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UNIMES
UNIMESMESTRADO PROFISSIONAL PRÁTICAS DOCENTES NO ENSINO
FUNDAMENTAL
O ENSINO DE GRAMÁTICA NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA CRÍTICA E TRANSFORMADORA
Disciplina: Escola, Ensino, Fundamental e
Práticas Docentes
Professores: Prof. Dr. Gerson Tenório dos
Santos e Profª Ms. Maria Candelária Volponi
de Moraes
Aluno: Diego Souza dos Santos
SANTOS
1º SEMESTRE DE 2018
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O ENSINO DE GRAMÁTICA NA ESCOLA: UMA PERSPECTIVA CRÍTICA E TRANSFORMADORA
Diego S. dos SantosUniversidade Metropolitana de Santos – UNIMES
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma síntese, já que não tem a intenção, tampouco a dimensão, de esgotar todas as reflexões sobre assunto, de como o ensino da gramática é realizado nas escolas, em específico no recorte da prática pedagógica com alunos de 6º e 7º anos do ensino fundamental, desenvolvida na escola Monte Cabrão, localizada na área continental no município de Santos e de como esse fazer docente foi transformado. Para tanto, utilizarei uma abordagem metodológica de caráter qualitativo, interpretando aspectos da realidade educacional e trarei à luz as ideias de alguns pensadores, que embora não tenham focalizado o tema gramatical, contribuíram para que todas as facetas do ensino fossem repensadas e, sobretudo, ideologicamente desopacizadas. Em razão disso, concretizou-se, em minha prática, o processo de efetivar um ensino transformador com a gramática na escola, que antes liberte que acentue a marginalidade e o silenciamento dos indivíduos.
Palavras-chave: Gramática; escola; ensino; transformação.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende discutir o ensino da gramática na escola numa
perspectiva crítica, partindo de uma instituição específica, não para traçar estereótipos que
generalizem esse ensino, mas para refletir acerca do pensamento e ação de professores e
alunos envolvidos, cotidianamente, com práticas de linguagem, tecendo um percurso de
investigação interpretativa relacionado ao meu fazer docente.
Para pautar essa discussão na realidade viva da sala de aula, busquei na minha própria
prática docente os elementos de análise, para, a partir desse ponto - mas sem se limitar nele -
problematizar técnicas cristalizadas no cotidiano escolar, como a repetição mecânica de
exercícios e ênfase na nomenclatura e a classificação de frases soltas; pontos exclusivamente
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marcados pela memorização e que de nada contribuem para o desenvolvimento de habilidades
linguísticas e discursivas.
Para que essas nuances do ensino da gramática se tornassem um território de
contestação e emergisse o questionamento necessário, trouxe à luz os seguintes autores:
Paulo Freire, Henry Giroux, Dermeval Saviani, José Libâneo, J. Ginemeno Sacristán e A.I.
Pérez Gómez que trazem em suas obras contribuições essenciais para o desvelamento da
realidade educacional, permitindo que fosse possível o enfrentamento de questões essenciais
para fazer da aula de Língua Portuguesa em momento de encontro e interação.
Essa pesquisa está pautada em uma abordagem de caráter qualitativo, objetivando
compreender como é realizado o trabalho com o ensino da língua materna, na escola, numa
perspectiva transformadora, criticizando aspectos do ensino tradicional da gramática
normativa, que preconiza sua superioridade em relação às outras modalidades.
2. Mais dramática que gramática: o imprinting1 do tempo escolar
Nota zero ao professor que não consegue se pôr no lugar de seu aluno, não faz pontes com
seu tempo de escola e não tem a empatia pedagógica, tão necessária à profissão, de se colocar
na posição de discípulo. Eu, incessantemente, realizo esse exercício em minhas aulas, pois
realmente acredito ser um bom termômetro para me auxiliar nessa busca pelo que seja uma
aprendizagem significativa.
Estudei em uma escola pública do Município de Santos. As aulas de Língua Portuguesa
que tive não eram muito diferentes, infelizmente, da maioria das aulas de hoje: definição,
classificação e exercitação; uma receita ideal para que o estudante odeie sua língua materna.
Lembro-me, com certo constrangimento, do olhar de reprovação de minha professora, quando
via que não entrava em minha cabeça aquela extensa análise morfossintática. Tenho certeza
de que ela tinha a plena convicção de que aquilo iria me ajudar a ser um bom cidadão, pois foi
dessa forma que ela também aprendeu.
Aquelas aulas me aturdiam, eu não via adjuntos adnominais quando fazia o caminho para
escola, via pessoas, animais, carros. Na sala de aula eles eram os protagonistas, eu apenas um 1 Cf. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Termo da língua inglesa com o sentido de marca, cunho, utilizado pelo autor para designar como o professor reproduz o que aprendeu.
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mero figurante. Na hora da composição, o medo tomava conta de todos, será que
conseguiríamos lembrar tantas regras essenciais à língua, como nossos professores nos
ensinavam, às vezes, era melhor não escrever nada, do que cair no ridículo do esquecimento.
Pelo menos esse era o meu pensamento, não sabia que aquele menino tímido que não
distinguia o objeto direto do indireto iria se tornar professor, e logo de português...
Na verdade, o que sempre me atraiu foi a literatura, antes mesmo que eu conhecesse essa
palavra. O poema para mim era um brinquedo, gostava de recitá-lo em voz alta e tentava
memorizar seus versos. Doía-me quando o via na mesa de cirurgia da aula de gramática.
“Sublinhem os pronomes e classifiquem em pessoais do caso reto e oblíquo”, ordenava nosso
mestre. Era como dissecar o cadáver de um ente querido, o verso se transformava apenas em
uma linha e o poema, já sem o viço, era só mais um texto que a escola matou.
Hoje penso nos motivos que levam a escola a fazer isso. Será que a gramática, com toda
sua pompa e prestígio, tirará de vez o gosto de um bom texto literário? Fala-se tanto em
formação de leitores, mas o que a escola faz, sem saber que faz, é extirpar do aluno o desejo
de adentrar em uma história, de fruir a língua.
É fazendo esse flashback que a necessidade de refazimento do ensino da gramática se faz
premente, apesar de termos documentos que nos orientam, o que já virou um lugar comum, “a
gramática em função do texto”, em nossa sala de aula isso pouco se traduz em algo relevante,
esse imprinting dos tempos de escola acaba por constituir profissionais que, alienados em
métodos arcaicos que não ousam questiona, reproduzem o sistema de desumanização em que
foram ensinados.
2.1- A gramática empacotada da escola
Desde nossa formação inicial até as idealizações feitas pela mídia, acostumamo-nos
com um ensino domesticador da língua, pautado, sobretudo, na memorização de
nomenclaturas e regras, em análises de frases soltas e o texto (quando, realmente, aparece) é
colocado como um pretexto para o estudo da gramática.
O fato é que, sabidamente, esse ensino não consolidou o surgimento de leitores
críticos na sociedade, tampouco propiciou condições de se formarem produtores médios (ao
menos) de textos, ao contrário, o que se vê são pessoas que, apesar de passarem pelos bancos
escolares, não desenvolveram sua competência linguística, comunicativa e discursiva.
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A tradição gramatical está tão arraigada ao trabalho docente que é quase uma heresia
questionar seus métodos nos meios escolares. Pais que defendem a “unhas e dentes” a
efetivação de um caderno repleto de exercícios gramaticais, livros didáticos que segregam o
ensino da gramática e do texto e docentes que reproduzem, o mais fielmente possível, as
imposições de currículos que não foram convidados a construir, muitas vezes, inconscientes
de qual metodologia adotam em suas aulas.
A esse respeito Giroux (1997, p.159) nos faz pensar que “Em vez de aprenderem a
refletir sobre os princípios que estruturam a vida e prática em sala de aula, os futuros
professores aprendem metodologias que parecem negar a própria necessidade de pensamento
crítico”. Certamente se, em nossa formação, pudéssemos refletir sobre as metodologias
vigentes, confrontá-las, contestá-las, em vez de apenas conhecer e adotar modelos prontos,
muito do que fazemos seria revisto e reformulado.
Vejo que o grande x da questão não é ensinar ou não a gramática, mas como ensinar
essa gramática. O ensino tradicional que a escola reproduz propõe que esse conjunto de regras
seja memorizado e, como ocorre com um antibiótico, isso sanaria nossa doença linguística,
passaríamos a escrever de forma exemplar, como se a criatividade e o conhecimento de
mundo fossem só detalhes, e a interpretar textos complexos, longos e cheio de implícitos.
Esse modelo oferece o estudo da língua como um produto pronto a ser consumido, ou
como um pacote que pode ser levado, sem a consciência de seu conteúdo. Ora, é muito
conveniente aos que elaboram os currículos que os conteúdos sejam fatiados. De um lado,
facilitam seu controle, de outro fazem com que a consciência do todo seja suprimida. De
acordo com Giroux
O método e objetivo de tais pacotes é legitimar o que chamo de pedagogias de gerenciamento. Isto é, o conhecimento é subdividido em partes diferentes, padronizado para serem mais facilmente gerenciados e consumidos, e medidos através de formas de avaliação predeterminadas.
Como podemos observar essa padronização, com o intuito claro do controle, produz
estereótipos. Aos que não se encaixam nesses modelos de prestígio estão marginalizados. Em
outras palavras, a gramática que deveria auxiliar o aluno a estruturar seu discurso e
compreender os diferentes tipos de textos que circulam socialmente, muitos de caráter
persuasivo, acaba reforçando a exclusão e o emudecimento social.
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3- Tecendo os fios de um ensino crítico
Aqui quero fazer um elo entre o aluno que fui e o professor que sou, sobretudo para
salientar a importância dessa discussão. A aula de língua portuguesa deve ser um espaço
privilegiado de interação e linguagem. A reprodução deve dar lugar ao questionamento, senão
estaremos fazendo da gramática mais um mecanismo de aceitação. Gomes (1979, p.19) nos
faz compreender que
Dessa forma, os alunos/as, assimilando os conteúdos explícitos do currículo e interiorizando as mensagens dos processos de comunicação que se ativam na aula, vão configurando um corpo de ideias e representações subjetivas, conforme as exigências do status quo, a aceitação da ordem real como inevitável, natural e conveniente.
Demorei para, de fato, absorver essa questão, também acreditei na fábula do bom
professor, classe quieta e conteúdo na lousa. Por muitos anos, aceitei que a gramática era um
pacote que precisava ser entregue a meus alunos, não me orgulho disso, mas foi o que fiz. Caí
na cilada da aula pronta, hoje vejo como errei e tudo que podia ter feito naquelas muitas
horas, em vez de sobrecarregar estudantes com nomenclaturas e listas de exercícios que de
nada os auxiliaram em seus caminhos de aprendizado.
Se nos propusermos a traçar uma linha do tempo desse ensino de gramática na escola,
veremos um espelho da própria educação escolar, com todas suas nuances e contradições. De
um lado temos um grupo conservador, que acredita, verdadeiramente, ser esse um fator
fundamental de preparação para o genuíno mundo linguístico, de outro temos uma corrente
que aponta ser esse mesmo ensino, do jeito e nos moldes em que há muito é realizado, mais
um mecanismo em que se reforce a supremacia do saber da classe dominante e a
desvalorização simbólica de outros grupos culturais.
Desse embate dualista que surge a análise em questão, reconhecendo as forças
atuantes na sociedade, e não perdendo de vista, ao contrário legitimando, o poder dessa
ferramenta tão importante que é a língua para o corpo social. Não obstante, sabendo-me
conhecedor que essa mesma língua pode sinalizar, em seu viés estrutural ideológico,
instrumento de perpetuação de desigualdades e substanciar o preconceito,
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Diante da exigência de clarear as nuances do ensino da gramática, nas aulas de Língua
Portuguesa, no Ensino Fundamental e partindo da unidade escolar Monte Cabrão2, localizada
na área continental do município de Santos é que busquei a relevância para concretização do
presente paper. Relevância que surge da premência de quebrar paradigmas sociais em relação
ao tema e de trazer à luz essa discussão, ora partindo da visão de autores que se debruçaram
sobre o assunto para estabelecer uma relação dialógica, ora preenchendo o vácuo deixado nas
reflexões anteriores, enriquecendo o debate com a racionalidade e a disposição de quem está
na linha de frente dessa batalha por um ensino que promova essa ruptura. O excerto a seguir
promove essa reflexão:
Portanto, pode-se afirmar que na escola, como em qualquer outra instituição social marcada por contradições e interesses em confronto, existem espaços de relativa autonomia que podem ser utilizados para desequilibrar a evidente tendência à reprodução conservadora do status quo. (GOMES, )
Quando, realmente, enxerguei essas contradições, tão presentes na escola, pude
compreender como aquele ensino que eu propunha, tão enraizado em um saber,
exclusivamente escolar, sem ligação alguma com a realidade social dos envolvidos, pude
assumir meu compromisso como profissional. Segundo Freire (1979, p.9) “O compromisso,
próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas “águas” os
homens verdadeiramente comprometidos ficam “molhados”, ensopados”.
Assumindo esse compromisso que me foi possível e inadiável mudar minha prática,
abandonar métodos sabidamente ineficazes, desconstruir meu modus de apreender a realidade
e, consequentemente, humanizar o ensino que partilhava, ressignificando as aulas de língua
portuguesa. Essa urdidura se deu de natureza prolongada e suave, vivenciando aquela
transformação na rotina da sala de aula, com constantes enfrentamentos ao novo e frequentes
conflitos ao que sempre foi tido como imutável.
Tecer esses fios para alinhavar uma aula em que a gramática existisse em função da
compreensão e da produção de textos orais e escritos, pois toda atuação verbal se dá por meio
de textos, tenha a função ou a extensão que tiverem (ANTUNES, 2009).
Aquelas longas horas dedicadas à memorização de nomenclatura, foram direcionadas
a “cerzir” histórias, que eram, constantemente, “remendadas” para que tivessem vida própria,
2 Rodovia Piaçaguera/Guarujá, Km33 – Monte Cabrão. Atendimento: Educação Infantil - Berçário I e II, Maternal I e II, Jardim e Pré-Escola. Ensino Fundamental - 1º ao 9º ano - EJA Digital (Ciclo II).
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justamente por que refletiam a criatividade de seus autores. Ali, na prática textual, as ideias
obscuras da gramática faziam sentido, ganhavam forma e entendimento. Os substantivos
estavam ali: nas praças, nas ruas, nas pessoas e sentimentos. Não importava muito
classificações, no geral, classificações empobrecem o entendimento, porque o colocam em
compartimentos separados.
É preciso ao professor ter a fé de uma bordadeira que acredita e trabalha para que o
tecido, dialeticamente, se transforme em arte. Necessário é refletir que o ensino, ou a aula em
si, é também arte, que transforma e humaniza. De acordo com Giroux, (1997, p. 163)
A reflexão e ação críticas tornam-se parte do projeto social fundamental de ajudar os estudantes a desenvolverem uma fé profunda e duradoura na luta para superar injustiças econômicas, políticas e sociais, e humanizarem-se ainda mais como parte dessa luta.
Entendi, então, que apresentando a língua como ferramenta de transformação social,
admitindo minha função de profissional transformador, podia fazer que meus alunos
enxergassem o que estava encoberto por tantos disparates relacionados ao estudo da
gramática, desvelando, assim, um território de conflitos para, sobretudo, conectar esse
conhecimento à realidade social.
4- A língua e os nós que nos unem
É importante salientar que a questão que se busca responder está relacionada a “como
fazer do ensino da gramática uma ferramenta no desenvolvimento da competência
linguístico-discursiva dos estudantes?” Um problema que aflige a professores, pais e aos
próprios estudantes, pois, imersos em um ambiente de incertezas, todos se apoiam em
estereótipos para responder aos anseios de quais realmente sejam os objetivos da aula de
português.
Segundo Antunes (2009, p. 122)
Em vários momentos da presente reflexão, tenho expressado o que constitui a meta, a finalidade, o objetivo último da aula de português: ampliação da competência comunicativa do aluno para falar, ouvir, ler e escrever textos fluentes, adequados e socialmente relevantes. Tenho observado ainda como, em vista de tal prioridade, deixa de ter primazia o estudo de frases soltas, descontextualizadas e artificiais, criadas com o fim, apenas, de fazer o aluno reconhecer as unidades gramaticais, suas nomenclaturas e classificações.
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A questão se aprofunda, ainda mais, se problematizarmos também o fato a ser
considerado “o que é ensinar português?” Ensinar português é ensinar regras? É preparar o
aluno a classificar palavras? É fazer com que o aluno reconheça que erros ortográficos são
sinais de falta de inteligência? Ou ainda é dar a entender que o texto literário existe,
sobretudo, para ser analisado gramaticalmente, esvaziado de seus sentidos?
Pressupor que apenas a formação docente é responsável por esse quadro, seria uma
forma de minimizar a questão e empobrecer o debate, por outro lado, a formação é vista
como elemento chave desse processo. Para que nós, professores, pudéssemos enxergar e
contestar os mecanismos e intenções que compõem a escolha de conteúdos, por exemplo,
seria necessário uma formação que instigasse esse processo emancipatório, daí a necessidade
de uma formação para a consciência. “Para isso educá-los como intelectuais críticos capazes
de ratificar e praticar o exercício da liberdade e da democracia. (PIMENTA, 1999, p.31)
Já para Antunes (2008), resumir a discussão apenas ao viés neomarxista, em que a
gramática seria um instrumento de silenciamento de uns (oprimidos) em favor de outros
(opressores), partindo do pressuposto “já que eu não falo certo, melhor me calar”3 apesar de
carregar um alto teor de realidade, não sintetiza toda demanda relacionada ao tema.
Como se pode observar, em algumas indagações levantadas, a partir do problema
central da questão, é urgente enxergarmos essa realidade sem distorções, antes construindo
que prescrevendo métodos, antes refletindo que reproduzindo, aceitando o enfrentamento da
busca de se pensar em um ensino em que a gramática permita, ao invés de proibir, a
identificação do outro e o resgate de sentido. Para Libâneo (1985) esses conteúdos, a exemplo
dos exercícios descontextualizadas de gramática, são separados da experiência do aluno e das
realidades sociais, o que faz com que sejam instrumentos que reforçam a exclusão.
Ainda segundo o autor supracitado:
A aprendizagem, assim é receptiva e mecânica, para que se recorre frequentemente à coação. A retenção do material ensinado é garantida pela repetição de exercícios sistemáticos e recapitulação da matéria. À transferência da aprendizagem depende do treino; é indispensável a retenção, a fim de que o aluno possa responder às situações novas de forma semelhante às respostas dadas em situações anteriores. (LIBÂNEO, 1985, p.10)
3 A frase não aparece ipsis litteris na obra da autora, é uma síntese pessoal do resultado causado pelo processo de inculcamento do ensino descontextualizado da gramática normativa.
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5. Considerações Finais
Texto ..........
Deverá ter no máximo 250 palavras e anunciar brevemente os resultados a que a
pesquisa conduziu. Poderá também anunciar perspectivas futuras a partir dos resultados
obtidos.
6. Referências
Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que
permite sua identificação individual. Devem ser apresentados ao final do trabalho, em ordem
alfabética pelo sobrenome do autor, em espaço simples, alinhadas apenas à esquerda,
separadas por uma linha de espaço 1,5 seguindo as normas da ABNT NBR 6023/2002.
Na realidade, a decisão de romper com imposições curriculares, muitas vezes com sabida ineficiência, só é possível, e urgente, na ação-reflexão permeada sempre da sensibilidade, e desse processo nasce o desejo de efetivar um trabalho transformador com a linguagem, que antes liberte que acentue a marginalidade dos indivíduos.
REFERÊNCIAS
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1. FREIRE, Paulo. O compromisso do profissional com a sociedade. In: _____.
Educação e Mudança. São Paulo. Paz e Terra, 2007.
2. GIROUX, Henry A. Professores como intelectuais transformadores (cap. 9). In:
_____. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da
aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
3. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia Campinas: Autores Associados, 2008.
4. SACRISTÁN, J. Gimeno e GÓMEZ A. L. Pérez. Compreender e Transformar o
Ensino. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.
5. LIBANEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social
dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
A extensão do paper deve ser entre 5 a 8, incluindo resumo, palavras-chave, figuras,
tabelas, referências. O título deve ser escrito em letras maiúsculas, centralizado, tamanho
12pt, sem a formatação itálica. As seções (no máximo 4 devem ser numeradas
sequencialmente a partir da Introdução, com tamanho 12pt, e formatação em negrito.
Formatação geral
Formato.docx (Microsoft Word).
Devem ser obedecidas as seguintes margens, partindo-se de folha de tamanho A4:
superior 2,6 cm; inferior 2,5 cm; lateral esquerda 3 cm e lateral direita 2 cm.
Fonte: Times New Roman, tamanho 12.
Parágrafo: a primeira linha de cada parágrafo deve ser recuada em 1,25 cm.
Alinhamento justificado.
Espaçamento entre linhas de 1,5 cm. Entre parágrafos: 12 pontos antes e 12
pontos depois.
Ênfase: usar apenas itálico (não sublinhar, nem negritar).
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Notas de rodapé4: para incluir notas de rodapé, em caso de serem indispensáveis,
utilize a ferramenta do Word.
Figuras, gráficos, quadros e tabelas devem estar dentro do corpo do texto, possuir
legenda centralizada (tamanho 10). O título da tabela e quadro os precede, já o
título do gráfico e/ou figura vem depois conforme normas da ABNT NBR 6029.
As tabelas devem apresentar uniformidade gráfica: tipos de letras e números, uso
de maiúscula e minúscula. Além disso, preferencialmente, as tabelas devem ser
apresentadas em uma única página.
4 Notas de rodapé ficam com letra Times, tamanho 10pt, espaçamento simples, justificado e com filete à esquerda.
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