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    Copyright Rozekruis Pers, Haarlem, Holanda

    T :De grote omwenteling

    T Die grosse Umwlzung

    . edio corrigida e revisada pela edio holandesa de

    LR

    E I R

    Sede InternacionalBakenessergrat -, Haarlem, Holanda

    www.rozenkruis.nl

    Sede no BrasilRua Sebastio Carneiro, , So Paulo, SP

    www.rozacruzaurea.org.br

    Sede em Portugal

    Travessa das Pedras Negras, , ., Lisboa, Portugalwww.rosacruzlectorium.org

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao ()(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Rijenborgh, J. van, .A grande revoluo / J. van Rijenborgh e Catharose de Petri ; [traduo :Lectorium Rosicrucianum]. . ed. Jarinu, SP : Lectorium Rosicrucianum, .

    Ttulo original: De grote omwenteling: ----

    . Atmosfera . Condies de vida . Gnosticismo . Krishna. Mistrio . Pistis Sophia . Rosacrucianismo . Terra (Planeta)I. Petri, Catharose de. II. Ttulo.

    - -.

    ndices para catlogo sistemtico:

    . Revoluo atmosfrica : Literatura esotrica : Rosacrucianismo .

    Todos os direitos desta edio reservados ao

    LR

    Caixa Postal .- Jarinu SP BrasilTel. () . () .

    [email protected]

    http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozenkruis.nl/
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    Prefcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A revoluo atmosfrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os vus entre a vida e a morte . . . . . . . . . . . . . . . Uma viagem ao inferno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uma viagem ao cu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A luta pelo Polo Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A libertao do homem celeste . . . . . . . . . . . . . . .

    Os mistrios de Krishna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gnsticos e rosa-cruzes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Pistis Sophia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O segredo da endura* . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A libertao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os trs candelabros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contemplao Percepo Vivncia . . . . . . . . .

    O manto de pelos de camelo . . . . . . . . . . . . . . . . . As causas das doenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fragmentos da Pistis Sophia . . . . . . . . . . . . . . . . . E o Verbo se fez carne . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Passagem de ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Biograa dos autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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    Deve ser do conhecimento dos leitores que a Escola* Espiritualda Rosacruz hvriosanosaponta incessantemente paraumaampla revoluomundial queestem plenocurso, cujo processovemaumentando em fora e influncia e que ir alterar radicalmenteascondiesdevidaaqui na Terra. ParaaEscoladaRosacruz, emaproximadamente seiscentos ou setecentos anos, essa mudana

    dramtica tornar a vida em nossa esfera terrestre totalmenteimpossvel nas condies que hoje concebemos como naturais.Gradualmente, a atmosfera terrestre experimenta uma mu

    dana fundamental em sua composio, de acordo com umainteno divina de profundo signicado. Se o homem no souber adaptar-se s novas condies, fsica, psquica e espiritualmente, ele sucumbirpor falta d e ar. Uma sriedenovas doenas

    orgnicas, como por exemplo as cardiovasculares, as do metabolismo como um todo, principalmente da substncia cerebral,e das diversas funes dos rgos sensoriais deixaro perplexosnossos mdicos, e a ocorrncia de formas de vida orgnica extremamente estranhas em todos os reinos da natureza colocaronossos cientistas diante de muitos enigmas.

    No penseis que contamos com a aprovao da cincia em

    nossa investigao esotrica sobre a grande revoluo. Muitos

    Palavras seguidas por um asterisco aparecem no Glossrio, que se inicia na

    pg. .

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    pesquisadores que podem ser considerados srios nessa rea noobtiveram reconhecimento por seu trabalho, pelo contrrio: osresultados signicativos que alcanaram despertaram apenas escrnio e ironia. A histria mundial est repleta de casos comoesses.

    Contudo, se nos referimos a esses processos que necessariamente deveriam ser divulgados, isso acontece exclusivamentepara informar os alunos de nossa Escola, os que nos so prximos espiritualmente e tambm pessoas interessadas sobre oandamento de nossas pesquisas, e estimul-los a uma atividadepessoal que corresponda s exigncias da revoluo atmosfrica,csmica e espiritual que vem avanando.

    Que por meio deste livro possamos atingir nosso propsito,que levar o maior nmero possvel de pessoas, em seu prpriointeresse, deciso de trilhar a senda para um novo campo de

    vida.O

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    A atmosfera de nossa velha me Terra de composio extremamente complexa. Alm dos gases mais conhecidos, como oxignio, nitrognio, gs carbnico e hidrognio, nela tambm estopresentesosgasesnobreseseuscompostos. Alm disso, em nossaatmosfera penetram radiaes csmicas e interplanetrias bem

    como diversas foras espirituais. Sem exagero, pode-se dizer quenela todas as foras naturais, csmicas e espirituais se defrontam. Todas essas foras, vibraes e gases misturam-se entre si,como se estivessem numa gigantesca coqueteleira, impondo-nossempre uma atmosfera de vida diferente. Assim como as influncias do Sol e da Lua fazem subir e descer, periodicamente e comfora irresistvel, as colossais massas de gua dos mares e dos ocea

    nos, assim tambm outras influncias ocasionam regularmente osurgimento de poderosos movimentos na substncia atmosfrica.Seria grande erro supor que a atmosfera que respirvamos dez

    anos atrs tinha a mesma composio que a atual. Aps umareflexo, somos levados a concluir que uma atmosfera preparadade determinada maneira exerce forte influncia sobre todo ocomportamento natural, moral e espiritual da humanidade, bem

    como sobre os outros reinos da natureza.Alguns exemplos simples servem de esclarecimento. Determinadas substncias gasosas, que respiramos de forma conscienteou no, podem arruinar nosso corpo, a curto ou longo prazo,

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    bem como excitar nosso sistema nervoso, influenciar fortementenosso comportamento moral e alterar nossa atitude espiritual.Pensemos,por exemplo, noscamposde respirao articialmentepreparados e mantidos por algumas igrejas, mediante a aplicaode incenso. Tambm nos referimos a diferentes tipos de atmosfera,pesada, agradvel, funestaouelevada, isto , aumaatmosferaque exera uma influncia imediata e reconhecvel sobre nossocorpo e nossa atividade espiritual. Quem j no teve a sensao:Em tal atmosfera no posso viver?

    O homem moderno conhece pouqussimo sobre essas influncias. Tanto a atmosfera geral como a pessoal so influenciadasde dois modos distintos: de cima e de baixo, isto , por fatoresexteriores e pela prpria conduta humana.

    Todo ser humano prepara o prprio campo* de respiraoespiritual, de acordo com seu estado de ser. Existe uma interde

    pendncia: foras de fora so atradas, ou ento as foras criamcondies cujos resultados se fazem perceptveis na prpria vida.Assim, os efeitosda revoluo atmosfrica, quesemanifestamnainquietao to peculiar em nossos dias, esto em completa harmonia com o estado de ser da humanidade. Toda a humanidade responsvel por isso. a conrmao histrica consequente.

    Nesse contexto, devemos lembrar as palavras do Evangelho

    que anunciam a volta de Cristo nas nuvens do cu e que todoso vero. Muitas pessoas tidas como esclarecidas no sabem bemo que pensar disso e acabam considerando tais palavras uma exacerbao mstica. No entanto, quem examin-las do ponto devista esotrico-cientco, descobrir que todas as foras da Hierarquia* de Cristo, tanto as naturais como as espirituais, vo a seuencontro na atmosfera, literalmente nas nuvens do cu. Todo

    ser humano confrontado com essas foras em seu sistema* devida.Por isso, julgamos absolutamente necessrio que o homem mo

    derno se pergunte: Quais as foras que movem presentemente

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    nossa atmosfera? O que acontece? Como devo reagir? No hcomo escapar de uma reao, pois ela necessria! Caso o ser humano no reaja voluntariamente, ser forado a faz-lo. Eis porque dito: Cristo vem para uma ressurreio ou para uma queda. Essas palavras devem ser compreendidas com objetividadecientca e sem o acompanhamento msticoque frequentementeencobre a realidade. Conhecimentos esotricos empricos revelam que as foras atmosfricas levam o homem a uma crise fsica,moral e espiritual que dever culminar numa ruptura radical,num asxiar-se nas crescentes tenses atmosfricas.

    Sob a influncia de todas essas tenses, dessa inquietao nasnuvens do cu, muitas coisas deste mundo apressam-se rumoa seu m. Uma tendncia para a aniquilao reina em nossa atmosfera. Quanto a isso, inmeras provas sintomticas vm conscincia* humana. Tomemos,por exemplo, o grandenmero

    de graves catstrofes areas ocorridas durante e ,

    eoutras que ocorreram posteriormente em perodos mais curtos.Naquela poca, a opinio pblica estava convencida de que a

    aviao basicamente teria atingido sua perfeio tcnica; a seguranaoperacional estaria claramentecomprovadaeas tripulaes,sob todos os aspectos, estariam altura de suas atribuies. Defato, ns tambm somos de opinio que, a esse respeito, no

    cabe fazer nenhuma recriminao s companhias areas, mesmoque uma empresa pudesse predominar sobre as demais quanto pontualidade e conabilidade.

    O que se passava no espao areo naqueles perodos mencionados nada tem a ver com perfeio tcnica, com segurana de vooou com a capacidade da tripulao. Trata-se aqui de um podersuperior, de uma atuao da revoluo atmosfrica.

    Aps pesquisa esotrica, temos a certeza de que todos os acidentes foram ocasionados por concentraes de gases nobres que

    A primeira edio da presente obra foi publicada em (..).

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    surgem agora com mais frequncia do que antes em nossa atmosfera. Essas concentraesdegasesnobres causamnospilotos, emvirtude de suas intensidades incomuns, perda momentnea daconscincia, que pode durar de um a dois segundos, ou perturbaes nas funes dos rgos sensoriais, igualmente de curtadurao. A sensibilidade de um piloto pode ser menor do quea de outro e, no que diz respeito a isso, os estados espiritual ebiolgico desempenham um papel importante. O certo que, seas mencionadas condies atmosfricas perdurassem, a aviaono teria como continuar funcionando.

    As concentraes de gases nobres so, contudo, fenmenospassageiros da revoluo atmosfrica. Elas se diluram e formaram novas composies, ajudando a preparar nossa atmosferapara determinado propsito. Por isso, as catstrofes areas emsucesses to rpidas e dramticas pertencem ao passado. Em

    compensao, vrios outros fenmenos estranhos atrairo a ateno da humanidade admirada e atnita. Assim, desapareceromuitos vus naturais entre o Aqum e o Alm, devido forteatuao do gs nobre B. Desse modo, muitas coisas at agoraocultas sero reveladas.

    Muitos gases nobres possuem grande capacidade de penetrao, quandoseencontramnumaatmosfera correspondente, carre

    gadaeletromagneticamentededeterminadavibrao. Ascabinesmetlicas hermticas no constituem obstculo intransponvelpara esses gases.

    A ateno dever voltar-se sobretudo para o gs nobre A, quej h vrios anos vem exercendo influncia cada vez maior navida dos seres humanos. Quando o gs A surge em determinado

    Evitamos intencionalmente a indicao de detalhes cientcos, pois a experi

    ncia nos tem ensinado que, por causa disso, o essencial, ou seja, a revoluo

    atmosfrica e seu profundo signicado, pode passar despercebido (..).

    Nomenclatura esotrica.

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    estado, ocasiona momentos de perda de conscincia, funcionamento anormal dos rgos sensoriais, amortizando suas percepes. Ele provocaperturbaesna respirao e acausademuitasenfermidades cardacas.

    Quando um piloto mantm seu avio em curso tranquilo,pouco ou quase nada sentir das rpidas e passageiras reaescorporais aos gases nobres. Entretanto, sob circunstncias difceis, em neblina, em tempestade e nas manobras de aterrissagem, elas podem ser altamente perigosas, conforme os fatos tmdemonstrado.

    Alm do mais, no se deve esquecer que metais e pedras estosubmetidos a um desgaste muito mais acelerado do que antigamente. Asconcentraes atmosfricasatuaispossuem fortepoderoxidante e destruidor. Atualmente, os raios csmicos ultravioletas, com sua ao demolidora, aliados s concentraes de gases

    nobres,provocamo mdemuitascoisas que, at agora,pareciamresistir ao do tempo. Esses raios tambm so responsveispelas perturbaes nos motores e instrumentos.

    A doena que se abateu sobre Notre-Dame, a bela catedral gticadeParis, , nessesentido, muito reveladora. Osmuros,pedrase esculturas de Notre-Dame como tambm de outras grandesigrejaseconstrues francesas foram atacadospela doenadas

    pedras, um rpido processodedesintegrao. Grandesblocosdepedra caem esfarelados e podres. Tudo o que se tenta fazer noconsegue deter esse processo doentio. Mesmo as pedras novasutilizadas nas restauraes sofrem rapidamente o mesmo destino.Se no forem encontrados meios ecazes de defesa, o m dessasobras, que tm desaado os sculos, estar selado.

    Por que justamente tantas igrejas francesas tornam-se vtimas

    dessa epidemia? A causa est no fato de que, justamente sobre aFrana, acumulam-se constelaes atmosfricas muito especiais,relacionadas com acontecimentos vindouros na Europa. QuantoaNotre-Dame, pode-se apontar outra causa que mostra, sob uma

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    luz muito especial, as novas influncias csmicas. Notre-Dame uma construo manica. Isso no quer dizer que essa catedralgtica tenha sido erigida por maons em ligao com uma escolaespiritual. Seus construtores foram, isso sim, alguns dignitrioseclesisticos que se dedicavam magia, a m de aumentar seu poder sobre o p ovo, almdoquej era possvel mediante a s prticascomuns da Igreja.

    Notre-Dame foi construdapor um arcebispoque tambm praticavaoocultismoaservio da Igreja. ele o responsvel,peranteo povo francs, pelas trs rosceas com elevado poder mgico,localizadas nas duas naves e na galeria acima do rgo. Essas trsrosceas atuam em conjunto sobre os trs santurios dos corposdos frequentadores. Observadascomaviso etrica, elas giram claramentecomoosponteirosdo relgio, da esquerdapara a direita.Essas influncias ocasionam uma poderosa ligao do pblico

    com o campo de fora da Igreja. Mas com isso, expem toda aconstruo, comauxliodaqual essas influnciassurgiram, aumaesfera de radiao que a torna suscetvel ao demolidora daradiao ultravioleta.

    Julgamos conveniente fazer essa exposio sobre catstrofes areas, por um lado, e a doena das pedras, por outro, a ttulo de

    introduo ao que abordaremos nos prximos captulos, paraestimular-vos a uma reflexo mais profunda sobre a revoluoatmosfrica que se expande de maneira to poderosa em nossosdias.

    Todos os reinos da natureza so afetados pela comoo nasnuvensdocu.NaEscolaEspiritual,estaatividadetornaoalunocompletamente lcido. Ela o estimula a uma investigao sria,

    impele-o a um tipo de vida que reage tendncia destruidorae liga-o com as foras santicadoras e construtoras do renascimento estrutural que querem conduzi-lo a um novo mundo.Acontecimentos dramticos se desenrolam na histria mundial,

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    em virtude da revoluo atmosfrica; um quadro dramtico, noqual as catstrofes areas e o esfacelamento de monumentos culturais no passam de efeitos colaterais.

    Entre outras coisas, as foras atmosfricas iro desempenharuma atividade intensamente demolidora nos corpos de todosos seres humanos que se agarrarem com obstinao naturezaterrena. Elas influenciam em especial a secreo endcrina, eassim nossos mdicos enfrentaro uma misso difcil. Algunsexemplos podem elucidar esse aspecto.

    A funo das suprarrenais, que at agora exerciam influncialenitiva e calmante sobre as emoes humanas, ser seriamenteperturbada. Isso far, por exemplo, que o nmero de diabticosaumente fortemente. A reduod a atividadedobao ser responsvel pelo aumento de vrios tipos de anemia. Uma alterao nofuncionamento do timo ter como consequncia o aumento da

    mortalidade infantil. Nos dias atuais, o crescimento desproporcional das doenas da tireoide j ama a ateno dos mdicos.O alto ndice de nascimento de crianas anormais ser relacionado com a hipse, enquanto que os sintomas inquietantes doaumento d o nmero de pessoas dementes dirigemaateno paraa pineal.*

    Esse quadro realmente no muito otimista; noentanto, uma

    nova orientao espiritual revolucionria poder abrir ao homem um leque totalmente novo de importantes foras vitais,se acompanhada da atitude de vida correspondente. Os temposvindouros nos ensinaro que no far sentido car de lado, contemplando e tecendo consideraes; ao contrrio, o ser humanoser compelido a fazer uma escolha vital de carter positivo. Assim, a revoluo atmosfrica para uns o sinal da morte; para

    outros, entretanto, um caminho para valores mais elevados.A Escola Espiritual da Rosacruz urea conduz seus alunos auma nova conscincia espiritual e a um encontro regeneradorcom as foras de Cristo nas nuvens do cu.

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    Mencionamos que fenmenos completamente desconhecidosatrairo a ateno da humanidade devido perturbao atmosfrica. Dessa maneira, cairo muitos vus naturais entre o aqum eo alm da morte e, mediante as atividades do gs nobre B, muito

    do que at hoje permaneceu oculto ser revelado. necessrioesclarecer melhor este ponto.Talvezseja devossoconhecimentoqueoelemento qumico fs

    foro imprescindvel para as amadas materializaes levadas aefeitoemexperimentosespiritistas. Asentidadesmanifestantes retiram fsforo do cerebelo do mdium e dos demais participantesda sesso e envolvem, com essa substncia fosforescente, formas

    astrais que desejam apresentar s pessoas ali reunidas. O sangue,os tecidos, os nervos e o sistema sseo humanos contm substncias fosfricas de potncia e composio variadas, e, por isso, muito simples para as entidades que conhecem seu trabalhosatisfazer os pesquisadores espiritistas.

    Contudo, cabe aqui observar que, em quase todos os casos,tais materializaes no passam de pantomima, no constituem

    nenhuma realidade. Trata-se de uma farsa no sentido de que asentidades controladoras projetam a forma fantasiosa que quiserem na substncia astral, vestindo-a e animando-a com matriafosforescente.

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    Vimos certa vez, em uma pesquisa esotrica, a forma graciosade uma jovem e a gura majestosa de um oriental com vestesbrancas, enquanto os autores dessas imagens no pareciam absolutamentedeconana,pelocontrrio, causavam grandeaversopor sua aparncia repugnante.

    Nos domnios grosseiros da esfera de vida material, tambmocorre com frequncia que o ser humano exterioriza algo, segundosuaconscincia, alma* e corpo, quena realidadeno corresponde a seu ser. Geralmente custa bastante esforo, sofrimentoe dissabores at que se aprenda a distinguir entre aparncia erealidade.

    Do outro lado do vu se pode utilizar facilmente a aparnciacomo prda arma contra os que ainda vivem deste lado. A substncia astral muito malevel, e formas-pensamentos podem serfacilmente revestidas de teres* e at de substncias slidas, lqui

    dasegasosas. Assimcomooser humano mantm, emsuaprpriaesfera* aural, umpanteo de formas-pensamentosmaisoumenosanimadas, de natureza intelectual ou religiosa, que ele prpriocriou, assim tambm existem, na esfera astral, inmeras entidades ligadas terra que procuram aumentar as iluses humanasutilizando-se das projees astrais e, infelizmente, tm grandesucesso entre os que desconhecem como isso feito.

    Num futuro prximo, a influncia do gs nobre B far que aatmosfera do mundo material se torne mais fosforescente. Emalgumas regies do globo, as experincias atmicas j forarama manifestao de tal fosforescncia. Enormes concentraes degases nobres formaram-se sobre extensas reas que caram expostas radioatividade durante muitos dias e semanas, ocasionandotransformaes radicais na atmosfera e resultando em fenmenos

    muito especiais.No difcil imaginar os efeitos dessa fosforizao da atmosfera. Todas as entidades que se mantm na esfera etrica irotornar-se visveis ao olho material, contra sua vontade. Entre

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    essas entidades, encontram-se muitas foras naturais e espritosda natureza, mas principalmente os amados espritos ligados terra. Trata-se dos espritos dos falecidos que, por algum motivo, noqueremouno podem abandonar nossa esfera terrestre,aferrando-se a este campo e s pessoas que ainda vivem no corpofsico, de todas as maneiras possveis.

    Esse desmascaramento geral provocar uma forte agitao emmuitos seres, e por m onda espiritista que se alastra pelomundo e responsvel por tantas desgraas terrveis. Quandose tornar visvel o que para a vista comum era invisvel, milharesde pessoas que se envolveram nesses experimentos, atradas porsua aura de mistrio, deles se afastaro horrorizadas. Com essarejeio generalizada, desenvolver-se- uma fora magntica derepulso. Ela ser de tal intensidade que obrigar os espritosligados terra a s e afastaremdaesfera etricadomundomaterial.

    Assim, a revoluo atmosfrica, apesar de implicar inmerassituaes perigosas, tambm trar grande bno, contanto quese reajademaneira correta. Pode-se predizer tal reaocommuitacerteza, pois to logo as coisas se tornem visveis e controlveis,e se saiba quem so as entidades que se manifestam em sessesespiritistas, dequemaneira fazem-sepassarporparentes falecidos,e como possvel sustentar essa fraude, ento o grupo espiritista,

    horrorizado, voltar as suas costas s prticas espiritistas.Contudo, o fato de muito do que at agora esteve oculto tornar-se visvel tambm pode dar motivo a inmeras confuses elastimveis equvocos. A esfera etrica, que est se tornando fosforescente, ir pregar grandes peas no homem religioso natural. possvel que retornem tempos como aqueles em que os povosprimitivos enalteciam os espritos da natureza como deuses, ajo

    elhavam-se diante deles em adorao, esquecendo-se, assim, doessencial.Essa situao tambm poder fazer que certas igrejas sejam

    muito procuradas temporariamente. A visibilidade dos espritos

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    danaturezaesuasatividades induziro numerosas pessoas porfalta de conhecimento cientco-esotrico a considerar algunsespritos da natureza como anjos, como seres de gura e majestade sobre-humanas. O perigo no imaginrio, se pensarmos,por exemplo, que, durante a celebrao de uma missa, inmerosespritos da natureza que de maneira completamente errneasodesignados como anjos colaboramnaconstruodeumaforma eucarstica. Essa construo um processo natural e biolgico que consiste em juntar e ordenar diversas substnciasetricas, as quais, por prticas mgicas, se tornam magnticas e,assim, atraem inmeras outras foras.

    Pode-se imaginar o que acontecer quando todos forem capazes de observar tal fenmeno e quando, por exemplo, a comunidade paroquial, atnita, vir, pairando pela igreja, um espritoda natureza de majestosa estatura alguns medem de quatro a

    cinco metros participando visivelmente da magia litrgica.Desde j podemos dizer com certeza qual ser a reao. Taisaparies sero ensejo para se fazer uma ecaz propaganda emdeterminadadireo. Custar muito esforo fazer a multido perplexacompreender queno se tratanemde revelao divina, nemde particular elevao do pblico que, repentinamente, percebeos processos etricos, mas que esses fenmenos so apenas uma

    consequncia da revoluo atmosfrica.Por este motivo, bom que todos esses acontecimentos sejamanunciados com antecedncia. A Escola Espiritual da Rosacruzurea considera seu dever esclarecer essas coisas a todos os interessados e aos que lhe so ans. Se o leitor, por meio da literaturaesotrica, estiver informado a respeito do que vive na atmosferae como, em muitos aspectos, a vida das plantas e dos animais

    dirigida a partir da atmosfera, ento poder fazer uma ideiadas indescritveis modicaes que ocorrero na conscincia eno comportamento humanos, e das novas iluses que ganharopoder sobre milhares.

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    Ao longo da histria mundial, abusou-se muitas vezes, compropsitosdemagianegra, dosquatro gruposdeespritosdanaturezaquesedetmnaesfera etrica. Geralmente issoacontecia pormeio de grupos eclesisticos que, desse modo, procuravam ampliar sua influncia sobre as massas. Tambm agora, em virtudeda revoluo atmosfrica, podemos esperar um fortalecimentoda atuao eclesistica. No entanto, assim como ocorreu anteriormente, essa atividade tambm serperturbada pela Hierarquiade Cristo e pela Escola Espiritual, que trabalha na fora dessaHierarquia e p or ordem dela. A EscolaEspiritualprepara-separarealizar, o quanto antes, um grande esforo e tambm se servir,em seu trabalho, das novas possibilidades atmosfricas.

    Graas liberao dos dois teres intercsmicos superiores,a Escola Espiritual dar aos que seguirem o caminho da realizao do novo vir-a-ser humano, em determinado estgio de seu

    desenvolvimento, um novo discernimento.* Com essa nova faculdade, ser possvel distinguir claramente o bem absoluto dobem ilusrioedomal,pois tudooque desta natureza tanto omal, comooassimdenominadobem noconseguirrevestir-sedesses teres superiores.

    Os prximos tempos sero especialmente profcuos para artistas criativos no campo da msica e da pintura. A revoluo

    atmosfrica proporcionar a ampliao do espectro das cores visveis, elevando seu nmero de sete para nove cores bsicas, bemcomo da escala tonal, de sete para nove tons. O infravermelhoe o ultravioleta tornar-se-o visveis, e os tons correspondentestambm sero audveis. Portanto, a viso e, ao mesmo tempo, aaudio sero afetadas.

    Uma nova manifestao de forma na pintura aproximar mais

    o que est distante, agindo assim de modo libertador. Nossos pintores modernos, saturados de pintar quadros sem signicado eque interiormente j no conseguem defender sua concepoextrema da arte, podero servir Escola Espiritual com uma

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    representao pictrica da demolio e da libertao. Evidentemente, tambm a msica ultrapassar sua atual supercialidadee irromper para novas possibilidades.

    Uma enorme nuvem sombria, contudo, surgir no cu. A cincia tecnolgica aproveitar-se- das consequncias da revoluoatmosfrica e presentear o mundo com uma espcie de bombasonora, nagamada radiao ultravioleta. Essa bomba sonora emitir um som muito alto e penetrante. No produzir nenhumaexploso, seno uma sbita desintegrao e pulverizao de todaa matria slida, lquida ou gasosa. O efeito da bomba sonoraser muito mais terrvel do que o da bomba atmica.

    Porm, no nosso propsito deter o leitor com outros prognsticos sobre esse singular futuro, pois, do contrrio, este captulo teriaumcarter sensacionalista; desse modo, informaramosnossos leitoresunilateralmente e no atingiramosnossoobjetivo,

    pois devemos considerar que a revoluo atmosfrica, com todasas suas complexas consequncias, representa apenas um aspectodo novo vir-a-ser do universo.

    Opesquisador srio do futuro dever ser dotadodegrande inteligncia e de uma ampla capacidade de observao; e o estudanteesotrico da nova era no poder ser comparado, em nenhumaspecto, ao de pocas passadas.

    Um amado parte em nossos dias, dirigido ao mundo, destinado a todos os que so receptveis ao esoterismo, a m detorn-los conscientes de uma nova era, de uma nova tarefa e deum mistrio de iniciao totalmente diferente.

    Ao armarmos isso, no atacamos nada nem ningum. Nopretendemos diminuir a brilhante obra dos antigos e estamosrepletos de gratido pelo que nossos predecessores nos legaram.

    Eles subtraram nosso esprito do domnio do ser inferior e dirigiram nossa viso para as coisas mais sublimes, mais elevadase preciosas, porm desejam que nos sintonizemos agora com oamado e as exigncias do presente.

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    A iniciativa que a Rosacruz urea empreende em nossos diasnomundono deve, demodoalgum, ser vistacomoatividade dedeterminado grupo isolado. O que esta Escola Espiritual tem aoferecer destinado a todos.

    A revoluo espiritual ter seu incio na Europa e da prosseguir sua mara vitoriosa pelo mundo. O campo espiritual daEuropa est gestando acontecimentos que, dentro em breve, setornaro realidade. Nestecaptulo, quisemosdescrever algunsdesses acontecimentos vindouros, para que o leitor no se encontretotalmente desprevenido.

    A primeira edio da presente obra foi publicada em (..).

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    Pelo que foi exposto anteriormente, deve ter cado claro como acrescente revoluo atmosfrica ps todas as regies da matriae do esprito em agitao. Neste captulo queremos empreender

    uma viagem ao Alm, entendendo por Alm a esfera* refletorada vida material. do conhecimento de todos os alunos da Escola Espiritual

    que essas duas esferas de nossa ordem de natureza terrestre estoindissoluvelmente ligadas entre si e so, assim, totalmente interdependentes. Tambm sabido o fato de que os acontecimentos,antes de se manifestarem na matria, j esto plenamente ativos

    na esfera refletora. Isso tem suas vantagens, mas pode ocasionartambm graves perigos. As vantagens consistem em que seres humanos, cientes do desenvolvimento das coisas no Alm, camalertas para a subsequente manifestao no plano material. Asdesvantagens consistem na ignorncia dos seres humanos com relao ao que ocorre na esfera refletora antes de sua concretizaona matria.

    Em geral, pode-se dizer que predomina uma alarmante faltade conhecimento sobre o Alm, razo pela qual incontveis pessoas se tornam vtimas. Para conseguir sondar os valores, foras efenmenos que surgem no Alm, a humanidade acredita possuir

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    a religio, que se baseia na teologia, o conhecimento oculto, quese apoia no intelecto, e o animismo, que se escora no espiritismo.

    O telogo, como metafsico, fala e escreve sobre coisas dasquaisnadasabenempodesaber. Se o telogo, naqualidadedeserhumano, dispe de maior conhecimento, isso no se deve suaformao universitria. Nos crculos teolgicos, usam-se conceitos gastos, estereotipados, derivados de dogmas e de mensagensde salvao muitas vezes incompreendidos. Eis a razo pela qualo homem mstico-religioso no possui nenhum esclarecimentosobre os perigos que o ameaam.

    O ser humano que busca a verdade acumula, de acordo comsua tendncia, um conhecimento enciclopdico. Na realidade,isso o torna pauprrimo em sabedoria real e, portanto, no opredispe a uma vida superior. Por meio do espiritismo, a maiorparte da humanidade, infelizmente, entra em contato com as

    regies da esfera refletora de modo negativo. Aqui devemos entender oconceito negativo nosentidodaprticade fenmenosdaesfera refletora que, para serem examinados e avaliados, nos tornamdependentesde terceirosquesedizemcompetentes, emborade fato no sejam.

    Para um entendimento correto, necessrio explicitar o conceito de espiritismo. Por espiritismo entendemos no somente

    interrogar os espritos ou o contato com entidades do Alm pormeio de instrumentos ou mdiuns, mas tambm a influncia dominante que os habitantes das regies invisveis exercem sobretoda a humanidade que vive neste lado do vu. Tal influncia extraordinariamente grande e exercida com tanta sutileza quequase ningum escapa a ela. Num exame mais profundo, comprova-se que a humanidade, em sentido intelectual ou mstico,

    to animista na prtica que conceitos como cristianismo e vidaelevada, libertadora, no passam de meras iluses.Quando o aluno se pe a examinar essas coisas a fundo, leva

    um grande susto ao descobrir a influncia que o negro inimigo j

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    conquistou e quanto esse tumor se alastrou. O aluno reconhecee experimenta a realidade das palavras de Paulo, no captulo daEpstola aos Efsios:*

    Porque no temos que lutar contra a carne e o sangue, mas,sim, contra os principados, contra as potestades, contra os prncipesdas trevasdeste sculo, contraashostesespirituaisdamaldade,nos lugares celestiais.

    A atmosfera em que a humanidade se v obrigada a viver semelhante a um lamaal ftido, no qual ela se arrasta. Muitosauxiliares nas regies materiais e espirituais queixam-se da horrvel fetidez que grupos inteiros de pessoas espalham, de modoque quase no podem aproximar-se deles. Quando um autor bblico fala da sarjeta na qual os seres humanos afurdam comoporcos, e de dolos que so adorados pelos homens, isso correspondeaumaverdadequesebaseiaemumconhecimento mais ele

    vado. Apesar da situao desesperadora, no deixa d e existir certohumor amargo quando, por exemplo, pessoas assumem uma expresso mstica, considerando-se muito superiores, quando emrealidadedelas no deveramossequer aproximar-nos, emvirtudeda iniquidade atmosfrica que as domina.

    Inmeras criaturas so enganadas, parcial ou totalmente, pelamalignidade espiritual, e o maior perigo ao qual um ser humano

    pode expor-se o de julgar-se imune a tal influncia. Toda essamaldade que se manifesta neste mundo, de forma muito consciente e inteligente, sempre procura contato e se adapta ao estadode ser de cada indivduo, aps um exame detalhado.

    Essas foras aproximam-se do homem como entidades muitosublimes, como mestres, como manifestaes de Jesus ou espritos de santos. Aos que no so religiosos nem esto voltados

    para o ocultismo e o espiritismo, elas sugerem autoridade prpria,pegam-nos pelo lado de seu materialismo histrico, sua visocientca ou outra qualquer, pela qual se tenha apreo. Mas apanham-nos, de qualquer modo, mesmo que seja simplesmente

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    pelos seus instintos primrios, tais como autoarmao, cimeouapegoaestemundo. Todosso instigadosunscontraosoutros.As situaes tornam-se complicadas, o discernimento bloqueado, e as relaes so perturbadas. Todosso foradosadesconaruns dos outros e a procurar as falhas sempre nos outros. Emresumo, uma corrente atmosfrica satnica derrama-se sobre ahumanidade, uma corrente que, na histria universal, sempre foiprecursora de poderosas transformaes mundiais.

    Neste captulo queremos investigar algumas causas dessa corrente e explic-las, na medida do possvel. sabido que todas ascoisas, antesdesemanifestaremnamatria slida, j se revelaramnas camadas mais sutis de nosso planeta. Est descendo do alto,literalmente, uma total revoluo espiritual, csmica e cultural,que intervm em todos os estados da conscincia, da alma e damatria. No somente uma imagem potica, quando o autor

    do Apocalipse diz: Vi tambm a cidade santa [] que desciado cu. Ele aludiu aqui a um processo de revoluo mundialque, de tempos em tempos, intervm nas coisas terrestres e, emdeterminado momento, manifesta-se na esfera* material atravsdas regies planetrias mais sutis.

    Assim como um furaco leva consigo tudo o que no resiste sua fora, assimcomoas trevas fogemdiante da luz, assim tambm

    a fora luminosa dos acontecimentos vindouros varrer todo oinferno. Tomados de pnico e movidos pelo instinto natural deautoconservao, os habitantes do reino infernal abandonaroseu esconderijo na tentativa de salvar a vida.

    Pode-se perguntar se ali, onde a luz surgir, todas essas entidades que esto presas terra ainda tero algo a buscar. Uma pessoaingnua negar isso simplesmente. Entretanto, sob uma obser

    vao mais acurada, verica-se que as foras infernais poderoconseguir mais do que se pensa. Partindo dessa possibilidade, explica-se o grandioso ataque do negro inimigo aos seres humanosque vivem neste mundo. Eis a razo pela qual a humanidade no

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    tem de lutar apenas contra a carne e o sangue, mas tambm contra os principados, contra as potestades, contra os prncipes dastrevas deste sculo, contras as hostes espirituais da maldade, noslugares celestiais.

    Uma grande onda de anormalidade assola a humanidade, nopoupando nada nem ningum. Especialmente os que ajudam aabrir passagem luz de Cristo e se encontram nas leiras de combate da Fraternidade Branca sero expostos aos mais violentosataques e no sero deixados em paz por um nico segundo.

    necessrio esclarecer todas essas dramticas manifestaes.O mal o poloopostodaquiloaqueahumanidaded onomedebem. Muitossereshumanossoconsiderados, segundoasnormasburguesas, bons, muito bons, humanos, exemplares e amorosos.Toda essa bondade seria realmente excelente, se no houvesse opolo oposto. H pessoas, entre as quais tambm se encontram os

    autores deste livro, que negam peremptoriamente a bondade dobem devido sua sombra negra, em virtude da dialtica das coisas. Neste mundo, o bem conserva o mal, e, inversamente, o malmantm o bem. Se, contudo, os homens no mudarem, se noegaremaoutra orientaoespiritual quesupere todososconceitos burgueses de bondade, se no egarem a um renascimentoestrutural e fundamental, numvcuo de desenvolvimento criado

    por Cristo e mantido por sua fraternidade que um novocampo de vida isolado deste mundo ento o mundo infernalcontinuar existindo, medida que o homem seguir praticandosua bondade biolgica e primitiva.

    Se o homem, dentro da revoluo espiritual, no revolucionar-se totalmente a si prprio, permanecer igual aos outros,preso a esta terra, apesar de toda a bondade e amabilidade e de

    todo o testemunho de amizade, pois ele possui uma sombra e amantm, da mesma maneira como mantm a si mesmo.Ningum bom, seno um, diz Cristo. uma das verdades

    mais profundas. No deveis crer que os procedimentos divinos

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    podero ser retardados. Tudo acontecer em seu devido tempo,e os prximos anos sero de importncia histrica mundial.

    Eis por que deveis perguntar a vs mesmos: Quando essascoisas se manifestarem, como me encontraro? Ainda continuotentandopraticar abondadeburguesaouestou prestes a irromperem uma nova disposio espiritual?

    Novosesqueaisdequeo tenebroso inimigoest espreita decada ser humano, pois cada indivduo que est preso ao mundodialtico* constitui um seguro de vida para as foras negras. Assim como o corpo de um animal a base de vida para inmerosparasitas, o mesmo acontece com o homem, quenoconstitui exceoquanto a isso. O trabalhoespiritual legtimoser estorvadopor todos os meios possveis. Ser travado um combate implacvel e eletrizante, perante o qual a luta contra a carne e o sangueparecer brincadeira.

    Nossa era, a era da revoluo, requer que o homem reconheaa realidade e a aceite. Mais do que nunca, egou o momentode lembrar as palavras de Joo Batista: Preparai o caminho doSenhor. A hora egou!

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    Assimcomoobemeomal aqui nestemundoesto misturadosno sangue e ambas as foras agem em ns positiva ou negativamente, assim tambm no Alm, pela supresso do corpo e daalma-sangue* materiais, o bem e o mal cam existencialmente separados, como que congelados, embora se mantenham reciprocamente devido sua oposio. Noobstante, querpermaneamosem nosso corpo aqui, quer fora do corpo no Alm, continuamosa pertencer a esta ordem de natureza dialtica* e permanecemosatados roda* do nascimento e da morte.

    A morte normal e natural de uma pessoa jamais ser a basepara um estado de ser absoluto, eterno, mesmo que tal pessoa tenhasido msticaemalto grau, extraordinariamentehumana, compredisposio para o oculto e dotada de um claro discernimentolosco, ou,pelocontrrio, que tenhasido m, antissocial ou criminosa. O cu e o inferno so fases passageirasantesdeumanova

    viagem matria grosseira, para um novo nascimento. Todos osque creem numa evoluo conrmaro isso.Sede, contudo, cautelosos, pois a Doutrina* Universal diz que,

    nesse giro da roda, no h o mnimo progresso ou a mnimaevoluo, nem o menor desenvolvimento espiritual real.

    Espera-se que cada ser humano, aps a m orte fsica, logo possacelebrar sua idapara o cu dialtico. Que, apsumperodomaior

    ou menor de puricao, todos, sem exceo, iro para o assimamado cu. Contudo, a estada ali tem data marcada para comeareparaterminar.Tantoaquicomono Alm,pode-seatingirum grau mximo de bondade ou, pelo contrrio, afundar at onadir do mal dentro de nosso duplo campo de vida, podendo-sefaz-lo, contudo, at certo limite intransponvel. Permanece-se,porm, preso a esta ordem de natureza com seu ciclo de nascer,

    florescer e perecer.Assim, o Alm uma grande iluso para todos, um grandeengano.Cadagrupoaquiexistentetemseucuno Alm, seja estemaior ou menor, onde todos so admitidos de acordo com a lei:

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    semelhante atrai semelhante. H um cu catlico, um cu protestante, um domiclio para almas sintonizadas com a Teosoa,um tambm para alunos rosa-cruzes, um para os astrlogos e outrospara a s diversasseitas. Em resumo, existe paracadaumoqueele deseja. O que se aqui, no ntimo, l se encontrar; aqueles aquem estivermos intimamente ligados aqui, l os reencontraremos. Aqueles que aqui dicultaram nossa vida e dos quais, porvriosmotivos, no pudemos libertar-nos, l nonosaborrecero,em virtude de seu diferente estado de ser.

    At onde temos conhecimento, comexceodecertosesoteristas, somente os sacerdotes de algumas igrejas foram instrudos sobre essa situao no Alm, o que explica seu incansvel empenhoem ganhar almas.

    Quando um sacerdote consegue converter um cafre ao catolicismo, isto , lig-lo sacramentalmente, ou ministrar a ex

    trema-uno a uma pessoa que nunca teve uma conduta de vidarealmente religiosa, isso signica, na maioria dos casos, que ganhouumaalmapara o cu catlico. Mais tarde, quando essa almaretornar vida terrena, seu nascimento ser numa famlia catlica. Milhares de cafres, ligados desse modo por sacramentos, setransformaro, aps sua morte e nova encarnao, em milharesde crianas nascidas em determinado povo ou raa, conforme o

    deseje a hierarquia catlica romana. Os que ignoram essas coisase riemaover os missionrios brincar de igreja crist com povosprimitivos por natureza animistas sem dvida deixariam derir, se soubessem que dessa maneira que a igreja aumenta seupoder.

    Das regies celestes no Alm, a catlica e a muulmana so asmaiores. As pessoas que cooperam com essas potestades no lado

    de c procuram, consciente ou inconscientemente, e atravs de

    Indivduo pertencente a uma populao africana banta do Sudeste da frica

    (..).

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    diferentes mtodos, reduzir ao mximo as regies celestes dosoutros grupos e mant-las nesse nvel. Sua inteno evidente:elas querem submeter o mundo todo, tanto aqui como no Alm, esfera de atividade da hierarquia de suas igrejas.

    At certoponto, esse imperialismoclericalpodeser indiferentepara o pesquisador esotrico. Relaes de poder, sejam elas de natureza espiritual, moral ou material, sempre so passageiras. Elasvo e vm. O mais importante que, em determinados momentos da histria mundial, certo nmero de almas amadurecidasno se deixe intimidar e faa a escolha correta, que pretendemosdetalhar melhor.

    Seria lamentvel se o leitor entrasse em seu cu teosco, humanstico ou rosacrucianista sem saber do que se trata e por queeste livro fala de uma revoluo espiritual. Porm, antes de nosaprofundarmos mais nisso, necessrio mostrar outras possibili

    dades de logro. O aluno da DoutrinaUniversal que a cinciasagrada da transgurao* ou renascimento no dever contarsomente com uma influncia funesta das esferas infernais, poisele ser tambm envolvido por incontveis sugestes dos vrioscusdoAlm, ondeest em atividadeumnmero incalculvel degrupos maiores e menores, sem que isso corresponda a seu grauespiritual.

    L existemosmais diversosgrupos religiosos, diferentes comunidadeshumanistasedziasdecorporaesocultistasquegostamde apresentar-se como escolas e operam com uma multiplicidadede ideias e smbolos que deixam qualquer pessoa atordoada. Algumassedenominam crists, outras, budistas etc.Emresumo,vemosno mundo celeste do Alm uma policromia da vida religiosa eesotrica da histria da humanidade. Ali existe um sem-nmero

    de sociedades intelectuais que se especializaram, por exemplo, nosetor da sade ouna rea social, polticae econmica. H tambmos que se ocupam de diversos setores da cincia dialtica, com oobjetivo de aperfeioar a sociedade humana na terra.

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    Essa situao, com as suas mltiplas consequncias, to enganadora, ocasiona tantas confuses, sofrimentos e aflies que,para o verdadeiro trabalho em prol da humanidade, talvez sejamais prejudicial doqueosesforosunicadosde todaa falange infernal. Diantedeumhomemmau, estamosprevenidos;podemosproceder levando isso em conta e agir de modo direto e positivo.Todavia, isso no to fcil assim em relao a um homem inteiramente bondoso, altrusta e sincero. muito difcil escapardesse tipo de influncia.

    No Alm h,por exemplo, um grupoquedeseja salvar omundopor meiodaastrologia crist. Um respeitadogrupoegpcioesperapara breve a ressurreio de todos os grandes homens que, nodecursodos tempos, forammumicados, a mdeassumiremposteriormente a direo de toda a humanidade. Muitos armamestarem diretamente em contato com Cristo, mas se dedicam a

    atividades to diferentes e conflitantes entre si, que cabe duvidardequase tudo, excetuando suas intenesde fatoboasehumanas.Deve-se compreender bem o perigo que isso representa para

    a humanidade. Quando um ser humano ingressa no Alm, elecontinua sendo o mesmo interiormente. A morte no faz deleumadeptoouumexcelsoanjo de luz, mesmoque, graas culturade certa bondade, integridade burguesa e aspirao espiritual, ele

    possa entrar numa regio amadadecelestial e talvez atpossuirumcampode radiao claro e brilhante, combaseno tipodevidaque levou deste lado do vu.

    O aluno da sagrada cincia da transgurao deve estar alerta,tantoemrelaoaospoderesdomal,quantoaosdobemdialtico.Ele sabe que os primeiros podem prejudic-lo, mas os ltimospodem precipit-lo num redemoinho de ideias, tornando-o in

    deciso, detendo-o em seu caminho e tirando-o totalmente doequilbrio.NaSegundaEpstolaaosCorntiosdePaulolemosqueodem

    nio pode aparecer como um anjo de luz. Com isso no se quer

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    dizer o que provavelmente estais pensando. Um esprito ligado terra certamente tentar parecer melhor e mais radiante do querealmente , mas tal tentativa to rudimentar e primitiva queimediatamente ser reconhecida, e nenhum iniciado se deixariludir. H tambm incontveis habitantes das regies celestes dialticas que, com as melhores intenes, irradiam amabilidade,mas desejam conservar e vivicar as coisas mais tolas, ridculase condenveis; desse modo, sem saber, servem ao esprito doabismo. O ser humano mais perigoso e diablico quando estrmemente convencido de ser bom e de fazer o bem. Assim, impossvel falar-lhe,pois ele tobom, est servindoaDeus, eventualmente at com sacrifcio da prpria vida! Pensai em Saulode Tarso, antes de tornar-se o apstolo Paulo. Guardai-vos desses anjos de luz. Sede prudentes, acima de tudo, quando elesse referirem muitas vezes e enfaticamente a Cristo, ao Esprito*

    Santo, a Jesus e a mestres.O aluno da cincia sagrada da transgurao no se envolvecom tudo o que se ama escola esotrica ou ordem da regiode luz do Alm, embora ocasionalmente elas possam realizar umtrabalho til.

    A revoluo espiritual comeou. Assim como as esferas infernais estosobressaltadaspela radiao de luzdaHierarquia e, com

    temor mortal e lutando para conservar-se, precipitaram-se sobreahumanidade, tambmasesferascelestes dialticasseencontramem estado de mxima excitao nervosa. Tambm os habitantesdo nmero fabuloso de cus se precipitaram sobre a humanidadeem um ataque de converso, e qualquer ser humano que, de alguma maneira, estiver receptvel a essas influncias sentir-se-compelido a agir de acordo com isso.

    Talvez seja uma desiluso quando falamos dessa maneira domundo celeste, a menina dos olhos de incontveis pessoas. Amorte apenas altera o corpo e o estado de conscincia, porm ocarter, a mente, a concepo de vida e tudo o que a isso pertence

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    permanecem completamente inalterados. Tal como milhares dehomens e mulheres humanistas, totalmente bons, religiosose inteligentssimos aspiram a um mundo melhor deste ladodo vu, o mesmo se d ali. A grande diferena que os habitantes do Alm dispem de muitos meios pelos quais consegueminfluenciar, com sugestesdosmaisvariados tipos, ahumanidadeque vive deste lado do vu. Assim, fea-se o crculo, e a roda donascimento e da morte, a rangente roda da natureza dialtica,mantm-se em movimento.

    Por detrs da esfera refletora deste campo de existncia, outraluz, outro mundo e outra hierarquia celeste atacam a existnciato complicada, miservel e dramtica, tanto no cu como naterra dialticos. Com isso, realiza-se uma revoluo histrica quese tem repetido sucessivamentenodecorrer de milnios. Por essemotivo, todas as foras do cu e da terra foram postas em movi

    mento. Consuma-senovamente u m processo espiritual, csmicoe natural, um processosobreoqual ovidentedePatmosdiz: Eviumnovo cueumanova terra,porqueoprimeiro cu e a primeiraterra passaram.

    Todos esses espritosqueridos,to radianteseque realmentefazem o mximo para conseguir algo, de acordo com seu estadode ser, esto em grande agitao. Assim como no decurso dos

    anos se esteve empenhado em melhorar o mundo por meio demtodos humanistas, assim tambm se pretende, tanto no cucomo na terra, devido ao tremendo redemoinho de ideias e desejos, tentar influenciar novamente o mundo e a humanidade comuma torrente de experimentos. Os movimentos espiritualistas, asescolas, os institutos e seus congneres brotam como cogumelos.De fato, em todos os pases alguns deles so fundados todas as

    semanas, mas a maioria geralmente desaparece logo depois.No transcurso do tempo, dezenas de grupos do Alm, muitodiferentes entre si, tentaram servir-se da Escola da Rosacruz parainfluenciar diretamente um grupo de alguns milhares de pessoas

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    com orientao espiritual. Recusamos, sem cerimnia e inequivocamente, todas essas propostas. A Escola da Rosacruz noparticipa da inquietao febril, nervosa, da natureza dialtica,tanto no cu como na terra. Os obreiros da Escola Espiritual trabalham como pescadores de homens a servio do reino imutvele,praticandoasagradacincia da transgurao, estoacaminhodo reino imutvel, ouseja, querem dirigir-seaoutro cu e a o utraterra. O aluno que se submete a esse processo e nele obtm xitopoder ver essecueessa terra divinos descer daonimanifestao.

    Toda a Filosoa Universal explica esse caminho, segundo assuas leis e lgica, e esclarece seus valores morais-racionais. O mal, para ns, um fenmeno dialtico, e o bem seu polo oposto;ambos se mantm em equilbrio. Por isso, em relao a todosos maus e bons espritos, assim como aos habitantes das esferasinfernais e dos muitos cus, reservamo-nos o direito de splendid

    isolation

    e lhes dizemos: Deixai-nos em paz!O empenho dos verdadeiros trabalhadores consiste em pescaras almas amadurecidas do agitado mar da vida e, com auxlio daarte* real, conduzi-las, atravs das mais belas regies celestiaisdialticas, ao reino imutvel.

    Isolamento esplndido. Aluso poltica de no interveno e neutralidade

    inglesa no sculo (..).

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    As numerosas expedies enviadas pelas grandes potncias sregies polares despertam grande ateno nos crculos esotricos,ao ladodeoutros fenmenos que indicamagrande mudanadostempos. Se h algo que assinale claramente o m de um perodo

    humano , certamente, esse interesse febril pelas regies polares,em especial pelo Polo Sul. Para todos os esoteristas, o fato deque as foras ambiciosas e vidas deste mundo estendam suasmos mpias para essas regies como que o derradeiro elo nacorrente das desgraas que anunciam o declnio do mundo e dahumanidade.

    At agora as duas regies polares constituam, para a maior

    parte da humanidade, mistrio insondvel e intangvel. Dessasregies nada se conhecia, a no ser que so reas de acesso extremamente difcil, desertos de gelo e neve com longas e escurasnoites polares. Sabia-se da existncia de continentes vagamentealudidos e de pinguins. Tinha-se conhecimento de relatos sobreas enigmticas auroras boreais e austrais, sem se poder compreender o signicado essencial que santo, porumlado,e mpio por

    outro dessa linguagem luminosa, que em nossa poca tambmescreve, por vezes, seus sinais flamejantes sobre nossos pases.

    Pases Baixos (..).

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    Agora a meta das expedies equipadas meticulosamente conquistar bases estratgicas para seus governos, como tambminiciar a explorao de trs matrias primas necessrias para ampliar o poder destrutivo de suas foras armadas, a saber: urnio,plutnio e um mineral ainda desconhecido, que indicaremoscomo netnio.

    O poder de destruio constitui-se de trs foras: uma deexploso urnio; uma de cristalizao plutnio; uma de envenenamento netnio. So os trs Tits dos antigos, dos quaisfalamosmitos, os trs Titsque, em tempos imemorveis, foramaprisionados no abismo pelos ancestrais.

    Esse abismo ser aberto por trs potncias mundiais, que devem ser nitidamente diferenciadas de acordo com sua natureza:

    .) a Rssia, como representante do proletariado mundial;

    .) a AmricadoSul, como representante da Igrejaedosnacional-socialistas, que logo aps a deflagrao da Segunda GuerraMundial construram na Argentina seu eventual refgio;

    .) osEstadosUnidosdaAmricadoNorte, como representantedo capitalismo.

    Podemos tambm denominar essas trs potncias de uma ma

    neira antiquada como:

    .) a potncia socialista;.) a potncia clerical;.) a potncia liberal.

    Ou ainda, de acordo com a concepo esotrica, como:

    .) o impulso para a liberdade em sentido dialtico;.) o impulso para o poder em sentido religioso-natural;.) o impulso para o poder em sentido materialista.

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    Aoqueparece, cadaumadessas trs potncias irlibertar seu Tite, consequentemente, submergir no abismo. O gnio da garrafaserlibertadoese lanar sobreseus libertadorescomestrondosasgargalhadas, depois que a humanidade tiver sorvido at a ltimagota os efeitos do poder trplice de destruio.

    Involuntariamente, os pensamentos se dirigem ao Apocalipse,onde se fala das trs desgraas que irrompero sobre a humanidade, aps o quinto e o sexto toque de trombetas, depois que agoela do abismo tiver sido aberta.

    O que signica realmente esse abismo? O abismo Patala, oPolo Sul, a enigmtica moesquerda denossahabitao terrena.Pode parecer estranho, mas isso produto da ignorncia sobreesse assunto e p elo fatodese ler aEscrituraSagradaem traduesfeitas por pessoas que no estavam, em absoluto, familiarizadascom a Doutrina Universal. Por mais estranho que parea, os

    termos Polo Sul ou Patala so traduzidos por abismo, o qual apenas um dos signicados. A palavra Patala tambm poderiaser traduzida por mundo inferior.

    As cincias esotricas nos ensinamqueosdois polos soasdespensas, as regiesdeentradaeescoamento de todasas forasvitaiscsmicas e terrenas que nosso planeta necessita e metaboliza emseus complicados processos vitais. No grande processo dinmico

    em que a terra se encontra, esses polos constituem duas vlvulasde segurana naturais, duas poderosas regies de radiao, comoo comprovam as auroras boreais e austrais.

    Essas radiaes de luz surgem no centro das foras magnticas.Suacor,sualuzeseutom,quepodemserpercebidosnitidamentepelos habitantes das regies polares, mostram tratar-se de radiaes etricas captadas pela atmosfera, que assim alcanam cada

    alma vivente. Essas radiaes polares gneas e luminosas eramdenominadas, desde a Antiguidade, serpentes ou drages.Tambm a expresso bblica esprito do abismo ou besta doabismo uma indicao muito clara para as foras do Polo Sul.

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    Quando a besta do abismo emergir, as foras do Polo Sul sero liberadas. O fato de as trs potncias mundiais mencionadasestarem a ponto de desencadear realmente essas foras apenasa conrmao histrica e cientca de um acontecimento que,irrevogavelmente, ter de ser cumprido. Para os alunos da EscolaEspiritual resta apenas esta questo: quem libertar os trs Titse como isso acontecer?

    Quem conhece tais perigoseamaseussemelhantesdemaneiraplena certamente no provocar semelhante coisa. O homemnormal no acender umestopimsesouber que isso resultarirrevogavelmente numa exploso. Isso apenas seria feito por algumem sua ignorncia e na grande luta pela existncia, ao procurarpara si, para seus lhos, para sua ptria, seu povo ou sua raa, ascondies mais vantajosas.

    Assim, nesse impulso pela autoconservao, as trs potncias

    mundiais, to cultas e inteligentes e, ao mesmo tempo, terrivelmente tolas no tocante verdade nua, apressam-se para o PoloSul, para Patala, para o abismo, para o mundo inferior, a m delanar a mea acesa sobre a plvora. Esse grande acontecimentohistrico de nossa poca ir consumar-se nos anos vindouros.

    Demonstra-se, desse modo, que a humanidade profere suaprpria sentena e causa seu prprio declnio, por meio das trs

    potncias mundiais citadas, como representantes polticos dasideiassociais, clericais e liberais. Todos as trs libertam seus Tits,e, sob suas ressoantes gargalhadas e em convulses espasmdicas, a prpria humanidade prepara seu futuro com exploses,cristalizaes e envenenamentos.

    Os iniciados sabem que todas as influncias csmicas e etricas

    bencas afluem pelo Polo Norte, o Meru, a morada dos deuses,ao passo que toda influncia mortal parte do Polo Sul, de Patala,do mundo inferior. Na pr-histria j se sabia que o alento daspaixes mais violentas e ardentes emergia do abismo, do Polo Sul.

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    Transformado em radiao austral atmosfrica, esse alento nalmente se torna respirao humana, caso o homem seja receptvele possua a polaridade correspondente.

    A saliva do drago do esprito do abismo age de modo trplice:explosivo, cristalizador e envenenador. Essa saliva lanada naatmosferacomoumapestemundial, e incontveis terodesofrersob essa indescritvel aflio mundial.

    Um nmero cada vez maior de criaturas humanas atormentado por um impulso cego de destruio, acompanhado de renada maldade. Essa a fria infernal da influncia uraniana dePatala, que corri qualquer noo de moral.

    Toda promessa, todo acordo, toda unio sacramental, todaregradeconduta e m prol deumconvvio harmoniosoe todaamizade so rompidos por meio do engano, apelando-se aos nomesmais sagrados e vertendo-se lgrimas. Cabe aqui uma compara

    ocomCaifs, quando esteseencontrava no tribunal e, namaissanta das indignaes, rasgou suas vestes e disse, apontando paraJesus: Ele blasfemou!. Esse veneno pavoroso que se enrola nohomem qual uma serpente e, de repente, enterra-lheosdentes infernais a influncia netuniana dePatala, queacabacomqualquerdignidade.

    H um nmero crescentedesereshumanosquej nopodero

    ser despertados; quevivem, embora mortos. Eles so tomadosporuma cristalizao espiritual que se estende cada vez mais. So osque, embora vejam, so cegos; que so surdos, apesar de ouvirem;e assim afundaram totalmente em sua ligao com a terra. So osque sofrem a influncia plutoniana de Patala.

    Se os trs aspectos da besta do abismo podem atuar de maneira to funesta na atmosfera, deve estar claro o que acontecer,

    quando for perturbado o status quo elementar da misteriosa regio austral. O fato de trs potncias lutarem pela posse dessaregio j fala por si. Mais notrio ainda que as despensas dasforas vitais csmicas e terrenas, o centro dos elementos csmicos,

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    sejam atacadas e saqueadas pelo empenho das potncias, tendocomoconsequnciaumasensvelperturbaonosprocessosvitaisda terra.

    Quando os pesquisadores esotricos vericam que o Polo Sul,ao contrrio do Polo Norte, possui um campo de radiao deforas mortferas, precisam compreender isso de modo correto.A regio polar norte capta as foras interplanetrias csmicas,que so necessrias para a terra e seus habitantes, como tambmpara a atuao harmnica especialmente das foras terrenas queestoconcentradasna regiodoPolo Sul. Por isso, fala-sedoPoloNorte como o Meru, como a cabea, como o mundo superior, edo Polo Sul como Patala, o mundo inferior.

    A regio austral de radiao contm grande quantidade degases, foras e teres gastos. Esses elementos deveriam ser catapultados para o espao e retirados novamente da atmosfera, por

    meio da ao do sol.No entanto, esse processo de limpeza atmosfrica no podeefetuar-se, devido inferioridade espiritual e moral da humanidade; e, assim, as foras de Patala no so lanadas no universo,mas imediatamente atradasdenovo, de forma a liberar oespritodo abismo. Alm disso, as atividades das foras polticas, sociais,clericais e liberais ainda favorecemessaperturbaodoequilbrio,

    motivo peloqual j est estabelecidooqueacontecer ao mundoe humanidade.Essas exposies cosmolgicas naturalmente no esto com

    pletas. Ainda poderia ser acrescentado, por exemplo, um estudosobre o Polo Norte, o qual conhecido, desde o princpio destemundo, como a fonte de toda a vida. Essa fonte alimentadaincessantemente por uma corrente eletromagntica de fora-luz

    csmica que, transmutada, benecia todos os viventes.Muitos mitos belos narram que o Polo Norte, a regio irradiadora do norte, constitui uma porta de entrada para o reinoimutvel e que, numa viso espiritual, existe ao redor desse polo

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    um mar que jamais congela e uma terra que est sempre verde.Essa terra, conhecida como a cabea do mundo, jamais desaparece, embora continentes inteiros tenham submergido, nodecorrer da histria mundial, e novos tenham surgido. Por maisque a aparncia externa da terra se transforme constantemente,a cabea do mundo, esse reino imutvel, esse portal ureo,permanece at o dia de hoje.

    importante que a humanidade dirija sua ateno para oespritodoabismo, evocadoe libertadonapresentecomoo revolucionria. Trata-se, nestecaso, decompreender queaspotnciasdirigentesdesta ordem mundial dialtica proferiramsobre si mesmas sua sentena e esto a ponto de executar processualmenteo suicdio desta poca. Resta agora saber se a humanidade irdeixar-se arrastar nesse processo ou se vai querer libertar-se.

    Na era hiperbrea, na lemuriana, na atlante e j trinta e duas

    vezes no atual perodo ariano, ocorreu algo semelhante a umadiviso entre justos e injustos, entre os que adoram o esprito danatureza terrena e os que procuram a porta do reino imutvelpara, por meio dela, obterem a liberdade original dos lhos deDeus.

    Hoje a humanidade est outra vez diante de tal ciso. Deixar-se- ela arrastar pelos Tits de Patala nos redemoinhos da

    naturezadialtica? Ou trilhar ocaminhoda redeno, medianteo emprego e a realizao da cincia sagrada do renascimento?Esse caminho visvel e pode ser percorrido, desde que o ser

    humano esteja enobrecido para tanto pela puricao da alma.Ele saber ento que, segundo as palavras do captulo do Apocalipse, existem duas testemunhas que esto neste mundo comodois candelabros luminosos, para separar todos os que trouxerem

    o sinal do Filho do Homem na testa dos que ostentarem o sinalda besta de Patala e, a seguir, conduzir os escolhidos, pelo portalureo da regio irradiadora nrdica, para o novo campo de vida.Essas duas testemunhas, que como candeeiros irradiantes esto

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    neste mundo, simbolizam os aspectos masculino e feminino daEscola Espiritual, que, em correta colaborao, preparam o caminho para os eleitos. Elas tm a tarefa de erigir no tempo, comofocos puricados, o templo de Deus e o altar, para que o povo deDeus possa adentrar o templo.

    E, quando tiverem testemunhado e executado sua tarefa, oespritodePatala, abestaquesubir doabismo, far guerracontraelas, e as vencer, e as matar. E seus corpos jazero na praa dagrande cidade, onde tambm Nosso Senhor foi crucicado. Eos homens vero seus corpos. E, depois dos trs dias e meio, oesprito de vida, vindo de Deus, entrar nelas, e elas se poro emp. Assim mencionam as revelaes do Apocalipse, que o alunosem dvida compreender.

    AtuandojuntasnaEscolaEspiritual, asduascorrentes prepararo as novas sendas e oferecero seu sacrifcio aos escolhidos. No

    m, car comprovado serem elas imunes violncia da matriae invulnerveis maldade dos trs Tits. E uma grande voz docu dir: Subi para aqui!

    E elas iro para as eternas terras verdes da cabea do mundo,cruzandoosportais ureosdocampode radiao nrdico. Quemtem ouvidos para ouvir, oua!

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    Se a FraternidadedaRosa-Cruzesteve empenhada, durante estesltimos anos, em transmitir a seus alunos a losoa relativa gnese e libertao do homem celeste, isto , a cincia sagradado renascimento, no se deve presumir que se trate de uma nova

    sabedoria de cunho prprio ou de uma nova cincia. Trata-semuito mais de uma cincia olvidada, que dever ser trazida luzdo dia novamente,por intermdiodaRosacruz urea. Aponta-seum caminho para a salvao, que nos prximos tempos ser consideradoextremamente atual. Por essa razo, a fraternidade podefalar sobre o novo mistrio inicitico da era vindoura.

    A verdade universal, que jaz submersa neste mundo, foi ma

    culada e violada de todas as maneiras possveis. Ela ter de serreerguida agora, j que um novo dia desponta, resplandecente,sobre o mundo. Essa grande obra, que apresenta vrios aspectos,realizar-se- como uma incisiva revoluo mundial de cartercsmico, atmosfrico e espiritual.

    Quem dirigir sua ateno a esses acontecimentos que se aproximam e queira-o Deus desejar cooperar, deve poder reconhe

    cer e compreender claramente. Primeiro, necessrio reconhecerclaramente que a Rosacruz urea no est anunciando nada denovo e que no se trata de uma tentativa irresponsvel e incontrolvel de trazer vida nova a este mundo que saiu dos eixos, mas

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    trata-se, acima de tudo, de perceber a mara da eternidade quese manifesta no tempo e no abandona a obra das mos de Deus.

    Quando a Fraternidade da Rosa-Cruz coloca o leitor ante omilagre do homem celeste que se eleva, imortal, do sepulcro danatureza, ento dever car evidente que os acontecimentos ligados salvao no apenas foram anunciados nos evangelhos,como tambm nos foram transmitidos muito antes de nossa era.Pensai to-somente na maravilhosa lenda de No, que construiuuma arca, uma nova habitao, escapando assim do dilvio.

    A Bblia diz que a arca nalmente repousou sobre os montesde Ararate, e o telogo observa que esses montes possivelmentese encontram na Armnia. Mas quem compreende a linguagemsagrada sabe que a egada aos montes de Ararate se refere clssica ressurreio no corpo celeste. Quem ega ao Ararate um digno, um perfeito, ele est redimido da roda, liberto da

    reencarnao; ele denominado um ria, ele um ariano. Talvezpossais compreender agora as objees que a resistncia fazia aosnacional-socialistas, por eles se considerarem arianos e por seuculto pago.

    Um ria um homem celeste, totalmente liberto. Quando asantigas lendas nos falam da invaso dos arianos, em longnquasterrasdoOriente,por seresde guraesemblante belos,possuido

    res de doutrinas sublimes, ento essas lendas anunciam um doshistricos contatos da fraternidade celeste com a humanidadedecada, a m de reconduzir os lhos extraviados casa do Pai,ao reino* dos cus, ptria dos rias. O homem da nova era tambm amado agora para tornar-se um ria, e a humanidadenovamente experimentar uma intensa influncia dos habitantescelestes.

    Ao considerarmos essa sabedoria antiga que, ao mesmo tempo, to nova, pensemos sobretudo na alquimia. A verdadeira alquimia uma cincia exata que, como tal, j se perdeu completamente antes do presente perodo histrico. Essa cincia abrangia

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    o verdadeiro conhecimento da transmutao ou renascimento,isto , a dissoluo do ignbil, doqueno faz parte do divino, e apreparao do verdadeiro e nobre ouro celeste.

    A alquimia era estudadaepraticada sob trs aspectos distintos,asaber: o csmico, ohumanoeo terreno. Oaspecto csmico relacionava-secomo reconhecimentodoplanodivinoparaomundo.O aspecto humano dirigia-se tarefa e essncia do verdadeiroser humano no plano deste mundo. J o aspecto terreno relacionava-se com a redeno da iluso, para o ser humano superiorligado terra, e seu retorno casa do Pai.

    Assim o renascimento, tal como Jesus Cristo o descreveu aNicodemos, ou seja, o nascer da gua e do Esprito, por umesprito renovado por meio da Materia Magica original, era realizadodesdeomais remoto passado. A FraternidadedaRosa-Cruz,portanto, no traz uma novidade. A servio da mui venervel e

    antiga fraternidade do reino imutvel, da Fraternitas Universalis,-lhe concedido mostrar o verdadeiro caminho.Imbuda desse esprito, a Fraternidade quer aproximar o leitor

    da festa d a Pscoa, uma festanaqual ele dever receber o conhecimentodocaminho que conduz do mortal ao imortal, do terrenoao celeste. A Fraternidade da Rosa-Cruz cr que posteriormentecar comprovado o signicado histrico mundial da festa da

    Pscoa de . Para esclarecer por que tem essa opinio, necessrio dirigir novamente a ateno para o fatodequeaHierarquiade Cristo se manifestar por uma revoluo mundial, estruturale espiritual. Quando a Fraternidade fala sobre a libertao dohomem celeste, no quer cansar-vos com as interpretaes usuais sobre o sentido da festa da Pscoa, mas sim testemunhar danova era que surgir, dos fenmenos da ressurreio, que se evi

    denciaro alquimicamente de modo trplice: csmico, humano eterreno.Quando o aluno na senda dos mistrios cristos se encontra a

    ponto de irromper de sua priso dialtica, comeando sua viagem

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    para a existncia celeste, isto , quando sua conscinciadesloca-setotalmente para o novo ser e dele comea a viver, ento surgeem seu microcosmo* um segundo polo magntico. Esse acontecimento acompanhado por violenta agitao, designadanaBbliacomo um terremoto e como a remoo da pedra. Ele descrito nos relatos da ressurreio, tanto nos evangelhos cannicoscomonosapcrifos. Lemos tambmsobre issono livroAs npciasalqumicas de Christian Rosenkreuz, que passou por um sobressalto devido a uma tempestade magntica desse tipo na noite davspera de Pscoa.

    A esse respeito, existemmuitos relatos, mitos e lendas. Aopensarmos nisso, camos, sem dvida, impressionados com notciassegundo as quais teria sido encontrado um segundo polo geomagntico ou que esteja ocorrendo um incisivo deslocamentodo polo magntico.

    Quem relacionar essas notcias snumerosas tempestades magnticasocorridasdurante os ltimosanosequeesto interligadascom tremendas descargas das foras solares e de outras forasinterplanetrias, equem recordar os acontecimentos expostosnaEscolaRosacruzepor eladesignadoscomo revoluo atmosfrica,no estranhar quando o gnstico arma que notveis alteraesestoocorrendo em nosso cosmo planetrio. A grande revoluo

    sob a regncia de Deus comea a esboar-se. Os sinais esto-seacumulando e podem ser comprovados por fatos.Assim, a Pscoa de foi uma Pscoa muito singular. Um

    sepulcro est em vias de abrir-se. Um novo campo de vida se abreperante a humanidade atnita, e muitos escaparo do tmuloaberto, to logo descubram e percebam algo da nova vida.

    Do mesmo modo como o aluno da Escola Espiritual daFrater

    nitas Universalis, ao lado de sua manifestao dialtica, desperta

    Rijenborgh,J .van.AsnpciasalqumicasdeChristian Rosenkreuz. SoPaulo:

    Lectorium Rosicrucianum, . t. .

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    sua gura celeste e a introduz em seu campo de vida microcsmico, a Hierarquia de Cristo, aps sculos de penosos esforose sacrifcios, formou uma gura celeste do planeta original, umnovo campo de vida. Essa terra-cu, esse campo de vida totalmente novo estirrompendoagoranas lvidas regiesdamorte. Aatual perturbao dos polos magnticos e as muitas tempestadesmagnticas esto estreitamente relacionadas com esse fato.

    OvidentedePatmosavistououtrora essa terra-cu; antesdele,Ezequiel, e, antes deste, Enoque, e, antes e depois deste, todosos que se tornaram participantes da Fraternitas Universalis, docorpo universal da Igreja* Invisvel, que o corpo com muitosmembros, a rvore da vida com seus incontveis ramos.

    extremamente impressionante quando se reconhece o queacontecer com infalvel certeza. Sublimes e imponentes, as linhas de fora da nova era escrevem uma nova linguagem sagrada,

    como se fosse com sinais flamejantes. Ainda se esbarra na descrenaenasuperstio, noceticismocientco, materialista, ocultista e religioso. Todavia, toda a resistncia ser rompida claraluz da realidade.

    Numerosas tensesmanifestam-senomundo inteiro, emqualquer espcie de trabalho espiritual. Corre-se perigo de que essastenses isolem o elemento de aptido de muitos e destruam seu

    poder espiritual de discernimento. Por isso, a Fraternidade daRosa-Cruz aconselhaamanter-se tranquilo, aguardar e trabalharfervorosamente em si mesmo, dia e noite. Mantende-vos em perfeito equilbrio, pois outrora j foi dito: J no se necessita devs para a concluso da grande obra. No penseis que se esperaespecialmente por vs. A Rosacruz urea tem uma tarefa a executar nos acontecimentos csmicos, e uma das auxiliadoras da

    Fraternitas Universalis. Se o desejardes, podereis colaborar nessatarefa, contanto que a compreendais. Em caso contrrio, vs mesmos vos excluireis. Muitos sero amados, porm relativamentepoucos sero libertos nestes tempos agitados, e a Fraternidade

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    certamente no lamentar esse fato que haver de comprovar-se;pois Pscoa, uma festadaPscoade to grandesignicado comoo mundo ainda no presenciou neste trigsimo terceiro perodoariano. E l onde a luz brilha sobre a pedra removida, h sempre uma multido que foge e um apenas que se aproxima. AFraternidade sada este nico com alegria, e reina entre ele ea Fraternidade quietude e silncio serenos. Por esse nico irmo,ouessa nica irm, regozijamo-nosmaisdoquepor mil fazedoresde lapis spitalancus.

    Quando a humanidade* admicacaiud ocu, qual flama gnea,comeladesceram tambmaDoutrinaUniversal eoshierofantes*da Fraternitas Universalis, que vieram humanidade de acordocom determinado plano. Como rias eles se manifestaram, ensinaram a humanidade e a ela deram o exemplo, seguindo a divinaideia redentora, como um verbo vivente, como um estado de ser

    que eles realizaram em si mesmos.Aocoroaremsuamisso,pairavasobreosepulcrodamatria agura celeste, viva, vigorosa, inclume e real. Os alunos que issopresenciaram eviram a realizao d o milagrequevenceamatriae a morte, exultaram: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor!

    Eles seguiram seu Senhor para alm do tmulo. Tambm efetuaramdemaneira sistemticaeestrutural osagradoprocesso do

    renascimento e constituram a primeira colheita.No decorrer dos sculos, os salvadores deram prosseguimento obra. Colheita aps colheita foi recolhida, e assim nalmente seformou a multido que ningum pode contar, a Fraternidadedos Primognitos no Reino da Luz, dos ressurretos que foramresgatados da terra mediante seu sangue. Tal Fraternidade temsido escolhida dentre todos os povos e raas, desde o incio da

    ordem dialtica.

    Expresso utilizada no livro As npcias alqumicas de Christian Rosenkreuz

    para designar a falsa pedra losofal (..).

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    Passo a passo, a humanidade foi de uma festa da Pscoa aoutra. Inmeros fugiram do sepulcro, mergulharam em sua conscincia biolgica e em suas anomalias, mas milhares e milharesvivenciaram em seu ntimo: Ressuscitou verdadeiramente oSenhor!

    Assim, h o grupo dos incontveis, que tem feito algo muitodiferente do que o cansativo abanar os ramos de palmas e clamarhosanas. Sob a direo de sublimes hierofantes, o grupo trabalhou na reconstruo da terra-cu. A verdadeira nova morada dahumanidade est preparada, qual noiva que se enfeitou para onoivo.

    A Fraternidade tem como meta e misso indicar o trplicedesenvolvimento alqumico, humano e terreno de uma festa daPscoa eterna, que se aproxima, e a manifestao alqumica deum novo campo de vida, nas duas esferas da dialtica, a todos os

    que experimentam algo do homem celeste em seu prprio ser e,desse modo, podem testemunhar diretamente do ntimo: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor! O reino celeste penetra nomacrocosmo,* tal como o corpo celeste no microcosmo. Quemtiver ouvidos para ouvir, que oua o que o Esprito Santo tema dizer-lhe. A sublime obra de salvao de Cristo aproxima-sede sua consumao legtima e histrica. Um poderoso coro de

    incontveis entoa: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor!A inquietao momentnea em nosso cosmo planetrio se explica pela formao de um novo campo de vida, com condiesatmosfricas inteiramente diferentes, o que ser acompanhadode profundas alteraes geolgicas bem como de uma srie deacontecimentos notveis nos diversos reinos da natureza. Umaalegria innita apodera-se de todos os que conseguem compreen

    der e reconhecer que a aflio de muitos ter m. E toda ilusoser desmascarada.Agora talvez possamos entender as palavras da Confessio Fra

    ternitatis Ros Crucis: Uma coisa devemos esclarecer aqui, [], a

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    saber, que Deus decidiu devolver ao mundo que pouco tempodepois dissoperecer averdade, a lu z e a dignidade, asquais eledecretousair doParasojuntocomAdo, a m d e mitigar a misria humana. Por isso, apropriado que retrocedam a falsidade, astrevas e a servido [].

    Osqueesto ligados Rosa-Cruz realizam para si essa festa daPscoa, a mais gloriosa de todas.

    A Fraternidade e seus alunos no se atm, contudo, ao brilhodo passado; se o zessem, a Pscoa no passaria de uma narcose,daqual se desperta, no diaseguinte,plidoedesiludido, diante deuma pseudorrealidade despedaada. No, eles esto no sepulcroda matria. Caveiras riem para eles, e os odores ftidos da decomposio espalham-se pelo mundo qual vapores venenosos. Amorte cinzenta saiuvencedora milhesdevezes. E, noentanto, aLuzsempre tornaadescer neste covil deassassinos, entregando-se

    prisioneira, para da ascender, inclume, em perfeita glria.Na mais maravilhosa de todas as festas da Pscoa a grande colheitaseevidenciar microcsmicaemacrocsmica. Domesmomodo como ocorre na vida do aluno, tambm se evidenciar naatual agitao da revoluo espiritual, diante do mundo inteiro:Ressuscitou verdadeiramente o Senhor!

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    Em antigos relatos dos mistrios, lemos sobre mensageiros daLuz uns grandes, outros menores, que em determinado momento surgiram no mundo. Eles estenderam a mo salvadora humanidade cuja conscincia estava totalmente obscurecida,

    mas plenamente de acordo com as respectivas circunstncias com o objetivo de proteg-la de uma queda maior.Um dos maiores mensageiros divinos que trouxeram a luz

    para a humanidade foi, sem dvida, Sri Krishna, que deve ter vividoaproximadamente h . anos. Suagloriosae imperecvelrevelao deve, portanto, ter ocorrido por essa poca.

    O que sabemos por meio dos inmeros livros e lendas sobre

    sua vida autoriza-nos a consider-lo como o maior mestre dosindianos e situ-lo no mesmo nvel de todos os grandes mestresmundiais. Tudo o que lemos sobre ele nos parece muito familiar,provavelmente porque a biograa desse redentor, que viveu h. anos, assemelha-se totalmente de Jesus, o Senhor.

    EssasemelhanatoevidentequeosmistriosdeKrishnanosfornecem a prova incontestvel da existncia de uma linguagem

    universal, e de que todos os grandes mestres do mundo tiverama mesma misso. A esse respeito, portanto, podemos falar comrazo de Doutrina Universal. Essa Doutrina no velha nemnova. Ela foi e sempre ser a mesma, assim como se diz que Jesus

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    omesmo, ontemehoje. A limitaodas teologias cristscomoum todo aparece claramente, quando comparamos seu conceitode Cristo com o desvelo universal de Cristo.

    Jesus, o Senhor, disse a seus discpulos: Antes que Abraoexistisse, eu sou. Isso se conrma literalmente, se observarmosa vida de Krishna. O Krishna de h . anos e o Jesus de h. anos so, como manifestao de Deus, um s, o mesmo.

    Diz-se que Krishna, assim como Jesus, o Senhor, nasceu deuma virgem. Tambm Krishna nasceu em uma gruta ou estbulo, e seu nascimento, tal como o de Jesus, foi anunciado poruma estrela. Aps o nascimento de Krishna tambm se ordenouuma matana de crianas, na inteno de elimin-lo do mundo.Ele igualmente realizou curas miraculosas, derramou seu sanguepela humanidade e, tal como Jesus, foi representado dependurado na cruz. Tambm ele desceu ao inferno, ressuscitou dos

    mortos e subiu ao cu. Ambos os nomes Krishna e Cristo tm o mesmo signicado. Cristo foi denominado o bom pastor e Krishna, o pastor. Krishna foi igualmente tentado pelodemnio. ComoJesus, elepassoupor uma transgurao, fezumSermo da Montanha e desempenhou um papel em pescas milagrosas. Jesus foi venerado pela pecadora Maria Madalena; algosemelhante podemos ler sobre Krishna.

    Assim, muitas comparaes podem ser feitas, excluindo-sequalquer casualidade. Quem estiver familiarizado com o esoterismo tambm rejeitar resolutamente a concluso supercial deque o Evangelho foi copiado de escrituras mais antigas.

    Ao estudioso resta somente a concluso de que uma mensagem imutvel sempre foi transmitida humanidade, atravs detodos os tempos. Essa nica mensagem muda s vezes de forma e

    colorido, conceito e vibrao, quando seres dialticos, apesar deesforos honestos, no conseguem egar a uma correta compreenso e, mesmo assim, se dedicam a transmitir essa mensagem daluz.

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    Uma das primeiras tarefas de cada aluno de uma escola espiritual autntica libertar-se de qualquer religio de raa ou depovo, de qualquer religiosidade cultural. O aluno no deve estarvoltado especialmente para o Oriente ou para o Ocidente; devepermanecer no universal, na prpria linguagem divina, absoluta.A tal aluno ser dado reconhecer cada grande mestre universale compreend-lo como aquele que o mesmo, ontem e hoje.Desse modo, jamais lhe faltaro respeito e gratido por qualquerinstrutor da humanidade, seja ele quem for.

    Se essa for vossa vivncia como verdadeiros cristos, permanecereis semprenouniversal enuncasereissectrios. Ento estareisabertos poderosa corrente da graa divina, que envolve estaterra decada em amorosa assistncia. Isso vos concede a possibilidade de compreender os mistrios de Krishna, para ento vivenciar interiormente esses mistrios, semelhantes aos de Cristo.

    Esperamos que compreendais essa linguagem at o sangue.O grande mistrio universal baseia-se no fato de que toda criatura humana temapossibilidadedeelevar-sedo arcodehorrore pecado e retornar novamente ao reino imutvel e imperecvel.Esse o nico mistrioessencial, o ncleo indispensvel em tornodo qual tudo gira. De que adiantaria a um ser humano decadotodaasublimidadeemajestadedivinas, se nohouvessenenhuma

    possibilidade, nenhum caminho para elevar-se a esse mistrio?Por isso, temosa inteno de falar-vossobreessemistrio,paraque possamos descobri-lo em conjunto e v-lo claramente. Seobtivermos xito, o caminho da salvao abrir-se- diante devs e teremos cumprido nossa tarefa, ligando-vos com o nicoimperecvel que aqui vos pode ser ofertado.

    A fora astral deste planeta domina e rege nosso sangue e nosso

    sistema nervoso autnomo. Essa fora astral a mais degenerada,aforanuclearmaisprofundamentedecadadanaturezadialtica.Por um lado, esse fluido astral planetrio o portador da foraespinal e de vosso conhecimento que a fora espinal forma a

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    base para a conscincia e a mentalidade; por outro lado, a foraastral controla os teres, conservando desse modo toda a forma.

    Quando o aluno examina essa condio de vida, reconheceque apenas poder ser salvo mediante uma nova fora astral queo capacite a elevar seu pensar compreenso consciente da metadivina. Se houver essa compreenso, a forma de agir se modica. Esta, por sua vez, a condio preliminar para a assimilaodos quatro alimentos* santos, que nalmente levaro o aluno regenerao completa.

    Esse o caminho que todo francomaom dever trilhar paraaproximar-se do objetivo divino. assim que a Fraternidade*Universal nos oferta o fluido astral da salvao. Grandes instrutores mundiais tm surgido entre ns, atravs dos tempos, paraligar esse fluido astral salvador nossa esfera de vida de modocorreto e indissolvel. Com divina regularidade eles se sucedem,

    um aps outro, a m de conservar esse grande fluxo da graa emant-lo perfeito, na direo certa.Portanto, os grandesdoEsprito novieramapenaspara trazer

    ensinamentos, divulg-los e assent-los. No, sua tarefa e missoconsistia, entre outras coisas, em manter pura a sagrada substncia etrica para os seres humanos seriamente empenhados emcolocar os ps no caminho da paz, para que pudessem encontrar

    os eternos portais da nova vida.Esses grandes no vieram, portanto, a servio do homem dialtico,mascomoservidoresdoreinode Deus,comocumpridoresda eterna palavra, conforme se diz de Jesus.

    Concordais com isso? Qualquer pessoa sabe que uma forapura no pode manter-se por muito tempo em um ambiente devida decado e corrompido. Visto que a vida pecadora da humani

    dade no mundo da dialtica uma condio constante, pode-seimaginar que uma fora redentora logo teria de retirar-se desta escura sepultura terrena, se a no houvesse focos aos quais pudessedirigir-se.

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    Por isso, essa fora salvadora e libertadora sempre ligada denovo nossa treva por um amor inconcebvel para a conscinciahumana. E, assim, quem desejartrilhar ocaminhodasanticao,como h . ou . anos, hoje tambm pode empregar ogrande mistrio universal para sua salvao eterna.

    Se isso tudovosestiver claro, compreendereis por que Lcifer* colocado ao lado de Cristo nas escrituras sagradas do cristianismo. Lcifer , pois, o smbolo da fora astral da natureza, naqual no existe substncia redentora. Visto que somente Cristoirradia o prana de vida redentor, ele a nova estrela matutina,que vem para nos ofertar o man da vida.

    A fora astral salvadoradaFraternidadeUniversal, quesemprenos trazida novamente, designada, com muita propriedade,como sangue, como sacrifcio de sangue. Portanto, tambm correto quando se diz literalmente: O sangue de Jesus Cristo

    nos purica de todos os pecados.A fora astral est ligada ao sangue e ao fluido nervoso dosistema simptico.* O corao a grande porta de entrada paraa fora astral, no apenas simblica ou losocamente, mas noplano fsico. Quando,portanto, ditoquedevemosofertar nossocorao a ele, ao Senhor de nossavida, ento podemos compreenderpor