Cespe Mct 2004 Cod_a01

UnB / CESPE MCT Concurso Pblico Aplicao: 26/9/2004 permitida a reproduo apenas para fins didticos, desde que citada a fonte.

Administrao Central / Cargo: Analista em C&T Jnior Cdigo A1 1

De acordo com o comando a que cada um dos itens de 1 a 120 se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campodesignado com o cdigo C, caso julgue o item CERTO, ou o campo designado com o cdigo E, caso julgue o item ERRADO.A ausncia de marcao ou a marcao de ambos os campos no sero apenadas, ou seja, no recebero pontuao negativa. Para asdevidas marcaes, use a folha de rascunho e, posteriormente, a folha de respostas, que o nico documento vlido para a correodas suas provas. Nos itens que avaliam Noes de Informtica, a menos que seja explicitamente informado o contrrio, considere que todos osprogramas mencionados esto em configurao-padro, em portugus, que o mouse est configurado para pessoas destras e queexpresses como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o boto esquerdo do mouse. Considere tambm queno h restries de proteo, de funcionamento e de uso em relao aos programas, arquivos, diretrios e equipamentos mencionados.

CONHECIMENTOS BSICOS

Parecer CONJUR n. XXY

Assunto: Autorizao para Remessa de Material1

para o Exterior Universidade Federal de AAA.

Of. PR XYY/99, 0X.0Y.0000

O Reitor da Universidade Federal de AAA4

(UFAAA) solicita ao MCT autorizao para encaminhar

material cientfico para a Universidade de BBB Estados

Unidos da Amrica para fins de estudo.. O material a ser7

remetido ao exterior, amostras sedimentolgicas, deve passar

por processo de anlise e triagem em equipamentos

especializados no disponveis nos laboratrios daquela10

instituio.

()

7. Isto posto, recomendo que o pedido seja13

encaminhado ao CNPq para as providncias administrativas

cabveis e, concomitantemente, uma cpia deste parecer seja

enviada ao Magnfico reitor da UFAAA, para atender os16

aspectos mencionados no item 6.

o parecer.

Considerando que o texto acima um trecho destacado e

adaptado de um parecer do MCT, julgue os itens a seguir.

Para que o documento respeite as regras da redao oficial,

ser necessrio acrescentar a data identificao do parecer,

precedida de uma vrgula e da preposio de.

Mantm-se o respeito ao uso do padro culto da linguagem

ao se empregar, alternativamente, devem em lugar de

deve (R.8).

O respeito formatao do documento exige que o trecho

correspondente a (...) seja preenchido por cinco pargrafos

numerados de 2 a 6.

Preservam-se a correo gramatical e os sentidos do texto ao

se acrescentar a preposio a ao artigo os (R.16).

Se as idias comuns revelam alguma coisa, se o1

sentido das palavras tem algum valor, se atuam sobre

nosso corpo e modelam nosso esprito, dando, portanto,

ao pensamento a dignidade do sensvel, somos levados a4

pensar sobre a origem e a natureza das palavras que nos

cercam hoje, sobre o sentido de certas noes das quais

historiadores e filsofos se servem com freqncia.7

(...)

Eis a dificuldade: da mesma maneira que, no mundo

da produo, cria-se no apenas um objeto para o sujeito,10

mas tambm um sujeito para o objeto, assim tambm nossos

pensamentos mais profundos so dirigidos de fora e

tornam-se cada vez mais indiferentes nossa potncia de13

pensar e agir, atrados apenas pelo ftil, pela curiosidade

vida de sensacionalismo, pela excitao banal.

Adauto Novaes. Sobre tempo e histria. In: Tempo e histria.

So Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 10 (com adaptaes).

A respeito da organizao das idias do texto acima, julgue os

itens seguintes.

As trs oraes iniciadas pela conjuno se (R.1-3)

constituem condies e razes para a constatao da idia

que se inicia por somos levados a (R.4).

Independentemente da ordem em que os complementos da

forma verbal dando (R.3) aparecem na orao, o

emprego da preposio em ao pensamento (R.4) indica que

o pensamento , sintaticamente, seu objeto indireto.

O pronome quais (R.6) est no plural porque se refere a

palavras (R.5).

A expresso Eis a dificuldade (R.9) tem a funo textual de

organizar a argumentao, ligando as idias do pargrafo

anterior dificuldade explicitada depois do sinal de dois-

pontos.

As expresses so dirigidos (R.12) e tornam-se (R.13)

esto empregadas na voz passiva para reforar a

caracterstica de impessoalidade da linguagem usada na

argumentao do texto.

De acordo com a argumentao do texto, as palavras, ao

expressarem pensamentos, prestam-se para criar no apenas

um objeto para o sujeito, mas tambm um sujeito para o

objeto.



interessante observar como, ao longo da histria,1as polticas racistas nunca deixaram de pedir cincia quelegitimasse sua hierarquizao social, seus preconceitos, suasexcluses. Muitos foram os cientistas que, prontamente, se4puseram a conceber teorias, instrumentos de medio,critrios e teses que supostamente definiam as caractersticasdas diferentes raas humanas e formulavam a base de7sustentao de uma srie de eventos que marcaram a histriado homem, da expanso colonial europia ao apartheid sul-africano, do segregacionismo norte-americano ao nazismo.10

O que se pergunta nos dias de hoje se um cientistapode se interessar por raas humanas sem estabelecer oureforar qualquer desigualdade. Na verdade, cada um de ns13tem sua prpria definio do termo, assim como os idelogosdo racismo sempre encontraram defensores para proclamarque o politicamente correto cientificamente incorreto.16

A cincia e as polticas racistas. In: Planeta, jul./2004, p. 17 (com adaptaes).

Com relao s idias e estruturas do texto acima, julgue os itenssubseqentes.

Os termos polticas racistas e cincia, ambos na linha 2,esto empregados, figurativamente, com referncia araas (R.7) e cientistas (R.4), respectivamente.

A retirada da expresso supostamente (R.6) prejudica aclareza do texto, mas no altera sua argumentao.

Argumentativamente, as estruturas sintticas da expansocolonial europia ao apartheid sul-africano (R.9-10) edo segregacionismo norte-americano ao nazismo (R.10)opem um termo positivo a um termo negativo.

De acordo com os sentidos do texto, o pronome ns (R.13)refere-se aos cientistas, excluindo os leitores, que soidentificados como idelogos do racismo (R.14-15).

O emprego da terceira pessoa no pronome sua (R.14)atende exigncia das regras de concordncia com aexpresso de terceira pessoa cada um de ns (R.13).

Americans have an insatiable appetite for a longer1life complains Daniel Callahan, 57. They should becreatively and honorably accepting aging and death, notstruggling to overcome them. Medicine, Callahan chides*,4ought to give up its relentless drive to extend the life of theaged who in any event are often being saved from death forchronic illness, with Alzheimers as a tragic example. It is7time to honor a natural life-span that normally winds downin the late 70s to mid-80s, he says.

*chide to speak (to someone) severely because they have behaved badly.

Bonnie Angelo. We the people. Science and

Technology. Time, 1997 (with adaptations).

Based on the text above, judge the following items.

Daniel Calahan believes that, for aged people, the longer lifeis, the better.

The word aging (R.3) means growing old.

Elderly Americans tend to accept death naturally.

Fighting against death may be worse than accepting it.

The expression winds down (R.8) means ends gradually.

Text for items 21 through 30

What if television sets were equipped with knobs1

that let viewers customize the shows they watch? If they

could adjust the sex content, for example, or regulate the

violence, or shift the political orientation to the left or right?4

What if motion pictures were able to monitor the attention

level of audiences and modify their content accordingly,

lengthening some scenes while cutting others short if they7

evoke yawns? What if the newspapers that reach subscribers

home every morning could be edited with each particular

reader in mind? There are a lot of what-ifs, but none of these10

is mere futuristic fantasy. All of them, in fact, are the goals

of research projects now under way at the Media Laboratory,

a dazzling new academic facility at the Massachusetts13

Institute of Technology (MIT). The Labs unique mission is

to transform todays passive mass media, particularly TV,

into flexible technologies that can respond to individual16

tastes.Phillip Elmer-DeWitt. We the people. Science

and Technology. In:Time, 1997 (with adaptations).

According to the text above,

viewers are now able to adapt sex content as it is shown onthe TV screen.

the violence content on a TV program may become under theTV watchers control.

movies can make people yawn.

papers can, at present, cope with each readers particularinterests.

the Media Laboratory has a very simple task.

In the text above,

some of the what-ifs (R.10) are nothing more than purespeculation.

a lot of (R.10) can be correctly replaced by many.

these (R.10) refers to what-ifs (R.10).

what-ifs (R.10) represent true projects carried out by MIT.

facility (R.13) means absence of difficulty.

A senha de acesso a uma conta em determinado banco formadapor 7 smbolos alfanumricos: 3 letras, escolhidas entre as 26 doalfabeto, seguidas de 4 dgitos numricos, escolhidos entre osalgarismos 0, 1, 2, ..., 9. Considerando essas informaes e que,para a formao de uma senha, admite-se a repetio de smbolos,julgue os seguintes itens.

A quantidade de senhas distintas que podem ser obtidas semque aparea o algarismo 5 na primeira posio reservada aosalgarismos inferior a 100 milhes.

Escolhendo-se uma senha ao acaso, a probabilidade deque as 2 primeiras letras dessa senha sejam iguais superior a 5%.



Uma empresa adota a seguinte sistemtica deremuneraes para cada um dos seus operrios: para cada dia detrabalho que comparece ao servio, o operrio recebe R$ 45,00;a cada falta, o operrio, alm de no receber a remuneraocorrespondente quele dia, multado em R$ 7,00. Ao final de25 dias de trabalho nessa empresa, Carlos recebeu a quantiade R$ 761,00.

Com relao a essa situao hipottica, julgue os itens que seseguem.

No perodo citado, Carlos compareceu ao servio em maisde 17 dias.

No perodo em questo, Carlos foi multado em menosde R$ 42,00.

O lucro mensal, em milhares de reais, de uma pequenafbrica pode ser modelado pela funo L(t) = !t2 +16t ! 55, emque t o tempo, em horas, de funcionamento dirio da fbrica,e t $ 0. Para um determinado t0, L(t0) < 0, significa que a fbricatem prejuzo funcionando t0 horas por dia.

Considerando essa situao hipottica, julgue os itenssubseqentes.

O lucro mensal mximo da fbrica inferior a R$ 10.000,00.

Considere que t1 e t2 sejam os nmeros de horas dirias emque a fbrica funciona e obtm lucro zero, ou seja,L(t1) = L(t2) = 0. Nessas condies, t1 + t2 superior a 15horas.

Considere que o nmero de pessoas que escuta um boatoem uma comunidade, aps t horas, em que t $ 0, possa sermodelado pela funo , em que a e b so constantes.Inicialmente, ou seja, para t = 0, 8 pessoas ouviram o boato; edepois de 1 hora, ou seja, para t = 1, 128 pessoas j haviamescutado o boato. Com base nessas consideraes, julgue os itensa seguir.

A constante b um nmero inteiro positivo maior que 2.

Aps 2 horas do instante em que as 8 primeiras pessoasouviram o boato, mais de 2.000 pessoas j haviam escutadoo boato.

Julgue os itens seguintes.

Considere que, em um conjunto de 100 peas, contendopeas perfeitas e peas defeituosas, a probabilidade de umapessoa, ao selecionar aleatoriamente um lote de 5 peas,escolher 3 ou mais peas perfeitas de 68% e aprobabilidade de escolher 3 ou menos peas perfeitas de65%. Nessas condies, correto concluir que aprobabilidade de essa pessoa, ao selecionar o lote, escolherexatamente 3 peas perfeitas superior a 40%.

Considere que Paulo executa um servio em 10 dias e Mrioexecuta o mesmo servio em 15 dias. Nessas condies, casoPaulo e Mrio trabalhem juntos na execuo de determinadoservio, de modo que o trabalho de um no interfira norendimento do trabalho do outro, eles levaro menos de7 dias para executar o servio.

RASCUNHO



Considerando a figura ao lado, que mostra uma janela do Word 2000

contendo parte de um texto extrado e adaptado do stio

http://agenciact.mct.gov.br, julgue os itens subseqentes, acerca do

Word 2000.

O texto copiado do stio do MCT pode ter sido inserido no

documento em edio por meio do seguinte procedimento:

usando-se um navegador de Internet, acessar a pgina do MCT na

qual o texto estava disponvel; nessa pgina, selecionar o trecho

de texto desejado; pressionar e manter pressionada a tecla ;

teclar ; liberar a tecla ; abrir o Word 2000; no menu

, clicar a opo Colar especial; na janela resultante dessa

ao, definir que o fragmento deve ser colado como texto

no-formatado; clicar OK.

A nota de rodap pode ter sido adicionada no final da pgina do

documento em edio usando-se funcionalidades disponibilizadas

em opo encontrada no menu .

Caso se deseje transferir o texto mostrado para um slide do

PowerPoint, suficiente realizar o seguinte procedimento:

posicionar o ponto de insero imediatamente antes da letra P

da palavra Produtos; clicar para definir o pargrafo

corrente como um slide; no menu , clicar a opo que

permite enviar esse slide para apresentao de PowerPoint.

Considerando que o contedo da pgina web

mostrada na janela do Internet Explorer 6 (IE6)

ilustrada ao lado consiste em um objeto associado

a uma figura armazenada em um arquivo do tipo

gif, julgue os itens a seguir.

Ao se clicar com o boto direito do mouse

sobre o objeto da pgina web, ser

disponibilizada uma lista de opes com a

qual possvel converter o mencionado

arquivo gif em um arquivo do tipo Paint, que

poder ser inserido em um documento Word.

Ao se clicar o boto , sero

disponibilizados recursos do IE6 que

permitem realizar pesquisa em stios da

Internet.

Na Internet, para que pginas web que contm elementos associados a arquivos de figura, imagem ou vdeo possam ser carregadas

em processo de download, necessrio estabelecer uma conexo do tipo banda larga entre o servidor e o cliente da aplicao.

Ao se clicar o boto , sero disponibilizados recursos do IE6 que permitem obter informaes relativas a pginas webpreviamente acessadas.



A figura acima mostra uma janela do Excel 2002, com uma planilha

em edio contendo as notas de dois candidatos em um concurso.

A nota global de um candidato, a ser inserida em uma clula da

coluna D, igual mdia aritmtica das notas do candidato nas duas

disciplinas indicadas. Com relao a essa situao hipottica, julgue

o item seguinte.

Para calcular a nota global do candidato Joo da Silva e pr o

resultado na clula D2, suficiente realizar a seguinte seqncia

de aes: clicar a clula D2, digitar =B2+C2:2 e, em seguida,

teclar .

A figura acima mostra parte da rea de trabalho do Windows XP.

Com relao a essa figura e ao Windows XP, julgue os itens

subseqentes.

Para se abrir a pasta Meus documentos, suficiente clicar o

boto e, na lista de opes que exibida em

conseqncia dessa ao, clicar Meus documentos.

Para se esvaziar a lixeira do Windows XP, suficiente clicar,

com o boto direito do mouse, o cone .

CONHECIMENTOS ESPECFICOS

Com respeito s primeiras teorias da comunicao, julgue os

itens subseqentes.

O pblico formado por leitores, ouvintes e

espectadores que tm por hbito ler jornais e ouvir

programas que reforcem seus pontos de vista. Esse

comportamento do pblico corresponde ao que Paul

Lazarsfeld denominou de exposio seletiva ao da

mdia.

O volume de informaes emitido por parte da mdia

pode provocar a chamada disfuno narcotizante e

contribuir para a apatia social.

Os primeiros estudos de recepo identificaram que as

pessoas, quando se expunham aos meios de

comunicao, buscavam satisfazer necessidades de

entretenimento, relacionamento pessoal, identificao

projetiva, vigilncia e fiscalizao.

Os chamados cultural studies afirmam que a censura a

certos temas, a ocultao de outros, a existncia de

mensagens evasivas e a no-legitimao de opinies

alternativas fazem crer que os meios de comunicao so

instrumentos de hegemonia e de conspirao das elites

no poder.

Os meios de comunicao so capazes de constituir o que

McCombs denomina de agenda-setting. A partir dessa

hiptese terica, julgue os itens a seguir.

H uma tendncia para a persuaso temperada pela

persistncia, ou seja, as pessoas tendem a integrar sua

agenda subjetiva naquela que proposta pelos meios de

comunicao de massa.

Uma das fases do processo de agenda a do

enquadramento do objeto focalizado pelos mass media

a qualquer tipo de problema que ele simboliza. a fase

do framming, isto , da imposio de um quadro

interpretativo quilo que foi intensivamente coberto.

As pesquisas apontam a televiso como o meio de

comunicao com maior poder de agenda, uma vez que

, hoje, o meio que atinge o maior nmero de pessoas.

Os meios de comunicao social so capazes, pelo poder

de agendamento dos contedos noticiosos, de determinar

o que as pessoas devem pensar sobre determinado

assunto.



H algo de errado no mundo das comunicaes. Em nossa

poca atual no se fala de outra coisa. Comunicar um imperativo,uma ordem. Todos tm de se comunicar. Sem comunicao no h

vida, tudo tem de ser repassado, transmitido, revelado. Temos de nostornar transparentes aos demais, mostrar-nos. No h outra frmula.

H todo esse mundo de aparelhinhos, aparelhos grandes, mquinas,torres, canais, fibras pticas para facilitar e proporcionar o nosso

contato com o outro e com grandes comunidades. Tudo nossadisposio para que possamos nos comunicar, mas no nos

comunicamos. Ou, ento, fingimos nos comunicar, aceitamos queuma troca de mensagens por computador j um dilogo, que o fato

de transmitirmos nossa cara por cmera fotogrfica domstica estarjunto com o outro. Em verdade, a sociedade da comunicao uma

sociedade em que a comunicao real vai ficando cada vez mais rara,remota, difcil e vive-se na iluso da comunicao, na encenao de

uma comunicao que, de fato, jamais se realiza em sua plenitude.

Ciro Marcondes Filho. At que ponto, de fato, nos comunicamos?So Paulo: Paulus, 2004, p. 8 (com adaptaes).

O texto acima apresenta um cenrio contemporneo do fenmeno da

comunicao. A partir do que prope o texto e dos estudos atuais,julgue os seguintes itens.

A comunicao algo muito improvvel, uma vez que aspessoas e os sistemas sociais esto abertos ao ambiente e

permanentemente mudam sua identidade em funo dasinformaes e das demandas externas.

Independentemente das tcnicas utilizadas, a persuaso continuaa ser um dos principais objetivos da comunicao. A persuaso

baseia-se no fato de que os significados concentram-se naspalavras e nos smbolos, portanto, basta adequ-los ao que se

deseja expressar para que haja uma perfeita compreenso porparte do receptor e a conseqente viabilizao da comunicao.

A comunicao aparece como processo circular, caracterizadopor um mundo em rede, sem comeo nem fim, no qual

receptores e emissores alimentam-se em um crculo vicioso semque se comunique nada de novo, mas que ainda pode ser

explicado a partir dos modelos funcionalistas e da nfase nasclassificaes semiticas.

Os meios de comunicao so hoje mquinas de simulao, quefazem a informao disseminada refluir sobre si mesma, em

processo de auto-referenciao e permanente reciclagem.

Segundo o Cdigo de tica da Radiodifuso Brasileira,

os filmes e programas livres para exibio em qualquer horrio

no exploraro o homossexualismo.

podem ser exibidos, aps as 21 horas, programas e filmes que

utilizem palavras chulas ou vulgares, desde que inseridas nocontexto da dramaturgia.

de livre critrio das emissoras a deciso de no apresentarimagens que, mesmo reais, possam traumatizar a sensibilidade

do pblico no horrio.

A oligopolizao das mdias insere-se no painel deforte concentrao de comandos estratgicos e demundializao de contedos, mercadorias e servios,facilitada pelas desregulamentaes, pela supresso debarreiras fiscais, pela acumulao de capital nos pasesindustrializados, pela deslocalizao geogrfica das bases deproduo e, evidentemente, por redes tecnolgicas demltiplos usos.

Denis de Moraes. In: Planeta Mdia. Campo Grande:Letra Livre, 1998. p.59 (com adaptaes).

O texto sintetiza o cenrio da mdia globalizada. Essefenmeno, no entanto, no to recente, conforme se percebeao se analisar a prpria histria dos meios de comunicao noBrasil e no mundo. A partir desses enfoques, julgue os itensa seguir.

No Brasil, desde o fortalecimento dos DiriosAssociados e, depois, da Rede Globo, a mdia seestrutura nos moldes de oligoplio, que se caracterizapela concentrao vertical, quando integra as diferentesetapas da cadeia de produo e distribuio; pelaconcentrao horizontal, quando concentra vriosveculos de uma mesma rea do setor; pela propriedadecruzada, quando o mesmo grupo controla diferentes tiposde mdia.

O princpio no qual se baseia a legislao daradiodifuso no Brasil o chamado trusteeship modelque, apoiado no dado tcnico de que o espectroeletromagntico limitado, atribui ao Estado o dever deregular o seu uso no interesse pblico.

A histria da imprensa brasileira marcada por perodos emque a censura esteve presente explcita ou implicitamente. Arespeito desse tema, julgue os seguintes itens.

Aps a proclamao da Repblica, estavam sujeitos apenas militares de sedio aqueles que aconselhassempor palavras, escritos ou atos a indisciplina dos quartis,a circulao de falsas notcias e boatos alarmantes, bemcomo os que atentassem, pela imprensa, contra aestabilidade das instituies e da ordem pblica.

A Constituio de 1937 previa que a manifestao depensamento sobre qualquer assunto era livre, semdependncia de censura, salvo quanto a espetculos ediverses pblicas, e, ainda, que a publicao de livrose peridicos no necessitava da licena do poderpblico.

Durante boa parte da dcada de 70 do sculo XX, acensura se fez presente mediante acordos de autocensura,pela adeso voluntria do veculo e mediante adistribuio de matrias de contra-informao paraserem publicadas sem indicao de fonte.

Passado o perodo da Regncia, a imprensa do SegundoImprio foi marcada pela agressividade das palavras,uma vez que os jornais se estruturavam como empresaslivres das regras do Estado.

Decreto publicado durante o advento da Nova Repblicaestabeleceu que os jornais deveriam contribuir, por meiode artigos, comentrios, editoriais e toda a espcie denoticirio, para a obra de esclarecimento da opiniopopular a respeito dos planos de reconstruo material ereerguimento nacional.



A temtica da comunicao pblica tem dominado o debateacadmico e profissional nos ltimos anos. Julgue os itens a seguir,levando em considerao as reflexes tericas acerca do tema.

As principais finalidades da comunicao pblica so influenciare controlar as percepes do tema poltico por meio dos veculosde comunicao. Para isso, recorre s tcnicas de marketing edefine os assuntos e o formato como eles so apresentados aocidado.

Segundo Heloiza Matos, a comunicao pblica no diminuiu oabismo entre o crculo de tomada de decises polticas e ohomem comum, no aproximou os jornalistas, os polticos e aselites do resto da sociedade e no deu conta do funcionamentoda vida democrtica.

A informao cvica, fundada sobre um contrato tcito com ocidado, deve ser diferenciada da comunicao poltica dasidias que esto em debate e da autopromoo a servio dosinteresses concorrenciais de mercado, particulares ou partidrios.

A relao estabelecida com o cidado por meio dos serviospblicos no pode ser comparada a uma relao contratual. Acomunicao de uma instituio pblica supe uma troca comum receptor que tambm mais ou menos emissor.

Com base no conhecimento terico e nas rotinas produtivas daprofisso de jornalista, julgue os itens subseqentes.

Segundo Chaparro, seriam atributos do produto jornalstico ointeresse (atributo de definio) e a atualidade, a proximidade,a notoriedade, a curiosidade, o conflito, a dramaticidade, aemoo, a surpresa e as conseqncias.

O discurso da atualidade no telejornalismo baseia-se naatualidade cronolgica, j que, entre o momento doacontecimento do fato e a notcia, ocorre uma espcie demediao. Um evento transmitido ao vivo, em tempo real, nose submete ao tempo e formatao do telejornal.

A objetividade jornalstica estaria garantida quando o jornalistaapresenta verses diferentes de uma mesma realidade, comprovas suplementares para fundamentar um fato; quando usaaspas para indicar que no est dando a sua verso do fato, masa da fonte; quando apresenta os fatos mais importantes primeiroe separa cuidadosamente os fatos das opinies por meio dautilizao do rtulo de informao opinativa.

A manchete, ltima etapa de um conjunto de abstraes, o primeiro passo da objetivao do texto. Uma vez escolhida amanchete, o lead e o corpo da notcia estaro por ela determinados,porque a seqncia macroproposicional estar sempre submetida aum nvel macroproposicional mais alto. Essa hierarquia garante queo texto tenha uma unidade semntica.

Clvis de Barros Filho. tica na comunicao. SoPaulo: Moderna, 1995, p. 56 (com adaptaes).

O autor trata do processo de construo e estruturao do textojornalstico. Com base nessas informaes e acerca da redaojornalstica, julgue os seguintes itens.

A passagem dos detalhes recolhidos junto fonte para amanchete segue uma srie de macrorregras que, segundo VanDijk, so quatro: a supresso, a generalizao, a construo e ainverso.

O relato novelesco no-jornalstico estrutura-se em funo de umfim apotetico e gerador do sentido das demais partes, enquantoo relato jornalstico estrutura-se em funo das macroposiesque abrem o texto.

A pirmide invertida a estrutura predominante nostextos jornalsticos porque rgida, andina e pode serintercambivel.

Quanto maior o nmero de fatos relatados em um textojornalstico, mais o texto tende redundncia.

Com relao s questes de estilo e sua influncia junto aosleitores, julgue os itens que se seguem.

O tempo pretrito na notcia uma forma de mostrar queno se trata de especulao nem de opinio, mas de queo fato realmente aconteceu e foi documentado.

Uma marca do novo jornalismo a dimenso pessoal,impressionista e rebuscada dada ao relato do fatojornalstico, que permite a insero de personagensfictcios para tornar mais interessante e personalizar anarrativa.

Com o advento da televiso a cabo e da Internet, a cada dia,mais notcias passaram a ser produzidas por empresas no-jornalsticas. um fenmeno parecido com o que ManuelChaparro denomina de revoluo das fontes. Organizaespblicas, privadas, do terceiro setor e at mesmo indivduospassam a controlar meios e veculos de comunicao prpriose a buscar uma relao direta com seus pblicos. Comreferncia a essa realidade, julgue os itens seguintes.

O fenmeno referido acima uma ameaa liberdade deexpresso, por no passar de um comercialismo egostadisfarado de jornalismo.

A chamada crise da intermediao pode levar extinodo jornalismo, uma vez que no compete mais aosprofissionais das redaes levantar informaes einterpretar a realidade.

Importante mesmo o novo comportamento do pblico,que manifesta a tendncia de combinar a consulta aosveculos com mais credibilidade com a busca em sites daWeb, onde a informao apresentada de maneira maisinformal e personalizada.

Os jornais deveriam analisar a relao entreprioridades em C&T e as polticas pblicas e debater apoltica brasileira de C&T em sua relao com odesenvolvimento econmico, social e cultural do pas.Questes como inovao cientfica, relao entreuniversidade e empresa e a situao da pesquisa (e dosinstitutos de pesquisa) no Brasil so pautas importantes edeveriam ser incorporadas ao dia-a-dia dos jornais.

Wilson da Costa Bueno. Cincia e opinio. A presena da cincia e datecnologia nas pginas de opinio dos jornais brasileiros. Internet: (com adaptaes).

Com base na opinio do autor do texto acima e com relao cobertura dos temas cientficos pela imprensa, julgue ositens a seguir.

Os cientistas e pesquisadores esto ausentes dos debatesna mdia impressa e, muitas vezes, os subtemas tcnico-cientficos so apropriados por executivos, empresriose mesmo elementos da classe poltica, porque estesltimos, segundo os critrios de noticiabilidade, tmmais representatividade junto sociedade.

Divulgao cientfica se destina ao chamado pblicoleigo, com a inteno de democratizar as informaes(pesquisas, inovaes, conceitos de cincia e tecnologia),mas no pode ser considerada como jornalismo.



O jornalismo cientfico depende estritamente de alguns

parmetros que tipificam o jornalismo, como a periodicidade, a

atualidade, a criatividade e a difuso coletiva, pois as

informaes cientficas no passam de soft news que precisam

ser reforadas por declaraes das fontes.

A cobertura cientfica autnoma e objetiva se pauta pelo

jornalismo de preciso, que prev a aplicao de mtodos

cientficos de investigao social e comportamental prtica do

jornalismo, como a sondagem ou pesquisa de opinio, o

experimento psicossocial e a anlise de contedo.

A respeito dos modelos de jornalismo, julgue os itens subseqentes.

O entendimento de que todos os rgos de comunicao devem

ser usados para a construo da identidade nacional, para superar

as desigualdades e para desenvolver o pas, com apoio s

polticas pblicas, tpico do modelo autoritrio de jornalismo.

O fluxo livre de informao, para autores como Hachten, traduz-

se em uma ingerncia constante nos assuntos internos dos pases

e na dominao de mercados por parte dos oligoplios da

comunicao.

O modelo ocidental de jornalismo tem a publicidade como

primeira fonte de rendimento das empresas jornalsticas, o que

poderia afetar a independncia da cobertura.

O modelo de jornalismo de desenvolvimento intelectual seria

uma sntese dos jornalismos cientfico, objetivo, defensor,

pedaggico e inovador. Esse modelo serviria como uma semente

de idias vanguardistas, sem, contudo, se comprometer com

segmentos sociais.

Com base no Cdigo de tica do Jornalista, julgue os seguintes itens.

Em carter excepcional, o jornalista pode exercer cobertura

jornalstica em empresas ou instituies para as quais preste

servio, desde que no tenha vnculo empregatcio.

facultado ao jornalista preservar a origem e a identidade das

fontes de informao.

O jornalista deve respeitar o direito privacidade do cidado,

exceto quando for de interesse pblico a divulgao de

conversas ou telefonemas.

O jornalista, em funo do tempo exguo para apurao da

informao, pode deixar de ouvir pessoas que sejam objeto de

acusaes feitas por terceiros.

A comisso de tica s poder ser acionada pelos sindicatos da

categoria.

Pesquisa um dos principais instrumentos para o sucesso da

atividade de comunicao. Com referncia a esse tema, julgue

os itens a seguir.

O tipo de pesquisa predominante nas atividades de

comunicao o da pesquisa bsica, que exige

comprovao de todas as hipteses.

As abordagens explicativas, muito utilizadas nas

auditorias de comunicao, procuram verificar por que

uma dada situao ou condio existe.

Pesquisa estratgica usada basicamente no

monitoramento e na anlise ambiental, geralmente no

incio dos processos de planejamento, contribuindo

tambm no estabelecimento do benchmarking.

Constituem importantes fases da pesquisa qualitativa em

comunicao a seleo do objeto de pesquisa, a

definio do problema, a definio de objetivos, a

formulao de hipteses, a aplicao dos questionrios

e a tabulao estatstica dos dados.

Uma organizao de pesquisa cientfica publicar uma revista

bimestral impressa com informaes sobre suas atividades.

O setor de comunicao institucional definir e desenvolver

a revista. Ela ser impressa pelo processo offset, ter

180 pginas em cores, com inseres de grficos e

fotografias.

Com relao situao hipottica descrita acima e aspectos

correlatos, julgue os itens a seguir.

A editorao compreende todas as etapas de preparao

de uma publicao impressa, em que os componentes so

digitados, editados, diagramados, digitalizados e

convertidos em filmes para gravao das formas.

O aspecto editorial, o contedo e o nvel de linguagem

da revista devem ser estabelecidos em funo de

pesquisas de opinio feitas entre os cientistas da

organizao.

Em relao esttica do projeto grfico dessa

publicao, a composio visual deve ser disposta em

um grid, pois, alm de organizar melhor os contedos e

facilitar a percepo dos elementos, esse procedimento

contribui para o reconhecimento da seriedade da

instituio.



No caso de se fazer a editorao eletrnica dessa

publicao, os textos, os infogrficos e as fotografias

devero ser editados, respectivamente, em programas

editores de texto, em vetoriais e em digitalizadores de

imagens.

Como essa publicao ser impressa pelo processo offset,

ser possvel aplicar o ttulo em relevo na capa,

agregando um aspecto mais refinado ao trabalho.

Devido quantidade de pginas, essa revista poder ser

produzida com 12 cadernos de 15 pginas cada um, de

modo a facilitar a encadernao e o acabamento.

Pela quantidade de pginas previstas, o mais

recomendado que a encadernao seja do tipo canoa,

com grampos acavalados na lombada.

No caso dos infogrficos a serem impressos em cores, no

possvel fazer aplicao de bendays com as mesmas

cores CMYK utilizadas para a reproduo grfica das

fotografias em cores, sendo necessrio adicionar cores

especiais.

No caso de haver fotografias em originais transparentes,

estas devero ser digitalizadas em equipamento scanner

e convertidas em CMYK, em um processo conhecido

como seleo de cores.

Projeto grfico o planejamento das caractersticas grfico-visuais

de uma pea grfica (seja uma publicao, um flder ou um cartaz)

que envolve o detalhamento de especificaes para a produo,

como formato, papel, processos de composio, impresso e

acabamento. Acerca desse conceito, julgue o item abaixo.

Uma proposta de embalagem pode ser entendida como um

projeto que identifica um produto e pode se mostrar uma tarefa

to complexa quanto a definio de identidade da empresa.

A legibilidade , na maioria das vezes, um dos objetivos a ser

alcanado em projeto grfico que pretende ser eficiente. Acerca

desse assunto e considerando a relao entre elementos de uma

pgina de uma publicao qualquer, que seja confortvel para

leitura, julgue os itens a seguir.

As linhas de uma coluna devem ter 240 caracteres ou mais.

A escolha de uma fonte com serifa, isoladamente, garante a

legibilidade da publicao.

A relao entre os elementos da pgina chamada de

diagramao.

O contraste entre a tonalidade do suporte e a tinta fator

importante na eficincia da leitura da pgina mencionada.

O texto justificado sempre uma boa soluo em se tratando de

facilidade e conforto da leitura.



PROVA DISCURSIVA

Nesta prova, que vale 35 pontos, faa o que se pede, usando a pgina correspondente do presente caderno para rascunho. Em

seguida, transcreva o texto para a folha de TEXTO DEFINITIVO da prova discursiva, no local apropriado, pois no sero avaliados

fragmentos de texto escritos em locais indevidos.

Qualquer fragmento de texto alm da extenso mxima de trinta linhas ser desconsiderado.

ATENO! Na folha de texto definitivo da prova discursiva, identifique-se apenas no cabealho, pois no ser avaliado texto

que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.

Inserir a dimenso ambiental na estratgia de desenvolvimento questo central

que se coloca na agenda do mundo contemporneo. Cada vez mais, tende a ficar para

trs a antiga concepo de desenvolvimento a qualquer preo. No caso brasileiro, cuja

tradio de planejamento de poltica sustentvel praticamente inexiste, discute-se o papel

do Estado para a conformao dos interesses econmicos aos recursos naturais.

Considerando que o texto acima tem carter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

A atuao do Estado frente aos desafios do desenvolvimento sustentvel.



RASCUNHO

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Cespe Mct 2004 Cod_a01

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