1ENTO DE DOEN

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CONTRIBUI<;:OES DAS BRINCADElRAS POPULARES NA PREVEN<;:AO E/OU TRATAI\1ENTO DE DOEN<;:AS PSiQUICAS EM CRIAN<;:AS CURITIIlA 2010

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CONTRIBUI<;:OES DAS BRINCADElRAS POPULARES NA

PREVEN<;:AO E/OU TRATAI\1ENTO DE DOEN<;:AS PSiQUICAS EM

CRIAN<;:AS

CURITIIlA

2010

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Vund<rlize T. de Oliveira

CONTRIBUJ<;:OES DAS BRINCADEIRAS POPULARES NA

PREVEN<;:AO E/OU TRHAMENTO DE DOEN<;:AS PSIQUICAS EM

CRIAN<;:AS

Tr;lbJlI10 de COllclusuo de CUl~O II :'Ipresent:tdt) ~IOCurso de Educ1.lyJo Fisien da Fo.culdndc deCicnci('ls Bio16gicztS c de S.,udc c\:\ Univcrsidndel'uiuti do I'flr~Hla como requi~i(o p:\rci:'lJ p~\rn aobten~i\o do Titulo de Liccnciado em Educ:u;:1oFisic~,.

Oriclll41dorn:Prof.-Ms. Al~~andn' D:II'lin Dal'Col

CURITIBA

2010

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TERMO DE APROV A<;:AO

Vnndcrlizc T. de Oliveira

CONTRIBUI<;:OES DAS BRINCADEIRAS POPULARES NA

PREVEN<;:AO E/OU TRATAi\'IENTO DE DOEN<;:AS PSiQUlCAS EM

CRIAN<;:AS

Esta l11onogmfia roi julgadn e aprovuda para oblenyflo do titulo de Licenciado em Educm;ao

Fisica peb Universid,,(\e Tuiuti do Parana.

C'ritiba.16dejunhodcl010 .

. ~=Orientrtdora Professora Mestre Alessandro Dal'Lin Dal'CoI

Unive~idade Tuiuti do Parnn:i

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DEDICATORIA

De-dico este trabitlho a Vnldcvino c M:lrin. que t"m ncnhul11 momento me<iirmn

esfo~os parn a realiza950 dos mCllS sonhos, que me guj,mnll pclos cmninhos

corretos, me ensinaralll a fazer 35 melhores escolhns, me mostrnram que :1

honestidadc, 0 rcspeito e a cducn~io sao essenciais £1 vidil, c que dcvemos semprc

lutnr pclo que queremos. A des clevo (I pesso:! que me tomei, SOLI extrcmamcnte feliz

c te-nhc muito orgulho de chama-los de pai c mi'ie. Amo voces!

Ao mell naivo Leundro peln cOl11precns:io c a enonne IXlcil:!llcia, estanda comigo em

cada novo passo d~1 yid;'I, celto ou ClTudo, scmpre me apoiando.motivundo e

ensinnndo a ser lima pcs::;O;\ melhar.

Ao mell imlao Alex.mdre pelo cnrinho c comprecilsao.

A todos da millha fnmilia que me dcram fOI'~as atrnvc.\ de onu;:ues.

E em especial" DEUS, meu supm1c, mel! auxilio. mel! escanderijo secreta, ondc

sempre encontrei rcsposlus pam os meus problemas.

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AGRADECIMENTOS

Nao POllC:lS pcssons forom importantcs para que mais essa ctnp:1 se realiznsse. Scm 0

auxilio deles, nada Icria sido possivel.

A jornadu utc aqui foi \onga c dum, s(,lltci~me muilas vczes durnnte 0 caminho e por

divcrsas vezes dcst:jci pltrar. Se hojc estoll cumprindo mnis uma chlpa cb minha vida.

foi grn<;as.:l gr.:mdc5 prescnles C 0p0l1unilii.ldcs que DEUS me dell.

Agrnde~ aos mcus pais Valdevino e Maria. que scmpre me apoiaram, estivernm

prescntes e Jcrcditamm em mim, incentivando-me!la busca dessc sonha.

Ao mel! naiva Leandro, amigo, compnnheiro E"cumplice, pelt! paciellci~l, por toleraf a

minha impacifncia e ficar do meu lado. ah sc naa fosse voci!!

A mel! inniio que tambem fez p:trle ciesla tn~et6ri:l, obrig;:ldo pel a amizade e carinho.

A profcssom Ale, MARA VILHOSA, lTILiito obrig..1do peb orientnyao, por sempre

estar prontn n me atender, pcJo carinho, dedicac;:no. respeito, por ser mais que nossa

professora, por ser noss:1 amib'11e acima de tudo pOl' acredita.r em minha capacidnde.

Quero ser iguaJ a voce quando ell cresc.er!

A Camila. parccirn dos estilgios e companheim durante (IS long~s viagcns de "buz:io"

aU: em casa, CJuantos risos, quantas coisas inusit:ldas, j;i estou com s3udadcs.

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Aos amigos da Fnculdnde, que ;:ljudarnm a escrever mais um C4.1pitulo importnnte da

minim vida, em especial aqucles que sao muilo 11l:lis que ilmigos Althur, Cnmilil,

D~lOiel, Dilvi, De.horn, DOllg\<lS, rern:mdn, Fernillldo. George (Jap:.), Guilhennc

(Gui), laquelinc, Marcelo, Rafael e Viviane-. Vocts scmpre ter:io 11111 lug,."lr especial

cIl11llinh3 vida.

A todos os professores dn Tuiuli CAde\. Aless;\11dra Corles. Alessundra Dal'Un,

Andrea, AniV:l, Bentriz, Cynli;l, Eduardo, Elcimar, EJi:.me, Euza. Fabiano, Gerson,

H6lia, [vana, loao Hcnriquc, M[II'Cia, M:uco M:mn. Maria Regina, Marian:l, Michel,

Od ••ir. Paulo, Rolando, Sandra, Sergio, Valeria e Valter), muito!!. jit se lomm, outros

continuum, novos vicram, mas lodos contrihuirnm pam 110550 creseimcnto, obrigado

pelo conhecimento lransmilido, c por estarem scmprc dispOSIOS a nos atender.

Aos funcion{lrios, em especial a Neu:at c t\O Giovani, scmprc prontos a nos Oljudar.

A todos dn minim familia (:1\105. lios c primos). que ~tTl om90~5 lorciJm por mim e

contribuirmn pam que eu chegnssc ate n.qui.

Enfim a tudos que dirctn Oll indiret:lmentc fi".lzem p:1I1c dessa hisl6ria. Meu carinho c

muito obrigndo!

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Apcsar dos nossos dcfeitos, precisnmosem.crgnr que somos perolrts {miens no toatrod.1 vida c cntender que n:'io cx:islem pcssoas desuccsso e pessoas fi·.,cnssadas. 0 que existemsao peSSO:lS que iutHm peios sells son ito:!' oudesistem ddes.

Augusto Cury

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I MOTlVA<;:AO

Durante toda minim inruncin brinquci nn rua, jog,nv" hetcs, and:lV<l de c:minho de

ralima, an(\avl1 de bicicleta. pulava 3mareiinhu, jog.1va bolinhn de glide com meu il1niio, mells

primos e vizinhos, pulavn cortia, enfim aproveitav:l mell tempo brincnndo Iivremente.

N~lS materias de Fundamentos Didflticos Pcdag6gicos e Pcdngogia do Movimento I,

lccionadas peln professorn Ale.'isandra Oal'Lin, tivemos cont:-Itn com 0 temo. Brincadeirns

Popuiares au de Rua, e por tcrem feilo parte dn minha vida me identifiquci com 0 assunto. foi

assim que esse artigo Icve seu inicio.

Durante as feri"s de julho do ano passado (2009). enviei um e-mail para a professor;'!

Alessandm, mencionundo It vontadc de falar sabre "s brinc:1deirus popui:lres no trnhalho de

conc1usao de curso que tcriamos que comct;::lf a f~zef no semcstre que irin inicinr, mas nuo

sabi:l ao certo que caminho tamar. A professorn sugeriu urn lema, relacionnndo doenc;as

psiquicns, como ansiedade, cstressc e dcpress;10 em crianlflls, com as brincadeiros populnres, 0

que motivou-mc ninda mais.

Perccbcndll que hojc as crinnc;ns ji1 Il:iO brincam como btt nigulls nllQS :Itnls. e

subendo da importancia do brincar para 0 dcscilvolvimento fisico e emocional dn cri.;m<;:n,

relacionrmdo com 0 aumento do IlllllH:ro de cnso!o; de cri;mya..o; com unsicdade, C'stressc e

depress.io, foi despeltildo 0 inkressc pelo tcma p:lnl a I'eJliz:u;:io dc.ste estudo. s:lbcr se as

brincadeirns populares nuxilialll na prevenc;ao ou no tmtmnento dcssas pntologi:ls. visto que

com 0 aV:lnc;:o da tecnologia c a transfofmn<;tio da eslruturo familiar a TOlina dns criam;as foi

modificada e 0 tempo livre dell iug..1r ,\5 brinc,adeirns pianejndas, org;mizadns e limitndos.

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2 ARTlGO ORIGINAL

CONTRIBUICOES DAS BRINCADElRAS POPULARES NA

PREVENCAO E/OU TRATAMENTO DE DOENCAS PSiQUICAS EM

CRIANCAS

OLIVEIRA, Vanderiize Tcrezinha de - UTP - PR

vanderlizcoliveim@hotl11:lil.com

DA L COL, Alessandm Dol Lin - UTP - PR

profe:tle [email protected]

Area TcmMicn: Fonn,'\(;ao de Professorcs

Agcncia Financiadorn: Nilo contou com fin~mcimnento

ResulI10

Aparentcmentc, e passivel que um modo de vida contcmponlneo poss", colabomr pam 0

numcnto do numero de cases de CrianyHS com doenyas psiquicas. Percebendo que as crianpsestJo adquirindo cada dia mai5 cedo responsahilicladcs e h;m tempo livre para brineilr. surgiudestc modo, 0 principal objctivo do presentc trahaJho, invcslig;tf a contribuiy;to dashrincadeirns popularcs na prevcn~50 clOll trut:tmento dessns parologias em crian<;ns. Ametodologi3 utilizilda foi it pesquisl dcscritivn do tipo qucstionArio. Tendo em vista 0 objetivodo estudo :1:llTIostm fbi compostn pori 0 psicologos de "mhos os sexos da eidnde de ClIlitiba,que atuum no Conselho RegiOlhll de Psicologia do Pamn/l. Os resultJdos do presentc estudodemonslraram que os IX\is e a tecnologia n.vnnc;.,da pum IOO~"oda amostrn. sao fatores queconlribuem p:lm 0 5urgimento dessas duen<;,as e p:trn SO~·1.dcsle-s a brinc-adeira pode se-r um:\tonnn. de ImtJmcnto sendo que 70% dos entrevistados prescrcwria 0 brinear ncreditnndo seruma cfic:lz possibilidade., llIn recurso, uma cstmtcgia de trntnmc-nto pam tais patologins. 0 quelevu :t entender que as brincadeiras contribuem n:t preven9uo e no tratamento dns docnyt\spsiquicas, sendo urn dos rceursos stltisintol;os. Esses resultndos indical1l tnmbem aimpOI1~inei" dos professores de Educm;~o Fisica, pois em SUllS~llIlas tCI11n oportunidade deproporcionar momentos ellriquecodores ~s cri;lIl~~'s otraves dns brincadeir.15 trndiciol1:lis, eninda inccntivar e proporcionando lim Illclhor aprovcitamento do tempo Iivre que us crianynsdispoem e contribuir na reduyao do aparecimento de doen9as psiquicas ninda na fase inicial,aiem de ser um mediador. oricntnndo os p~is e Otltros profissiol1ais no perceber l11udanylls nocomportal11cnto da crian~a.

Pala"l':ls-ch:wc: Ansied"de; Estressc: Dcpressilo; Brincadeims tr:.ldicion~lis.

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Introdu~!'io

Sempre que sc pensa na crinm':il fAZ~SCumu rel'erencia ao brincar. Em lllll passado

remoto gunrdamos em nossas memorias <IS brincadeiras de run, que pennitiam explorar 0

espac;:o ~Hraves dos jogos e das hlincadeiras trndicionnis, uma vez que brinc<lr e um:t ntividnde

de gmnde significado pam sell desenvolvimento.

Com 0 passar dos IIll0S nos dep;munos com limn. socicdrsde que reccbeu profullci.:Is

l11oJificlIc;:oes culturais e de comportrsmcnto social, com 0 slll'gimento de novas i<..'Cnologias.

Esso.s 1l1odificac;:oes influcnciarnm no surginwnlo de doen<;ns psiquicas em criill19as,

antes mais freqiiciltes cm ~lduhos.

o tem<l tornOll~5e alvo de invcstig.<\yjes mais dctalhndas. despcrL.1ndo interesse e

preocupac;:no dos profission:tis de sauclc, lima vcz que essas p<ltologias trazem

compromclimentos importantes Ilas func;:ocs socia is, emocionnis e cognitivas, intcrferindo no

desellvolvimento infl.lntil. Ocorrt"1l1 nindo grnndes dificuldncles no que se refere no

diagnostico, porque Illuitas vezes mallifcstam~se de forma mascarada e as erial1~.Hs ni:io

cOllscgucm expre:c:sar 0 que cstao scntindo.

Nesta perspccliva este cstudo procurou identificar 3S possiveis contribuifYocs das

brinc:adeir~\s populares no. prcven<,:;.;o e;foll tratnmcnto dessas patologias em crian<;as. Outr~

fator influencindor jX'Ira0 tema foi em relm;uo ao professor de &Iucar;iio Fisico. UIlHt vez que

as vivencias que as crian~as tem fora. da escola sao impol1nntes c inio bCl1eficia~Jas, m~lS e 0

professor, conhecedor do descnvolvimetlto inr.mtll, qlle ser~i cap.n de intervir c t:stilllular de

forma coerente 0 seu desenvoivimcnto. Scndo assim, pode contribuir para" prevcn9J.o ou

trat:l111cllto das patologias atmvcs dosjogos poplilares. inscrido~os em SU:1Saulas.

Rcvis:1o de- Literatul':t

A sociedade c:tpitalistn do scenlo XXi vem sofrcndo as eonscqi.it-l1cias das

tnmSf0I111:tyoes oriundns dos sctorcs politicos, socia is, l'Conomicos, tecnol6gicos. de

infomlac;oes. cntre outros. Essas conscqiitllcias vilo aJem do social c ncubnm par prejudicur 0

individuo na sua singularidnde.

Docnc;:as que antigamentc eral11 consiclemdas l:aracteristicas de poucos, hoje

emcrgcm deste cenilrio social numa diOlcns50 preocup<tntc. Os tn:mstornos psiquicos

eonhecidos como ;lI1siedadc. estrcsse c depressao. csuio tad" va m:lis scndo l'oco de

pesqui.!ms, documentarios e notil'ias em peri6dicos

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Weinberg c Gould (2001). Molinn (1996). referem-se;\ ansiedade como 1Il11estndo

emocional indesej:ivel considemdo negativo, estado de nervosismo, preocupa~uo, que pode

vnri:u tanto em intcllsidadc qurmto em dura9iio c que sc c[tl1lctcriz~\ por inst'Jbilidade

emociol1ul c desprozer'. A agital;ao elou ativ<lV'10 do corpo tambem 550 caractl~ristiens do

cst ado de ansiahde.

De forma mais especifica, Moro e Modolo (2004) conceituam :l.Ilsied'lde como "um

conjunto de mnnife5ta~6cs comportnmcntais. que podem :lprescntar-se como estado Oll tn1\;o

de ansiedade". SClldo a :msiedade de estado, temporal sujeitas a constnntes v;uial)=oes e a

nnsiedade de trac;o sendo parte dn personnlidadc do individuo e gemlmcntc Olio possui

caractcristicas amca1;adoras.

Dittmar (1997. p.30) aD mem;iona.f sobre 3. :!n!'olied;1de recorre 30 pens:1mcnto dt;;

Freud evidenciando qlle "n al1sic<k.de C um cstndo de aleto, uma fUI1«;io composta que

compreendc tanto um componcnte motor de descarga como uma scnsnl(l,io constituida dos

eontn'trios, pruzer e dcsprnzer"

A ansiedade pode surgjr na inf(mcia, nn. adolesci:ntia c na fase adultil. I)orem, 6 mJ.is

comum que a ansiedadc mnnifeste-sc 11<1infilncia, por c<lusa do modo de viver e dos

estrcssores exiSlentcs n:l s0ciedadc. Oll sejr!, na bllSC-lI do pl1lzcr, nas priv<tiYoes. frustral)=ocs e

puni«ocs qlle cia pass:\ no colidiano.

A agituyuo do dia n diu impoc a crinn~n diferentcs atitzcrcs, a ageo(i:! organiz:tda

ocup.:mdo lodas as horas do di3. ncuba por tornar 0 ambientc lima pannceia de compromissos

quc. se aiterados ou adiJdos, comprometcl11 n perf-eiy.10 da organizn<;50 podendo ger:tr

tmnstomos psiquicos. Molina (1996) ressaltn que ruzer coisas desnecessarias, interrompcr

um<1 atividade planejJda, mud.,r de Jtividnde, f.'lZer um:! coisa per impulso. s:to atitudes

associndas com n :msicd:tde.

As criany.1s portadorns de ;1l1siooJde dcsconh<X't'm as causns da doel1<;a, pais mio

sabcm explic1'tr a origem do que cslJo scnlindo ou temendo, podcm ter mcdo de tudo IlUll1

detcnninado momenta, suus e:l;;pliC<l~OCSmia CQllYenCCIlle ngem de ti,xma como sc aquilo que

elas temem n50 e concreto, e por causa desse desconhecimcnto temclll fular pum as puis.

I A anli~di!de tem um componente de pensamento chOlm••do de ansied3de cognitiva. Ela tern tambem umcomponente de ansiedO'!desomatica. que e 0 gr;;wde ativar;lo fisicOlpercebida. Alem dOldiferencii!t;ao entre liSOInsiedadescognitiva e som;itiQl, outra diferent;a import~nte ;a faler e entre a ansiedade de estado e aansied<lde de tr<lt;o.A ansied;ade de estado e urn estado emocional temporario, em constOintevariac;:lo,comU!ntimento, de aprccm:io e tcn5ilo conscientemente percebidos, iissoclCldo!O com a tltiv;C!lo do Si~tem3nervoso 2ut6nomo. Ao contr~rio da ansiedade de estildo, a IIll1led;adede trar;o f3Zparte dOl~rsonillidade, eurn; tend~ncia comport'llnent;!1 de perceber como ameac;adorils circunstanciils que objetivamente nl0 WOperigosu e de responder a etas com ansiedade de estado d~proporcional.

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A :1.Il~icdilde c 0 estret'tC podem ~r compamdO$ com um icclx-rg: emoo.ixo a~ C<lIlj.3J\'('rdadeimJ. do" dillllrhios, ~ conflitOJ, 0': Ir:lUIl1l\S, as silu<l96cJ C~I!'Ci.§:'tnlc:\ delong" dUrJA;.30, :I lutil p:'tn\ COlllC1:uir objeth·o'j: predclcnniulIdos-, em cim:.l, os SilUi$ eJintom~s, como irriubilidlde, dcsconforto, rt('l¢cS eXII.l,tCr:lOOS c pcqueiK*etlimulo~, fruMr~30, incilp"ddadc de rt'iaxJ.r, f~lig~ criJnic(l, iIlilli~livlorcnn;\ncntc ":Olll i1vid:t C outtm (Op. Cil 1996. p.76).

Os ansiosos sao portadores de um scntimento profundo de "bandono, impotc:ncia,

insegurnnva e complexos de culpa. Alguns pnciclltcs Illuitns vezcs, col0cflll1 as necessidades

dos oulros acima e em primeiro lugar em relavao ;\5 su~s pr6prins necessidades, isso se cleve a

vontade de agrtldar aos oulros a qualquer cuslo.

Alem desles fntores, nlgumas futlyCit'S do organismo tmnbt.!111podem ser alteradns

como: " perda do sono ou dificuldadcs pam donnir, fomc, prescn.;:a de dol', sudorese, aumento

dos b<ltimentos cardiacos, falar em e.xcesso, n~llsea. dian-cia, entre oulm5. Todas t:ssJ.$

mudilnc;:as estiio relacionadas com 0 estrcsse ou n nnsicdnde, que supcrestimulam 0 sistema

ncrvoso autOn0111o. Ainda. un ansieuade pode SCI' milis ditu5a, orientada para 0 futuro e

cnvolver Sl.':nsi"U;OCS Hsicas, GQlnO: tcns:io muscular, sintomO!s gnstrointestinais. sudorcse etc".

(Pereira, 2005 p.09 in Clark, 1997).

Como conseqiicncin dn ansiedadc surge 0 distlJrbio psiquico conhecido como

cstressc. Esta doem;a tem aumentJ.do significativamcntc na sociedade atual, podenda ser

considcrada como limn tlas doen~ns que mais afligctll u humanidade pOl' eslnr prescnte em

praticamente lodas as fni;.;:aset{lri<lsc em todas as localidade5.

t\llolina (1996, p. 18) define 0 estrcsse como "qualqllCT sitlla~o de 11:11550aguda ou

cronica que produz lim:} mudan9il no comportnmcnto Osico e no est ado emotional do

individuo e uma respostn de Jd;:lpta~50 psicotisio16gica que pade ser ncgativ.1 ou positivfl no

organismo'::."

De acordo com DSM (2005) 3 0 estrcsse e "a aitermruo globnl de nosso org..1nismo

pJrn adaptnr~se:t uma situaryao nova, ou as J11Udnny.1sde Ulll modo geral". Pode ser conhecido

tambem como sind rome gel'''! de adnptuyiio. "0 cstrc.sse e um mecanismo nonnal, necessario

c benefico ",0 org,anislllo, pais fnz com que 0 ser humane lique mais alcnto e sensivel diante

de situa90es de perigo e de dificuldade". 0 cstressc como doclwa ocorre quando 0 organis.mo

z A respost~ nelIiltiva e dcfinida como uma adapI3f;.iio mal sucedida que gera sinais e sintomas de doen~s.enquilnto um., respo~t<l positi ..••i! ~ i'Iquela cujas nludan,as estJo dentro da c~pacidade de resistencia doorganismo, produzinuo pouee au nenhum cfeito sobre 0 funcionnmento global do corpa.l DSM _ Diagnostic i.'lnd Statistical Manual of Ment"l Disordens (Manual DiaBnostico e Estatistico deTranstornos Menuis).

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nao consegue se mbptar a <lumentos exccssivos dos t3.tores intrinsecos ou extrinsecos que

originarnm 0 estrcsse.

Ess<ls situa~oes Oll tens3es podc11l produzir no individuo adaptrll;oes, que surgC11l

gerJlmente como 11ludHn,,'Clsde comportmllcnto eu de sintamas que podem estar prescntes

desde 0 sistema cardiovascular ate a lon11a como 0 individuo se comp0l1n com os outros.

o eslrcsse gcmlmcnte estil. associndo com outr:lS dcsurdens emocionais como

ansiedadc, medo, deprcssiio, inscgumn~'l C 0 que 6 bastnnte comUIl1 tambem sao individuos

pot1adores de cstresse e ansiedadc. (MOLINA, 1996).

A vida modcma com a tecnologiu cada vez mais pf'C'-se-nteno cotidi:mo dns crian\fJs:

COillput~\dor, video game, wii, jogos eldr6nir.:os, a "necessidnde" de consulllO imposta pda

sociedadc e.1.pit:tlistn, ciificul(bdc de rcla~no interpcssoal, a hllta de espa~o par~\ brineur s50

falOrcs que associado5 a mudan~:ls na vida dn Crian!;D fuz com que ° estrcsse atinjn tambem as

cri:m~Js.

Estudos revel:t111 entre as varias cttusas do estresse in1:111til:as l11utiany{ls que OCOlT'ell1

na vida da cri.mc;:t durante seu dcsenvolvimento como, POI' exemplo, divorcio/separJ<;Jo dos

pt!is, muclany9. de escob, cxcesso de rcsponsabilidudes, nastimento de irmaos, atividudes em

exeesso, morle nJ. fumilia, fultn. de cont~tto lisico e emocional entre :\ crian9u e os pais, alcll1

de atitucies oomo 0 desejo de agrndar a todos (principalmcnte os pais e os Illlligos),

preocupayocs com ns ITIudanyJs fisicus, <lucrer sempre scr 0 vencedor entre outros.

De forma geml Molinn (1996) define n. deprcssao como um esttldo de tristezn,

infelicid:tclc, dcsencontro clllocionnl, ncg,.1.livismo, vnzio, filltU de sentido e objetivo mls coisas

e pcssimismo genemlizi.tdo, um:l inc..1.pneidadc tcmpor;uia em sentir prnzer, Jleg:ria c

otimisJ1lo.

A depressao est:i sendo considerJda a "epidemia cia d6cada" como mostrnm os clados

do DSM-IV (Manual Di1'lg.n6stil'.o e Estntistico de Tmnstornos Mentais) "a dcpressao e uma

clOeny:l que atinge 17~Jo dn populay50 mUlldial. No Brnsil cstimn-sc que 36 mil hoes de pcssons

sejam nfetuclJs por cht". "E, como se ja niio bnst:tnte os sintoll1:'1s 1isicos que aool11pallham

esse mal, ninda OCOITemdescstrulul'l.ls 1l.1vida social". (Silva, S ; Krusziclski, l. 2008, p.02).

Cn.1derano e C:trvtllho (1005) evidcnciam que essn patologi:l trnz eompromctimcntos

import<1l1tes nas fun~oes soci:lis, cmocionais e cognitivas, intcrferindo no dcscnvolvimento

infnntil, afctnndo nilo s6 a cri:.myn., mas tmnb6.n Slla t':lmilia c () grupo com 0 qual sc relaciona.

De acordo com Lipp (2003) 0 estrcsse infnntil e comum c scmelhnnte no dos ndultos.

"0 dingnestico dn dcpressao n:t inHtncia tcm ~ido teito em bnscs predominantemcnte c1inicas,

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1l1uitas vezes usando-se os mesmos criterios usados para a dcpressiio do adulto, apcsar do

quadro ser algo difl'Tcnte nos crianyns,,-I.

Infelizmelltc ot'Orrem gmnde."i dificuldades no que se refcrc ao diagn6stico dn

depressao, pois os sintoll1as manilestalll-sc muitHs vezes de forma masc:ml.dn, sendo tlIais

freqiiente 0 baixo rcndimcnto e500lar, tristcltl, medo. disturbios do sano, deficit de aten~50.

hipcl1ltividt'lde e baixa :luto-estimD.. Calderaro c Carvalho (2005) relatnm que os pais au

rcsponsaveis gemlmcnle procurnm njud:l do pooi;'ltm por problcll1;'1s que inicialmcnte nao $;10

identit-icados como sendo de ciepressao.

Consider;lI1do estt~ aspectos, ate certo ponto quolitativos dos cOI1c..'citos (\as doen9<lS

psiquicas propostos pelos uutores, procurou-se locnlizur onde pocieria scr encontroda uma

referencia de inlervenf,:ao para aMm dos consult6rios d~ psicologia. e a mesilla evidcl1ciou-se,

primarinmente, em rela~10 :10 jogo.

De acordo com Roeder, 2003 p.154

o jOl:O C UIlILl pussibilid::Kle de cxercicio p;lnl tl re50luc~o de (rustf.1COCt. dediticuld!'ldc:c de :tprmdizl\!cm, de dificuld:!.dc1I f('l,lcion!'lis, p:t1l1 :t dimil1tli~;'\Q deS('ntilllenIO~ de :!.llli<.-dndc, de re.W&:s reS;f{·.i\'ol:<, de irriltlbilid;,de. de lendi-ncillsa~ressivil'" nnli-soci"is c de instllbilid3dc emocion:tl.

Uma breve rctrospectiv(I hist6rica a respeito das brincadeiras tradicionais demollstrn

que elas cstUo ligadas ao homem dcsde 0 illicio cia formayao cia sua cultura. Na antiguid:tde 0

homem jit jog~\Vae brincnvu. 0jogo acompanhou 0 homem na sua eVQ1u9ao hist6rico, estando

prcsente em toUttS as civiiiz:lyoes guardando.:l. hist6ria de um povo em ccrto pcriodo hist6rico.

As brillcadeirns [orom originnlmcnle criadas p:'lra screm realizndns ('111 pniticas

religiosas, comemornc;oes e rituais, que passaram n f.lzer parte dn cultum da humanidade

depois de perderem seu conitcr religioso.

Pam Kishimoto (1994), os jogos c brincadeiras sao :tliados ao foldore dn cuI tum de

lim pQvo em certe pedodo hist6rico COlli co.rnctClistiC!lS de :monimato par n;io se saber quem

fOITlIllscus criadores.

Por serem tr:msmitidas ornlme.nte, pilssadils de g.ero9uo p;'ll1\ gerac;iio de [onna

empirica, n origem dus brinc:'ldeiras nem scmprc ISc(lnhccic1n c recebcm tr.msfonmlc;:5es de

diferentes sociedades e das gerayocs que v?lo se sucedendo.

Os povos antigos da Grecia c do Oriente. brincnvam quasc cia mesma forma que as

crian93s brincam nte hoje, de nmarclinha, empinilr Pilp[lgilio~1 jognr poorinhas, dcvido ~I

~B:l1!one, GJ. Depress:io infantil- in PsiqWeb, Internet, disponlvel em www.psique.med.br. rev-islo em 2004.

Page 15: 1ENTO DE DOEN

tradicioncrlidade, ~ipreserv3~ao de sua estruturn inici:tl, que nao se modificou durontc sua

tnmsmiss:io.

De acordo C0111 Kishimoto (2000. p.38) a brincildeirn tradicional "enqwmto

manifestayi'lo livre e espont(tnecr da cultura populnr tem n funyao de perpetuar <1 cultum

infuntiL desenvolvcr form<\s de (..'()twiv£'tlcia socinl e pcnnitir 0 prazcr de brin..;ar, gnrnntindo n

prescny:\ do ludico. da situnyiio imagin:irb".

Valesco (1996) cit<ldo par Santos: Matos e Almeida (2009), ufirma que nn

antiguidade as crianc;as brinc.W{l1ll e purticipavnm das festas, jogos e recreay;}o dos aduitos,

mas ao rnesmo tempo tinham tumbcm lim espayo reservnc10 para que das rcalizassclll SlI.1S

pr6prias atividadcs, que hoje chamnmos de brinc..1dcims populares, pais Ilaqueln cpaca j]

brincadcirn ern. considcf:1c1a urn elemento cultural, do riso e do folclore.

Segundo Santos (1997) S. ~lrun era 0 principal lugar de contato de todn a populn9Jo.

adulta nu inf.:mtil. Neln a criam;:a pobre Oll ricn tinha sell universo e 0 utilizav:1 n vontnde,

brincav3m, con'iam, brigavam, jognvam, rolavam c aprcndiam.

l-Ioje 0 tempo das crianyrls 6 replcto de dcveres c nlilzercs, restnndo ll1uito POliCO para

as ntividades ludicas, diminuindo as possibilidades da crbnc;a descobrir sua propri:1 maneira

de ser, constmir sun afetividade e fa.zer suns pr6prias dc-scobcI1(tS POI' meio do brincm.

lvic e Marjanovic (1986) citndo pOl' Kishimoto (1994 p. 27) diz que "no possibilitar

um grnnde volume de contalos t1sieos e sociais, os jogos trndicionais infbntis compcnsam j]

deficiGncia de crianC;:~tsresidentes em ccntros urbanos, que ofere celli pOllcns :llternativns para

tnis contntos".

Ao brincar n Crinny.1 manifestn de 111~l!1cinl simbolica seus desejos . .suns fantasias e

slias experiencins. A brincudeim se lorna unut esfera tcmpor{lria na vida da crianya. ou seja, enessc momento que cia vai esltlbelecer as suns interpret:lc;6cs nCerc.1 do que ela c e sentc. Urn

excmplo e uma erinn~n que estn hospil<llizadn ao brinear COI11 suo. bonece de medica, ir{,

cSlabeleccr naquele momento a "sua" interprelJyao de medica e de pacientc, podendo ser

positiva au negativa. rvIartins MR; Ribeiro CA; Borba R[I-{ e Silva CV (2001) ao citar

Lcbovici S, Diatkine R.\1985), ressnltam que "0 modo como a c.rinny" brinca C UlIl indicativo

de como est6.. de como e". Erickson F (1958), eniilLiz.n que "exprcssar seus cOIlf1itos par meio

S Retirano do texto Brinquedotect1 e a import!incia de urn espar;o estruturado pilra 0 brincar de Almeida,Marcos Teodorioo Pinh~iro Almeidt1., lebovici 5, Diiltkine R. Significado e fun~o do brinquedo n;! cridn~a. Porto Altere: Artes MediCils; 19.85.Erickson F. Re4!ction of children to hospital experience. Nul'S. Outlook 1958; 6(9): 501 in M4!rtins MR. RibeiroCA, Borba RIH, SiNa CV. Protocolo de preparo dO) crianca pre-escotar part1 punr,:30 venosa, com utiliz;:lI;ao dobrinquedo terapcutico. Rev Lalino-am Enfermagem 2001 marr,:o; 9(2): 76-85.

Page 16: 1ENTO DE DOEN

d;l brinc.ldcim t n forma mais n;tturnl de ~utot.crnpia que J. crinn<;a disp(5e". Segue dizcndo ser

possivel que:

o brillC<lf dc');CmlX"nilc JIluilQl. oulfO" p.,pl;i$ 110K'U JCl!Cllvoivimcnto, m:a (IU{' ~111duvid3 D. cri;u~:t 0 uliliza p:ua miligttr setl~ sofrimenlos, frusl~0e5 c derroUl$.Par.!o :lUlar, brim;·!!r C D. fonnD. inf,lIlli! dD. cnpxid:1dc hum:l.1J:1 p;'Irn iidJT com :1experit!\l;i~ c domin;lf:t ren!idilrlc.o brinqucdo utilizl.Ido com ~ fUI1(;50. !lAo nos d:\ ~Ill{'nl~ 0 di3.gJ10slico doconnilo ql.k' a crii"llv;;a c11ft vivcnciando, Illas lem l:tmhem um ••funy.'o cUr.llivil, pois...-::cOll:oltltui num:t ''"y;\ivulJ de ~"pc" PJ.rot lICUi connilOI. 0 :WIN ;Jamu, :tind:t.que 0 brinqucdo c:; tZi('l import3nte que con~litui .:I rose d:1 l',icOICr.1piJ. int:llltil, "ludoler:tpi,,7.

A cfid.cia dJ ludotcrapia no tmtamento de crian9<1s hospitnlizudas e inqucstion;lvd.

Estc trabalho teve como inten9J.o "criticar se, \1:\ opinii."io dos psic()logos, os jogos trndicionais

vivenciados fom do contexto hospitalar podcm auxiliar no tratmncnto ou preven<;i."io de

docny..1s psiquic.1s em crianY~ls. A hip6tese dcste tmb:tlho prcssupos que se:\ cJinn~a vlvenciar

um ambiente repleto de jogos tr~dicionais, tanto na cscoln. quanto em seu <1l11bientcfumiliar,

poder:'! sc prevenir de doen9as psiquicns. Vnle rcssnltnr que n inten9J.o nno e mi~tiliear os

jogos p:lr;1 "s:tlvar" as criam;3s de docnc;ns psfquicas, mas demonstrnr estes como

instrumentos illlportrmtes n3 preven9ao de docn<;as.

Estc estudo camcterizn-se como pesquisJ. dcscritiv:\ do tipo questiomirio, sendo este

o instrumenlo utilizndo para a coleta de dado!S, contcndo pcrguntns <tbelitIs e fechlldns,

vnlidado por psic6logos fonnados em educ:t9ao thica.

A populaC;50 foi COlllpostll por 10 psic61ogos de ambos os s(",xos da cidade de

Curitibn, que atuam no Consclho Regioll(1i de Psicologi:t do Punmit, como tnostm a trlbe}a I.

Tahcla I - AmoSira

Tipo de ;lIl1oslr.1

Psic6101;0$ I 0 p"ic6logo~

Os resultados dcss<.l pcsquisa Illoslrarmn que para 80% dos cntrevistados a <tnsiedade

e a doetlt;a mais comum entre as crianc;...ls, como mencionado nu revisuo de Iitcrnlum por

Molina (1996) que cscrevc ser mais COllllun na inITmcin par c;msa do modo de viver e dos

7 Miutins MR, Ribeiro CA. Borb~ RIH, Silva CV. Protocolo de preparo dOlcriam;;a pn!-escolar para punt;l§O venoSG,com utiliz.at;Jjo do brinquedo terapeutico. Revl.ltino-am Enf"ennasem 2001 m;H~O; 9(2): 76-85.

Page 17: 1ENTO DE DOEN

cstressares exislentcs na sociedaJc, au seja, na bUSc..1 do prazer, nas pri vth;:oes, rrustrw;:oes e

puni<fjcs que clol pusso no cotidi.:mo. Tabela 2.

Taoe-Ia 2 - Quutot's 1 C 2 do qUdtion:i.rio

10plic610gcn ll~~

1',,;, ~ In,..~"«iIY;-' IIlllil.tl lieu (1'IKI<HM! lIJud.f itt: 11m t"vfiMii'Iif".', p:;r ' ••"'O;OH;Jl 'II" /nid,,/nm!l<" n~,tJ,.TIJtIf/,/.· ;,kfIlij'inUw ••,..., k~ffJ If" lII,;i:-3,,,--1,', NIIOR ••' d.-pr.oh. 1«.1 Ht.~'fi/il.'q~ ;00 r ~U"RI?'

I'siclj/ogos 1-------'---=S'""im-----,--"'%--,-'------:N-::"'---'------,----;,7,-

Como se pocle constnlar no tabcln 2, pam :'I amoslm os pais procurmn a ajuda de Ull1

protissianal (pediatrn), parqut: nao associam as J11ud,In¥c1S comportamentais como scndo

ansiedndc, estrcsse ou depn.'s ..lIifio.. desconhecem os sintom8s reais c as crianyo.s 11:10

sabcm/consegucm exprC5snr rCllhnente a que esliia scntindo.

Em rela~rro l\ contribuiyffo dos pais. quanta ao aparccimento desSilS pntolog.ias, 0

resultado fai un5.nime, como mostJ'a a tnbcla 3 .. 05 entrevistndos acreditam que as cri:mc,:as

T\.,""Cebemdiret~\mentc influencias dos pilis, que estes nJo dlio ~ dcvida utC1l9Jo a seus 11lhos,

nJo observQIll l11udo.nr;asde comportamento c a forma que cducam tmnb6n pod em ser c.,tores

que .:lllxilimn no surgimento dessas pJtologias.

E evidcntel:'lInb~m ::t contribui9iio cia tecnologia c dn vida medema, peis pam. 100%

da amostra, a inserc;:ao de atividadcs e:\lr~curricula~. cursos e rcspons.1bilidades, CCldn vez

mais cedo no cotidi:mo de cri::t1l1):3S, tirando delns 0 tempo li\Te ou par ficm muito tClllro em

frente ao computtldor, video game e TV, intC'rngindo pOlleo com outntS crian<yns. l(l.lllbbn

podelll SCI'fatores dcsencade~Ultes dcssns p~ltologias. (Tabela 3)

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T:tbda 3 - QUCllor:s 3 c 4 do Ilur:slionario

10p.!iic61ogo¥ 10 I 100% I I 0\.

Toft/lile

Psicli/tlgo!J 1------;Sc-"-n----,--.;;,'--,--------cN;Ouo----,---;.;;-,~-

10psic61o!;,os

10 I 100" IA aus~ncia dos pais, umn vcz que estes pJSS31ll 3.maior parte do dia no trabalho, roi

3.pontado pc10s entrcvistudos, como fntor principal de descnvolvimento dessas patologias. Eo

baixo f{.'ndimcnto cscolar, deficit de aten~ao, disturbios do sono e buix3. auto-estima suo

apontados como as principais comprometimentos que essn.s putologias podcm descncndear,

como podemos constntar nn tnbelJ 4.

Tabr:1:t "' - QUtstUM:; c 6 du IlutSliun:irio

"'/ . /-T()taltle

Quai! 0.( compH'"" fimO:/IIO.:r'111': CH(llllta/u/ogi<lJ pOlk//! 1m:."/" (fJ cri(//lftIJ?

~i" •.• tJilI(lli';..,. dl-fi~il.k !>linP.ficJlogl1..f n:ndimcntv " tJot(!fm •• 1I~:in " h~Jli\"Kb.\k '!":. " "~·~l,u

10 '0 ,- " '''''. "'"IO!':' 10 100,. .t!O~l

psi!;"()logo.'I

Segundo 9 ou 90 % dos entrcvistados revcJam que as brincrtdeirns podem eontribuir

na prevenyao dcssas pJtoiog.in.s, pois s50 fOlTI1JS dn crinn~J viveneiar a rCJlidade futuro c

cJabornr seus contlitos intm-psiquico!l. Atrnvcs cia brincmlcira a CriJnC(.1dcsenvolve. Ilprendc a

lidar com desafios. a se conhecer ease relacionnr com os de'mais, podendo sei" uma fonna de

tralnmcnto para 80% d.:l.:Ullostm sendo que dcstes 70% prcscreveria 0 brincar :h:rt.'<iitnndo SCI"

uma eficaz possibilidade, um recurso, lIlllJ estratcgin de trntamento pam tnis patologias. 0 que

leva a entender que .as brincadeirOls contribllcm na preven~o e no trntnmcnto da.s doen9<1s

psiquieas, sendo um dos rccursos satisfut6rio5. (Tabclo 5)

Page 19: 1ENTO DE DOEN

10

TlliJc1:'1 5- QII~tO('S 7, 8 c 9 do Ilutiliou:irio

10psic61oaos

10P ic6lo~0I \70".\ 1

30%

j'ocr pri:.fcr ••\'(Tja cell/o ilTlI(l~(OlIInpartllllll pll('i,"/L .U."II, brfllror:-

Pam a amostrn, conhecer os problem:ls dos filhos facilitaria n compreens;lo dos pais

referentc a eS!:iQS patolo~jas. A con5cientizn~ao dos pais e import:lIllC p:trn aprendcr eSlratcgias

dt: prevcllc;50 c auxilio no tratamcnlo de ~lguma ciessClspatoiogins, C01110moslm a tnhel:1 6.

Tabela G - Qut'stao 10 tlo clIll'ltion:'irio

10p5icOlogo~ 170~'1

Ainda, QutrJ$ atitudcs dos pais poderi:ttn auxiii<'1T no lmtnmcnto das crial1y:ls entre

elas: as lTIudanyas de h;ibito, 0 modo de vida destas crianc;as, Lima terapi:1 familiar,

psicoterapia e oticinas terapcuticns tJ.mbl~m fomm :llxmtacius como formas para amcnizar

essas doen9a~.

Considcnu;ocs finais

Por I11cio destc cstudo, bUsL'Oll-se salientnr a import.incin das brinc..ldeirns

trndicionJis na preven<;ilo Oll tratnmcnto de doeny:1s psiquicas, pois as mesm3S s50 parte do

dcscnvolvimento integral da cri:1lwa.

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11

o resuhado dn pesquis:1 foi positivQ C alcan9"do, mas jogar c brincaf naa scrao

fonnuias m:lgicas pam s.olucionar os problemas da5 crian~ls, como pudemos notar nos

l'esultndO!~, sera lllll recurso pum ajudar n<lprc\'enc;JQ all nQ tmlnmento dessns patologillS.

Outro aspccto imp011.mle a coment'lf e sobre 0 professor de Educaty;to Fisica, pois

em SU~lSaulas tCIll a oportllnidade de sempre proporcionnf momentos cnriqueccdores ascri:1ll93s atraves d.~:; brincadeirJs tmdicionais. este pode ninda estnr incentiv,mdo c

proporcionando um melhor aprovcitnmento do tempo livre que as crian<;as dispoem e

cOlllribuindo na ciiminuir,;.10 do aparecimento de doent;::ls psiquicas ninda na t:lse inicial, aIem

de SCI" \lin mcdindor. oricntund(l pais quando pcrceber llludanc;:ns liD cOlllportamcnto (1:1

crinm;::t.

o jogo c as brincc\dciros sao fen6menos que ultrapassam a ato de brincm. tornando·

se uma ferramenlu, uma alternativJ. proporcionando a din:1micH de intl!r~H,:oes sendo sua

utilizn<;iio a articulm,:J.o entrc n prcven<;50 e 0 Iratonncnlo dcssas patologi:\s em crinnc;:as c

registrando em SU3S vidas imprcssoes de lim:, intancia rica e s:ludavcl. Como nspccto de

inclusao social, integm<;flo e eomprcensilo cia realid:Hic.

A pesquis:t Inmbem revelou quanta e importnnte 0 papel dos pais na vida clas

crianC;3s, eslns enfrentam dilieuldades com :'ISexpcricncias desagr:ld(lvcis, p0l1unlo a :nen<;ao,

o apoiQ e a assistencin daqueles que sao mais pr6ximos a (.~rian<;ae esseneial.

Esle cstudo pode ser de grande relev;lIleiu para a sociedadc no idcntificar que as

brincadeiras trudicionais podelll ser uma fonna e,ncantrada pum n prevcnc,:50 au pnm a

trJ.tamento dns doenyns psiquiCtt,s, dn mesnUI forma para os profissionnis da {lrea de EducilC;3.o

Fisic<'-, que devem ex:plomr mnis cstn nrea em suns aulas, contribuindo para 0 bem cst:!f das

crianc,:as.

o presente estudo nbre perspectiyas- para novas invcsliguy()es sobre a reia9:io dos

jogos e dn~ daen9ns psiquic.,s. FUl'urns pesquisns podcm ser estendidas a outros nucleos.

podcndo ser avo-Iindus quanta a sua neeitabilidnde pOl' parte das crianc;tls c pais. MuiltlS

questOes ainda mereccm sel' in\'esti~,das ncstn area, POI' meio de novas pesquisas abr:mgendo

nmostras de partieipantes Illaiores e utiliznndo diferentes informantcs.

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Page 23: 1ENTO DE DOEN

14

AN EX OS

QuC'stion:'irio.

1. S:1.bendo do ;tumenta do l1l'unero de casas de criallf;as com patologias. antes m'lis

freqiientes em J.dultos, n:'l. SU:I opini50 qual c mais comum em crianya!!?

) ansiedade

) estresse

) Jepress;io

) Qutm Qual? _

2. Pais e respons:'tveis l11uitns vezes procuram njud", de urn protissiollnl. por problemas

que inicinlmcnte naa suo identificados como sendo de allsicdndc, estresse au deprcss:io. Voce

ncredita que iS50 6, cOll1um? ( ) Sim ( ) Nao Par que?

3. Na sua Opi11i50 os pais tem algumn contl'ibuic;:..:'\o no ap:lrecimcnto ciess:ls patologias?

)Sim ( ) Noo Por que?

4. N<1sua opinUio a vida modem1l. com n tocnologia cnda vez m;Jis prcsenle e 0 con sumo

exagerado, tambem podem ser fatorcs. que estiio contribuindo pora 0 dcscncudemnento dessas

p:ltologins em cri:lI1(,:ns? ( ) Sim ( ) Noo Por que~

5. Na sua opiniiio que outros f~llore-s podcll1 desenvolver cssas pntologias em crianyas?

) div6rcio/scpomyao dos pais

) ll1udanyu de escola

) excesso de utividJdes

) nascimento de irm50s

) morte na fumiliu

) fult" de conHlto tlsico e emociollal entre a crianp e os puis

) ourro Qual? _

Page 24: 1ENTO DE DOEN

15

6. QUlli$ os mpromctimcntos que CS!lil$ put irJgi::t!'l. l clem trazer <1:;:ctiony.1S!

) b.lix rcnriimenlo escolnr

) distill'bios d s(mo

) de-tie-it de ntenr;!'io

} hiperntividadc:

) baixn aut -estinKI

outrusQuJis'? _

7. Scg.undo Ki!Chimoto 199-1- as brillc..qdcirn~ ~1'iocss ~ndns n:1 vida de lualqucr crinm;n.

nn ~ua opinilt ebs podcl11 (" nlribuir na prc\'cn9a des$IS pnt \. gins', ( ) S1111 } Nrfo

Por qll~?

S. Dcpois de tli"gnosticadn .1 pat I gin. :l~ brint:El(k'irns j deria.Jl) st:.r umn tbnna de

lmtamento? l ) im ( )Nl

9. oce prt.-s .reveria como tmtmnento pam urn pnl.:-ienteseu, brinl.:nr?

)Sill'l ( ) Noo Por qu~?

10. A (.:ons~ielltiz.~"..{o des pnis e pt it sores quan! (t es:if'!) pnto\ogin,:. diminuirin 0

nlunero de casos? ( Sim Por que""

11. Ah~m cia brillcatleim \" tC: tem nlgum~l sug~t3 pam nllleniznr est3s d~envns.

12. 0 que v(H.'e fichou da pesquisn?

Agrndc~o n sua col:tbor3~l10

Vund<-rlizc T. de Olin:'im

Aeadllmicn d 6° Period do Curs de EducJ\ Jo FisiCo.1dn UTP