor desempenho da sua história. A empresa
fechou o ano com 134,7 mil funcionários. Bem
menor que os grandes grupos automotivos que
dominam o setor, a BMW tenta ocupar uma
posição de liderança no segmento de elétricos
para sobreviver num cenário de fusões cada vez
maior.
O evento inédito realizado nesta semana,
batizado NEXTGen 2019, é uma nova forma de
se relacionar com um público que frequenta os
salões de automóveis pelo mundo. Além de
mostrar os novos produtos e conceitos, são
realizados testes nas pistas e há o contato com
executivos de várias áreas da companhia. O
evento continua hoje com o dia dedicado aos
influenciadores digitais e será aberto ao público
no fim de semana.
O grupo quer mostrar que trabalha para ir além
de uma montadora tradicional. Com base num
conceito chamado D+ACES (design, direção
autônoma, conectividade, eletrificação e
serviços), a BMW quer se preparar para um
cenário de mudança profunda no setor. Ela
acredita que as montadoras terão de ir além das
linhas de montagem para sobreviver num futuro
bem próximo.
Jornalista viajou a convite da BMW
https://www.valor.com.br/empresas/6320081/lid
eranca-em-eletricos-e-prioridade-para-bmw
Voltar ao Sumário
Data: 26/06/2019
68
Grupo de Comunicação
Portaria libera a emissão de debênture
incentivada por usina
Por Ana Paula Ragazzi | De São Paulo
O Ministério de Minas e Energia publicou no
último dia 17 uma portaria que dá oportunidade
para usinas de açúcar e etanol emitirem
debêntures incentivadas de infraestrutura. O
texto inclui "estocagem e produção de
biocombustíveis" como elegíveis para a emissão
desses papéis, se considerados como projetos
prioritários. E inclui, ainda, projetos de
exploração e produção de petróleo e gás natural.
Bruno Tuca, sócio da área de mercado de capitais
do Mattos Filho Advogados, acredita que a
redação é ampla e permitirá que vários tipos de
projetos sejam submetidos à avaliação do
ministério. Ele destaca ainda que a portaria
atende à demanda antiga do agronegócio e cita
que agora há possibilidade de as usinas lançarem
esses papéis para financiarem a renovação e
manutenção de canaviais, atividades que exigem
alto investimento.
Como não tinham sido incluídos nos negócios
elegíveis para a emissão das debêntures
incentivadas de infraestrutura, as usinas
costumavam recorrer a emissões de certificados
de recebíveis do agronegócio (CRA). Algumas
operações ficaram conhecidas no mercado como
"crabêntures": em vez de empacotar seus
recebíveis para vender aos investidores, as
empresas emitiam uma debênture para uma
securitizadora distribuir os papéis no mercado.
A demanda por esses títulos, tanto as debêntures
de infraestrutura quanto os CRAs, é grande por
parte da pessoa física porque ela conta com a
isenção fiscal para ficar com os papéis.
Tuca diz que algumas empresas continuarão
emitindo os CRAs, mas principalmente as
empresas abertas e de maior porte poderão
acessar o mercado diretamente. O sócio do
Mattos Filho vê a medida como mais uma
iniciativa do governo para aumentar o
financiamento do setor, também ligado às
necessidades que deverão ser geradas pelo
RenovaBio, programa do governo que busca uma
estratégia conjunta para reconhecer o papel
estratégico de todos os tipos de biocombustíveis
na matriz energética brasileira. Dentro desses
esforços, o advogado ainda cita a possibilidade
de conferir mais incentivos e celeridade paras as
emissões de papéis com o chamado "selo verde",
também ligado ao agronegócio.
De 2017 para 2018, a emissão de debêntures de
infraestrutura cresceram 163%, para R$ 23,9
bilhões. Neste ano até maio, elas somam R$ 9,1
bilhões. A maior parte (ou 58%) são para
projetos do setor de energia.
https://www.valor.com.br/financas/6319789/port
aria-libera-emissao-de-debenture-incentivada-
por-usina
Voltar ao Sumário