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Anatoli Oliynik “RUMOS PARA A MAÇONARIA NO SÉCULO XXI” Outubro - 1996 (Revisado e ampliado em 2004)

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  • Anatoli Oliynik

    “RUMOS PARA A MAÇONARIA

    NO SÉCULO XXI”

    Outubro - 1996 (Revisado e ampliado em 2004)

  • S U M Á R I O

    1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................................4

    2. OBJETIVOS..............................................................................................................................................................5 2.1- OBJETIVO GERAL.................................................................................................................................................5 2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................................................................5

    3. CONCEITOS.........................................................................................................................................................5 3.1- VISÃO ..................................................................................................................................................................6

    3.1.1- Enunciado de Visão ....................................................................................................................................7 3.1.2- Exemplos de Visão: .....................................................................................................................................7

    3.2- MISSÃO................................................................................................................................................................7 3.2.1- Enunciado de missão ..................................................................................................................................8 3.2.2- Exemplos de Missão: ..................................................................................................................................8

    3.3- PRINCÍPIOS (= CRENÇAS, CREDOS OU VALORES)...................................................................................................8 3.3.1- Exemplos de Princípios: .............................................................................................................................8

    3.4- FATORES-CHAVE DE SUCESSO .............................................................................................................................9 3.4.1- Exemplos:....................................................................................................................................................9

    3.5- DIRETRIZES ESTRATÉGICAS..................................................................................................................................9 3.5.1- Exemplos de diretrizes estratégicas:...........................................................................................................9 3.5.2- Características a observar..........................................................................................................................9

    3.6- OBJETIVOS ESTRATÉGICOS...................................................................................................................................9 3.6.1- Exemplos de Objetivos:.............................................................................................................................10 3.6.2- Características a observar........................................................................................................................10

    3.7- ESTRATÉGIAS.....................................................................................................................................................10 3.7.1- Exemplos de estratégias:...........................................................................................................................10 3.7.2- Características a observar........................................................................................................................10

    3.8- METAS ...............................................................................................................................................................11 3.8.1- Exemplos de Metas: ..................................................................................................................................11

    4. MODELO PROPOSTO .........................................................................................................................................12 4.1- PLANO ESTRATÉGICO.........................................................................................................................................12

    4.1.1 – Síntese dos Conceitos....................................................................................................................................12 4.2- ROTEIRO OPERACIONAL.....................................................................................................................................13

    5. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO............................................................................................................14 5.1- DEFINIÇÃO DA VISÃO .............................................................................................................................................14

    5.1.1- Dicas...............................................................................................................................................................14 5.1.2- Como proceder ...............................................................................................................................................14

    5.2- DEFINIÇÃO DA MISSÃO ......................................................................................................................................15 5.3- DEFINIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ....................................................................................................................................16 5.4- FIXAÇÃO DOS FATORES-CHAVE DE SUCESSO .........................................................................................................16 5.5- DEFINIÇÃO DAS DIRETRIZES ESTRATÉGICAS ......................................................................................................16 5.6- DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ............................................................................................................16 5.7- DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ................................................................................................................................17 5.8- DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES E METAS .....................................................................................................17

    6. OUTRAS PROVIDÊNCIAS ..................................................................................................................................17 6.1- PESQUISA...........................................................................................................................................................17 6.1.1- JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................................................17

    6.1.2- Objetivo geral da pesquisa........................................................................................................................18 6.1.3- Objetivos específicos da pesquisa.............................................................................................................18 6.1.4- Metodologia ..............................................................................................................................................18 6.1.5- Análise dos resultados ..............................................................................................................................18 6.1.6- Resultado final ..........................................................................................................................................18 6.1.7- Modelo do Questionário ...........................................................................................................................18

    6.2- ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA...........................................................................................................18 6.2.1- Questionário - Parte I ...............................................................................................................................18 6.2.2- Questionário - Parte II ...................................................................................................................................18

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  • 7. CONCLUSÃO.........................................................................................................................................................19

    ANEXO I .........................................................................................................................................................................21 CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO QUESTIONÁRIO.......................................................................................21

    ANEXO II........................................................................................................................................................................22 QUESTIONÁRIO - PARTE I .........................................................................................................................................22 QUESTIONÁRIO - PARTE II ........................................................................................................................................23

    ANEXO III ......................................................................................................................................................................24 TABULAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS - PARTE I .................................................................................................................24

    ANEXO IV.......................................................................................................................................................................25 TABULAÇÃO DO QUESTIONÁRIO - PARTE II ...................................................................................................................25

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................................................25

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  • 1. INTRODUÇÃO

    A realização do ser não é uma situação, um estado, mas uma direção, uma esperança, um anseio, uma tendência.

    As Lojas Maçônicas, em maior ou menor grau, se deparam atualmente, mais do que em qualquer período anterior, com a necessidade de definir qual será o seu papel neste novo milênio.

    A maioria das Lojas não possui consciência de sua identidade e de seu papel na comunidade. Não sabem o que são, para que existem e o que farão no futuro. Elas não estão envolvidas, pela ação, com os problemas que afligem a comunidade de sua cidade em particular, ou a sociedade brasileira em geral.

    Os Maçons, por sua vez, reúnem-se nas Lojas, mas se dispersam fora delas por falta de aglutinação em torno de objetivos claramente definidos.

    As Lojas iniciam, todos os anos, novos candidatos, mas os seus quadros de obreiros continuam pequenos. Decorre então, a famosa frase que não convence: “Temos que ter qualidade e não quantidade”. Esta frase vetusta, já não serve mais como paradigma para as Lojas porque não temos “quantidade”, e muito menos “qualidade”.

    As Lojas Maçônicas no Brasil, raramente ultrapassam a 40 maçons por Loja. Quantidade ínfima para um país de dimensões continentais como é o nosso, e com uma população superior a 170 milhões de habitantes. Se compararmos a quantidade de maçons no Brasil com os Estados Unidos, constataremos uma diferença surpreendente. Precisamos, portanto, melhorar a quantidade de maçons no Brasil, para que possamos fortalecer as nossas Colunas no concerto da Maçonaria Universal.

    Por outro lado, muitas vezes, as Lojas convidam pessoas de destaque na sociedade ou no mundo dos negócios, para ingressar na Instituição, mas não possuem, em contrapartida, um programa capaz de sustentar a permanência dessas pessoas em seus quadros. Escolhem-se as pessoas e depois não se sabe o que fazer com elas; o potencial de cada um não é aproveitado em algo produtivo para a Loja e para a Maçonaria.

    O escopo deste Projeto é propor uma metodologia que possa reverter a situação vigente, dinamizando a atuação da Loja e de seus obreiros no sentido de prepará-la para atuar ativamente em prol da sua comunidade.

    Sabemos todos que, ações maçônicas quando executadas sem planejamento prévio, sem estratégias definidas e sem objetivos claros, não trazem resultados positivos, ao contrário, os resultados são dispersivos e nos enfraquecem, podendo, inclusive, macular a respeitabilidade de nossa Instituição.

    Sabemos, também, que uma grande preocupação tem trazido inquietação a um número crescente de maçons conscientes de suas responsabilidades e do papel que lhes cabe nos tempos atuais: construir a história presente para servir de exemplo aos que nos sucederem no futuro dentro da Instituição.

    No desenho desse futuro, os maçons devem ter o comedimento e a consciência plena de que a Maçonaria, enquanto instituição tem que ser preservada de desgastes vãos. É preciso manter a sua respeitabilidade em todos os níveis.

    Por outro lado, sabemos que, muitas dúvidas assomam às mentes dos maçons:

    1. Quais os paradigmas que deverão nortear as ações da Maçonaria diante de um mundo onde a prevalência do egoísmo, da corrupção e a ausência, cada vez maior, de posturas éticas são a constante na vida dos grupos sociais?

    2. Será essa ambiência favorável à concretização dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade?

    As reverberações desse fluir e refluir de insatisfação desde há muito é sentida em nossas lojas, em crescente intensidade.

    Duas são as maneiras para o desenvolvimento de ação maçônica na sociedade: a individual e a coletiva.

    O trabalho individual conduz o maçom à prática ininterrupta das virtudes, em todos os momentos,

  • a fim de que o conhecimento adquirido seja aplicado no aperfeiçoamento dos costumes. É o desempenho de iniciativa própria, incessante, aplicando-se os princípios no lar, no trabalho, na escola, onde quer que o maçom esteja, marcando sua presença de forma velada quanto aos métodos maçônicos, mas colaborando com a sociedade para o aprimoramento dos costumes, individualmente.

    O trabalho coletivo é o exercício em conjunto para aplicação dos ensinamentos de forma planejada, objetiva, coordenada e dirigida. A grande tarefa da Maçonaria consiste no trabalho em grupo, com base no consenso determinado pela maioria e cumprido por todos disciplinarmente. A dispersão de forças e a indisciplina são as causas do enfraquecimento que traz, como conseqüência, a desmotivação.

    “Rumos para a Maçonaria no Século XXI”, é uma proposta metodológica para operacionalizar a ação maçônica na sociedade. Trata-se de um projeto dinâmico e versátil que contempla as particularidades de cada Loja, uma vez que são os Irmãos do quadro da Loja, que definem e estabelecem os objetivos que irão nortear as suas ações estratégicas e operacionais como um todo. Do consenso do grupo será obtido o norte a ser seguido.

    Irm. Anatoli Oliynik (Past Master)

    2. OBJETIVOS

    “Quando a Loja tem um senso claro do seu objetivo, do seu rumo e da posição desejada para o futuro, e quando essa imagem é amplamente compartilhada, o maçom torna-se capaz de encontrar o seu próprio papel dentro da Loja e da Maçonaria.”

    2.1- Objetivo Geral Apresentar uma metodologia que oriente e prepare a Loja e os Maçons para enfrentar os desafios existentes, preparando as bases para disseminação de uma nova filosofia de atuação.

    2.2- Objetivos Específicos a) Praticar uma maçonaria sustentada por uma política clara do papel da Loja dentro da

    comunidade. b) Ampliar a faixa de atuação da Loja na sociedade de modo a ocupar os diversos espaços

    formais para o exercício da cidadania. c) Colocar ao alcance da Loja e dos Maçons um conjunto articulado de ações que possa levá-los

    à realização pessoal. d) Restabelecer o papel da maçonaria nas questões político-sociais.

    Para que se possa alcançar esses objetivos, é preciso estabelecer:

    A Visão e a Missão da Loja. Os Princípios (valores ou crenças) da Loja. Os Fatores-Chave de Sucesso. As Diretrizes e Objetivos Estratégicos Globais. As Estratégias. As Diretrizes e Objetivos Funcionais. Os Projetos (para objetivos complexos) e/ou Planos de Ação (para objetivos mais simples). O Orçamento (custos dos projetos e planos de ação). As Metas e Responsabilidades. O Sistema de Acompanhamento, Controle e Avaliação.

    Com este conjunto de medidas será possível dar o embasamento e sustentação ao

    desenvolvimento de uma nova cultura de atuação da Loja, junto a Obediência a que pertence e frente à Sociedade na qual se insere, assegurando a sua perenidade.

    3. CONCEITOS

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  • “O desempenho da sociedade moderna − ou até a sobrevivência de cada indivíduo − depende cada vez mais do desempenho das instituições.”

    3.1- Visão

    Visão é a imagem que a Loja tem a respeito de si mesma e do seu futuro. É o ato de ver a si própria projetada no espaço e no tempo.

    Toda Loja deve ter uma visão adequada de si mesma, dos recursos que dispõe, do tipo de relacionamento que deseja manter com a sociedade e poderes constituídos. Geralmente a visão está mais voltada para aquilo que a Loja pretende ser do que para aquilo que ela realmente é.

    Dentro desta perspectiva, a Loja deve colocar a Visão como um projeto daquilo que ela gostaria de ser dentro de certo prazo de tempo futuro e qual o caminho que ela pretende adotar para chegar até lá.

    Portanto, a Visão deve ser um enunciado claro e energizante do que a Loja aspira ser. A visão reflete uma expectativa de futuro formando uma imagem viva de um estado desejado que garanta a satisfação de todos os seus associados (Irmãos).

    Por outro lado, uma Loja maçônica não é apenas uma entidade filosófico-filantrópica; é também uma organização não-governamental. Portanto, o que ela precisa fazer é juntar os obreiros na forma de uma “comunidade atuante e responsável”, oferecer um mapa do caminho para o futuro e sugerir diretrizes de como devem agir e interagir para alcançar aquilo que vêem como desejável.

    Pelo fato da maçonaria ser tão importante na vida dos maçons, os obreiros de uma Loja precisam ter uma noção clara sobre:

    O que é importante para a Loja e para os Maçons? → Princípios (crenças ou valores).

    O que a Loja deseja ser? → Visão.

    Por que e para que a Loja existe?) → Missão.

    Quais são as prioridades da Loja?) → Objetivos Estratégicos.

    As respostas a essas perguntas constituem parte da filosofia organizacional da Loja e estabelecem a estrutura dorsal da sua identidade.

    Uma Loja só poderá alcançar a grandeza, se os obreiros que a compõem aceitarem a necessidade de maior atuação na comunidade e se esforçarem para alcançar tal desempenho.

    Isso posto, a Loja poderá definir a VISÃO como uma imagem compartilhada daquilo que ela deseja ser, expressa em termos de sucesso aos olhos de seus membros cuja aprovação possa afetar seu destino.

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  • 3.1.1- Enunciado de Visão

    A Loja (Venerável Mestre e obreiros) precisa enunciar uma Visão de modo simples e repeti-la com freqüência.

    O enunciado de Visão ideal deve ser:

    ♦ Claro;

    ♦ Envolvente;

    ♦ Motivador;

    ♦ Fácil de memorizar;

    ♦ Compatível com os princípios da Loja;

    ♦ Ligado às necessidades e expectativas dos maçons;

    ♦ Visto como um desafio, ou seja, difícil, mas não impossível;

    ♦ Expressão de uma aspiração da Loja;

    ♦ Alcançável num prazo de tempo determinado.

    3.1.2- Exemplos de Visão: Os exemplos a seguir, são de Lojas que já implantaram seus planejamentos estratégicos, tendo por base as orientações deste documento:

    “Ser uma Loja de estudos e pesquisas, capaz de preparar o maçom para atuação na ação política e comunitária, voltada de forma permanente para a defesa de interesses e valores coletivos” (Loja Virtus et Labor nº 3443 – Maringá-PR).

    “A Loja será um exemplo de união fraternal e desenvolvimento cultural e será reconhecida como

    tal” (Loja Os Templários nº 2819 – Curitiba-PR). “Desenvolver a essência espiritual e ética do homem, através do estudo constante da filosofia e

    da busca incessante da verdade” (Loja Onze de Outubro nº 2081 – Campo Grande-MS). O enunciado poderia ser, também, algo como se segue adiante, porém, como os Irmãos podem notar, uma Visão dessa natureza seria de difícil memorização: “Queremos entrar na próxima década como uma das maiores e melhores Lojas Maçônicas do Brasil quanto ao nível intelectual de nossos obreiros, qualidade de nossas reuniões e instruções, excelência na preparação dos nossos aprendizes, companheiros e mestres, bem como na atuação político-social, contribuindo para o engrandecimento da Maçonaria, dos Maçons e da sociedade e sermos reconhecidos pela nossa excepcional contribuição à humanidade”. Vale ressaltar que, embora sejam exemplos reais, cada Loja deverá desenvolver, por meio de seu quadro de obreiros, a sua própria Visão de futuro desejada.

    3.2- Missão

    As Lojas não são criadas a esmo. Elas existem para fazer alguma coisa. Para exercer e cumprir um papel. Todas as Lojas têm uma missão a cumprir. A missão representa a razão da existência de uma Loja. Significa a finalidade ou o motivo pelo qual a Loja foi criada e o que ela deve servir.

    Portanto, a Missão consiste na declaração escrita da Loja explicitando como atuará para alcançar os seus objetivos no sentido de tornar a visão uma realidade.

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  • Uma definição da missão da Loja deve responder a três perguntas básicas: Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos?

    3.2.1- Enunciado de missão O enunciado de missão deve ser:

    Definidor - define propósitos, premissas, princípios e meios. Identificador - torna claro a que se refere. Conciso - esclarece a missão e transmite uma mensagem forte. Aplicável - quem lê deve ter uma idéia clara de como será seu funcionamento e que tipo de

    ações estão envolvidas. Memorável - todos podem se lembrar dele com facilidade.

    3.2.2- Exemplos de Missão: Os exemplos a seguir, são de Lojas que já implantaram seus planejamentos estratégicos, tendo por base as orientações deste documento:

    “Identificar necessidades e problemas da sociedade, buscar alternativas para os mesmos, e mobilizar lideranças capazes de efetivar soluções” (Loja Virtus et Labor nº 3443 – Maringá-PR).

    “Buscar a verdade e a coesão fraterna, incrementando o compromisso entre os irmãos, através do estudo da filosofia e da prática do altruísmo, filantropia e solidariedade, desenvolvendo trabalhos que possam servir de exemplos à sociedade, objetivando o ideal maçônico” (Loja Onze de Outubro nº 2081 – Campo Grande-MS).

    “Estimular os Obreiros da Loja à prática de ações sociais, beneficentes, políticas e culturais visando o aprimoramento de seus valores pessoais” (Loja Os Templários nº 2819 – Curitiba-PR).

    Vale ressaltar que, embora sejam exemplos reais, cada Loja deverá desenvolver, por meio de seu quadro de obreiros, a sua própria Missão coerentemente com a visão e princípios compartilhados.

    3.3- Princípios (= crenças, credos ou valores)

    Conjunto de valores que orientam o comportamento da Loja, formando a sua identidade corporativa pela qual será reconhecida e respeitada.

    O estabelecimento dos princípios deve ser compartilhado por todos os obreiros da Loja para assegurar o comprometimento dos Irmãos. O consenso é muito importante nesta etapa do trabalho.

    Se algum dia a Loja tiver que mudar algum de seus princípios, deve fazê-lo lentamente, pois eles devem ser uma fonte de estabilidade num mundo que muda rapidamente.

    3.3.1- Exemplos de Princípios: Os princípios da Loja devem ser descritos em forma de enunciado, usando-se substantivos para descrevê-los, contendo implícita ou explicitamente, as seguintes convicções:

    • Ética • Respeito • Honestidade • Comprometimento • Fraternidade • Responsabilidade • União Fraternal • Caridade

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  • • Verdade • Integridade

    Em síntese, princípios representam aquilo que os Irmãos da Loja acreditam e depois de

    estabelecidos passam a ser respeitados.

    3.4- Fatores-Chave de Sucesso Representam os atributos que a Loja deve dispor para ser bem sucedida em seus propósitos. São estabelecidos em função da visão e missão da Loja.

    3.4.1- Exemplos: • Imagem. • Liderança. • Iniciativa. • Comprometimento. • Capacidade financeira. • Qualidade das sessões. • Dinamismo dos obreiros. • Participação.

    3.5- Diretrizes estratégicas Em termos conceituais, elas podem ser definidas como sendo: Um conjunto de indicações, de caráter amplo, que direcionam e orientam o comportamento da Loja, como um todo, no processo de tomada de decisão para o estabelecimento dos objetivos estratégicos. Em certa medida, as diretrizes estratégicas influenciam e são influenciadas pela análise ambiental, uma vez que, envolvem aspectos amplos de atuação que servem como base para o direcionamento estratégico da Loja como um todo. Elas são importantes no processo de seleção e dimensionamento dos objetivos estratégicos.

    3.5.1- Exemplos de diretrizes estratégicas:

    1. Expandir, continuamente, o quadro da Loja buscando nos candidatos princípios éticos e morais compatíveis com os princípios maçônicos, e alta capacidade intelectual de forma que possam contribuir com o desenvolvimento da Loja e da Maçonaria.

    2. Atender, com excelência, as expectativas dos obreiros com relação às instruções e ensinamentos maçônicos.

    3. Promover melhorias contínuas nas instruções maçônicas por meio da implantação de sistema de avaliação do aprendizado.

    4. Incentivar e promover a participação dos Irmãos na pesquisa e no desenvolvimento de assuntos maçônicos, sociais, políticos e culturais.

    3.5.2- Características a observar

    Usar verbos de ação no infinitivo tais como: promover, desenvolver, expandir, incentivar.

    3.6- Objetivos estratégicos

    São Alvos − resultados esperados ou estados futuros desejados − a serem atingidos pela Loja como um todo, em um período plurianual considerado. Devem ser estabelecidos para alcançar ou conservar níveis de desempenho, no mínimo satisfatórios, da Loja relativamente a cada um dos fatores-chave de sucesso estabelecidos. Os objetivos devem expressar, em termos concretos, o quanto a Loja quer atingir e em que prazo. Devem, obrigatoriamente, conter os seguintes elementos: o que, quanto e quando.

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  • 3.6.1- Exemplos de Objetivos:

    ♦ Aumentar o quadro em (X%) no período 2005-2010.

    ♦ Reduzir para (X%) a ausência dos Irmãos nas reuniões da Loja no período 2005-2010.

    ♦ Aumentar para (X) o número de Lojas praticantes do Rito de York no período 2005-2010.

    3.6.2- Características a observar

    Para que a definição dos objetivos seja eficiente, deve-se observar as seguintes características:

    Participação

    Co-responsabilidade

    Comprometimento

    Especificidade

    Desafio

    Amplitude

    Prioridade. Ao formular a redação dos objetivos, usar verbos de ação no infinitivo, tais como: aumentar, manter, diminuir. Sugere-se estabelecer no mínimo 3 e no máximo 5 objetivos estratégicos.

    3.7- Estratégias São os meios ou caminhos adotados pela Loja, visando alcançar os objetivos estratégicos. Para cada objetivo estratégico, a Loja deve estabelecer, no mínimo, uma estratégia. O ideal é estabelecer 3 ou 4 estratégias para cada objetivo, visando garantir o alcance do objetivo determinado.

    3.7.1- Exemplos de estratégias:

    a) Estratégias para “Aumentar o quadro em (X%) no período 2006-2010”:

    Estabelecimento de metas anuais de iniciações.

    Estabelecimento de metas anuais de filiações.

    b) Estratégias para “Reduzir para (X%) a ausência dos Irmãos nas reuniões da Loja no período 2006-2010”:

    Planejar calendário de eventos para o ano.

    Ampliar a quantidade de palestras com personalidades maçônicas.

    Cumprir o regulamento geral, com rigor.

    c) Estratégias para “Aumentar para (X) o número de Lojas praticantes do Rito de York no período 2006-2010”:

    Ampliar convites para demonstração da ritualistica.

    Divulgar a versatilidade do Rito.

    3.7.2- Características a observar Os critérios a seguir relacionados devem ser utilizados para auxiliar a Loja no processo de seleção de estratégias, uma vez que uma das maneiras de reduzir o número de alternativas é eliminar aquelas que:

    a) Não aproveitam as potencialidades da Loja;

    b) Não reduzem vulnerabilidades;

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  • c) Não eliminam ameaças do ambiente externo;

    d) Deixam de explorar as oportunidades do ambiente externo.

    3.8- Metas São alvos estabelecidos para o curto prazo. No máximo 1 ano. Portanto, podemos conceituar as metas como sendo o desdobramento do “quanto” do objetivo estratégico para um período determinado.

    3.8.1- Exemplos de Metas:

    Iniciar “N” novos candidatos a cada trimestre em 200x.

    Realizar “N” palestras, a cada trimestre, com personalidades maçônicas em 200x.

    Fundar “N” Lojas no Rito de York em 200x.

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  • 4. MODELO PROPOSTO

    4.1- Plano Estratégico

    4.1.1 – Síntese dos Conceitos VISÃO Define o que a Loja deseja ser. MISSÃO Define o propósito e o âmbito de atuação da Loja.

    PRINCÍPIOS Representam a razão de ser da Loja, isto é, sua identidade e suas crenças e valores compartilhados.

    FATORES-CHAVE DE SUCESSO São os atributos que a Loja deve necessariamente dispor para ser bem sucedida nos seus propósitos.

    DIRETRIZES ESTRATÉGICAS Conjunto de orientações gerais voltada para o processo de tomada de decisão.

    OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Alvos (resultados esperados ou estados futuros desejados) a serem alcançados pela Loja como um todo, em um período plurianual considerado.

    ESTRATÉGIAS Caminhos adotados pela Loja para alcançar os objetivos estratégicos. METAS Alvos estabelecidos para o curto prazo.

    OBJETIVOS FUNCIONAIS Também chamados de Operacionais. São resultados esperados num Plano de Ação específico.

    DIRETRIZES FUNCIONAIS São orientações específicas para um Plano específico de ação.

  • 4.2- Roteiro Operacional

    VARIÁVEIS AMBIENTAIS

    INTERNAS (3b)

    DECLARAÇÃO DE

    PRINCÍPIOS (2)

    DECLARAÇÃO DA

    MISSÃO (1)

    VARIÁVEIS AMBIENTAIS

    EXTERNAS (3a)

    ESTRATÉGIAS

    (6)

    DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

    GLOBAIS (4)

    DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

    GLOBAIS (5)

    FATORES-CHAVEDE

    SUCESSO (3)

    - M- M- M

    A

    7

    DIRETRIZES E OBJETIVOS

    FUNCIONAIS (7)

    PROJETOS E/OU PLANOS DE AÇÃO (8)

    ORÇAMENTO (9)

    ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO (11)

    IMPLEMENTAÇÃO (10)

    ETA 1 ETA 2 ETA n

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  • 5. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO

    5.1- Definição da Visão

    5.1.1- Dicas

    ⇒ A Visão deve ser estabelecida pelos Mestres Maçons, em consultas com os Companheiros e Aprendizes;

    ⇒ É preciso que a Visão seja detalhada, para que não haja dúvidas sobre o que se deseja alcançar;

    ⇒ A Visão deve ser desafiadora e ambiciosa, de forma a inspirar os Irmãos a criar algo que valha a pena;

    5.1.2- Como proceder

    1. Marque uma reunião, fora do dia normal de sessões da Loja, e comunique aos Mestres a data, horário e local;

    2. Reúna os Mestres e informe o objetivo da reunião;

    3. Liste com a ajuda dos presentes, 6 (seis) pontos fortes e 6 (seis) pontos fracos da Loja. Liste-os nos quadros a seguir:

    Situação Atual Pontos Fortes

    1- 2- 3- 4- 5- 6-

    Situação Atual Pontos Fracos

    1- 2- 3- 4- 5- 6-

    4. Imagine a situação ideal, para cada um dos aspectos escolhidos, que os Irmãos do quadro gostariam de ver melhoradas nos próximos anos. Crie uma imagem positiva e ambiciosa. Anote esses aspectos na coluna “Situação desejada” nos quadros a seguir. Note que são dois quadros, um para a situação desejada dos pontos fortes; outro para situação desejada dos pontos fracos.

    Situação desejada

    (pontos fortes)

  • Situação desejada (pontos fracos)

    5. Pense nas ações necessárias para que a situação atual se transforme em situação desejada. Anote no

    quadro “Ações Estratégicas” a seguir:

    Ações Estratégicas

    6. Discuta com os Irmãos da Loja a Visão de futuro e as Ações Estratégicas. 7. Redija a Visão da Loja

    Escreva abaixo a Visão da Loja

    5.2- Definição da Missão

    1. Marque uma reunião e comunique aos Mestres Maçons a data, horário e local;

    2. Reúna os Mestres Maçons e informe o objetivo da reunião;

    3. Trabalhe com os Irmãos os conceitos de Missão;

    4. Faça um “brainstorming”, pedindo que cada um escreva num pedaço de papel a Missão da Loja;

    5. Condense as propostas de Missão em apenas uma e coloque em discussão novamente;

    6. Escreva a Missão num papel, “flip-chart” ou no quadro de giz;

    7. Peça a todos para que verifiquem se há necessidade de alguma correção;

    8. Pronto, você acaba de definir a Missão da sua Loja;

    9. Faça a “arte-final” da Missão da Loja e afixe num local bem visível para que todos tomem conhecimento.

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  • Escrever aqui a Missão da sua Loja

    5.3- Definição dos Princípios

    O procedimento para definição de princípios é semelhante ao procedimento da definição da Missão. Entretanto, ao invés de aglutinar os resultados do “brainstroming”, o Venerável Mestre deve escolher aqueles princípios que formarem a interseção das opiniões dos Irmãos, ou seja, o que for comum.

    5.4- Fixação dos Fatores-Chave de Sucesso

    Após definida a Missão, devem ser identificados os fatores-chave de sucesso da Loja. Um fator-chave de sucesso é um atributo que a Loja deve dispor para ser bem sucedida nos seus propósitos. Os fatores-chave de sucesso podem ser tanto de natureza qualitativa quanto quantitativa. Como exemplo de fator qualitativo pode ser citada a imagem da Loja perante suas coirmãs ou perante a Obediência a que pertence, ou ainda perante a comunidade da cidade. Enquanto que a obtenção de recursos para manutenção da Loja caracteriza um fator quantitativo.

    O número de fatores-chave de sucesso deve, quanto possível, ser reduzido. Esses fatores serão essenciais para a vinculação dos objetivos e estratégias. O procedimento para definição dos fatores-chave de sucesso é o mesmo adotado para definição dos Princípios.

    5.5- Definição das Diretrizes estratégicas

    1. Marque uma reunião e comunique aos Mestres Maçons a data, horário e local; 2. Reúna os Mestres Maçons e informe o objetivo da reunião; 3. Trabalhe com os Irmãos os conceitos de Diretrizes Estratégicas; 4. Faça um “brainstorming”, pedindo que cada um escreva num pedaço de papel uma Diretriz

    Estratégica para a Loja; 5. Reúna as Diretrizes em um “flip-chart” e discuta cada uma delas no sentido de estabelecer coerência

    com a Visão e Missão da Loja. 6. Eleja e consolide aquelas diretrizes estratégicas que orientarão o pensamento da Loja. 7. Faça a “arte-final” das Diretrizes Estratégicas da Loja e afixe num local bem visível para que todos

    tomem conhecimento.

    5.6- Definição dos Objetivos estratégicos

    1. Marque uma reunião e comunique aos Mestres Maçons a data, horário e local; 2. Reúna os Mestres Maçons e informe o objetivo da reunião; 3. Trabalhe com os Irmãos os conceitos de Objetivos Estratégicos; 4. Faça um “brainstorming”, pedindo que cada um escreva num pedaço de papel um Objetivo

    Estratégico para a Loja; 5. Reúna os Objetivos em um “flip-chart” e discuta cada uma deles no sentido de estabelecer coerência

    com as Diretrizes Estratégicas da Loja. 6. Eleja e consolide aqueles objetivos estratégicos que orientarão o plano de trabalho da Loja. 7. Defina, para cada objetivo, o quanto, e o prazo para se alcançar cada um deles. 8. Faça a “arte-final” dos Objetivos Estratégicos da Loja e afixe num local bem visível para que todos

    tomem conhecimento. A quantidade recomendada para Objetivos de uma Loja, deve ficar situada entre, no mínimo três e no máximo cinco. Considere que o quanto a Loja quer atingir deve ser expresso em termos concretos,

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  • possibilitando, dessa forma, o estabelecimento de critérios adequados de medida que servirão como parâmetros para avaliar o grau de alcance dos objetivos. Em suma, o objetivo estratégico deve:

    representar uma real necessidade, coerente com a Missão da Loja; representar uma prioridade dentro do conjunto de necessidades; ser claro, definido e concreto; ser viável, técnica e economicamente; ser desafiador.

    5.7- Definição das Estratégias

    1. Marque uma reunião e comunique aos Mestres Maçons a data, horário e local; 2. Reúna os Mestres Maçons e informe o objetivo da reunião; 3. Trabalhe com os Irmãos o conceito de Estratégia; 4. Faça um “brainstorming”, pedindo que cada um escreva, num pedaço de papel três estratégias para o

    Objetivo Estratégico número 1, já definido na etapa anterior. 5. Reúna as Estratégias para o Objetivo Estratégico número 1, em um “flip-chart”, e discuta cada uma

    delas no sentido de estabelecer coerência com o objetivo em questão. 6. Eleja e consolide aquelas estratégias que orientarão a ação da Loja, para o objetivo estratégico

    considerado. 7. Repita o procedimento para os demais objetivos estratégicos definidos pela Loja. 8. Faça a “arte-final” das Estratégias da Loja e afixe num local bem visível para que todos tomem

    conhecimento.

    5.8- Definição das Responsabilidades e Metas

    1. Marque uma reunião e comunique aos Mestres Maçons a data, horário e local; 2. Reúna os Mestres Maçons e informe o objetivo da reunião; 3. Repasse, com os Irmãos, todo o documento até aqui elaborado, ou seja, Visão, Missão, Princípios,

    Diretrizes, Objetivos e Estratégias; 4. Detenha-se nos Objetivos Estratégicos e nas respectivas Estratégias. 5. Forme uma equipe de trabalho para cada Objetivo Estratégico. 6. Solicite que a equipe designada apresente num prazo de trinta dias, o plano de trabalho que leve em

    consideração as estratégias eleitas. 7. Solicite também, que a equipe proceda o desdobramento do Objetivo em Metas. Negocie com a equipe

    a periodicidade das metas − mensais ou trimestrais. Metas superiores a esse prazo, não devem ser aceitas, pois acabarão por se confundir com o próprio objetivo.

    8. Faça a “arte final” e afixe em local visível. 9. Consolide um documento de tudo o que foi até agora definido e estabeleça um calendário de reuniões

    específicas para acompanhamento das metas e objetivos propostos. 10. Corrija, se necessário, os desvios e ajuste os planos de trabalho. 11. Mantenha acesa a chama da equipe, através do incentivo e do acompanhamento. 12. Comemore, efusivamente, com todos os Irmãos da Loja, cada vitória, cada objetivo, cada avanço

    conseguido. BOA SORTE!

    6. OUTRAS PROVIDÊNCIAS A critério do Venerável pode-se verificar se não existem problemas, embora de ordem menor, mas que poderão perturbar o desenvolvimento do projeto se não forem sanados a priori. Para desenvolvimento desta etapa preliminar, recomendamos a aplicação de uma pesquisa conforme descrição a seguir:

    6.1- Pesquisa

    6.1.1- Justificativa

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  • (exemplo real de uma Loja Maçônica) Dentro da filosofia de uma Loja, temos como objetivo maior, o desenvolvimento individual e coletivo dos Irmãos, a formação de opinião, liderança e atuação no meio social, através da abordagem de questões filosóficas, políticas, econômicas, culturais e sociais; e filantropia numa escala proporcional a decisões dos membros do quadro. Nos deparamos, no momento, com algumas situações que denotam a ausência de comprometimento em alguns aspectos. Fato este que nos leva a um questionamento: Quais as causas que poderiam estar contribuindo para o desestímulo daquilo que num determinado momento nos propusemos ?

    6.1.2- Objetivo geral da pesquisa Levantar a opinião de todos os integrantes da Loja sobre alguns aspectos que norteiam a formação da Loja.

    6.1.3- Objetivos específicos da pesquisa Buscar o foco ou focos de situações que estejam gerando insatisfação dos integrantes. Repensar a política de atuação da Loja. Trazer para análise a opinião individual de cada Irmão. Identificar pontos críticos que envolvam as reuniões, desde horário, dia da semana, local,

    conteúdo das mesmas. Buscar soluções para os problemas apresentados.

    6.1.4- Metodologia Para o levantamento dos dados deve ser utilizado questionário estruturado não-disfarçado. A aplicação deve ser feita individualmente e ter caráter sigiloso (não é necessário a

    identificação do Irmão respondente. Isto serve para garantir a máxima liberdade de opinião).

    O tempo entre entrega e devolução do questionário deve ser o intervalo entre as sessões (uma semana).

    6.1.5- Análise dos resultados Nas questões fechadas, calcular a freqüência das respostas percentuais. Nas questões abertas, fazer análise de redundâncias. A escala utilizada deve ser de 1 a 5 pontos (para satisfação e importância).

    6.1.6- Resultado final Os resultados apresentados devem ser repassados ao grupo num prazo de 10 (dez) dias, após concluída a aplicação.

    6.1.7- Modelo do Questionário O modelo do questionário se encontra no ANEXO II. O Questionário deve ser entregue aos Irmãos, previamente escolhidos, juntamente com uma carta assinada pelo Venerável Mestre, explicando o objetivo da pesquisa (ANEXO I).

    6.2- Análise dos resultados da pesquisa

    6.2.1- Questionário - Parte I Após os Irmãos terem respondido o questionário - parte I, as respostas devem ser tabuladas conforme tabela apresentada no Anexo III.

    6.2.2- Questionário - Parte II As respostas do Questionário - Parte II, podem ser trabalhadas no Quadro 1 do Anexo IV.

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  • 7. CONCLUSÃO Se a Loja deseja ter uma visão clara de sua própria identidade e unicidade, deve assumir uma postura de vanguarda e liderança, visando atender as expectativas dos maçons, com relação a Loja e a própria maçonaria..

    Esta postura de vanguarda e liderança exigirá: Criatividade. Receptividade a novas idéias. Pensar grande e no quadro futuro. Trabalhar em equipe. Capacidade para romper paradigmas.

    Os responsáveis pelo desenvolvimento e aplicação desta metodologia, devem ser todos os irmãos que compõem o quadro da Loja, capitaneados, preferencialmente, pelo Venerável-Mestre. Para alcançar os objetivos e as metas almejadas, os irmãos precisam se tornar melhores previsores e mais comprometidos, uma vez que, os maçons, enquanto maçonaria, são deficientes nessas duas áreas. Portanto, se a Loja desejar atender as expectativas de seus obreiros e daqueles que vierem a ser iniciados, terá que desenvolver e prover a Loja de:

    Visão; Missão; Princípios; Fatores-Chave de Sucesso; Diretrizes Estratégicas; Objetivos Estratégicos; Estratégias e Metas

    que possam dar embasamento e sustentação ao desenvolvimento de uma cultura de melhoria de desempenho da Loja, junto a Obediência a que pertence e frente à Sociedade na qual se insere, assegurando a sua perenidade.

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  • A N E X O S

  • ANEXO I

    CARTA DE ENCAMINHAMENTO DO QUESTIONÁRIO Or. Curitiba, de de 200 . De: Venerável Mestre Para: Irmãos do Quadro Assunto: Pesquisa de clima da Loja Estimado Irmão: Você foi selecionado para participar da pesquisa Clima da Loja que busca identificar quais as causas que poderiam estar contribuindo para o desestímulo daquilo que num determinado momento nos propusemos. Esperamos, com a sua contribuição, identificar pontos críticos que envolvam as reuniões, desde o horário, dia da semana, local e conteúdo das sessões. Sua participação e sinceridade são importantes no sentido de possibilitar a busca de soluções para os problemas apresentados e redirecionar os aspectos que norteiam a formação da Loja. O Irmão não precisa se identificar, pois o aspecto mais importante, nesta pesquisa, é a sinceridade nas respostas e a oportunidade de participar nas decisões da Loja. Apreciaríamos a devolução do questionário, preenchido, assim que possível, porém até ...../...../..... Reuniões em grupo também serão programadas. Um resumo das respostas será fornecido por ocasião da realização de nossa primeira reunião, programada para ...../...../..... Fraternalmente, Venerável Mestre.

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  • ANEXO II

    QUESTIONÁRIO - Parte I Com relação ao local das reuniões assinale o grau de concordância de 1 a 5, sendo: 1 = Discorda totalmente. 2 = Discorda. 3 = Não discorda, nem concorda. 4 = Concorda. 5 = Concorda totalmente. BLOCO I - LOCAL DAS REUNIÕES AFIRMATIVAS 1 2 3 4 5 1. O espaço físico é adequado. 2. A iluminação da área é adequada. 3. A ventilação e climatização são adequadas. 4. O local onde a Loja está situada é de fácil acesso. 5. O ambiente é agradável. BLOCO II - PERÍODO DAS REUNIÕES Com relação ao período das reuniões assinale o grau de concordância. AFIRMATIVAS 1 2 3 4 5 1. A duração das reuniões é aceitável. 2. A periodicidade das reuniões atende aos objetivos propostos.

    3. O dia da semana das reuniões é o mais adequado às minhas disponibilidades.

    BLOCO III - ASSUNTOS ABORDADOS Com relação aos assuntos abordados nas reuniões assinale o grau de concordância. AFIRMATIVAS 1 2 3 4 5 1. As instruções dos graus são claras, objetivas e suficientes.

    2. Os temas filosóficos são pertinentes e de profundidade adequados.

    3. As questões políticas são objetivas e pertinentes. 4. As questões sociais são pertinentes e adequadas. 5. Os assuntos abordados resultam em planos de aplicação prática.

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  • Outros blocos podem ser desenvolvidos conforme a necessidade de cada Loja, de forma que, a abordagem seja completa e nenhum aspecto relevante seja deixado para segundo plano. Completado o diagnóstico, resultante da pesquisa, o procedimento seguinte é buscar soluções para os problemas levantados. Várias ferramentas e métodos estão disponíveis; descrevê-las neste projeto, foge ao escopo do nosso trabalho.

    QUESTIONÁRIO - Parte II 01. Quais são os nossos principais pontos fortes? Como podemos fazer uso de nossas forças? 02. Quais são as nossas principais fraquezas? Que providencias devemos tomar para reduzi-las? 03. Quais são as nossas oportunidades futuras? O que podemos fazer para explorar essas oportunidades de forma efetiva? 04. Quais são as principais ameaças e riscos atuais e futuros? O que podemos fazer para reduzir as ameaças e riscos ou conter o seu impacto? 05. O que precisamos fazer para obter vitalidade e crescimento contínuos? São necessárias novas providências? Quais? Por que são necessárias? 06. Quais são as três tarefas mais importantes que se nos apresentam nos próximos 5 anos? Por que são importantes?

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  • Anexo III

    Tabulação dos Questionários - Parte I

    Tabela 1 FREQÜÊNCIAS Categoria Absoluta Relativa Ajustada Acumulada

    1 2 3 4 5

    NR TOTAL

    Onde: Categoria = representa a pontuação (1 a 5) atribuída a cada resposta.

    NR = não responderam Freqüência Absoluta = Quantidade de respostas em cada categoria Freqüência Relativa = Respostas na categoria x 100

    TOTAL Freqüência Ajustada = Respostas na categoria x 100

    TOTAL - NR

    Freqüência Acumulada = Somatório das freqüências ajustadas

    A tabela 1 possibilita a obtenção freqüencial do nível de satisfação ou insatisfação dos Irmãos da Loja com relação aos aspectos considerados nas questões formuladas na Pesquisa de Clima.

    A critério da Loja, pode-se, a partir da tabela, elaborar o gráfico Histograma para cada item do questionário. O Histograma permitirá a visualização das freqüências observadas.

    Para fins de análise, considerar o somatório das categorias 1 e 2 como insatisfeito e o somatório das categorias 4 e 5 como satisfeito, ficando as respostas da categoria 3 como neutro.

    Os resultados, após a tabulação e análise, constituem as providências necessárias que a Loja deve tomar no sentido de remover as causas que estão gerando insatisfação dos Irmãos do quadro.

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  • Anexo IV

    Tabulação do Questionário - Parte II A partir das respostas obtidas na parte II do questionário, sugerimos adotar a seguinte configuração no sentido de sintetizar as respostas:

    Quadro 1 Pontos fortes - ... (síntese da resposta) - ...

    Como usar nossas forças? - ... (síntese da resposta) - ...

    Pontos fracos -

    Providências para reduzir os pontos fracos -

    Oportunidades futuras -

    Como explorar oportunidades futuras? -

    Ameaças e riscos (atuais e futuros) -

    Como reduzir as ameaças e os riscos? -

    Como obter vitalidade e crescimento contínuos? -

    Justificativa -

    Tarefas importantes -

    Justificativa -

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Albrecht, Karl. Programando o futuro: o trem da linha norte. São Paulo: Makron

    Books, 1995. 2. Miranda, Roberto Lira. Qualidade total: rompendo as barreiras entre a teoria e a

    prática. São Paulo: Makron Books, 1995. 3. Quigley, Joseph V. Visão: como os líderes a desenvolvem, compartilham e

    mantêm. São Paulo: Makron Books, 1994.

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    Outubro - 19961. INTRODUÇÃOIrm. Anatoli Oliynik (Past Master)

    2. OBJETIVOS2.1- Objetivo Geral2.2- Objetivos Específicos

    3. CONCEITOS3.1- Visão3.1.1- Enunciado de Visão3.1.2- Exemplos de Visão:

    3.2- Missão3.2.1- Enunciado de missão3.2.2- Exemplos de Missão:

    3.3- Princípios (= crenças, credos ou valores)3.3.1- Exemplos de Princípios:

    3.4- Fatores-Chave de Sucesso3.4.1- Exemplos:

    3.5- Diretrizes estratégicas3.5.1- Exemplos de diretrizes estratégicas:3.5.2- Características a observar

    3.6- Objetivos estratégicos3.6.1- Exemplos de Objetivos:3.6.2- Características a observar

    3.7- Estratégias3.7.1- Exemplos de estratégias:3.7.2- Características a observar

    3.8- Metas3.8.1- Exemplos de Metas:

    4. MODELO PROPOSTO4.1- Plano Estratégico4.1.1 – Síntese dos Conceitos

    4.2- Roteiro Operacional

    5. DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO5.1- Definição da Visão5.1.1- Dicas5.1.2- Como proceder

    5.2- Definição da Missão5.3- Definição dos Princípios5.4- Fixação dos Fatores-Chave de Sucesso5.5- Definição das Diretrizes estratégicas5.6- Definição dos Objetivos estratégicos5.7- Definição das Estratégias5.8- Definição das Responsabilidades e Metas

    6. OUTRAS PROVIDÊNCIAS6.1- Pesquisa6.1.1- Justificativa6.1.2- Objetivo geral da pesquisa6.1.3- Objetivos específicos da pesquisa6.1.4- Metodologia6.1.5- Análise dos resultados6.1.6- Resultado final6.1.7- Modelo do Questionário

    6.2- Análise dos resultados da pesquisa6.2.1- Questionário - Parte I6.2.2- Questionário - Parte II

    7. CONCLUSÃOANEXO ICARTA DE ENCAMINHAMENTO DO QUESTIONÁRIO

    ANEXO IIQUESTIONÁRIO - Parte IQUESTIONÁRIO - Parte II

    Anexo IIITabulação dos Questionários - Parte I

    Anexo IVTabulação do Questionário - Parte II

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS