A1 BC1519 Luz Raios Fermat
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BC1519 CIRCUITOS ELTRICOS & FOTNICA
Fundamentos de ptica e Fotnica. ptica de Raios. Princpio de Fermat. Leis de Reflexo e Refrao.
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O que FOTNICA?
Analogia Fotnica Ftons
Eletrnica Eltrons
O que so FTONS? Fton = Partcula elementar associada radiao eletromagntica
= Quantum de energia eletromagntica
pacote elementar de energia
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FOTNICA Definio genrica: rea da cincia relacionada s aplicaes tcnicas
da luz Aplicaes concentradas principalmente a regio que cobre a faixa espectral
do UV, Visvel, e IR.
Para entendermos as aplicaes da luz fundamental conhecermos suas propriedades
PTICA o Ramo da Fsica que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiao
eletromagntica, visvel ou no.
OBS.: O termo luz usualmente refere-se radiao eletromagntica na regio visvel do espectro. No h, contudo, uma definio formal. O termo s vezes utilizado para se referir radiao eletromagntica de qualquer frequncia (visvel ou no)
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PTICA: MODELOS TERICOS Os modelos evoluem historicamente com o desenvolvimento da cincia. A evoluo do entendimento da natureza da luz permite a explicao de
novos fenmenos observados experimentalmente.
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PTICA: MODELOS TERICOS PTICA GEOMTRICA (PTICA DE RAIOS)
o Trata a luz como raios. No considera o carter ondulatrio da luz.
PTICA ONDULATRIA o Aproximao escalar da ptica Eletromagntica. No considera o
carter vetorial do Campo Eletromagntico
PTICA ELETROMAGNTICA o Descrio da luz a partir das Equaes de Maxwell. No considera
a quantizao do Campo Eletromagntico
PTICA QUNTICA o Descrio da luz a partir da Eletrodinmica Quntica; o Explica a interao entre ftons e tomos e permitiu o desenvolvimento do
laser e de diversos dispositivos fotnicos utilizados atualmente.
PTICA
CLSSICA
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Luz = Onda ou Partcula? o Ondas e partculas tm caractersticas clssicas contraditrias
Por ex., duas ondas podem se cruzar (ocupar o mesmo lugar no espao). O mesmo no ocorre para dois corpos clssicos.
Re: Depende do experimento! A natureza corpuscular e ondulatria so ambas detectveis separadamente e surgem de acordo com o tipo de experincia. o A luz pode se comportar como uma onda
Ex.: Experimentos de interferncia e difrao da luz o A luz pode se comportar como uma partcula
Ex.: Efeito Compton (Espalhamento de raios-x por eltrons) e Efeito fotoeltrico (Processos de emisso e absoro de ftons)
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Princpio de Complementaridade (= Dualidade onda-partcula) Conceito central da mecnica quntica enunciado por Niels Bohr em
1928 o A natureza da matria e da energia dual e os aspectos ondulatrio
e corpuscular no so contraditrios, mas complementares
o Energia de um fton (Equao de Planck-Einstein) Relaciona a energia de um fton frequncia da radiao
hE ph =
h = Constante de Planck
[h] = Energia tempo ; SI: [h] = Joule segundo (Js) h = 6.631034 Js (SI) h = 4.141015 eVs (1 eV = 1.601019 J)
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Momento de um fton Momento p = vetor
o Direo de propagao da luz
o Magnitude do momento ( p = p) )( chhp ==
Energia e momento esto relacionados atravs da velocidade da luz:
c = 3 108 m/s (vcuo)
pcEphchchhE phph ==== )(
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Radiao eletromagntica: Frequncia e comprimento de onda Frequncia = Nmero de oscilaes por segundo
o Smbolo:
o Unidade SI (Sistema Internacional): [ ] = segundo1 = Hertz (Hz)
Comprimento de onda = distncia entre dois mximos (ou mnimos) sucessivos da onda
o Smbolo: o Unidade SI: [ ] = metro (m)
e esto relacionados com velocidade da luz (c) atravs da expresso: c =
z
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ESPECTRO ELETROMAGNTICO Dividido em faixas de frequncia
Frequncias aproximadas em Hertz (ciclos/segundo) Raios Gama: 1022 (Hz) Infravermelho: 1013 Raios X: 1018 Microondas: 1010 Ultravioleta: 1016 FM-AM: 108 - 106 Luz visvel: 51014 Ondas longas: 104 - 1
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FAIXA VISVEL DO ESPECTRO ELETROMAGNTICO COR: Definida pela frequncia da radiao
Espectro visvel de 750 THz (violeta) at 430 THz (vermelho) Ordem de grandeza: 51014 ciclos/segundo
0.5 m (1 m = 1106 m = 1 milsimo de milmetro)
(THz)*
Eph
(eV)***
750 675 630 590 525 510 460 430
400 445 475 510 570 590 650 700
3.1 2.8 2.6 2.4 2.2 2.1 1.9 1.8
(nm)**
violeta anil azul verde amarelo laranja vermelho
* Frequncia em Terahertz (THz); 1 THz = 11012 ciclos/segundo. ** Comprimento de onda em nanometros (nm); 1 nm = 1109 metros. *** Energia do fton em electron Volts (eV); 1 eV = 1.601019 Joules.
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PTICA GEOMTRICA (= PTICA DE RAIOS) Trata a luz em termos de RAIOS
o Raio de luz = Conceito abstrato til na descrio do sentido de propagao da luz
RAIOS DE LUZ: PROPRIEDADES o Propagam-se em linha reta em meios homogneos
o Podem se dividir e mudar de direo quando a luz atinge uma interface que separa dois meios (Reflexo e Refrao da luz)
o Seguem caminhos curvos em meios onde existe uma variao gradual do ndice de refrao (Miragens)
PTICA DE RAIOS: No leva em conta o carter ondulatrio da luz (,). o Efeitos como interferncia e difrao no podem ser explicados.
o tima aprox. quando
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POSTULADOS DA PTICA GEOMTRICA 1. A luz se propaga na forma de raios.
o Os raios so emitidos pelas fontes e podem ser observados quando atingem um detector ptico.
2. Um meio ptico caracterizado por uma quantidade n 1, chamada
ndice de refrao. O ndice de refrao a razo entre a velocidade da luz no vcuo ( 0c ) e a velocidade da luz no meio (c): ccn 0 .
Constante 0c = 299.792.458 m/s ( 8103 m/s) ndice de refrao do vcuo 10n
o O intervalo de tempo t que a luz leva para percorrer uma distncia
d proporcional ao produto dn , conhecido como caminho ptico.
De fato, 00 === cdnncdcdt )( .
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3. Em um meio no homogneo, o ndice de refrao n(r) funo da posio r.
Notao: vetor r = (x, y, z) = zzyyxx ++ , com zyx ,, os versores nas direes das coordenadas x, y e z, respectivamente ( 1=== zyx ). o O caminho ptico () de certo percurso entre dois pontos A e B
ento calculado como,
dsnBA= )(r
com ds a diferencial do comprimento ao longo do percurso. o O intervalo de tempo t .
De fato: = dtt e 0== cdsncdsdt )(r 0= ct .
A
B
ds
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4. PRINCPIO DE FERMAT o FORMULAO ORIGINAL 1657
Raios de luz viajando entre dois pontos (A e B) seguem o percurso de menor caminho ptico (= mnimo tempo de viagem) Princpio do tempo mnimo Vlido na maioria dos casos.
PORTANTO:
o EM UM MEIO HOMOGNEO, A LUZ SE PROPAGA EM CAMINHOS RETILNEOS Meio homogneo nn =)(r (constante) c = constante
cdt = Tempo mnimo corresponde ao percurso de menor
distncia entre dois pontos linha reta.
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Experimento simples ilustrando o princpio de propagao retilnea da luz.
Sombras so projees de aberturas
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PINHOLE CAMERA (Cmera de Furo) Utiliza o princpio de propagao retilnea da luz. essencialmente uma caixa fechada (light-proof )
com um pequeno orifcio No utiliza lentes. Um filme fotogrfico pode ser utilizado para registro.
Existe compromisso entre luminosidade e resoluo ().
Anteparo com pequeno furo
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REFLEXO E REFRAO DA LUZ Quando um raio (raio 1) atinge a interface que separa dois meios
distintos (por exemplo, ar e vidro) temos uma frao refratada (raio 2) e outra refletida (raio 3)
n1 n2 2
1
3
AR VIDRO
1 3 2
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Os raios incidente, refletido e refratado (ou transmitido) esto todos contidos no mesmo plano, chamando plano de incidncia.
O plano de incidncia est definido pelo raio incidente e pela normal interface.
2 3 1
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REFLEXO VIA PRINCPIO DE FERMAT Dentre os raios de luz emitidos pela fonte (ponto A) que so refletidos
pelo espelho, qual atinge o ponto B?
EM OUTRAS PALAVRAS: QUAL O MENOR CAMINHO PTICO?
B
Espelho plano
A
? C
y
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REFRAO VIA PRINCPIO DE FERMAT Dentre os raios de luz emitidos pela fonte (ponto P1) que so refratados
pela interface que separa os dois meios, qual atinge o ponto P2? EM OUTRAS PALAVRAS: QUAL O MENOR CAMINHO PTICO?
P1
P2
Y
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LEIS DE REFLEXO E REFRAO (DEDUO A PARTIR DO PRINCPIO DE FERMAT NO APNDICE)
LEI DE REFLEXO: 31 = ( 1 : ngulo de incidncia, 3 : ngulo de reflexo) LEI DE REFRAO (= LEI DE SNELL): 2211 = sinsin nn ( 2 : ngulo de refrao)
n1 n2
2
1
3
1 3 2
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Lei de Snell: 2211 = sinsin nn
o Se 12 > nn ( 12 < cc ) 12 < // Se 12 < nn ( 12 > cc ) 12 >
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REFLEXO TOTAL Se 21 > nn (i.e., a luz vai do meio mais refringente menos refringente; Ex.: gua ar), medida que 1 aumenta, 2 tambm aumenta e 12 > . Logo, existe um ngulo de
incidncia crtico ( c =1 ), para o qual 2 = 90 graus. Reflexo total ocorre para c >1 , quando no haver feixe refratado e toda energia incidente ser refletida.
Lei de Snell p/a c = : 221 =90= nnn c osinsin 12= nncsin
o Exemplo: gua ar, n1 1.333 n2 1 c 48.6 graus
1
2
c =1
2=2 pi
0=1 0=2
c >1
2n
1n
P )arcsin( 12= nnc
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PROPAGAO DA LUZ EM MEIOS NO HOMOGNEOS Em um meio no homogneo a luz se propaga em caminhos
curvilineos. (OBS.: Em incidncia no paralela ao gradiente de ndice). Explicao qualitativa: Considere um meio estratificado, formado por
camadas de diferentes ndices de refrao
Lei de Snell: 2211 = sinsin nn , Se 21> nn 21 <
(O feixe se afasta da normal)
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CURVATURA DOS RAIOS DE LUZ E FORMAO DA IMAGEM A curvatura dos raios de luz no percebida pelos olhos. De fato, no sabemos
o que ocorre com os raios de luz antes de chegarem at ns Nossa informao visual uma imagem projetada na retina.
Para o observador, a posio aparente do peixe no coincide com sua posio real.
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CURVATURA DA LUZ EM MEIOS NO HOMOGNEOS EXEMPLO COMUM DE MIRAGEM: gua falsa sobre a rodovia
em dias quentes.
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ATIVIDADE EXTRA: Simulaes PhET http://phet.colorado.edu/en/simulation/bending-light
Explorar a curvatura da luz entre dois meios com diferentes ndices de refrao. Veja como a mudana dos ndices de refrao dos meios altera o ngulo de refrao.
1) Selecione: meio 1 = Ar e meio 2 = Mystery A. Determine o ndice de refrao desse meio.
2) Selecione: meio 1 = Mystery B e meio 2 = Air. Determine o ndice de refrao desse meio. Mea o ngulo crtico utilizando o transferidor no Toolbox.
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APNDICE: Deduo da Lei de Reflexo atravs do Pr. Fermat Dentre os raios de luz emitidos pela fonte (ponto A) que so refletidos
pelo espelho, qual atinge o ponto B?
o Re: Raio que atinge o ponto C (ao longo da coordenada y) para o qual mnimo. Podemos determinar C fazendo 0= dyd .
B
Espelho plano
A
? C
y
y C
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Desejamos calcular o ponto ),,( BBA yxxyy = na superfcie do espelho para o qual 0= dyd
o Ax e Bx so as distncias horizontais dos pontos A e B ao espelho
o By distncia vertical entre os pontos A e B.
Considerando o meio homogneo
= mnimo BA dd + = mnimo
22 += yxd AA , 22
+= )( yyxd BBB
122==
+= sin)(
AA
A
dy
yxy
dydd
322=
=
+
= sin)()(
)()(B
B
BB
BB
dyy
yyxyy
dydd
3131 =0=0=+ sinsin)(
dyddd BA
B
A xA
yB
0 0
y
xB
dA
dB
3
1
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Deduo da Lei de Snell atravs do Princpio de Fermat
Caminho ptico: +== 2211][ dndndn ii 21
211 yxd += e
21
22
22
222 )( yYxyxd +=+= ; Yxx ,, 21 = constantes; 1y ( 2y ) = variveis
21
222
21
211 )(][ yYxnyxn +++= . Para obter ][ mnimo fazemos 0][ 1 = dyd
0)(
)()()1)((2
212
21][
2
22
1
112
122
122
121
112
122
122
121
11
1==
+
+=
+
++
=
dy
ndy
nyYx
yYn
yx
yn
yYx
yYn
yx
yn
dyd
0sinsin 2211 = nn 2211 sinsin nn = (Lei de Snell)
P1
P2
Y
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PRINCPIO DE FERMAT (Formulao geral) o Raios de luz viajando entre dois pontos (A e B) seguem um percurso
tal que o caminho ptico (ou tempo de viagem) entre os pontos um extremo com relao aos caminhos vizinhos.
Um extremo significa que a taxa de variao do caminho ptico com relao aos caminhos vizinhos zero, i.e.,
0=B
Adsn )(r
O extremo pode ser um mnimo, um mximo, ou um ponto de inflexo. Usualmente, o extremo um mnimo Raios de luz viajam
atravs do percurso de menor OPL (= tempo mnimo) (s vezes o menor OPL compartilhado por mais de um percurso, que so ento todos percorridos simultaneamente pelos raios).