Libros de Balbuena

197
S I G L O D E O R O Y G R A N D Z A M E J I C A N A , COMPUESTO POR DON BERNARDO  D E  VALBUENA, OBISPO DE PUERTO-RICO. EDICION CORREGIDA POR LA ACADEMIA ESPAÑOLA. 1 \ MADRID 18 21

Transcript of Libros de Balbuena

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 1/197

S I G L O D E O R O

Y

G R A N D E Z A M E J I C A N A ,

C O M P U E S T O

P O R D O N B E R N A R D O  DE  V A L B U E N A ,

OBISPO DE PUERTO-RICO.

E D I C I O N

C O R R E G I D A PO R L A A C A D E M IA E S P A Ñ O L A .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 2/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 3/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 4/197

S I G L O D E O R O

EN L AS SEL VAS D E ERÍFIL E ,

C O M P U E S T O

P O R D O N B E R N A R D O D E V A L B U E N A ,

OBISPO DE PUERTO-RICO.

E D I C I O N

C O R R E G I D A P O R L A A C A D E M I A E S P A Ñ O L A .

i  a  x.

Er v-  <•>D  .5 O *

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 5/197

4 M) • /o : , o  m  Q j o i a

n a  c a í .  : , £ 3 a  K Ú C

¡ 2 c s  .  í i 0  V v:  • •   d O W . i O

K Ó I D 1 - Q 3

tílüL.J- : JrtiV^SITM HA

A L F O N S O   F .  c -

. . 2 • j io j . . ..  f -

P R Ó L O G O .

L a c u r i o s i d a d q u e d e s d e l u e g o e x c i t a e ln o m b r e d e u n p o e t a t a n e s c l a r e c i d o c o m oD o n B e r n a r d o d e V a l b u e n a , e x i gi r á s induda un a n ar r ac i ón c i r cun s tan c i ada de s uvi da y es cr i tos ; m as p or des g r ac i a s onhar t o d i m i n utas y es cas as las n ot i c i as queh a p o d i d o a d q u i r i r l a A c a d e m i a p a r a e s t eob j e to , á p es ar de las ex qui s i tas d i l i g en -

c i as que s e ha n p r ac t i cad o as í en Es p a ñ ac o m o e n A m é r i c a . ¡ S u e r t e f a t a l q u e s u e l ecabe r á los hom br es em i n en tes en las le-tr as , a l p as o q ue se tr as m i ten á la p os te-r i dad has ta las m as p uer i les p ar t i cu lar i da-des de los con qu i s tador es y otr os p er s o-n a j e s m a s r u i d o s o s q u e ú t i l e s a l m u n d oA s í e s q u e i g n o r a m o s la p a t r ia d e H o m e -r o , s u v i d a p r i v a d a , s u s c o s t u m b r e s ; ys abem os has ta los v i c i os ver g on zos os y lasi m p e r f e c c i o n e s c o r p o r a l e s d e s u a d m i r a d o rA l e j a n d r o .

L o s c o n t e m p o r á n e o s d e V a l b u e n a , a u n -q u e a d m i r a r o n s u t a l e n t o p o é t i c o , n o d e -j ar on es cr i ta s u v i da; y as i n o hay otr osdatos p ar a es cr i bi r la que los adqui r i dos

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 6/197

com o qui en d i ce a l aca s o en e l es cr ut i n i ode s us p r op i as obr as , y en a lg ún otr o do-c u m e n t o q u e a f o r t u n a d a m e n t e h a p o d i d ohaber s e á las m an os .

N a c i ó n u e s t r o p o e t a e n V a l d e p e ñ a s e ld i a 22 de n ovi em br e de 1 5 6 8. Fuer on s usp a d r e s D o n G r e g o r i o V i l l a n u e v a y D o ñ aL u i s a d e V a l b ü e n a , d e s c e nd i e n te s a m b o sde fam i l i as n ob les , y m u y con oc i das p orhaber eg er c i do de lar g o t i em p o em p leoshon or í f i cos de r ep úbl i ca en la m i s m a v i l la .E l p r i m er p er í odo de la v i da de Ber n ar does tá cubi er to d e p r ofun d as t i n i ebla s , y s o -lo s e s abe, p or que é l m i s m o lo dej ó i n di -c a d o e n s u p r i m e r p o e m a l a  Grandeza

Mejicana , que en un o de los co leg i os deM é j i c o e s t u d i ó l a s l e t r a s h u m a n a s , y q u eal l í g an ó e l p r em i o en tr es cer tám en es p oé-t i c o s i p e r o c u a n d o , n i co n q u e m o t i v o ócon cual ocas i on dej an do s u p atr i a p as ó áe s t u d ia r á A m é r i c a , e s t o e s l o q u e a b s o -lutam en te s e i g n o r a; s i b i en p ar ece lo m asver os i m i l que a l lá tuv i es e a lg ún p ar i en ter i co , y que és te le cos teas e los es tudi os .

C o m o q u i e r a q u e s e a , n o c a b e d u d aque des de m uy j óven d i ó s eñ aladas m ues -tr as de su ta len to p oé t i c o , p ues que g an óel p r em i o en com p eten c i a de m as de 3 00as p i r an tes , y cuan do s olo ten i a 1 7 añ os deed ad , en un o de los s us odi chos cer tám en e sque s e ce lebr ó con ocas i on de la fes t i v i dad

d e l C o r p u s d e l a n t e d e l a r z o b i s p o D o n P e -dr o M oy a y de otr os se i s obi s p os que s ehal laban á la s azón en Méj i co ce lebr an do

un con c i l i o , y es e l ter cer o m ej i can o te -n i d o e n 1 5 8 5 . E r a n e n t o n c e s m u y c o m u -n es as í en Es p añ a com o en Am ér i ca es tasj us tas l i ter ar i a s , en que s e eg er c i tab an ye s t i m u l a b a n m u t u a m e n t e l o s i n g e n i o s : c o s -tum br e loable de n ues tr os labor i os os an te-p as ados , que p udi er a haber p r oduc i do losm ej or es efec tos , s i la s an a cr í t i ca y un g us -to fi losófico hubiesen dir igido estos cer tá-m en es p er o fa l ta r on p or lo com ú n ta lesr equi s i tos as í en la e lecc i ón y des em p eñ o

de los as un tos com o en las cen s ur as ; y heaqu í la r azón p or que s e han c og i d o tanes cas os fr utos de un a i n s t i tuc i ón tan r eco-m e n d a b l e .

Si n em ba r g o e l la n os i n di ca e l ap r ec i oque s e hac í a de las letr as hum an as en lac a p i t a l d e N u e v a E s p a ñ a , y e l a l i c i e n t eque ten í an los j óven es p ar a dedi car s e á cu l-t i var la p oes í a , cuan do has ta los m i s m osp r e l a d o s e c l es i ás t ic o s l a f o m e n t a b a n , a u -tor i zan do con s u p r es en c i a aquel los cer tá-

m en es en que s e eg er c i taba un o de losp oetas que habi an de dar m as t i m br e yh o n o r a l P a r n a s o E s p a ñ o l . U l t i m a m e n t e ,la g en er al es t i m a ci ón en que er a ten i dala p oes í a en Mé j i co s e con f i r m a co n unp as ag e de la Eg l og a 6 ? del S i g lo de O r o ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 7/197

d o n d e e n c a r e c i e n d o e l a u t o r l a s m a r a v i -l las de aquel la cap i ta l , d i c e: " s us he r m o-s í s i m as y g a l lar das dam as d i s cr etas y c or -tes an as en tr e todas las del m u n d o: los d e-l i cados i n g en i os de s u f lor i da j uven tud,o c u p a d o s e n t a n t a d i v e r s i d a d d e l o a b l e ses tudi os , don de s obr e todo la d i v i n a a l tezade la p oes í a m a s qu e en otr a p ar te r es -p l a n d e c e . . . . " N o i m p e d i a e s t o q u e V a l b u e -n a s e d e d i c a se c o n a p l i c a c i ó n y a p r o v e c h a -m i e n to a l m as s ér i o es tudi o de la te olo g í a ,e n c u y a f a c u l t a d r e c i b ió el g r a d o d e b a -chi l ler en M éj i co , y des p ues e l de doct ore n S i g ü e n z a ; c o n c u y o o b j e t o h a b i a r e g r e -s ad o á Es p a ñ a , s in s aber s e en que t i em p o.

A l o s 3 9 a ñ o s d e e d a d f u e n o m b r a d oa b a d d e J a m a i c a , d o n d e r e s id i ó h a s t a e lañ o de 1 6 2 0 en que fué e lec to ob i s p o d eP u e r t o - R i c o . P o r d o c u m e n t o s h a l l a d o s e nel ar chi vo de I n di as ex i s ten te en Sevi l la s es abe que as i s t i ó a l con c i l i o p r ovi n c i a l deS a n t o D o m i n g o e n 1 6 2 2 y 6 2 3 : y c o n s -ta i g ualm en te que v i s i tó s u d i óces i s y quecelebr ó s i n odo. P ar ece p r obable que s e hu-b i e s e g r a n g e a d o m u c h a r e p u t a c i ó n e n c i e n -

c i a y v i r tudes cuan do á la edad de 5 1 ó 5 2añ os m er ec i ó s er e levado á la d i g n i dade p i s c o p a l. L a A c a d e m i a q u i s i er a a p o y a rc o n h e c h o s e s t a c o n g e t u r a t a n p r o b a b l e ,r eal zan do co n la afec tu os a des cr i p c i ón delas v i r tudes ap os tól i cas de V al bu en a e l

laur o p oé t i co que ta n j us tam en te c i ñ ó s uss i en es ; p er o la fa l ta de docum en tos y n o -t i c i as hace ter m i n ar aquí es ta r e lac i ón con

la m uer te de tan i lus tr e p oeta acaec i da s e-g ún otr o es cr i to del r efer i do ar chi vo en 1 1de octubr e del añ o de 1 6 2 7.

D e j ó V a l b u e n a e s c ri t a s v a r i a s o b r a s , d elas cuales s e han p er di do a lg un a s que s i ndud a n o s al i er on á luz , y s o lo s e t i en en oti c i a de e l las p or haber con s er vad o s ust í tu los a lg ú n otr o autor con te m p o r án eo .Tales s on la  Cosmografía universal, e l  di -

vino Cristiados  (qu e ta l ve z ser ía un p oe-m a s e m e j a n t e á l a C r i s t i a d a d e O j e d a ) ,

la  Alteza de Laura, y el  Arte nuevo dePoesía , cuy o s m an u s cr i tos r obar í an a cas olos holan des es en la i n vas i ón de P ue r to-R i c o ac aec i da p o r aquel los añ os , p ues con s -ta que s aquear on e l p alac i o ep i s cop al .

L as obr as p ubl i cadas , y que han l le-g ad o á n ues tr os d ias s on las s i g ui en tes :

L a  Grandeza Mejicana  p oem a des cr i p -t i v o d e M é j i c o , d i v i d i d o e n 8 c a n t o s éi m p r es o p or p r i m er a vez en aquel la c i udadel añ o de 1 6 0 4 , y que vá un i d o a l S i g lo

de O r o en la p r es en te edi c i ón .El Bernardo, ó la v i c tor i a de R on ce s

V a l l e s , i m p r e s o p o r p r i m e r a v e z e n M a -d r i d e l a ñ o d e 1 6 2 4 e n 4 ? , y r e i m p r e -s o p o r D o n A n t o n i o S a n c h a e n 1 8 0 7 , e ntr es tom os en 8 . ° m ar qui l la .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 8/197

E l  Siglo de Oro en las Selvas de Eri-

file, i m p r es o en Ma dr i d e l añ o de 1 6 08.Habi én dos e hecho s um a m en te r ar o y

p or con s ecue n c i a cos tos o e l S i g lo de O r o ,t r a t ó l a A c a d e m i a d e f a c i l it a r p o r m e d i ode un a n ue va y co r r ecta e di c i ón la lec -tur a de es ta obr a en que e l autor acr e-di tó que s u fecun do n um en n o m en os s a-bi a can tar en e levado es t i lo las p r oezas delos í n c l i tos g uer r er os , que en ton o dulce ys en c i l lo las am or os as con ti en das de los p as -tores.

E s t e g é n e r o d e c o m p o s i c i o n e s b u c ó l i -cas en p r os a y ver s o fue i n tr oduc i do en

E s p a ñ a , s e g ú n C e r v a n t e s e n e l e s cr u t in i ocr í t i co de la l i br er í a de D on Q ui j o te , p orJ o r g e d e M o n t e m a y o r , q u i e n e n s u D i a n as e p r op us o i m i tar la Ar cadi a de San n aza-r o ; p e r o c o m o d e o r d i n a r i o s u c e d e á t o -dos los i m i tad or es n o con s i g ui ó i g u alar ás u m o de lo; p ues n i en la com p os i c i on s en ota la s en c i l lez cam p es tr e , e l en lace ver o-s í m i l y n atu r al de los ep i s o di os , e l d i á lo-g o a f e c t u o s o y a n i m a d o d e l o s i n t e r l o c u -tores , y la viv ez a de las descripciones qu e

tan to dele i tan en e l p oeta i ta l i an o, n i losv e r s o s d e M o n t e m a y o r s o n t a n d u l c e s ,t i er n os y ar m on i os os com o los de San n a-za r o ; s i b ien la p r os a n o car ece de p r o-p i e da d, m oltur a y e leg an c i a .

C o m o e s t e g é n e r o d e c o m p o s i c i o n e s

ofr ec í a g r an de en tr eten i m i en to y un vas toc a m p o á l a i m a g i n a c i ó n d e l o s p o e t a s , y ap or la var i edad de las des cr i p c i on es , y a

p o r l a m u l t i t u d y n o v e d a d d e l a s a v e n t u -r as que p odí an en tr eteg er s e en es ta c las ede ob r as ; y a f in alm en te p or la v en ta j os am e zc la de la p r os a y ve r s o , que aun qu em on s tr uos a y des con oc i da de los an t i g uosg r i e g o s y r o m a n o s , v e n i a a u t o r i z a d a c o ne l n o m b r e d e u n p o e t a t a n c é l e b r e c o m oS a n n a z a r o ; t u v o e s t e o t r o s m u c h o s i m i t a -dor es en todo e l s i g lo x vr , en tr e los cua-les des col lar on G i l P olo que con s u D i an ae c li p só l a de M o n t e m a y o r , M o n t a l v o q u e

c o m p u s o e l P a s t o r d e F i l i d a , C e r v a n t e s l aG a l a t e a , L o p e l a A r c a d i a , y n u e s tr o V a l -buen a e l S i g lo de O r o.

En todas es tas obr as s e en cuen tr anbel los tr o zos p oé t i cos , v i va s y a lh ag üeñ asdes cr i p c i on es del cam p o; p er o p or lo co-m ú n los p as tor es que en d i chas fábulas s ei n tr oducen s on en dem as í a cu l tos y d i s -c r e t o s , y p o r c o n s i g u ie n t e a f e c t a d o s : a s íes que á las veces r ac i oc i n an con es colás -t i ca s ut i leza, y en ve z de ex p r es ar con

n atur al i dad un os s en t i m i en tos s en c i l los cor -r es p on di en tes á s u c las e , r em ón ta m e yd e c l a m a n h a c i e n d o o s t e n t a c ió n d e u n am e t a f í s i c a a l a m b i c a d a m a s p r o p ia d e u n aa u l a q u e d e u n a a l q u e r í a : d e f e c t o i n t r o d u -c i do e n Es p añ a p or a lg un os m alos i m i ta-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 9/197

d o r e s d e l P e t r a r c a , q u e s i n a c e r t a r á c o -p i ar le en s us buen as cal i dades , le s i g ui er onen s u ún i co defec to que con s i s te en es tos

s en t i m i en tos afec tado s , r ecón d i tos y p ue-ri les á que lo s i talianos d an el nom bre deconcelti.  C u a l q u i e r a q u e h a y a l e i d o c o naten c i ón las r efer i das com p os i c i on es n o ca-l i f i car á de i n j us to n i aun de r i g ur os o es tej u i c i o , e l cual p o r otr a p ar te d ej a á s a l-vo e l m ér i to y la r ep utac i ón que s e g r an -g e a r o n j u s t a m e n t e a q u e l l o s p o e t a s p o rotr as em i n en tes c i r cun s tan c i as .

N o es tá p or des g r ac i a en te r am e n teex en to e l S i g lo de O r o de los i n di cados de-

fec tos , s eñ ala dam en te en las que l lam a e lautor can c i on es y as i m i s m o en la p r os a. P a-r a com p r obar es ta as er c i ón s er á con ven i en -te p on er á la v i s ta a lg ún otr o p as ag e de losd e f e c t u o s o s ; q u e e s e l m e d i o m a s s e g u r ode ev i tar la n ota de p ar c i a l i dad é i n j us -t i c i a en las cal i f i cac i on e s , y de en s eñ ar álos j óve n es los defec to s de que deben g ua r -dar s e .

E n l a é g l o g a 1 . a , página 15 y s igu ien-tes en ton a e l p as tor Clar en i o un a can c i ón

p ar a ce lebr ar los o jos de s u qu er i d a, ye n t r e o t r o s m u c h o s p e n s a m i en t o s v i t u p e -r ables s e en cu en tr a n los s i g ui en te s , quep ueden com p eti r con cuales qui er a otr osen p uer il y fas t i d i os a af ec t ac i ó n :

S i m i r a n d o m a t a i s , t a m b i é n d a i s v i d a ,

Y d e un caso tan digno de memo ria __El p r em i o es m i ó y vues tr as las hazañ as ,Y a m or q ui en las es cr i be en m i s en tr an as .

En cualqui er p ar te de es a luz her m os aL a v i da con la m uer te es tá es con di da:O j o s , ¿ q u i e n v i ó j a m a s n i o y ó t a l c o s aD ar v i da y m uer te s o la un a bebi da?Y m a s a d e l a n t e a ñ a d e : .

Soi s es m er aldas de v i r tud d i v i n a,Soi s lucer os her m os os de m i c i e lo ,Soi s c i e los don de am or t i en e la m i n aMas r i ca de s u g lor i a y s u con s uelo:Soi s tes or o y r i queza p er eg r i n a,Soi s toda la" belda d q ue en c i er r a e l s uelo ,

Tem p los dó am or ha p ues to m i s des p oj os ,Sois ojos de las lumbres de mis ojos.

N o d e j ó d e t r a s l u c ir V a l b u e n a q u e l aafec ta c i ón de es te en cr es p ad o es t i lo des -dec í a de la s en c i l lez p as tor i l ; y as í es queen la ég log a 3 % p ág i n a 6 5 a l acabar e lp as tor Ar c i s i o un s on eto , p ar ec i do en losalam bi cad os p en s am i en to s á los ver s os c i -t a d o s a n t e r i o r m e n t e , p o n e e n b o c a d e o t r op as tor lo s i g ui en te:

tt  P o r c i e r t o , d i j o G r a c i l d o , a c a b a n d o

d e o i r a l q u e c a n t a b a , p r e s u m id o s p a s t o -r es ha y en es tas m on tañ a s . A m i p ar ecerp oco des di cen es tos can tar es de los que enotr as m as ar r i s cadas s e oy er on ; y n o s é s im e p es a que y a las n ues tr as  vayan perdiendo

aquella simplicidad y llaneza de sus dorado s

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 10/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 11/197

C u a l q u i e r a q u e e s t é m e d i a n a m e n t e v e r s a d oen aquel s abe que s u con s tr ucc i ón ó s i n -tax i s s e ace r ca m as que la n ues tr a á lala t i n a, y p or con s i g ui en te es m as l i br e;lo cual s e echa de ver con p ar t i cu lar i d aden los autor es del s i g lo x v i que es cr i bí anc o n m a s p u r e z a , c o m o p o r e g e m p l o e lt r a d u c t o r de T á c i t o D a v a n z a t i ; p u e s e nl o s t i e m p o s m o d e r n o s y a s e q u e j a n a l g u -n os cr í t i cos de que s e ha v i c i a do g en e-r alm en te la fr as e c om o en tr e n os otr os p orel i n f lu j o de la len g ua fr an ces a.

D e j a n d o e m p e r o l a t a r e a d e s a g r a d a b l ed e a n o t a r d e f e c t o s , t i e m p o e s v a d e q u e

t r i b u t e m o s á V a l b u e n a l o s d e b id o s e l o -g i os p or las bel lezas que s e en cuen tr anen s u Si g lo de O r o. L as ég log as en ver s op uede n com p eti r con las m ej or es de otr osp oetas cas te l lan o s : los p en s am i en tos y lasi m ág en es s on p or lo g en e r al cor r es p on -di en tes a l as un to: e l es t i lo es p u r o , n a -t u r a l , p r o p io y e l e g a n t e , s i se e x c e p t ú a nalg un as otr as fr as es dem as i ado hum i ldes ;la ver s i f icac i ón ar m on i os a, y f in alm en teen d i chas ég log as s e en cuen tr an la am e-

n i d a d , s o l t u ra y a b u n d a n c i a q u e c a r a c -t e r i z a n e l n ú m e n d e V a l b u e n a .

C o m o s e h a n c it a d o t r o z o s p a r a c o m -p r oba r los def ec t os , j us to es que s e aco-ten tam bi é n a lg un os p as ag es en que s em ues tr e e l g r an m ér i to del p oeta .

De la égloga cuarta.

C L A R E N I O .

D ulce es e l f r es co hum or á los s em br adosY al g an ado es la s om br a dele i tos a,Y m as Ti r r en a á todos m i s cu i dados .

D E L I C I O .

A b r e e l c l a v e l , d e s p l e g a s e l a r o s a ,B r o t a e l j a z m i n , y n a c e l a a z u c e n a ,En dan do luz los o j os de m i d i os a.

C L A R E N I O .

Si s u beldad es con d e m i Ti r r en a,E l j a z m i n c a e , e l a z u c e n a m u e r e ,

Cuan do de m as fr es cor y a l j ó far l len a.D E L I C I O .

Haz tú que e l s o l de Fi l i s r ever ber e,Y ver ás que e l i n v i er n o des abr i doC on e l f lori do ab r i l com p eti r qui er e .

C L A R E N I O .

Vístase de mil f lores el ej ido;Q ue s i m i s o l n o abr i er e la m añ an aT o d o q u e d a e n e s p in a s c o n v e r t i d o .

D E L I C I O .

M a s b e l l a e s m i T i r r e n a y m a s l o z a n a

Q u e l a s b l a n c a s o v e j a s d e T a r a n t oY de ár bol fér t i l la p r i m er m an zan a.C L A R E N I O .

Fre sca es la fue nte entre el f lorido aca ntoD e r o s a s y v i o l e t a s c o r o n a d a ,Y m as es la p as tor a que y o can to .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 12/197

De la égloga octava.

N ace e l i n v i er n o, y á las t i er n as r os asSucede un c i er zo que con s op lo heladoD e s n u d o d e j a e l c a m p o d e f r e s c u r a :Mueren secas las flores en el prado,N i queda en las r i ber as m as um br os asR a s t r o d e s u p a s a d a h e r m o s u r a ,Y m i en tr as es to d ur a , * -Y con la b lan ca n i eveToda la s i er r a l lueveA r r o y o s si n s a z ó n á l a l l a n u r a ,N i s uen a car am i l lo , n i hay qui en d i g a

E n ton os de du lzur aP r i m or es ó quer el las de s u am i g a.Ta m b i én q ui en v i er e e l cam p o de esta s uer te ,

A p e n a s q u e d a r á c o n e s p e r a n z aD e ver lo en s u p as ada p r i m aver a.E n t o d o i m p r i m e e l t i e m p o s u m u d a n z a ,Y todo tiene fin sino esta muerteE n q u e T i r r e n a g u s t a q u e y o m u e r a , & c .

P or es tos tr ozos en que com p i ten laeleg an c i a del es t i lo con la n atur a l i dad delos p en s am i en tos y la del i cadeza de las

i m á g e n e s , s e v e q u e V a l b u e n a h a b ia b e -bi do e l es p í r i tu de los buen os bucól i cosan t i g uos , com o s e obs er var á p or las n ota sp ues tas a l fi n de es te volum en y qu e er a tandi es tr o en tocar e l car am i l lo com o la tr om p ah e r ó y c a .

V éas e ahor a la m aes tr í a con que s abi aá veces des cr i bi r en p r os a:

" Todos en tor n o de la cr i s ta l i n a fuen -t e n o s s e n t a m o s , g o z a n d o l a s m a r a v i l l a s

que en e l ten di d o l la n o s e m o s tr a ba n ; ylo que s obr e todo m a y o r dele ite p o n í a er ael ag r ada ble r u i do co n que los a l t i vos á la-m os , s i lvan d o en e l los un delg a do v i en t o ,s obr e n ues tr as cabezas s e m o ví a n , cu a-j ado s s us tem b lador e s r am o s de p i n tadasavec i l la s , que con s us n o ap r en di dos can tar est r a b a j a b a n d e r e m e d a r lo s n u e s t r o s ; d o n -de la so l i tar i a tor to l i l la v i er a s l lor ar s up e r d i d a c o m p a ñ í a , ó a l a m o r o s o r u i se ñ o rr e c o n t a r l a n o o l v i d a d a i n j u r i a d e l f e m e n -t i d o T e r e o . A q u í e l r o n c o f a i s a n s o n a b a ,al l í las s uaves c alan dr i a s s e o i a n , acul lácan taban los zor zales , las m i r las y lasabubi l las ; y has ta las i n dus tr i os as abej asá n ues tr as es p aldas con blan do s us ur r ar deun a f lor ec il la en otr a i ban s al tan d o. T o d oo l í a á v e r a n o , t o d o p r o m e t í a u n a ñ o f é r -t i l y a b u n d a n t e : o l í a e l r o m e r o , e l t o -m i l l o , las r os as , e l azah ar y los p r ec i o-s os j az m i n es : o l í an las t i er n as m a n za n asy las am ar i l las c i r uelas de que tod o e l cam -p o e s t a b a c u a j a d o & c . "

Es te bel lo cuadr o p r es en ta con ta l v i -v e z a l o s o b j e t o s , q u e l a i m a g i n a c i ó n e m -beles ada cr ee hal lar s e g oza n do de los abun -dan tes bi en es que der r am a en e l cam p o

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 13/197

l a p r ó v i d a m a n o d e l H a c e d o r s u p r e m o .¡ O j a l a q u e a p r o v e c h á n d o s e l o s es t u -

d i o s o s j ó v e n e s d e e s t e y o t r o s m u c h o sp a s a g e s n o m e n o s a p r e c i a b l e s q u e s e e n -

c u e n t r a n e n l a o b r a , i m i t e n a l a u t o r e nl o b u e n o , t r a b a j a n d o i n c e s a n t e m e n t e p a -r a a d q u i r i r e s t a s o l t u r a , n a t u r a l i d a d yp u r e z a q u e e r a n c o m o c a r a c t e r í s t i c a s d el o s a u t o r e s a n t i g u o s

E G L O G A P R I M E R A .

E n a q u e l l o s a n t i g u o s c a m p o s , q u e e n la c e l e -brada España las tendidas r iberas de Guadianacon sa ludables ondas fert i l i zan, entre otrosu n h e r m o s o v a l l e s e c o n o c e , q u e , a u n q u e d epolicía desnudo, vest ido de si lvestres árboles,d e v a c a s , o v e j a s y c a br a s c u b i e r t o , y h a b i t a d ode rústicos pastores, s i yo ahora sintiera enmí pa labras suficientes para como é l lo mere-

ce encarecer su frescura , n inguno hubiera quecodicioso no le buscara . Porque demás de suben igno cie lo, su sa ludable a ir e , sus fért i lesy f loridos prados, lo que á toda est imaciónexcede, s i aquella s implicidad y pureza de losprimeros sig los de l mundo es de creer queno de l todo ha desamparado nuestras regiones,en solas aquellas se lvas vi v e , cu yo trato yc o n v e r s a c i ó n , a u n q u e g r o s e r a y d e t i e r r a , m a sque humano sabor de ja en e l gusto. Entre lascosas, que a l l í d ignas me parecieron de ce le-

brar , una sobre todas es la ext raord inariahermosura de una l impia y c lara fontezuela ,que con sus dulcísimas aguas lo mejor de aquelva ll e r ie ga ; y no solo de nuestros pastores,vaqu eros y c abr erizo s, mas hasta de los serra-

A

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 14/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 15/197

nos y extremeños debajo e l amado nombre deE r i f i l e es c o n o c i d a : c u y o a g r a d a b l e s i t i o , p o r -que á mis ojos así en a lgún t iem po fue a legr e ,que rara seria la florecilla que en él no supiese

mi nombre , yo de esta manera pienso pintarlo.Primeramente en medio de estos f loridos cam-pos, que como e l espacioso mar largos y ten-didos se muestran , una se lva se levanta node a ltura descom pasada, mas de tan agrada blearboleda , que , s i decirse puede, a l l í mas queen otra parte la natu ralez a h ace reseña de susmaravi l las. Po rqu e de jado que los árboles ca-si todo e l año están vest idos de una inmo rta lv e r d u r a y d e y e r b a , q u e n o m e n o s q u e á e s -mera ldas se puede com parar , los l i r io s, las

azucenas, las rosas, los jazmines, e l azahar, lasmo sque tas, a lhe líes y c lave l l in as y las demásolorosas f lores, l lenando de olores e l campo,no otra cosa parecen que un pedazo de estre-l lado cie lo que a l l í se haya ca ido. Y esto, aun-que en cualquier t iemp o de l año gustosa y re-gala da vista sea , en las floridas m añanas deabri l tanto su hermosura resplandece , que nosé yo cual otra be ldad tenga e l mundo tandigna de ser ce lebrada. Pues en medio de todoeste ameno si t io , s i ahora mal no me acuerd o,

entre sauces y á lamos qued a hech o un pe -queño l lano , cub ierto de tanta diversidad deflores, qu e toda la hermo sura que en las demáspartes respla ndec e , a l l í junta , y co n aven ta-jadas perfecciones se muestra , haciéndola sobre

todo acabada la cr ista l ina Eri f i le , que de unapeñascosa cueva hecha de ásperos y he ladosriscos sa le , l levando primero sus hie los, cubier-tos de verde y fresca yedra , hasta ocho ó diezpasos de su primer nacimiento, que deseosade enamorar las vecinas se lvas segunda vezmuestra su be ldad a l mund o , hac iendo en lomejo r de l f lorido l la no , entre olorosos tom i-l lo s, c lav e les y amap olas, un claro y proiun-do estanque digno de toda la a labanza que ásu hermosura se diese . Lugar "verdaderamentes a g r a d o y m e r e c e d o r d e h u m a n a r e v e r e n c i a ,donde, s i l í c i to es á los morta les ojos, ya mu-chas veces nuestros serranos han visto ba jar

de los cercanos montes los s i lvestres sát iros yla demás copia de rústicos dioses, y a l l í encom pañía de las amadas ninfas hace r sus pla-centeros ba i les. Y lo que sobre todo tem ero-samente es digno de contar, á la misma Eri f i le ,d e v e r d e s o v a s c o r o n a d a , n o m e n o s t r a s p a -rente y l im pia que lo s puros cris ta les , se havisto g uiar las concertadas dan zas; con que e lre l ig ioso lugar es en tanta veneración tenido,que no solo perm anece su frescura de antiq uí-simos sig los inviolable , s in que de las golosas

cabras n i de otro rústico ganad o haya sidoc o n d e s c o m e d i m i e n t o t o c a d a , m a s a u n l a s i n -dustriosas abejas para la tierna fábrica de suspanales jamás han cog ido de aquellas f loresel primer rocío de la mañana. A solos nuestrospastores es permitido regoc i jarse con los p laceres

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 16/197

d e l a s a g r a d a n i n f a , y h a c i e n d o d e n u e v a l e -che y rosas al renovar del año sus sacrificios,colgar por los mas vecinos árboles hermosasguirnalda s y arcos de tem pranas f lores; y noen otros e jercicios, segú n y o pien so, estába-mos ocupados una mañana de l f lorido abri l , enque los primeros rayos de l sol así de las a l-jofaradas yerbas varias lum breci l las leva nta -ba n, com o si las estre l las que en e l c ie lo see s c o n d i e r o n a l l í s e h u b i e r a n b a j a d o , c u a n d ouno de nosotros, que Florenio se había puestop o r n o m b r e , c o r r i d o d e q u e t o d o s c o n t a n t arusticidad pasásemos e l t iem po , sacando de lseno una zampoña de sie te cañas, tan curiosay nue va que pocas veces se había tocad o,v u e l t o á B e r a l d o a m i g a b l e m e n t e d i j o : E s t az a m p o ñ a , p a s t o r , q u e t ú a h o r a v e s , n o h a m u -cho que yo un dia claro y sereno con los pri -meros resplandores de l a lba junto a l r io la supehacer, escogiendo de mi mano los cañutos yjuntánd olos despues con l im pia cera , no parat o c a r l a , c o m o h a b r á s p e n s a d o , a u n q u e a l g u n o scantares tengo aprendidos, mas para nuestros e r ra n o O p i c o , q u e , c o m o á t o d o s e s n o t o r i o ,una colmada cesta de be l lotas por e l la me ha-

b í a p r o m e t i d o ; y c o m o d e s p u e s a c á m e c o n t a -ron que en un acebuche sentado por s í solol a b r ó u n m a l p o l i d o r a b e l e j o , c o n q u e s e c o n -tenta ba , nunca hasta ahora le he querido ha -cer dueño de l la , aun que co n grandes l i sonjasme la ha pedido. Pu es esta misma zam poña

soy contento de te la dar por tuya , y que conella de hoy mas hagas nuestras se lvas agrada-bles, si á tí el regocijar con tu canto nuestra

a m a d a E r i f i l e m u y á c u e n t o t e v i n i e r e : q u ey o juro por las inmor ta les n infas de los r iosque jamás para darla á otro de t í la vue lva átoma r. A la hora e l rust icio Ber a ld o, to man dola zampoña, s in le responder pa labra que dec u m p l i m i e n t o f u e s e , p o r q u e n a c i d o e n t r e r o -bles y encinas y entre bellotas y castañas cria-do apenas como los otros pastores sabia hablar,despues de tocarla un rato, cuando menos loc u i d á b a m o s , a s í a l e g r e m e n t e l e o i m o s :

B E R A L D O .

Ag u a s c l a r as y p u r a s ,E n c u y o l i m p i o s e n oV i l a b e l d a d m a y o r q u e e l m u n d o e n c i e r r a :Florestas y frescuras,B o s q u e d e á l a m o s l l e n o ,Moradas de los dioses desta t ierra :O i d l a n u e v a g u e r r aE n q u e a m o r m e h a m e t i d o ;Y v o s , N i n f a d i v i n a ,Que en agua crista l ina

G o z á i s h e l a d o y t r a s p a r e n t e n i d o ,Sa lid fuera á escucharmeMientras mi mal no acaba de acabarme.

Si e l r igor de mi suerteY a t i e n e d i f i n id oQ u e e n l á g r i m a s d e a m o r m i y i d a a c a b e ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 17/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 18/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 19/197

cubierto a lgunas ocultas de idades, ahora seanf a u n o s , m e d i o s c a b r o n e s , ó d e l g a d a s n i n f a sde las verdes cuevas, que sembrando en tucora zcn abrojos de temor y espanto así de

collado en collado te traen perdido, todos aquínos ofrec em os de aplacar con sacrificios lasofendidas de idades; y yo, s i á la estrechura demi pobreza es permitido, desde ahora dos co-piosas horteras de t ibia leche y un blanco ca-nastillo de rosas para ello te señalo: mas siacaso, como sospecharse puede, de a lguna otranueva causa nacen tus presentes lágrimas, aho-ra sea que los enemigos lobos hayan hechoen tu rebaño los estragos que en los nuestrossuel en, ó tus huertos no tan colmada cosecha

como esperabas te prometan, no por eso de jesde comunicarnos tus penas, que , s i creerloq u e r r á s , c y a l e s q u i e r q ue e l l as s e a n , n i n g u n osiento aquí que por propias no las juzgue . Al a h o ra M e l a n d o , q u e a t e n t o al r a z o n a r d e lp i a d o s o Al c i n o e s t u v o , s i n m u d a r d e un l u g a rlos ojos, en tono sonoro y gr av e , a l son deu n t e m p l a d o i n s t r u m e n t o , q u e á l á g r im a s p r o -vocaba e l oir le , estas pa labras sembró por e la i r e :

M E L A N C I O .

i V i s t e , A l c i n o , p o r d i c h a e n la m o n t a ñ aD e a l g ú n i n c u l t o ri s c o l a d u r e z a ,D e l encrespado go lfo la aspereza ,

C u a n d o e l r e v u e l t o c é f i r o l e e n s a ñ a ,

Xa dura encina , la mudable caña,D e l jabalí acosado la fiereza,D e l i n v i e r n o e l r i g o r , y l a b r a v e z a

Del fuego apoderado en la cabaña?Pues con e l tra to de mi ingrata be l la ,Aq u e l l a t a n c r u e l c o m o d i v i n a ,La peña es blanda, e l mar t iene sosiego,

Y al fin parecerán flores cabellaE l r i s c o , e l g o l f o , e l c é h r o , l a e n c i n a ,La caña, e l jaba lí , e l invierno y fuego.

Habíanos de jado la disimulada música de lpastor tan susp ensos , que nadie de mas q ues o l o o ir l e s e a c o r d a b a ; y é l , q u e r i e n d o c o n

esto gozar la ocasion que se le ofrecía parahuir la de nuestra p resencia , ya se apercibíapara e l l o, cuando todos vuelto s de la primerasuspensión á fuerz a de grandes ruegos le obl i -gamos á que por entonces no nos hiciesesemejante agra vio ; y é l , casi constreñido detanta obligación así le pareció responder. Ya ,vaqueros, que e l c ie lo os pague deseos tan pia-dosos, para mi vida no aprovechan, la muertev e n g a , q u e e s t a s o l o b u s c o ; y v o s o t r o s , s e r r a -nos, con e l la a l rededor de mis cenizas, como

de costumbre teneis , cada año espero que ha-gais los enlutados ba i les: que ni s i lvestres de i -dades de desconocidas ninfas , n i sangrientoestrago de ene mi go lo bo , n i cosa que á estashuela , poderosa es á inquietar mi pensamien-t o : n u e v o m a l e s e l m i ó , n u e v o r e m e d i o h a

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 20/197

menester, que en vuestras sosegadas se lvas nos e h a l l a. G o z a d , s e r r a n o s , g o z a d e s t r e m e ñ o s ,g o z a d p a s t o r e s , g o z a d v u e s t r o s m o n t e s , g o -zad vuestros col lad os, y los dulces premios de

l a v e n t u r a : y o q u e s i n e l l a v i v o , c e r c ad o d emi dolor, n i de mi ganado ni de mí tengoc u e n t a ; e n f e r m o , c o m o y o , y p e r d i d o a n d apor la s ierra . ¿Como quere is que cure agenasenfermedades quien va lerse en las suyas nop u e d e ? ¡D i c h o s o s v o s o t r o s á q u i e n e l c i e l os u e r t e t a l t i e n e g u a r d a d a , q u e p e r m a n e c i e n d oen vuestros cort i jos, cercados de verdes juncosy amo ntonadas pied ras, pasa is con quietu d lavida , s in que las preñadas ove jas por la agenasmajadas prueben nuevas y no conocidas dehe-

sas , n i de l v ecin o ganado e l con tagioso ma lofenderlas pueda: antes aquí dichosamente envues tras se lvas y ent re los conoc idos r ios, á ori -l la de esta clara fuente gocé is e l agradable fr ió,p r o v e í d o s s i e m p r e l o s z u r r o n e s " d e m a n t e c a ,queso y castañas, y á su t iempo de los madurosm a d r o ñ o s ; n i c u a n d o e l i n v i e r n o v i s t a d e b l a n -ca nieve las -sierras os faltarán apacibles fue-go s; n i cuand o la f lorida p rimav era sem brarelas primeras rosas de su falda frescas sombrasos fa ltarán, donde te j iendo nuevas guirnaldas,

a vuestro antojo goze is los tesoros de las f lo-res. Y ahor a , s í á los desdichados a lgún co n-suelo es concedido, yo ruego a l justo cie lo quedespues de mi muerte oya en vuestros canta-r e s r e s o n ar m i n o m b r e , n o d e l t o d o o l v i d a d o

por estas se lvas, i Y co m o, di jo entonces R o-sanio, tú no sabes que los cie los á mas quee s o s o n p o d e r o s o s ? N o h a y d u d a , M e l a n c i om i ó , s i n o q u e e l m u n d o a u n g o z e h o y e nnuestros renovados sig los cosas harto dignasde ce lebrars e ; y s i tú ahora tan entero en tuspasiones no estuv ieras , por a l ivio tuy o cier-to m e atreviera á cantar cosa , que m uy d egrado escucharan nuestros p inos, los cua les,s i las antiguas consejas de a lg ún créd i to sondig nas , en a quel t iem po q ue e l mundo^ 110t a n e n v u e l t o e n m a l d a d e s y v i c i o s o f r e c i a álos hombres menos recatada y mas apaciblev i d a , e l l o s c o n d e l g a d a s v o c e s r e s p o n d í a n álos amorosos cantares de nuestros pastores; yaun es de creer que no de l todo desta antiguamagestad desnudos en a lgunas dichosas se lvastodav ía guardan esta divin a costum bre : loc u a l m u c h a s v e c e s , a sí c o m o a c a e c e r s u e l e , d enoc he á nuestros fuego s sentados oí contar ámis ancianos padres de la forma que e l los desus abuelos lo aprendieron, y de antiquísimossig los de unos en otros hasta nuestros t iemposh a v e n i d o . M a s p o r q u e y o a h o r a n o p r e t e n d ohacer proceso de las edades, y e l temor de losv e n g a t i v o s d i o s e s m e r e p r i m e , y e l d e t u d i s -gusto es en mí muy poderoso, quiero ca l larc o m o u n a p i e d r a , r o g a n d o a l p i a d o s o c i e l o ,si allá alca nzan estas palabra s, q ue ellas seanbastantes á desterrar de tu corazon tanta pena.As í Rosa nio decía , y así á todos con su v iv o

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 21/197

razonar nos tenia suspens os, qu e otra cosa nohacíamos que dar gracias á los inmorta les dio-ses, porqu e mara vi l las tan a ltas tuviesen es-condidas nuestras hum ildes se lv as; y e l pe-

n a d o M e l a n d o , l l e n o e l c o r a z o n d e se m e j an t e smilagros, a lgo mas tratables y humanas sintiósus penas y su mal, como de poderoso apremiode mágicos versos a ta jado; así por aquel t iem-po se susp endió, q ue todos echamos de ver loque las eficaces palabras del pastor habian po-dido en é l . Y porque regoci jado y p lacenterosoJia ser entre nosotros, cuando su corazon del a p e r d i d a p a z g o z a b a , e n c a r e c id a m e n t e l eroga mo s de jase para t iem po mas l íc i to e l l lo -rar sus males, ó s i proseguirle quería fuese no

tan pesado de sufrir cantando, pues había em-peza do y tan bien lo sabia hacer , y sus r imasaun no de l todo estaban borradas por los ár-boles, ahora fuesen quere l las de sus descuidadosmastines, ó fért i les esperanzas de las veniderasmieses ; porqu e de cualquier suerte a legres ycontentos a labásemos a l autor de l día , que sincontradicción de infe l ices agüeros  Va e l m u n -do tenia cubierto de hermosu ra . Y s in dudacomo é l muchas veces juraba , deseoso estabade comp lacerno s: ¿mas dond e e l conte nto fa l-

ta, que cantar saldrá de gusto ó qué risa quemas propiamente no sea l lanto? Ya todos áesta sazón dejábamos de importunarle , cuandov J a r e n i o ,  q u e  entre serranos grande opin iónt e n i a , t o m a n d o l a m a n o d i j o : p a s t o r e s , p o r q u e

yo ahora sé que á fa lta de otro mejor á cua l-quiera gustare is de oir , s i me dais a tención, ácosta de mi gusto quiero entretener e l vues-tro, cantando á estos montes un cuidado, que

tan l leno t iene mi pecho que ca l larlo le seriaá par de muerte : donde á vueltas de otros te-soros de ta l manera unos verd es ojos resplan-de cen , que las esmeraldas de art i f ic ioso buri lengastadas son en su respecto sin lustre y depoca suer te : porq ue e l los á mí no esmeraldas,mas soles que a lumbran mi vida y nortes queguian mis pasos me parecen. Y si mas nuevasquere is saber de l los, oid, pastores, que este esu n r a s g u ñ o d e s u h e r m o s u r a , a u n q u e d e p i n c e lg r o s e r o y t o s c o . E n t o n c e s , t o c a n d o á v e c e s s u

z a m p o ñ a , d e s ta m a n e r a c a n t ó :

C L A R E N I O .

A s o l o e t e r n i z ar v u e s t r a m e m o r i a ,O j o s d i v i n o s , c e n t r o s d e b e l l e z a ,Con ce lest ia l p ince l y luz de g loriaAq u í e l a m o r e s t e d i b u j o e m p i e z a .

S u y a e s l a m a n o , v u e s t r a l a v i c t o r i a ,Y de mi a lma e l bien de ta l r iqueza ;E l c o b r a f a m a , l a h e r m o s u r a v u e l o ,

V o s o t r o s u n r e t r a t o , m i a l m a u n c i e l o :El con un rayo de su luz preciosa ,

Un v i c t o r i o s o J ú p i t e r p a r e c e :Vosotros una puerta de le i tosaA c uanta g loria humana se apetec e:

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 22/197

M i a lm a q u i e n p o r s u er t e v e n t u r o s aT o d o l o g o z a , a d o r a y o b e d e c e :P u e s , o j o s , r a y o , l u z , a m o r y g l o r i a ,M o v e d a q u í e l p i n c e l , g u i a d l a h i st o r ia .

La historia es de la g loria en mí nacida ,Y voso tros autores desta g lo ria ;Si vos hacé is la suya mas cumplida ,El la de ja la vuestra m as notor ia :

S i m i r a n d o m a t a i s , t a m b i é n d a i s v i d a ;Y de un caso tan dig no de m emo riaEl premio es mió, y vuestras las hazañas,Y amor quien las escribe en mis entrañas.

En cualq uier p arte desa lu z hermosaLa vid a con la mu erte está esco ndid a:O j o s , ¿ q u i e n v i ó j a m á s , n i o y ó t a l c o s a ,

D a r v i d a y m u e r t e s o l a u n a b e b i d a ?S í m i r a n d o d a i s v i d a d e l e i t o s a ,

S i m i r a n d o t a m b i é n q u i t á is l a v i d a ,Quien no se concertare con la suerte¿ C o m o p o d r á l i b r a r s e d e l a m u e r t e ?

E l r i e s g o e s g r a n d e , g r a n d e l a r i q u e z a :M a s e l a m o r l o h a c e t o d o l l a n o ;Y esos dos re licarios de be l le za ,R e c l a m o s y s e ñ u e l o s d e s u m a n o ,Esferas de hermos ura y fort a leza ,E s t r e l l a s , s o l e s , l u z d e m i v e r a n o ,

P o m a s a l e g r e s , d o e l p l a c e r s e a n i d a ,Ventanas de l a lcazar de la vida .

S o i s e s m e r a l da s d e v i r t u d d i v i n a ,Sois luceros hermosos de mi cie lo,Sois cie los donde amor t iene la mina

Mas r ica de su g loria y su consuelo:Sois tesoro y r iqueza peregrina ,Sois toda la be ldad que encierra e l sue lo,Templos dó amor ha puesto mis despojos,

Sois ojos de las lumbres de mis ojos.Pu es , ojos de las lumbres de mis ojos,

Basta , paren aquí vuestros desvíos,Antes que por seguir vanos antojosLos que ahora os adoran volvá is r íos:Si nunca procuré daros enojos,N o r t e s , l u c e r o s b e l l o s , o j o s m i o s ,A l a l m a q u e o s h e d a d o e n d u l c e e m p e ñ oN o la asombréis con su capote y ceño.

Mirad bien, basi l i scos soberanos,Que no es g loria qui társe la á un rendido;

P u e s s o i s h e r m o s o s , s e d t a m b i é n h u m a n o s ,P o r q u e e n v o s o t r o s t o d o e s t é c u m p l i d o :Si un rayo vuestro hace mi l veranosD e l i n v i e r n o m a s s e c o y d e s a b r i d o ,H e r m o s o s s o l e s d e m i p r i m a v e r a ,N o perm itá is que en este inv iern o muera .

V o l v e d a g o r a á m í e s a s l u m b r e s d e o r o ,Y v o l v e r e i s m i a l m a e n v u e l t a e n e l l a s ,Pondréis s i lencio en mi tr isteza y l loro,Y mi dicha pondréis en las estre l las:Haréis de mi pobreza gran tesoro,

Que esto y mas pueden esas. luces be l las;P u e s l u c e s b e l l a s , l u c e s d e m i c i e l o ,Basta , que va sin vos perdido e l vue lo.

B

>

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 23/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 24/197

precio de haberme criado entre robles y enci-nas , ni mi musa de habit ar las selvas estáafrentada. E llas en t iem po de aquellos d ivino scónsules no se tuv iero n en menos que la so-

nora trompa de M art e , á la cua l com o y oatrevidamente quisiese l legar mi rústico labio,así un cercano laure l , no sin virtud divinamovido, sentí que me di jese : la edad creciday las robustas fuerz as fal tan , y al pastor soloapacentar sus ove jas conv ien e , y c on ñaca ven aescribir rúst icos cantares por á lamos. D i j o ; yyo las cercanas de idades humildemente adoré .Mira tú , pastor, s i es l i c i to pasar los l ímites queel c ie lo señala . Pan es e l guardador de nuestrosmo ntes y e l d ios de las ove jas y cabañas, y e l

que juntando cañas hizo a l mund o la primerzampoña: n i yo desprecio su son, n i de imitarcantando un tal dios por estos prados me desde-ño; n i tú , cabrerizo, creas que Apolo en soloslos riscos del Parnaso se recree : los bosquestambién le agradaron, y aun viven todavía susv e r s o s p o r l o s p in o s . ¿ Y c o m o , a c u d i ó e n t o n -ces Rosanio, tú p iensas que á todos las humil-des retamas entret ienen, y las pequeñas cosasagradan? Las cabañas y pastores las menos ve-ces se admiten, y mas si las flores son abrojos,

las fuentes a mar gas, los cam pos por cult iv ar,las se lvas l lenas de marañas, la l laneza en soloe l nom bre : á las nuestras e l c ie lo dé lo queles falta; y tú deja los tristes pensamientos enq u e v i v e s : r e s p ó n d e m e , q u e pu e s C l a u d i o l o

r e h u s a , g u s t a r é d e c a n t a r c o n t i g o : v e a m o s c o -mo sabes tocar la nueva zampoña.

R O S A N I O . B E R A L D O .

R O S A N I O .

D i m e , c a b r e r o , ¿ e s t u y o a q u e l g an a d oConque te vide ayer pasar e l r io?¿ O á s o l d a d a c o n C l ó n i c o h a s e n t r a d o ?

B E R A L D O .

N o , m a s á T i r s i s g u a r d o s u c a b r í o :D o s c a b r a s s o l a m e n t e t e n g o m i a s ,

Y e l cabrón la mitad tamb ién es mió.R O S A N I O .

¿Como tan desmedradas las tra ias?¿Tú no solias ser pastor lozanoC u a n d o l a s v a c a s de A l e m o n p a c i as ?

B E R A L D O .

Y a p a s ó , c o m p a ñ e r o , e s e v e r a n o ,Y sucedieron tantas tempestades,Q u e i g u a l a r o n l o s m o n t e s c o n e l l l a n o .

Lleva e l c ie lo tras s í las voluntades,Y así nunc a da vu elta q ue no seaOcasión de inf in i tas novedades.

L o m ismo que dá en rostro nos r ecrea ,Y aquello que parece mas durableA y e r s e d e s e c h ó , y h o y s e d e s ea .

R O S A N I O .

Pastor, s i á dicha e l t iempo es variable ,E l á n i m o d e l h o m b r e n o e s d e t i e m p o ,Y así le asienta mal el ser mud abl e.

A qu ien tantas mud anzas le da el t iem po

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 25/197

N o l e ll a m a r é y o c o r a z o n n o b l e ,Llamarle he corazon de pasatiempo.

B E R A L D O .

M a s f i r m e s o y q u e e n v e j e c i d o r o b l e ,

P a s t o r , p al m a i n m o r t a l e s m i c u i d a d o ,Que no sabe quebrar por mas que doble .

Si en otro t iempo andaba descuidado,Y solo con mis cabras me avenía ,Q u i z á q u e n o s e r i a e n a m o r a d o :

Mas ahora yo pienso que daríaLa mitad de l ganado á quien me dieseVer unos ojos que otro t iempo vía .

R O S A N I O .

Y o t a m b i é n , si a l a b a r m e p r e t e n d i e s e ,M i F i l i s t e n g o , y s o y e n a m o r a d o ;

Y aun holgaría q ue ella lo supiese.Que cuando l levo á casa mi ganado

Suele aguardarme sola en e l camino,Y me asombra si paso descuidad o.

Rosas la l levo y f lores de contino,Y pongo mis guirnaldas á su puerta ,Y m e h u e l g o d e h a b l a r c o n s u v e c i n o :

Y de la primer fruta de mi huertaUna cest i l la la enviaré colmada,1 oda de flores y azahar cubierta,

B E R A L D O .

Es a, pastor, es a f ición pint ada;N i e l verdadero amor cabe en e l seno ,N i de ja e l a lma andar tan descuidada.

< l o no te vi pasar e l sayo l lenoD e p aja , y todo ta l , que me hiciste

R e i r u n g r a n d e r a t o c o n F i l e n o ?Y en mi cabrón te dig o que pusiste

Los ojos a l pasar por cierto paso,Q u e y o b i e n t e m i r é , t ú n o m e v i s t e .

R O S A N I O .

S e r í a p o r v e n t u r a , c u a n d o a c a s oC a n s a d o d e c o g e r f r u t a m a d u r aD e m is huert os vol via paso á paso:

M a s s i y o v o y á v e r l a h e r m o s u r aD e F i l i s , l u e g o l i m p i o m i v e s t i d o ,Y me cub ro de rosas y frescu ra.

Y t a n l o z a n o v o y p o r e l e j i d o ,Q u e l l a , s e g ú n m e d i c e n , p o r m i r a r m eMil veces de su madre se ha perdido.

Si me siente cantar, ba ja á acecharme;

Y esto en Fi l i s no es mu ch o, s i e l ganadoSe olvida de pacer por escucharme.

B E R A L D O .

B a s t a , p a s t o r , q u e v i v e s c o n f i a d o :¿Ya tú sabes juntar cañas con cera?¿ T y vo z en estas se lvas ha sonado?

¿ Y o no. te oí un dia en la r iberaUna flauta sonar áspera y dura,

Y acompañarla de una voz grosera?R O S A N I O .

¿ Q u i e r e s c a n t a r c o n m i g o p o r v e n t u r a ?

. ¿Quieres que los dos juntos nos probemos,Y tú sa l ir qui zá desa locura?

Sendas preseas nuestras apostemos,U,n arco nuevo he de tener curioso,D e cu erno re forzados los estreñios; .. _

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 26/197

T o d o d e u n p a l o í n d i c o o l o r o s oC o n l a b o r e s d e e s t a ñ o g u a r n e c i d o ,D i g n o d e c u a l q u i e r b r a z o v a l e r o s o .

Y un carcax de lo mism o, dó esculpid o

í - I m a l o g r a d o Ad o n i s y a c e m u e r t o ,Al pie de un fiero jabalí tendido.M a s c o n t i g o h a r é n u e v o c o n c i e r t o :

•Es precioso mi arc o, y no qu erríaAventurar ta l joya á caso incierto,

bola una cabra ten go toda mía ,A criar dos cabri tos enseñada,Y ordeñarse dos veces cada día ;

Aquesta s í será de mi apostada .B i e n e s e l p r e m i o h a r t o a v e n t a j a d o :benalame otra tú de tu manada.

B E R A L D O .N o c a b r a , m a s u n v a s o d e l i c a d o

T e a p o s t a r é , d e ta n ta h e r m o s u r a ,Q u e n o t e q u e j a r á s p o r a g r a v i a d o :

-Labrado es todo de madera escura:C l o n i o e n e l m o n t e s e h a l l ó la r a m a ,-D e l d i v i n o C l e a n t r o e s l a h e c h u r a .

D e é b a n o , ó n o g a l q u i z á s e l l a m a ;y bien cabe su enta l le por famoso

Entre las cosas dignas de la fama.h s t o d o e l v a s o u n b o s q u e d e l e i t o s o ,

^ en med io dé l tres diosas hermosísimasD e l a n t e u n p a s t o r c i l l o v e n t u r o s o :Asi nechas las hojas suti l í s imas,

Que con e l las parece que se enraman,i a i pastor quieren parecer be l l í s imas.

A juzga r no se qué las tres le l lam an,Un a p i e n s o q u e e s m a d r e de C u p i d o ,N o sé las otras dos cóm o se l laman.

P o r s e r m i v a s o , c o m o v e s , p o l i d o ,

Al labio hasta ahora no ha l legado,Q u e e n m i z u r r ó n g u a r d a d o l e h e t e n i d o .

R O S A N I O .

T a m b i é n á m í o t r o v a s o d e l i ca d oC l e a n t r o m e l a b r ó , t a m b i é n e l m i óD e ninfas y de bosques i lustrad o:

D o n d e p i n t ó d e O r f e o e l d e s a f i o ,

Q u e h i z o c o n l o s m o n t e s q u e l e o i a n ,Y á oir su canto se de tuv o u n r io :

Las se lvas puso a l l í que le seguian,Y los p inos tam bién , que sin ruido

D e las mas altas sierras de cend ian.P o r s er m i v a s o , c o m o v e s , p o l i d o ,

A l labio hasta ahora no ha l le gad o,Que en mi zurrón guardado le he tenido.

Cualquiera cosa apostaré de grado;Escoge tú, que si mi cabra vieses,N o ha y que a labar tu vaso de licado.

B S R A L D O .

Bien cantaría yo cuanto quisieses,M a s s o m o s c o m p a ñ e r o s , y a l g ú n d i aJuntos hemos segado nuestras mieses:

Por tanto, s i querrás en compañía ,D e j a n d o a h o r a n u e s tr o h o n o r a p a r t e ,Lo s dos cantem os la pastora mia .

R O S A N I O .

C a n t a , q u e s o y c o n t e n t o d e a y u d a r t e ;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 27/197

Que nada habrá que tu amistad deshaga , •aunque estaba resuelto de ganarte ,

• P, . B E R A L D O .

U cielo con mi fe te satisfaga

^ nueva obligació n en que me po nes,i nes solo amor con lo que obliga paga .

Oíd cíe los, oid los r icos dones   P §

Q u e e n m i c i e I o  e n c e r r á i s ; y t ú , p a s t o r a ,  'e  nuestras puras intenciones.

T  R O S A N I O .

•Los nuevos resplandores de la aurora ,t i e r n a s  ws as, las doradas l lo res,

c u a n t o e n l o s s e n o s e l v e r a n o m o r a ,^ o s o n , p as t o r a , m a s q u e b o r r a d o r e s ,

JJo quiso retratarse tu be l lez a ,

•s  com o a l descuido los colores.T  B E R A L D O .

Las perlas con que e l a lba se adereza ,1 e l mund o argenta y viste de a legr ía ;

-Las nubes l lenas de oro y de r iqueza ,  »Los mensageros de l a legre dia ,

luz que siembran por la t ierra y cie lo,a m t i , p a st o ra b e l l a , e s n o c h e f í a ,• i l i st eza , en fado , angustia y desconsuelo.. '

_ R O S A N I O .

} astor s i ve o un mo nt e , en cuy a cumb re

D e , o u n c i e l o p l a n t a d o  J

La prim avera con a legres f lores,Q j c o n l a c l a ra l u m b r eD e l n u e v o s o l d o r a d oEcna de sí mi l varios r esplan dores ,

M e parece que miro a lguna cosa  ^

Que es sombra de l cabello de tu diosa .B E R A L D O .

Los lazos con que amor cautiva y prende,Las redes y marañasC o n q u e e n r e d a m i l a l m a s y m i l v i d a s ;E l o r o c o n q u e e n c i e n d eEl fuego en las entrañas,Q u e l a s d e j a e n c e n i z a c o n v e r t i d a s ,D e s e c a b e l l o d e o r o e n s o r t i j a d o ,Por nuestro bien, pastora , fue robado.

R O S A N I O .

¿Has visto los remansos mas hermososD e la leche c uajad a ,C u a n d o t e m b l a n d o a p e n as d e j a v e r s e ,O en llanos espaciososL a n i e v e n o p i s a d a ,Que abriendo e l sol comienza á deshacerse?Pue s aun es mas herm osa , y s in ma nci l la ,La be lla frente de tu pastorci l la .

B E R A L D O .

Le be lla frente de mi pastorci l la ,Si yo quisiere ahoraD a r l a e n c o m p a r a c i ó n j u s t a y m e d i d a ,La plateada sillaD e la rosada aur ora ,

Quedá ra en su retrato deslucid a ,Am o r t i g u a d o e l s o l r e s p l a n d e c i e n t e ,Y e l d ia en las ventanas de l oriente .

R O S A N I O .

Unos arcos y venas van pare jas

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 28/197

rr

S I G L O D E O R O .

Por la blanca azucena,

Que te parecerán oro escarchado:M as m irando las ce jas ,Y la frente serena

Donde tu para íso está ci frado,V e r á s , n o o r o e s c a r c h a d o c o n e l h i e l o ,•Mas dos arcos de gloria en solo un cielo.

B E K A L D O .

Si hay dos arcos de g loria en solo un cie lo,oeran, pastora mia ,Los dos arcos tr iunfa les de tus ojos,Con que amor t i ra a l sue loSaetas de a legría ,Y le s iguen m i l a lmas por des pojos:Dichosos arcos y dichosa vira ,

Y mas dichoso e l blanc o á quien se t i ra .R O S A N I O .

El sol , ] a  lun a , e l a lba y e l lu cer o,•Las doradas estrellas,Los e jes de oro en que restr iba e l c ie lo,E l d í a p l a c e n t e r o ,Bañado en luces be l las,L l o v i e n d o l u m b r e y g l o r i a p o r e l s u e l o ,Son, pastora , los bienes que á manojosSaca amor por las puertas de tus ojos.

H E R A L D O .

Saca amor por las puertas de tus ojos,1 astora de mi vida ,C u a n t o b i e n p o r e l m u n d o s e r e p a r t e *-r e n e c e n l o s e n o j o s ,Y la a legría escondida

E G L O G A P R I M E R A .

B r o t a a l m o v e r l o s t ú p o r q u a l q u i e r p a r t e :¡ A y o j o s m i o s , q u i e n v o l v i e s e á v e r o sS i n n u e v o s o b r e s a l t o d e p e r d e r o s

R O S A N I O .

Quisiera aquí p intar de tu pastoraL a b o c a s o b e r a n a ,C o n c h u e l a e n c u y o s s e n o s p l a t e a d o sUn p a r a í s o m o r a ,D e a d o n d e l l u e v e y m a n aL a g lo ria que dá amor á sus privad os;D o n d e l o m e n o s q u e h a y e s e l c o n c i e r t o ,D e l b lanco a l jófar en rubies enjerto.

B E R A L D O .

D e l b l a n c o a l jó f a r e n r u b i e s e n j e r t o ,Mas claro y mas lustroso

Que e l que nace en conchuelas orienta les,E l t e s o r o e n c u b i e r t oE n e l se n o p r e c i o s o ,D o se crian mis bienes y mis ma les,Es la r iqueza que á la vista env iaEsa ce lest ia l puerta de a legría .

R O S A N I O .

¿ H a s v i s t o e n t r e l a n i e v e d e s h o j a d aUna encarnada rosa ,O a lgún rubí sobre marfi l sentado,O á la n ie ve mezcla da

La hojue la olorosaD e l c l a v e l r o j o e n ca r m e s í b a ña d o ?Pue s aquesto es t in ieblas y pob reza ,Belisa , puesto ante tu gran be lleza .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 29/197

B E » A L D O .

Belisa , puesto ante tu gran be llezaE l c i e l o a r r e b o l a d o ,El a lba , la mañana y su frescura ,

Las ga las, la r iqueza ,El primor mas cendradoQue hay en los cofres de la hermosura ,Es comparar e l sol con una estre l la ,

0 con la noch e escura el alba bella.

R O S A N I O .

N o m as, pastor, no mas , que se han pasado-Las horas y el frescor de la mañana,1 e l t iempo y la ocasion nos han bu rlado .

B E R A L D O .

C o m e n z a m o s l a b o r m u y s o b e r a n a ,

Y trasladó el pinc el qu e era del sueloD e estampa ce lest ial p intura hu mana.

R O S A N I O .

Y a en lo mas a lto de l dorado cie loLa carroza de l sol , fuente de l dia ,Sigue con ruedas de oro e l c laro vuelo.

Nuestro ganado busca e l agua fr ia ,

Y el pasto fresco , en qu e pasar la sies ta, •Que entre s i lvestres árboles se cr ia .

B E R A I . D O .Y a e l mió va subiendo por la cue sta ;

C o r r e , p a s t o r , r e c o g e t u m a n a d a ,Y allá te agua rdo al val de la floresta,Cabe e l p ino, a l ba jar de la cañada.

E G L O G A S E G U N D A .

L u e g o q u e lo s p a s to r e s c o n e l d i c h o s o f inde sus cantares dejaron envidiosas las selvas,á cada uno pareció hora de bajar á la ribera.Y siguien do todos este parec er, porque nues-tros ganados confusamente se repastaban poraquellos e j idos, casi los mas nos fuimos jun-tos , quie n á buscar las vac as, quien á l levaral agua sus ovejas; unos á sacar de entre lasespesas matas las golos as ca brilla s, y o tros fi-

na lmente á requerir las pesadas yuntas debueyes que á soldada de caudalosos labradoresg u a r d a b a n , s i n o f u e e l v a q u e r o G r a c i o l o , q u een busca de una blanca becerra se entró pore l bosque. To do s con placenteras burla s, de-jando sola la amada Eri f i le , nos íbamos acer-cando á la r ibera; y apenas de l primer lugarnos apartamos lo que e l ladrar de un perro sepue de oir , quando á un lado de l b osque dei m p r o v i s o s o n ó u n a z a m p o ñ a q u e á t o d o s p u -so deseos de saber cuya era ; y como los masseñalados de la ribera aqu ella mañana se h a-bían ha llado en la fuente , n inguno podía pen-sar quién oyendo nuestra conversación enaquellas soledades estaba emboscado; y unosseñalando uno , y otros otr o, con e l menor

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 30/197

B E » A L D O .

Belisa , puesto ante tu gran be llezaE l c i e l o a r r e b o l a d o ,El a lba , la mañana y su frescura ,

Las ga las, la r iqueza ,El primor mas cendradoQue hay en los cofres de la hermosura ,hs comparar e l sol con una estre l la ,

0 con la noch e escura el alba bella.

R O S A N I O .

N o m as, pastor, no mas , que se han pasadoLas horas y e l frescor de la mañana,1 e l t iempo y la ocasion nos han bu rlado .

B E R A L D O .

C o m e n z a m o s l a b o r m u y s o b e r a n a ,

Y trasladó el pinc el qu e era del sueloD e estampa ce lest ial p intura hu mana.

R O S A N I O .

Y a en lo mas a lto de l dorado cie loLa carroza de l sol , fuente de l dia ,Sigue con ruedas de oro e l c laro vuelo.

Nuestro ganado busca e l agua fr ía ,

Y el pasto fresco , en qu e pasar la sies ta, •Que entre s i lvestres árboles se cr ia .

B E R A I . D O .Y a e l mió va subiendo por la cue sta ;

C o r r e , p a s t o r , r e c o g e t u m a n a d a ,Y allá te agua rdo al val de la floresta,Cabe e l p ino, a l ba jar de la cañada.

E G L O G A S E G U N D A .

L u e g o q u e lo s p a s to r e s c o n e l d i c h o s o f inde sus cantares dejaron envidiosas las selvas,á cada uno pareció hora de bajar á la ribera.Y siguien do todos este parec er, porque nues-tros ganados confusamente se repastaban poraquellos e j idos, casi los mas nos fuimos jun-tos , quie n á buscar las vac as, quien á l levaral agua sus ovejas; unos á sacar de entre lasespesas matas las golos as ca brilla s, y o tros fi-

na lmente á requerir las pesadas yuntas debueyes que á soldada de caudalosos labradoresg u a r d a b a n , s i n o f u e e l v a q u e r o G r a c i o l o , q u een busca de una blanca becerra se entró pore l bosque. To do s con placenteras burla s, de-jando sola la amada Eri f i le , nos íbamos acer-cando á la r ibera; y apenas de l primer lugarnos apartamos lo que e l ladrar de un perro sepue de oir , quando á un lado de l b osque dei m p r o v i s o s o n ó u n a z a m p o ñ a q u e á t o d o s p u -so deseos de saber cuya era ; y como los masseñalados de la ribera aqu ella mañana se h a-bían ha llado en la fuente , n inguno podia pen-sar quién oyendo nuestra conversación enaquellas soledades estaba emboscado; y unosseñalando uno , y otros otr o, con e l menor

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 31/197

ruido que pudimos descubrimos por entre unas.  matas a l enamorado L euc ipo , que ju nto á

"na pequeña fuente con la mú sica ordinaria ,manjar de pastores, se entretenía . Detuvímo-nos un rato escuchándole , porque e l t iempo

no nos apretaba mucho; y é l , despues de ha-ber tocado su mal a taviada zampoña, con es-tos versos la acompañó:

. L E U C I P O .

¿Quien pudiera poner en la memoria ,Hecha de aquel cr ista l que son los ojos,bolo un cuidado y una sola historia?

L sin mirar las cosas por antojos,N i d e la p a z c o g ié r a m o s l a g u e r r a ,

Ni^ entre rosas nacieran los abrojo s.Y o sé cuand o los p inos desta t ierraCon de lgadas pa labras repetíanMis cantares, a l tono de la s ierra ;

i a las veces también m e respond ían,Que pudiera decir de sus cancionesQue con las de mi labio competían.

1 rocadas siento ya las condiciones,i a n i r e s p o n d e n , n i es c u c h a r m e q u i e r e n ,

Que a todos gustos cansan mis razones.•Los que enfadados de vivi r viv ier en ,

Lleguen á mi dolor, y a l l í a ta jadosEn ver otro mayor no desesperen.Ninfas, que entre las f lores destos prados

Vivís en t iernas p lantas convertidas,bin apartar de a l l í vuestros cuidados;

O ya en las c laras aguas escondidasG u a r d é i s p o r d i c h a a q u e s t a d u l c e f u e n t e ,G u a r d a d t a m b i é n m i s l á g r i m a s p e r d i d a s .

Cuando yo en medio de la s iesta ardiente

T e b u s c o , F i l i s , F i l i s d es e a d a ,Y mi v o z sola la c igarra s iente ,E n t r o e n e l m o n t e , d e j o l a c a ñ a d a ,

Subo a l p inar, y sa lgo por la s ierra ,Y a l l í te l lam o con la vo z cansada.

Q u é m a m e e l s o l , a b r á s a m e l a t i e r r a ;T ú , m a s s o r d a q u e e l m a r á m is r a z o n e s ,Mas cruel haces con ca l lar mi guerra .

N o m e bastó sufrir las s in razo nes ,L o s a l t i v o s d e s d e n e s d e T i r r e n a ;Iguales sois las dos en condiciones.

Au n q u e m a s b l a n c a t ú , q u e e l l a m o r e n a ,Aunque e l la sea l i r io, y tú seas rosa ,L a u n a s e a a m a p o l a , o t r a a z u c e n a ,

N o fi es e n b e l d a d , F i l i s h e r m o s a ,E l l i r i o v i v e , e l a z u c e n a m u e r e ,

Y todo pasa con la edad forzosa .Si por ventura a lguno te di jere

Que en sus huertos las rosas s iempre viven,D i l e t ú , F i l i s , q u e e n g a ñ a r t e q u i e r e .

Y a sé que mis cuidados se rec ibenE n g u s t o e n t r e t e n i d o y o c u p a d o ,

Y en e l agua tus dedos los escriben.D e s p r é c i a s t e d e m í , l u e g o t e e n f a d o ;

P u e s a u n q u e n o m e r e z c a s e r q u e r i d o ,N o soy dig no de ser tan despreciado.

B i e n s a b e s q u e r e v u e l v o e n e l e j i d oc

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 32/197

M i l o v e j a s m a s b l a n c a s q u e l a n i e v e ,Siem pre de lec he y queso abastecido.

N i c u a n d o ab ra sa e l s o l , n i c u a n d o l l u e v e ,Pasto verde le fa lta á mi rebaño,

Ora se seque e l campo ó se renueve .Leche fresca me sobra todo e l año,N i á m í e l v e r a n o m e a c r e c i en t a e l q u e s o ,N i m e h a c e e l i n v i e r n o n i n g ú n d a ñ o .

Pues en saber cantares yo confiesoQ u e s i T i t i r o a h o r a m e e s c u c h a r a ,Que no perdiera mi opinion por eso;

Y e n h a c e r u n a h o r t e r a , u n a c u c h a r a ,L a b r a r u n c a r a m i l l o y u n c a y a d oSi yo quisiera nadie me igualara .

N i s o y d e g e s t o y o t a n m a l f o r m a d o ,

S i p o r d i c h a m i i m a g e n n o m e m i e n t e ,Qu e ve ng a á ser por feo desamado.Y a y o m e v i d e l T a j o e n l a c o r r i e n t e ,

Q u e c o m o á t í d e e s p e j o m é s e r v i a ,Y aun ahora m e veo en esta fuente .

Y si acaso la im ag en , por ser mía ,N o m e e n g a ñ a , p o r e s a d e t u A l f e oLa ventura , y no e l rostro, trocaría .

Sé tú juez , que no por eso creoQue si a lzases los ojos á mirarme,N o p a r e c ie s e t u N a r c i s o f e o .

El c ie lo entre estos bienes quiera darmeGozar estos cort i jos mal labrados,M il s ig los de oro sin de t í apartar me;

Y juntos por la sierra amb os ganad osC o m p e t i r c o n lo s F a u n o s e n c a n c i o n e s ,

Y com pon er guirnaldas por los prados.¡M a s a y , q u e P a n n o e s c u c h a m i s r a z o n e s ,

F e b o e n o í r m i c a n t o d e c o r r i d o

E n j u g a e n m i z a m p o ñ a y a l o s s o n e sSu v oz y mis cantares se han per did o,La cera derretida se ha deshecho,Y tres cañas de siete se han ca ido.

¿ P o r v e n t u r a m e j o r n o h u b i e r a h e c h oD e ver des mim bres una blanca cesta ,Q u e n o g a s t a r e l t i e m p o s i n p r o v e c h o ?

Y a en la r ibera entrando va la s iesta ,Q u i e r o l l e v a r a l a g u a m i g a n a d o ,Y otra Fi l i s habrá quizas s in esta ,Que aquesta s in razón me ha desechado.

F u e para todos el canto de l e ncub iertop a s to r d e n o p e q u e ñ o e n t r e t e n i m i e n t o ; y e ntener lást ima de sus cosas genera lmente le pa-gam os e l rega lo de oír le , q ue lo uno fue deg u s t o , y l o o t r o d i g n o d e c o m p a s i o n ; p o r q u emientras é l en su cantar se detenia , querien-do quizá mostrar á los vecin os árboles q ueotro fue go ma yor ardía en sus entrañas , s inesquivarse de la r igurosa vista de l sol , que yaá toda fuerza tenia la mitad de l c ie lo, sentadoen la abrasada arena est uv o, y así la cera desu rústica zampoña, como é l en su cantar de-cia , poco á poco se fue derri t iendo , hasta qu ede sí mismo enfadado, arrojando lo que de llale quedaba , los que presentes nos ha llámosvimos i r por e l a i re los deshechos canutos, re-

c 2

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 33/197

pit iendo en vano e l amado nom bre de Fi l i s .Todos con piadosas lágrimas le ayudamos ro-gand o a l c ie lo por su vic to ria , cosa que y amuchas veces á otras arrogancias mayores hizoablandar los endurecidos ánimos. Mas estapastora de Leucipo, s i yo bien estoy en e lcaso, s iempre tan a lt iva y arrogante ha sido,c o m o n o v i l l a n o d o m a d a , q u e e x e n t a y l i b r epor los campos á solo su antojo t iene por ley.Habiendo pues e l pastor concluido su cantoy n o l o s p e n s a m i e n t o s , v o l v i e n d o a l z u r r ó nel panela manteca y queso y a lgunas nuecesy castañas que para comer habia sacado, h ar-to de los manjares de su me m ori a , y perdidocon su acedía e l gusto á los presentes, como sila causa de su pena al l í lo est uv iera , así co-

m e n z ó á d e c i r : ¡O F i l i s m i a , a u n q u e r i g u r o -sa y d ura , de mí s in com paración mas amadaque la vid a , mas dulce que la g ana ncia , m asaleg re qu e las nue vas flores de abri l, y á misojos mas de le i tosa que los lasc ivos y t iernoscabri t i l los que entre e l las andan reto zando ; ysobre todo, s i á tanto dolor es l í c i to, á mí masprovec hosa que á los sembrados en lec he lasí é r t il e s a g u a s d e m a y o ¿ P o r q u e , F i l i s m i a ,asi aborrecido me t iene s, co mo si tu nacidade los montes, ó yo de los ganaderos fuera e lmas desechado? Bell í s ima pastora mia , sea yoa tu gusto mas amarg o que la re tama , masque e l lentisco acedo, y no menos que e l en-roscado dragón ab orrec ible , s i desde tu pr i -

mera vista cosa en mi opinion ha l legado queá la sombra de tu va lor parezca; n i cuandolos disantos sue lo v end er en la ciudad mis ca-bri t i l los, igual be ldad á la tuya he descubier-

to , ahora sea de las que el cuidado hace extre-madas, ó las que e l descuido t ienen por art í -f ice de su donaire ; que contigo nada se iguala ,y en mi opin ion va les much o, y lo que sinencare cimien to d igo , n i en las eras de l l im piotrigo los rojos montones como granos de ororesplandecientes, n i en e l campo los manza-nos , que al. sue lo su mad ura fruta derriv a , n imis labradas viñas, n i mis fért i les y cult ivadoshuertos igual de le i te que tu vista ponen. Puessi descuidado vivo de adorarte , s i en recono-

certe por mi diosa soy perezoso, mira , pastora ,l o q u e e n s e r v i c i o t u y o h a g o . N o m u y l é j o sde nuestra cristalina Enfile entre floridos ár-boles , que con mis verso s están can tando tusloo res, de ver de yedra y f lorido acan to, de lm o d o q u e á m i p o b r e z a c o n v i e n e , u n p e q u e ñ oaltar tengo hecho, donde los mas dias en con-templación tuya sue lo componer un retratotan adornado de rosas y c l av e le s, que si suhermosura descubre gran magestad, la curio-sidad le da mas ga la ; y te c ert i f ico, m i pas-

tora, que de tal manera á mi parecer con supresencia queda todo hecho un cie lo, comosi a lguna oculta de idad de los vecinos bosquesa ll í á presidir ba jase , don de , con forme á mirústico ta lent o, sue lo decir mi l cantares l íc i tos

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 34/197

á mi amor y á so la tu be ldad debidos . Y au n-q u e p o r e l in v io l a b l e t e m o r d e l o s v e n g a t i -vos dioses me fal ten otras mayores ofrendas,d e q u e y o t e j u z g o d ig n a , n o p o r e s o d e j ode ofrecerte cada hora mi p ensa mien to y lainten ción que es quie n da v ir tu d al sacr if ic io .Y s i p o r d ic h a e s v e r d a d , c o m o y o s in d u d ac r e o , q u e p o r o c u l t a f u e r z a q u e á t í m e in c l i -na todas mis cosas te son manifiesta s , o yeahora los dones que en tu al tar pienso ofrecer .Cuanto á lo pr imero dos b lancos canast i l loslabrados de mi ma no, y en el los tu n om breescr ito , muchos dias ha que entre f lores tengoguardados, los cuales l lenos de rosas y azuce-n a s , d e s p u e s d e h a b e r l o s d e r r a m a d o s o b r e t uretrato , en el los cogeré de mi mano apl ica-das á so lo tu gusto las mas o lorosas manzanasd e t ie r n o v e l l o v e s t id a s q u e e n m is h u e r t o sh a l l a r e , p o n ie n d o e n c im a p o r s u c u e n t a b l a n -das castañas y nueces , f ruta á que mas Gala-tea se inc l inaba ; y s i t iem po fu ere del l o ,añadiré por co lmo á mis cest i l las , amaril lasc i r u e l a s , c o m o e l a m b a r c l a r o , y e n t r e t e j ie n d oal precioso azahar ro jos c lave les y ama polas , át í t a m b ié n , l a u r e l , p ie n s o c o g e r t e , y á t í f r e s c oa r r a y a n , q u e a h o r a c a l l a n d o m e o y e s , c u y o ssuaves o lores harán mas agradable mi presente.

Y as í tú con la misma f iesta y dign idad quepor los campos la a legr e F lor a se rec ib e, demí serás cantada por los montes; pues tú so lacoronada de inmortales rosas abres en mi co-

j

r a z ó n e l m a s v e r d a d e r o a b r i l , y e l v e r a n o yp r im a v e r a m a s d e l e i t o s a . M a s t o d o ¡ a y d e m íen ser de mi mano te ofende: las f ieras osaste engendraron ; nacida eres de los duros ro-

b l e s ; r ú s t i c o e s L e u c ip o , F i l i s d e s u s d o n e s n os e c u r a , g r o s e r o s s o n c o m o é l , in v id ie e l m u n -do su p ena ; l lorad p inos su ventur a.   ¿ Q u eb u s c o c o n t i g o i n g r a t a  ?  Las flores s iemb ro alaire, que en compañía de mis palabras se lasl l e v a . A D io s , á r b o l e s s o m b r ío s , q u e m ie n t r a sm a s v u e s t r a c o m p a ñ ía t r a t o m e n o s r e m e d iá ism is f a t ig a s . D i j o ; y e c h a n d o e l z u r r ó n a l h o m -bro se puso en pie y á carear su ganado, has-t a q u e l l e g a n d o á u n a l t o y c o p a d o a l i s o , p o rcuyo tronco una fresca yedra se entretej ía y

mar aña ba, hac ien do de las hojas y las ramasu n a c u e v a e n t a l d i s p o s ic ión y s i t io , q u e c u -bierto el suelo todo de las verdes al fombrasd e a b r i l , l a b r a d a s d e p r im a v e r a , y p o r l a b ó -v e d a e m b e s t id a d e u n a s m e n u d a s c e n t e l la s yt e m b l a d o r e s r a y o s d e l u z , q u e e n t r a n d o c o m omenudos relámpagos por los descuidos de lasinquietas hojas , no otra cosa parecian que unosr icos y art if ic iosos artesones hechos de lazosde oro y esmeraldas . Vie nd o p ues el pastortan gran frescura, no pudo ser su pena tal que

el s it io no la vencie se con gan a de pasar e nél la s iesta, que al f in no hay corazon tan tr is-te que no procure algún descanso, ni mal tane n v e j e c id o y r e b e l d e á q u ie n u n a n u e v a o c a -s ion, ya que del todo no le sane, á lo menos

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 35/197

l e d i v i e r t a , c o m o e s t a c u e v a h i z o á L e u c i p o ,que ampar ándos e en e l la de la s ies ta que ibaentr ando, as í tendido s obr e la yer ba en tonobajo habló á s us males :

L E U C I P O .D é j a m e a q u í d o r m i r , d e s c o n f i a n z a ,

Q u e c u a n t o m e e s t á m a l t o d o l o c r e o ;Q u e m e e n g a ñ a n l o s o j o s y a l o v e o ,Y q u e e s s in f u n d a m e n t o m i e s p e r a n z a :

bi c on e l t iempo a l f in todo s e a lc anza ,C a m b i e n y o a l c a n z a r é l o q u e d e s e o ,Que no ha de hac er mi mal tan gr an r odeo,Q u e e n s í , e n m í , ó e n é l n o h a g a m u d a n z a ,

a i la que es már mo l y par ec e c er a ,i or no templar s us leyes r igur os as

A mi es per anza des templar e en e l las ,JNo me podr á es tor bar , por mas que quier a ,

Que a l f in , ya que no ac abe gr andes c os as ,N o mu er a por la fe de ac o mete l las .

C o n es tas pa labr as en la bo c a , y e l s ueñoai par ec er en los ojos , de jamos nues tr o pas tor ,a c u d i e n d o c a d a u n o á s u m e n e s t e r , c o n q u ePor entonc es la agr adable junta s e des hizo; yotr o día s iguiente , que c as i todo é l s in c es arlabia l lo vid o á vuel ta s de un f r ió c ier zo que

? S  P .l n ? s c o n  i n c r e í b l e f u r i a d e r r i b a b a , n o m u y

can?3  , d d r i 0 '  á J a  P a r t e d e  s ier r a , en-I I ™ , y ^ u e r o U " a n i o , t an m o j ad o y

d e l o d o , q u e s i y o e n j u t o y b i e n c o m i -

d o m e h a l l a r a , d e b u e n a g a n a r i e r a s u d o n o s ota l le y vi s t a ; y mas c uan do c on mil p lac er es ,c o m o s i u n g r a n s u c e s o f u e r a , m e l l e g ó á c o n -tar de la maner a que a l pas ar unos atol lader os

que jun to a l va do s e hac en , as í á un t iempo s el e f u e r o n a m b o s p i e s , q u e c u a n d o s o b r e s í v o l -v i ó s e h a l l ó t e n d i d o e n e l l o d o , d o n d e l a r g or ato por no s ac ar las manos del s eno no s epu do des mar añar de s u c apo te; y lo que s obr et o d o á m í m a y o r g a n a d e r e i r m e d a b a , e r aver que en s u c uer po no t r a jes e c os a enjutas ino las ma no s , y es tas has ta entonc es n o lashabia s ac ado d el s eno , temer os o que e l f r ió nos e l as a r r e b a t a se . Y p r e g u n t á n d o l e y o p o r q u éen ta l mene s ter de s u c ayado n o se^ va l ia , as íc o n u n a n u e v a a l e g r í a m e r e s p o n d i ó : p o r c i e r -t o , v a l e r o s o p a s t o r , y o u n c a y a d o t e n g o d elos mejor es y mas ga lanos de la s ier r a , no deotr a c os a que de olor os o enebr o, y tan ar t i f i -c i o s a m e n t e l a b r a d o , q u e e n t r e s u s c u r i o s o s e n -ta l les , s i ahor a aquí le tuv ier a , pu dier as c o np a r t i c u l a r g u s t o v e r a l fa m o s o A r g o s , p a s to rr i c o d e c i e n o j o s , á q u i e n J u n o s o l o c o m o h a -br ás oid o os ó f iar s u vaq uil la ; y no m uy apar -t a d o d e u n a f u e n t e , á c u y o m á r g e n e n a q u e lpunto s e habia s entado, es taba e l maños o Mer -c u r i o c o n v i d á n d o l e a l p e l i g r o s o s u e ñ o c o n l adulc e ar monía de s u c anto, y lo que á no po-c a lás t ima te mo ve r á , s i a tento te pones á mi-r ar lo, es e l ya degol lado pas tor , pues tas ene t e r n a n o c h e a q u e l l a s v i v a s l u m b r e s , q u e c o -

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 36/197

IDO en el cielo las estre llas , así por su cu er poe s t a b a n d e r r a m a d a s , d o n d e s ie m p r e q u e c o na im a g in a c ió n l l e g o , v e r d a d e r a m e n t e j u z g o

la humana suerte por miserable; pues c ien o jossola una muerte los ocupa, con otras algunas

curios idades que para contar las despacio esp o c o e l t i e m p o , y m u c h o e l f r ío q u e h a c e. Ya u n q u e á v e c e s s u e l o t r a e r l e c o n m ig o , s i a h o -ra as i me sucediera, y como yo se hubiera en-l o d a d o , n o s é c o m o t a l d e s g r a c ia c u p ie r a e nmi sufr imiento. ¿Mas que dirás á esto , pastor ,q u e y a o t r a v e z s e m e j a n t e c o s a m e a v in o c o nm i c a y a d o , c a s i e n e s e m is m o l u g a r e n q u eahora t ienes los pie s , que por alcanzar un ca-b r i t o d e m i T i r r e n a , v in e á d a r c o n é l s o b r eesas piedras , que no mucho estuvo de hacerse

p e d a z o s ? M a s m i v e n t u r a e n t o n c e s f u e t a l , q u esola una guarnic ión de estaño que en el rema-te tenia se le cay ó , d ejado aparte que alpastor Arg os se le quebr ó de la mano la del i-cada cuerda con que á un árbol tenia atada suv a q u i l l a ; y e s t o p o r q u e y a á m i p a r e c e r M e r -cur io se ensayaba á cortar la , no se echa tantod e v e r , c o m o q u e b r á r s e le a l m is m o d io s u np e d a z o d e l c a d u c é o , c o n q u e s e m b r a n d o e s t a b asueno sobre los c ien cuidadosos o jos del pastor :uias ¡ó hazaña maravil losa de nuestro serrano

^nstal io , ingenioso sobre todos los de estasr iberas que tan diestram ente se amañó á pe-gar Jo quebrado con la dorada go ma , n o sé s i

c l r " e l o , si d e m a n z a n o f u e s e , q u e m u y

aguda será la v is ta que la sut i l so ldadura des-cubra , por cuyo benef ic io le prometí una gran-de hortera de cuajada, y b ien que hasta ahorano se la he dado, s iempre que me la pida con-fesaré debérsela. Pue s ahora, mi cur ioso cay a-d o , n o p o c o h u e l g o d e n o h a b e r o s t r a id o c o m ootras vec es en mi compañía , porque yo maspara el regalo de los o jos que sustento de mic u e r p o o s g u a r d o . A s í U r s a n io m e d i j o , y y od e s p u e s d e p r e g u n t a r l e p o r u n m a n c h a d o c a -br it i l lo que de las ubres 4e su madre fal taba,tr is te por no hal lar rastro dél , subia el co l ladode la s ierra , cuan do al abr igo de unas encinasd e s c u b r í a l p a s t o r F l o r e n io , q u e e n a q u e l l asazón tocando un cur ioso rabel de pino co-menzaba á cantar estos versos:

F L O R E N I O .

N i n f a s , s i o ir q u e r e is u n t r i s t e l l a n t o ;F a u n o s , s i a m o r á c o m p a s io n o s m u e v e ;Y tú , dios Pa n , que estás tras desa ram a,

E s c u c h a d t o d o s c o n p l a c e r m i c a n t o ,M ie n t r a s d e l c ie l o l a l i v ia n a n ie v eA l so l le tem pla su ence ndid a l lama:

Y o c a n t o la p a r tid a d e u n a d a m a ,Y e l n u e v o s e n t im ie n t oD e u n a n t i g u o t o r m e n t o ,

Q u e a u s e n c ia c o m u n m e n t e e l v u l g o l l a m a .Mas quien la s iente no la l lama ausencia,

S ino insufr ib le calmaQue anega el a lma , acaba la paciencia.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 37/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 38/197

¿ir le me l iabia escondido; y e l pastor , no me-nos alegr e en ve rm e qu e yo lo habia estadoen oír le , ¡ó mi serrano dijo , ¿tan cerca esta-bas de mi? Salvo sea tu rebaño; las selvasguard en tus cabr itos: e l que tú ahora co ngo -

jado buscas no está en poder de lobos: aquí tel lega, compañero; y s i e l t iempo no te lo im-pide, mientras el f r ío pasa podrás entretener-t e c o n m ig o , q u e t u p in t a d o r e c e n t a l n o h amucho que entre mis ovejas , por saber queera tu yo , le recogí. ¿Si podrá el c ie lo , dije yoe n t o n c e s , t r a e r m e , F l o r e n ío m ío , á ti e m p o q u etanto b ien te sat is faga? ¿Acaso para mí cosa

de mayor gusto podia hal lar? Luego al o ir tuc a n t o l e t u v e p o r f e l i z a g ü e r o , y n o m e e n g a -ñ a b a , c u a n d o d e t o d o m i t r a b a j o n o g r a n j e a r a

™ a s q u e o í r t e ; y m a s c u a n d o e n t u c a íc io nnegaste a la comparación del cabr it i l lo , dondec o m o a d iv in a n d o m i v e n id a t e e n s a ya s t e ádarme nuev as de lo que vení a b uscan do, sa-cando de caso presente agudos motiv os paramejor expl icar tus sent im ientos , aunq ue al pr in-c ipio en o ír t ratar de lágr im as m e tu rbé. A l-g u n a d e s g ra c ia , d i j e , l e h a s u c e d id o , a h o r asea que su perro Petulco le haya fal tado, ó sussembrados destruidos sean; hasta que tu mis-mo cantar me descubrió el secreto de tu pena,

obl igá ndo me á rogar á las celest iales lumbresque a nuestras v idas p res ide n, que -s iempreProsperen en t i semejantes agüeros; y las S i l -vestres deidades , as í ninfas del r io , como sát i-

ros de los montes , a l iv ien la pesada carga demales , no dejan do en tus homb ros m as deaquel los que s in nin gún trabajo te fuere l í-c i t o l l e v a r . Y t ú a h o r a , F l o r e n io , s i á u n a v o -l u n t a d c o m o e s ta t e h a l l as o b l ig a d o , r u é g o t e

me cuentes alguna cosa de tu importancia, s i-quiera sea de tu encubierta pastora, que yoen fe de tu buen gusto creo que su hermosuray suerte por s í so la merezca ser de tan grane n t e n d im ie n t o c e l e b r a d a , ó á l o m e n o s m e c o n -t a r á s a l g o d e t u s g a n a d o s , q u e e l c ie l o a s í , m i-rándo los tú , los aum ente com o hace las f loresde los campos. Y s i mi rust ic idad te imp idierehacer lo que te ruego, canta alguna cosa quecorresponda al . gran deseo de escu charte, quepues he hal lado lo que buscaba á so lo o ir te

estaré atento: ni pienses que el t rabajo quepor mí tomares quiero sembrar lo en el v iento ,q u e y o , a q u e l m is m o q u e á T i l e n o c o m o q u i -zá habrás o ido ganó á cantar esta zampoña,te la quiero dar por tu ya y co lga r la ahorade tu cue l lo ; no de otra manera que s i en eltemplo de nuestro dios Pan por trofeo demi v ictor ia de su misma estatua la co lgára.D e m á s d e s t o t e n g o , c o m o s a b e s , u n a c u c h a r ahecha de un pedazo de ro ja tea , tan traspa-rente y del ic ada , que s i de oro n o la quis ieres

j u z g a r , v e z h a y q u e t e p a r e c e r á d e c l a r í s im oámbar, y otras que no  m e n o s  q u e d e a l g ú n p e -dazo de lustrosa y l impia goma, y toda el la de  *h a r t o m a y o r c u r io s id a d q u e c u e r p o . P o r q u e s in

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 39/197

*

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 40/197

U R A N I O . F L O R E N I O .

L I K A N r o .

P a c e d , m is o r e j u e l a s a l m a g r a d a s ,

Des pun tan do las mas hermosas f lores ,Y las ramil las meno s levantadas .

El c ielo os l ibre s iempre sus favores ,

C o n q u e c r e c ie n d o m i c a u d a l y a p e r o ,Llegue á ser mayoral de c ien pastores .

Muera en vuestra presencia el lobo f iero ,P o r q u e r e t o z e e l t i e r n o c o r d e r i l l o ,C on las pesadas ubres placentero .

Y o h aciend o resonar mi caramil loPo r estos prados cantaré cancionesEn son que á nadie canse con o il lo :

D o n d e d e s c r ib i r é l a s c o n d ic io n e sD e l c u l t iv a r e l c a m p o d e m a n e r aQ u e d é s ie m p r e s u s f r u t o s á m o n t o n e s :

El modo del apr isco y par idera,D e l ordeñ ar la leche sobre el tarro ,

Y del untar la roña con la mi era:L a s l e y e s d e l a c h u e c a , r u e j o y m a r r o ,

Juegos que ejerc itamos en las erasCuando va el so l en su encendido carro

El t iempo del desquilo , las manerasDel apartar la lana y hacer queso,

Y de rayar por orden las queseras:Y conocer los perros por el hues o,Armarlos de car lancas aceradas ,D e m á s d e f e n sa y g u a r d a q u e n o p e s o :

EGLOGA. SEGUNDA. .' jj

El podar de las v ides concertadas ,Y c ó m o d a r á n u v a s d e c o l o r e s ,A v e c e s r o j a s , n e g r a s y m o r a d a s :

E l m o d o d e e s c o g e r l o s s e g a d o r e s ,

D e d e r r ib a r la m ie s , y h a c er e l v in o ,To c a n t e á c a u d a l o s o s l a b r a d o r e s :Y sembrar los coho mbr os y e l pepin o

En nuestros huertos , y a l parral labradoL l e v a r e l a g u a p o r m e j o r c a m in o .

Q u e e s t e t r a b a j o e s p e r o q u e p r e m ia d oH a r á n , c o m o e s r a z ó n , m is l a b r a d o r e s ,Pues trato de labrar lo no labrado;

Y es neg ocio de mas que de pastores ,Cosas de suyo angostas y pequeñasH a c e r d e ig u a l v a l o r c o n l a s m a y o r e s .

S e m b r a r e l t r ig o e n t r e d e s n u d a s p e ñ a s ,Y s egu ir los errores que y o s ig o ,Es escr ib ir dulzuras entre breñas .

P o r m a s q u e A p o l o s e m e m u e s t r e a m ig o ,Sino salgo de mieses y gav il la s ,Ha de enfadar en su barbecho el t r igo .

Mas cantaré tras esto maravil las

D e a m o r , d e su s e n r e d o s y m a r a ñ a s ,Q u e d e a m o r t a m b ié n t e n g o m is p u n t i l l a s .

Sé que no es todo ovejas y cabañas

C u a n t o s u e n a e n e l c a m p o y e n l a a l d e a ,N i todo comer miga s y castañas .

A cada cual su gusto le recrea;N o h a y p e n a d e a f i c ió n q u e n o e n t r e t e n g a ,N i á pincel de deseo estampa fea :

C a d a P e l a y o m u e r e p o r s u M e n g a ,

D 2

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 41/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 42/197

Pues no ha de ser del suelo nuestro acento.F L O R E N I O .

¡ Q u e g u s t o e s v e r u n s im p l e p a s t o r c i l l oE n e l c a m p o c r ia d o ,Y a l lí t a m b ié n c o n é l s us p e n s a m ie n t o s

To c a r e l c a r a m i l l oE s s u m a y o r c u i d a d o ,Rep astar las ovejas sus cont ento s:N a d a l e q u i t a e l s u e ñ o ,N i f u e r a d e s u g u s t o t ie n e d u e ñ o .

L I R A N I O .

V i e n e l a n o c h e , o r d e ñ a s u g a n a d o ,C e n a q u e s o y c u a j a d aO m a n t e c a m a s b l a n c a q u e l a n ie v e :E c h a s e s in c u id a d oSobre la paja usada,

C u a n d o m a s n i e v a , m a s v e n t i s ca y l l u e v e ,Y e n p e l l e j o s e n v u e l t o ,

D u e r m e t o d a l a n o c h e á s u e ñ o s u e l t o .F L O R E N I O .

¿ P u e s l u e g o á l a m a ñ a n a c o n e l f r ió ,Xas manos en el seno,C o n m ig a s e l e s t ó m a g o a f o r r a d o ,N o l leva su cabr íoP o r e l p a s t o m a s b u e n o ,Y e n su g a b a n m e t id o y r e b u j a d o ,S ú b e s e á u n a l a d e r a ,

Y al l í e l nu evo calor del so l espera ?L I R A N I O .

Tal vez se s ienta or i l la de una fuente,O d e a l g ú n a r r o y u e l o ,

Donde corre el cr is tal envuelto en f loresV e sus cabras enf rent eP a c e r e l v e r d e s u e l o ,C a n t a n d o s u d e s c u id o , ó s u s a m o r e s ,   (

O s e q u e d a t e n d id oD e b a j o d e a l g ú n á l a m o d o r m id o .

F L O R E N I O .

Canta entre las encinas mil cancionesC o n v o z s o n o r a y c l a r a ,D o n d e s u c o r a z o n c l a r o s e l e a :P u b l ic a s u s p a s io n e s ,O labra una cucharaD e in c o r r u p t ib l e e n e b r o ó r o j a t e a ,Y g u á r d a l a e s c o n d id aPara la que es e l a lma de su v ida.

L I R A N I O .

Si acaso t iene un blanco cerbat i l loD e n e g r o r e m e n d a d o ,E n s e ñ a d o á j u g a r a l e g r e m e n t e ,Un col lar amaril loL e p o n e , s a l p ic a d oD e p r e c ios a s c o n c h u e l a s d e l O r ie n t e ,

Y l u e g o l e d e d ic aA l b ie n q u e á s u m e m o r ia v u e l v e r i c a .

F L O R E N I O .

G o z a l o s f r u t o s d e l a p r im a v e r a ,Que entre las. nuevas flores

V i e n e s e m b r a n d o el m u n d o d e a l e g r ía :C o g e l a p r im e r p e r a ,Las manzanas de o lores ,

Y o t r o s r e g a l o s q u e e l v e r a n o e n v í a ;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 43/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 44/197

Queso, pan y castañas , ¿que mas quieres?Y en este arroyo el agua que refresca.

F L O R E N I O .

H á g a s e a m ig o c o m o t ú q u is ie r e s ;Estén como ahora están nuestros zurronesHarás de mí lo que de nadie h ic ieresA l m is m o c o r t e d e t u s in v e n c io n e s .

E G L O G A T E R C E R A .

Y a s o b r e lo s c e r c a no s m o n t e s q u e a l r ú s t ic ocantar de los pastores suspensos habían estado,el nocturno carro de la encantada luna con pla-teadas ruedas iba subi end o, y las fogosas es-trel las á porf ía por las celest iales ventanasmostrándose hacían con su presencia mas bre-ve el curso del c laro dia; y no so lo el las an-tes de t iempo sal ieron á gozar el dulce cantod e n u e s t r os A p o l o s , m a s l a s a g r a d a j u n t a d eninfas y faunos eptre los vec ino s árboles por

escuchar sus cancione s dejaron o l v id ar los co-m e n z a d o s b a il e s . Y e l l o s , h a b ié n d o l e s p u e s t odichoso f in, por ser e l lugar acomodado á pa-sar lo que de la noch e qued aba al a br igo dea q u e l l a s p ie d r a s , e n v u e l t o s e n s u s p e l l e j o s , ycontemplando el curso de las estrel las , sabro-samente se qued aron dormidos . A mí so lo , áquien alguna oculta y poderosa deidad la quie-tud del corazo n ocu paba , no as í fác i lm enteme fue l íc ito gozar el general a l iv io del s i len-c io , antes mientras él entendia en ablandar

los cuidad os de los mor tales , puesto^p or tes-t ig o a l u n iv e r s a l r e p o s o , m e q u e d é s in l o p o -der excusar l loran do males á so lo mi sent imien -to concedidos , hasta que la b lanca estrel la del

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 45/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 46/197

alba con su t ierna lu z c la reó el cami no á lafresca C lo r id is , para que de su o lorosa faldanuev as rosas y flores gozase el mundo . Y oentonc es , dand o lugar á los importuno s cui-dados, con mi cabr ito en los hombros, no me-

nos placentero y alegre que el dia , l legándomeiba á la r ibera, cuando de entre los álamos delr i o , Graci ldo pastor de un hato de oveja s re-pastándolas sal ia , no tan rúst ica y descu ida-dame nte que con su dona ire no pusiese nue-v o r e g o c i j o y d e l e i t e a l c a m p o , a n t e s h a b ie n -do de o lorosas yerbas hech o á su caperu za un aguirnalda, con el la tan gal lardamente iba co-ronado, que á la pr imera v is ta creí que Apolosegun da v ez hu biese bajado á ser pastor denuestras selvas; y mas cua ndo al son de una

f lauta comenzó á alegrar la r ibera con estac a n c ió n , q u e p a r e c e l a ib a l e y e n d o e n l a h e r -mosura de la mañana.

G R A C I L D O .

Encrespados r iscos de oro ,M o n t a ñ a s d e p l a ta y n i e v e ,Huecos peñascos que el a ireL o s e n s a n c h a y l o s r e v ie n e :

V e l l o n e s d e á m b a r b r u ñ id o ,Q u e a l j ó f a r y g r a n a l l u e v e n ,

R e a l z a n d o m i l p l u m a g e sD e purpu ra y ros ic leres;

A q u í s e e n r is c a n m o n t a ñ a s ,Al l í se encaraman s ierpes ,

A c u l l á n a c e n d r a g o n e sQ u e se transforman en gentes .

Al l í se desgaja un r isco ,E n q u ie n p a r e c e s e e m b e b eC u a n t a b e l d a d y h e r m o s u r a

El c ielo en sus senos t iene:A c u l l á s e e m p in a y s u b e

O t r o c o n t a l e s r e l ie v e s ,Que las sombras con las lumbresV is t o s o s b r o c a d o s t e j e n .

A r r e b ó l a s e u n c e l a g e ,O t r o s e a m o r t ig u a y m u e r e ,E s t e s e m a n c h a d e a z u l ,Y aquel de un color ardiente.

D e t o d o es t o n a c e e l d i a ,C o r o n a d a s a m b a s s ie n e s ,

A quien le dice un pastor :L u z q u e d e m i o r i e n t e v i e n e s ,

Pues tus esmaltes hurtasteD e l a s m e j i l l as q u e s u e l e nP r e s t a r t e l u z y h e r m o s u r aC u a n d o a sí e x t r e m a r t e q u ie r e s :

D im e , l u z p r e c ios a y c l a r a ,A s í e l t i e m p o t e c o n s e r v e ,¿ L a q u e m is g u s t o s a l u m b r a ,E n c u a l d e t us r a y o s v ie n e ?

P o r s u h o r iz o n t e p a s a s t e ,

M a ñ a n a f l o r id a y v e r d e ,Y tus flores á sus rosasPu es te las dió se las d ebe s:

Entre esas yerbas y a l jo iar

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 47/197

Q u e s o b r e e s m e r a ld a s v ie r t e s ,¿ V ie n e a l g u n a d e l o s o j o sQue á los mios tantas deben?

Porque s i un al jófar suyoE n l o s t u y o s e n t r e m e t e s ,

N o e s m u c h o q u e t u h e r m o s u r aTa n á l o s e x t r e m o s l l e g u e .

En esto al teróse el a ire,Y e n u n m o m e n t o s e v u e l v e nLas que eran v is lumbres de oroE n r e l á m p a g o s c r u e l e s .

El ros ic ler y la granaS e d e s t iñ e n y s e p ie r d e n ,L o s e n c r e s p a d o s s e a l l a n a n ,L o s á m b a r e s s e e s c u r e c e n ,

Lo s pinjantes de las n ub es

Y sus bordados doselesV u e l t o s e n p a ñ o s d e l u t oS e e n t u r b ia n y e n t e n e b r e c e n .

S u e n a e l a i r e , b r a m a e l v ie n t o ,Y de los rayos que l l ue ve nEn las bóvedas del c ieloR e t u m b a n e n t r a m b o s e j e s .

F o r z a d o s e e n t r a B e r a l d oE n s u a b o r r e c id o a l b e r g u e ,Por huir la tempestadQ u e v ie n t o s c o n t r a r io s m u e v e n ;

Y al ret irarse forza do,E n t r e e n e m ig a s p a r e d e sD i c e , m i r a n d o d e l t i e m p oLas tragedias y reveses:

Si mi glor ia me han robadoT u s m u d a n z as y v a i v e n e s ,E l l o s m e l a v o l v e r á n ,Q u e e l t i e m p o t o d o l o p u e d e .

<

Y a G r a c i l d o h a b ia a c a b a d o s u c a n t a r , yl o s a l e g r e s r u is e ñ o r e s d e n u e v o c o m e n z a b a n e ls u y o , c u a n d o l l e g u é á s a l u d a r l e ; y é l e s p a n -t a d o d e v e r m e : ó m i s e r r a n o , d i j o , l o s f a u n o ss e a n e n t u g u a r d a , c o m o y o d e s c u id a d o v e n iade encontrarte, ó que hubieses vuelto á estasr ibera s; mas el c ie lo que prosperar quiso misa g ü e r o s , l o s t u y o s h a g a d ic h o s o s : y p u e s m icantar se aca bó, no pierd a la mañana su c o-m e n z a d a a l e g r ía , a u m é n t e n l a t u s c a n c io n e s ,ahora con el las los fuegos de Galatea resucites ,

ó á F il is nueva s alabanzas prom etas , si entrel a s a m o r t ig u a d a s c e n iz a s a l g u n a c e n t e l la d eamor te ha quedado. Canta pastor , que lasmusas te sean favorables , apacentaré entre tan-to m is cabr ito s , qu e por las sagradas ninfas ju-ro , as í con alegre aplauso hagan mis versosd ig n o s d e s u s o id o s , q u e n in g u n a c o s a m e s e ad e m a s g u s t o q u e e s cu c h a r t e. Y o e n t o n c e s , c a -s i s in hal lar excusa á tan poderosas palabras ,al son de su flauta canté desta manera:

S E R R A N O .

C a r b u n c l o s q u e e n a m o r a n y d e s l u m h r a nLas almas y los o jos que los miran,F u e g o s q u e a l c o r a z o n m i l r a y o s t i r a n ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 48/197

Nortes que sobre el mar de amor relumbranA g u i l a s q u e á l o s c ie l o s d ó s e e n c u m b r a n ,

A l m a s c u a l n u e v o s G a n i m e d e s t i r a n ,Espejos dó las gracias se remiran,Lámparas que la t ierra y c ielo alumbran,

E s m e r a l d a s d e g l o r ia g u a r n e c id a s ,Soles del so l del c ielo tras ladados,A cuya luz f lorecen nuestras v idas:

Mister ios son y of ic ios levantadosD ó están vuestras hazañas escondidas ,Hermosos o jos verdes y rasgados.

A p e n a s h a b ia l l e g a d o a l f in d e m i d e s t e m -plada música, cuando hácia la parte del r io deimp roviso se oy ó sonar un rabel con armoníat a n d ig n a d e e s c u c h a r s e , q u e G r a c i l d o , a s o m -

b r a d o d e s u d u l z u r a , a t ie n d e p a s t o r , m e d i j o ;¿tú no s ientes la nueva alegr ía que por la r i-bera ho y mas que otro ning ún dia parece queva naciendo? Todo el campo está dando de s ísuaves o lor es , los pájaros nuev os y no a pren-didos cantos; y entre los pinos aquí suena unrabe l , a l l í una za mp oña , y acul lá una f lauta,como si todo el placer de la tierra en estasselvas estuviera abreviado. Por c ierto , pastor ,yo nunca con semejante v ida envidiar ía lasg r a n d e s c iu d a d e s d o n d e t o d o es in q u ie t u d , yapenas una hora de sos iego se alcanza; ni me-nos puedo ente nde r que tú , aquel que por elancho mundo otras r iberas has devuelto y pi-sado campos mas espaciosos , v ida de igual gus-

t o á e s t a h a y a s e n c o n t r a d o . E s t o G r a c i l d o m ede cia , y yo con cal lar b ien conf irmaba su opi-n io n : p o r q u e v e r d a d e r a m e n t e , t o d o l o q u edesta pr imer s implic idad del mundo se desviamas á su dañosa mu erte se llega. Y camin an-

do s iempre por entre los árboles , lueg o quedescubrimos á Arr ic io sentado al pie de unlau rel , por no impe dir su regalo con n uestrap r e s e n c ia e n a q u e l m is m o p u e s t o n o s q u e d a -m o s ; y é l , h a b ie n d o c o n h u m i l d a d a d o r a d o e lpr imer rayo del so l que en aquel punto l lega-ba á saludar le, de un doble de su caperuza sa-có unos cabel los , as í hermosos y de color deld ia q u e n in g u n o s o j o s h u b ie r a t a n in v id io s o sque les negaran ser rayos de aquel la misma luzque su pastor poco antes adorado habia; y é l

e n m a y o r e s p e n s a m ie n t o s o c u p a d o p u s o l a c a -peru za en el suelo , sobre el la los cabe l los yno muy desviada su alma; y mas se les debia,que s in duda eran hermosos sobre todo encare-c imiento. Y despues de haberse en su contem-p l a c ió n s u s p e n d id o u n r a t o , c o m o d e u n n u e v ofuror arrebatado á un t iem po puso la man oen el rabel , los o jos en los cabel los , e l p ensa-m ie n t o e n s u d u e ñ o , e l a r q u i l l o s o b r e l a s c u e r -das , y en nuestros o idos estas palabras:

A R C I S I O iHebras del oro que el or iente envía

Tras el rosado carro de la aurora;L a z o s d o n d e e n r e d a d a m i a l m a m o r a

E

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 49/197

C a u t iv a c o n c a d e n a s d e a l e g r ía ;R a y o s d e l u z , d e q u ie n l a t o m a e l d ía ,

Soles con que el del c ielo se desdora,Tesoros dó la glor ia se atesora,Que en r icas minas del amor se cr ia:

A m b a r , m a d e j a s d e o r o , l a z o s b e l l o s ,L u m b r e s d e l c ie l o , r a y o s d e l a v id a ,Lu ces del a lb a, f lechas amoro sas;

N o m b r e s p r o p io s s o n v u e s t r o s , m is c a b e l l o s ,Sacados de la glor ia , que escondidaEstá entre aquesas redes milagrosas .

P o r c ie r t o , d i j o G r a c i l d o , a c a b a n d o d e o i ral que canta ba, presum idos pastores hay enestas montañas. A mi parecer poco desdicen es-tos cantares de los que en otras mas arriscadas

se oyeron; y no sé s i me pesa que ya las nues-t r a s v a y a n p e r d ie n d o a q u e l l a s im p l ic id a d y l l a -neza de sus dorados s iglo s , dond e s in tantosrodeos so l ían d ecirse las cosas. Y o á lo m enost e m o r t e n g o d e l o s v e n g a t iv o s d io s e s á q u ie neste cuidado toca , que indign ados de seme-jantes al t iveces envíen por nuestros ganadosa l g ú n r ig u r o s o c a s t ig o . ¿ Y c o m o , r e sp o n d í y oenton ces , tú , gan ade ro, piensas que en las sel-vas todo ha de ser oveja s y parrales? ¿N ue s-tros faunos tam bién , y las ninfas de nuestros

m o n t e s n o t ie n e n s u s d iv in o s l e n g u a g e s , q u eno á toda lengua es l íc ito pronunciar los? Todolo dan las mus as , y todo cabe en sus dones .¿Q ui en duda que s iemp re las retamas no amar-

guen, y e l lant isco sea acedo? Y"como á otrospastores he o ído, permit ido nos es arar el cam-po á los que de sus frutos v iv imos; y no poreso las guirn alda s tras el larg o trabajo en losretorc idos cuernos de los bueyes parecen mal ,

ni á los que de ásperas bel lotas nos mantene-mos la olorosa manzana ó la cuajada tierna esaborrecib le.* A l t iempo qu e yo esto decia , y adonde Arcis io estaba gran suma de vaquerosy pastores habian l le ga do , y entre el los M e-lando no con mas alegr ía ni menos pena queantes ; mas Arci s io que d e plac enter o y alegrese preciaba, a l t iempo que nosotros con el losnos juntamos , estas palabras le d ecia: aun quey o , M e l a n c io m i ó , si e l c ie l o p o r b ie n l o t i e -n e , s e g u r o v iv a d e s e m e ja n t e s d o l o r e s , p o r l o

que al unive rsal placer toca pue des de mi áni-m o c r e e r q u e c o n n o p e q u e ñ o g u s t o , e l q u eahora en t í fa l ta , buscar ía s i la ventura para ha-l lar lo algú n camino me descu briese , s in temerdificu ltades q ue en estas cosas son el toqu e delos verdaderos amigos . Mas ahora, en tantoque el poderoso t iempo á tu corazon rest ituyeel que le fa l ta y á tus cosas el verdadero puntode su con ciert o , s i a lgo puede la razón en co-r a z o n e s a f l ig id o s , t o m a , s i q u e r r á s , m is c o n s e -jos , que el c ie lo te dé con el los aquel descanso

y bien qu e ellos querrian d arte. Y si á dichatus ganados están enfermos, tus ovejas no pa-re n, ó flacas anda n por la sierra tus cab rillas,quizá la t ierra lo hace , múdale s , serrano, e l pas-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 50/197

to , cobrarán salud: procu ra nu evas dehesas ,busca yerbas mas saludables, si las que ahorapacen son dañosas . Mas s i como E upi tes m eaf irmó, zagal en semejantes pasiones mas quelos otros serranos entendido, tu desasosiego na-

ce de amor; no por eso te juzgues por de to-do punto perdido, que s i á creer lo te atreves ,no hay lazo tan apretado que no af lo je ó quie-bre : a lgunos de los que h ay aquí saben bi enqu é es amar pastoras, y m as si aciertan á serhermosas , a l t ivas y discretas: la tuya quizá lotiene todo y eso basta para que cuando ellause de ma yor r igo r , tú mueras mas Conten to.Peina tu cabel lera, adereza tu pel l ico , labrau n b u e n c a y a d o , r e m ie n d a t u s a b a r c a s , p o norden en tu apero, t rátate b ien, no des en an-

dar must io y af l i j ido, muéstrate regocijado yplacentero y mas en presencia suya, que contanto te saldras; ni creas que has de bailar masde como á los pr incipios te ensayares , s i de noser nada suyo mereciste, como me han dicho,ser por tu dil igencia favorecido, ahora que t ie-nes el mayor camino andado persevera á pe-sar de la fortun a. M ira , car i l lo , cuando yoamaba, como tú sabes , á Galatea, era tan nue-vo en esta escuela de amor que apenas conocíael maestro: todo como á t í se me iba en me-

lancol ías : s i l levaba mi ganado á la s ierra, e ldia entero pasaba echado entre matorrales , l lo-rando por ver la causa de mis males; y cuandosin pensar la v ía , apenas me atrevía á mirar la;

en medio del vent isco y h ielo me sent ía abra-sar , y m as de una v e z echado sobre mi capo teal abr igo de algú n majano y al rayo de nu evosol de abr il me v i temblar de fr ió : s i en elprado los pastores sal ían á bailar , yo envuelto

en mi gaban y cuidados, las lágr imas no medejaban tan desocupados los o jos que pudiesenve r sus mu dan zas , v iénd ose en las del rostrolo que mas procuraba encubrir : a l f in yo so loestaba puesto por compasion del mu nd o, noteniéndola nadie de mí; t raía el pel l ico desal i-ñado y l leno de pajas , las polainas mal puestas ,m e d ia s s in s e n o g i l , z a p a t o d e s a b r o c h a d o , r e -bujado el cabel lo , perdido el co lor y mas per-d id a l a e s p e r a n z a d e c o n t e n t o . M a s l u e g o q u el a r ig u r o sa G a l a t e a t r o q u é p o r m i n u e v a C i n -

t ia , de la mue rte saqué v id a y de los traba-jos pasados el descanso y paz que ten go : dil u e g o e n p u l i r m e , c o m p r é e l g a b a n q u e m ep o n g o l o s d is a n t o s , c in t o a n c h o y z u r r ó n n u e -v o , y sobre todo buen tal le y rostro aleg re, yal f in por saberme valer de un paso en otrovine á sal ir de la muerte en que estaba y en-trar en la v id a en q ue estoy : as í tú harás , yas í rue go al c ie lo te suceda. Y porqu e ya otrasvece s he o ido decir que á enfermedades deim a g in a c ió n s u m e d ic in a e s d iv e r t i r l a , s a c a t u

z a m p o n a q u e q u ie r o c o n e s t o d e s v e l a r t e ; g o -zarse han las selvas en o ir te , y quizá tus ma-les de asombrados as í huirán de t í , como tú delos placeres huyes .  ¿ Q u ie n h a y e n e l m u n d o

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 51/197

7 ° S I G L O D E O R O .

tan ajustado en sus cosas que una vez no l lore

y otra se hal le contento ? T od o l o acarrea el

t iempo, y cada fruta t iene el suyo. Así Arc is io

dec ia; y tomando su rabel come nz ó á cantar ,

y á r e s p o n d e r l e M e l a n c io .

/A R C I S I O . M E L A N C I O .

A R C I S I O .

D i m e p a s t o r ,  ¿á  un pecho alborotadoD e u n l iv ia n o t e m o r c u a l q u ie r r e p o s oN o bastará á dejar lo sosega do?

¡ M i r a q u e c a so b a jo y v e r g o n z o s o . . . .Pueda aquí la razón hacer su of ic io ,Y tú ser mas discreto que celoso .

V u e l v e c o n p a so l l a n o á t u e j e r c ic io ,

Q u e v iv i r s ie m p r e á s o m b r a d e o p in io n e sEs levantar las cosas de su quic io .

L im p ia y e s c om b r a e l p e c h o d e i n v e n c io n e s ,Que s i una vez te haces señor del lasFácil será romper las ocasiones .

Cuantos peces el mar , e l c ie lo estrel las ,A ve s el v ie nto y los co l lados f lores ,Tiene amor s inrazones y querel las .

O no pongas el gusto en sus favores ,O est ímalos en precio moderado,Si te costare un bien muchos dolores .

M E L A N C I O .¿ A un corazon de ve ras a gravi ado

Le das tú la razón por medic ina ?¿ Ra zó n se admite en pecho last imado ?

E G L O G A T E R C E R A . 7 I

A m o r e s c ie g o , á l a r a z ó n n o a t in a ;   ^

Si h iere el a lma ofusca el pensamiento,El uno muere, e l otro desat ina.

D a m e , p a s t o r , tu l i br e e n t e n d i m i e n t o ,Y darte he en trueco yo todos mis males ,

Hechos aire y sembrados por el v iento .A R C I S I O .

Las grandes cosas piden sus iguales;N i r in d e a l d iam a n t e e l h ie r r o d u r o ,N i e l a g u a a b l a n d a d u r o s p e d e rn a l e s .

Para al lanar ese encantado muro,Q u e ahora á la razón le quita el pa so,F u e r z a s s o n m e n e s t e r d e á n im o p u r o .

Desear la v ictor ia es todo el caso;En este punto tu salud se encierra,D e todo lo demás no hagas caso.

Y o v i , p asto r , un dia en otra t ierraQue mil consejos á los hombres dabaPara alcanzar v ictor ia desta guerra.

Si supiera decir lo que cantaba,Y o pensara de c ierto que á sanarteOír lo so lamente te bastaba.

M E L A N C I O .

Tr a b a j a , c o m p a ñ e r o , e n a c o r d a r t e ,Y canta en mi dolor un cantar nu ev oQue las ninfas se gozen de escucharte.

A R C I S I O .

Escucha ahora en tanto que yo prueboA acordarme mejor de sus canciones ,Q u e y a e l p r in c ip io e n l a m e m o r ia l l e v o .

Con el las se curaron mis pasiones

I ' '  . / t •

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 52/197

7 2 S I G t O D E O R Ó .

Aunque ásperas y duras de tratarse,Sanando á la razón buenas razones .

M ü L A N C l O .

C o m ie n c e p u e s t u c a n t o á m e j o r a r s e ,, Q u e t ra s e l p rim e r v e r s o , s e g ú n c r e o ,

Lu eg o ios otros suelen acordarse.A R C I S I O .

C u a n d o p o r d a r c o n t e n t o á M e l ib e oFui por otras riberas y cabanas,C a n s a d o , y m a s c a n s a d o m i d e s e o ,

Pasé unas grandes selvas y montañas,Y cuanto mas and aba, p arecíaQue el fuego era mayor en mis entrañas .

Al f in por nuevas sendas hal lé un diaUn a nu eva y fresqu ísima floresta,D o n d e u n s a b io p a s t o r v ie j o v iv ia ;

Y all í, mientras pasábamos la siesta,Esto le o í cantar con voz div in a,E l h a c ie n d o u n a j a u l a , y o u n a c e s t a :

Pa sto r, si á desear salud te inclinaLa pena y el dolor que te atormenta,

, Y la razón tus pasos encam ina,Oyeme ahora, s in que en t í se s ienta

F l a q u e z a a l g u n a , q u e e s u n s e n t im ie n t oQue al niño infama y la vejez afrenta.

H u y e l a o c io s id a d , a m a e l c o n t e n t o ,Qu e s i amor busca gen te de scuid ada,

La so ledad levanta el pensamiento.Echa en el hombro la industr iosa azada,Labra tu v iña, planta tus parrales ,La fresca v id al á lamo arr imada;

Haz en tu huerto al agua sus canales ,Con esto agotarás la de tus o jos ,Quedando c laros para ver tus males .

O c ú p a t e e n a r a r n u e v o s r a s t r o j o s ,Y escardando en el t r igo las espinas ,

Arrancarás del a lma los abrojos .Busca en las selvas entre flores finas

E l c u id a d o s o e n j a m b r e , e d i f i c a d oEn secos troncos sus sabrosas minas.

E n e s t o i r á t u c o r a z o n c o b r a n d oU n a l iv io t a n p o c o c o n o c id o ,Que aun s in él pensarás que estás penando.

F ín g e t e s a n o ; y a m e h a a c o n t e c id oF in g ir q u e d u e r m o , y c o n e s t a r d e s p ie r t oH a l l a r m e s in s a b e r c o m o d o r m id o .

D e j a l a o c io s id a d , e s t o e s m u y c ie r t o ,

Q u e la im a g in a c ió n d e l l a a y u d a d aR e s u c i t a a l a m o r c u a n d o m a s m u e r t o .

Sí es nueva la pasión, será arrancadaC o n m a s f a c i l id a d , q u e e l t i e m p o d e j aS e c a l a m ie l , l a u v a s a z o n a d a .

¿ T ú v e s a q u e l l a e n c in a d u r a y v ie j a ?U n t ie m p o f u e p im p o l l o t e r n e z u e l oL iv ia n o d e r e n d ir s e á c u a l q u ie r r e j a .

]STo dilates los dias , que en su vueloEl mal crece, y s i l legas á mañanaMas caro ha de vendérsete el consuelo .

E l n u e v o r io q u e e n s u f u e n t e m a n aEs fác i l de atajar y dar le vado,C a m in a m a n s o y p o r s u v e g a l l a n a :

L l é g a s e l e u n a r r o y o y o t ro a l l a d o ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 53/197

Y s o b e r b io , h in c h a d o y c a u d a l o s o ,D e su pr imera fuen te va afrentado.

A u n q u e e l a m o r es m a l , e s m a l s a b r o s o ;Y as í nos rem it im os á otro dia,Que s iempre se apetece lo dañoso.

N o p ie r d a s t ie m p o , q u e p o r e s ta v i aL o q u e d e d i l ig e n c ia n o s e g a n a ,P ie r d e t u c o r a z o n d e m e j o r ía .

H e r id a h e v i s t o y o h a r t o l iv ia n a ,P e l ig r o s a d e s p u e s p o r d i l a t a r s e ;Q u ie n h o y n o p u e d e m a l p o d r á m a ñ a n a .

C u a n d o e s n u e v o e l a m o r h a d e a t a j a r s e ,Q u e por me dio el furor de la corr ien teQuerer pasar el r io es anegarse.

Pero s i e l mal en su v igor se s ienteY a d e l t o d o e n e l a l m a a p o d e r a d o ,

A v ie jo amor rem edi o diferente.S i poco á poco al hueso ha penetrado,P o c o á p o c o t a m b ié n s e rá e x p e l id o :A v ie j a e n f e r m e d a d n u e v o c u id a d o .

S a c a t u s o v e j u e l a s a l e j id o ;

El fér t i l campo y el agr iculturaSon medic ina al pecho mas her ido;

V e r los buey es abr ir la t ierra dura ,Sembrar á logro c ierto alegres prados,Gozar la fruta y su pr imer dulzura.

Los árboles de flores estrellados,

Las s ierpes de cr is tal que las enredan,D e cantorc il las ave s v is itad os:Vu el an las unas y las otras qued an,

A l m u r m u r a r d e l a g u a c o n c e r t a n d o

Los dulces cantos en que nos remedan.¡ Cu al de quejas el a ire está sembr and o,

D e z e l o s l l e n a , y c u a l d e tr i st e o l v i d oHasta al l í ¡ó fa lso amor ' . l lega tu mando.

Pu es tras esto hal larse acaso un ni do ,

Y á su dueñ o ex piar tras una ma ta,Podrá traerte un rato divert ido.

C o n e s t o u n g r a n d e a m o r s e d e s b a r a t a ,S i prendes el zarzal y quedas sanoL a salud se te ven de bien barata.

¿Hay gusto igual , s i sales e l verano^Sin sol e l dia , e l campo verde y t ierno,Que echar un par de l iebres por el l lano.

¿ P u e s e n e l b l a n c o y e n c o g id o in v ie r n o ,En tu cabaña al fuego recostado,C ó m o t e h a l la r á s u ll a n t o e t e r n o ,

E l z u r r ó n p r o v e íd o , e l r io a l l a d o ,Tiernas castañas y manteca fresca,Las migas hechas y e l corral nevado?

S ie m b r a t u p e d e r n a l f u e g o e n l a y e s c a ,Y el amor en tu pecho brasa v iv aUna se apaga y otra se refresca:

M a s e n t u a l m a s u v e n e n o p r iv a ;Procura ser señor de tus pasiones ,   ^

Que es lo que todo su poder derr iba.A m a e l t r a b a j o , h u y e d e o c a s io n e s ,

Busca la ausencia, hal larás la v ida,V e te á la v i l la , deja tus r incone s .

El a lma se te parte á la part ida;A n im o , q u e v e n c e r d i f i c u l t a d e sNos hace la v ictor ia mas cumplida.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 54/197

Libres son las humanas voluntades ,El c ielo las cr ió s in l i gad ura ,Y es todo lo demás curiosid ades.

E s t o e n l e n g u a g e l l e n o d e d u l z u r a ,Y en tono mas alegre que no el m ió

Cantó el pastor sentado en la frescura;Y porque v i ó que entraba su cabr íoY a tras la nue va yerba por el m on te,Se fué tras él , y yo pasando el r io ,El so l pasó también nuestro hor izonte.

"O   .. •  O i " ' ¿ w

E G L O G A C U A R T A .

A p e n a s A r c i s i o , p o n i e n d o fi n á s u c a n t o , n o ssaco de la agradable suspensión en que nos te-nia , cuan do por entre una rama y otra v imo sv e n ir h a c ia n o s o t r o s u n p e q u e ñ o á r b o l , c o s acierto digna de contar , y que muchos de los queal l í estábamos creímos que alguna amorosa ninfade la vec ina selva dentro de su misma cor-teza bajase á o ir nuestra conv ersa ción , ó que elpoderoso canto de Arcis io trajese as í los árbo-les , como en aquel las pr imeras edades del mun-

do lo hacian las rúst icas zamponas l lenas de di-v in o s a y r e s ; p o r c u y a o c a s io n n in g u n o h u b oa l l í t a n d e s e n v u e l t o á q u ie n u n r e l ig io s o t e -mor no estrechase los hombros. Mas ya que elesperado prodigio mas á nosotros se fue l le-gand o , todos con mu cha r isa celebramos nu es-t r o p a s a d o e n c o g im ie n t o , v ie n d o e l t e m e r o s om o n s t r u o c o n v e r t id o e n e l p a s t or D e l i c io , q u easí vest ido venia de f lor idos ramos, como s i lospinos de aquel la s ierra nuevamente se hubieranhecho sus com pañe ros; en cuya apa cible f igura,según despues nos contó, hasta entonces en la

amada Erif i le habia expiad o un ruiseñor que enla mano teni a, y lo que mas era de m irar , e lseno l leno de bel lotas , as í dulces y crec idas que

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 55/197

Libres son las humanas voluntades ,El c ielo las cr ió s in l i gad ura ,Y es todo lo demás curiosid ades.

E s t o e n l e n g u a g e l l e n o d e d u l z u r a ,Y en tono mas alegre que no el m ió

Cantó el pastor sentado en la frescura;Y porque v i ó que entraba su cabr íoY a tras la nue va yerba por el m on te,Se fué tras él , y yo pasando el r io ,El so l pasó también nuestro hor izonte.

"O   .. •  O i " ' ¿ w

E G L O G A C U A R T A .

A p e n a s A r c i s i o , p o n i e n d o fi n á s u c a n t o , n o ssaco de la agradable suspensión en que nos te-nia , cuan do por entre una rama y otra v imo sv e n ir h a c ia n o s o t r o s u n p e q u e ñ o á r b o l , c o s acierto digna de contar , y que muchos de los quea l l í e s tá b a m o s c r e im o s q u e a l g u n a a m o r o s a n in f ade la vec ina selva dentro de su misma cor-teza bajase á o ir nuestra conv ersa ción , ó que elpoderoso canto de Arcis io trajese as í los árbo-les , como en aquel las pr imeras edades del mun-

do lo hacian las rúst icas zamponas l lenas de di-v in o s a y r e s ; p o r c u y a o c a s io n n in g u n o h u b oa l l í t a n d e s e n v u e l t o á q u ie n u n r e l ig io s o t e -mor no estrechase los hombros. Mas ya que elesperado prodigio mas á nosotros se fue l le-gand o , todos con mu cha r isa celebramos nu es-t r o p a s a d o e n c o g im ie n t o , v ie n d o e l t e m e r o s om o n s t r u o c o n v e r t id o e n e l p a s t or D e l i c io , q u easí vest ido venia de f lor idos ramos, como s i lospinos de aquel la s ierra nuevamente se hubieranhecho sus com pañe ros; en cuya apa cible f igura,según despues nos contó, hasta entonces en la

amada Erif i le habia expiad o un ruiseñor que enla mano teni a, y lo que mas era de m irar , e lseno l leno de bel lotas , as í dulces y crec idas que

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 56/197

bien cuidamos todos que castañas fuese n, aho-ra en su cabaña las gua rdas e, ó com o se pued epre sum ir , en algu na escondida en cina , deadonde poco antes las hubiese cogido tan fres-cas y sazonadas com o s i aquel fuera su v erda -

dero t iempo. Y sacándolas pr imero del senof ingía cortar las de sus nuevos ramos, con queá todos en gran placer y r isa obl igaba á cele-brar su apacible y donosa inv en ció n; y é l des-pues que en esto nos entretuvo un rato , desnu-dándose su art if ic ial f rescura, sentándose sobreun renue vo de encina as í con gran donaire sepuso á contarnos el or igen de su nueva tras-formacion. Vosotros sabréis pastores , decia él ,que este pequeño ruiseñor , mostrándonos unoque en la mano traía, poderoso ha s ido á gran-

des cosas hasta que vencido al fin de mis as-tucias preso como ahora veis está en mis ma-nos; y para l levar lo á mi Tirrena sobre todas lascosas del mu ndo lo e st im o, no tanto por e lvalor del presente como por el gracioso modoc o n q u e l e h u b e , d ig n o d e s e r c o n t a d o d o n d epastores hubiere, b ien que como yo tenia tra-zado de haber le, imposible fuera l ibrarse quey a m u c h a s v e c e s c o n s e m e j a n t e in v e n c ió n m eha sucedid o coger un tord o, una mir la y unpard al , y aun lo que mas es de d ecir , la te-merosa pe rd iz , que por miedo de la segundacaida por las quebradas h ace su nid o, de se-mejante invención 110 se ha l ibrado; y no co-mo por ventura pensáis con redes de f ino

v e r d e t e ñ id a s , n i c o n m is a g u d o s v e n t o r e s ,diestros en hacer graciosos personages , ni conel f ingido boyezuelo , aunque entre las demásgustosa caza sea, ni con otras muchas mañasque sé y ahora s ino temiera cansaros os conta-

ra de la misma suerte q ue por mi recreaciónlas uso; mas estas dejadas á parte, la que paraestos pajar i l los del famoso Mo nta no aprendípasa desta man era: Ent re otras cosas , lo pr i-m e r o q u e h a g o e s , á g r a n d i l ig e n c ia y c u id a -do mió juntar número de unos gusanil los quemuchas veces habréis v is to de noche as í en layerba resplandecer como s i de res inosas teasjuntas mil pequeñas lumbrecil las fuesen, ymientras la pr imavera no del todo t iene enju-tos nuestros campos de las pasadas l lu vias del

in vi er no , asaz se hal la n por los prados. D e es-t o s , c o m o m e j o r p u e d o , e n s a r t a n d o á m i d e s -p a c io g r a n n ú m e r o e n u n h i l o , c u a n d o h a c ee s c u r o , s u el o e n g u ir n a l d a r m i c a p e r u z a , y r o -d e a r m e t a n t o d e l l o s , q u e q u ie n n u e v o s e h a l l a -r e d e m i in v e n c ió n , c r e y e n d o q u e a l g u n a n o c -turna deidad sea, apenas de rodil las se atreveráá m ir a r m e , y a u n á m u c h o s h e o íd o d e c i r q u eno á otra cosa me sabían comparar que al estre-l l a d o O r io n , o a l e n c e n d id o c a r r o q u e l a s h o -ras de la noche alumbraba; pues esta invenciónen otro mas agradable ejerc ic io , y usada ded ía c u a n d o á m í m e p a r e c e t ie m p o c o n v e n ie n -te, sut i lmente rodeo con el estrel lado hilo elnido del pardal ó ruiseñor que pretendo haber;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 57/197

y hecho esto por part icular gu sto m ió , recos-tado entre la yerba, y la vista atenta en el ama-d o n i d o , a p e n a s e l d o r a d o s o l , l l e v á n d o n o stras s í e l dia , ah oga su lum bre en el tendi domar de adonde también nace n las t inieb las ,

cuando s in mirar al c ie lo mil estrel las y lucerosveo con notable gusto resplandecer; y en estopor un rato entretenido, sacando mi arañuelo ,que s iemp re en el seno como ahora le traía , ypuesto en una larga vara, e l que en descuida-do sueño por segu ro de mis asechanzas se te -nia preso entre mis manos se halla. Y n o pen-seis que por fal ta de aparejo en todo t iempo nopued a usar desta galana in ve nc ión , que nomu y léjos de donde ahora estamos hay c iertay e r b a q u e y o c o n o z c o , c u y o v e r d a d e r o n o m -bre determinadamente no sé, mas su escondi-da raíz sobre la t ierra tal propiedad t iene, quede noche no de otra suerte alumbra que s i en-cend ida brasa fues e, y no son pocas las vecesque con el la he vest ido los enroscados cuernosde mis carneros, ni menos las que en la riberam e h a n j u z g a d o p o r d ic h o s o , c r e y e n d o q u e d eoro f ino sean, y no de me nor d ignida d queaquel los que á la famosa Coicos dieron nombre.¿Que os contaré, pastores , de las bur las quecon esto por los campos he he ch o, s i no quealgu na ve z m e ha sucedid o dar sobresalto en

el cuidadoso escuadrón de las extrangeras gru -llas, y dejar con mi mucho resplandor su fielcent inela tan des lumbrada, que á manos la he

podid o tomar? Y una cosa entre otras os cert i-fico, que aquella misma piedra de que para de-fensa del sueño se aprovecha con esta astucia,antes que el la tenga lugar de apercebirse, hes ido poderoso á sacársela de la mano; cuya v ir-tud es tan maravil losa que qu ien en c ierta dis-posic ión de s igno la menor parte de el la seatreviere á beber , de tal manera le abr irá lossent idos que sea poderoso á enten der los secre-tos de la noche, los lenguages de las estrel las ,y las calladas deidad es que en ella presi den.Pues aunque cualquiera destas invenciones co-mo y o las acost um bro usar es por sí sola su fi-c ie n t e á d e s c u b r i r m e c u a lq u ie r a p e q u e ñ a a v e -c i l la , esta que en mis manos vei s no destamanera la caut ivé, porque hoy bien sal ido erael so l cuando me hal lé despierto en el mismo

lugar qu e el dia antes á expia r el nid o me h a-b ía e c h a d o , y v ie n d o t o d o m i t r a b a j o p e r d id o ,mas por entretenim iento que esperanza de lapresa que hice, con estas ramas me cubrí de talsuerte, que quien mas atento me mirara co nmenos sospecha creyera que en nuevo árbolm e h a b ia c o n v e r t id o . D e m á s d e e s t o , l o q u eá las ramas fal taba, así de yerb a lo supe entre-teger que á la v is ta mas atenta engañ ara, ypuesto en esta figura á un lado de nuestra cris-tal ina Er if i le , placentera cosa era mirar las ma-nadas de pajarillos que por mis floridos ramos

se entraron, gozando á vueltas de su cantola divers idad de f lores que en competencia unas

F

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 58/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 59/197

naire, y mucho mas C larenio" á quien el pas-tor no había dado de sus bel lotas , porque algoresabidos estaban desde el día que en la sierrase desaf iaron á cantar : eran ambos de edad f lo-r id a , a m b o s e n a m o r a d o s , y a m b o s p r e s u m id o s ,

11110 de cincuenta cabras y otro de cien ovejas.V ie n d o p u e s D e l ic io e l p l a c e r d e s u c o n t r a r io ,deseoso de o lv idar su dolor y deshacer en algol a c ó l e r a , v u e l t o á C l a r e n io d e s t a m a n e r a h a -bló: s i del b ien ó mal de mis sucesos tantaparte te toca, estamos á lo menos en la que sesabrá cuyo es el premio y la honra, y de quiénsola la presunción. Y porque ent iend as cuanbien fundada s ien to la que ahora teng o de g a-narte , demás del p reciad o mast in que he seña-lado p or prem io de tu v ic tor ia s i de mí la a l-

c a n z a r e s , d e n u e v o t e p r o m e t o d o s m a n c h a d o scabrit i l los enseñados á saltar y jugar juntoscon tanta gra cia, qu e una o veja de lana masblanca que la nieve y un zurrón de t iernascastañas, que para estar lleno le faltaba poco,Palemón me ofrec ía por el los . Estos pues ahoradeposito en el poder de Rosanio , para que s ipor su sentencia contra mí los merecieres , s inin c o n v e n ie n t e a l g u n o t e h a g a s eñ o r d e l l o s. Y o ,d i j o e n t o n c e s C l a r e n io , d e m i g a n a d o n o q u ie -ro señalarte res al gu na ; pero demás del cuer-

no de miera que contra tu mast in tengo apos-tado , que como tod os saben es su cu riosidaddigna de mucha est imación por tener al rede-dor ental ladas todas las enfermedades del gana-.

d o, y á cada una apl icada su me dic i na, uncurioso vaso de l iso avel lano tengo, donde porextraño art if ic io á vueltas de otras maravil lasverá s ental lados los doce trabajos de Hér cule s ,entre los cuales el que mas á mi gusto está es

c u a n d o e l v ie j o y n e v a d o A t l a n t e s o b r e s u sfuertes hombros le ayuda á sustentar el gravepeso de la celest ial máquina, porque al l í se go-za de ver casi todos los signos y estrellas quela mas serena noche nos descubre y vende porsuyas, puestas por sus esferas en tal artificio,que apenas la v is ta sabe decir s i también al l íguard an la veloc idad de su cu rso , ó f i jas en lamadera so lamente están pintadas . Tiene porpie una enroscada culebra, que subiendo por elvaso arr iba y as iendo la boca dél con la suya,hace una v is tosa asa galana sobremanera; pues

en lo que por de dentro encierra no fue tandescuida do su art íf ice que lo dejase vací o d esu cur ios idad, antes mostrándose al l í mas inge-n io s o , d o n d e a p e n a s l a m a n o c a b e , d e l i c a d a -men te dejó esculpidas las s iete maravil las delm u n d o , s in q u e f a l t a s e l u g a r , s ie n d o t o d o é ltan pequ eño para el soberbio Co los o de Rod as,que en vano seis hombre s procuraban abrazar leun de do , ni para la famosa cerca de Semira-mis coronada de deleitosos jardines , con la en-cumbrada torre de Fa ro ; don de s i en el vasoechares un poco de agu a, dirás que va n en-trando por su barra las descarriadas naos á to-mar puerto en alguna de las bocas del Ñ il o ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 60/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 61/197

Hallaste ayer al val de los escobos.

C L A R E N I O .

N o aqu el , mas sea este rabel p ol id o,Por que es de mi mad rina la manadaQ u e m e v e s c a r e a r p o r e l e j id o .

D E L I C I O .A l f e o d e j a r á d e t e r m in a d a

N u e s t r a c o n t i e n d a : v a m o s p o r A l f e o ,Q u e y o l e d e j é a n o c h e e n s u m a j a d a .

C L A R E N I O .

To r ib io c u m p l i r á n u e s t r o d e s e o ,Q ue es de juic io y seso mas mad uro ,\ 110 lle va las cosas por rod eo.

D E L I C I O .

N o te irás por h ay , pastor , te jur o;V e n , T o r i b i o , a l r u i d o d e s t a f u e n t e ,Sal de la sombra del nogal escuro.

C L A R E N I O .

N o h u y o y o , c a b r e r o n e g l i g e n t e ;V e n , T o r i b i o , v e r á s t e m b l a r m i c a n t oA l son que hace el ag ua en la corr iente.

T O R I B I O .

Ca nt ad , que el c ie lo os cubra con su mantoY al son de ese dulc ís imo ejerc ic ioSe cuaje el suelo de o loroso acanto.

D E L I C I O .

Toribio , este pastor que entra en juic ioC o n m ig o a h o r a , c o m o n o l o t i e n e ,

Cobrar lo piensa con ageno of ic io .C L A R E N I O .

E s t e q u e á c o m p e t i r c o n m ig o v ie n e ,

To r ib io , e s u n p a s to r q u e c u a n d o c a n t aA l g ú n n o v i l l o p e n s a r á s q u e s u e n e .

D E L I C I O .

¡ Tr i s t e g a n a d o á q u ie n t a l v o z e s p a n t a ,Que es cual lobo que ahul la su ruido,

Y él piensa que su canto nos enca ntaC L A R E N I O .

Seca deja la yerba del e j idoLa voz deste pastor : huid pastoresC a n t o t a n d u r o , s o n t a n d e s a b r id o .

D E L I C I O .

N i n f a s , v e n i d , g o z a d d e m i s p r i m o r e s ,Oiréis mi dulce son antes que sueneEl que os destierra dentre aquestas flores.

C L A R E N I O .

H a z , r ú s t i co s e l v a g io , q u e s e e n f r e n e

Esa lengua, mas áspera y mas rudaQ u e d e l n o v i l l o q u e a l a r a d o v ie n e .T O R I B I O .

A q u e s o n o e s c a n t a r , m as g u e r r a c r u d a ;C a l l a d p o r D i o s , y c o n c e r t a d e l c a n t o ,D i t ú C l a r e n io , y l a s e n t e n c ia m u d a .

C L A R E N I O .

To q u e m i v o z e l e s t r e l l a d o m a n t o ;T ú , d u l c e A p o l o , h a z , c o m o l o p u e d e s ,Q u e a l m u n d o c a u s e m i z a m p o n a e s p a n t o .

D E L I C I O .

R ú s t ic o P a n , a s í t u c u e r p o e n r e d e sEntre los brazos de una ninfa bel la ,A honrar mi canto cabe mi te quedes .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 62/197

-

C L A R E N I O .

0 si mis versos una rubia estrellaEntre estas verdes matas escuchara,O y o p u d ie r a c o n m is o j o s v e l l a

D E L I C I O .

M i F i l i s q u e s d e h e r m o s u r a r a r a ,D o n d e q u ie r a q u e v o y m e v a a c e c h a n d o :¡O s i también ahora me acechara

C L A R E N I O .

G a l a t e a c o n m i g o a n d a j u g a n d o ,L l á m a m e , v u e l v o , y l u e g o s e m e e s c o n d e ,Y h u é l g a s e d e v e r m e a n d a r b u s c a n d o .

D E L I C I O .

C a n t o á s u p u e r t a y F i l i s m e r e s p o n d e ;H ié r e m e p o r d e t r a s c o n e l c a y a d o ,Y lueg o se me v a no sé por donde.

C L A R E N I O .D o s t ó r t o l a s h a l l é e n s u n id o a m a d o ,

E s a s p ie n s o e n v ia r á m i A m a r a n t a ,Lu eg o que el dia asome por el prado.

D E L I C I O .

U n a m in a d e m ie l m e d ió u n a p l a n t a ,S a q u é u n a h o r t e ra p a r a m i T i r r e n a ,Ta m b ié n m a ñ a n a l a e n v ia r é o t r a t a n t a .

C L A R E N I O .

El panal mas sabroso á mi F i len aEs mi prese ncia, y mas criando la e nvi óUna cest i l la de manzanas l lena.

D E L I C I O .

C u a n d o m e a g u a r d a F i l i s e n e l r ioY e n d o á l a b a r s u s p a ñ o s , l u e g o p ie r d o

En el monte por el la mi cabr ío .C L A R E N I O .

S i y o s o ñ a n d o á F i l id a r e c u e r d o ,Ta l v e z h a y , q u e e n n o v e r l a c u a l s o ñ a b aD e mi ganad o ni de mi me acuerdo .

D E L I C I O .F i l id a u n d ia á v o c e s m e l l a m a b a ,

Por zarzas fui corr iendo á ver que había,Y cuando allá l leg ué bur la ndo estaba.

C L A R E N I O .

A m í m e l l a m ó F i l id a o t r o d ia ,Mas trájela en mis hombros fat igadasDos corder il las que perdido había.

D E L I C I O .

Aquel la que por selvas y quebradasS e g u ir m e h a c e a m o r , d e m i s e d u e l e ;Bien que lo encubre, y borra las pisadas .

C L A R E N I O .

También sé yo que mi pastora suelePreguntar donde estoy , s i no me hal la ,Y l lora porque vuelva y la consuele.

D E L I C I O .

Si yo hablo á Bel isa, F il is cal laY se eno ja, y se va s in que apr ove cheQuerer la regalar ni regalal la .

C L A R E N I O .

C u a n d o m a s e n o j a d a m e d e s e c h eFil is , ya sé que me harán su amigo

Una hortera de miel y dos de leche.D E L I C I O .

M i h u e r t o p o r p o d a r e s b u e n t e s t ig o ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 63/197

Q u e n o h a p in t a d o l a p r im e r m a n z a n a ,Y esta será de mi Amaranta digo.

C L A R E N I O .

C o g id a t e n g o d e u n a v id t e m p r a n aA Fil is un a cesta de du lzura

D e t iernas uva s de color de grana.D E L I C I O .

El granizo á la fruta no madura »D e r r ib a , e l l o b o e s t r a g a l o s g a n a d o s ,

Y á mí de F il i s la aspereza dura.C L A R E N I O .

D u l c e e s e l f r e s c o h u m o r á l o s s e m b r a d o s ,Y al gan ado es la sombra deleitos a,Y m as Ti rr en a á todos m is cuidados.

D E L I C I O .

A b r e e l c l a v e l , d e s p l é g a s e l a r o s a ,B r o t a e l j a z m ín y n a c e l a a z ü z e n a ,E n d ando lu z los o jos de mí diosa.

C L A R E N I O ,

Si su beldad esconde mi Tirrena ,E l j a z m ín c a e , e l a z u z e n a m u e r e ,Cuando de mas frescor y a l jó far l lena.

D E L I C I O .

H a z t ú q u e e l s o l d e F i l i s r e v e r b e r e ,Y verás que el invie rno desabrid oC o n el f lorido abr il comp et ir quiere.

C L A R E N I O .

Vístase.de mil f lores el e j ido,

Que s i mi so l no abr iere la mañana,To d o q u e d a e n e s p in a s c o n v e r t id o .

D E L I C I O .

Mas bel la es mi Tirrena y mas lozanaQ u e l a s b l a n c a s o v e j a s d e Ta r a n t o ,Y de árbol fér t i l la pr imer manzana.

C L A R E N I O .

Fresca es la fuen te entre el f lor ido acan to,D e rosas y v io le tas coronad a;Y mas es la pastora que yo canto .

D E L I C I O .

¡ O s i m i G a l a t e a e n a m o r a d aOyera aquí mi canto y sus pr imores ,C ó m o f u e r a r e n d i d a y o b l i g a d a

C L A R E N I O .

Frescas guirnaldas de tempranas f lores ,N in f a s , c o r o n a r á n v u e s t r o s a l t a r e s ,S i propic ias guiáis nuestros amores .

D E L I C I O .S i l v a n o , g u a r d a f ie l d e l o s l u g a r e s ,

Sea en tu al tar pechero mi rebaño,Si lími te á m i mal le señalares.

C L A R E N I O .

A t í , Pr iápo, a l renovar del añoE n t u a r a o f r e c e r é t e m p l a d a l e c h e ,Si pones f in á mi amoroso daño.

D E L I C I O .

H a z q u e m i c a n t o F i l i s n o d e s e c h e ,Y d a r t e h e , A p o l o , e n p r e m io m i z a m p o n a ,S in q u e B e l o n a d e l l a s e a p r o v e c h e .

C L A R E N I O .

C a l l a r ú s t i c o , q u e es t u v o z p o n z o ñ a ,¿ N o m ir a s c o m o t r a e s t u g a n a d o ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 64/197

M a g a n t o , s in p a c e r , l l e n o d e r o ñ a ?

D E L I C I O .

P a s t o r , e s t e C l a r e n io d e s c u id a d oC u a n d o a c o m e t e e l l o b o á s u m a n a d a ,É l d u e r m e , y s e r e v u e l v e d e o t r o l a d o

C L A R E N I O .D e D r ia d a s y F a u n o s l a sa g ra d a

J u n t a , . o l v id a d o e l b a i l e , m is p r im o r e sEscucha en esta selva sosegada.

D E L I C I O .

Rúst ico , ¿tú no ves los bur ladoresS á t i r o s , c o m o v a n d e p r a d o e n p r a d oTus locuras r iendo y tus errores?

C L A R E N I O .

C o r r e , r u d o p a s t o r d e s a c o r d a d o ,A algún charco, y a l l í de rana en ranaAprende canto y son mas entonado.

D E L I C I O .

Y tú busca zamp ona mas galanaPara tocarla fuera de la sierra,Que no es la que ahora tocas toda sana.

C L A R E N I O .

D i m e , ¿cual es e l ave que en la t ierraSus escuadrones vela, y s in armarseA la gen te menud a hace guerra?

D E L I C I O .

¿Dime tú que animal suele bañarsePara l impiar las aguas de la fuente,Y deja de una v irgen enlazarse?

T O K 1 B I O .

El c ielo ya, pastores , no consiente

P a s a r d e a q u í v u e s t r o d iv in o c a n t o ,A u n q u e e l b o s q u e o s e s c u c h a a l e g r e m e n t e .

Nuestro frágil saber no sube á tanto ,V o s o t r o s y a t o c á is d iv in a h is t o r ia ,Q ue á mí es in vid ia, y á la selva espanto,

C a l l a d , n u e v o s A p o l o s , y l a g l o r iaD e vuestras venas de oro suya sea,Y á so lo Apolo demos la v ictor ia .

Y vuestra fama as í crecer se v eaCual crece el año con los nuevos meses ,E l v iv o f u e g o c o n l a s e ca t e a ,O con el aire las maduras mieses.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 65/197

E G L O G A Q U I N T A .

D e j ó el agradable canto de los pastores ale-gres los campos, regocijado el dia , y e l pradocon mayores muestras de hermosura, hacién-donos la tarde mas apacible un fresco v ientoque los altísimos árboles sobre nuestras cabe-zas moví a, tan llenos de placenteras a ves quela divers idad de sus cantos en un nu evo pa-raíso nos tenia sin acordarnos de otra cosa quede o ír los , u nos tendido s sobre la yerba , yotros á la orilla del rio perdidos entre las flo-res , cuando por una senda que de la c iudadbajaba algun os del es que al l í estábamos v imosvenir un pastor , vest ido un blanco pel l ico ,un zurrón al hombro hecho de una remenda-da piel de cabr ito tan art if ic iosamente , quesin sal ir de las manchas, que la diferenciadalana tenia, estaba en el las pintado un hermosocerbat i l lo , á quien un f iero mast ín ahogaba,con tanta perfecc ión como s i la l ibre natura-leza se hubiera quer ido obl igar á semejantelabor . Un cayado en la mano, y sobre los ca-bel los que lo amaril lo de la rosa parecían, unsombrero hecho de verdes hojas de plátanos,

tejidos en una hermosa gu irn ald a de flores:una zampona al cuel lo , cuy a suavida d nosdejó en una suspensa quietud; y no sé s i ha-

b ié n d o n o s p r im e r o v i s t o ó d e s c u id a d o d e q u enadie le oy ese , ya qu e á nosotros l legaba asi co-m e n z ó á c a n t a r :

F E L I C I O .

P e r d id o a n d o s eñ o r a e n t r e l a g e n t e

S in v o s , s in m í , s in s e r , s in D io s , s in v id a :Sin vos porque de mí no sois servida,_  S in mí porq ue con vos n o estoy presen te,

S in ser porque del ser estando ausenteN o ha y cosa que del ser no me desp ida,S in D io s p o r q u e m i a l m a á D io s o l v id aP o r c o n t e m p l a r e n v o s c o n t in u a m e n t e ,

Sin v ida porque ausente de su almaN a d i e v i v e , y s i y a n o e s t o y d i f u n t oE s e n f e d e e s p e r a r v u e s t r a v e n id a :

¡O bel los o jos , luz preciosa y a lma

V u e l v e á m i r a r m e , v o l v e r e i s m e a l p u n t oA v o s , á m í , m i s e r , m i D io s , m i v id a .

Fueron las art if ic iosas r imas del pastor , sut a l l e y a v is a d a d e s e n v o l t u r a n o p o c o in v id ia -das de los que le o imos; y habiéndose aguda-m e n t e m e z c l a d o á n u e s t r a c o n v e r s a c ió n , c a sidesde lu eg o sent imos en él un a i nter ior tr is-teza , que por b ien que trabajaba en encu brir-la , cuando menos se cuidaba del la y de susp e n s a m ie n t o s q u e d a b a v e n c id o , y á v e c e s t a nsuspenso y tr is te que no poca compasion po-

n ía . H a b ié n d o l e p u e s im p o r t u n a d o m u c h o ácontarnos sus cosas , é l , qu e mu y avisad o eray hasta nuestros deseos conocía inc l inados á

G

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 66/197

su remedio , desta manera comenzó á decir :Y a pastores , s i e l c ie lo por b ien lo t ien e, des-de ahora no quiero cal lar mi dolor , porque s ies verdad que todas las cosas del mundo t ie-nen su términ o señalad o , mi pena que s indud a es algun a del las no es posib le que en

mí so lo se eterni ze , que el t iempo muchasveces sana lo que la razón no pudo: mas por-que ya podría ser que semejantes males pocasvece s se hal len entre p astores , soy conte ntode os contar el mió por el m ismo est i lo queen mí pasa , si all á las palabras alcan zaren yá vuestros o idos el sufr imiento para tanto . Vo-sotros sabréis , serranos, que no mu y desv iadodestas cabanas, en aquel la parte que dos s ierrasasí estrechan los costad os á este claro y fu gi -t iv o r io , q u e c o n v e r t id o a l p a r e c e r e n p e q u e -

ño arroyo tan profundo y soberbio sale , queen el tendido l lano donde despues con ruidose arroja á todo el mundo descubre su gran-dez a y mage stad; pues en aquel estrecho pa-so morad a de las cristalinas nin fas , un bos queant iguo se hal la de grandes t iempos atras porlos comarcanos pueb los guardada inv io lab le-me nt e su pureza , sin que jamas de pesadahacha ó segur en él se haya o ído mortal gol-pe , don de, si á la fama se ha de dar crédito ,en' los pr imeros s iglos del mundo las deidades

de los campos habitaron , mantenié ndose derústicas bellotas y castañas, bebiendo el aguade las fuente s , y pasando semejante estre chez

como s i de mortales sombras fueran vest idas .Y aun en estos estragados t iempos por lo masescondid o del a lgun as tem erosas cuevas se ha-l lan, que con el secreto y pureza debida <niar-da  n  todavía en sus verdes senos las encubiertasdeidades , conservadoras de las cercanas selvas

y saludables pastos , s in otros muchos templosque por las huecas concavidades de los árbolesá part iculares dioses son concedidos . Pues eneste sagrado bosque, en lo mas f lor ido dél hade estar e l p r incipal te mp lo de dica do á los fe-l ices pr incipios del año, donde todas las lunasdel florido abril se celebra universal sacrificio,así en las alegres luces del d ía com o en las ti-nieblas de la noche, en cuyo s i lencio por lossombríos al tares sus enlutados fuegos resplan-decen. En este t iempo en compañía de otrosserranos, no sé por cual r igor del c ielo fui poraquel los montes á guarecer mis corderos de lasdañosas revueltas de marzo, y á bulto tambiénde la comunidad á celebrar la universal f iestacuyo alegre día apenas se descubrió por el mas 'a l t o c e r r o , c u a n d o a t o d o s p r o m e t ió u n n u e -vo y no esperado regocijo , s in que alguno tanavar iento y necesitado hubiese de los que en.arar sus barbe chos, sarmentar sus v iñas ó po-dar sus huertos estaban ocupados , que á lavoz de la común fest iv idad no desunciese losy u g o s , d e j a s e l a s g a v i l l a s , y e l h o c in o ó p o -

dadera o lv idada en el ár bo l , n o antepusieseeste á otro cualquier ejerc ic io- .hasta los s imples

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 67/197

zagalejos pienso que por no se embarazar enhacer el ordinario queso dejaron aquel dia dealiviar las pesadas ubres de la mantecosa le-che, dando á los t iernos corderos como en al-bricias de la alegría mas del ordinario sustento.Llegada ya la hora de la so lemnidad, y e l re-

l igioso templo cercado de encend idas h ogu e-ras, por los altares com enz aron á hum ear lascal ientes entrañas de los animales muertos , ycon la claridad de las resinosas teas no de otrasuerte se gozaba todo que si de aquella parteel dia no hubiera hecho ausencia. Los sacr if i-c ios , las ceremon ias , las oraciones y los demáspiadosos votos , la compostura y ornamentodel sagrado lug ar , ni a l que ahora tenemos esl íc ito ni á mi lengua permit ido declarar lo; por-que no todas palabras son suficientes á tratar

las cosas de los inmortales dioses, y mas lasmias, que en este discurso solo se encaminaná contar los livia nos pasos de mi vida. Y parano perder en esto mas tiempo que el de hastaaquí, sabed que sobre las maravil las que en-tonces en aquel templo v i fueron u nos alegresojos, así hermosos y bellos y en todas perfec-c iones acabados, que luego dije entre mí: estosserán templos de mi alma y los ídolos á quiende hoy mas ofreceré, no carnes de animalesmuertos , mas mis entrañas abrasadas en aquel

mismo fuego que de sus rayos nace, poderosoá dar vida y mu erte. Y no sé si el sacrificiofue acepto , que s i l íc ito es d eci r lo , y o por

entonces sent í en el los c ierta b landura, no sés i de amor s i de compasion nacida, mas tanbastante á enternece r los robles que no su pemas que arrojarme á sus pies pidiendo miser i-cordia, y aunque con voz f laca y caida, con

e l m a y o r e s p ír i t u q u e p u d e l l e g á n d o m e d o n -de la beldad resplandecía estas palabras le dije:O tú celestial imáge n , bulto de lu z y .  res-p l a n d o r d iv in o , s i a l g u n a p a r t e t ie n e s d e l at ierra y a lgo los ruego s de un pastor pue denm o v e r t e , h u m i l d e m e n t e t e s u p l ic o n o s d e s c u -bras de qué t ierra ó de qué c ielo eres venida,cuál sea el dichoso or igen de tus gentes , óq u é d u l c e n o m b r e t u s p a d r e s t e p u s ie r o n , q u eahora mas que por saber lo lo preg unto , s icomo pienso eres la diosa que en esta fiestapres ide ó alguna ninfa destos montes . Mas s i

por nuestro b ien de los que en el suelo v iveneres nacida, y á cosa tan div ínale toca algu-na sombra de t ierra, ¡ó muchas veces dicho-sos los que cont igo tratan ¡Di chos os tus veci -nos y par ientes , y sobre tod o biena ventu radoel que tú quisieres que lo sea Y sin pasar dea q u í , m i v e n t u r a , p a s t o r e s , m e l l e v ó m u y a d e -lante. Acuérdaseme ahora que la tarde de las iguiente f iesta los mas val idos de aquel lasselvas estaban en un l lano que á la puerta delcelebrado templo se hacia, ocupados en pla-

centeros ejerc ic ios , y yo aunque con harta so-ledad y tr is teza, también á vueltas de los de-mas servia de regocijar e l e j i do , dond e entre

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 68/197

muchos premios que apl icados á diversas ha-bil idades se hal laron, no fueron pocos los quede mi mano repartí por las mas hermosas pas-toras , que á la sombra de los árboles en mirarnuestros entretenimientos se ocupaban. Pero

entre los dem ás, no sé si porque á Eup itesafamado en la lucha con una astucia que yo sépuse en el suelo, ó si por dejarme atras en Jacarrera al l igero Lic ias , ó ganar en la barra áGracino, ó en el sal to á Plonio , a l f in entrelos demás premios v ino á mis manos un cu-r ioso espejo en ne gro ébano enga stado , y a l l ícon no poca cur ios idad ental lado el l iv ianoN a r c is o , t a n h e r m o s o y b e l l o q u e e s ta r v i v odijérad es , ó que el m ismo dios de amor fues ehabriádes ju zga do, s i á este quitasen la ve nd aó al otro p usiesen las alas. Esta ba recos tadoal margen de una fuente bebiendo por los o josde sus c laros hielos el fuego que le dejó abra-sado; y á una parte de la sel va, entre las in-quietas hojas de los árboles, tal se mostraba lapar lera Eco qu e aun pintada parecia respon-der á los últ imos acentos del desasosegado ni-ño , con que mas encendia su desvanecimiento,y no sé si á compasio n s i á deleite mo vía ver lotras esto convertido en una hermosa flor, y entorno della las ninfas de los campos y vallescomarcan os no s embra ndo rosas ni flores, sin o

amorosas lág rimas con que la tierna florecillaparecia cobrar nu ev o verdor y fres cura, q ueaun Ja muerte no tro có su crueldad y al t iv ez:

todo con tal ar t if ic io puesto , cuanto era me-nester para divert ir y aun engañar los mascuidadosos o jos . Pues con este espejo en lamano no me ser ia fác i l decir lo que por mípasó, que s in duda grandes cosas fueron, pues

al f in de todas concluí de colgar lo como des-pojos de mi v ictor ia en el templo que ya amorme habia señalado; y as í con la mayor repor-t a c ió n q u e p u d e , l l e g á n d o m e d o n d e lo s m a -yores asombros de mi pensamiento estaban,t o m a d , s e ñ o r a , l e d i j e , e n q u e v e á is e l d e s a -sosiego de mas de un c ora zon , y sea de suerteque su cur iosidad no s irva de profec ía. N oson mis o jos , respo ndió el la , tan arrogantes ,ni v iven con tanta oc ios idad que se dejen l le-v a r d e l e n g a ñ o ; y p l e g a á D i o s q u e es t e n o l osea. Oj alá , respondí y o , fuera espejo de pen-

samientos ; aunque no sabr ia decir s i estas úl-t imas palabras perfectamente sonaron en susoidos . Mas habiendo pasado algunos días tanenvuelto en lágr imas y tormentos que apenaslos ganados me conocían, s i es posib le creersetal de mi ánim o , lo tu ve para escr ib ir le unacarta, mas determinado á morir que á esperarrespuesta, la cual porque excediese los l ímitesde mi rudeza , Gal ic io un pastor serrano ensu cabana me la ayudó á notar ; mas como seacierto que yo ahora no s iento en mi corazonaquel contento que me causó la pr imera vezque la escr ib í , no pienso obl igarme á decíros lacomo en la memoria para mart ir io mió la ten-

go ;  mas si todavía gustáredes de saber lo que

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 69/197

en e l la me fue dic tando e l amor , y c oloquioss emejantes entr e enc inas y r obles c upier on,aquí la ha l lar e is es c r ita , y aunque de gr os er amano digna por s u pens amiento de c ualquierbuen lugar . Entonc es s ac ando del s eno una

d e l g a d a c o r t e z a d e á r b o l , R o s a n ¡ o o y é n d o l etodos asi c om en zó á le er ;

C A R T A D E F E L I C I O .

E l q u e p o r v e r t e y n o v e r t eE n t u a m o r m i r a n d o v i v e ,Señor a , aques ta te es c r ibeP o r a v i s o s d e s u m u e r t e :Tal quedé s in t í y s in mí,Q u e c o n u n m i s m o d e s e oM u e r o p o r q u e n o t e v e o ,

Y mue r o por q ue te vi .

T o d o m i b i e n e s t á e n v e r t e ,T o d a m i g l o r i a e n b u s c a r t e ,Y del ansia de no hallar teN a c e e n n o t e v e r m i m u e r t e :D e donde s al í á dó vo yHay inf in ita dis tanc ia ;

Y as í en mi per s ever anc ia

N o h a y m a s b i e n a y e r q u e h o y .

Hac iendo en mi mal mil pr uebasS i e m p r e á c a z a d e l c o n t e n t o ,

E n g a ñ a n d o e l p e n s a m i e n t oCon es per ar c os as nuevas ,

V i e n e u n d i a y o t r o d i a ,E l de hoy c omo e l de ayer ,Que donde fa l ta e l p lac erT o d o v a p o r u n a v í a .

Y a sé qu e esto no es en tíDemás f r uto que c ans ar te ,Quier o poner lo á una par teMientr as te la doy de mi;Y si decir no supie reL o q u e p r e t e n d o d e c i r ,Sabr é á lo menos mor irPor lo menos que di jer e .

Aunque en tan dudos o es tr ec hoN i s é en que empiec e n i ac abe,Que al mal que en palabras cabeLugar le s obr a en e l pec ho.Vayan pues mis s ent imientos

Libr es y c on c lar idad,Ques pr opio de la ver dadIr des nuda de ar gumentos .

Sin haber tenido c uyoN i c onoc id o otr a fe ,D e s d e q u e t e v i d e j éD e s er mío po r s er tu yo :T u y o s o y , t u y o " S e r é ;P o r t í v i v o y p o r t í m u e r o ;Y si mas bien qu e este quieroNunc a e l c ie lo me le dé .

Des to a l des c uido mir adoHal lar ás en mí e l e fec to,Que no hay mas c lar o s ec r eto

Q u e e l d e u n p e c h o e n a m o r a d o :

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 70/197

Mas si te causa disgustoL o q u e m i g u s t o p r e t e n d e ,Las menos vec es s e ent iendeLo que no pone buen gus to.

Y así no será milag ro

N o e n t e n d e r b ie n m i d o l o r ,Que en la mes a del amorSin su salsa todo es agro.Es tos r eze los c ont inosSon a l pec ho mas s egur oD u e n d e s , q u e d e s d e l o e s c u r oAs ombr an los mas vec inos .

Y si este tem or pe rdiereN o f ie s m u c h o e n m i a m o r ,Q u e n u n c a m u e r e e l t e m o rSino donde e l amor muer e .

M al se escusa el pad ecerSi es for zos o haber de ama r ,Y quien teme ha de penar ,Y quien ama ha de temer .

Si en la his tor ia de Nar c is oY un espejo de cristal,A m o r d e m í b i e n y m a lHac er un r etr ato quis o,Al jus to ha s a l ido aquí ,Por mas que lo he s ido yo,Q u e é l m u e r e p o r l o q u e v i oY yo por lo que no vi.

E l s u g lor ia vio pr es ente ,Y o s i em p r e v i m i d o l o r ,

A é l una fuente hiz o f lor ,Y á mí una f lor hizo fue nte:A u n q u e e s m a s d u l c e m i m u e r t e ,Y Ja causa mas ho nro sa,Cuanto es menos una r os a ,

Y may or e l bien de v er te .Pues , s er r ana, s i la s ier r aN o te ha dado e l c or azonD e la mis ma c ondic i onY as per eza de la t ier r a ,Imita á Ec o, que es jus toSer amada y mer ec er lo,Que en pago yo har é por s er loPar a s iempr e de tu gus to.

Ac abó e l pas tor de leer s u c ar ta , y Fe l ic iohasta el f in la fue con tanto sentimiento soleni-

zando, que muc has vec es par aba en medio delas razones á contar sentimientos mas para ela lma que la p luma. Todos nos c ompadec imosdé l , que por for zos as c aus as des ter r ado de s uc ont ento, no es mu c ho qu e las enc inas s ientans u dolor y los montes s e lo ayuden á l lor ar .Entonc es e l anc iano Ar is teo que s obr e los de-mas por c ompañer o le tenia , inc itado de unaver dader a c ompas ion, as í oyéndole todos di jo:N o s é , Fe l i c io mió , s i hasta ahor a mi amor yvoluntad te es manif ies ta , ó c omo por otr os

ac aec e me s ea nec es ar io des c ubr ir de nuevocon palabras lo que las obras no han podido,que no sé lo q ue h ay en es to, mas bien en-

t iendo de mí que tú mismo no te deseas mas s uy o fue dig no de c ons ultar , y no todos los

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 71/197

descanso que el que yo te diera si tuviera cau-dal para ello ; y si algu no tus males te conce-de n, o ye lo que e l c uidado de tu s a lud me haofr ec ido. En aquel t iempo que yo as í peque-nue lo co mo á los niño s acaece "levantaba del

s uelo las menudas r amas quebr ánd olas no s inmu c ho t r abajo mi ó, mi anc iano padr e , que c o-mo s e puede pr es umir me amaba, muc has ve-ces solía l lamarme á la sombra de alguna en-c ina , donde mientr as en las leyes de la pas tor íame indus tr iaba , ta l vez le vino á c uento t r a-tar de aquel los ant iguos y olvidad os t iemposc uando nues tr os bueye s hab laban , y e l c íe lomas bland o se mostraba á los ho mb res, y losinmortales dioses sin desdeñarse de las selvasc antando, c omo nos otr os hac íamos , s ol ían apa-

c entar s us ganados , gozando e l mundo todavíade la quietud y paz de s u pr imer ver ano: don-de si nuestros mayo res carg ados d e dias y cu-bier tos de honr adas c anas ya en r ever enc ia desus muchos años no salían al ejido, á veces ens os egado t r ago bebian s a ludablemente , y otr asc on enc antadas yer bas , c a lentando la r e fr iadas a n g r e , s e v o l v í a n a l v e r d o r y m o z e d a d p r i -mer a , no de otr a maner a que en los ant iguosr amos s olemos in jer ir vivas as t i l las de mejor esar boles . Mas lo que yo entr e aquel los c uentosc on mayor adve r tenc ia es c uc haba y é l mas á

menudo r epet ía , er a la s ec r eta vir tud de unaoc ulta c ueva , que muc has vec es par a r emedio

mor ta les ojos s on mer ec edor es de ve r la , massolo aquellos á quien el cielo su misma luz lespr es tar e , c on que s e puede des c ubr ir no s olola escurid ad de sus sen os, mas las delgad ass ombr as de los que ya viven en aquel las mis -mas r egiones que ahor a es tán; y por que s i losdios es a lgú n c am ino han dejado á tu s a lud,aquí s olo te s er á pos ible ha l lar lo, deter minoc ontar te lo que de mi vie j o padr e y otr os ve -ner ables pas tor es de aquel t iempo apr endí , pa-ra que tú á los que tras estos siglos vendrándec lar ar puedas s emejantes mar avi l las . Y vo -s otr os , en c ubier tos dios es á quien es te c a r gotoc a , y vos otr as c a l ladas s ombr as , c ar c omidasimá gene s de los ya enter r ados , y tú es c ur o yc onfus o c aos , r iber as de eter na noc he c eñidas ,hac ed lícitas mis palabras, para sacar á lu z las

cosas escon didas en los senos de la t ier ra, yaquellas amarillas f iguras que las vacías casas ydes nudo s r e inos de la mu er te ha bitan. Y tú ,Fe l ic io m ió, s abe que en es tas mis mas s e lvasque ahor a tenemos , bien que e l c amino s eao c u l t o , e n c i e r t a c o n j u n c i ó n d e m e n g u a d a l u -na , c uando la t ier r a menos c ar gada de f r utav i v e , u n a t e m e r o s a c u e v a s ú b i t a m e n t e d e b a j ode los pies se abre, de aspecto tan espantoso ydivino, que luego por s í mis ma s e hac e ador ar ,y quien por s us dudos as c onc avidades entr ar e ,bas tándole á s emejante c os a e l ánimo, no muy

des viado de nues tr as r egiones es fama que s en-

t ir a c or r er un s os egado r io, c uyas eter nas aguas jó admir able c osa de dec ir que así tú v ola ndo

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 72/197

jamas s e han mos tr ado s obr e la t ier r a , n i de l la.nueva a lguna t ienen los mor ta les , donde s i lasdeidades de los mon tes te c onc edier en ven ir ,hinc ada la s in ies tr a r odi l la en t ier r a , c on gr an-de vener ac ión ador a e l inviolable bul to en c u-

yas entr añas ta les mar av i l las mor an. Y habi en-do l legado a l p ie de un e nvej ec id o ár bol qu ec on r evuel tos br azos la mayor par te de aque-l la c ueva oc upa, s i a l vulgo puede dar s e c r é-dito, verás en sus hojas los fantásticos sueñospegados c on las diver s as imágenes y c olor esque de noc he nos apar ec en, por que de a l l íc ual manada de r es plandec ientes av ec i l las enfa l tando la luz s a len voland o por e l mu ndo ,y d es pues de haber nos r epr es entado las di fe-r entes c omedias que s in c lar idad a lguna vemosi n v i s i b l e s , s e v u e l v e n á s u l u g a r . T ú d e s d e

a q u í , h a b i e n d o p r i m e r o i n v o c a d o e n t u f a v o rlas f lac as c abezas de los muer tos , de impr ovis os er ás vis to l levar por c aminos jamas de mor ta-les p ies toc ados , á vec es entr e la es c ur idad, pa-s ando gr andes montañas de r es plandec ien tefuego, y á vec es a l t ís imas s ier r as , que l lovien-do de enc ima de s í in fat igables r ios hinc hen dees pantos as lagunas aquel los es c ondidos c ampos ,donde s in duda podr ás ver la fuente de l in-mens o mar que s obr e la t ier r a se des c u br e , na-cido de aquellas mismas aguas que no otra cosa

parecen que amar gas lágrim as de los que allíen eter na memor ia s uya las depos itar on. Mas r -

por aquellos escirros aires poco á poco sentiráscaerse de tu corazon el dolor que ahora te afli-ge , c omo e l agua s ent imos c aer de las nubes ,ya c on e l templado viento der r et idas , y s uel-to de tan ásperas prisiones á deshora aparece-

rás sobre la t ierra, no de otra manera que laenr os c ada c ulebr a des nuda del ant iguo pel le joa l nue vo r ayo del sol s a le r es plandec iente ylus tr os a de entr e la yer ba , donde e l hie lo de lamañana la tenia enc ogid a y amor t ig uada. Ma ssi á tanto co mo eso no te bastare el áni mo , yde las temerosas f iguras asombrado tendido tequedar e s en la ar ena, no por es o des c onf iado der emedio vuelvas e l p ie a t r ás , antes de nuevoc on humildad ador a las enc ubier tas n infas queal l í en eter no s i lenc io mor an, y p idiéndoles l i -c enc ia par a toc ar s us inmor ta les ondas , t r es ve-

ces l legarás un solo de do al ag ua , y otras tan-tas e l mojado dedo á la bo c a , y lavánd otenu eve vec es los ojos c ada ve z , s in vo lve r e lrostro atrás darás tres pasos por la r ibera arriba,y c inc o por la r iber a abajo, por que del núme-r o impar s e go zan los mágic o s dios es , y n otan pr es to es tas nueve es tac iones habr ás c um-pl ido, c uando des nudo de tus mor ta les c uida-dos , des c ar gado te s ent ir ás de un gr an pes o yc om o de otr o mas per fec to s er ves t ido , ac la-r ando poc o á poc o e l viento una dudos a luz ,

y poniendo á las imágenes de las c os as unos c o-lores y f iguras, así imp erfe ctos y delicados co-

m o lo s que de m uy le jo s se m iran, hasta quecayén do se de to do pu nto las t in ieb las de tus z a m p o n a d e l s e c o t r o n c o , d o n d e l a f u e r z a d e l

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 73/197

ojos,  las co sas que antes detrás de co rt inas juz -gab as , a l l í las co no cerás cada una en su per fec-to v a lo r , s in que es t im es m as las cab ras que lo sm aju elo s , ó las cab anas m en o s que lo s co rt i jo st e d e l e i t e n : m a s u n a co s a a d v i e r t e , p a s t o r , q u epo r m ucha ham b re que a l l í sufras no l le gu eco sa á tu b o ca s i de inm o rta les pr is io nes dete-nido no quieres m o rar eternam ente po r aque-l lo s cam po s , n i de tu v o lun tad pases las inv i -s i b l e s o n d a s , a u n q u e p a r a e l l o a m i g a b l e m e n t et e c o n v i d e u n e n v e j e c i d o b a r q u e r o , q u e p o raquel las r ib eras es fam a que anda pasando ensu carco m ida b arca las desnudas a lm as que suel-tas de los mor tales ñu dos por allí va n á busc arn u e v a s s e l v a s y m u n d o m a s p e r m a n e n t e ; m a stú siempre con pie firme en la orilla no hagas

m as que co ns iderar lo s m ucho s que de la o trap a r t e p a s a n , y l o s p o c o s q u e v u e l v e n , o r a s e ad e p o d e r o s a m a n o d e t e n i d o s , ó q u e e l d e s c a n -so de la t ierra á m ayo r dele i te les co nv ide: co nl o c u a l , F e l i c i o m i ó , c o n f i o e n l o s i n m o r t a l e sdio ses que a l l í tu do lo r para s iem pre quedaráencantado . M as s i es to po r a lgún o culto ju ic iono sa l iere as í , to do lo v ence e l am o r , y a lam o r tam b ién no so tro s no s r indam o s. Y aho ra ,en tanto que e l c ie lo o rdena lo que m as á nues-t r o p r o v e c h o c o n v i e n e , p o r v e r si c o n a l g ú n

m anjar te puedo hacer m eno s tr i s te , so y co n-t e n t o d e d e s c o l g a r s e g u n d a v e z m i o l v i d a d a

t iem po la puso ; y aunque á m i res fr iada sangres e m e j a n t e o f i c i o n o p e r t e n e z c a , c a n t a r é a l g o

' q u e á m i p r i m e r a e d a d s e r e m e d e , n o d e o t r am a n e r a q u e e n m i s p r i m e r o s a ñ o s , c u a n d o e nm í la m em o ria era m as f i rm e, lo aprend; . As í d i -

j o , y t o c a n d o u n o d e n o s o t r o s s u z a m p o n ad e s t a m a n e r a c a n t ó :

A R I S T E O .

D e T i r s i s y D a m o n e l d u l c e c a n t o ,Q u e e n o t r o t i e m p o o y e r o n e s t o s p i n o s ,Y á E r i f i l e d i v i n a p u s o e s p a n t o ,

Y po r entr e lo s ro b les m as v ec ino sLas n infas aso m aro n las cab ezasS u s p e n s a s á c a n t a r e s ta n d i v i n o s ;

Y las se l v as , desnudas de f ierezas,P o r a q u e l b r e v e e s p a c i o s e v i s t i e r o nD e m a y o r e s f r e sc u r a s y r i q u e z a s :

A l fi n c u a n t o e s t os á r b o l e s o y e r o n ,Y lo qu e co n suspiro s y co n l l antoE n s u s v e r d e s c o r t e z a s e s c r i b i e r o n ,

S i e l c i e l o d i e r e f u e r z a s p a r a t a n t o ,Cantaré aquí y escr ib i ré entre f lo resD e T i r s i s y D a m o n e l d u l c e c a n t o ;

D o s pasto rc i l lo s que entre lo s pasto resA c a n t a r y ta ñ e r a c o s t u m b r a d o s ,E l m eno r fuera aquí de lo s m ayo res ,

A s í c a n t a r s e o y e r o n p o r l o s p r a d o s ,

Q ue po r o i r las v acas sus canc io nesE n l a b o c a o l v i d a r o n l o s b o c a d o s .

H

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 74/197

Hac es r e l iquias de un favor l iviano, D e u n negr o r io aquí las aguas viva s

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 75/197

Qu e s e lo l leva un pájar o en el p ic o;Canta pas tor , que e l c ie lo s ober ano

A l r egoc i jo y a l p lac er per didoT e v u e l v a c o m o p u e d e d e s u m a n o .

A R I S T E O .

Es to es lo que c antó Damon tendidoS o b r e l a y e r b a : ¿ q u i e n d i r á , p r e g u n t o ,Lo que de Tir s is apr endió e l e j ido?

Mus as , dec idlo vos , que á tanto juntoM i ánimo no bas ta , y fue r on c osasDignas de n i quitar n i añadir punto.

T I R S I S .

Y o s e lvas c antar é las milagr os asPalabr as que pudier an dar me vid aA ser mis penas menos poderosas.

Y a qu e de enter a luz toda ves t ida

La luna s obr e e l mundo s e des c ubr eEn pur ís imas l lamas enc endida ,A q u í d o n d e c o n n e g r a s o m b r a e n c u b r e

La noc h e en s ueño y lutos s epultada,La casta yerba que estas aras cubre,

P r i m e r o u n a co r d e r a d e g o l l a d aC o n l u m b r e d e l a u r e l , y a z u f r e p u r oAl silencio será sacrificada:

D e a q u í c o m e n z a r á n u e s t r o c o n j u r o ,Y aquí no hay que es per ar si no la m ue r te ,E l enc anto es aquí lo mas Segur o;

Y por que tú c on ánimo mas fuer te

A semejantes cosas te apercibas,A t e n t o a h o r a m i c a n t a r a d v i e r t e :

T e n g o g u a r d a d a s , p a r a q u e c o n e l l a sCier tas pa labr as en mi s ombr a es c r ibas .

D e que s er án tes t igos las es t r e l las ,Y la noc he que oy en do es tá s u c ant o,Y la luna tamb ién que vuela entr e l las ;

Y por qu e no te c ieg uen c on es pantoLas s ombr as de los dios es que vin ier en,F o r z a d o s d e l a p r e m i o d e m i c a n t o ,

As í los que del a ir e dec endier en,Como los que en s epulc r os es c ondidosEs tán s iempr e es c uc hando á los que muer en,

C o n es ta yer ba c lar os y luc idosT e dejar é los ojos , que c on e l losPodr ás aun c onoc er los no nac idos ;

Y c ontando uno á uno tus c abel los ,Si te hallares nones, de tus males

Podr ás c r eer que mor ir ás por e l los :Mas s i en tu dic ha los ha l lar e iguales ,Sobr e la t ier r a es tér i l y des nudaContar é de tus hues os las s eñales .

Lu eg o dó e l agua s in c or r er s e mudaB a ñ a d o n u e v e v e c e s d e m i m a n o ,Con la r a iz de la enc antada r uda,

Segur o c oger ás por es te l lano

L a s y e r b a s d e v i r t u d n o c o n o c i d a s ,Que en é l nac ier on s u pr imer ver ano;

Y c on la ves t idu r a des c eñ ida ,Y des c a lzo el un p ie , y en la c abezaEs ta c or ona de laur e l c eñida ,

I r á s d i c i e n d o , c o m o y o , u n a p i e z a

Cier tos c antar es , s i ha l lar es dina L i g a d a c o m o y o d e a m o r e s m u e r a ;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 76/197

T u l e n g u a de c a n t a rl o s c o n p u r e z a ;Que en nuevas hojas de inmor ta l enc ina

Es c r itos par ec ier on en e l mundo,D e o c u l ta m a n o y d e v i r tu d d i v i n a :

Bas tante c ada c ual , s in e l s egundo,

Para bajar la luna de su cielo,Y dar luz á las gen tes de l pr o fun do,

Enc adenar los r ios c on e l hie lo,

Abr ir la noc he y enc er r ar e l d ia ,Y á las hor as hac er par ar e l vu elo :

yes t ir nues tr os c ol lados de a legr íaE n e l i n v i e r n o e s t é r i l , y e l v e r a n oLas r os as ahogar en n ieve f r ia ;

Y es tos ya dic hos , por que de tu manoCo ja s la l iber tad entr e las f lores,C u a l c o g e m o s l a f r u t a d e l m a n z a n o :

Con t r es ve los diver s os en c olor esC e r c a r á s e l a l t a r , q u e y a e n c e n d i d oCon yer bas es tar á de t r es olor es :

D e la casta ve rbe na y el f loridoA r r a y a n , y d e l r o j o y t i e r n o a c a n t oE n l u n a n u e v a d e r a i z c o g i d o ;

Y sobre todo del encien so santoEl humo l levar á en los a ir es mudosT u dolor á los r e inos de l es pan to:

Luego los miembr os l igar ás des nudosDes ta imágen , que ves de l impia c er a ,Tr es vec es c on t r es lazos y t r es nudos ,

Y atándo la dirás desta manera :La que me tiene ahora así l igado

Y t r es v e c e s a q u e l l o p r o n u n c i a d o ,T r e s v e c e s c e r c a r á s e l e n c e n d i d oAltar donde s e abr as a tu c uidado;

Q u e e l n ú m e r o t e r n a r i o e s e s c o g i d oD e los s agr ados dios es , y en s u ac ento

C i e r t o d i v i n o o l o r e s t á e s c o n d i d o ;Y á la imá gen l igad o e l pens am iento,

As í d ir ás poniéndola en la l lama:A q u í c o n t i g o a c a b e m i t o r m e n t o :

Y enc en diend o en e l fueg o aques ta r ama ,F i l i s , d i r á s , m e a b r a s a e n v i v o f u e g o ,Y yo en es te laur e l quien me des ama.

Y es to dic ho ver ás que baje lueg oBus c ándote por s endas es c ondidasC i e g a , c u a l v i v e s t ú p o r e l l a c i e g o :

Que es tas yer bas de Ar c adia s on t r a ídas ,

A l l í t ú l a s s e m b r a s t e , A l f e s i b e o ,Y á t í , A r e tus a , te las dió es c ogidas :

A l l í n a c i e r o n , a u n q u e a q u í l a s v e oY a d e v e r d o r y f r u t o ta n c a í d o ,Q u e n o p o d r á n c u m p l i r a l g ú n d e s e o :

C o n s u v i r t u d e n c is n e c o n v e r t i d oV i s u pr im er pas tor , y c on s u c antoDe ja r de seco el cam po florecido,

Bajar los p inos á es c uc har s u c anto,Tr oc ar las mies es y enc antar los r ios ,Y esto es lo m en os , y lo mas no tanto.

Es tas c enizas y c ar bones f r ios  ^

Ar r oja por detr as en la c or r iente ,Y aquí v an , di , los pens amientos míos :

Mientr as c oges la br as a , un fuego ar diente ,Tir s is , tenlo á s eñal y dic ha bue na,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 77/197

Hizo todo tu a l tar r es plandec iente .N o s é que puede s er , mi per r o s uena,

Si viene Fi l is , s i nos han bur lado:S i e m p r e j u z g u é p o r i n m o r t a l t u p e n a ,

Siempr e e l bien del amante es bien s oñado.

E G L O G A S E X T A .

S i e l lar go r azon ar , las poder os.as pa labr as , ye l nuevo c anto de Ar is teo nos fuer on de a lgúnc ontento, c ualquier a por s í lo podr á juzgarque á nos otr os par a s olo a labar lo nos quedó l i -c enc ia . Y vien do qu e ya las anc has es paldasdel nevad o At lan te hac ían s ombr a á la ma yorparte de la t ierra, y nuestras ovejas hartas depac er , ac or dándos e de las majadas , c on s usc or der i l los de lante s a l ían de entr e los ár boles ,poniendo por entonc es f in á nues tr os p lac er esc ada uno ender ezó á s u c abaña, donde en di-

ver s os e jer c ic ios oc upados e l dulc e s ueño c ons u univer s a l r epos o á todos nos dejó en iguals i lenc io y quietud; y es ta , no tan pr es to c onla nueva es tr e l la de l a lba huyó de nues tr osojos , s in haber s e aun de todo punto dec lar adoel dia , c uando en aquel a legr e r ato que las f ío-r es l lenas de pr ec ios o a l jófa r , abr iendo á lospr imer os r ayos de l s ol los tes or os de s u her mo-sura con olorosas voces alaban las celestialeslumbr es , s ac ando mis c abr as á los a legr es pas -tos por donde e l c ampo mas f r es c o par ec ia , po-c o á poc o me fui s ubiendo á la c umbr e de un

pequeño monte , y a l l í por mil par tes der r ama-das ya entr e las ñor es s e es c ondían, ya por

Mientr as c oges la br as a , un fuego ar diente ,Tir s is , tenlo á s eñal y dic ha bue na,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 78/197

Hizo todo tu a l tar r es plandec iente .N o s é que puede s er , mi per r o s uena,

Si viene Fi l is , s i nos han bur lado:S i e m p r e j u z g u é p o r i n m o r t a l t u p e n a ,

Siempr e e l bien del amante es bien s oñado.

E G L O G A S E X T A .

S i e l lar go r azon ar , las poder os.as pa labr as , ye l nuevo c anto de Ar is teo nos fuer on de a lgúnc ontento, c ualquier a por s í lo podr á juzgarque á nos otr os par a s olo a labar lo nos quedó l i -c enc ia . Y vien do qu e ya las anc has es paldasdel nevad o At lan te hac ían s ombr a á la ma yorparte de la t ierra, y nuestras ovejas hartas depac er , ac or dándos e de las majadas , c on s usc or der i l los de lante s a l ían de entr e los ár boles ,poniendo por entonc es f in á nues tr os p lac er esc ada uno ender ezó á s u c abaña, donde en di-

ver s os e jer c ic ios oc upados e l dulc e s ueño c ons u univer s a l r epos o á todos nos dejó en iguals i lenc io y quietud; y es ta , no tan pr es to c onla nueva es tr e l la de l a lba huyó de nues tr osojos , s in haber s e aun de todo punto dec lar adoel dia , c uando en aquel a legr e r ato que las l lo-r es l lenas de pr ec ios o a l jófa r , abr iendo á lospr imer os r ayos de l s ol los tes or os de s u her mo-sura con olorosas voces alaban las celestialeslumbr es , s ac ando mis c abr as á los a legr es pas -tos por donde e l c ampo mas f r es c o par ec ia , po-c o á poc o me fui s ubiendo á la c umbr e de un

pequeño monte , y a l l í por mil par tes der r ama-das ya entr e las ñor es s e es c ondían, ya por

los árboles y otros arriscados lugares se enca-r amaban, s ubiendo a lgunas por las peñas , y

las dudos as vis lu mb r es , que por entr e los c on-fus os ár boles entr aban, c omo un es tr e l lado c ie-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 79/197

otr as apoc ando los t ier nos r enuevos que por e lc ol lad o as omaban. Es tas c on no poc a c odic iapar a a lc anzar un r amo de s auc e vier as c olgar s ede a lgún r is c o, y aqu el las s obr e las c laras fuen-

tes c ontentas en hal lar s e dentr o de s us es peja-das ondas apenas se harta ban de mirar las f lo-r es tas y ganados que en e l ot r o mundo t r as lostiernos cristales parecían. Y yo recostado en lay e r b a c o n e l v e r a n o d e m i l c o l o r e s d i f e r e n -c iada, de s olo c ontemplar lo que a l l í t enia pr e-s ente me ac or d aba, has ta que los en c endido sr ayos de l s ol me for zar on á bus c ar lugar masfr es c o donde pas ar la tar de , y á es te f in , que-r i e n d o r e c o g e r m e á l a a m a d a E n f i l e , d e s d eluego me fui ba jando por e l pequeño c ol lado,y no muc h o antes de s a l ir de l , en aquel la pa r te ,q u e e l m o n t e t o d o c o l g a d o d e u n p e n d i e n t er is c o s obr e la vec ina s e lva par ec e ar r ojar s e entr elaur e les y ar r ayanes , una s ombr ía c ueva s e meofr ec ió á los ojos , no s é s i de ar t i f ic ios a manolabr ada, ó abier ta a l l í de la poder os a natur a le-za , tan ves t ida de ver de yed r a y f r esc os par r a-les que apenas s e podían ver los pendientesr is c os , de que no s in indus tr ia divin a es tabafabr ic ada: c uyos helados s enos , l loviendo s iem-pr e menudas lágr imas de t ier no r oc ío , y otr asá vec es antes de c aer s obr e la yer b a c uajánd o-

s e en delgados hie los , no otr a c os a par ec íanque r es plandec ientes puntas de c r is ta l , que c on

lo la tenían c ubier ta de p equeñas lumbr ec i l las ;y par a ac r ec entar mayor be ldad á s u f r es c ur a ,s a l ía de lo mas es c ondido del la una fuente ,der r am ando c on agr ad able y s onor os o r uido s us

pr ec ios as aguas por en tr e des nudas p iedr as y do-radas f lores hasta la mitad de la puerta, que allíhac iendo en una s oc avada peña un r ec ogido es -tanque c ubier to de ver des ovas y r evol tos a ye-dr a , no poc o dele ite y r ega lo daba á la vis ta ,y mas en aquel la s azón q ue la enc endida s ies -ta c ualquier s ombr ío lugar hac e apac ible ; y ámí des de luego me par ec ió ta l , que s in bus c arotr o mejor , r ec os tado s obr e las f lor es c omenzé áder r amar por todas par tes la vis ta y á leer porlas c or tezas de los ár boles m uc hos agr adables

ver s os , unos dedic ados á s u f r es c ur a , y otr osa l amor os o c uidado del que a l l í s e pus o á es c r i-bir los . Entr e otr as gr ande zas de l bos que unaer a la famos a es tatua de Si lvano, á quien porguarda fiel de aquellas dehesas sus mas vecinospas tor es hac ian or din ar ios s ac r i fic ios ; y é l , c o-mo .un gr an c ons ejer o de l m un do , en una l isaplanc ha de a ler c e que le s er via de ar r imo ysustento tenia escritas estas letras:

E l que dier e e l oido á la mar eaD e l v u l g o , g r a n d e a u to r d e n o v e d a d e s,

Entr e olas de ment ir as y ver dadesEn mil r ies gos es fuer za que s e vea .

Lastre bien la barquilla, no se creaL>e abr i l , que no hay en é l mas var iedades

¿De que f r uto os s er á la her mos ur a ,C u a n d o e l i n v i e r n o v i s t a d e s u n i e v e

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 80/197

Que en es ta c onfus ion de voluntadesJuicios dá cada cual de su ralea.

Es la fama la f lota de sus cuentos,

La invidia y la l is onja quien los c ar ga ,

Y e l c ontento qu ien paga los donair es.E l que fuer e dis c r eto en s us intentos ,

Sino quier e per der e l f le te y c ar gaN o s e deje l lev ar de todos a ir es.

Es tas c os as es taba yo c ontemplando c uan-tió en el tronco de un álamo no sin gran cu-riosidad á vueltas de algunos sátiros vi talla-das muc has n infas , unas hac iendo guir naldasde f lores, otras bai land o al son de f lautas yr ús t ic os ins tr umentos , y todas de mil maner asr egoc i jándos e , y entr e e l las un anc iano s át ir o,q u e i m p e d i d o p o r s u m u c h a v e j e z d e s e m e -jantes placeres, sentado al pie de un árbol porentonc es s e c ontentaba c on es c r ibir en s u c or -teza es tos ver s os :

Mientr as que por la l impia y ter s a f r enteEs e c abel lo de or o ens or t i jadoAl f r es c o viento vuela mar añadoSobr e las t ier nas r os as de l or iente;

Mie ntr as la pr im aver a es tá pr es enteD é s e c l a v e l , s o b r e m a r f i l s e n t a d o ,

Coged las f lor es y a legr ías de l pr ado,Qu e e l t iempo c o r r e , hu ye y no se siente .

La lumbr e de or o y enc ar nadas r os as ?Si la edad pas a , e l t iempo la apr es ur a;

Las hor as vuelan, y en s u c ur s o br eveHallan y t ienen fin todas las cosas.

Los agr adables ver s os de l envejec ido s át i-r o, la f r es c ur a de l lugar , e l r uido de la fuente ,y e l viento que los ár boles r ompia , no s é porc ual fuer za movidos , es c r ibier on en mi memo-r ia c os as que del todo me quitar on e l c ontento,pintán dom e de mil m aner as e l que a lgún d iae n a q u e l m i s m o b o s q u e g o z é , a c o m p a ñ a d o d emas que s i lves tr es ár boles , c omo podr án s ertestig os las. mismas f lores qu e sin perder supr ime r f r es c ur a aun guar dan todavía las r e l i -quias de mis pas ados p lac er es : por c uya oc a-sion aun me seria difícil decir lo que en aque-l la s oledad s ent í , mas de que por l ibr ar me dela que m e causaba el lugar y c uan to en él ha -bia , es c r ibiendo de nuevo en mi memor ia gus -tos y pensamientos pasados, por librarla dellosy á mi c or azon de la pena que le daban, ec ha-do s obr e la yer ba en to no bajo as í c omen c é áh a b l a r :

Es tanq ue de agua c r is ta lina y pur a ,Fuente s abr os a dó e l c r is ta l he lado

V a r e v o l v i e n d o e l o r o p o r la a r en a :Ver de e j ido, de f lor es es t r e l lado,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 81/197

¿ Mas q uien ha vis to de agua c r is ta l inaUnos r emans os pur os y es pejados ,Donde bul le e l c r is ta l c ual p lata f ina ,

Donde del s ol e l r es plandor dor adoSac a unas luc es be l las ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 82/197

Y en unas olas mansas y pareja s,Con mil vis lumbr es andan a l ter ados ;O cuando mas serenos y estrelladosLos c ie los en s u a l tur a ,

Des c ubr e s u her mos ur aD e var ia pedr er ía y lu z s emb r ados ?Pues mayor g lor ia , y lumbr es mas divinasDais a l a lma en des pojos ,O a legr es ojos de esmerald as f inas.

Bel l ís imos , pas tor a , s on tus ojos ;¿Mas quien ha vis to e l s eno p lateadoD e las c onc huelas qu e las per las c r ia ,Con los es maltes de c or a l labr ado,Y los gr anos de a l jófar á mano jos ,Cuajados de l l ic or que e l a lba envía ;

O f lor es de jazmín y n iev e f r ia ,En c lave les y r os as ,O entr e p iedr as pr ec ios as ,Per las , r ubís , c or a l y ar genter ía?Pue s vien do aques a boc a s ober ana,T o d o e s t o e s b a j o a z ó f a r ,Ante s u a l jófar engas tado en gr ana.

Es a boc a , pas tor a , es muy her mos a,¿M as quien ha vis to por abr i l f lor ido,Con var ias f lor es un a legr e pr ado,Q u e á l a r i q u e z a d e q u e " e s t á v e s t i d o ,

A v i v a n m as e l a z u z e n a y r o s a ,Todas c ubier tas de un r oc ío es c ar c hado;

Que par ec en es tr e l las ,Con que la aur or a lo de jó es t r e l lado?Pues es to es s ombr a de p intur a humana,P u e s t o a l r o s t r o h e r m o s o ,

D e á dó e l r epos o de mi g lor ia mana.Selvas , aques te es un r as guño dado

D e aquel her m os o sol que en mis entr añasA m o r c o n s u p i n c e l d e j ó e s c u l p i d o :M as s on sus per fec c iones tan ex tr añas ,Que hay del or ig inal á es te t r as ladoL o q u e d e m i p i n c e l a l d e C u p i d o .Pues es ta que á lo úl t imo ha s ubidoD e t o d a l a h e r m o s u r a ,La vi yo en tu f r es c ur a ,Pr a do her m os o , fér t i l y f lor ido,U n d u l c e , a l e g r e y r e g a l a d o d i a ;Que aques ta es noc he es c ur a ,Que en c ár c e l dur a t iene mi a legr ía .

C a n c i ó n d i c h o s a , y v o s r e t r a t o b e l l oQuedaos en estas f lores,O á todo e l mundo matar e is de amor es ,

A la s azón , que oc up ado en s emejantescosas solos los árboles me oian , ningún ruidos onaba , e l enc endid o s ol d is c ur r iend o por e lcielo suspenso tenia el mundo , las selvas nos e mov ían , ca l laban los des nudo s montes , y

las abrasadas riberas sin ser de las importunasolas c ombat idas goz aban en s os egada c a lma

x

algún descanso. Solo en esta suspensión se po-día oir por las secas retamas la importuna ci-

p ies ha c onc edido toc ar s ober anos as ientos , yoque tam bién s oy n infa de las aguas en honr a

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 83/197

gar r a , ó c aer s e bland amen te a lgun a ho)a delos c er c anos ár boles , c uando venc ido de la ima-gina c ión , c ans ado de la muc ha s oled ad, s inac abar de l todo mi dis c ur s o, e l s os egado s ueno,

dulc e a l ivio de los males , c on un s abr os o l i -c or me bañó e l r os tr o, l l eván dom e tr as s i lainquieta fantas ía por lugar es temer os os y dig-nos de r eve r en c ia , y mos tr ándom e c os as queyo oor muy dic hos o me tendr ía en r efer ir a losc ir c uns tantes p inos , s i las favor ables mus as enmí pus ier an e l a l iento que les p ido, y de mimem or ia no bor r ar an milagr os tan dign os d ec ontar . Por que aun no de todo punto e l s uenome habia t r a ido á la ver dader a imagen de lamuer te , es t r ec hando en s abr os o nudo mis s en-

t i d o s , c u a n d o p o r l o m a s e s c u ro d e j a c u e v ade aq uel mis mo luga r que la pequeña fuent emanaba vi s a l ir una her mos a ninfa , que s i lasl ivianas s ombr as de l s ueño de a lgún meta l pue-den juzgar s e , d ir ia que de t r as par ente c r is ta lfues e s embr ados s us c abel los por los hombr o s ,que á no s er de r es plandor mas mar avi l los ode ver des ovas los hubier a juzgado: s obr e e l losuna guirnalda de f lores, y así toda vestida der a y o s d e d i v i n a l u m b r e , q u e s u m u c h o r e s-plandor m e dejó venc id o , d ic ien do , no s ingr an p lac er , luego que l lego donde yo es taba

Pas tor , aun la divina Er if i le s e ac uer da de tuzampoña, y s i a lgún t iempo a tus mor ta les

de tus suspiros contenta seré de facilitar tupas o s i tú a s eguir me te a t r evier es ; y s in de-jar me lugar á pr even ir r es pues ta , l levad o des u vir tud, des de luego la fui s iguiendo por la

es c ur idad de la c u ev a , hac iendo s egur os mistemer os os pas os la muc ha c lar idad que del lasalia; y apenas á unas carcomidas rocas l lega-mo s , donde toda aquel la agua tenia s u pr in-c ip io , c uando e l mis mo s uelo que nu es tr asplantas s us tentaba , así c om enz ó á br amar ylos c ol lados á mover s e c omo s i c apaz fuer a dealgun a v id a; y fa l tándonos la t ier ra debajo lospies , s úbitamente s e abr ió una pr ofunda boc a ,a lzándos e á todas par tes pequeñas montañasde agua, por donde dic hos amente me s ent íl l e v a r c o r r i e n d o , s i n m o j a r m e , s o b r e m i c a b e -za c opios os ar r oyos y manant ia les de es pejadasondas , que a l l í pur ís imas y nuevas s in mezc lade mor ta l olor s a l ían de s u pr imer apos ento.Y 110 solo esto , pero á la sazón que ya deb a-jo de las selvas and ab a, sobre mi cabeza sentíbalar nuestros ganados, sentí ladrar nuestrosper r o s , y lo que mas gus tos o fue de oir , ánuestros pastores sentí ocupados en sus ordina-r ios c antar es , en c uy o tes t imonio s i p er fec ta-mente los ha l lar a en la memor ia , aquí los de-jara escritos en el mismo estilo y tono que

el los entonc es los dec ían. Mas c uando yo es tasc os as c on mayor de le ite gozaba, c on la l ige-

I 2

r eza que e l t iempo s uele huir de nues tr a vis tame s ent í l levar por r evol tos as y enc ubier tas

tenia e l fundamento, no por es o c r e ía qüe as ítoda pe ndiente en e l a ir e s obr e tan d elgado

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 84/197

sendas á los espantosos senos de la t ierra, don-de gr andes lagunas , gr andes es tanques , gr an-des fuentes y r ios c ontem plaba. P as ando pora lgunas par tes l lenas de temer os os r uidos , no

sé si causados de los inmortales diluvios deagua que s obr e mí manaban, ó por ventur ade las gentes que ya ar r anc adas de los vivosen aque llas escuridades t ien en su espantosacárcel, y no tan presto por las cercanas aber-tur as de la t ier r a s egunda v ez la amada lu zl legó á nues tr os ojos , c uando á mí me par ec ióq u e á o t r o n u e v o m u n d o h u b i é s e m o s v e n i d o ,do nde to dos los mo ntes , todas las sierras yc ol lados , que des c ubr imos , c uajados de no vis -tas r iquezas s e mos tr aban, c or r iendo por unas

par tes r ios de r es plandec ien te or o, y por otr asgr andes es tanques de luc iente y l impia p lata ;y no s é s i admir ándome yo de s emejante c os as úbitamente me vi debajo de una pr ofunda yanc ha laguna, c uya inc r e íble gr andeza r ae hi-zo c r eer que en aquel punto e l famos o Oc éanoc on todas s us r egiones de agua hubies e pa-s ado s obr e mi c abeza . Mas luego que s entadaencima de sus delicadas ondas vi una soberbiay po pulos a c iudad , no s in muc h a admir ac ióndije en mi pens amiento: es ta s in duda es aque-l l a G r a n d e z a M e j i c a n a , d e q u i e n t a n t o s m i l a -

gr os c uenta e l mundo . Y bien que ya otr asvec es oyes e dec ir que s obr e c ol lados de agua

s uelo es tr ivas e , e l c ual no otr a c os a me par e-c í a m i r á n d o l o e n c i m a d e m i s h o m b r o s , q u eaquel la de l ic ada c os tr a en que labr ando las in-dustriosas abejas sus panales suelen también

edif ic ar tor r eados y her mos os c as t i l los de l im-pia c er a , por c uya c aus a c on un nu evo y par -t ic ular gu s to des pac io me puse á c ontemplars emejantes mar avi l las , l levando á vec es la vis -ta por las anchas y hermosas calles cargadasde s ober bios edif ic ios , á vec es c on templand os us i lus tr es c iudadanos , s us ga lanes y a taviadosmanc eb os , c om o unos va l iente s y poder os osc entaur os s obr e lozanos y r evuel tos c abal losc ubier tos de guar nic iones y jaec es de or o; s usher mos ís imas y ga l lar das da ma s , d is c r etas yc or tes anas entr e todas las de l mundo; los de l i-

c ados ingen ios de s u f lor ida juven tud oc up a-dos en tanta diver s idad de loables es tudios ,dond e s obr e todo la div ina a l tez a de la poes íamas que en otr a par te r es plandec e . A vec ess a l iendo des ta c ontemplac ión mir aba aquel losreales palacios, dignos de aposentar en sí ungr ande imper io , y otr os aunque de mas br evey moder ada hec hur a , mer ec edor es por e l va lorque enc ier r an de mas que e l s egu ndo lugar ,los cuales consagrados á la castísima Diana, yc on un abr as ado fénix de amor por empr es a ,llenos de soberanas ninfas de lo mejor de aque-llas lagunas en tantas maravillas resplandecen,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 85/197

cierto que siempre las cosas tristes mas que lasa legr es muev an nues tr o s ánimos . Y así c om en-zé los tr abajos de mi a guja des de a quel pu nto

qhe en los senos de la t ierra se hallan, los va-cíos reinos de Pluton y las casas de los ya en-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 86/197

que e l de l ic ado pie de la n infa toc ó en la pe-l igr os a huida e l enc og ido ás pide c on que , as ídioses lo quisistes , entre las f lores una rosa

mas s e vio c a ida , no de otr a s uer te que s obr eel ver de s ur c o c ae la olor os a y t ier na a zuc e -na del r ús t ic o ar ado des c omedidamente ar r an-c ada. Y todas las vec inas s e lvas , l lor ando e ldes dic hado s uc es o, blanc os c anas t i l los de r os asder r amar on s obr e e l f r ió c uer po, que en e l lass epultada una V e n u s dor mida par ec ía s obr ela ye r b a; y d e jado s apar te los infr uc tuos o sl lantos qu e por aq uel lo s des ier tos e l r ús t ic oAr is teo hizo, y e l c as t igo que á s u de l i to die-r on las dios as de los c er c anos mon tes , a poc an-do s us enjamb r es , des tr uye ndo s us r ebaños y

s embr ando fue go en s us mies es , que no esdigno de pas ar en s i lenc io, n i c omo aquí hasvis to yo me des deño de poner lo en lo maspr ec ios o de mi te la . L o que en ar t i f ic io s ob r etodo mi t r abajo s e aventa ja es de Or feo aque-lla célebre bajad a á los temero sos reinos de lamuer te ; y aunque la pena de s u mir ar s e veaviva en é l todavía , hazaña es á mi par ec erdigna de no pas ar en s i lenc io. ¿Mas que nopued e e l amor ? T o d o lo fac i l i ta , y no es e lma yo r de sus milag ros ir á buscar placer á Ja

mor ada de los tor mentos ; pues s iéndome fuer -za , pintar en este paso las no vistas reg ion es

ter r ado s , mur adas de una eter na y t r iste no-c he , no pudiendo hac er t r as par entes aquel lases pantos as c onc avidades , n i olvidar en mipintura lo que en ellas los soberanos dioses han

guar dado: c on es ta c onfus a n iebla me par ec ióescurecer los primeros resplandores de las f igu-ras  ,  la c ual yo no me admir ar é que tú dema-s iadamente me a labes , por que ya ha habidoninfas que c on templado a ir e han pr etendidolevantar la , des eos as de gozar mi labor s inaquel f ingido im ped ime nto. Y s i ac as o de Fle -geton las ar dientes ondas no c or r en c on aqueldes enfr enado c ur s o que des eas , advier te , d ivi-na n in fa , á la s uavidad de aquel la c í tar a d eOr feo, que s i debajo de la per fec c ión de miar te c upier a s u poder os a ar monía , no fuer a ne-

c es ar io dec ir te que e l la er a quien dulc ementelas tenia encantadas; y la que bastó á sacar dela negr a lama y podr idas ovas de l es t ig io la-go aquel las de lgadas fantas mas , imágenes delos que ya no viven, que a l l í envuel tas en po-dr ido c ieno de mil s ig los a t r ás es taban olv i-dadas , sem bran do la consonan cia de sus acen-tos ta l de le ite que, s i c r eer s e puede, pudopor a lgún t iempo ablandar las c r uel ís imas hi jasde la muer te ; y de jando de s i lbar s us ponzo-ños os c abe l los , oyer on las s er pientes s u dulzu-r a y detuvo e l vuelo la amor t iguada luna, que

c omo ver dader a imagen de la noc he por aque-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 87/197

oc upan: par t ic ipe yo de los s ec r etos de tu la-bor ; as í en los br azos de l c ontento, que la es -per anza te pr omete , l ibr e te veas de la s oledad

agr adable a br ig o le s er v ia ; y des ta maner a ,c on gr an gus to de los que le oian en tono s o-nor o y gr ave c omenzó á s embr ar por e l a ir e

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 88/197

que publ ic as . Des ta maner a la c as ta Cl i t is odaba a entender á s u c ompañer a los milagr osde su agu ja ; y así f inalmente la conjurab a áque e l la los s uy os le d es c ubr ies e , c u ando lab e l l a n i n f a , c u y o n o m b r e a h o r a p e r f e c t a m e n t e«o sé, así abriendo sus dulces labios le satisfi-zo : De mi labor no quier o que digas tu par e-c er has ta que de mí s u nue va his tor ia hayasapr e ndid o, que por gr ande qu e s ea la per fec -c ión de una pintur a , par a quien ignor a e l c as obien podem os dec ir que las mas viv as f igur ases tén muer tas ; p er o en tanto que par a dar teenter a r e lac ión de mi c uento ac abo es te s egun-do r etr ato, oc upadas en nues tr as labor es c an-temos s i gus tas a lguna c os a de p lac er que nos

s us penda los c uidados . T ú , n infa mi a , d i joCl i t is o, er es mi gus to, á mí s olo toc a obede-c e r t e : c o m i e n z a , q u e e l s e g u i r t e , q u e es m iof ic io, yo lo har é c omo s upier e . Quer ían yalas dos bellísima s diosas dar princ ipio á susc antar es , c uando en lo a l to de la c ar c om idar oc a una c er c ana deidad que es c uc hándolas es -taba en for ma apar ec ió de l d ivino Pr oteo, or afues e e l d ios de las vec inas aguas , ó la mages -tad de a lgún s agr ado r io; c or onado de ver desova s , l leno de r oc ío e l r os tr o, y la blanc a bar ba

l loviendo c r is ta l inos ar r oyos : un s ombr ío s auc ee n la mano, que de pr ovec hos o s us tento y

estas palabras:

P R O T E O .

Oídme bel las n infas , t ier nas dios as ;Que s i gozos as es c uc háis mi c anto,U n t e m p l o s a n t o , h e c h o d e u n a c u e v a ,E n l u n a n u e v a y e n c o l l a d o a n t i g u o ,D e a q u í m e o b l i g o á c o n sa g r ar o s l u e g o ,

Y no con fue go , mas con tiernas f lores.Por los favor es des te benef ic io,A l s ac r i f ic io ir é c ada mañan a,Y la tempr ana f r uta por mas nue vaA v u e s t r a c u e v a l l e v a r é e n l a m a n o :Y a del manzano las manzanas de or o ,Y a del tes or o r ic o de los pr ados ,

Lo s mas pintados lir ios y las rosas.Pu es , t ier nas dios as be l las , es c uc ha dme ,

Y s íes l íc i to, ó c abe en mi ta l g lo r ia ,Vues tr os lenguages s ac r os dec lar adme

Par a c antar c on e l los una his tor iaA vues tr as c uevas l lenas de deidades ,Que dur e por mil s ig los s u memor ia .

E n u n t i e m p o v i y o d o s v o l u n t a d e s ,As í c onfor mes c omo s on los a ir es ,Que nos miden y r oban las edades :

Fiár ons e de l t iempo y s us engaños ,

Y s u c onfor midad quedó des ec ha,Y habita c ada c ual r e inos extr años .

Mas tú, d ios a gent i l , en quien fue hec haTan t r is te y dolor os a anatomía ,Suspende por un rato tu sospecha.

Memor ia a lguna de tus t r is tes hados ,Por estos riscos mi cantar escribe;

Que a lgún dia s er án es tos c uidados ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 89/197

Vendr á t r as es te un ventur os o día ,As í lo or dena e l c ie lo p iados o,Que vuelva tu a lma a l c uer po en que vivía .

Si Or feo antes de l tér m ino for zos oBajar pudo á los r e inos de l tor mento;Si á mas que es to es e l t iempo poder os o,

Hac er lo pudo amo r , j Extr a ño ac entoQue el que en la t ierra sin placer viviaHal las e en e l in f ier no s u c ontento

C o n s u c a n t o a l c a n z ó c u a n t o p e d i a ;Bie n que la pena de vo lve r los ojosEn é l s e ha l le viva todavía .

As í tú te avendr ás c on tus enojos ,Y des te inf ier no donde es tá tu g lor iaTr iunfante s ac ar ás r ic os des pojos .

Y aunq ue vu elv a los ojos la memor iaAtr ás , no ar r ies gar á c ontento a lguno;Que siempre es dulce el mal puesto en historia.

Si e l que te a f l ige ahor a es impor tuno,Pu es este es el consuelo de los tri stes,Llór enlo los mor ta les de uno en uno.

Vos otr as , f lor es que otr o t iempo fuis tes ;R e y e s d e l m u n d o , n i n f a s y p a s t o r e s ,Llorad su mal las que sus bienes vistes.

L l o r e e l ; v a n o N a r c i s o t u s a m o r e s ,

Y por que e l s uyo c on tu mal avi ve ,

En sus hojas escriba tus dolores.Y tú , par ler a E c o , s i en t í vi ve

Si en mí no es vano e l nombr e de adiv ino ,Contentos por mas bien á logr o dados .

El sol sin se cansar sigue un camino,

Co ns u me c on s us vuel tas los mor ta les ,Y é l tan nu evo s e va c omo se vino.Es e l mundo de bienes y de males ,

D e lágr imas y r isa un pa s adizo,D e pasos y escalones desiguales.

Si a lgú n agr avio la for tuna te h izo ,O bella ninfa , en no ajusfar su man oA l gr an va lo r que en t í 110 fue pos t izo ;

Si el t iempo en ese pecho soberanoTambién va , entr e pes ar es y p lac er es ,Siguiendo e l c ur s o del es t i lo humano,

N o por es o, honr a y pr ez de las mu ger e s ,

Humil les de tu a lma la gr andeza ,Pues una en todas las fortunas eres.

Entr e aques os r etr atos de be l leza ,Que s iguen de Diana las p is adas ,

Y d e u n F é n i x d e a m o r l a g r a n p u r e z a ,El premio á las presentes y pasadas

Lágr imas quis o e l c ie lo que tuvies es ,Y allí las goce s ya en glorias trocad as;

Y s in que hagan nuevos entr emesesEl t iempo y la fortuna de tus cosas,Divinas de una vez , c ual s on, las vies es ;

Y vosotras, ó almas generosas,Que siendo antes la f lor de aqueste mundo

Ya s ois de l mis mo que le hizo es pos as ;Y t ú , d i o s a m a r i n a , q u e a l p r o f u n d o

Mar de tu c as to amor dis te e l as iento,E G L O G A S E P T I M A .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 90/197

D e es te s egu ndo c ie lo s in s egundo ;R e c i b i d d e u n a v e z e l r i c o a u m e n t o .

Que á tan a l tos pr inc ipios s e debiaP o r p r e m i o j u st o á v u e s t r o h e r o i c o i n t e n t o :

Que yo á quien la in fa l ible pr ofec íaDel c iego hado a lumbr a los s ec r etos ,Y des c ubr e la luz antes de l d ía ,

Ya en e l mundo os pr ometo c on per fec tosA g ü e r o s fa m a i l u st r e y n o m b r e r a r o ,Mientr as hubier e en é l gus tos dis c r etos ,Y ham br e de or o en c or azon a var o.

»

L u e g o q u e e l n o c o n o c i d o d io s d e jó c o n t a nadmirables secretos l lenas las hinchadas olas delos milagros que en su labor la sagrada ninfaes c ondía , y s at is f izo á la c lar a Cl i t is o de loque mas s aber des e aba, c ontento de haberdado en las e ter nidades de l mundo tan pode-r osa v oz de la c ar c omida r o c a , s e de jó c aer enlo mas pr ofundo del agua, y las n infas ques us pens as lo habían o ído , v uel tas á s us olvid a-dos e jer c ic ios , aquel la á quien dec lar ar s u his -tor ia toc aba, s i á mis mor ta les oidos pudo l le-gar e l a l iento y fuer za de pa labr as tan divinas ,

asi le 01 c omenzar s u c ue nto : Tú , n infa m ia ,sabras que por estas selvas mis ojos otro t iempovier on un pas tor , a l par ec er tan agr ac iado yb e l l o , q u e A p o l o c u a n d o e n s e m e j a n t e h á b i t os eguía las s e lvas , no s e puede c r eer que de otr ahec hu r a y ta l le fues e ; y aunq ue de apar tadasriberas, posible seria que las nuestras no le tu-vies en por extr año; antes as í s u zampoña lasa legr aba, que muy digna er a de s er oida , nosolo de los pinos de la sierra, de los sauces deln o de las ninfas de estas agu as, y de las dei-dades de las vec inas c uevas , mas aun de Jos

cercanos montes se vieron bajar las duras enci-

K

Ya s ois de l mis mo que le hizo es pos as ;Y t ú , d i o s a m a r i n a , q u e a l p r o f u n d o

Mar de tu c as to amor dis te e l as iento,D e es te s egu ndo c ie lo s in s egundo ;

E G L O G A S E P T I M A .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 91/197

R e c i b i d d e u n a v e z e l r i c o a u m e n t o .Que á tan a l tos pr inc ipios s e debiaP o r p r e m i o j u st o á v u e s t r o h e r o i c o i n t e n t o :

Que yo á quien la in fa l ible pr ofec íaDel c iego hado a lumbr a los s ec r etos ,Y des c ubr e la luz antes de l d ia ,

Ya en e l mundo os pr ometo c on per fec tosA g ü e r o s fa m a i l u st r e y n o m b r e r a r o ,Mientr as hubier e en é l gus tos dis c r etos ,Y ham br e de or o en c or azon a var o.

»

L u e g o q u e e l n o c o n o c i d o d io s d e jó c o n t a nadmirables secretos l lenas las hinchadas olas delos milagros que en su labor la sagrada ninfaes c ondía , y s at is f izo á la c lar a Cl i t is o de loque mas s aber des e aba, c ontento de haberdado en las e ter nidades de l mundo tan pode-r osa v oz de la c ar c omida r o c a , s e de jó c aer enlo mas pr ofundo del agua, y las n infas ques us pens as lo habían o ido , v uel tas á s us olvid a-dos e jer c ic ios , aquel la á quien dec lar ar s u his -tor ia toc aba, s i á mis mor ta les oídos pudo l le-gar el aliento y fuerza de palabras tan divinas,

asi le 01 c omenzar s u c ue nto : Tú , n infa mía ,sabras que por estas selvas mis ojos otro t iempovier on un pas tor , a l par ec er tan agr ac iado yb e l l o , q u e A p o l o c u a n d o e n s e m e j a n t e h á b i t os eguía las s e lvas , no s e puede c r eer que de otr ahec hu r a y ta l le fues e ; y aunq ue de apar tadasriberas, posible seria que las nuestras no le tu-vies en por extr año; antes as í s u zampoña lasa legr aba, que muy digna er a de s er oida , nosolo de los pinos de la sierra, de los sauces deln o de las ninfas de estas agu as, y de las dei-dades de las vec inas c uevas , mas aun de Jos

cercanos montes se vieron bajar las duras enci-

K

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 92/197

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 93/197

que á la s azón iba l legando, e l s ueño, s u her -mos ur a y mi c ontento c on e l nuevo r uido mear r ebatar on de los ojos , volando por e l a ir e las

T e s t i g o s e s t a s  ñ o r e s  y estos prados,L o s m o n t e s y  l a s  ninfas sus vecinas.

Jamás s e ha  v i s t o e n  ojos limitados

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 94/197

sutiles sombras de la l ibre fantasía, despertan-do en aquel mis mo lugar que poc o antes mehabia ec hado , y e l anc iano A r is te o que no

sé que enemiga estrella allí á tal t iempo le tra-j o , l l e g a n d o d o n d e y o m e d i o v i v o y m e d i omue r to es taba as í c om enz ó á c antar , for zá n-dome á que á pes ar mió le r es pondies e:

A R I S T E O . S E R R A N O .

A R I S T E O .D i m e , s e r r a n o , d e p l a c e r d e s n u d o ,

Caido y c ontemplando las es t r e l las ,¿Hante dejado los pes ar es mudo?

¿O has ec hado en olvi do tus quer e l las ?¿O as í c a l lando piens as r emedia l las ?¿O es tás pens ando de mor ir por e l las ?

Cu ént am e ya e l es tado en que te ha l las ,Q u e s i e s d e g u s t o , q u i e r o r e c e b i l l o ,O ayudar te en tus penas á l lor a l las .

S E R R A N O .

T e m o r t e n g o , A r i s t e o , d e d e c i l l o :Cos as he des c ubier to s ober anas ,Dignas de mas que un pobr e pas tor c i l lo.

N i c r eo yo qu e fues en sombr as vana s ,N i creas tú qu e cosas tan divina s

Sean sueños ó fábulas livianas.Tes t igos s on las aguas c r is ta l inas ,

G l o r i a t a n  a l t a ,  l íc i to es dec i l lo,Mas no aquí entr e los r ús t ic os ganados .

A R I S T E O .

C u é n t a m e a h o r a , s i q u e r r á s , c a r i l l o ,Las c os as gr andes ; mientr as tú las c uentasD e m a s t r a n z o h a r é u n h a z y d e t o m i l l o .

H a r t a s v i e n e n m i s c a b r a s y c o n t e n t a s ;Bie n puedo y o s entar m e entr e las f lor es ,Y á t í las se lv as te estarán atentas ,

D i , q u e l a s n i n f a s o y a n t us p r i m o r e s ;C a n t a t u c u e n t o , g u s t a r é d e o i l l o ,Pues er es e l pr imor de los pas tor es .

S E R R A N O .

D e s p u e s , p a s t o r , p r o m e t o d e d e c i l l o ;

A h o r a , e n t a n t o q u e s u t i e m p o l l e g a ,T o m a t u y a o l v i d a d o c a r a m i l l o ,Y s uene en nu ev a v o z, que a l c ie lo p lega

Hac er le s us ac entos inmor ta les ,Y á t í famo so en esta fértil veg a.

R e n u e v a a q u í t u s o l v i d a d o s m a l e s ,Que en otr o t iempo por aques tos pr adosT e o yer on las enc inas y nogales .

Si con la mucha edad no están borradosD e tu mem or ia , c anta ahor a aquel losQue dejas te en e l á lamo apuntados .

Mas s i te olvidas por ventur a de l los ,

Dime los que en e l r io me c antas te ,Que no me har to bien de enc ar ec e l los ,

Cuando á moler e l t r igo que s egás teAc ues tas le l levabas , que tu as ni l loEn la sierra aquel dia no hallaste.

A R I S T E O .

P r e g u n t a á a q u e l l o s á l a m o s q u e f u e r o nFie les tes t igos de mis penas vanas ,L o s v e r s o s q u e l e s d i ,   ¿ que los hic ier on

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 95/197

T i e m p o f u e   y a > p a s t o r j s i e s b ¡ e n d e c ¡ I 1 ( ) j

Qu e pudier a dar gus to y a legr íaM i c anto a l mas pena do c on c i l io s

Y sin cesar de noch e ni d e di a,Por aquestos collados y praderasSiempr e oyer as s onar la f lauta mia;

l aunqu e c antaba mu c h o, no di jer as ,Según s abía entonc es de c anc iones ,Qu e una dos vec es en m i boc a oyer as .

Eos sátiros y ninfas á los senosg e mi zampo na por aques tos pr adosH a c í a n p l a c e n t e r a s i n v e n c i o n e s :

Pac ían c on s abor nues tr os ganados ,Y ta l ve z s e pr ob ó que en es c uc har me

Q u e d a r o n d e la s y e r b a s o l v i d a d o s :Mas ahor a c antar s er ia infamar me,

Pues no podr é l legar á lo pas adoPor bien que t r abajas e en r emedar me.

Días ha que de un r oble es tá c olgadoM i r ab el : mis c anc iones amor os as ,Que pas aban de mil , las he olvidado.

El t ie mp o, que tras sí l lev a las cosasEn e l que ahor a es toy pudo ar r ojar me,Que aquestas son en él piezas forzosas.

L a v o z t a m b i é n , c u a l v e s , q u i s o d e j a r m e ,Y los lobos pr imer o á mi me vier on

^ Qu e yo pudies e de l los r ec atar me.

Ahor a deja e l c anto, y c on tus c anasT u s v i d e s p o d a , e n j i e r e t u s p e r a l e s ,Y c oge r án tus n ietos las manzanas .

S E R R A N O .Calla®, pastor, ó escucha los pardales,

O en tanto que de mimbr es una c es taA c a b o d e t e j e r , c u e n t a t u s m a l e s ;

Y Er i f i le c onc eda ahor a á es taT u ú l t i m a c a n c ió n i g u a l d u l z u r aA la que tú en las otras bienes puesta .

A R I S T E O .

Mi ent r a s qu e á la f r es c ur a des te vientoN u e s t r o g a n a d o a t e n t o n o s e s c u c h a ,Y no c on pena muc ha los r enuevo sCor tan t ier nos y nuevos nues tr as c abr as ;

Y mien tras que tú labras tu cestil la ,Y de hácia la vil la entr e estas f loresSe l le gan los pas tor es que es per am os ,H a c i e n d o d e s t o s r a m o s u n a c u e v a ,T e c o n t a r é u n a n u e v a m a r a v i l l aQ ue v i junto á la vi l l a en m i pr imer aE d a d , c u a n d o y o e r a a s í m o z u e l o ,Que los miembr os de l s uelo c omenzabaA leva ntar , y andaba t r as los gr i l los ,

Y en unos c añut i l los los me t ia .Con s u madr e vi un dia en mis va l lados

Madr oños c olor ados mas que gr anaCojer á una s er r ana, tan her mos a,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 96/197

Y a v a l a n o c h e d e s d o b l a n d o e l m a n t o ,j ues no vienen es totr os ganader os ,-Levantar e pas tor de agües e c anto,

Llegar emos nos otr os los pr imer os ,E G L O G A O C T A V A .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 97/197

Q u e J a   m ir ad nos fa l ta de l c aminoi alia nos hallará n los comp añero s.

Xa par ec e e l s epulc r o de Car ino;

Aquí donde hac en leña los s er r anosSuene otr a vez tu c anto per egr ino.

las ar emos c on gus to aques tos l lanos ,L>espues de haber atado nuestros hacesoec os , por que nos s ean mas l ivianos .

U l a , p a s t o r , r e s p ó n d e m e , ¿ q u e h a c e s ?A y ú d a m e á c a r g a r m i h a c e c i l l o ,1 or que c ar gado tú no te embar azes .

1 saca antes del seno el caram illo ,C o n q u e e l c a m i n o m e n o s l e s i n t a m o s ,1 r i m e r o a g u a r d a , c o g e r é e s t e g r i l l o .

A R I S T E O .C a r i l l o , l o q u e i m p o r t a m a s h a g a m o s ,

Que a l lá des pues c on gus to c antar emosC u a n d o n u e s t r a s h o g u e r a s e n c e n d a m o s ,Y la pes ada ham br e mit ig uem os .

L u e g o q u e c o n n u e st r o s c a n ta r es l l eg a m o s a ldes eado f in , en aquel mis mo lugar que e l c a-mino en dos s e dividía , á c ada uno fue l íc i tor ec oger s e á s u c abaña, y yo por la s enda queá la mia guiaba ta l iba , que de buena ganatrocara el haber visto milagros tan celestialespo r la soledad qu e con su ausencia tenia. Puesc omo un dia , entr e otr os , s uc edies e que losmas va l ientes pas tor es de aquel los c ampos s ehal las en juntos c er c a de un pequeño r io, quecub ier tas las claras ondas de sauces y fresnosc o n a d m i r a b l e q u i e t u d s i g u e s u c u r s o , M e l a n -

c io, que aunque no del todo c ontento no s inmu c h a es per anza de es tar lo viv ia , a l s on deuna flauta que Rosanio le tocaba así le oímosc antar es te s oneto:

M E L A N C I O .

Y o vi l lovie ndo a l jófar dos es t r e llasD e l c i e l o , d o n d e a m o r s u g l o r i a t i e n e ,Y entr e un gr ano que va y otr o que vieneD e u n abr as ado a l iento mil c ente l las :

Pr endier on en mi a lma todas e l las ,

Que amor que la las t ima y entr et ieneG u s t a d e d a r l e p o r q u e v i v a y p e n e

Y a v a l a n o c he desdoblando el manto,j ues no vienen estotros ganaderos,-Levantare pastor de agüese canto,

•Llegaremos nosotros los primeros,EGLOGA OCTAVA.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 98/197

Que ia mirad nos falta del caminoi alia nos hallarán los compañer os.

Xa parece e l sepulcro de Carino;

Aquí donde hacen leña los serranosSuene otra vez tu canto peregrino.

lasaremos con gusto aquestos l lanos ,L>espues de haber atado nuestros hacesSecos, porque nos sean mas l ivianos.

Ula, pastor, respóndeme, ¿que haces?A yú da m e á c a rga r m i h a c e c i l l o ,1 orque cargado tú no te embarazes.

1 saca antes del seno el caram illo,Con que el camino menos le s intamos,1 rimero aguarda, cogeré este gri l lo .

A R I S T E O .Cari l lo , lo que importa mas hagamos,

Que allá despues con gusto cantaremosCuando nuestras hogueras encendamos,Y la pesada hambre mitiguemos.

L u e g o que con nuestros cantares llegamos aldeseado fin, en aquel mismo lugar que el ca-mino en dos se dividía, á cada uno fue l ícitorecogerse á su cabaña, y yo por la senda queá la mia guiaba tal iba, que de buena ganatrocara el haber visto milagros tan celestialespo r la soledad que con su ausencia tenia. Puescomo un dia, entre otros, sucediese que losmas valientes pastores de aquellos campos sehallasen juntos cerca de un pequeño rio, quecubiertas las claras ondas de sauces y fresnoscon admirable quietud s igue su curso, Melan-

cio, que aunque no del todo contento no sinmu cha esperanza de estarlo viv ía , al son deuna flauta que Rosanio le tocaba así le oímoscantar este soneto:

M E L A N C I O .

Y o vi l lovien do aljófar dos estrellasDel c ie lo , donde amor su gloria t iene,Y entre un grano que va y otro que vieneD e un abrasado aliento mil centellas:

Prendieron en mi alma todas ellas,

Que amor que la lastima y entretieneGusta de darle porque v iva y pene

Vida en mirallas y dolor en vellas:Milagro es que al placer fa l te contento,

Que el regocijo l lore es nueva historia,Y yo que en ver lo cobre mi a legría:

Mas que con agua de ángeles y aliento

perdido, y si aquel valor que en tí se mues-tra no tan solamente está en la corteza, comono es cosa digna de creer, á lo menos puedanhoy mas contigo nuestros ruegos que tus cui-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 99/197

D e ámbar me haga amor infierno y gloria,O es fuerza suya , ó gran flaqueza mia.

Bien se descubrió en el pastor con Ja sua-vidad de la voz la mejora de su pecho, y loque pueden ocasiones en quien se deja gober-nar dellas. Y mas cuan do con un bastón deacebo en la ma no , guarn ecidos los extremosde blanco estaño, se levantó de un seco troncode o iva donde sentado estaba , y l legándosea ri leno que algún tanto desviado de nuestraconversación al pie de un castaño mas que to-dos temeroso y triste yacia, casi obligándolepor fuerza á dejar sus importunos cuidados,asi le di jo : N o sé , extranger o pastor, que cau-sa puede haber para que así apartado de noso-tros y como despreciando nuestros placeres nohagas mas que derramar dolorosas lágrimas.¿P or ventu ra á tí solo juzgas en el mundomerecedor de tal oficio, donde apenas se ha-lla un corazon que podam os l lamar p erfecta-mente contento? Deja, zagal , e jerc ic io tan im-portuno, que si el tiempo ahora no tan en tu

o r s e  muestra como tus cosas piden, ya trasescures y revueltos nublados muchas veces

vimos salir el sol que nosotros juzgábamos por

dados, y poniéndolos por un rato en el olvi-do y holganz a que á tu salud convie ne, consuave voz alegra nuestras riberas, porque tan

contentas de escucharte como hasta ahora de-seosas han estado de oirte, en tanto que tucanto dura, nuevas yerbas y flores ofrezcan ánuestros rebaños. Y porque no entiendas quemi presunción acaso pretende dejar sin premiotu trabajo , esta última vez que á la ciudadfui á vender bien doce mantecosos quesos quede mi cosecha tenia, no muy desviado del ca-mino, como por fe l iz agüero de mi vuel ta , mehallé un pequeño globo que de fino oro mecertifican ser, de aquel tamaño y grandeza que

solemos coger las amarillas ciruelas de los sil-vestres árboles, pero de mano tan artificiosaobrado, que en él por orden toda la descrip-ción de la tierra perfectamente está esculpida,sin que haya rio tan apartado ó fuente tan po-co conocida que all í no ocupe suficiente lugar.Y creo que si este para tanta obra estrechísimono fuera, no solo las selvas, los bosques y lasgrandes ciudades, mas toda la diversidad deanimales que la naturaleza ha producido se vie-ra en él trasladada; que no á otro fin en al-gunas partecil las así se ven comenzados á la-brar, que quien con cuidado los mirare no dirá

que vivos esten, mas que la tierra á medioformar en aquel pun to los vay a produciendode la suerte que á la primera voz de su divinoartífice fuero n saliendo de sus entrañas. Yaunque esta curiosidad es tal, como por lo di-

que nadie tenga cuidado de moverle con sulen gu age celesti al concertadamente señala cual-quier parte de nuestra vida; por lo cual, si ádicha no es aquella dorada manzana, de quien

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 100/197

cho se deja entender, lo que en mi opiniontiene mayor estima es un pequeño retrato del

amor que en lo alto del globo como supremoseñor de tal manera está entallado que á nadiesu hechura d ejará de causar admirac ión; y deun bosque que á sus espaldas está parece salirun escuadrón de ninfas, que quien con cuida-do no las mirare bien creerá que menudashormigas sean, con tal concierto, que habién-dose la una adelantado y viendo al amor dor-mido, sutilmente le hurtó el arco y flechas; ylas otras mas atentas á huir su daño que á mi-rar el sutil robo de su compañera á todo cor-rer se van entrando por una cueva. Y miracuanta puede ser la materia en que estas cosasestán labradas, que toda la estatua de Cupidono sirve de mas que de una sutil asa, de adon-de colgado el pequeño globo mejor se puedaver su artificio: mas otra cosa queda por con-tarte que escondida está en su secreta conca-vidad , que cierto temerosa es de decir y nosin gran reverencia se ha de tratar, como quie-ra que no se pueda presumir ser otra que al-guna oculta deidad que allí tenga su doradoasiento, porque á ciertos tiempos del dia den-

tro se oy e un ruido tan admira ble, que sin

se cuenta que tres diosas incitadas de su valorpor alcanzarla inquietaron el mundo, yo diríaque para medir nuestras vidas algún oculto

instrumento sea hecho de los soberanos dioses,nunca hasta ahora con los hombres comunica-do. Pues este milagroso globo lleno de secre-tos divinos, cualquiera cosa que sea, aunque ánuestra Palas le tenia consagrado, desde hoyquiero que sea tuy o, así porque anoche defen-diste mi rebaño de las peligrosas asechanzasde un hambriento lobo, como porque ahoraseas con tento de alegrar con tu m úsica nues-tros collados. Entonces Melancio, metiendo lamano en su zurrón y sacando el curioso globo,todos por satisfacernos fuimos á ver lo quéantes dudáb amo s; y bien que en el exterio rlustre todo hecho de una masa de oro pare-ciese, Clandro en semejantes cosas sobre losdemás advertido no de oro lo juzgó, sino deaquel metal que son los mas finos cencerrosque á nuestros mansos solemos poner, porcuya causa fue en mas tenida la curiosidad desu artífice; y Fileno, á quien el precioso donse ofrecía , tomándolo en la mano como si enél fuera leyendo estos versos así comenzó ácantar:

' ' *  .j [f¡  r¡rr)1* a >f

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 101/197

El tronco menos seco y mas guardado;Y all í por verdes cuevas escondidas,D e l m un do re n o v a doSin escuchar mi voz serán oidas.

A tí, canción, esta callada selva

E G L O G A O C T A V A . .

los árboles comenzaron á caminar hasta las ribe-ras del estrecho rio, donde habiendo primerodevotamente pedido licencia para pasar á lassagradas ninfas habitadoras de aquellas aguas,y juntamente perdón si acaso de nuestros des-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 102/197

En herencia te quede,Hasta que el c ie lo haga, como puede,

Que amor de adonde estás te desencante,Y otra ocasion te vuelvaSon menos tris te y voz mas elegante.

Habiá nos sido á todos el curioso don deMelando de no pequeña admirac ión por sergrande su artificio, y la obra digna de no traer-se entre rústicas manos; mas las rimas que Fi-leno cantó fueron tan poderosas, que haciendoolvidar los primeros loores con otros mas aven-tajados, subimos al segundo artífice á la difícil

cum bre de alabanza ; y en estas cosas habiendoperdido la mayor parte de la mañana, porqueel sol algo desapacible hacia el lugar, todos decomún parecer nos dispusimos á buscar dondepasar la siesta con mas descanso y gu sto , yquien señalando una fuente , quien otra , y ca-da uno pintando la suya de frescura mas aven-tajada, todos al fin de común parecer nos fui-mos á una alameda que en la ensenada del riose hacia, así porque el lugar era apacible y co-munmente visitado de los pastores, como por-

que en él había tierna yerba para los ganadosque delante de n osotros poco á poco p or entre

comedidos pies turbadas, menos trasparentes ylimpias que solían ó con algún mortal color

bajasen á sus cristalinos aposentos; y esto tresveces con humildad   p e d i d o  y dellas otras tantas,á lo que se puede entender, otorgado, nues-tros rebaños comenzaron á   p a s a r ,  l levando ca-da uno en sus hombros los corderil los mas tier-nos, temeroso que alguna enemiga corrientedel abrigo de sus madres los arrebatase; y ha-biendo desta suerte con mucho placer y gritallegado á la otra parte del rio, desde luego noshallamos en la deseada   a l a m e d a  .donde por lascortezas de los árboles tanta variedad de amo-rosos versos se hallan escritos, que venturosose llamaría el pastor que en la memoria los tu-viese, ó á lo menos otros á su semejanza acer-tase á cantar; y Ro san io, que entre los queallí íbamos de florido ingenio y corazon ena-morado era, sacando una podadera que en suancho cinto traía, tan reluciente y l impia quehasta entonces en ningún ejercicio habia servi-do, habiéndola primero en una piedra bastan-temente afi lado, vue l to á nosotros di jo : Y oahora , pastores, en la corteza deste álamo de mimano pienso entallar un nombre que con vi-

vas letras amor en mi alma tiene escrito, con

tal concierto que si alguno aquí tan entendidose hallare que la cifra en que le pusiere por síSOÍO   acertare á leer, esta nueva podadera seael premio que celebre su aventajada habilidad,con que despues de labrar sus huertos en los

Tomará en esto fuerzas de arrojarse,O nombre ilu stre, á hacer por tí una ricaBarata el alma de su nueva vida.

La cifra de Rosanio, su deleitoso canto y

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 103/197

mas crecidos árboles pintar podrá con vivosrasguños la hermosura de Menga, los fuegosde rihs , ó inmortal izar las a labanzas de su•Mecenas , s i a lguno tuviere; y dic iendo esto ,porque de todos e l pastor dignamente era ama-do, deseosos de darle gusto, sin nos ocuparmas en leer otros árboles, al que había esco-gid o nos 1 egam os, que para tan alta dignidadcomo los derechos cipreses á los humildes par-rales asi a los demás en hermosura y grand ezase aven tajab a; y all í de los que le seguíamoscon gran placer rodeado, al son de nuestraszamponas comenzó á labrar su cifra y cantardesta manera :

Dulce regalo de mi pensamiento,Otra alma nueva para e l a lma mia,-Nueva á los ojos, no á la fantasía,A quien hizo el amor su eterno asiento-

* a que ha l legad o á co lmo mi conten to,ai Ja esperanza en que este bien vivíaA los dos no fue incierta pr ofecía,Baste ya el padecer, baste el tormento,

ül pecho, que en tus gustos abrasarseJJulcemente se deja, te suplica

s d e  ver su fe no ser fingida.

nuestra música no sin gran placer se acabó áun tiempo: mas aunque muchos en la pastoraljunta habia que en inge nio y habilidad conlos del antiguo Sebeto pudieran competir,ninguno por entonces se hal ló que la enten-diese sino fue el vaque ro Me liso , que ^aguda-mente con otra tal descubrió lo que á todosera encubierto , ora fuese que Rosanio le hu-biese comunicado el secreto, ó qne el artificiodel soneto ó las letras dél se lo dijesen, ó, loque mas razonable es de creer, él solo cono-ciese la pastora á quien las alabanzas se enca-minaban :   él á lo menos no como los demás se

ocupó mucho tiempo en mirar lo que nuestropastor escribía, antes poniendo toda la aten-c ión en su canto , mientras é l duró, con gransutileza lo fue escribiendo en una delgada cor-teza de árbol, y ésta de l irios y rosas coronada,y ayudándole todos con música la colgó enci-ma del disfrazado nombre, con que al agrade-c ido Rosanio grangeó la voluntad de suerteque no solo le dió la prom etida pod adera, co-mo á mas cierto adivinador de su enigma,mas quitándose del cuello una curiosa zampo-

ña de siete desiguales cañas con tal artificio la-brada , qu e cualquiera pastor muy presumido

se podría preciar de tocarla, dándosela así ledi jo : T om a, venturoso serrano, e l don mas aco-modado á tu suerte que las sagradas musas tepueden ofrecer, que yo en su nombre fe l iz-men te adiv inando lo que de tí e l mund o es-

E G L O G A O C T A V A . 1 6 9

al vaquero Alc ino as í comenzó á cantar, y as íAlc ino á responderle:

L E U C I P O . A L C I N O . A L C E O .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 104/197

pera , de ho y mas te p rom eto que así con estazampona hagas resonar por las floridas riberas

el venerable nombre de Bel isa, que todo lopasado se juzgue sombra de tu prometido va-lor. Meliso entonces tomando sus premios yrindiéndole amigablemente las grac ias , todoscon gran regocijo y placenteras burlas nos fui-mos a una clara fuente que del socavado en-gaste de un álamo salia, y all í sin guardarorden, sobre la menuda yerba sentados noscomenzamos á entretener en varios e jerc ic ios :quien alabando con encarecidos versos la loza-nía de sus vacas, quien las hechuras de susmastines , ó la braveza de algún zeloso toroque afrentosamente vencido los temerosos bra-midos sube al c ie lo ; y aun alguno entre noso-tros había que codicioso de labrar una zampo-na, escogiendo los-.mas delicados cañutos, losotros apartaba para con blancos mimbres hacerdespués una curiosa jaula, cantando á vueltasdestas ocupaciones unos amores ágenos y otrossucesos prop ios, y todos al fin cosas aunq uehumildes de mucho gusto y pasatiempo; cuan-do Le uc ip o, que por aquel t iempo el Apo lode aquellas cabañas era, rogando á Meliso le

prestase el son de ia nueva zam poñ a, vue lto

X E U C I P O .

Aun no han de todo punto enmudecido

Nuestras selvas , pastor, cual yo entendía,Que dó quiera hay un Titiro escondido.

Tal se puso á cantar zeloso un dia,Que también el de Mantua le rindieraLa zampoña á su voz, cual yo la mía.

A L C I N O .

N o dude s , ó L e u c i p o , s i m e v i e raLibre deste veneno y sus pasiones,Cual antes ya me v i que le bebiera;

Que entre nuestras chozuelas y rincones,Por mas que el tiempo estrague las edades,

Nos fa l tasen mil nuevos Coridónes .L E U C I P O .

¡O ya pluguese al rey de las deidades,Que en sil las de oro asisten en el cíeloAl gobierno de humanas l ibertades ,

Contra aqueste tirano del consueloTal ley entre las otras dispensasen,Que las suyas pusiese por el suelo,

Con que los corazones se vengasen;Y á costa, como es justo , de un culpado,Las de tantos agravios se pagasen

A L C I N O .

Cuando, como tú sabes , desterrado

D e j é e n e s t a r i b e r a m i c o n t e n t o ,* a v e r n u e v a s r e g i o n e s f u i f o r z a d o ,

•i or u n d í a s al í y e s t u v e c i e nt o;

Q u e  a  l o s q u e c o m o y o s o n v e n t u r o s o s ,

A s , l e s c u m p l e e l t i e m p o e l p e n s a m i e n t o .

e Q u e c o n t a r e d e r i o s c a u d a l o s o s ,

En un lenguage temeroso y santo;Y desto , ganadero, no te asombres ,

Que si los cuentos no son hablas vanas,Las estrellas también tienen sus nombres,

Y antes de gozar sil las soberanas,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 105/197

Q u e a l g u n o e n g r a n d e s l a g o s s e p e r d i a ,

C e r c a d o s d e s e p u l c r o s t e m e r o s o s ?A l i a s u b i d o e l h i e l o e l c r i s t a l c r i a ,

^ r al v e z s i u n p a s t o r c o n m i g o h a b l a b a ,

A u n q u e c e r c a e s t u v i e s e n o l e o í a ;

Q u e a p en a s l a d e l g a d a v o z d e j a b a-L>e la boc a e l e s p í r i t u t e m p l a d o, '

C u a n d o u n h i e l o e n e l a i r e l a c u a j a b a .

M a s l u e g o q u e a p u n t a b a e l s o l d o r a d o ,

V le r a s nu e s t r a s p a la br a s d e s a s i r se

N o s in a d m i r ac i ó n d e l ñ u d o h e l a d o ,

* c o n p a r l e r o s v u e l o s e s p a r c i r s e ,

C u a l a v e s q u e l a r e d d e j a n d e s h e c h a ,i a l c i e lo e n va r i o s on s i e nt e n s u bi r s e .

-Ue a qu í fu e d ond e e l s o l s u s r a yos e cha ,

C o n t a l r i g o r , q u e d e j a p o r e l l l a n o

-La t i e r r a e nt r e e l ca lor ce ni za s he cha .

I e mle r a s ve r s u r os t r o s obe r a no,

C l a r í s i m o y t a n b a j o , q u e p u d i e r a s ,

A n o q u e m a r , t o c a r l o c o n l a m a n o .

Una s ge n t e s a l l í v i ve n t a n f ie ra s ,

Q u e p o r n o v e r l a s d e t e m o r y e s p a n t o

C o n e l s a yo los o j os t e cu b r i e r a s .

Y ?  a e l  s u e s t r e l l a d o m a n t o ,

* ha bla n la s e s t r e l la s con los hombr e s ,

Cual nosotros v iv ieron en el suelo ,Vis tiéndose también sombras humanas;

Mas despues que les dio acogida el cieloPor su v irtud y suerte conquistado,N o á todos muestran su callado vu elo.

L E U C I P O .

Grandes cosas , pastor, nos has contado:N o d igas mas, que tales maravillasN o son para contar entre el ganado.

Erizado el cabello en solo oil las,Entre e l temor y mi gaban revuel toApenas te he escuchado de rodillas,

Que el seso y discurrir mas l ibre y suelto

D e un ignorante y s imple pastorc il loN o l lega á tanto como tú has re vuel to .

A L C E O .

Cal la por Dios , cari l lo , que de miedoEstar aquí no puedo: un caso extrañoOí contar antaño á un ganaderoQue era medio agorero, que en la t ierraDonde la luz se cria y abre al mundo,H a y un v a l le p ro fun d o , e n que v i v i aUn pastor que entendía los conciertosD e los bosques cubiertos de deidades,

Y los cursos y edade s de. las cosas,Que por sernos dudosas las tenemos

* 7 2  S I G L O D E O R O .

De l had o, que entendem os ser div ino .Este supo el camino mas seguro,Y un dia todo escu ro, negro y fiero,Estando el es trel lero contemplando,Por donde, como y cuando el c ie lo rueda,

E G L O G A O C T A V A . 1 7 - ?

Van de l laneza y de verdad vestidos ,Des nu dos desos vanos fingimientos:

Ser pueden sin escrúpulo admitidosD e que te dé la muerte en oro envuel taM i zampona á beber por los oidos.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 106/197

Con una frági l rueda de pal i l losA ciertos pastorcil los enseñaba

Que la luna hurtaba al sol la lumbre,Y una sola v is lumbre dél tenia;A cuyo fin de dia no alumbraba,Antes huyendo andaba de su v is ta;Y   :que también fue v is ta , no sé cuando,En un monte acechando á un pastorc i l lo ,Que yo no oso dec i l lo por e l mundoQue lo contaba todo el hechicero;Y diz que, compañero, arrebatadaLa luna dis famada, en presto vueloSe vio caer del cielo ardiendo en ¡ra,

Y al agore ro m ira, que ya estabaTem blan do, y la adoraba arrepentido:Mas nunca ha parec ido v ivo ó muerto;Donde se entiende c ierto que la lunaAllí sin duda alguna lo tragase.

A L C I N O .

Pastor, lo dicho pase, y habla pasoN o nos o yan acaso las estrellas,Y hagan también el las , pues que pued en,D e modo que nos veden que tratemos,En lo que no entendemos desta suerte.

I . E U C I P O .

Pastor discreto, advierte que mis cuentos

Mas si el estrecho miedo no te suelta,Porque cobre calor la sangre helada,

Daré al discurso y mi intención la vuelta,Y dejaré una his toria comenzada,

Qu e en mí no tendrá fin, por mas que vue lenEl tiempo y nuestra edad acelerada.

A L C E O .

Cantemos, s i os agrada, como suelenCantar en otras tierras los pastores,Canciones de placer que nos consuelen.

Tam bién yo sé cantar y sé primores,Y las musas pasaron por mi casa,Y les hur té de sus guirn aldas flores.

Pocos hay que á mis versos pongan tasa,Que como algunos piensan soy poeta,Y á mí por pensam iento no me pasa.

Es mi zampoña rustica, imperfeta;Es grosera mi voz, y así no es justoQue el ansar entre cisnes se entremeta:

Mas si ahora, pastor, no te es disgustoTal cual mi canto fuere comenzemos,Tuyo será el honor y mió el gusto.

L E Ü C I P O .

D e ciento que yo sé ¿cual cantaremos,Que son todos cantares de pastores,Y no hay porqu e ninguno desechemos?

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 107/197

Y en él segura de bajar se encierra.Solo queda, pastores , por consuelo ,

Que s i un Dafnes famoso hemos perdido,Otro Dafnes igual le quedó al suelo .

La mitad es del otro div idido,Que ambos eran un cuerpo con dos v idas

E G L O G A N O N A ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 108/197

Y en el uno las dos se han co nvert ido.Este hará guirnaldas mas floridas;

Antes del fresco abril las claras fuentesEn verdes sombras las tendrá escondidas;

Qu e en encantar con ver sos las serpientesEl nuevo Dafnes , y en esti lo a l t ivo ,Se aventaja con dones excelentesAl muerto , lo que va de muerto á v ivo .

L a armonía del suave canto de los pastores,

dulcemente acordada al murmurar del claroarroyo que de la fuente sal ia , en tanta dulzu-ra nos en tre tuv o, que como si por nosotrosningún tiempo pasara pareció que en aquelpunto se comenzase: mas como ya de los altosmontes las mayores sombras caían, dejando elagradable sitio y descubriendo de léjos los ale-gres humos de nuestras chozas, despedidosunos de otros cada uno guió á la suya, dondemitigando la hambre con tiernas castañas ycopia de cuajada leche , en los pajizos lechosdimos al reposo la parte que le cabia. Y no

tan presto el importuno gallo con su breve ydesabrido canto anunció la nueva luz, y lospa,aril los en los verdes ramos la saludaron,cuando por entre los árboles apenas restitui-dos en sus perfetos colores salió el afl igidoClaremo tan envuelto en lágrimas y tristezas,que en su sobrecejo y mal peinada cabellera,sin ver las que sus mejil las humedecían, seechaba claro de ver el desasosiego que en sualma la poderosa fuerza de algún dios le habíaínlundido. Y arrinconado junto á unas secas yespinosas zarzas, sin hacer al nuevo sol la acos-

M

Y en él segura de bajar se encierra.Solo queda, pastores , por consuelo ,

Que s i un Dafnes famoso hemos perdido,Otro Dafnes igual le quedó al suelo .

La mitad es del otro div idido,Que ambos eran un cuerpo con dos v idas

E G L O G A N O N A ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 109/197

Y en el uno las dos se han co nvert ido.Este hará guirnaldas mas floridas;

Antes del fresco abril las claras fuentesEn verdes sombras las tendrá escondidas;

Qu e en encantar con ver sos las serpientesEl nuevo Dafnes , y en esti lo a l t ivo ,Se aventaja con dones excelentesAl muerto , lo que va de muerto á v ivo .

L a armonía del suave canto de los pastores,

dulcemente acordada al murmurar del claroarroyo que de la fuente sal ia , en tanta dulzu-ra nos en tre tuv o, que como si por nosotrosningún tiempo pasara pareció que en aquelpunto se comenzase: mas como ya de los altosmontes las mayores sombras caían, dejando elagradable sitio y descubriendo de léjos los ale-gres humos de nuestras chozas, despedidosunos de otros cada uno guió á la suya, dondemitigando la hambre con tiernas castañas ycopia de cuajada leche , en los pajizos lechosdimos al reposo la parte que le cabia. Y no

tan presto el importuno gallo con su breve ydesabrido canto anunció la nueva luz, y lospa,aril los en los verdes ramos la saludaron,cuando por entre los árboles apenas restitui-dos en sus perfetos colores salió el afl igidoClaremo tan envuelto en lágrimas y tristezas,que en su sobrecejo y mal peinada cabellera,sin ver las que sus mejil las humedecían, seechaba claro de ver el desasosiego que en sualma la poderosa fuerza de algún dios le habíaínlundido. Y arrinconado junto á unas secas yespinosas zarzas, sin hacer al nuevo sol la acos-

M

lumbrada reverencia, o lv idado de sus vacas ysin memoria de sí mismo, en tono bajo y tris-te, el rabel desconcertado y el corazon sinconcierto , es tos versos comenzó á cantar:

C L A R E N I O .

E l pecho y corazon de mas asiento : 'Hacéis que á un Héctor una sombra espante,Y á la verdad un falso pensamiento:Convertís un mosquito en elefante,Y en un Caucaso duro el blando viento,Donde amarrada, Amor, en tus cadenas ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 110/197

Zelos , rabia bebida por los o jos ,

Venenos que emponzoñan alma y v ida,Cama del corazon hecha de abrojos ,Brasa entre las cenizas escondida,Cimientos de sospechas y de antojos,Carcoma dentro e l corazon nacida,Muerte del a lma, v ida del tormento;¿  Qui e n m e z c l ó á   vuestro acíbar mi contento?

Sois venenosas víboras de suerte,Donde vuestra ponzoña estáis cebando,Que no hay bocado sin sabor de muerteN i muerte como estarla deseando:

Volvéis azar la mas dichosa suerte ,Dais muerte á c iegas , y matais velando,Hijos de amor y un alma destraida,Que á la madre dais muerte, al padre vida.

Verdugos de amorosos pensamientos ,Rescoldo en medio e l corazon sembrado,

< I D e que infierno sacais estos tormentosQue sin l lamas me dejan abrasado?

' Cegáis con las tinieblas los contentos,Y con la luz traéisme deslumhrado :Si en tinieblas y luz sois de una suerte;¿Quien v iv irá con tan forzosa muerte?

Volvéis carbón y nieve en un instante

Jamás faltan al alma nuevas penas.

Tirano eres ministro de traiciones,T u mucha crueldad es buen testigo;Por tal te juzgará quien de tus donesMas prendas tiene para ser tu amigo:Escuela de tormentos y pasiones,Nombre de amor y trato de enemigo,Esa es tu profesión y tus favores,Prometer gustos y pagar dolores.

Aunque Clárenlo en tono bajo y humildecomenzó su canto, el gusto de encarecer el mal

que le afl igía así lo levantó de punto, que has-ta diez y ocho ó veinte vacas que de los saucesdel n o , mas blancas que el alba salian á buscarpasto, no hicieron mas mudamiento que si demágicos versos fueran detenidas: tales se po-dían juzgar los del pastor, pues no solo lasvacas, las ovejas, las cabras y las demás fierasde aquellos campos alzaron las cabezas á oír-los , mas el claro y fug itiv o rio así con su mú-sica qued o encantad o, que como si de durocristal fuera la l igera corriente se vió detenida.* a esta sazón muchos pastores que por la ri-

bera andabamos cubiertos de olorosas yerbas

M  2

con él nos habíamos juntado, cada uno conso-lándole como mejor sabia, cuando por el fres-co aire con amoroso vuelo dos palomas vimosvenir del c laro oriente, y como mensagerasde próspero acaecimiento en el verde suelojunto á nosotros se sentaron. Entonces Flore-

deseado fin te desamparen, que yo, si mis rue-gos á las supremas estrellas alcanzan, desdeaquí devotamente lo suplico. Apenas Floreniohab ia estas palabras acabado , cuan do las dosamorosas aves hácia la parte de donde vinie-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 111/197

nio , á quien nunca engañó vuelo ning uno ,

notando éste por fe l iz agüero, vuel to a l des-consolado pastor di jo : Bien creo yo , C larenio ,que los inmortales dioses á quien el gob iern ode nuestras vidas es dado, en otra cosa no seocupen que en administrarnos venturosos su-cesos, para que conocié ndolo s por hechura desu mano jamás nos cansemos de ofrecerles lasdebidas alabanzas; mas si estos en algún tiem-po nos fa l taren, no tan presto debemos des-confiar de su clemencia que perdamos la espe-ranza de vernos fuera de los trabajos en queestamos, como tú ahora haces , creyendo quizá

que tu mal á sola la muerte tenga por tér-mino, como si al divino poder esta ocasion ledisminuyese ó aquel la le acrecentase. Vuelve,pastor, tus cosas á su ordinario curso, que alorden celestial nada es posible borrarlo. ¿ T úno ves estas dos alegres mensageras de Venus,que como á pedirte albricias de tu cercanaventura aquí han venido? Deja e l melancól icosobrecejo y con alegre y reforzada voz lesruega, s i e l c ie lo a lgún camino dejó abierto átu remedio, que para descubrirlo te sean fieles

gu ia s, sin que en tus dudosas cosas l iasta el

ron, como que cumpl ido hubiesen su embaja-da , se vieron ir vo lan do , y siguiéndolas todos

con atenta vista en medio del camino así l i-geras se levantaron en alto, que todos cuida-mos que á l levar los ruegos de Florenio sehubiesen subido al cielo: mas dejándose luegocaer entre unos árboles, nunca de vista lasper dim os, hasta que en ella se nos pusierondos lozanas y bellas pastoras que en aquellosfloridos prados con el alba pudiéramos decirque habian nacido, de tan extraordinaria her-mosura que á otra cosa que á celestiales estre-llas no las sabría comparar : los cabellos deaquel color que son los primeros rayos de lamañana de una cuidadosa desorden adorna-dos; sobre ellos sendas guirnaldas de nuevasrosas, los cayados en la mano, al hombro sen-dos blancos zurrones, y tan vestidas de rayosde divina hermosura, que á no ser de los queallí estábamos conocidas ninguno tan destrai-do hubiera que por diosas de los montes óninfas de aquel rio no las adorara, ó como maspropiamente parec ían, con nombre de Venusy Diana las contáramos por universales diosas,ésta de las verdes selvas, y aquella de las cla-

ras ag ua s: mas l legando dond e nosotros ocu-

pados estábamos en mirar su hermosura, cor-ridas de hallarse en tre tantos ojos, de aq uelcolor vistieron la honestidad de sus rostros queson las rec ien abiertas rosas donde nuevamen-te el sol quiebra sus rayos. L a una dellas , quea si cabe á la otra se extremaba como la luna

V e a m i p e c h o y v e r áC u m p l id o l o q u e h a y q u e v e r .

Verá al l í la dulce histor iaD e t o d a l a b e l d a d v u e s t r a ,Como en c ielo en que se muestraAl descubierto esta glor ia;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 112/197

c a b e e l m a s e n c e n d id o l u c e r o , p o n ie n d o e nClarenio dos estrel las que en lugar de o jos te-nia, con un desden amoroso de tal manera ledescubrió el corazon, que los menos advert i-dos conocimos del la que apasionadamente leamaba; y aun él arrepent ido de sus sospechasbien quisiera no haber cantado las pasadas ri-mas; y porque un pequeño templo donde laspastoras iban no léjos era de aquel val le , de-terminamos de acompañarlas; y C larenio , ' quecon vo z mas clara y tono m enos cansado seatrevía a canta r , con éste nos abr ió mas ale-g r e e l c a m in o :

CLARENro.Mis o jos , s i no os he dicho

Las glor ias que derramáis ,C u a n d o c o n m ir a r m e a l z a isA m i b ie n e l e n t r e d ic h o ,

Es porque no ha de aclararseLo que pretende decirse,Que gustos para sent irseN u n c a a c ie r t a n á e x p l i c a r s e .

Mas quien quis iere saber ,O j o s , c u a n t o e n v o s e s t á ,

Y verá esos rayos que eran

A y e r l a m u e r t e e s c o n d id a ,Q u e c o n v i s l u m b r e s d e v id aY a e n e l a l m a r e v e r b e r a n ;

Y aunque con miraros calmaLa pena que estoy sufr iend o,Entráis , mis o jos , haciendoA n a t o m ía s d e l a l m a ;

Mas quien l legó á estar penandoPo r tan venturosa su erte,¿ C o m o t e m e r á la m u e r t eD e q u ie n d á v id a m ir a n d o ?

O j o s , n u n c a m e c r e á is ,Q u e á f e d e v u e s t r o c a u t iv o ,P o r so l o a q u e l t i e m p o v iv oQue dura el que me miráis ;

Y desto no os espanteis ,P u e s l l e g a v u e s t r o v a l o rA que sea el mismo amorLas dos niñas con que veis .

Ojos , que al que se desmandaV e n d e n t a n c a r o s u e r r o r ,N o s o n o j o s , s in o a m o rQue trocado en o jos anda;

Y por dejarnos memoria

D e su nueva v is ta , quisoDarnos vuestro paraisoPor ventanas de su gloria.

N o le causaban enojosLas tinieblas en que andaba,Mis ojos, porque esperaba

A todos con el agradable canto de Clare-nio nos pareció que el camino se hubiese vuel-to mas breve, los campos mas llenos de flores,y el dia mas alegre que amanecido habia. E líin de su cantar y de nuestro camino llegaronjuntos, y entrando en un pequeño bosque, ca-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 113/197

Verse con tan l indos o jos ;

Y pues el amor cifróEn vos su gloria cumpl ida,Nun c a , e s p e j o s de m i v i da ,Os pierda de v is ta yo:

Que tanta v irtud teneis ,Qu e con solo un mov imien toN o hay en el a lma tormen toQue en gloria no le troquéis .

La propiedad no es notoria ,Aunque les pese á mis males ,Que lumbreras celestia lesLa luz que dan es de gloria.

Aquestos son los despojosA vuestro valor med idos ,Ojos mios , mas queridosQue las lumbres de mis ojos.

Y si en vosotros no veoCuanto bien amor me dió ,A g e n o m e v e a yoD e to do lo que deseo.

Y si otro bien deseareMas que veros y adoraros,Muera siempre por miraros,

Y muera cuando os mirare.

si desde luego nos hallamos á la puerta de una

antigua ermita que en medio del estaba con-sagrada á los silvestres Faunos; y porque delos templos de las selvas éste entre los demáspuede tener el mundo por famoso, no me pa-reció excusado que la amada Erifile cante susmaravillas, que á mi parecer dignas son de ce-lebrarse. Primeramente él no de otra cosa eshecho que de rústicas piedras sin desbastary así toscamente amontonadas como á la po-breza de nuestros pastores y á la rusticidad dellugar convenia; mas aunque de imperfeta tra-

za tan vestido de verde yedra, que no de otracosa que de un pedazo de esmeralda parecehecho, saliendo á trechos por la verdura tantadiversidad de flores que como en oro variapedrería resplandecen. Las puertas de dos en-teras cortezas de álamos, según en aquellosprimeros siglos á nuestros antecesores y á lapoca policía que en sus cortijos moraba erapermitido, así cortadas en dispuesta luna yobservado signo, que incorruptibles y perfetoshasta el dia de ho y se conser van y sobre todotan acabadamente obradas, que mas de divinoque humano pulgar parecen hechas. Pues las

figuras, que ya fue posible ser con rústicas po-daderas talladas, tanto con el pincel mas deli-cado compiten, que no ha de ser menos queCeuxis quien hubiere de juzgar la ventaja . Yno sé si en la una ó en ambas escritas de suti-lísima mano he leido todas las enseñanzas y

memoria, Belisa se decia. Y lo que mas gus-toso era de ver, mientras él en esto se ocupa-ba, la boca de un manchado mastin sutilmentele sacaba de las manos el mojado cuero quepara coser ten ia; y á este tiempo una ninfa,que á dicha la que en el árbol escribía era, tan

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 114/197

leyes de la pastoría, con los mas importantes

secretos de agricultura y delicados puntos deastrología, que para util idad de la vida huma-na el selvático dios Pan tras su amada Siringapor los floridos campos de Tesalia fue cantan-do, de que son testigos los montes, y se acor-darán los rios mientras al mar l levaren susacostumbrados tributos. Y lo que all í mas ad-miración pon e y por don de, si l ícito es, se pue-de decír que de alguna oculta deidad semejan-tes cosas sean hechas, muchos sucesos que has-ta ahora la fama con sus cien ojos no ha visto,ni sentido la tierra, sobre sus desnudos miem-bros tan al vivo están relevados, que casi antesque el tiempo los saque á luz ellos se dan áconocer. Y porq ue no me sería fácil juzgarcuál mas gustoso sea de o ir, y acordarme detodos no es posible, el que ahora en la memo-ria mas pr esente hallo di gno á mi parecer demucha cuen ta, es un pol ido zaga l , que ha-biéndose primero sentado al pie de una hayaá remendar sus abarcas, cansado del groserooficio, vuelto al vecino tronco del árbol escri-bía en él el nombre de una pastora, que si de

las curiosas letras algún rastro me quedó en la

alegre y bella, que á mí me enamoró su pin-

tada hermosura, codiciosa de hacer al pastorotra semejante burla, sacando el brazo porunas matas, con el cayado le hurtaba una zam-pona que cabe sí tenia, que por los relievesde los cañutos recien caídos sobre la yerba juz-gué que en aquel punto la acabase de hacer;y él á todo esto en su labor ocupado de nadase recataba, hasta que acabada ya, queriendocantar en su loor algunos amorosos ver sos, leíue forzoso echar menos la nueva y no estre-nada zamp oña; y placen tera cosa era de ver

los extremos que buscándola hacia: mas ya re-suelto en volver á su menesteroso oficio, comotambién las abarcas le faltasen , de todo p unt oparecia perder la paciencia. A l fin despues delargo congojarse, viendo á su mastin despeda-zar el cuero por quitárselo de la boca, así trasél se fue alejando por aquellos l lanos, que lapastora tuvo lugar de colgar en el tronco dela haya la rústica zampoña que hurtado había;y quizá por no ser sentida, cuando el pastorvolvia, á todo correr se entraba por el bosque.Mas lo que all í, si yo no juzgué mal, á toda

otra curiosidad excedía, era que habiendo

vuel to á mirar e l amado nom bre, y hal landola perdida zampona sobre él colgada, verdade-ramente creyó que por div ina mano fuese he-cho; y aunque por no estar con ella las pala-bras esculpidas no me será posible referir aque-llas mismas que el pastor dijo, mas con vivas

coloquios de los encubiertos dioses ó las invi-sibles sombras de los callados sepulcros, si pordicha alguna all í estaban detenidas, con espan-tosos visages no fuesen impedimento á sus sa-crificios , tomando dos nuevo s vasos de incor-rupt ible ene bro , uno de tibia leche y otro dealegre vino, la cabellera suelta y la cintura

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 115/197

demostraciones bastantemente se echaba de

ver que obedeciendo el orden de los favora-bles hados, descolgando la nueva zampona,prometía celebrar con ella eternamente por lasfloridas selvas el amado nombre de Belisa,viéndola al mejor tiempo desaparecida y reti-rada á las soledades de Dia na. Y yo no d udodel ingenioso artífice que si las voces cupierandebajo de la perfección de su arte, aun all í so-naran hoy los prometidos versos del pastor, ávueltas de otras muchas curiosidades que notan vivas como esta me quedaron en la memo-

ria. Mas pasando aquellos sagrados umbralescon la reverencia y temor que á semejante lu-gar se de bia , y viend o que los primeros quellegaron sobre el encendido altar habían sacri-ficado dos blancas corderas, á nosotros no fuelícito segunda vez resucitar el amortiguadofuego, ni perturbar con mortal soplo las sagra-das cenizas. Y habiendo cada uno en su pechocumplido con los prometidos votos, y pedidoen sus oraciones perdón de los pasados yerros,Va nd ali o, á quien todos para este ministerioseñalamos, lavándose los ojos y oídos con agua

de l impia y v iva fu ente, porque los div inos

tres veces ceñida, sin volver atras los ojos los

derramó en el sosegado altar, y en tono claroque todos lo pudiéramos oir y algunos en-ten der , así dijo: O vosotras deidades, qu e enrústicas moradas, vestidas de estrechas corte-zas de árboles, gobernando siempre las huma-nas vidas sabréis sin duda leer nuestros cora-zones, si las selvas os agradan, si de sus gana-dos algún particular cuidado os toca, y lossacrificios que dellos cada año os hacemos osson aceptos, ahora en nombre de todos devo-tamente os suplico guardéis nuestros humildescortijos de las ciegas asechanzas que en la es-

curidad de la noche se fabrican, y del espantoque entonces sobre los poderosos aires vuela;y si á vuestra deidad es permitido, para l i-brarnos de semejantes cosas nos enseñeis losdorados caminos del dia y la casa donde la cla-ridad reina, porque all í conociendo las cosas áningu na demos mas valor que tiene , ni ávuestro s divino s vultos por ignorancia ó des-cuido menos alabanzas que d ebem os, partici-pando por igual de todas, así las que en laspuertas del alba asistís como las que la sombra

vuel to á mirar e l amado nom bre, y hal landola perdida zampona sobre él colgada, verdade-ramente creyó que por div ina mano fuese he-cho; y aunque por no estar con ella las pala-bras esculpidas no me será posible referir aque-llas mismas que el pastor dijo, mas con vivas

coloquios de los encubiertos dioses ó las invi-sibles sombras de los callados sepulcros, si pordicha alguna all í estaban detenidas, con espan-tosos visages no fuesen impedimento á sus sa-crificios , tomando dos nuevo s vasos de incor-rupt ible ene bro , uno de tibia leche y otro dealegre vino, la cabellera suelta y la cintura

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 116/197

demostraciones bastantemente se echaba de

ver que obedeciendo el orden de los favora-bles hados, descolgando la nueva zampona,prometía celebrar con ella eternamente por lasfloridas selvas el amado nombre de Belisa,viéndola al mejor tiempo desaparecida y reti-rada á las soledades de Dia na. Y yo no d udodel ingenioso artífice que si las voces cupierandebajo de la perfección de su arte, aun all í so-naran hoy los prometidos versos del pastor, ávueltas de otras muchas curiosidades que notan vivas como esta me quedaron en la memo-ria. Mas pasando aquellos sagrados umbralescon la reverencia y temor que á semejante lu-gar se de bia , y viend o que los primeros quellegaron sobre el encendido altar habían sacri-ficado dos blancas corderas, á nosotros no fuelícito segunda vez resucitar el amortiguadofuego, ni perturbar con mortal soplo las sagra-das cenizas. Y habiendo cada uno en su pechocumplido con los prometidos votos, y pedidoen sus oraciones perdón de los pasados yerros,Va nd ali o, á quien todos para este ministerioseñalamos, lavándose los ojos y oídos con agua

de l impia y v iva fu ente, porque los div inos

tres veces ceñida, sin volver atras los ojos los

derramó en el sosegado altar, y en tono claroque todos lo pudiéramos oir y algunos en-ten der , así dijo: O vosotras deidades, qu e enrústicas moradas, vestidas de estrechas corte-zas de árboles, gobernando siempre las huma-nas vidas sabréis sin duda leer nuestros cora-zones, si las selvas os agradan, si de sus gana-dos algún particular cuidado os toca, y lossacrificios que dellos cada año os hacemos osson aceptos, ahora en nombre de todos devo-tamente os suplico guardéis nuestros humildescortijos de las ciegas asechanzas que en la es-

curidad de la noche se fabrican, y del espantoque entonces sobre los poderosos aires vuela;y si á vuestra deidad es permitido, para l i-brarnos de semejantes cosas nos enseñeis losdorados caminos del dia y la casa donde la cla-ridad reina, porque all í conociendo las cosas áningu na demos mas valor que tiene , ni ávuestro s divino s vultos por ignorancia ó des-cuido menos alabanzas que d ebem os, partici-pando por igual de todas, así las que en laspuertas del alba asistís como las que la sombra

del mundo ó los senos de la tierra teneis pormorada. Demás desto tú, semicapro Pan, rús-tico habitador de los montes y á quien sugobierno toca, concede ahora general perdóna tus humildes pastores, si alguno dellos condescomedida hacha ha violado los sagradosbosques l lenos de ocultas deidades, ó puesto

razones te prometemos ofrecer, si frió hiciere,á nuestros fuegos sentados, ó por las frescassombras de las íuentes cuando el calor nos mo-lestare. Así Vandalio dijo; y todo en nuestrosánimos confirmado, sin volver el rostro atrasdejamos en su pureza y quietud el divino lu-gar; y porque fuera ya de los sagrados l ímites

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 117/197

al invencible fuego para calentar sus compa-

neros la estrecha morada de alguna ninfa deJas que en verd es plantas escondidas por losdesiertos valles viven, ó con su no esperadavista ha hecho menos alegre la junta de silves-tres faunos , q ue tras las amadas dríadas conderechos cuernos en la frente y duros pies decabra van saltando, cuya vista, porque de masdignidad que la nuestra es, te rogamos de to-do punto la apartes de nuestros ojos, ponien-do en su lugar los amados rebaños gordos,placenteros y vistosos, de tal manera, quesiempre por la sierra y  Por los l lanos segurosanden de los tragadores lobos; y no solo nues-tras ovejas, nuestras cabras y nuestros perezo-sos bueyes, mas los verdes agostaderos, las sa-zonadas mieses y las no bien maduras uvas teplega de nos guardar, sin que invidiosos ojos,venenoso diente, inficionado aire con el friórigor de marzo, ó el importuno calor de agos-to nos las disminuya y deshaga; para que asídestas como de aquellas en los venideros siglosveas siemp re con n uestros sacrificios hum eartus divinos a ltares, los cuales con sinceros co-

acudiendo cada uno á su menester no se des-

hic iese la amada junta, Pol ib io , que muy re-gocijado en todas ocasiones era, al son de unsu polid o rabel , de impro viso d e esta manerale dimos:

P O L I B I O .

Ve nu s busca á su hi jo , que escondidoEstá en lo mas guardado de mi pecho;¡Triste de mí que puesto en tal estrechoN o sé cual me será mejor par tido

Si encub ro al que en mis venas se ha encend ido

Dejará e l corazon ceniza hecho;Si le descubro, con mayor despechoSe vengará de quien traidor le ha sido.

M i mal por todas partes se empeor a;Y sí la diosa busca al niño tier no,Es por la guerra que en mi pecho trama.

Niño huido, escóndete en buen hora;Mas pues te escondes, templa en mí tu fuegoO te descubrirá tu misma llama.

Así Polibio con estos renovados versos delantiguo Sincero, y la música con que los cantó

suspensos nos llevó tras sí, como tras la de Or-feo se dice que antiguamente caminaban los ár-boles y los montes. Y ya que á todos con esteengaño nos fue encaminando á la cristalina En-file, y de su parecer nos inclinamos á visitarlaen reverencia de la presente solenidad, nadiequiso l levar mas que su zampoña ó rabel enque entretenerse, si no fue el vaquero Ursanio,

go que all í l legamos, porque nos quedase pocoque desear, sobre las flores Ursanio y Tirseoasí con sus delgadas voces las de los pintadospajaril los suspendieron:

U R S A N I O . T I R S E O .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 118/197

que antes cortado habia un cayad o y no poresto entonces quiso dejarlo de acabar, y destamanera en placentera cuadril la como si de segarnuestras mieses ó vendimiar los majuelos vi-niéramos, comenzamos por e l tendido campoá solazarnos, quien dando alegre estall ido consu hond a, quien sobre su cayado saltando d epechos; aquellos con solo un pie corriendosobre apuesta, y los otros mostrando á porfíasu destreza en alg un señalado b lanco; y todosdando gracias al cielo que para tanto placernos juntó , hasta descubrir la amada Enfi le:

Eri fi le , que bul lendo helado cris tal , no conmas hermosura, que no es posible mas á nues-tro parecer, con mas deleite que solia nos reci-bió en su florido suelo, donde si Narciso á talcoyuntura l legara, enamorado mas de aquel lafuente que de su figura, cuando all í se convir-tiera en flor, quedara su yerro disculpado; quepor gozar de semejante frescura, no solo Nar-ciso, mas el mismo Apolo y otro cualquieradios, si le hay de mas cuenta, de buena ganatrocarían sus doradas sillas por ella. Pues lúe-   9

U R S A N I O .N o lo tend ré, pastor, mas encubierto:

Así el cielo me ponga de su manoEn el punto y compás de mi concierto.

Un rostro vi, caril lo, soberano;N o era del suelo, no , que á tal bellezaM u y atras queda todo ser human o.Al oro, que l lovía su cabeza,La luz con que el sol baña tierra y cieloComparada es tinieblas y pobreza.

¿Has visto cuando abril nos viste el sueloB e los esmaltes que el verano cria,

Desnudo ya del encogido hielo;O cuando el cielo, al despuntar el día,

E l tie rno aljófar ciern e por las flores,Y al sol viste de grana el alba fría?Pues si vieses, Tirseo, las coloresD e sus mejil las, el jazmín y grana

. Tienen de su primor por borradores.Si la juzgases por pintura humana,

Y o quiero confesar que mi cuidadoSu asiento tiene en ocasion liviana.

T I R S E O .

Ursanio , cuando yo v i aquel dechadoN

D e quien el cielo saca su belle za,Belleza que jamás se vió en traslado,

V i en él tan altas partes de riq uez a,Que no habrá joya fuera de su vistaQue en mis ojos no venga á ser pobreza.

Q u e  .en  sola ella mi gloria y- bien consistaN o hay para qu é, pastor, encarecel lo ,

Por collar al erguido cuello echadoD e mil conchuelas un sartal curioso,Que me trocó un pastor por mi cayado;

En. él de un fiero jabalí cerdosoPor remate un colmillo en blanco estañoLigado con engaste artificioso.

En hechura, en belleza y en tamaño

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 119/197

Pues en mí es cosa tan sabida y vista.

Las madejuelas de oro por cabelloEn el div ino cuel lo marañado,M i alma y vida marañada en ello,

La v i yo un dia en este verde prado,Haciendo una guirnalda de mil flores,Tej iendo quizá á vuel tas mi cuidado.

U R S A N I O .

Dime, Tirseo, ¿y sabe tus amores?Que yo de corto nunca me he atrevidoA contarle á la mia mis dolores.

T I R S E O .

Vime al princ ipio deste mal perdido,A l lorar me escondía entre mi pena,M i cuidado tam bién allí escondido.

Rompíase de apretada la cadena;N o acabo de entender como, cari l lo ,M i suerte se trocó de mala en buena.

Tenia yo un manchado cerbati l lo ,Que los tiernos corderos retozaba,Cria do á hoja y flores de tom illo:

D e mi mismo zurrón le regalaba;Si acaso me escondía por el prado,

Con placenteras vueltas me buscaba.

La luna de dos dias ser dijeras,Si dej aras l levar te del enga ño.Con mi cabrío un dia á ver las eras

Saqué mi cerbatil lo regalado ,D e dijes lleno y burlas placenteras.

Llegó Fi l is en esto á mi ganado,Cuando yo en mi dolor á mas perdido,Y ella dél y de mí á menor cuidado,

Con un cabrito, aun no de un mes nacidoTal le v ió retozando, que le tuvoEl gusto por un rato embebecido.

Y o v iendo que con esto se entret uvo,La que en gloria mi alma entretenía,El breve rato que conmigo estuvo,

La ocasion le ofrecí de su alegría,Para que recibiéndola hallaseEn ella escrito cuanto en mí tenia.

Y aunque al principio Filis no pasasePor el concierto, mi porfía hizoQue ni el don ni el deseo despreciase.

Y pud o en ella tanto este hechiz o,Que haciendo principios en mi gloria,Mil nubes de tristeza me deshizo.

Fuese luego ac larando la v ic toria ,

Y á mostrarse fortu na de mi part e,Y á verse mi ventura mas notoria.

¿ D e q ue m e s i rv e , U rs a n i o m i ó , c a n s a rte :Sabe que un don ablanda el duro aceroY podrá hasta el cielo levantar te.

U R S A N I O .

¿Que podrá dar un pobre ganadero,

D e todo lo criado á lo mas fino;Quiso en él de propósito extremarse

E l g ra n A l c i m e do n te , de m a n e raQue solo en él su sello pudo echarse.

Pin tó en su pie la a legre primaver a,Y al seco estío, frente coronadaD e espigas rojas de color de cera;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 120/197

O que tiene que dar habiendo dado

A l primer lance e l corazon entero?Donde este rico don no es es timado

Por e l mayor de cuantos puede darse,Y a es aquese querer amor comprado.

N o es amor ni es posible conserva rse;Que amor que al Ínteres está rendidoInteres y no amor ha de l lamarse.

T I R S E O .

Ursanio m ió , 110 lo has enten did o;N o es yerro qu e por dádivas te quieranN i lo es comp rar por ellas ser que rido .

Si a lgún valor secreto no tuvieranPara ablandar al tivos corazones ,Nunca los dioses á ellas se rindieran.

N o quiero yo hacer tus pretens ionesVenir por Ínteres á ser amado,Mas que ganes audiencia por tus dones.

U R S A N I O .

Pastor, un vaso tengo del icado,El cuerpo de tarai, el pie de pino,D e liso cedro el tapador labra do:

Es todo de un ental le peregrino,Y puede sin escrúpulo igualarse

/

E l frió otoño con la espalda h elada,En mosto envuel to , de uvas coronado,La barba y cara sucia y enmostada;

El invierno el cabel lo rebujado,Tal, que quien al estío no miraseTendria frió en verlo tan helado:

Y porq ue mas la obra se extr em ase,Cada tiempo está dando la manera,Cómo la tierra en él ha de labrarse ,

Cuándo se ha de coger la sementera,Cuándo sembrar, podar y hacer e l v inoY otras cosas al fin desta manera.

Pues en el tapador de cedro finoEstán doce estrellados aposentos,Y en cada cuadro su dorad o sino;

Los cielos con sus varios movimientosUnos violentos, otros naturales,Sobre sus ejes de oro por cimientos;

Cuantos clavos las puertas celestialesTienen para beldad y luz del mundo,Allí alcanzan sus puntos y señales.

Y en el cuerpo del vaso sin segun do,Por no cansarte, hallarás cifrado

Cu an to la luna encierra y el profundo.

  9 8 S Í G L O D E O R O .

Pues este mun do frági l y ab reviad o,Que A l c i m e d o n te a q uí de j ó e s c u l p ido ,De ningún labio ha sido deslustrado.

Helo s iempre guardado y escondido,Y ahora en el poder de mi pastoraQuedará con tal dueño enriquecido.

Ella sola merece ser señoraD e todo lo que en él está ent al lado,

E G L O G A N O N A . X 9 9

Ce rr ó el amor su cofre con la l laveY rompióla en cerrando, de manera,Que junto el cofre y el secreto acabe;Y creeme, pastor, que si tuvieraPuerta por dó salir, habiendo entrado,Sola la l lave de tu gusto abriera.

T I R S E O .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 121/197

Y á ella se lo ofrezco desde ahora.T I R .SE O.

Ursa nio, es ese don tan acabado ,Que no se yo si quien á darlo l legaLe q ueda mas que dar que haberlo dado.

01 tu ingrata pastora no te niegaLa obl igac ión y fe de tal rec ib o,T u y o es e l t iem po, á tu sabor navega.

U R S A N I O .

Entre esa confianza y temor v ivo ,Con la fria ldad de mi bajeza muero,

Con el calor de su valor rev ivo.T I R S E O .

Pues dim e, as í se logren , compañero,Cuidados tan honrados , ¿quien te hizoD e tal beldad gallardo prisionero ?

¿Que nombre le dio e l c ie lo? ¿que hechizoTan poderoso fue, que á un pecho exentoLa antigua l ibertad y brio deshizo?

U R S A N I O .Levantóse tan al to e l pensamiento,

Que aun ese nombre, que en la lengua cabe,Quiso en el corazon tomar asiento.

Ahora, Ursanio , es timo tu cuidadoEn lo que con razón debe estimarseEl gran punto de un firme enamorado;

Que pechos que no saben conservarseEn guardar la importancia de un secreto,Y con él y sus penas ahog arse,

Bien podrán alcanzar amor perfeto,Mas no en mi estimación, que ya se sabeQue solo asienta amor en el discreto.

Y si lo es tu pastora honesta y g ra ve ,N o pondrá en tí mas punt o de contento ,Del que tardares en hallar la l lave;

Y á Di os que se destempla mi instrumento.

EGLOGA DECIMA.

L o s alegres campos, la c lara fuen te, e l frescovient o y e l mismo Ap olo , atentos a l dulce

se ponia, hasta que Leranio, que muy su ami-go era, haciéndose á su parte por defenderloen favor suyo nos comenzó á gritar. Mas elatajado pastorcil lo, no tan leal como convenia,queriendo por ventura salirse de entre tantosojos, sin mas aguardar se pasó á nuestro ban-do dejando solo á Leranio que por ayudar-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 122/197

canto por el tiempo que duró, suspensos deja-ron sus ejercicios; y pienso que la hermosa Flo-ra que en aquella sazón po r las selvas sem-brando flores discurría, l lena de rosas la manose olvido de derramarlas, quizá para de todasellas hacer una guirnalda al generoso Tirseo,que habiendo puesto fin á su música de nuevocon los regalos de su zurrón nos convidaba; ynosotros no tan atentos estábamos á esto cuan-to a mirar el cabrero Licio que á las espaldasde Leranio en labrar una flauta se ocupaba

que como el palo para hacer los agujeros noestuviese de sazón, ya que con mucha curio-sidad acabada la tenia, al mejor tiempo se lequebró, y así de veras lo sintió el zagalejoque apenas pudo detener las lágrimas, aunqueolvidado de que nadie le mirase ya con bus-car de que hacer otra consolarse quería; cuan-do nosotros que aten tos á sus l ivianos disgustosen el teníamos puestos los ojos, de tal mane-ra a un tiempo nos comenzamos á reir, queel no sabiendo si en donaire lo echase ó si deveras se corrjese, ya de una color ya dq otra

le contra todos se había declarado, á quiennosotros sin perdonarle punto tantas cosas su-pimos decir, que corrido al fin de nuestra con-versación le desterramos; y no mucho despuesdesto , ya que merendar queríamos, habiendoél primero en lo mas cerrado del bosque detal manera ahuilado como lobo, que á todosnos puso miedo, corriendo por entre los ár-boles, sin pensar le vimos venir gritando, allobo, al lobo pastores, tan turbado y la colordel rostro muerta, que estimando por verdadlo que decia, todos no sin gran turbación há-

cia donde nos señalaba fuimos corriendo : masél , no co nten to deste enga ño, dando sin servisto la vuelta, al pasar por la fuente de ca-mino nos l levó toda la merienda, sin dejarnosmas que el deseo y el agua donde pudiésemosahogarlo; y nosotros desta segunda burla masque de la primera agraviados á mal de nues-tro grado alabamos la sutil astucia del pastor.Y no p udie ndo a lcanzarlo hasta donde nues-tros rebaños estaban, con ellos poco á poconos fuimos hacia la sierra hablando siempre

en los pasados placeres, hasta que subiendo un

EGLOGA DECIMA.

L o s alegres campos, la c lara fuen te, e l frescovient o y e l mismo Ap olo , atentos a l dulce

se ponía, hasta que Leranio, que muy su ami-go era, haciéndose á su parte por defenderloen favor suyo nos comenzó á gritar. Mas elatajado pastorcil lo, no tan leal como convenia,queriendo por ventura salirse de entre tantosojos, sin mas aguardar se pasó á nuestro ban-do dejando solo á Leranio que por ayudar-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 123/197

canto por el tiempo que duró, suspensos deja-ron sus ejercíaos; y pienso que la hermosa Flo-ra que en aquella sazón po r las selvas sem-brando flores discurría, l lena de rosas la manose olvido de derramarlas, quizá para de todasellas hacer una guirnalda al generoso Tirseo,que habiendo puesto fin á su música de nuevocon los regalos de su zurrón nos convidaba; ynosotros no tan atentos estábamos á esto cuan-to a mirar el cabrero Licio que á las espaldasde Leranio en labrar una flauta se ocupaba

que como el palo para hacer los agujeros noestuviese de sazón, ya que con mucha curio-sidad acabada la tenia, al mejor tiempo se lequebró, y así de veras lo sintió el zagalejoque apenas pudo detener las lágrimas, aunqueolvidado de que nadie le mirase ya con bus-car de que hacer otra consolarse quería; cuan-do nosotros que aten tos á sus l ivianos disgustosen el teníamos puestos los ojos, de tal mane-ra a un tiempo nos comenzamos á reir, queei no sabiendo si en donaire lo echase ó si deveras se corriese, ya de una color ya dq otra

le contra todos se había declarado, á quiennosotros sin perdonarle punto tantas cosas su-pimos decir, que corrido al fin de nuestra con-versación le desterramos; y no mucho despuesdesto , ya que merendar queríamos, habiendoél primero en lo mas cerrado del bosque detal manera ahuilado como lobo, que á todosnos puso miedo, corriendo por entre los ár-boles, sin pensar le vimos venir gritando, allobo, al lobo pastores, tan turbado y la colordel rostro muerta, que estimando por verdadlo que decia, todos no sin gran turbación há-

cia donde nos señalaba fuimos corriendo : masél , no co nten to deste enga ño, dando sin servisto la vuelta, al pasar por la fuente de ca-mino nos l levó toda la merienda, sin dejarnosmas que el deseo y el agua donde pudiésemosahogarlo; y nosotros desta segunda burla masque de la primera agraviados á mal de nues-tro grado alabamos la sutil astucia del pastor.Y no pudien do alcanza rlo hasta donde nues-tros rebaños estaban, con ellos poco á poconos fuimos hacia la sierra hablando siempre

en los pasados placeres, hasta que subiendo un

pequeño collado lleno de tanta frescura queotra cosa que agradables flores n o tenia , ydestas se mostraba tan cuajado como de lananuestros mas hermosos carneros, á un t iempodescubrimos la alta y tendida sierra que conagradable ca ida , desviando de sí e l caudalosorio, le hace dar por aquellos llanos una enar-cada vue lta , tal que con lo s floridos árboles

vosotros tantas veces con amorosos versos porestas alegres selvas celebrastes, cuyo regaladonombre aun vive todavía por los p inos escri tode vuestra mano; y no solo ahora vive , massi las promesas de los inmortales dioses de al-guna confianza son dignas, vivirá mientras losrobles de ásperas hojas se vistieren, y del in-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 124/197

que sus r iberas visten, no es de mencs hermo-sura que la pintada Iris cuando por las huecasnubes muestra vestido su poderoso arco deaquellos aparentes colores que el dorado sol lepresta; y en esto las ligeras vistas no sin de-le i te sembradas por aquellos prados,discurrien-do de unas cosas en otras, al fin venimos ádescubrir el temeroso lugar donde en eternososiego las frias cenizas y los preciosos huesosde la hermosa Augusta reposan: Augusta , hi jadel famoso Anfim edont e y hermana de los dos

pastores Bera ldo y D el ic io : aquella misma áquien el cielo en lo mas florido de su edad,juzgando indigno e l mundo de su va lor, laarrebató de nuestros ojos á mas seguro mundoy prados mas de le i tosos: en cuyo nombre Cris-tal io aguardando que todos llegásemos á loalto con un tierno afecto dijo : Si yo ahora,pastores, de todo punto no he perdido la me-moria destos valles, aquella estrecha pirámideque de los pequeños árboles se levanta no esotra que do nde la mu cha beld ad de nu estraAugusta en poca tierra se deshace: aquella que

mortal laurel los poderosos rayos se apartaren.Vamos pues ahora allá, que si los ligeros es-píritus sueltos destas mortales ligaduras en lospermanentes siglos donde se hallan á las cosasdeste mundo atienden , nuestra venturosa nin-fa , desde aquellos dorados montes do nde pi-sando estre l las vive , con guirnalda de inmor-tales rosas, y de resplandecientes ropas vestidaalegremente escuchará nuestro canto; y su del-gada sombra que á vueltas quizá destos árbolesguarda un eterno silencio , con sutiles voc esresponderá á nuestros acentos. Así Clarenio

decia, y nosotros ayudándole con piadosas lá-grimas le seguimos, encomendando nuestrosganados al pastor Ursanio, porque en reveren-cia de las sagradas cenizas no era lícito pasarcon ellos de aquel valle; y así de las profanascosas desocupados casi desde l ueg o c om enza-mos á entrar en el temeroso bosque dondejamás dañoso golpe de mortal hierro fue oido,hasta que por entre cipreses y hayas última-men te llegam os don de el callado sepulcro semostraba, y aunque labrado de rústica cante-ría, cercado de solitarios árboles, y lo mas de

s i l ve s t re y e r b a v e s t i d o , n o d e m e n o r h e r m o -

s u r a y d i g n i d a d q u e a q u e l l a s f a m o s a s p i r á m i d e s

q u e e n o t r o t i e m p o c o n s u m a g e s t a d y g r a n -

d e z a a s o m b r a r o n e l m u n d o . Y s i a g r a d a b l e

co sa era de mirar la d iv ers ida d de f lo res c o n

q u e e l c a m p o s e c u b r í a , n o s o n p a r a p a s a r e n

s i l e n c i o l a s g r a n d e s m a r a v i l l a s q u e e n l o s m á r -

g e n e s d e u n a l i m p i a f u e n t e s e m o s t r a b a n , l a

á la primera vista no te será posible sin algúnsobresalto verlas; y tal pastor hubo en nuestraco m pa ñí a, que m etiendo el derecho pie en elsag rad o tér m ino , la siniestra rodilla puso entierra para adorar las no conocidas deidades,que sin duda creyó que en aquel punto porhonra de nuestra difunta bajasen de los vecinoscollados á derramar sobre sus cenizas blancas

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 125/197

c u a l s a l i e n d o d e d o s h e l a d o s r i s c o s c o n m i ll a b e r i n t o s i b a b u s c a n d o e l v e r d e l l a n o , n o c o n

m e n o s g r a c i a y v u e l t a s q u e e l c a u d a l o s o y r e -

t o r c i d o M e a n d r o e l t e n d i d o y a n c h o m a r , d o n -

d e tr a s l a r g o s r o d e o s a n i m o s a m e n t e s e a r r o j a ;

y n o s é s i c o n i g u a l h e r m o s u r a q u e n u e s t r o

p e q u e ñ o a r r o y o , p o r c u y a s e s t r e c h a s r i b e r a s

d i v e r s o s a n i m a l e s s e h a l l a n h e c h o s d e f r e sc a

m u r t a , r o j o a c a n t o , o l o r o s o t o m i l l o , f lo ri do

a r r a y a n , y o t r a s y e r b a s c o n t a n t o p r i m o r o b r a -

d o s , q u e s i d o s b r a v o s m a s t i n e s v i e r a s d e l e -

j o s s e g u i r u n f e r o z l o b o q u e e n l a b o c a l l e v a

u n c o r d e r i l l o , s u m u c h a v i v e z a t e o b l i g a r a á

q u e c o n p l a c e n t e r o s s i l b o s l e s a y u d e s ; d e j a d o

a p a r t e q u e l a s o v e j a s a s í p o r u n c e r c a n o c o l l a -

d o v a n h u y e n d o , q u e n o sé á c u a l a c u d i r í a s

a n t e s , ó á r e c o g e r l a s u n a s ó f a v o r e c e r l o s o t r o s .

Y b i e n q u e c u a l q u i e r a d e s t a s c o s a s d i g n a s e a

d e c e l e b r a r , l o q u e m a y o r a d m i r a c i ó n c a u sa

e s l a h e r m o s u r a d e s e i s g a l l a r d a s n i n f a s q u e a l

r e d e d o r d e l a f a m o s a p i r a h e c h a s s e m u e s t r a n

d e v e r d e s j a z m i n e s , c o n c a n a s t il l a s d e f lo re s

e n l a s c a b e z a s , y c o n t a l a r t i f i c i o o b r a d a s , q u e

cana stillas d e azahares. Y esto no es de ma-ravillar, que si la fama tiene algún crédito, yaen semejante ejercicio muchas veces se hanvisto cercar con placenteras danzas el celebra-do sepulcro, y colgar por él guirnaldas de pre-ciadas flores, d e que son testigos las resplan-decientes estrellas y la encubierta deidad queahora nuestro razonar escucha. Pues luego quenosotros con la reverencia debida ofrecimosnuestros dones, quien un ramo de casta oliva,quien una guirnald a de azucenas , unos copia

de frescas rosas, y otros en delicadas cortezasde árboles escritos amorosos versos, comen-zando á danzar en torno de la sepultura, elgeneroso Melancio con amoroso y t ierno a fec-to, así de un nuevo furor arrebatado, comen-zó á decir: O a lma dichosa , que ya desnudade tal librea, trocando nuestras estrechas caba-nas por los dorados alcázares que habitas, se-gura de nuevas mudanzas gozas eterno reposo,si estas palabras á tus oídos llegan, si á los su-tiles espíritus fuera del dominio de la muertees concedido el sentir, donde quiera que núes-

tra piadosa voz te hallare, ó alma bienaventu-»rada, escucha con ate nció n nuestras razones :ó si acaso tu callada sombra por estas selvasanda volando, ya que á nuestros groseros sen-t idos no sea l íc i to oir su de lgada voz , á lo me-nos entre estos árbo les no d ejes de escucharnuestras canciones, las cuales mientras por losmontes se oy ere n, y e l los sobre los col lados

mente creo, y esta fe no es vana, que con tualegre presencia restituidos los estériles colla-dos en su perdida hermosura, nuestros huertos, ,nuestras viñas y nuestros sembrados, que sintí dañosas espinas, secos parrales y avena es-téril producen, preñadas mieses, preciosas uvasy frutas de m il maneras nos darian; y nuestrospastores en los alegres principios del año, po-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 126/197

se levantaren, s iempre tu divino nombre ce le-brarán, sin que destos piños y cipreses, dondeahora queda escri to, la fuerza de l viento ó e lpoder de las aguas lo borre ; y yo, aquel mis-mo á quien tú en etern as tinieblas y soledaddejaste, si las musas favorables me fueren, sitanto p uede n ofrecer mis versos , una tan se-gura vida te prometo en e l mundo, que ni larpoderosa edad la envejezca ni los veniderossig los la disminuyan , antes en todo t iempocon inmortales letras, por estos robles, por es-

tos pinos y por estas hayas, siempre tu floridonombre se renueve como las manzanas en losárboles y las rosas por abril vemos nacer: ¿mascomo puede ser , ó espír i tu divino, que ahoranuestras piadosas lágrim as igno res , y si á di-cha te son m anifiestas y á tus oidos nuestrasquere l las suben, ya que no puedan disminuirtu contento, como no ablandan tu corazon,haciéndote con amorosa fuerza bajar de esasdoradas sillas que habitas á consolar nuestroshumildes rincones y estas discretas selvas queasí yermas de contento de jaste? \ofi rmísima-

niéndote en el número de sus diosas, rojasespigas, dulce miel y espumosa leche ofrece-rían en tu altar, así como al alegre Baco ó á.nuestra abundante Ceres, con que tu honor,tu nom bre y alabanza por los venide ros siglosde unas lenguas en otras irá volando, mientraslos pinos habitaren los montes, y de rocío lascigarras se mantuvieren. Así di jo , y tocandode improviso una zampoña de dos voces, pero-de suavidad divina , Polinestro le acompañócon estos versos:

P O L I N E S T R O .

Augusta soberana,Que ya de luz vest idaSaliste de las sombras de la muerte,Y una eterna mañanaClara , fresca y floridaT e am aneció sin fin de anoc hecerte :A los que por perderteGanando los perdiste ,Y en ordinaria guerraLo s dejaste en la. tierra ,

Y á las regiones de la paz te fuiste,Consuéla los, señora ,

Pues vives ya donde e l consuelo mora .Rompió e l lazo la muerte

Con que trazaba e l mundoEncadenar tu cue llo a labastrino;Y trocando la suerteT u va lor sin segun do,

Los árboles te dan frutas preciosas,Y los cristales friosD e las mansas corrientesLas sombras te harán mas deleitosas.T ú cercada de diosasY espíri tus divinos,Mil versos ce lest ia lesY nombres inmorta les

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 127/197

Por esposo morta l te dio e l d ivino:Que otro no fuera diñoD e tocar de ese pec ho ,El inviolable muroT a n c a s t o , l i m p i o y p u r o ,Que por custodia de su Dios fue hecho,Y así no le llegabaN i á un polv o de la tierra que pisaba.

Ahora pisando estrellasCon inmorta les p lantas,Contemplas las mudanzas de la luna ,Y entre las ninfas bellasQue habitan esas plantas,Y montes que no alcanza la fortuna,Sin sospecha ningunaD e perder lo que t ienes,Coronada de flores,En divinos amoresY placenteras danzas te entretienes ;Que los otros humanosPara tan grande alteza eran enanos.

G o z a n d o n u e v o s r i o sY de le i tosas fuentes,

Verás con le tras de oro por los p inos,D o e l tuy o trasladadoSeguro queda ya de ser borrado.

T ú en semejante vida ,Nosotros en la muerte ,Donde con esta ausencia nos de jaste ,Llorando tu part ida

Y deseando verte ,Sin bien, que todo a l lá te lo l levaste ;Si algún tiempo tratasteD e a m o r , ó Au g u s t a m i a ,

Y justas peticionesD e tristes corazon esSe admiten en los reinos de alegría,A lo menos, señora ,Consuela desde allá quien por tí llora.

Ya tu muerte han l loradoLas ninfas de los rios,Los montes, los col lados y las gent es,Las se lvas, e l ganado,Y mas los ojos mios,Que están ya convertidos en dos fuentesLas aves, las serpientes,

o

Los montes y las cuevas,Las hayas y los p inos,Y los bosques vecinos ,Las secas l lores, las que nacen nuev as,Todo con luto tr isteLlora e l verme quedar, y que te fuiste .

Ahora tú entretantoQue las preciosas flores

concertado corro anduvimos, unos sembrandorosas y otros cog iend o flores, besando las úl-timas piedras de la sepultura, y llamando conhum ilde vo z su callada sombra, si á dicha enaquellas regiones moraba , todos en torno deJa cristalina fuente nos sentamos, gozando lasmaravillas que en el tendido llano se mostra-ban; y lo que sobre todo mayor deleite ponia

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 128/197

Encima tu sepulcro derramamos,Escucha nuestro canto,Y reciba estos looresT u espíritu vola ndo entre estos ramos;Que cuantos aquí estamosPrometemos a l c ie lo,Y á tí que allá subiste,Con voz a legre ó tr isteHacer eterna tu memoria al sueloPor lugares diversos,Con mi l nuevas zamponas y mi l versos.

Canción , dile á aquella alma,Que en desprecio de l mundo se fue a l c ie lo,Que pues goza la pa lmaQue ya mereció tanto,Merezca nuestro l lantoComo e l la g loria a l lá , tener consuelo;Que á nuestra humilde choza1 odo lo puede dar quien de Dios goza .

Y a nuestro pastor con su armonía habíapuesto fin á los piadosos votos, y nosotros quemientras ellos duraron bailando al rededor en

era el agradable ruido con que los altivos ála-mos, s i lbando en e l los un de lgado viento, so-bre nuestras cabezas se m ov ían , cuajados sustembladores ramos de pintadas avecillas quecon sus no aprendidos cantares trabajaban deremedar los nuestros, donde la solitaria torto-

c o n t r l s t e s  amdlos vieras llorar su perdidacompañía, ó al amoroso ruiseñor recontar la noolvidada in juria de l fementido Teréo. Aquí e lronco faisan sonaba, allí las suaves calandriasse oían , acullá cantaban los zorzale s, las mir-

las y las abubillas, y hasta las industriosas abe-jas a nuestras espaldas con blando susurrar deuna florecilla en otra iban saltando: todo olíaa verano, todo prometía un año fért i l y abun-doso: olía el romero, el tomillo, las rosas, elazahar y los preciosos jazmines :olian las tiernasmanzanas y las amarillas ciruelas, de que todoel campo estaba cuajado; los ramos, que ape-nas podían sustentar la demasiada carga de suiruta; y nosotros entre tanta diversidad defrescuras todo lo gozábamos y por todo dába-

mos gracias a su divino hac¿dor. Y como yaO 2

mucho hubiésemos cantado, bien nos parecióque sería hora de visitar nuestros zurrones,de adonde sacando unos nueces, otros castañas,ta l hubo que sacó be llot as,y a lguno se arrojó ásacar queso y manteca mas blanca que la nie-v e; y quien mas no pu do , cortando de loscercanos árboles lo que halló mas de sazón, sinescrúpulo se puso con nosotros á com er, be-

Este arroyuelo de aguas preciosísimas:Un dia vi un pastor cabe él quejándose

D e amo r, de la fortuna, y s i fue l íc i to,De su cruel pastora querellándose.

Los zelos le traían muy solícito;El amor le volvía pusi lánimoY ya peor que muerto un miedo ilícito:

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 129/197

biend o de la fuente que á nuestro lado tenía-mos , cuyas cristalinas ondas á nadie se veda-ron por entonces; y porque no todo e l t iempoen rega los de l cuerpo se gastase , Arc isio y Cío-ris, pastores de la ribera, ambos serranos,iguales en cantar, y á responder aparejados,con estos cantares rompieron nuestro silencio:

A R C I S I O . C L O R I S .

A R C I S I O .

En tanto que á la sombra destos árbolesEstamos, Cloris , con quietud pací f ica ,Mejor que en sa las de costosos mármoles,

Y o mi zampona tocaré claríf ica ;T ú en son de l c ie lo y armonía angélicaDesatarás tu lengua y voz magnífica.

Y no cant es, pas tor, la furia bé lica ,Mas algo de tus fábulas doctísimas;Mientras nos dá su luz la antorcha Délica.

C L O R I S .

Ves aquel árbol de hojas hermosísimas,Por cuyo tronco pasa dilatándose

Mas re forzando como pudo e l ánimo,Apurándole e l mal ¿olorosísimo,Lo escribió a l l í con corazon m agnánimo.

Ll eg ó Fi l i s a l á ibol dicho sísimo,Y en él y su frescura deleitándoseLeyó las rimas del pastor tristísimo;

Y de tantos dolores enfadándo se,¡ A y D ios , estos amantes melancó licos,Di ,o, que todo e l año están quejándose

Si yo tuviera nombre entre bucólicos,Estos lenguages de l amor heréticosQuizá los compeliera á ser católicos:

Porque si no es haciéndose frenéticos,Y enfadando con llanto los ejidos,N o piensan que sus versos son poéticos.

A R C I S I O .

Pues yo vi unos pastores presumidosCantar allí los versos marañados,Que en las se lvas no fueron entendidos;

Y diz que eran queridos y olvidado s,N o entiendo com o, que estas novedadesNuestros faunos dejaron asombrados.

A los bosques traían las ciudades,Y por los campos verd es y floridos

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 130/197

Y mira ahora lo que e l t iempo hizo :Ei pastor vino por aquí otro dia,Trá jolo acaso su morta l hechizo:

Miró e l árbol, leyó lo que decía ,Y apenas acertaba de contentoA decir: O gran bien O Fi l i s mia

Y estando un rato á contem plar atentoEn la rama mejor de aquel granado,

Que yo doy la ramilla por quebrada,Cuando menos razón y fuerza hubiere .

¿ D e q u e h u y e s , c r u e l , d e sa m o r ad a ?Los dioses por las selvas habitaron ,Y á tí la selva como á mí te agrada.

En igualdad los t iempos nos criaron,T ú sola con las obras contradicesLo que el cielo y los hados ordenaron.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 131/197

J r imero se subió con mucho t iento.¿ l l  .co ,n s u l l o cino , que amoladoQuizá para este efeto le traía,i a de llantos y lágrimas cansado

Quiso escribir con le tras de a legría ,Versos de su zampona poco usados,Y un cantar escribió que así decía:

H uy a de hoy mas e l lobo los ganados,•Manzanas de oro lleven las encinas,Y rosas los parrales mal labrados,

Corran leche las fuentes cristalinas,

Miera olorosa sude la retama,Y los collados miel y cla vell inas ,Pues Fi l i s por amarme se desama:

Y ya q ue todo escrito lo tenía ,A l descender quebrósele la rama.

¡O que contrario agüero á mi a legríaDi jo e l pastor ¡O Fi l i s r igurosaAl fin se ha de cumplir mi profecía.

Eres muger, y mientras mas hermosa ,Mas frági l : cuanto mas en t í pusiere ,La pérdida hará mas peligrosa,

Ad ore la mas i r m e quien qu isiere ,

Si no hay porque un amigo martir izesTan fiel y tan leal como yo he sido,Haz un dia siquiera lo que dices.

El t iempo huye , e l d ia se ha escondido,Solo mi mal no sale de un estado,Si no es para dejarme mas perdido.

Esto, musas, cantó Delio sentadoEn esta sombra, mientras que tejíaD e mimbres un tabaque de licado:

Es to cantó , y el campo florecía,Las sombras á las veces son dañosas,

Y es la deste nogal pesada y fría.Y a nacen las tinieblas sospechosas,

Y a cobran nue vo humo r las florecillas,Y a son las selvas menos d eleitosas,La noche viene; vamos, mis cabri l las.

EGLOGA UNDÉCIMA.

N o hay que encarecer el canto de los pasto-res ni el m uch o regalo que causó , mas de

de prestada luz ha llenado sus dorados cuernos,y otras tantas pobre y encogida con delgadorostro se ha mostrado sobre nuestras riberas,despues que las reliquias y sagrados huesos demi Augusta , cual tierna azucena sin sazóncortada, en estas desnudas piedras escondimos,y en los tristes altares enlutados sacrificios se-ñalamos: ya el curso del fatal año es cumplido,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 132/197

que cansados ya de tantos placeres con las úl-t imas pa labras de Clo ris todos á vol ver ánuestros ranchos nos apercebimos; porque aun-que el contento era grande, el lugar deleitoso,la compañía á gusto, ya e l sol ibadecendiendosobre los mas altos montes, y las agudas som-bras de los pinos menos apacible hacían elcampo. En esto, no de otro que de l soberanocie lo guiado adonde todos estábamos vimosllegar a l generoso Anfimedonte , padre de lace lebrada Augusta , que en compañía de mu-chos vaqueros y mayorales de la ribera bajaba,como es de creer, á regar con piadosas lágri-mas las heladas cenizas de la amada hija; y ha-llándonos á tal tiempo juntos, sin cesar dába-mos gracias á los soberanos dioses que allí noshabían traido; y en esto gran rato ocupados,e l venerable vie jo , á quien todos obedecían,así nos com enzó á hablar: Ven turoso s pasto-res, clarísima generación de las selvas, las cua-les, según muchas veces he oido, los diosesotro t iempo habitaron, y ahora no se despre-cian de ello; ya doce veces la inconstante luna

y el dia, si no me engaño, está presente, elcual será siempre doloroso y triste á mi me-moria ; por tanto si com o creo otro tiem poamastes la beldad al mundo rara, y algún re-ligioso cuidado os tcca de los que entre noso-tros ya no viven, aun está is á t iempo de cum-plir obligac iones tan forzo sas , si es de creerque no en vano aquí los soberanos dioses nosjuntaron: desde ahora comenzarán á arder porlos encendidos altares las calientes entrañas delos animales sacrificados, dos gruesos toros

ofrecidos vienen á las sagradas aras, uno ne-gro á las sombras de la noche, y otro blanco álas ninfas de las aguas; de cuyas inviolablesreliquias también participarán vuestros humil-des penates y vuestros particulares dioses, sialgunos teneis conocidos, ahora en las cercanascuevas moren , ó en las hojosas majadas enguardar vuestro s rebaños se ocupen , que yoen honor debido á mi cara prenda universalesofrendas pienso enviar al cielo. Y no solo esto,mas si el hado me fuere favorable, luego queel ve nide ro dia siembre su lu z sobre nuestras

EGLOGA UNDÉCIMA.

N o hay que encarecer el canto de los pasto-res ni el m uch o regalo que causó , mas de

de prestada luz ha llenado sus dorados cuernos,y otras tantas pobre y encogida con delgadorostro se ha mostrado sobre nuestras riberas,despues que las reliquias y sagrados huesos demi Augusta , cual tierna azucena sin sazóncortada, en estas desnudas piedras escondimos,y en los tristes altares enlutados sacrificios se-ñalamos: ya el curso del fatal año es cumplido,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 133/197

que cansados ya de tantos placeres con las úl-t imas pa labras de Clo ris todos á vol ver ánuestros ranchos nos apercebimos; porque aun-que el contento era grande, el lugar deleitoso,la compañía á gusto, ya e l sol ibadecendiendosobre los mas altos montes, y las agudas som-bras de los pinos menos apacible hacían elcampo. En esto, no de otro que de l soberanocie lo guiado adonde todos estábamos vimosllegar a l generoso Anfimedonte , padre de lace lebrada Augusta , que en compañía de mu-chos vaqueros y mayorales de la ribera bajaba,como es de creer, á regar con piadosas lágri-mas las heladas cenizas de la amada hija; y ha-llándonos á tal tiempo juntos, sin cesar dába-mos gracias á los soberanos dioses que allí noshabían traido; y en esto gran rato ocupados,e l venerable vie jo , á quien todos obedecían,así nos com enzó á hablar: Ven turoso s pasto-res, clarísima generación de las selvas, las cua-les, según muchas veces he oido, los diosesotro t iempo habitaron, y ahora no se despre-cian de ello; ya doce veces la inconstante luna

y el dia, si no me engaño, está presente, elcual será siempre doloroso y triste á mi me-moria ; por tanto si com o creo otro tiem poamastes la beldad al mundo rara, y algún re-ligioso cuidado os tcca de los que entre noso-tros ya no viven, aun está is á t iempo de cum-plir obligac iones tan forzo sas , si es de creerque no en vano aquí los soberanos dioses nosjuntaron: desde ahora comenzarán á arder porlos encendidos altares las calientes entrañas delos animales sacrificados, dos gruesos toros

ofrecidos vienen á las sagradas aras, uno ne-gro á las sombras de la noche, y otro blanco álas ninfas de las aguas; de cuyas inviolablesreliquias también participarán vuestros humil-des penates y vuestros particulares dioses, sialgunos teneis conocidos, ahora en las cercanascuevas moren , ó en las hojosas majadas enguardar vuestro s rebaños se ocupen , que yoen honor debido á mi cara prenda universalesofrendas pienso enviar al cielo. Y no solo esto,mas si el hado me fuere favorable, luego queel ve nide ro dia siembre su lu z sobre nuestras

cabezas, honrosos premios señalaré al talle demi caudal cortados así para los que en cantarse aventajaren como á los que en luchar, tirarla barra, correr ó saltar por estos llanos semostraren diestros, que to do lo dá el cielo ya l c ie lo se debe todo. Así di jo Anfimedonte , yobedeciéndole los presentes desde luego se co-menzaron los re l ig iosos e jercicios, unos levan-

L I R A N I O . G R A C I O L O .

L I R A N I O .

Saca pastor y templa tu vihuela ,Y asida á mi rabel discantarémos:Mira que el tiempo y nuestra vida vuela

Y si en melancolías nos m etem os,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 134/197

tando nuevos a ltares, otros encendiendo va-l ientes hogueras; aquellos dego llando los sa-grados becerros, y estos consultando sus ca-lientes entrañas en los venideros casos; hastaque el sol escondiéndo se tras los árboles tam -bién dellos poco á poco fueron saliendo lasconfusas tinieblas; y aunque por la mucha su-ma de fuego se pudiese decir que aun allí lanoche no hubiese l legado, á todos fue necesa-rio dar á los trabajados cuerpos algún reposo,haciendo pequeñas chozas de verdes ramas

dond e escondernos del frió , como m ejor cadauno se amañaba. Y acabándos e el ruido y ra-zonar de los pastores, c om o al descuido fuenaciendo una quietud con que e l profundorio que á las espaldas teniámos despeñándoseco n  sonoroso  ruido mas al agradable sueñoconvid aba; cuando en medio deste s i lencio,no léjos  de la helada  sepultura nue va músicase   o y ó  del pastor  L i r a n i o ,  qu e  allí en compa-ñía de  G r a c i o l o  se entretenía cantando de estam a n e r a :

Sino damos salida á las pasionesEspuelas á la muerte le ponemos.

Limpia y escombra e l a lma de invenciones;Que es condicion de gente destra idaTraer puesta la vida en condiciones.

¿Quien hay tan libre que si trae metidaLa fantasía en ocasiones vanas ,Le falte alguna en que perder la vida?

Contempla aquellas luces soberanasQue la preciosa estambre van hi lando,Que tú entre ciega vanidad devanas;

El c ie lo en e jes de oro volteando,Y en la incierta baraja de los diasUnos naciendo y otros acabando.

Viene e l verano envuelto en a legrías,Y mue re á manos de sus tiernas floresEl triste invierno con sus canas frías.

Siembra disgustos, cogerás dolores;Que cuando salga la cosecha llenaBien la habrán cultivado tus sudores.

Ara en el mar y siembra en el arena,Y en red procura de encerrar el vientoQuien pretende hallar vida sin pena.

G U A C I O L O .Si yo viese , pastor, mi entendimiento

Escombrado de sombras contrahechasQue tanto martir izan mi contento;

Si aquestas ataduras ya deshechasDejasen l ibre de su carga e l cue llo,En quien amor las puso tan estrechas,

M i bien vería descubierto en ve l lo;

Que en cult ivar con lágrimas tu muerte  ?¿Por ventura , pastor, pocos cuidados

D e su cosecha el tiempo nos env ía,Para andar en amores ocupados?

G R A C I O L O .

M i rega lo , mi bien , la g loria miaNace y se cria desta dulce pena;Y el sol es feo á quien enfada el dia.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 135/197

Vería mis trabajos acabados,Y no colgad a el alma de un cab ello.Cantarian los montes mas callados:

Graciolo, sus col lados e terniza :El mundo goza ya siglos dorados.

* Y este, q ue todo el mun do t iraniza,D e sí mismo corrido y afrentadoIría sin triunfar de mi ceniza.

O cielos, llegue el dia deseadoQu e enjugando á la ori lla mi ves t ido ,Seguro cuente el huracan pasado.

L I R A N i O .

Antes, vaquero, se verá vest idoEl seco campo de doradas floresEn medio de l invierno desabrido,

Que deje de sembrar amor dolores;Qu e es patrimonio su yo, y en su casaLos que padecen mas son los mejores.

Oido he ya decir , que e l a lma abrasa;N o sé ni veo por qué de aquella suerteQuieres gozar de vida tan escasa.

¿ N o te va liera mas entretenerteEn labrar tus cortijos olv idad os,

M a l d i g o , a m o r , m i l v e c e s t u c a d e n a ,T u bien incierto, tu engañoso trato,Que á no fingidas muertes nos condena.

L I R A N I O .

Pastor, no l lames a l amor ingrato,Porque te cueste un gusto mi l dolores,Si á nadie lo ha vendido mas barato;

As í diz que se arriendan sus favores ,Que si todo en amor fuera contento,A dos dias cansaran los amores.

Alza tu rostro, l impia e l pensamiento,Sacude e l a lma, corta á la medidaD e sola tu ventura e l sentimiento.

N o la tendrás contino aborrecida ,N i gastarás en vana s pesadum bresLas horas robadoras de la vida;

N i perderás, por much o que te encum bres,El seso con e l bien desvanecido,N i colgado andarás de sus vis lumbres.

Dale con t iempo a l corazon vendidoAlgún a l ivio, da le a lgún descanso,Q ue bien basta un torm ento á un afligido .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 136/197

No es mucho que á entender mi mal noacierte.

O ze lo, que de l mismo amor nacidoEs tu oficio abrasar vida y contento,Y dejar el carbón mas encendido,

Eres muerte y dolor del pensamiento,Fiero verdugo de inmorta l contienda,Donde del bien y el mal nace el tormento.

Llévasme al fin por tan estrecha senda,

Desnuda el alma dese pensamiento.Aq u e l h o g a r , q u e v e i s a m o r t i g u a d o ,

Los pastores en torno del dormimos,Todo con la ceniza fr ia nevado,

N o ha muc ho q ue en sonoros estallidosArderle viste con la l lama a l c ie lo,Mas que oro sus carbones encendidos:

Pasóse aquella furia y vino el hielo,Vistió de blanco su dorada brasa;

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 137/197

Qu e das imperfecion en el cuidad o,Donde apenas caber puede la enmienda.

L I R A N I O .

Q u i e n n ó t e m e , p a s t o r , s e r o l v i d a d o ,Quien no teme perder prenda divinaPoco la estima y poco le ha costado.

G R A C I O L O .

Y a , Lira nio, a l s in iestro lado inclinaAtlante el cielo, y sobre entrambos ejesSu carro de oro en la mitad camina.

Razón es que tu canto y mi mal dejes

En las manos del sueño, y en tu chozaA descansar de mi dolor te alejes;

Que si en oirte el fresco campo gozaUna a legre y f lorida prim avera ,Y entre sus flores el placer reto za,

En mí suena tu voz de otra manera,Que lo que suele en otros ser contentoCon eso quiere amor que pene y muera.

L I R A N I O .

Y a va en las selvas refrescando el vi en to :Calla , pastor, y en sueño sepultado

Así pasan las cosas deste suelo.D e aquese fuego que tu pecho abrasa

También presto verás la l lama a lt ivaDeshecha en humo, y por e l sue lo rasa;Qu é am or, y e l t iempo todo lo derriba .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 138/197

ró una ga lana hor tera , q ue juntamente servíade coger fruta y ordeñar ovejas, aunque hastaentonces en ning uno destos e jercicios usada,de tan liviano peso que yo no sabría decir decual palo fuese hecha , porque á ser de ave-l lano en e l color se hubiera conocido, y s i dehaya ó p ino , como a lgunos di jeron , e l olornos lo manifestara: mas por las agradables pin-turas que en ella habia no falto quien dijese

ser toda hecha de delicadas costras de álamo,

de tanta multitud de almas no le fuera posiblepasar, si con el liviano soplo no abriera cami-n o, levan tando unas por el aire y otras des-viando de sí, no de otra manera que el furiosocierzo suele volar por alto las secas hojas de losárboles; y no es esto lo mas que allí se mos-traba, si á todo diera lugar el tiempo, mas áesta hora ya los dos famosos compañeros Lira-

nio y Graciolo, acostumbrados á seguir losciervos y alcanzar los lobos por la sierra, antes

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 139/197

viendo á Hércules que en e l la coronado de susmismas hojas con tanta viveza pasaba las esti-gias ondas, que se levantó porfía si la frágilbarca de Carón, que en aquel punto le reci -bía dentro, abierta con e l extraordinario pesode todo punto se iba á fondo: mas así e l ava-riento vie jo ace leraba su pasage y naveg ación,que nadie sabria discernir cual caminase mas,él con su barca ó nosotros con nuestra vista;cuya ve locidad queriendo e l agudo pintor en-carecer, un nocturno pájaro de los que eneterno silencio guardan aquellas riberas pintóvolando tras e l carcomido bate le jo, como quesu mucha ligereza fuese poca para alcanzarlo;i y que m ucho si el uno vue la en sus alas y elotro en las del tiempo   ?  L o c u a l , c o m o á n o -vedad nunca vista, salian á ver las amarillassombras que aquellas regiones habitaban, mos-trando deseos de cantar las alabanzas del vic-torioso Alcides si de las olvidadas voces seacordaran, y e l invenc ible guerrero cercado

que nadie se habían declarado en el puesto:tras ellos salieron el pastor Leu ci po , el cono-cido Rosanio y e l vaquero Fe licio, con otrosmuchos zagales de menos suerte y mas escurafama; y apenas el dudoso reclamo de un pe-queño si lbo se oyó, cuando á un t iempo comoligeros relámpagos por aquellos llanos se espar-cieron volando, con tanta ve locidad, que atrásdejaban el pensamiento. Delante resplandecíaLiranio como un escondido rayo: tras é l , aun-

que a lgo apartado, Leu cipo ; y tras Leu cipoel famoso Graciolo, á quien seguia e l vaqueroFelicio casi recostado en sus espaldas, y le-vantándole con e l soplo los cabellos. Veis aquíque ya llegaban á lo último del señalado tér-mino, y apenas de su mucha ligereza se podiadecir que las delicadas yerbas humillasen, cuan-do Li ran io, que casi con la mano tocaba elprimer premio, deseoso de darle el segundo ásu querido Gr acio lo, súbi tamente se paró enla carrera para obligar á Leucipo, que tras él

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 140/197

mirase: esta es sin duda, diría, manada de be-licosas grullas que con solo un pie agradable-mente van saltando, donde unos por^derribar-se y otros por defenderse no se podian excusargraciosos lances de reir. En este tiempo Lira-ruó bien creyó vengar á su salvo la caida queLeucipo le hizo dar en la carrera, y así des-pues de haber por sí solo derribado otros mu-chos pastores, siempre le vimos andar tras él,Hasta que llegando en su seguimiento á una

los pequeños cuernos de diversidad de rosas:de éste, dijo, podrá hoy hacer el sacrificio álasamadas ninfas quien en luchar á los demás seaven tajare. Y no bien estas palabras se oye roncuando e l vaquero Fi ladelfo, acostumbrado aderribar los mas bravos toros, desnudándose elgaban comenzó á mostrar las anchas espaldas,los altos hom bros y fornidos pechos , y ten-

dien do á todas partes los brazos con galanosgolpes hería el aire, llam ando al mas osado que

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 141/197

pequeña laguna que cercada de verdes ¡uncosa un lado del prado se hacia, deseoso de darcon su contrario en ella, con la demasiada co-dicia erro e l golpe , y l levado de su mismatuna dio con todo e l cuerpo en e l agua , don-de a mucho pesar suyo y risa nuestra le convi-no layarse de la sangre que en la pasada caidase le había pegado ; y Le uci po , gozoso de ta lsuceso, olvidándose de saltar con el bastón,en poco estuvo de acompañarle aquí la segun-

da ve z A l fin, no pudie ndo tenerse mas sobree cay ado , con m ucha risa se puso en pie á vere l ca ído, que l loviendo de su cuerpo arroyosde agua salía de la laguna confesando en susdos caídas que nunca del agen o mal se sig uióbien alguno. Y hallándose Rosanio por faltade los dos victoriosos dando placenteros saltosi lego a tomar su premio; y Anfimedonte , yaque toda la grita y porfiar de los pastores se hu-bo acabado, senalando un hermoso becerro queal pie de una encina habían atado, cubiertos

con él se quisiese probar; y como en largo ra-to nadie saliese á la dudosa lucha, juzgándoseya venc edo r, así vue lto á Anfimedo nte di jo:Si nadie á mis conocidas fuerzas se atreve,¿qu e causa hay para que el prometido pr emiose me dilate? M ánda mel e dar, pastor, si yasobre todos le tengo merecido. Entonces Cris-talio, no sé si corrido de semejante arrogancia,vuelto a l pastor Se lvagio, que sentado cabeél estaba , así oyéndo lo todos di jo: O famoso

Selvagio, s in provecho por cierto en un t iem-po l lamado despedazador de lob os, ¿tú aunsintiendo todavía calor en el valeroso pechopor semejante agravio pasas? ¿Tan honradoprem io sin resistencia dejas lleva r? ¿D on de ,dime, tienes la fama que por toda la serraníaganaste, cuando los osos rendías, los lobosdespedazabas, y los toros mas bravos por en-tretenimiento oprimías a l yug o? ¿Qu e se hi -cieron tantos despojos como en tus techos col-gaban? Cierto, pastor, esta sola demasía los

escurece todos, si es verdad que no en solocomenzar consiste e l verdadero t í tulo de hon-rado. N o creas, respondió Se lvag io, que e ldeseo de alabanza y el amor del premio de mípor vano temor hayan huido ; lé jos estoy deimaginar en mí cosa que á mi nombre ofenderpueda: mas con la ve jez he lada no es muchoque, enfriándose las fuerzas, también en elanimo se mitigue aquel orgulloso brío que en

ios mozos la caliente sangre cria: mortales so-

todos como en triunfo suyo, desta manera leoímos hablar: Vale roso A nfimed onte , y vo-sotros conocidos pastores que presentes os ha-llais á mi victo ria , notad ahora mis fuerzas yel título con que semejante nombre tengo, ysi confiado en ellas entrar puedo en las veni-deras bata l las; V tú, arrogante Fi lad elfo, cua l-quiera que de nuestros pastores seas, escucha

ahora la forzosa muerte de que tu ventura te

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 142/197

mos, sujetos vivimos á los dias; ya fue t iempoque yo solo gozara los premios que por los de-mas se han repartido, cuando ni M elibe o meganaba en cantar, ni Crisaldo corría mejorque yo, ni nadie en la lucha se me igualaba.Entonces Fi ladelfo habia de l lamarme a l cam-po , cuando sin ayudarm e de mas industrias quemis manos despedazé aquel oso c uya es estapiel con que ahora me cubro; y diciendo esto,casi á pesar de su gusto osadamente saltó en el

llano, mostrando á todos su belloso cuerpo,tan cubierto de ásperas cerdas como si una cer-rada selva fuera , po r cuy a ocasion entre to-dos adquirió e l nombre de Se lvagio; y Fi la-delfo espantado de monstruo tan disforme,dejándole e l campo y la victoria , no se a trevióa luchar con él; con que sin contradicción sedeclaró por suyo el becerro. Entonces, asién-dolo por uno de los cuernos, con aquella faci-lidad lo trajo á nuestra presencia que si un pe-queño cabrito fuera. Y puesto allí en medio de

ha l ibrado, que yo sin a lguna duda creo, s iesta vez entre los fuertes ñudos de mis brazoste metieras, allí sin resistencia me dejarás elalma, no de otra manera que con Hércules leavin o al famoso hijo de la tierra. Y vosotras,soberanas deidades, que nacidas en estos mis-mos montes mi razón escucháis y muchas ve-ces fuistes fieles testigos de mis cosas, ahoraen vuestros bailes esteis entretenidas ó con ve-loces carreras sigáis el duro ejercicio de la gus-

tosa caza, donde quiera que ésta mi voz os al-canzare recibid este postrero y último sacrificiocon que victorioso á todas mis hazañas pongofin, para quedar de hoy mas en eterno reposo,contento de dejar mi nombre inmortal en es-tas selvas. Así dijo, y alzando el puño en al-to, con tanta fuerza lo bajó sobre la cabeza deltemeroso novillo, que á un tiempo sin alma loderribó á sus pies; y apenas en el suelo cayó,cuando en poderosas llam as consumido solaslas sagradas cenizas se mostraron á nuestrosojos, sintiéndose por aquel tiempo en las cir-

)

c u n s í a n t e s r i b e r a s u n t e m e r o s o r u i d o , c o n q u e

J as se lvas mo st raro n acept ar e l presen t e sacr i f i -

c io . i e l co n t an so b e ran a v ic t o r i a de un d i-

v i n o f u r o r a r r e b a t a d o , d e s e o s o d e a c o m e t e r

m a s a l t o s h e c h o s , s a c a n d o d e l z u r r ó n su o l v i -d a d a z a m p o ñ a , c o n e s t e ú l t i m o c a n t a r d e j ó á

s e l v a s s o s i e g° e terno , y a l mundo nuevasesperanzas de mayores cosas.

S E L V A G I O .

N o las vueltas del cielo presurosasQue vuelan mas que e l ave ,N i empresas belicosas,N i el curso de fortuna y de sus cosas,

N i de l mun do apartadoLas incultas riberas y regiones,N i sobre e l mar hinchad o,Tras varias pretensiones,

Desdobladas banderas y pendones:Que dese horrible espanto

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 143/197

D u l c e z a m p o ñ a m i a ,Si acaso llena de divino alientoAl g ú n d i c h o s o d i aPor escuchar tu acentoHiciste a l sol parar su movimiento;

Si fuiste poderosa

A traer tras tí los árboles sombríos,1 á tu vo z sonorosaY á los acentos mios

_  Pararon las corrientes de los rios;Si e l t iempo no ha enjugado

Tras tanto olvido tus a legres sones,En son no acostumbradoHe menester que entonesUna canción por fin de tus canciones.

Y al tiem po consagradaT e queda luego en este ol ivo santo,Donde seas invidiada ,Y en honra de tu cantoD e laurel coronada y rojo acanto.

Canta ahora en voz suave

A l son heroico de clarines de oroHarás un nuevo cantoTan l leno de tesoro,Que al mundo asombre desde el indo al moro.

All í de Marte a lt ivoAbrasarán las llamas cielo y tierra,Y retratado al viv oEn fiero son de guerraSaldrá á luz el valor que España encierra;

Sin que en toda ella quedeCosa digna de ser e ternizada ,Que en t í lugar no herede ,N i de cólera honradaG ol pe , herida , escu do, arnés ni espada.

Ahora en voz sabrosaEnj iere a l t iempo aquesta humilde p lanta .Pues la luz poderosaQue á e l lo te levanta ,D el olvid o tu canto desencanta:

Que ya esta humilde avena,Por clara trompa de su nombre y mi ó,

En ocasion tan buenaD e aquí consagr a , y f ioQue será de inmortal honor un rio.en hombros de la famaIrá , s i a fable e l hado corresponde,D e adond e se derramaEl alba hasta dondeSu luz en el salado mar se esconde.

G R A N D E Z A M E J I C A N A

D E L D O C T O R

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 144/197

F I N .B E R N A R D O D E B A L B U E N A ,

DIRIGIDA

AL ILUSTRISIMO Y REVERENDISIMO

DON FRAY GARCIA DE MENDOZA Y ZÚÑIGA

ARZOBISPO DE MEJICO DEL CONSEJO

DE S. M.

En ocasion tan buenaD e aquí consagr a , y f ioQue será de inmortal honor un rio.en hombros de la famaIrá , s i a fable e l hado corresponde,D e adond e se derramaEl alba hasta dondeSu luz en el salado mar se esconde.

G R A N D E Z A M E J I C A N A

D E L D O C T O R

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 145/197

F I N .B E R N A R D O D E B A L B U E N A ,

DIRIGIDA

AL ILUSTRISIMO Y REVERENDISIMO

DON FRAY GARCIA DE MENDOZA Y ZÜÑIGAy

ARZOBISPO DE MEJICO DEL CONSEJO

DE S. M.

AL ILUSTRÍSIMO Y REVEREND ÍSIMO

DON FRAY GARCIA DB MENDOZA Y ZÚÑIGA

ARZOBISPO DE MEJICO DEL CONSEJO DE

S. M. 6 C.

•*- --  l li  1 fX.  . , * • «ti' ri.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 146/197

Habiendo amagado á escribir estasexcelencias de Méjico con deseo de

darlas d conocer al mundo viéndolas

hoy aumentadas y en todo su colmo y

lleno con la deseada venida de V. S. 11

paréceme que no cumpliera con lo que

d ellas y d mis deseos debo si d todos

juntos no luciera un nuevo servicio: d

V. S. en ofrecerle un retrato desta su

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 147/197

Entre los riscos de una gruta escuraD e Jezabe l e l perseguido EliasSe puso á ver la magestad del cielo,

I un suelto cier zo por las peñas friasI asando hizo temblar la mas segura:G im ió la mar y estremecióse e l sue lo

L l o v i ó f u e g o , y t r a s é l e n b l a n d o v u e l oUna aura placenteraS i r v i ó á D i o s d e l i t e r a ,Qu e en é l todo es quie tud, paz y consuelo

Del corto don desnudo de ornamentos,Crió alas al amor, al alma alientos

D e dar á estos borronesSobre los aquilonesMas altos deste mundo los asientos,

Presentándolos hoy a l sacro temploD e la inmorta l mem oria ,Cie lo de g loria , y de la t ierra e jemplo.

Es genera l e l bien, eslo e l contento ;Y el mostrarlo cada uno por su modo

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 148/197

* Jos cier zos , borrasc as, fue go y breñasEn esta estrecha vidaD e su venida las mejores señas.

Asi también, ó padre soberano,

Atlante firme á nuestras justas leyes,Si no eres Dios , en su lugar venisté ,

Garza rea l con sangre de mi l rey es,A cuyos graves túmulos ufano-Añides honra que en virtud consiste.

Luego que á nuestro mundo amaneciste

Con rayos ce lest ia les,Murieron nuestros males,Sucedió t iempo a legre y huyó e l tr iste ;

* tu en carro de luz , Faeton te nu ev o,Dejada su imprudencia ,Con mayor ciencia  le  guiarás que Febo.

Deseo de fama, cebo y golosina ,D e ánim o noble , a trevim iento santo ,E n e m i g o d e  humildes  p e n s a m i e n t o s , '

•Los mios en su fuego encendió tanto,Qu e sin mirar á Ja pobr eza ind ina

Gustosa fuerza que el amor nos hace.El qu e da el corazón lo ha dado tod o,

Y o con é l ofrecí este honrado intent o,Que al mas pródigo en obras contrahace.

Si él á tí como al cielo satisface,Envidíeme e l empleoD e tan r ico deseoCuanto en l i sonjas de fortuna nace :

Pues merecí colgar mi dulce lira

E n e l l a u r e l d e Ap o l o ,Que eres tú solo en cuanto al mundo admira.Canten otros de Delfos e l sagrario

D e la gran Teba s muros y edi f ic ios,De la r ica Corinto sus dos mares,

D el Te m pe los abri les mas propicios ,D e Efeso e l templo, e l sabio seminarioDe Atenas, y de Menfis los a ltares,

D e Jon ia las columnas y p i lares,Los ce la jes de Rodas,Y las dehesas todasD e Arg os y sus caballos s ingulares;

Que yo con la Grandeza MejicanaCoronaré tus sienesDe heroicos b ienes y de glor ia ufana.

Aquí, señor , cual merecías , e l c ie loMejoradas te dio aquestas grandezasEn tu ins igne c iudad, y á e l la cont igo

Ma s que en todos sus bienes y riqu ezas ?1 ues te dió por su amparo y su consuelo1 uerto seguro, paz s in enemigo.

•I  adre piadoso, muro de su abrigo,Esposo fiel y honesto,

Nos dió tal ave en armas y defensa,Y una estrella por guia y por maestro,

Que si no es mas que el sol, es otro tantoEn lumbres de v ir tud y glor ia inmensa;

Pues con tan alto bien nos recompensaCuanto le hemos pedido,Y él como agradecidoD e olores santos sin cesar le enc iensa,

Cré zcal e el nombre , aumén tele el estado,El contento y la v ida,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 149/197

Pastor tierno y m ode sto,Pr íncipe afable, super ior amigo,

Juez prudente, sabio consejeroD e Dio s y d e sus b ienesQu e á mano tienes rico despen sero;

- leatrode verdad y de just ic ia ,Desnudo de rencor , ira y v io lencia,o in codic ia , soberbia ni arrogancia;

i ac ifico dechado de prudencia,

Santo doctor , opuesto á la malic iaD el m un do , á su al t ivez y su ignorancia;•asta es nuestra ventura y tu ganancia,

Q u e a M é j ic o e n s u p u n t oSeas todo esto junto,

Y eH a á  tí, si en tu gusto es de importancia,D e l f o s , A r g o s , C o r i n t o , T e m p e , R o d a s ,

E f e s o , A t e n a s , J o n ia ,Tebas Aonia, y sus grandezas todas .S i  s a n t o  .c , e I o > que con nombre santo

e  S r a c , a  suya y de provecho nuestro

A la medida de un tan gran prelado.Y á t í , can ción, que en el sujeto fuiste

Digna que el mundo seaC o l u m n a d e t u id e a ,Mien tras de flores se desnuda y viste-

El t iempo, juez y autor de las verdades ,D e l lana hum ilde y t iernaTe hará eterna y firme en mil edades.

A L L E C T O R .

D i c e e l S a b i o e n e l E c e l e s i a s t e s i a ,nú m 12 . :  Faciendi plures libros nullusest finis.  N o hay t é r mi no ni fin e n e l

h a c e r y m u l t i p l i c a r l i b r o s . C a d a u n osaca e l su yo , y l e t ie n e po r e l m as

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 150/197

e se n cia l y m e jo r . Y e s l a ra z ó n, á mip a r e c e r , n o p o d e r s e d a r u n o t a n c o -p i o s o y g e n e r a l , t a n a j u s t a d o y m e d i d oá t o d o s g u s t o s , q u e n i t e n g a d e m a sni d e me no s: so n v ar io s l o s t a l e nt o s yp r o f e s i o n e s , l o s e s t a d o s , l o s d i s c u r s o s ,l a s h a b i l i d a d e s , l a s i n c l i n a c i o n e s y a p e -t i t o s d e l o s ho mb re s; u no s b r io so s , o t ro s

h u m i l d e s ; u n o s a l t i v o s , o t r o s r a t e r o s ;u n o s d e s e n v u e l t o s , o t r o s e n c o g i d o s ;u n o s f á c i l e s y d e t r a t o s u a v e y c o m -p u e s t o , y o t r o s t a n s a t í r i c o s , d e s a b r i d o sy m e l a n c ó l i c o s , q u e e n t o d o t r o p i e z a ny t o d o l e s e nf ad a : u no s d ic e n b ie nd e t o d o y o t ro s nad a l e s cae e n gu st o .¿ Q u i e n g u i s a r á p a r a t o d o s ? S i e s c r i b opara l o s sab io s y d isc re t o s , l a may o rp a r t e d e l p u e b l o ?  q u e no e nt ra e n e st e

n ú m e r o , q u é d a s e a y u n a d e m í : s i p a r ae l v u l g o y n o m a s , l o m u y o r d i n a r i o yc o m ú n n i p u e d e s e r d e g u s t o n i d e p r o -v e c h o . U n o s s e a g r a d a n d e d o n a i r e s ,Otro s lo s ab o rre c en y t i enen p o r j u gla ra q u i en lo s d i c e . S i á lo s grav es enfa-d an las b u r las , ¿ á q u i en no c ans an laso r d i n a r i a s v e r a s ? H o r a c i o q u i s o q u es e h i c i es e u na m e zc la d e to d o , d e loú t i l c o n l o d u l c e . ¿ P e r o e s o q u i e n l o s a -

y c o d o r n i c e s . Y q u e á M a r s i a s n o l ef a l t ó u n M i d a s q u e l e a p r o b a s e s u m ú -s i c a e n c o m p e t e n c i a d e l m i s m o A p o l o .¿ P e r o q u e m u c h o s i e l c a n t a r d e l S á t i -r o l e h a b i a p r i m e r o r e g a l a d o l o s o i d o sc o n l i s o n j a s ? H a r t o e s e s o ; p e r o l o p r i n -c i p a l e s q u e p a r a l a h e r m o s u r a h a d eh a b e r d e t o d o y q u i e n s e i n c l i n e á e l l o .

¿ Q u e t a b a n q u e h a y d e m a n z an a s t a nd e s d o r a d o d o n d e n o h a y a u n a q u e e s -

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 151/197

b e ? Q u i e n s in o D i o s l lo v e r á m a n á q u ea c a d a u n o s e p a á l o q u e q u i s i e r e ? E s t am i s m a r a z ó n y d i s c u r s o , q u e u n t i e m -p o p u d o d e s a f i c i o n a r m e á e s c r i b i r , e sq u i e n h o y m e h a c o n v e n c i d o á s a l i r álu z c o n m i s o b ras , c o s a q u e j am ás pen« <s é h a c e r , n o l a c o n f i a n z a q u e a l g u n o st i e n e n d e l a s s u y a s c r e y e n d o q u e á t o -

d o s gu s to s han d e agrad ar- , q u e es a eslo c u ra y c as o i m po s i b le . Y as í n i y o c reoe s t o d e m í , n i n i n g ú n c n e r d o l o c r e ad e l o m a s l i m a d o q u e e s c r i b i e r e . L o q u es o l o p u d o a n i m a r m e e s e n t e n d e r q u ehay d e to d o s anto j o s y preñec es en e lm u n d o - , y q u e e n t r e l o s q u e e o m i a n e lm a n á , c o n s e r la m a l i l l a d e l o s g u s t o s ,h u b o á q u i e n s e l e a n t o j a s e n c e b o l l a s

c o j e r ? ¿ O q u e c a m p o t a n e r i a z o y p o rc u l t i v a r q u e n o t e n g a a l g u n a y e r b a áp r o p ó s i t o ?  Unusquisque proprium do-num habet ex Deo alias quidem sic0

alius vero sic.  A t o d o s d á D i o s s u s d o -n e s , á u n o s d e u n a m a n e r a y á o t r o s d eo t r a . E s a e s l a b e l l e z a d e l m u n d o y l av ar i ed ad d e lo s gu s to s y o pi ni o nes d e l - , y

l a q u e a h o r a m e o b l i g a á c r e e r q u e a s íc o m o n o e s p o s i b l e q u e e s te m i l i b r o s e ap a r a t o d o s , a s í t a m p o c o l o e s q u e d e j ed e s e r p a r a a l g u n o s . S i a l d e m a s i a d o g r a -v e l e p a r e c i e r e h u m i l d e , n o p o r e s o l ec u e n t e p o r p e r d i d o - , q u e h u m i l d e s h a -b r á q u e l e t e n g a n p o r g r a v e s i l a o b r ae s p e q u e ñ a , e l s u j e t o e s g r a n d e , y l ac a l i d ad y v a lo r d e la c o s a no es tá en lo

m u c h o s i n o e n l o b u e n o ; n i la d i s c r e -

c i ó n y e l o c u e n c i a e n e l g r a n n ú m e r o d e

h o j a s y r u i d o d e p a l a b r a s , s i n o e n p o -

c a s  y  b i e n d i c h a s . S i h u b i e r a d e a g u a r -

d a r á t o d o s l o s v o t o s d e l o s p a d r i n o s

n i e l c a s a m i e n t o s e e f e c t u a r a , n i s a l i e r a '

a v i s t a s l a n o v i a . P o r e s o a ñ i d i ó l u e g o

e l S a b i o :  frequerís meditatio afliclio

carnis est.  A f l i c i o n y c o n g o j a es e l d e -m a s i a d o c u i d a d o e n e s t as c o s a s. U n o d e

l o s p r i m o r e s d e A p e l e s f u e s a b e r l e v a n -

I N T R O D U C C I O N .

E n los mas remotos confines destas Indiasoccidentales , á la parte de su poniente, cas ien aquellos mismos linderos que siendo límitey raya al trato y comercio humano parece quela naturaleza cansada de dilatarse en tierras

tan fragosas y destempladas no quiso hacermas mundo, s ino que alzándose con aquel pe-

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 152/197

t a r e l p i n c e l d e l a t a b l a ; y y o , i m i t á n -

d o l e e n e s t o , n o q u i e r o c a n s a r m e m a s

e n b u s c a r m a n j a r p a r a t o d o s , p u e s n o

l e h a y , s i n o r o g a r á l a v e n t u r a a c i e r t e

á s a l i r e s t e a l g u s t o d e l o s d i s c r e t o s p a -

r a q u i e n se g u i s ó , y á q u i e n c o m o á

d i o s e s d e l a t i e r r a o f r e z c o d e s d e l u e g o

e s t o s p r i m e r o s s a c r i f i c i o s , y o f r e c e r é l o s

s e g u n d o s , q u e c u a n d o e l l o s n o s e a d m i -

t a n , y o m e h a b r é p a g a d o d e m i m a n o

e n e l g u s t o d e h a b e r l o s e m p l e a d o t a n

b i e n .

dazo de suelo lo dejó oc ioso y vacío de gente,dispuesto á solas las inclemencias del cielo yá la jurisdicción de unas yermas y espantosassoledades, en cuyas desiertas costas y abrasa-dos arenales á sus solas resurta y quiebre conmelancólicas intercadencias la resaca y tumbosde mar, que sin oirse otro aliento y voz hu-mana por aquellas sordas playas y carcomidasrocas suen a: ó cuando mu cho se ve coronarel peinado risco de un monte con la temerosaimágen y espantosa figura de algún indio sal-va ge , que en suelta y negra cab ellera conpresto arco y ligeras flechas, á quien él envelocidad excede, sale á caza de alguna f ieramenos intratable y feroz que el ánimo que las igu e: a l fin en estos acabos del mu ndo , re-mates de lo descubierto y últimas extremida-des deste gran cuerpo de la tierra, lo que lanaturaleza no pudo, que fue hacer los dispues-tos y apetecibles al trato y comodidades de la

vida hum ana, la hambre del oro y golos inadel inferes tuv o maña y presunción de hacer,plantando en aquellos valdíos y ociosos cam-pos una famosa poblacion de Españoles , cuyasreliquias aunque sin la florida grandeza de susprincipios duran todavía, y á pesar del t iem-po conservan en su remoto s it io e l nombrede la gran v i l la de san Mi gu el de Cul iacan .En este pueblo, digno por sola esta ocasionde hacer su cuenta aparte con los famosos dela tierra, se crió desde sus primeros años DoñaIsabel de Tob ar y Gu zm an , una señora de

rel igión, sacudida y l ibre de los inconvenien-tes y obligaciones del siglo , desvián dole elcielo con sus regalos los que le podian ser im-pedimento y estorbo á este gran deseo y vo-cación suya, l levando pr imero para s í á DonLuis de los Rios Proaño, su marido, y tras élá la santa Compañía de Jesús un hijo únicoy so la prenda que dél le quedaba; como quequis iese Dios por esta v ia suceder en propie-dad y posesion á todas las cosas desta señora,sin dejarle en el mundo mas que á él solo en

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 153/197

tan raras partes , s ingular entendimiento, gra-dos de honestidad y aventajada hermosuraque por cualquiera de el las puede muy bienentrar en núm ero de las famosas mu geres delmundo, y ser con justo título celebrada de losbuenos ingenios dél. Fue esta noble señorahija de los famosos cabal leros D on Pedr o deTo b a r , h i j o d e D o n F e r n a n d o d e To b a r , s e -ñor de Vil lamart in y t ierra de la Reina, gran

cabal lero de la orden de Sant iago, guarda dela reina Do ña Juana y su cazador ma yor; yd e D o ñ a F r a n c is c a d e G u z m a n , h i j a d e D o nG o n z a l o d e G u z m a n , g o b e r n a d o r d e C u b a .Crióse, aunque en tierra tan apartada y remo-ta, en aquel la r iqueza y abundancia de rega-lo debida á su calidad y grandeza, hasta quedisponiendo el tiempo las cosas ordenó las desu gusto de manera que le abrió puerta alque siempre había deseado, que era verse en

quien poner los o jos y conf ianza, como desdeluego lo hizo encaminando sus cosas á estehonrado y dichoso f in, digno de la grandezade su ánimo y gran caudal de su entendimien-to dejarlo todo por el Señor y dueño de todo.Estan do pues en las dichosas vísperas de ti em-po tan deseado, l legóse también á vueltas elde mi venida á esta c iudad, doce años despuesque hice della la segunda salida y la ausencia;

y conociendo en mí la gran veneración y res-peto en que siempre he tenido sus cosas, porparecerme dignas deste reconocimiento y lu -gar entre cuantas hasta hoy mi estimación hahal lado, mandóme con algún encarecimientoque en los días que le traía de ventaja á estaciudad tomase á mi cuenta el dársela muyparticular de las cosas famosas della, para queasí mas alentada se diese prisa á con cluir sucomenzado v iaje , y l legada al f in dél no se lehic iese del todo nueva ía grandeza de la t ier-

3

ra, ya que á la de su ánimo y condic ion nin-guna podia venir grande. Fue para mí estaocasion convidar á beber al que tiene muchased, porque desde luego me v i en posesion dedos grandes gustos míos y casi igualmentedeseados y apetecidos de mí, el uno obedecery servir en algo á quien tanto debo, y el otrohacer un amago y rasguño, supuesto que micaudal no llega á mas, de las grandezas y ad-

mirables partes desta insigne y poderosa ciu-dad de Méjico , á quien por mil nobles respe-tos he sido siemp re aficionado y d ebia hacer

que ac ierten á dártele en algo. Lo posib le hehecho en procurar lo , haga el t iempo su of ic io ,que hasta aquí solo pudo llegar la jurisdiccióndel mió. Alg un as cosas habrán de disonar enoídos del icad os, á quien s i yo tuviera lugarpudiera ser que dejara sino del todo satisfechosá lo menos en parte desofendidos . Quizá loharé apuntando de mi mano algo de estosmismos discursos , que aunque en su l laneza

parezca sobrado este pensamiento, no lo es enel que yo tengo de expl icar algunos que dejémedio anegados y muertos entre el apr ieto de

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 154/197

algún servicio. Y éste finalmente, discretolector , es e l fundamento del que yo ahora enesta breve relación te hago, si mi buena in-tención mereciere que le cuentes y estimes portal; porque dado caso que á este fin me m o-vieron los que digo, habiéndolos dichosamen-te conse gu ido , y la señora para quien esto seescr ib ió el de su vocacion y v ia je , tomandoel hábito de monja en el insigne monasteriode San Lorenzo, despues que por algunos diasfue generalmente festejada su venida de todolo mejor de la nobleza Mejicana, el sacar aho-ra á pública censura los mismos atrevimientosque se pudieran quedar olvidados y desapare-cidos al mundo, es ya todo poner los ojos ensolo el fin de agradar los tuyos, reduciendo áesta última pretensión todo el caudal de lasprimeras. Y así en ventura mia será si en elgusto tuyo estos mis borrones la tuvieren tal

los consonantes. Esto será otra vez, y lo dichoahora claridad desta primera introducción. Ypara que también la tenga el noveno tercetoq u e d ic e :

D e To b a r y G u z m a n h e c h o un e n je r toAl Sandoval , que hoy s irve de columnaA l gran peso del mu ndo y su concierto ,

se ha de advert ir que Do ña Elv ira de Rojasy S a n d o v a l , h i j a d e D ie g o G ó m e z d e S a n d o -v a l , m a r q u es d e D e n ia , f u e m u g e r d e D o nSancho de Tob ar , señor de Vil lamart in ytierra de la R ei na , y visabue la desta señora,y por esta via parienta m uy conocida y ce r-cana del gran duque de Lerma Don Francis-co Gómez de Sandoval , que hoy es la perso-na mas propincua á la de nuestro glorioso ycatól ico monarca F il ipo I I I , y de cuya pru-

£ 2

dencia mas se s irve en el gobierno de los mun-dos que están á su cargo, y le deje Dios gozarfelicísimos años para el un iversal bien de suiglesia.

C A R T A\ - - -

D E L D R . B E R N A R D O D E B A L B U E N A

X L A S E S O R A

D O Ñ A I S A B E L D E T O B A R Y G U Z M A N ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 155/197

\

D E S C R I B I E N D O L A F A M O S A C I U D A D D E M É J I C O

Y SU S G R A N D E Z A S .

ARGUMENTO.

D e la famosa Mé jico el as iento ,Origen y grandeza de edif ic ios ,Cabal los , cal les , t rato , cumplimiento,Letras , v ir tudes , var iedad de of ic ios ,Regalos , ocas iones de contento,Pr imavera inmortal y sus indic ios ,Gobierno i lustre, rel igión y estado,Todo en este discurso está cifrado.

dencia mas se s irve en el gobierno de los mun-dos que están á su cargo, y le deje Dios gozarfelicísimos años para el un iversal bien de suiglesia.

C A R T A\ - - -

D E L D R . B E R N A R D O D E B A L B U E N A

X L A S E S O R A

D O Ñ A I S A B E L D E T O B A R Y G U Z M A N ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 156/197

\

D E S C R I B I E N D O L A F A M O S A C I U D A D D E M É J I C O

Y SU S G R A N D E Z A S .

ARGUMENTO.

D e la famosa Mé jico el as iento ,Origen y grandeza de edif ic ios ,Cabal los , cal les , t rato , cumplimiento,Letras , v ir tudes , var iedad de of ic ios ,Regalos , ocas iones de contento,Pr imavera inmortal y sus indic ios ,Gobierno i lustre, rel igión y estado,Todo en este discurso está cifrado.

2 2  G R A N D E Z A

C A P Í T U L O I.

A R G U M E N T O .

De la famosa Méjico el asiento,

0 tú , heroica beld ad, saber profu ndo ,Que por milagro puesta á los mortalesf n todo fuiste la última del mundo;

A nacer de principio tan incierto,Que no es la escura antigüedad mas larga.

D e Tobar y Gu zma n hecho un enjertoAl Sandoval, que hoy sirve de columnaAl gran peso del mundo y su concierto.

Dejo tu discrec ión, con quien ningunaCorrió parejas en el siglo nuestro,Siendo en grandezas mil, y en saber una:

Que aunque en otros sujetos lo que muestroAquí por sombras, fueran resplandoresD e un nombre ilustre en el pincel mas

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 157/197

'  a e n  ios desiertos arenales,^obre que el mar del Sur resaca y quiebraJ M a C a r  j u s t r o s o y p e r l a s o r i e n t a ] e s ;  ^

u o haciendo á tu valor notoria quie bra,tiempo fue tragando con su l lama

-lu rico estambre y su preciosa hebra;--L'è un   t r o n c o  ¡lustre generosa rama,

ÍHijeto digno de que el mundo sea

Columna eterna á tu renombre y fama:Uye un rato, señora, á quien deseaAficionarte á la ciudad mas rica,Que el mundo goza en cuanto el sol rodea.

1  si mi pluma á este fur or se ap lica,* deja tu alabanz a, es que se sienteGorta á tal vuelo, a tal grandeza chica.

<Que Atlante habrá, qué Alcides que sustenteJ eso de cielo, y baste á tan gran carg a,^ tu no das la fuer za suficiente?

•L'ejo tu gran nobleza, que se alarga

diestro;En tí es lo menos que hay, y los menores

Rayos de claridad con que hermoseasLa tierra, su altivez y sus primores.

Y así se queden para solo ideas,N o imitables de nadie, á tí ajustadas,Solo á tí, porque sola en todo seas.

Ahora en las regiones estrelladasLas alas de tu altivo pensamiento

Anden cual siempre suelen remontadas;O en mas hum ilde y blando sentimiento

D e la fortuna culpen el agravioD e no,ajustarse á tu merecim iento;

O del mordaz el venenoso labio,Que á nadie perdonó, también se atrevaA mostrar en tu envidia su resabio;

D ó quiera que te hallare esta voz nu eva ,En cielo, en tierra, en gusto ó en disgusto,A oiría un rato tu valor te mueva.

Que si es en todo obedecerte justo,

Esto es hacer con propiedad mi of ic io ,* conformar el mió con tu gusto

Mandasme que te escr iba algún indic ioD e que h e l legado á esta c iudad famosa ,C e n t r o d e p e rf e c c ió n , d e l m u n d o q u ic io :

¿u as iento , su grandeza populosa,Sus cosas raras, su riqueza y trato,Su gente i lustre, su labor pomposa.

Al íin un perfectísimo retrato

1 id e s d e l a G r a n d e z a M e j ic a n a ,Ahora cueste caro , ahora barato ,c u i d a d o e s g r a v e y c a rg a n o l iv ia n a

Su máquina soberbia se presenta.Con bel l ís imos lejos y paisages ,

Sal idas , recreaciones y holguras ,Huertas , granjas , molinos y boscajes ,

Alamedas, jardines , espesurasD e varias plantas y de frutas bellasEn f lor , en c ierne, en leche, ya maduras .

N o t iene tanto núm ero de estrellasEl c ielo , como f lores su guirnalda,N i mas v ir tudes hay en é l que en el las.

D e sus al tos vest idos de esm eralda,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 158/197

La q ue impon es á fuerzas tan p equeñasMas no al deseo de servir te y gana

Y asi , en vir tu d del g usto con que enseñas£1 mío a hacer su ley de tu contento,Aquestas son de Méjico las señas ,

•oanada de un templado y fresco v iento ,D o n d e n a d ie c r e y ó q u e h u b ie s e m u n d oCoza f lor ido y regalado as iento .

Casi debajo el t rópico fecundo

Que reparte las f lores de Amaltea* de per las empreña el mar profundo,

D e n t r o e n l a z o n a p o r d ó e l s o l p a s e a ,y e l t i e r n o a b r i l e n v u e l t o e n ro s a s a n d a ,

S e m b r a n d o o l o r e s h e c h o s d e l i b r e a ;

¿ o b r e u n a d e l i c a d a c o s t r a b l a n d a ,

Q u e e n d o s c l a r a s l a g u n a s s e s u s t e n t a ,

C e r c a d a d e o la s p o r c u a l q u i e r a b a n d a ,

L a b r a d a e n g r a n d e p r o p o r c i o n y c u e n t a

D e t o r r e s , c h a p i t e l e s , v e n t a n a j e s

Que en r ico agosto y abundantes miesesEl bien y el mal reparten de su falda,

Nacen l lanos de iguales intereses ,Cuya labor y fértiles cosechasEn uno rinden para muchos meses.

Tiene esta gran c iudad sobre agua hechasFirmes calzadas , que á su mucha gentePor capaces que son v ienen estrechas:

Que ni e l cabal lo gr iego hizo puente

T an l lena de armas al t royano mu ro,N i á tantos guió U lises el prude nte;N i cuando con su c ierzo el f r ió Arturo

Los árboles desnuda, de agostadasHojas así se cubre el suelo duro,

Como en estos caminos y calzadasEn todo t iempo y todas ocasiones ,Se ven gentes cruzar amontonadas.

Recuas , carros , carretas , carretones ,D e plata , oro , r iquezas , bast imentosCargados salen, y entran á montones .

D e var ia traza y var ios m ovim iento sVanas figuras, rostros y semblantes,U e hombres var ios , de var ios pensamientos;

• f inieros , o f ic iales , contratantes ,Cachopines , so ldados, mercaderes ,G a l a n e s , c a b a l l e r o s , p l e i t e a n t e s ;

C l é r ig o s , f r a i l e s, h o m b r e s y m u g e r e s ,D e diversa color y profes iones ,D e var io estado y var ios pareceres;

Diferentes en lenguas y naciones ,En propósitos , f ines y deseos ,Y aun á veces en leyes y opiniones;

El contratar y aquel bullirse todo,Que nadie un punto de sos iego t iene.

Por todas partes la codicia á rodo,Que ya cuanto se trata y se practicaEs Ínteres de un modo ó de otro modo.

Este es e l so l que al mundo v iv if ica,Quien lo conserva, r i je y acrecienta ,Lo ampara, lo defiende y fortifica.

Por este el duro labrador sustentaEl áspero r igor del t iempo helado,Y en sus trabajos y sudor se alienta;1,

Y el fiero imitador de Marte airado

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 159/197

x todos por atajos y rodeos-En esta gran c iu dad desaparecenD e g ig a n t e s v o l v ié n d o s e p ig m e o s .

¡O inmenso mar, donde por mas que crecen•Las olas y avenidas de las cosasN i las echan de ver ni se parecen

Cruzan sus anchas cal les mil hermosasAcequias que cual sierpes cristalinasDan vueltas y revueltas deleitosas ,

Llenas de estrechos barcos, ricas minasD e pr ovis io n, sustento y mater ialesA sus fábricas y obras p eregrinas .

Anchos caminos, puertos pr incipalesPor t ierra y a gua á cuanto el gusto pidei pue den alcan zar deseos mortales.

Entra una flota y otra se despide,£>e regalos cargada la que viene ,La que se va del precio que los mide:

Su sordo ruido y tráfago* entretiene,

A l ronco son del atambor se mu ev e,Y en limpio acero resplandece armado.

Si el industrioso mercader se atreveA l inconstante m ar, y así remediaD e grandes sumas la menor que d ebe ;

Si el farsante recita su comedia,Y de discreto y sabio se hace bobo,Para de un hora hacer reir la media;

Si el pastor soñoliento al fiero loboSigue y pers igue, y pasa un año enteroEn vela al pie de un áspero algarrobo;

Si el humilde oficial sufre el severoRostro del torpe que á mandarle l lega,Y el suyo al gusto ageno hace pec hero;

Si uno teje , otro cose, otro navega,Otro descubre el mundo, otro conquista,Otro pone demanda, otro la niega;

Si el sutil escribano papelistaLa airosa pluma con sabor voltea,

G R A N D E Z A

Costoso y desgraciado coronista;^ el prist a fantástico pleitea,

¿>i el arrogante mé dico os aplica•La mano al pulso y á Gale no hoje a;

Si reza el ciego, si el prior predica,e canonigo grave s igue el coro ,

* ei sacristan de liberal se pica;oí en corbas cimbrias artesones de oro

1 or las soberbias arquitraves vuelan

Con ricos lazos de inmortal tesoro;oí la escultura y el pincel consuelan

c o n sus primores los curiosos ojos ,

Entre otros bienes suyos dio el asientoA esta insigne ciudad en sierras de agua,Y en su edificio abrió el primer cimiento .

Y así cuanto el ingenio human o fragu a,Alcanza el arte, y el deseo practicaE n ella y su lagu na se desaguaY la vue lve agrad able, i lustre y r ica.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 160/197

v  , * n c o n t r a h a c e r  e l mundo se desvelan;i ala n-, si por industria ó por antojos

D e la vida mo rtal, las ramas crecenD e espinas secas y ásperos abrojos;

^ "nos a otros se ayudan y obedecen,* en esta trabazón y engace humano

-Los hombres con su mund o perm anec en,Ligoloso Ínteres les dá la mano,

Refuerza el gusto y acrecienta el brio,X con el suyo lo hace todo llano.

Quitaa a este gigante el señoríoY las leyes que ha im puesto á los mortales,volvereis su concierto en desvar ío .

Caerse han las columnas principales

fcobre que el mun do y su grande za estriva ,i en confusion serán todos iguales,

lúes esta oculta fuerza, fuente v ivaD e la v ida pol ít ica, y a l ientoQue al mas t ib io y helado pecho av iva ,

t

3 ° G R A N D E Z A

C A P Í T U L O I I .

A R G U M E N T O .

Origen y grandeza de ed ificios.

Pudiera aquí con levantado esti loSiguiendo el aire a mi veloz deseo

Da nd o á su imperio y ley gentes estrañasQue le obedezcan , y añidiendo al mundoUna española isla y dos Españas.

D e cu yo noble parto sin segundoNació esta gran c iudad como de nuevoEn acendiente próspero y fecundo;

Y otras grandezas mil en que yo l lev oPuesta la mira en una heroica historia,Donde pienso pagar cuanto le debo.

Al l í conserve e l t iempo mi memoria,Y á mí me deje, á vueltas de la suy a,Gozar en verlo una invidiada gloria ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 161/197

A este cuento añudar un largo hiloUn espantoso alarde, un rico empleo

D e heroicos hech os, con que el tiempo añideVida á la fama, al Ínteres trofeo.

El bravo brio español que rompe y mide,A pesar de N ep tu no y sus espantos,Los golfos en que un mundo en dos divide,

Y aquellos nobles estandartes santos,Que con su sombra dieron luz divina

A las tinieblas en que estaban tantosY al mismo curso por dó el sol camina,

Surcando el mar y escudriñando el cielo,Del Ínteres la dulce golosina

Los trajo en hombros de cristal y hieloA ver n uevas estrellas y regionesA estotro rostro y paredón del suelo,

Desde donde asombraron las nacionesCon increíbles proezas y hazañasD e sus nunca vencidos escuad rones,

Que sin que esta ocasion la disminuya,Espero que mi musa en son mas graveLo que le usurpa aquí le restituya,

Y en pompa sonorosa y en voz suaveLo diga todo, y los milagros cuenteA que la brevedad echa hoy la l lave;

Pues ya en las selvas de mi clara fuenteEn humildes l lanezas pastorilesOcupan el lugar mas eminente ( i ) .

Y entre las armas de aquel nuevo A qu iles,El gran Bernardo (a), honor, gloria y modeloD e obras gallardas y ánimos gentile s,

Tienen su rico engaste pelo á peloCon las demás grandezas españolas,Qu e ponen lustre al mu nd o, envid ia al suelo.

( 1 ) A l ud e a q uí e l  autor  á  su  novela pastoril el  Si-glo de Oro  en las selvas de  Erifile.

( 2 ) A l u d e  á  su poema heroico Intitulado  El Ber-nardo.

Para allí dejo estas crecientes olaS,Que aquí ine impiden el sabroso cursoCon que navego á sus bellezas solas.

Dejo también el áspero concurso,Y obscuro origen de naciones fieras,Que la hallaron con bárbaro discurso;

El prol i jo v iaje , las quimerasDel pr incipio del águila y la tunaQue trae por armas hoy en sus banderas

Eos varios altibajos de fortuna,Por donde su potencia crec ió tanto ,Que pudo hacer de mil coronas una.

Esto es muy lejos , yo no basto á tanto;

Levantar muros y edif ic ios rudos,Que mas que eso acreditan las edades;

El sabio Cadmo hacer surcos desnudos,Y allí cosecha de aceradas gen tes ,Sembrando dientes y cogiendo escudos;

Que Méjico por pasos diferentesEstá en la mavor cumbre de grandezaQue vieron los pasados y presentes.

D e sus soberbias calles Ja reale za,

A las del a jedrez b ien comparada s ,Cuad ra á cuadra, y aun cuadra pieza ápi eza ;

Porqu e s i a l juego fuesen entabladas ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 162/197

Solo diré de lo que soy test igo ,Digno de Homero y de la fama' espanto

l asi vue lvo á decir y otra vez dig oQue el Ínteres, señor de las naciones,Del trato humano el pr incipal post igo ,

Co m o á la ant igüedad dió por sus donesPirámides , co lumnas, termas, baños,Te a t r o s , o b e l i s c o s , p a n t e o n e s ,

Una Troya par ienta de los años,Una Roma también par ienta suya,

Y una Venecia l ibre y no de engaños,Porque el t iempo su honor le rest ituya,

Si piensa que ho y es menos p oder oso,A Méjico le dió que le concluya.

En otro crec imiento populosoY otros ocultos partos de ciudadesPodrá ser algo desto sospechoso,

Y Te ba s , con su música y deidades ,

Tantos negros habria como blancos ,Sin las otras colores deslavadas.

¿Quien, puesta ya la mira en tantos b lancosY los débiles pies en esta altura,Irá sin dar descompasados trancos?

La ant igua Grecia l lena de esculturaCelebre sus soberbios edif ic ios ,Y de los tirios muros la hermos ura;

Y a la bárbara Men fis sus egipci osEnnoblezcan de b lanco mármol par ió ,Precioso en pasta y rico en artificios;

Y los incultos Partos con volt arioAr co d ef iendan los que en sus regionesSemiramis labró de jaspe vario:

Las almenas y al t ivos I l ionesQue fabr icó la industr ia de Neptuno,Hagan de Fr igia r íeos los terrones;

Y al fin refiera el mundo de uno en unoSus bellos edificios, mauseolos

D e m a y o r fa m a q u e e s t o s , s i h a y a l g u n o ;Que con los desta gran laguna solos

Hará otro mas v is toso y r ico alarde,Desde la ardiente zona á los dos polos .

Toda el la en l lamas de bel leza se arde,Y se v a c o m o F é n i x r e n o v a n d o :Crezcas al c ie lo , en s iglos mil te guarde.

¡Que es ver sobre las nubes ir vo lando

Con bel los lazos las techumbres de oroD e r icos templos que se van labrandoDonde s i e l mundo en su mortal tesoro

Puede contrahacer sombras de c ielo ,

Y las columnas pérsicas, con ropasBarbáricas cargadas de festones,Y de acroterias pulvin adas cop as:

Al f in cuanto en esta arte hay de invenciones ,Pr imores , sut i lezas , ar t if ic ios ,G r a n d e z a s , a l t iv e c e s , p r e s u n c io n e s ,

Sin levantar las cosas de sus quicios

Lo t ienen todo en proporcion dispuestoLos bellos mejicanos edificios.

Jonio , cor int io , dór ico compuesto ,Mosaico ant iguo, áspero toscano,

Y lo que falta aquí si mas hay que esto.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 163/197

Al v ivo v ive al l í e l celest ial coro .Bien que á sus c imbrias el delgado suelo

H u m il l a p o c o á p o c o , q u e e n e l m u n d oN o hay mas f irmeza ni menor recelo .

C u e l g a e l p r im e r c im ie n t o h a s t a e l s e g u n d o ,Que de columnas de cr is tal fabr icanLas t iernas ninfas en su mar profundo;

Y no por eso su al t iv ez a chic an,

Q ue cuan to mas la tierra se los tragaMa s arcos y c imborios mu lt ipl ican.

Suben las torres , cuya cumbre amagaA vencer de las nubes el a l tu ra,Y que la vista en ellas se desha ga.

Las portadas cubiertas de escultura,Obra sut i l , r iquís imo tesoroDel cor int io pr imor y su ternura:

Los anchos frisos de relieves de oroIstr iados , t r igl i fos y metopas ,Que en orden suben la obra y dan decoro;

O c iudad bel la , pueblo cortesano,Pr imor del mundo, traza peregr ina,Grandeza i lustre, lustre soberano;

Fénix de galas , de r iquezas mina,Museo de c iencias y de ingenios fuente,J a r d in d e V e n u s , d u l c e g o l o s in a ;

D e l p l a c er m a d r e , p ié l a g o d e g e n t e ,D e joyas cofre, erar io de tesoro,F lor de c iudades , glor ia del poniente;

D e amor el cent ro , de las musas coro;D e honor e'1 rein o, de virt ud la esfera,D e honrados patr ia , de avar ientos oro;

Ci elo de r icos , rica pr imavera,Pueblo de nobles , consistor io justo ,Grave senado, discrec ión entera;

Templo de la beldad, a lma del gusto ,Indias del mundo, c ielo de la t ierra:T od o esto es sombra tuy a, ó pueblo augusto ,Y   si hay mas que esto,aun mas en tí se encierra.

C 2

3 6 G R A N D E Z A

a

C A P Í T U L O I I I .

A R G U M E N T O .

Caballos, calles, trato, cumplimiento.

D e l monte Osa los centauros fieros,Que en confuso escuadrón rompen sus llanos,D e carrera veloz y pies l igeros;

M E J I C A N A . 3

Que así en estas grandezas se señala,Casas, calles, caballos, caballeros,Que el mundo junto en ellas no le iguala.

Los caballos lozanos, bravos, fieros;Soberbias casas, calles suntuosas;Ginetes mil en mano y pies l igeros.

Ricos jaeces de libreas costosasD e aljófar, perlas, oro y pedrería,Son en sus plazas ordinarias cosas.

Pues la destreza, gala y bizarría,Del medido ginete y su ac icate,En seda envu elto y varia plum ería:

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 164/197

N i d e la alta Acarnania los ' 'víanosMancebos, que primeros en el mundoAl treno dieron industriosas manos;

Ni Mesápo en la brida mas profundo,N i Casto r, m edio dios, que en ser gineteFue ya e l primero s in temer segundo;

N i los l igeros potros de G ae te ,Qu e al viento y á los años desafian ,

Entrando en cinco y no l legando á siete;N i los que de los aires concebían

Las lusitanas yeguas, y en su playaSobre las ondas de la mar corrían;

N i otro nin gun o, si es posible le hayaDe mayor nombre, aunque entren á porfíaLos que el gran Betis en su arena ensaya;

Podrán contrahacer la gallardía,Brio, ferocidad, coraje y galaD e M éjico y su gran caballería.

¿Que lengua habrá ó pincel que le retrateEn aquel aire y gallardía l igera,Qu e á Mar te imita en un fero z combate ?

Si el gran Faetón estos caballos vieraNunca los de su padre codiciara,Que por menos gallardos los tuviera.

Ni el bárbaro Gradasso aventuraraPor Bay arte persona, reino y v id a,Que aquí muchos mejores que él hallara.

N i From ino y su rienda corregida,Ni el feroz Bril ladoro y RabicanoDel duque Astol fo fénix de la brida;

Ni al que labró Alejandro de su manoSepulcro insigne, ni del gran BabiecaEl invencible brio castellano;

Ni el diverso ipógrifo, que en la secaRegión del aire el caracol hacia,En ala y pluma azul pomposa y hueca;

N i los que á Eneas le dió su suegro un dia,

Nietos de los del so l , ni e l que el L iceoM o n s t r u o v e n c ió , q u e e n f u e g o y h u m o

ardía;

N J  otro de mayor nombre ó mas arreo,Si le t iene la fama, ó le tuviera,Y  pincel le pintara del deseo ' ,

E n M é j ic o a l p r im e r l u g a r s u b ie r a ,Aunque para alcanzar lo le ayudaranLas espuelas del t iemp o y su carrera:

Que los que del los mas gal lardearanAI huel lo de su plaza en br ío y arteEl cuel lo al t ivo y la cerviz bajaran.

Es su grandeza al f in en esta parte

D e sus cristales y á su juncia ve rd eEsquilman y carcomen gran pedazo.

¡O pueblo i lustre y r ico , en quien se pierdeEl deseo de mas mundo, que es muy justoQue el que este goza de otro no se acuerde

T u n o b le j u v en t u d d e h o n r ad o g u s t o ,Parnaso de las musas y de Apolo ,Rico sagrar io y museo augusto ,

D e l I n d o a l M a u r o , y d e p o l o á p o l o ,

En concertar el brio de un caballoTiene el pr imer lugar y e l pr imor so lo .

Cal lo su al t iva gal lardía, y cal loLa generosidad , suerte y grandeza

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 165/197

Tal , que podemos bien decir que seaLa gran cabal ler iza del dios Marte;

Donde en r ico jaez de oro campea£1 castaño colér ico , que al a ireVence s i e l ac icate le espolea;

Y el tostado alazan, que s in desgaireHe cho de fueg o en la co lor y e l br ioEl freno le compasa y da donaire:

E l r e m e n d a d o o b e r o , h ú m e d o y f r ió ,El val iente y galan-rucio rodado,El ros i l lo cubierto de rocío:

El blanco en negras moscas salpicado,El zaino ferocís imo y adusto ,El galan cenic iento gateado:

El neg ro end rino, de ánimo robusto ,El cebruno fantást ico , e l picazoEngañoso, y el bayo al fre'no justo,

i otros innumerables que al regaz o

D e corazon que en sus costumbres hal lo .Su cortés compostura, su nobleza,

Su trato hidalgo, su apacible modo,Sin cortedad ni sombra de escaseza:

A q u e l p r ó d ig a m e n t e d a r l o t o d o ,Sin reparar en gastos escesivos,Las per las , oro , plata y seda á rodo;

Si aqueste est i lo aun v ive entre los v ivos ,

Este delgado suelo le sustentaY le cria en sus ánimos altiv os.

Es la ciudad mas rica y opulenta,D e mas contratación y m as teso ro,Que el norte enfr ia , ni que el so l cal ienta.

La plata del Per ú, de Chile e l oroViene á parar aquí y de TerrenateClavo f ino y canela de Tidoro.

D e Cam bray telas , de Quinsa y rescate,D e Sic i l ia coral , de S ir ia nardo,

D e A r a b ia in c e n s o , y d e O r m u z g r a n a t e -Diamantes de la India, y del gal lardo 2

Scita balages y esmeraldas linas,•Uè G_oa marfil, de Sian évano pardo-

-L'è Jispana lo m ejo r, de Fili pin asLa nata de Mac on Io mas precioso,JJe ambas Jabas r iquezas peregr inas:

La f ina loza del Sangley medroso,

í f , " c a s m a r . t a s d e I o s  Sc it ios Caspes ,

JJel Trogoldita el c ínamo oloroso:Ambar del Malabar , per las de Idaspes ,D r o g a s d e E g ip t o , d e P a n c a y a o l o r e s ,D e 1 ersia al fombras , y de Etol ia jaspes:

El bel lo so l , que con su luz div inaAlumbra el mundo y en un año gozaDel c ielo todo y cuanto en él camina,

Y a e n A r ie s , Ta u r o y P o l u x s e r e m o z a ,Y a e n C á n c e r , L e o y V ir g o p o n e c a s a ,Y a en Libra igu ala el mun do y lo alborota,

Y a en el fiero Escorpion se encog e y tasa,Y a el a ire y v iento al tera en Sagitar io ,O en su setentrional esconce abrasa,

Y a en Caprico rnio húmed o y voltar ioHiela, vent isca y nieva, y pone el f r ióSitial y asienta en Piscis y en Acuario.

Al f in todo el tesoro, a l iento , br io ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 166/197

D e l a g r a n C h i n a s e d a s d e c o l o r e s ,l i e d r a B e z á r d é l o s in c u l t o s A n d e s ,D e R o m a e s t a m p a s t e M i l á n p r i m o re s :

Cuan tos relo jes ha inventado F land es •Cuantas telas I tal ia , y cuantos dijes 'Labra Ven eci a en sut i lezas grand es:

C u a n t a s Q u im e r a s , B r ia r e o s , G ig e sAmbers en bronce y láminas retrata,

JJe mil co lores , hábitos y embiges;AI fin , del mundo lo mejor , la nataD e cuanto se conoce y se pract ica,Aquí se bul le , vende y se barata/ '

Con todo él se confronta y comunica,Y en un año le trata y corresponde,X Io que hay bueno en él goza y salpica.

Desde do nace el dia hasta en dondeSe acaba y muere, y desde la vocinaJ-Jeí norte helado hasta do el sur se esconde

Temple, inf luencia, aspectos , resplandores ,G o z o s , e x a l t a c io n e s , s e ñ o r ío ,

Imágenes y causas super iores ,Que al mundo son para su ser y aumentoD e la milicia celestial favores,

En c írculo , rodeo y movimientoD e u n año lo pasea, escala y m id e,A l e g r a , g o z a , in f l u y e y d a c o n t e n t o ,

M é j ic o a l m u n d o p o r ig u a l d iv id e ,Y com o á un sol la tierra se le inclin aY en toda ella parece que preside.

C o n e l P e r ú , e l M a l u c o y c o n l a C h in a ,El Persa de nación, e l Sc ita , e l Moro,Y otra si hay mas remota ó mas vecin a;

Con Francia, con I tal ia y su tesoro,C o n E g ip t o , e l G r a n C a ir o y l a S i r ia ,La Taprovana y Quersoneso de oro ,

C o n E s p a ñ a , A l e m a n ia , B e r b e r ía ,

A s i a , E t i o p i a , A fr i c a , Gui n e a ,Bretaña, Grec ia , Flandes y Turquía:

Con todos se contrata y se cartea;Y á sus tiendas , bodegas y almacenes-Lo mejor destos mundos acarrea.

Libre del fiero Marte y sus vaivenes,En v ida de regalo y paz dichosa,Hecha está un cielo de mortales bienesCiudad ilustre, rica y populosa.

C A P Í T U L O I V .

A R G U M E N T O .

Letras, virtudes, "variedad de oficios.

¿ Q u e oficio tan suti l ha ejerc itadoFlamenco rubio , de primores l leno,En templadas estufas retirado,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 167/197

A quien los hielos del nevado RenoEn la imaginación dan con su frióUn cierto modo á obrar dispuesto y bueno,

Que aquí con mas templanza, aliento y bríoN o tenga fragua, golp e, es tampa, l ima ,pincel , gurbia, bur i l , t ienda ó buhío ?

Telares de oro, telas de obra prima,D e varias sedas, de colores varias ,

D e gran prim or, gran gala y grande estima:El oro hilado, que con las voltarias

Hebras que el aire alumbran entretienenMil bellas manos y horas solitarias;

Listadas tocas que en el viento suelenVolver en varios visos los cabellos,Con que á igualarse en sutileza vienen:

Ardientes hornos , donde en medio del losLa salamandra, si en las l lamas vive,Se goza á vueltas de sus vidrios bellos:

D e hoy mas Ve nec ia en su cr is tal no escr ibe,Pisa en su loza, Luca en sus medallas,Que en Méjico igualdad nada rec ibe.

Solo el furioso dios de las batallasAquí no inf luye, ni la paz sabrosaCuelga de baluartes ni mural las .

Todos en gusto y en quietud dichosaSiguen pasos y of ic ios voluntar ios ,Habiendo mil para cualquiera cosa.

Alquimistas sut i les , lapidar ios ,Y los que el oro hurtan á la plataCon invenciones y art if ic ios var ios:

E l p i n c e l y e s c u l t u r a , q u e a r r e b a t a

Aquí también se labra y se refinaEn fortaleza y temple s in segundo;

Y otra inquietud mayor dó á la cont inaSe forman cada dia mil barajasEn que el mas cuerdo seso desatina.

D e finas telas y de urdie mbre s baja s,Obrajes r icos donde á toda cuentaSe labran paños y se prensan rajas;

D e abiertos moldes una y otra imp renta ,Bel lo art if ic io que el humano cursoD el mundo en inmortal v ida sustenta.

Pues de su plaza el t ráfago y concurso,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 168/197

E l a l m a y p e n s a m i e n t o p o r l o s o j o s ,Y el v iento , c ielo , t ierra y mar retrata;

Adonde con bel l ís imos despojosSe goza del gran Concha la agudezaQue hace á la vista alegres trapantojos:

D e l c e l e b r a d o F r a n c o l a v iv e z a ,Del diestro Chaves el pincel div ino,De hija y madre el pr imor, gala y destreza,

Co n que en c iencia y dibujo peregr in oVencen la bella Marcia y el airoso

^  Pincel de la gran hija de Crat ino:Y otras bellezas mil, que al milagroso

Ingenio de ambas este suelo debeComo á su fama un inmortal Coloso.

El negro azufre, que en sal itre bebe

Furor de inf ierno con que vuela un mundo,Si á su violencia resistir se atreve,

Aunque invención sal ida del profundo,

Lo que en ella se vende y se contrata¿En que suma cabrá ó en que discurso?

Los ricos vasos de bruñida plata,Bajillas de oro que el precioso cintoDel cielo en sus vislumbres se retrata:

N o l o s v io t a le s D o d o n e y C o r in t o ,- N i á su buril l leg ó el que alaba G reci a

Del famoso escultor del labir into;

D ó el ar te á la mater ia m enosprecia,Añidiendo valor fuerte y quilatesA lo que el mundo mas estima y precia.

¿Pues quien dirá del humo los dis lates ,Que envueltos suben en estruendo y brasasSobre el l igero v iento y sus embates?

Adonde en fragua ardiente y yunques rasasD e hierro duro y derret ido bronceDoman y ablandan encendidas masas ,

Y el C ic lope parece se desgonceAl sacudir los brazos, atronando

D e un Etna nue vo el cavernoso esconce.Unos labran de l ima, otros for jando

Lo que el bur il despues tal la y relevaLanzan rayos de s í de cuando en cuando.

Aquel dora un brazal , este una greba,Uno pabona, bruñe, otro barniza,Otro graba un cañón, otro le prueba.

Vuela el rumor centel las y ceniza

Sobre las nubes , y en estruendo horr ib le

E l D io s d e l f u e g o l a g u e d e j a e r i z a ;Y entre este resonante aire movible

N o fal ta sut i l l ima que reduceEl duro acero á término invis ib le,

Tierras cortas , enjambres de test igos ,Invidiosos , censores y jueces ,Sin poder recusar los enemigos,

Del mundo horrura, de su hez las heces;Que allí son algo donde está la nada,Po r ser hechura suya las mas veces :

G e n t e m e n d ig a , t r i s t e , a r r in c o n a d a ,Que como indigna de gozar el mundoEstá dél y sus bienes desterrada:

Ser pr imero en el campo ó ser segundo,Te ne r b ienes s in orden de goz al lo s ,Mister io es celest ial , a l to y profundo.

En el campo están ricos los caballos,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 169/197

Y en finas puntas aceradas luceD e sut i les agujas que el desnudoAljófar hacen que por el las cruce.

Al f in no hay tan estrecho ó tan menudoOfic io de pr imor y sut i leza,D e f u e r z a s g r a n d e s , ó d e in g e n io a g u d o ,

Que á esta i lustre c iudad y su grandeza

N o s irva de Ínteres ó de regalo ,D e ad orno , ut i l idad , gracia ó bel leza.¿Quien jamás supo aquí de dia malo ,

Teniendo que gastar? ¿Quien con dinerosHalló á su gusto estorbo ni intervalo?

La pobreza dó quiera es v ieja - en cueros,Abo mi nab le, congojosa y f iera,D e mala cara y de peores fueros;

Y aunque es bueno ser r ico donde quiera,Lugares hay tan pobres y mend igosQue en ellos serlo ó 110 es de una manera:

Al l í t ienen su pasto y lozanía,Darles otro lugar es v io lentados.

N o hay jaez de tan rica pedrer ía,N i corte tan soberbia y pop ulosaQue no les sea sin él melancolía:

Gente hay en los cort i jos generosa,Y en los montes no todas son encinas,

Que aquí brota un jazmin, a l l í una rosa:Pero son inf luencias peregr inas ,Milagros y portentos de naturaNacer de las retamas clavellinas.

Es un acaso, un raro , una aventura,

Un monstruo, un tornasol de mil manerasDonde la v is ta apenas se asegura:

Lo general es ser todo quimeras,Al c ielo gracias que me veo cercadoD e ho mbres y no de bruto s, bestias, fieras.

¡Que es ver un noble ánimo encubado

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 170/197

Los gallardos ingenios desta tierraLo alcanzan, sut i l izan y perc ibenEn dulce paz, ó en amigable guerra.

Pues s i aman devocion los que aquí v iv en ,Y en solo grangear bienes de cieloEstriban, como es bien que solo estriben

¿Que pueblo, que ciudad sustenta el sueloTan llena de divinas ocasiones,Trato de Dios y rel igioso celo ,

De misas , indulgencias , estac iones ,Velac iones , plegar ias , romerías ,Pláticas, conferencias y sermones?

Tanto convento, tantas obras pías ,Tantas iglesias, tantos confesores,

Nobles costumbres , rel igiones santasD e c iencia gra ve, y grave s profesores

Honrado est i lo , generosas plantas ,Fe celest ial , recogimiento honesto ,Pureza s ingular , y en suma cuantas

Virtudes en el mundo el c ie lo ha puestoSi con cuidado mira su l ibrea,Aquí las hallará quien trata desto,Y mas que esto si mas y mas desea.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 171/197

Jubileos , hermandades, cofradías:Rel igiosos , gravís imos doctores ,

Sacerdotes honestos, ejemplares,Monjas llenas de Dios y sus favores:

Hombres raros, sujetos singulares

En c iencia, sant idad, e jemplo y v ida,A cuentos , á montones , á mil lares:

Virtud profunda, sant idad cumplida,Obras heroicas, trato soberano,A l m a s d e v o t a s , g e n t e c o r r e g id a :

Limosnas grandes , corazon cr is t iano,Caridad v iva, devocion perfecta,Z e l o d e D io s , f a v o r e s d e s u m a n o :

Ejemplos de v ir tud, v ida quieta,Ayunos santos , ásperos r igores ,Públicos bienes, oracion secreta:

Conciencias l impias , pechos s in rencores ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 172/197

Carreras, rúas, bizarrías, paseos,Amigos en el gusto , y t rato afables;I '  l l b r s a * > b o c h e s , c a m a f e o s ,

Jaeces, telas, sedas y brocadosPin te el antojo pidan sus deseos.

Escarches , bordaduras , entorchados,Joyas , ,oyeros , per las , pedrer ía,

A l j ó f a r , o r o , p l a t a , r e c a m a d o s ;

.Tiesta y comedias nuevas cada día,

D e vanos entremeses y pr imoresCusto , entretenimiento y alegr ía;Usos nuevos, antojos de señores.

D e m ugeres tocados y quimeras ,

Aquí se crian y gozan damas bellas.Estos son de sus bienes los mayores;

Y ellas en discreción y cortesíaEl esmero del mundo y sus primores.

La In dia m arf i l , la Arabia o lores cr ia ,H ie r r o V iz c a y a , l as D a l m a c ia s o r o ,Plata el Perú, e l Maluco especer ía,

Seda el Japón, e l mar del Sur tesoroD e r icas per las , nácares la C hi na ,P ú r p u r a T ir o , y d á t i l e s e l m o r o ,

M é j ic o h e r m o s u r a p e r e g r in a ,Y al tís imos ingenios de gran v ue lo ,Por fuerza de astros ó v ir tud div ina,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 173/197

D e m a n d o s c a r c o m a s y d o l o r e s ;

V o l a n t e s , c a r z a h a n e s , p r i m a v e r a s ,

* p a r a a u t o r i d a d y s e ñ o r í o

C o c h e s , c a r r o z a s , s i ll a s y l i t e r a s .

c i n e s q u e d i r e d e la h e r m o s u r a y b r i o ,

gracia, donaire, discrec ión y aseo,A l t i v e z , c o m p o s t u ra y a t a v í o

D e aS  damas deste alto coliseo

N a t a d e l m u n d o , > f l o r déla bel leza,Cumplida perfecc ión, f in del deseo,

Su afable trato , su real grandeza,Su grave honest idad, su compostura,

l o m ? P  /  C ° n S U 3 V e  y S r a n  Caneza?Ló menos de su ser es la hermosura,

1 adiendo Ven us mendigar la del las

C , n n r r a a '  6 ? M "6 ',   e n r o s t r o >   e n  p o s t u r a .O , "   r ° S a S a b n I '  e I c i e I ° e s t r e l l a s ,

P r e  oncenas, e l verano f lores ,

Al fin, si es la beldad parte de cielo,M é j ic o p u e d e s e r c ie l o d e l m u n d o ,Pues cr ia la mayor que goza el suelo .

¡O c iudad r ica, pueblo s in segundo,Mas lleno de tesoros y bellezasQue de peces y arena el mar profundo

¿Quien podrá dar guar ismo á tus r iquezas ,Número á tus famosos mercaderes ,D e mas verdad y fe que sut i lezas?

¿Quien de tus ricas flotas los haberes,D e que entran l lenas y se van cargadas ,Dirá, s i tú la suma del las eres?

En tí están sus grandezas abreviadas :T ú las.basteces de oro y plata fina;Y ellas á tí de cosas mas prec iadas.

En t í se junta España con la China,I tal ia con Japón , y f inalmenteUn mundo entero en trato y disciplina.

En t í de los tesoros del p onien teSe goza lo mejor; en t í la nataD e cuanto en tre su luz cria e l or iente.

Aquí es lo menos que hay que ver la plata,S iendo increíb le en esto su r iqueza,Y la cosa qu e en ella hay mas barata.

Que á dó está la beldad y gent i lezaD e sus honestas y b izarras damas,Y de sus c iudadanos la nobleza,

D e mil co losos digna y de mil famas,Tratar de causa menos generosaEs olvidar la fruta por las ramas.

Pues al que en paladar y alma golosa

Coronada por reina del verano,Símbolo del amor y su gobierno:

Al fin cuanto al sabor y gusto humanoAbril promete y mayo fruct if ica,Goza en estos jardines su hortelano.

Sin otra mina de conservas rica,A l m ív a r e s , a l c o r z a s , m a z a p a n e s ,Metal que al labio con sabor se aplica.

Cetrer ía de nebl is y gavilanes ,Al antojo y sabor del pensamiento,Liebres , conejos , tórto las , fa isanes ,

Sin tomar puntas ni escalar el viento,A pie quedo se toman en su plaza,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 174/197

Del glotón Epicuro cursa y s igue. infam e secta y cátedra asque rosa;

Si su estómago y v ientre le pers igue,Y del hace su Dios grosero y basto',Que á sacr if ic ios s in cesar le obl igué.

Pida su antojo , y no escat ime el gastoQue en sus hermosas y abundantes plazasVerá saínetes que ofrecerle abasto.

Mil apet itos , diferentes trazasD e ave s , pescados, carnes , salsas , f rutas ,•Linages varios de sabrosas cazas.

La verde pera, la cermeña enjuta,Las uvas dulces de color de grana,Y su licor que es néctar y cicu ta.

El membril lo o loroso, la manzanaArre volad a, y e l durazno t ierno ,La incierta nuez, la f rágil avel lana;

La granada, vec ina del invierno. ,

Que es la mejor del reino del contento .Trague el goloso, co lme bien la taza,

Y el regalón con ámbar y juguetesLa pr is ión l lene que su cuel lo enlaza,

Qu e á ninguno manjares ni sainetesFaltarán, s i los quiere; ni a l o l fatoAgu as de o lor , past i llas y pevetes .

Sin otros gustos de diverso trato,Que yo no alcanzo y sé, s ino de o idas ,Y así los dejo al vel o d el recato.

Músicas , bailes , danzas , acogidasDe agr idulce placer , t iernos disgustos ,Golosina sabrosa de las vidas;

F iestas , regalos , pasat iempos, gustos ,C o n t e n t o , r e c r e a c ió n , g o z o , a l e g r ía ,Sosiego, paz, quietud de ánimos justos

Hermosura, a l t iveces , gal lardía,N o b l e z a , d i s c r e c ió n , p r im o r , a s e o ,

G R A N D E Z A

Virtu d lealtad, riquezas, hidalg uía,Y cuanto la codicia y el deseo ° '

An/dir pueden y "alcanzar el arteAq m se hallará, y aquí lo ve o, '* aquí como en su esfera tienen parte

C A P Í T U L O V I .

A R G U M E N T O .

Primavera inmortal y sus indicios.

L o s c laros rayos de Faeto nte al t ivoSobre el oro de Coicos resplandecen,Que al mundo helado y muerto vuelven viv o.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 175/197

Brota el jazmín, las plantas reverdecen ,Y con la bella Flora y su guirnaldaLos montes se coronan y enriquecen.

Siembra Amaltea las rosas de su falda,El aire fresco amores y alegría,Los collados jacintos y esmeraldas,

To do huele á veran o, todo envía

Suave respiración, y está compuestoDel ámbar nuevo que en sus flores cria.

Y aunque lo general del mundo es esto,En este paraiso mejicanoSu asiento y corte la frescura ha puesto.

Aquí, Señera, el c ielo de su manoParece que escogió huertos pensiles,Y quiso él mismo ser el horte lano.

Todo el año es aquí mayos y abriles,Temple agradable, f r ió comedido,Cielo sereno y claro, aires sutiles.

G R A N D E Z A

Entre e l monte Osa y un collado erguido¿fe l a lt í s imo Olimpo, se di la taCie rto vall e fresquísimo y florido,M '  c o n s u  h'ja ingrata,

Mas su hermosura aumentan y enriquecenCon hojas de laurel y ondas de plata

Aquí las olorosas juncias crecenAl son de blancos cisnes, que en remansos

U e trio cristal las alas humedec en  •Aq uí entre ye rb a , f lor , sombra y descansos,£-as tembladoras olas entapizanSombrías cuevas á los vientos mansos.

-Las espumas de aljófares se erizan

M E J I C A N A . G

Y aunque lo es mu ch o,e s ci fra , es sum a, estilde

Del f lorido contorno mej icano.Y a esa fama de hoy mas se borre y t i ld e,

Que comparada á esta inmortal frescuraSu grandeza será grandeza humilde .

Aquí entre sierpes de cristal seguraLa primavera sus tesoros goza ,Sin que el tiempo le borre la hermosura.

Entre sus faldas el placer retoza,Y en las corrientes de los hielos claro s,Que de espejos le sirven se remoza.

Florece aquí e l laure l , sombra y reparos

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 176/197

Sobre los granos de oro y el arenat n q ue sus olas hacen y deslizan.

En-blancas conchas la corriente suena,* allí entre el sauce, el álamo y carrizo

U e ovas v erdes se engarza una melena.Aquí re toza e l gamo, a l l í e l er izo

D e madroños y púrpura cargado

Bastante prueba de su industria hizo.Aquí suena^un faisán, allí enredado

El ruiseñor en un copado alisoEl aire deja en suavidad bañado.

A l fin , aqueste hum ano paraíso,Tan ce lebrado en la e locuencia griega ,Con menos causa que primor y aviso,

üs e l  v a l l e ¿ e  T e m p e , e n c u y a v e g aSe cree que sin morir nació el verano,X que otro ni le iguala ni le llega.

Bellísimo sin duda es este llano,

Del ce lest ia l r igor, grave coronaD e doctas sienes y po etas raros;

Y e l presuroso a lmendro, que pregonaLas nuevas de l verano, y por traerlasSus flores pone á riesgo y su persona;

El p ino a lt ivo reventando perlasD e trasparente go m a, y de las parras

Frescas uvas y el gusto de cogerlas.A l olor del jazmin ninfas bizarr as,Y á la haya y el olmo entretejid aLa amable yedra con vistosas garras.

El sangriento moral , tr iste acogidaD e conciertos de am or, e l sauce um broso ,Y la palma oriental nunca ve ncid a;

El funesto ciprés, adorno hermosoD e los jardines, e l derecho abeto ,Sustento contra el mar tempestuoso;

El l i so box , pesado, duro y neto,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 177/197

Juegan, re tozan, sa ltan placenterasSobre el blando cristal que se deslizaDe mil trazas, posturas y maneras.

Una á golpes el agua crespa eriza ,Otra con sesgo aliento se resbala,Otra cruza , otra vuelve , otra se enriza .

Otra , cuya be ldad nadie la iguala ,Con guirnaldas de flores y oro á vueltasHace corros y alardes de su gala.

Esta hermosura, estas beldades sueltasAquí se ha llan y gozan todo e l añoSin miedos, sobresa ltos n i revueltas.

Es un real jardin, que sin engañoA los de Chipre vence en hermosura ,

Albahacas, junqui l los y he lech os,Y cuantas flores mas abril derrama,

Aquí con mi l be l lezas y provechosLas dió todas la mano soberana.Este es su sitio, y estos sus barbechos,Y esta la primavera mejicana.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 178/197

Y al mun do en temp le ameno y sitio estraño:Sombrío bosque, se lva de frescura ,

En quien de abri l y mayo los p ince lesCon flores pintan su inmortal verdura.

A l fin, ninfas, jardines y v erg eles ,Crista les, pa lmas, yedra , olmos, nogales,A l m e n d r o s , p i n o s , á l a m o s , l a u r e l e s ,

Hayas, parras, c iprés, cedros, morales,Ab e t o , b o x , t a r a y , r o b l e s , e n c i n a s ,Vides, madroños, n ísperos, serva les,

Az a h a r , a m a p o l a s , c l a v e l l i n a s ,Rosas, c lave les, l i r ios, azucenas,Romeros, a lhe lis , mosqueta , endrinas,

Sándalos, trébol, torongi l , verbenas' ,J a z m i n e s , g i r a s o l , m u r t a , r e t a m a ,Arrayan, manzani l las de oro l lenas,

T o m i l l o , h e n o , m a s t u e r z o q u e s e e n r a m a ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 179/197

A l fin , donde lo m as precioso alcanzaD e aquestos oc ho príncipes, c imientoDesta gran tierra y cielos de bonanza,

M a g e s t a d g r a v e , a l t i v o p e n s a m i e n t o ,T r a t o s u a v e , d i s c r e c i ó n , m e m o r i a ,Saber, prudencia , seso, entendimiento,

Amorosa l laneza , gusto y g loria ,T e m p l a n z a , r e c t i t u d , v i v a a g u d e z a ,Y lo que pide otra mayor historia,

C o n ventajas y exc esos de finezaEn el príncipe i lustre resplandece,Que hoy rige esta ciudad y su nobleza.

Ella le ama, le adora y obedece ,

Abogados, a lca ides, a lguaci les,Porteros, canci l ler , procuradores,

Alm otacen es, otro t iempo ed i les,Recetores, intérpretes, notarios,Y otros de menos cuen ta y mas serviles.

Dejo la inf in idad de extraordinarios,Que á estos se llegan, y al dosel supremoSirven y asisten en oficios varios.

Dejo e l gran consulado, cuyo extremoDe va lor, gravedad, peso y just icia ,Ag r a v i a r l o , q u e d a n d o c o r t o , t e m o :

Donde á pesar del tiempo y su maliciaSe aclaran mil enredos, que al decoro

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 180/197

Y no es mu ch o, que e l mund o lo hiciera ,Si le pudiera dar lo que merece.

A l fin, Seño ra, aquesta es la primeraSilla desta ciudad , y el principadoCon voz de rey y magestad entera :

A quien sigue un gravísimo senado,D e autoridad, prudencia y letras l len o,

D e lo mejor de l mundo acrisolado ;Una audiencia real, espuela y freno

D e la virtud y e l vicio, c laustro santo,Si es santo lo que sumamente es bueno:

Cuatro a lca ldes de corte , horror y l lantoD e ánimos inquietos, cuya espadaDefiende, corta , qui ta , y pone espanto;

Sin otra grande suma señaladaD e lega les ministros inferiores,Y en bondad no á la mas acreditada.

Fisca les, secretarios, re la tores,  ,

D el mundo inventa y te je la codiciaDejo la caja del real tesoro,

Donde sus l laves guardan mas r iquezaD e fe y lealtad que no de plata y o ro;

Y la casa enem iga de po br eza ,Que acuña las medallas y blasones,Que el mundo adora y pone en su cabeza.

Dejo en si lencio, paso entre renglonesLa suma de escribientes y escribanos,Que de su plaza ocupan los rincones:

Su gran legalidad, plumas y manosLlenas de fe, con otro gran concursoD e honrados pretensores cortesanos.

Aqu esto es largo y breve mi discurso;Y su i lustre cabi ldo y regim iento ,Pide un Virgi l io en eminencia y curso;

Y no es posible en tan medid o asientoAsentar un valor tan sin medida

Menos que en estrechez y encogimiento.Quédese a otra ocasion mas extendida,

D o y a me siento celebrar sus looresEn vo z mas grave y pompa mas debida;

* en versos de inmortales resplandores^as grandezas oirán, que ahora callo,bus insignes y graves regidores:

¡>u gran corregidor, que comparalloEn magestad á sus alcaldes qu iero ,

\   A I  Í  exagerac ión may or que hallo.AI hn este es el uno y otro fueroDel gobierno seglar , que ser podia ,Co m o es de una ciudad, de un mundo

entero.

Y la nuestra mprtal toda se alcanza;Y este sol , cuya lu z tanto se extiend e,

De je su oriente y veng a á nuestro ocasoAdonde a lumbre lo que ahora enciende.

Volverá e l s ig lo de oro a l mismo pasoDe su venida , y en virtud y cienciaSu Apolo gozará nuestro Parnaso:

Que solo le fa ltaba de exce lenciaUna estrella á su cielo soberano,

D e favorab le guia y influencia .Mas ya está en su céni t , y e l pueblo ulano

En vela de un pastor, que sin excesoMerece serlo del sitial romano.

El otro tr ibunal, que en igual peso,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 181/197

Estos son en su imperio y monarquíaj-os polo s, las colum nas, los p untalesD e su pa z, su concierto y p olicía;

oí 11 otros dos supremo s tribunales,Cuya jurisdicción siendo de cielo,1 asa y excede límites mortales:

Ambos de un mismo norte y para le lo,i que siguen por medios diferentesUn mismo fin y un religioso celo.

Un arzobispo, lumbre de las gentes,Cuyo gran nombre de esperanzas l lenoi romete al mundo siglos excelentes:

Danos cie lo, Señor, manso y sereno,Mar apacible , a i res de bonanza ,-No usurpen nuestros males tanto bueno:

i -iepe a dichoso colmo esta esperanza ,que sola tu gloria se pretende

Sin excepción de dignidad ni estadoLa religión cristiana tiene en peso,

Es de la fe un alcazar artillado,T e r r o r d e h e r e g e s , i n v i o l a b l e m u r o ,D e ata layas divinas rod eado:

Una espía , á quien no hay secreto escuro,

Que t iene ojos de Dios, y e l de lincuenteAun en el ataúd no está seguro.Oficio santo, en todo preeminente ,

Desnudo de pasión y amor humano,Consistorio de limpia y noble gen te .

Y de la catedral el cortesanoCabi ldo i lustre , que en virtud y cienciaAl mundo excede y gana por la mano,

Lleno de graves le tras y eminencia ,D e insignes borlas, varias facultades,D e gra n va lor , gran peso y suficiencia.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 182/197

Su gran gobierno y leyes saludables,-La virtud que resulta del y dellas,En música y acentos agradables.

Del sol parecen hijas las estrellas,

Y aunque lo son en luz, hacen su adornoEn el mundo por sí claras y bellas.

Si el dia nos hurta el estrellado torno,Por un sol que nos lleva nos enviaMil hermosas centellas en retorno.

Así del gran concierto y policía"Desta insigne ciudad nace el tesoroD e la heroica virtud que encierra y cria.

Las varias religiones, que al decoroD e su flor son olores soberanos,

Siguen desca lzos de virtud la senda,Y al mu ndo dan de pie venter o ingrato.

Del famoso Agustino la gran prenda,En santidad y letras rico erario,Del l ibre mundo concertada r ienda:

La Compañía y santo re l icarioD el nom bre de Jesús , su gran conciertoD e profesos, colegio y sem inario,

Ado nde a l c ie lo vi vo , a l mundo muertoEstá el único fruto que paristeD e tu sangre y virtud precioso in jerto:

Angel en todo, porque en todo fuisteSu madre, y alma y cuerpo le criasteCon la doctrina y leche que le diste.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 183/197

Y pedrería á sus engastes de or o,Pobladas de gigantes mas que humanos

En le tras, santidad, e jemplo, vida ,Doctrina , perfección, pechos crist ianos.

D e la española antorcha que encendidaAlumbra e l mundo y re formó la t ierra ,T a m b i é n d e l t r o n c o d e G u z m a n n a c i d a ,

El clarín santo , á cu yo son de guerraTiembla e l inf ierno, e l sue lo goza y miraMas luces que el octavo cielo encierra.

Su templo, casa y su riqueza admira,

Y el pulpito que dió á su regla el nom breY a soplos, le tras y virtud inspira ;

Y a la que de humildad puso renombreEl Serafín, en quien está el retratoDel ñudo ce lest ia l de Dios hecho hombre;

Con los que de su misma regla y trato

La estrecha regla, donde en fino engasteResplandece la g loria de l Carmelo,Sin que el brocado entre el sayal se gaste

Del p ió Mercenario e l santo ce loEn rescatar, conforme á su inst i tuto,Los cuerpos y las almas para el cielo;

Y del monje antiquísimo de lutoQue en e l monte Casino por su manoRompió de Apolo e l s imulacro bruto;

D e la fr ia Nur sia alumno so berano,Hasta en el nombre singular benditoNueva grandeza e l sue lo mej icano.

Al fin con varia ceremonia y ritoD e aquestos mares nace la corrienteD e los bienes que abraza su distrito.

Sin otro t ierno número de genteQue de azucenas castas y jazmines

Ciñen y adornan la escondida frente :Gerarquías de humanos serafines,

Que en celestial clausura y vida santaBuscan á Dios con soberanos fines.

La l impia Concepción, cuyas gargantasSuenan á cielo, y en aqueste fueronD e sus ver gel es las primeras plantas.

Regina y su gran templo, en quien nacieronRiqueza y santidad con una cara ,

Y al nombre entera propiedad le dieron.La gran clausura de la virgen Clara ,

Que encierra una ciudad dentro en susm u r o s ,

Y un cielo en su virtud y humildad rara.

Famoso parto de un heroico intento;Adonde a l noble f in de tu cuidado,

Si el tiempo nos trajere al bien de verte,Un dichoso remate está guardado.

Comienza pues, Señora , á disponerte ,Que por aquesta puerta quiere el cieloQue entres al premio de tu mucha suerte :

Aquí te espera un re l ig ioso ve lo,A cuya sombra dormirá tu vida ,

Y adorará tu nombre y fama el suelo.Deste inst i tuto y profesion de vida

San Lorenzo e l rea l fundó la suya ,D e igual grandeza y hum ildad nacida;

La Encarnación su templo y casa , á cuya

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 184/197

Las Recogidas, que los mal segurosPasos de l mu ndo vue lven y encaminanA Dios con limpias almas y ojos puros.

Un colegio en que ensayan y doctrinanLas tiernas niñas al amor del cielo,Y á Di os desd e la cuna las inclinan;

Y e l monasterio Real , que e l rey de l sue loA l que el reino le dio labra y ded ica,En feudo y parias de su santo zelo:

Templo famoso, casa i lustre y r ica ,Con los nombres divinos, que son nataD e cuanto el cielo y tierra califica.

D e la gloriosa M ón ica la grata

Clausura y voluntario encerramiento,Que es el fin solo de que allí se trata.

D e l d i v i n o G e r ó n i m o e l a s i e n t o ,Sobre tu sangre i lustre asegurado,

Santidad corresponde su pobreza,Sin que un extremo a l otro disminuya.

D e la Vir gen de Sena la rea lezaA que la van sus frailes levantando,Co n la humildad midiendo su gran deza;

Y las tiernas De sca lza s, que pisando

Las espinas del mundo no se espinan,Que amor en flores se las va trocando.Las que en el nombre y penitencia atinan

A imitar del Bautista la aspereza,Donde cual oro en el crisol se afinan.

Y las de santa In és , cu ya riqu ezaMuestra en su fundación e l va lor grandeD e quien pudo sa li r con ta l grand eza:

Obra famosa, que por mas que le andeEl t iempo en torno siempre tendrá vida ,Sin que en su duración la suya mande.

Si la obra de su autor es la medida,Esta bien muestra ser de caballeroEn n om bre en pecho, en sangre esclarecida,

aste pues es, Señora , e l verdaderoTesoro, que entre redes y cancelesD e tierra , en esta hace un cielo entero.

D e aquestos amenísimos ve rge les,Llenos de rosas, alhelis, jacintos,Jazmines, azucenas y c lave les,

D e soberano olor humo s distintos'Llenan el cielo, y en su suelo hacenMil bellos celestiales labirintos.

D e aquí las perfecciones suyas nacen;Aquesta es su riqueza, estas las floresQue en ella un paraíso contrahacen.

En e l mío mal pueden a justarse ,Sin mucho agravio de su noble fuero;

Y así es forzoso qu e haya de quedarseEn amago y rasguño e l mismo hecho,Que pide bronce e terno en que ta l larse ,

Hasta que otro caudal, no tan estrecho,Trocando en l ibertad este recato,Deje cuanto yo agravio sat isfecho.

Pues la gran dev oci on , e l aparato

D e una Semana Santa ¿quien podríaDar lo pintado en natural retrato?En todo es grande M éj i co , y sería

O envidia 6 ignorancia defraudalleLa magestad con que se aumenta y cria.

Pero en esta exce lencia e l mund o ca l le ,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 185/197

Dejo otros oratorios inferioresD e erm itas, estaciones, romerías,Santuarios de divinos resplandores:

Colegios, hospi ta les, cofradías,Que no caben en número ni cuenta ,N i yo la podría dar en much os dias.

Sus fundaciones, dotacion y renta ,¿  De que guarismo com pondrán la sumaPor mas letras y ceros que consienta?

¿ Y de que cisne la delgada plum aEl valor contará de sus patrones,Indigno de que e l t iempo le consuma?

Sus ánimos, grandezas y blasones,Que piden por padrón un mundo entero,¿Como se estrecharán en tres renglones?

Hazañas dignas de l caudal de Homero

Que en ceremonias deste tiempo santoNueva Roma parece en trato y ta l le .

Indulgencias tantas, en su tantoLimosnas, estaciones, obras p ias,A l mundo dich as, causarán espanto:

Procesiones de varias cofradías,

A donde he yo contado en sola unaMas pasos que en un año entero dias,

¡'O gloria del teatro de fortuna,En quien se representa un mar de bienes,En medio de l cr ista l de una laguna

A l fin, si á tus intentos no detienesLa libre rienda, y con fingido pasoEl suyo á tu venida no entret ienes,

En esta gran ciudad , luz del ocaso,Verás, Señora , cuanto aquí te digo

Y lo mas que sobró á tan chico vaso.Llena de flores de un verano amigo

Te desea dar en sus grandezas parte;Y siendo en ellas tú parte y testigo,Nada le faltará sino es gozarte.

E P I L O G O

Y C A P Í T U L O Ú L T I M O .

- r T~G 'i , . - . . .i •  *  • . . .  1

A R G U M E N T O .

Todo en este discurso está cifrado.

D e cosas grandes los retratos bello s,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 186/197

Si se ha de ver la proporcion y el aireDe su famoso original en ellos,

Y en breve espacio con igual donairePintar un Ixion y un Ticio fiero,Este hiriendo la tierra, el otro el aire;

Ora escorzando láminas de acero

El precioso buril suba el relieve,O el pincel haga su artificio entero:

De cualquier modo el que á encerrar se atreveEn un pequeño, cuadro grandes lé jos,Y un gran Coloso en un zafiro bre ve,

Sin los pinceles, gubias y aparejosD e Apeles y C al icrates , que hacíanCasi invisibles músculos y artejos,

Y las líneas por medio dividíanY en cuerpo á las hormigas cercenaban

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 187/197

Lo que de perfección les añidian:Si con tales cinceles no se graban,

O con destreza igua l no se colora ,Será milagro hallar la que buscaban.

¿Quien me hiciera un Mirmicides, SeñoraQue á sombra de una mosca y de sus alasEnta lló u n c arro , que aun se mu eve ahora?

Porque excediendo en su dibujo á Pa las,Desta últ ima Grandeza de la t ierraCi frar pudiera la r iqueza y ga las.

Pero si es todo un mundo lo que encierra ,Y yo no sé hacer mundos abreviadosComo e l que está de l Caucaso en la s ierra

¿ Quie n a lborota en mí nuevos cuidadosPara cifrar lo que cifré primero,

M E J I C A N A .

Rodeada en cristalino circuitoD e dos lagun as, puesta encima dellas ,Con de le i tes de un número infin i to;

Hu ert as, jardines, recreaciones bellas ,Salidas de placer y de h olgu raPor tierra y agua á cuanto nace en ellas.

En ve intiún grados de boreal a ltu ra ,Sobre un de lgado sue lo y p lanta viva ,

Calles y casas llenas de hermosura:Donde hay a lguna en e l las tan a lt iva ,Qu e importa de alquiler mas que un cond ado,Pues dá de treinta mil pesos arriba.

Tiene otras calles de cristal helado,Por donde la pasea su laguna,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 188/197

Pues todo es cifra y versos limitados?Mas porque e l gusto sue le ser l igero,

Y en cuen tos largo s la atención se estrag a,Y aun cansa si es prolijo un lisonjero ;

Porque e l serlo yo en esto no me hagaDaño en e l nombre , y á este gran sugeto

En mi opinion la suya le deshaga ,Quiero, s in art i f ic ios de respeto,

Desnudo de a f ición, traer á sumaL o que sin ella ya salió imperfeto:

Porque nadie engañándose presumaQue si en e l cuadro hay a lgo de exce lenteSon ga llardías y a lt ivez de p luma:

Es Méj ico en los mundos de occidenteUna imperia l c iudad de gran distr i to,Si t io, concurso y poblazon de gente .

Y la tributa de cuanto hay criado.Es toda un feliz parto de fortuna,

Y sus armas una águila engrifadaSobre las anchas hojas de una tuna':

D e tesoros y plata tan preñada,Que una f lota de España, otra de China

D e sus sobras cada año va cargada.¿Que gran Cairo ó ciud-ad tan peregrina,

Que re ino hay en e l mundo tan potente ,Que provincia tan r ica se imagina ,

Que baste á tributar continuamenteTantos mi l lones, como desta solaHan gozado los re inos de l poniente  ?

Es centro y corazon desta gran bola,Playa donde mas alta sube y creceD e sus deleites la soberbia ola.

Cuanto en un vario gusto se apetece

F2

Y al regalo, sustento y golosinaJulio sazona y el Abril ñorece

A su abundante plaza se encamina;Y allí el antojo al pensamiento hallaMas que la gula á demandarle atina.

Solo aquí el invidioso gime y calla,Porque es fuerza ver fiestas y alegríaPor mas que huya y tema el encontralla.

Es ciudad de notable policía,

Y donde se habla el español lenguageMas puro y con mayor cortesanía,

V estido de un bellísimo ropageQue le da propiedad, gracia , agudeza ,En casto, limpio, liso y grave trage.

Su gente i lustre, llena de nobleza ,

Mas tratos, mas ganancia y grángerías.N i en Gr ecia Atenas v io mas bachi lleres

Que aquí hay insignes borlas de doctores,D e grande ciencia y graves pareceres:

Sin otras facultades inferiores,D e todas las siete artes liberalesHeroicos y eminentes profesores.

Sus nobles ciudadanos principales,D e ánimo i lustre , en sangre generosos,

Raros en seso, en hechos liberales,D e suti les ingenios am orosos,Criados en hida lgo y dulce trato,Afable est i lo y términos honrosos:

Dam^s de la be ldad misma retrato,Afables, cortesanas y discretas,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 189/197

En trato afable, dulce y cortesana,D e un ánimo sin sombra de escaseza.

Es toda una riquísima aduana;Sus plazas una hermosa alcaiceríaD e sedas, joyas, perlas, oro y grana:

A donde entrar en número podia,Si le tuviera, la menuda juntaD e tiendas que le nacen cada dia.

A l fin, si en un sugeto igual se juntaMercurio y Febo, grangería y ciencia ,Aquí hacen obra y admirable punta.

N o t i e n e M i l á n , L u c a ni F l o r e n c i a ,N i las otras dos ricas señorías,Donde e l ser mercader es exce lencia ,

Mas géneros de nobles mercancías,Mas pláticos y ricos mercaderes,

D e grave honestidad, punto y rec ato:Bellos caballos, briosos, de perfetas

Castas, color, señales y hechuras,Pechos fogosos, manos inquietas;

Con jaeces, penachos, bordaduras,Y gallardos ginetes de ambas sillas,

Diestros y de hermosísimas posturas.Junte Ita l ia ciudades, Flandes vi l las,

Francia cast i l los, Grecia poblaciones,Y en ellas otras tantas marav illas;

Oficiales de varias profesionesCuantos e l mundo vió y ha conocidoLa experiencia maestra de invenciones;

Dejo los ordinarios en olvido,Que aunque en primores salen de ordinarios,Lo precioso en lo raro es conocido:

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 190/197

  G R A N D t Z A

Saraos, visitas, máscaras, paseos,Cazas, músicas, ba i les y holguras,

Co m o si fuera un ma yo de deseos,Y á vueltas florecieran del verano,Aquí se gozan todos sus empleos.

Y aunque es en esto grande y so berano,Y en todo lo es aqueste pueblo i lustre,D e est i lo, gent e y trato cortesano,

En lo que excede aun á su mismo lustre,

Y en que ai resto del mund o se adelanta,Sin temor de que nadie le deslustre,

Es alcanzar un número que espantaD e heroicos personages, que a l gobiernoVelan y asisten de su nueva planta;

Y con un proceder suave y tierno

M E J I C A N A .

Y en tantos grados tantas eminencias?Pues de virtud las sendas mas seguras

¿Quien las querrá que á todas ocasionesN o encuen tre sus retratos y figuras

Entre tantas sagradas re l ig iones^Estrellas que hermosean este cieloCon rayos de divinas perfecciones?

Donde t iene hoy su re l ig ioso ce loCuarenta y dos conventos levantados,

Y ochocientas y mas monjas de v e l o:Una universidad , tres señalados

Colegios, y en diversas facultadesMas de ochenta doctores graduados;

Y para reparar calamidades^Diez ricos hospitales ordinarios

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 191/197

Reducen á concierto y policíaLo que fuera sin él confuso infierno:

Un gran virey y rea l chanci l lería ,La silla arzobispal, el santo oficio,Cabi ldo i lustre , grave clerecía :

La caja real, pilar deste edificio,Casa de fundición y de moneda,D e su r iqueza innumerable indicio:

El rico consulado, la gran ruedaD e ancianos y prudentes regido res,A quien Ja de fortuna se está queda:

Corregidor, a lca ldes, provisores,Y otras innumerables dependenciasD e alternados ministros inferiores.

¿Quien goza juntas tantas excelencias,Tantos tesoros, tantas hermosuras,

A todo menester y enferm edades :Sin reducir á cuentas ni sumarios

La infinidad de iglesias, colaciones,Ermitas, cofradías, santuarios;

Oratorios, vis i tas, estaciones,

Y las mas con sagrario y Sacr amen to,I n d u l g e n c i a s , g r a c i a s y p e r d o n e s ,Tantos, que sobre e l número de ciento

Copiosamente igualan, s ino exceden,Como en curiosidad al pensamiento.

Si tantas gallardías juntas puedenEntrar en cuenta con el tiempo y fama,Y es justo que su vu elo y vo z herede n,

Este inmortal pregón, en quien la llamaDel siglo tragador no hará mellaSi algún rigor de estrella no la inflama,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 192/197

Bastante á ver lo que de tí podría?¿En qué guarismo hallará unidades

Al rigor, los trabajos, asperezas,^a .mas, tormentas, hambres, mortandades,

1 ierras fragosas, riscos y mal ezas, .I rofundos rios, desiertos intratables,Barbaras gen tes, llenas de fierezas,

Que en estos nuevos mundos espantablesJasaron tus católicas banderas,Hasta volverlos á su trato afables?

«•Quien hara sus hazañas verdaderas

En otro tiempo, si "en el de hoy parecen.A Jos ojos asombros ó quimeras?

¿Quien no creerá que las consejas crecen,p oye que en menos tiemp o de diez añosvjano España en las Indias que hoy florecen

Traes a l Al vis rendido , á Francia presa ,Humilde a l Poó, pací f ico a l Toscano,Túnez en freno, Africa en empresa .

Aquí te huye un príncipe otomano:Allí rinde su armada á la vislumbreD e la desnuda espada de tu m ano.

Y a d a s l e y á M i l á n , y a á F l a n d e s l u m b r e ;Y a e l imperio defiendes y e ternizas,O la iglesia sustentas en su cumbre :

El mundo que gobiernas y autorizasT e alabe, patria du lce , y á tus playasM i hum ilde cuerpo vu elv a , ó sus cenizas.

Y pues ya al cetro general te ensaya s,Con que dichosamente el cielo ordenaQue en triunfal carro de oro por él vayas,

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 193/197

Dos.monarquías á su r iesgo y dañosf* en cien reinos de bárbaros valientes

Dos mi l leguas de términos extraños,Abriendo en suelo y climas diferentes

D e doscientas ciudades los cimientos

Que hoy las poseen y gozan nuestras gentes?* esto sm mas caudal que atrev imientos

D e animo belico so, á cuya espadaJ or su ínteres le dará el cielo alien tos,

* asi gente sin armas, destrozada,Que nunca tuvo juntos mi l soldados,Victoriosa salió con tal jornada.

iU España altiva y fiel, siglos doradost O S ,  C l n e 3 t u  monarquía han dado priesa,X a t u t n «nfo mi l reyes destronados

Entre el menudo aljófar que á su arenaY á tu gusto entresaca el indio feo ,Y por tributo dél tus flotas llen a,

D e mi pobre caudal e l corto em pleoRecibe en este amago, dó presente

Conozcas tu grandeza , y mi deseoD e celebrarla al mu ndo eternam ente.

w ; J E S I ? I ÌE-t  t

PTisaÜ sb

••.lòflvfi

' J  l : M

N O T A S .

Egloga primera.

Pá g. 5. A la hora el rustido Be raldo:lease: A la hora el rustico Beraldo.

La canción que en la misma página 5principia:

Aguas claras y puras,

En cuyo limpio seno érc.es una perfecta imitación, sino una libre tra-ducción de la del Petrarca, que empieza:

Chiare, fresche et dolci acqueOve le belle membra krc.

Pág. 9. l in .  1.  O vosotros, serranos, en

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 194/197

t m i ,uftcÉbiS o i

vuestros montes cantaréis mi muerte. Es unaimitación de Virgilio en la égloga X vers.31. y siguientes:

......Tamen  caníabitis, Arcades, inquit,

M.ontibus hccc vestrisi soli cantare periti

Arcades. \0 mi'ni tum quam molliter ossaquiescant,

J^estra meos olim si fístula dicat amoresAtque utinam ex vobis unus, ves trique

fuissem

Aut cusios gregis aut matura vinitor uv¿e\

Pá g. 19. lin. -¿o. Com o Aristeo en otrotiempo hizo: Aunque así se halla esta cláu-sula en la ediccion que ha servido para kpresente y se ha conservado en ella, cree noobstante la Academia ser una equivocación

9 6

haber puesto Aristeo por Orfeo, pues segúnla fáb ula , á pesar de que aquel amaba y per-seguía á Eur idice , el primor y destreza entocar la lira se atribuye al último.

Pá g. 20. lin. 14. Pan es el guardador denuestros montes &c. Según la mitología Panera el dios de los pastores, y el inven torde los instrumentos y cantos pastoriles, ysegún esta opinion Virgilio, á quien imita

en este pasage nuestro poe ta, dijo en laégloga  2?   v . 32:Panprimus calamos cera conjuno ere plures

Instituit: P an curat oves, oviumque ma-gistros.

Pág . 20. lin. 22.... tú piensas que á to -

9 7

Egloga segunda.

Pá-g. 32. lin. 2.a  Que junto á una peque-ña fuente con la música ordinaria, manjar depasto res, se e ntretenía. A caso fué descuidoen la primera edición porque el autor escri-biría: que junto á una pequeña fuente con lamú sica, ordinario manjar de pastores, se en-

tretenía.Pág. 34. l in . 6.Leche fresca me sobra todo el año.

Este verso y los siguientes son una bellaimitación de los de Virgi l io en la eg loga 2. a

v. 21 .

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 195/197

dos las humildes retamas entretienen y las pe-queñas cosas agradan? Imitación de Virgilioégloga 4? v. 2.

Non omnes arbusta juvant, humilesquemyrüce.

Pá g. 20. lin. 2 4. La s cabañas y pastores

las menos veces se admiten &c. Parece unaexposición de las calidades que deben ador-nar á todo poéta bucólico.

Pá g. 21. lin. 5. •Dime, cabrero, es tuyo aquel ganadoCo n que te vid e ayer pasar el rio?Imitación de V irg ilio en la égloga 3.?

v. 1.Dic mihi, Damoeta, cujum pecus  ¿  anMe-

libai?

Lac m ihi non cesiate, novum non /rigoredefit.

Canto, quee solilus, si quando armenia

vocabatAmphion D irc¿eus in Actceo Aracyntho.

Nec sum adeo inform is: ntiper me in lit-tore vidi

Quum placiduni ventis starei mare.Non ego Daphnim,

Judie e te, metuam, si numquam fallit

imago.

Pag. 3S. lin. 24 y 25.Á tí, también, laurel, pienso cogerte.

Imitación de Virgi l io eg loga. 2. v . 54.Et vos, 0 lauri, car pam, et te próxima

myrte.G

9 3

Pág. 50. verso 13.Donde describiré las condicionesDel cultivar el campo de maneraQue dé siempre sus frutos á montones.

Virg. en el lib. 1. de sus Geórgicas, v. r.Quidfaciat ledas segetes, quo sidere terram

Findere, M oecenas, ulmisque adjungere vites

Conveniat 8tc.

Egloga cuarta.

Pág. 8r . l in . 18.  Expiar  y asi en otrosdos pasages: léase  espiar  en la acepción deobservar, reconocer, notar con disimulo.

Pág. 92. l in . 6.El granizo á la fruta no madura

9 9

Quantum lenta solent inter virgulta cu-

pressi.

Pág . 1 75 . l i n .  16.Borra en mí de tu muerte las señales.

Así en la edición que ha tenido presentela Academia, la cual cree debería decirse:

Borre en mí de tu muerte las señales.

Egloga nona.

Pá g. 182 . lin. 6. Ca be á la otra. Estarlaacaso mejor: cabe la otra, porque la prepo-sición anticuada  cabe  no se halla usada enautores antiguos con la interposición de la d.

Grandeza Mejicana.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 196/197

Derriba, el lobo estraga los ganados,Y á mí de Fili s la aspereza dura.Estos versos son una imitación de los de

Virgi l io égloga 3 . v . 80.Triste lupus stabulis, maturis frugibus

imbres,

Arboribus venti, nobis Amaryllidis ira.

Egloga octava.

Pág . 166 . lin. 13. Qu e para tan alta dig-nidad , com o los derech os cipreses á los hu -mildes parrales, asi á los demás en hermo-sura y grandeza se aventajaba. V irg i l . ég lo-ga 1? v. 44.

Pág. 31 . 1 . 6.En acendiente próspero y fecundo.

Ac as o  ascendiente,  aunque no es nuev oquitar la  s  en algunas voces: y siendo así, no

es tan moderna la voz   ascendiente,  como se hacreído.

Yedra lease hiedra en varios pasages.

8/12/2019 Libros de Balbuena

http://slidepdf.com/reader/full/libros-de-balbuena 197/197