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Indíce

Secretário de Trump para a Habitação compara escravos a imigrantes ....................... 1

O secretário da Habitação e ex-candidato à nomeação presidencial. ....................... 1

Tribunal de Lisboa ordena recolha de livro de José António Saraiva ............................ 2

A decisão do TRL surge após Fernanda Câncio ter perdido na primeira instância. ... 2

Salvador Sobral dispara no iTunes e nas apostas internacionais ................................. 4

Tartaruga tinha 915 moedas no estômago .................................................................... 5

A operação à tartaruga marinha verde ...................................................................... 5

António Figueiredo prometeu "gajas boas" na China .................................................... 6

O Tribunal da Relação de Lisboa ordenou à editora Gradiva que recolha dos

distribuidores, no prazo de 20 dias. .............................................................................. 7

O secretário da Habitação e ex-candidato à nomeação presidencial pelos republicanos

Ben Carson. .................................................................................................................. 8

A superstição de atirar moedas para fontes e lagos para dar sorte quase matou uma

tartaruga marinha. ........................................................................................................ 9

De 'carteiro' a multimilionário: A história de um dos chineses mais ricos .................... 10

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Secretário de Trump para a Habitação compara

escravos a imigrantes

O secretário da Habitação e ex-candidato à nomeação presidencial.

Pelos republicanos Ben Carson provocou uma forte polémica na segunda-feira ao

classificar os escravos trazidos de África como "imigrantes" que sonhavam com o

sucesso das suas famílias nos EUA.

Carson, que é negro, fez as afirmações chocantes durante um discurso aos funcioná-

rios do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, em Washington.

"É isto que a América é: uma terra de sonhos e oportunidade", afirmou Carson, um

neurocirurgião reformado, que cresceu na pobreza num gueto em Detroit.

"Houve outros imigrantes que vieram para cá no convés de navios de escravos,

trabalharam ainda mais e de forma mais pesada por menos, mas eles também tinham

um sonho que um dia os seus filhos, as suas filhas, os seus netos, as suas netas, os

seus bisnetos, as suas bisnetas, pudessem alcançar a prosperidade e a felicidade

nesta terra", acrescentou.

Estes comentários provocaram imediatamente uma polémica.

"Imigrantes???", reagiu, através da rede social Twitter, a maior organização de defesa

dos direitos cívicos vocacionada para atacar a discriminação racial, a NAACP.

As observações de Carson foram condenadas como "trágicas, chocantes e

inaceitáveis" pelo ramo nos EUA do Centro Anne Frank para o Respeito Mútuo, um

grupo defensor da justiça social que deve o seu nome da rapariga judia cujo diário,

escrito antes de ela morrer durante o Holocausto, se tornou um testemunho respeitado

de discriminação e esperança.

"Não, secretário Carson. Os escravos não imigraram para a América", afirmou o

diretor do grupo, Steven Goldstein.

Esta não foi a primeira vez que Carson, um ex-rival de Trump na disputa da nomeação

presidencial republicana, se envolve em controvérsias.

Já disse, por exemplo, que a figura bíblica José construiu as pirâmides do Egito para

armazenar grãos, não para sepultar os faraós.

Em 2013, classificou a reforma do acesso aos cuidados de saúde promovida pelo

anterior Presidente dos EUA, Barack Obama, como "a pior coisa que aconteceu nos

EUA desde a escravatura".

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Tribunal de Lisboa ordena recolha de livro de José

António Saraiva

A decisão do TRL surge após Fernanda Câncio ter perdido na primeira instância.

O Tribunal da Relação de Lisboa ordenou à editora Gradiva que recolha dos

distribuidores, no prazo de 20 dias, os exemplares do livro "Eu e os políticos" de José

António Saraiva.

A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) foi proferida no âmbito de uma

providência cautelar apresentada pela jornalista Fernanda Câncio, que pedia a

imediata apreensão de todos os exemplares do livro lançado em setembro de 2016,

bem como a sua proibição de venda.

Numa decisão de 3 de março, segundo o acórdão a que Lusa teve acesso, o TRL

ordenou também que os dois parágrafos que falam sobre a jornalista sejam eliminados

em futuras edições.

Em causa estão dois parágrafos do livro "Eu e os políticos", que Fernanda Câncio

considera "uma invasão da sua vida privada" e constituir "um ilícito civil e criminal".

Em dezembro, tendo, na altura, a juíza considerado que "a análise objetiva do trecho

do livro em causa não autoriza este tribunal a restringir a liberdade de expressão do

seu autor e, consequentemente, a decretar a proibição da venda do referido livro".

O TRL considera agora que o livro "viola o direito à reserva íntima e privada".

"Na verdade se o fim de quem escreve ou informa não extravasa o simples domínio do

privado, sem qualquer dimensão pública, o direito à reserva da vida privada não pode

ser sacrificado para salvaguarda da liberdade de expressão e de informação", refere o

acórdão.

O Tribunal da Relação de Lisboa sustenta também que se trata da "vida pessoal e

íntima, sem qualquer relevância social", sendo "a ela e não a outrem que compete

decidir o que torna público ou o que quer manter em segredo".

Para os juízes do TRL, Isoleta Almeida Costa, Octávia Viegas e Rui Ponte Gomes, a

descrição feita no livro é "uma evidente invasão da zona da vida privada da

requerente, e nesta, parcialmente, na sua esfera íntima".

Sobre o argumento apresentado pelo jornalista José António Saraiva, que alegou que

a apreensão do livro seria inútil, uma vez que a obra circula na internet numa edição

ilegal, o TRL considerou que "não vale para aqui a circulação na internet de cópias do

livro para legitimar a não aplicação de uma medida. Pois a lesão que ocorra por

aquela via não justifica lesão que venha a ocorrer por outra via como é a da

publicação e venda do livro".

Os juízes do TRL Isoleta Almeida Costa, Octávia Viegas e Rui Pontes Gomes referem

ainda que "não pode razoavelmente manter em venda os livros publicados com tal

referência", apesar de em causa estar apenas uma página de entre 263.

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"A medida é necessária à prevenção da lesão", salientam os magistrados.

Contactada pela agência Lusa, a editora Gradiva referiu que o assunto está, neste

momento, a ser acompanhado pelos advogados.

A Lusa tentou contactar também José António Saraiva, mas sem sucesso.

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Salvador Sobral dispara no iTunes e nas apostas

internacionais

O representante português na Eurovisão tem subido nas apostas internacionais à

vitória do concurso e viu o seu disco de estreia, lançado há um ano, entrar no top

cinco do iTunes.

No dia seguinte ao da sua vitória no 51.º Festival RTP da Canção, Salvador Sobral

subiu quase 20 posições no "ranking" que reúne as apostas internacionais ao favorito

a vencer a Eurovisão, que o site de fãs Eurovision World divulga, estando atualmente

na 8.ª posição.

O cantor de 27 anos, que levará a Kiev, na Ucrânia, o tema "Amar Pelos Dois", com

letra e composição da irmã, Luísa Sobral, viu também o seu álbum de estreia, "Excuse

Me", editado há um ano, disparar na tabela de vendas de discos no iTunes em

Portugal, integrando o atual top cinco nesta plataforma.

Depois de a sua atuação na primeira semifinal do festival se ter tornado viral nas redes

sociais, somando quase meio milhão de visualizações, o representante português de

2017 na Eurovisão é esta segunda-feira um dos assuntos mais comentados no Twitter

no nosso país.

Já este sábado, o ex-concorrente da terceira temporada de "Ídolos" viu o seu concerto

no Centro Olga Cadaval, em Sintra, esgotar. "Jamais tinha esgotado um concerto. E

quando cantei este tema ["Amar Pelos Dois"], as pessoas cantaram, que é uma coisa

que eu nunca pensei que acontecesse nos meus concertos", disse aos jornalistas no

final da cerimónia deste domingo.

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Tartaruga tinha 915 moedas no estômago

A operação à tartaruga marinha verde

A superstição de atirar moedas para fontes e lagos para dar sorte quase matou uma

tartaruga marinha, de uma espécie em vias de extinção, na Tailândia.

A tartaruga marinha fêmea, que ganhou a alcunha de "Banco", estava a morrer de

uma infeção causada pela rotura da sua carapaça ventral, causada por mais de 900

moedas que tinha no estômago, num total de cinco quilos de peso.

A operação à tartaruga marinha verde, de 25 anos, foi feita por uma equipa de

veterinários de Banguecoque, cirurgiões da Faculdade de Veterinária da Universidade

de Chulalongkorn.

As 915 moedas formaram uma bola no estômago do animal e os especialistas não a

conseguiram remover inteira pela incisão de 10 centímetros que tinham feito. Assim,

demoraram quatro horas a extrair poucas moedas de cada vez, muitas delas

parcialmente corroídas ou já meio dissolvidas.

"O resultado é satisfatório. Agora até que ponto vai a recuperação já depende da

'Banco'", declarou Pasakorn Briksawan, um dos elementos da equipa.

A tartaruga vai ficar em dieta líquida nas próximas duas semanas.

Muitos tailandeses acreditam que atirar moedas às tartarugas traz longevidade e foi

isso mesmo que ao longo de vários anos fizeram no lago onde vivia a tartaruga

"Banco", na cidade de Sri Racha (leste da Tailândia).

Uma tartaruga marinha verde - uma espécie em risco de extinção - tem uma

esperança média de vida de 80 anos, disse Roongroje Thanawongnuwech, reitor da

Faculdade de Veterinária da Universidade de Chulalongkorn.

O caso desta tartaruga - encontrada já em más condições pela Marinha tailandesa - foi

tornado público no mês passado, tendo sido recolhidos quase 15 mil baht (428

dólares, 403 euros) em donativos para pagar a cirurgia.

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António Figueiredo prometeu "gajas boas" na

China

O ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado António Figueiredo convidou um

empresário de vinhos de São João da Pesqueira para fazer uma viagem à China paga

"pelo chineses".

Manuel Mateus, testemunha ouvida ontem em mais uma sessão do julgamento dos

vistos gold, começou por negar ter recebido o convite, mas foi confrontado com uma

escuta em que Figueiredo lhe propunha que fosse ajudar na plantação de uma vinha

na China, numa zona escolhida pelo empresário chinês Zhu Xiadong - arguido no

processo e que, acredita o Ministério Público (MP), terá tentado lucrar ilicitamente com

a atribuição de "vistos gold".

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O Tribunal da Relação de Lisboa ordenou à

editora Gradiva que recolha dos distribuidores, no

prazo de 20 dias.

Os exemplares do livro "Eu e os políticos" de José António Saraiva.

Tribunal de Lisboa ordena recolha de livro de José António Saraiva

A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) foi proferida no âmbito de uma

providência cautelar apresentada pela jornalista Fernanda Câncio, que pedia a

imediata apreensão de todos os exemplares do livro lançado em setembro de 2016,

bem como a sua proibição de venda.

Numa decisão de 3 de março, segundo o acórdão a que Lusa teve acesso, o TRL

ordenou também que os dois parágrafos que falam sobre a jornalista sejam eliminados

em futuras edições.

Em causa estão dois parágrafos do livro "Eu e os políticos", que Fernanda Câncio

considera "uma invasão da sua vida privada" e constituir "um ilícito civil e criminal".

A decisão do TRL surge após Fernanda Câncio ter perdido na primeira instância, em

dezembro, tendo, na altura, a juíza considerado que "a análise objetiva do trecho do

livro em causa não autoriza este tribunal a restringir a liberdade de expressão do seu

autor e, consequentemente, a decretar a proibição da venda do referido livro".

O TRL considera agora que o livro "viola o direito à reserva íntima e privada".

"Na verdade se o fim de quem escreve ou informa não extravasa o simples domínio do

privado, sem qualquer dimensão pública, o direito à reserva da vida privada não pode

ser sacrificado para salvaguarda da liberdade de expressão e de informação", refere o

acórdão.

O Tribunal da Relação de Lisboa sustenta também que se trata da "vida pessoal e

íntima, sem qualquer relevância social", sendo "a ela e não a outrem que compete

decidir o que torna público ou o que quer manter em segredo".

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O secretário da Habitação e ex-candidato à

nomeação presidencial pelos republicanos Ben

Carson.

Provocou uma forte polémica na segunda-feira ao classificar os escravos trazidos de

África como "imigrantes" que sonhavam com o sucesso das suas famílias nos EUA.

Carson, que é negro, fez as afirmações chocantes durante um discurso aos

funcionários do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, em

Washington.

"É isto que a América é: uma terra de sonhos e oportunidade", afirmou Carson, um

neurocirurgião reformado, que cresceu na pobreza num gueto em Detroit.

"Houve outros imigrantes que vieram para cá no convés de navios de escravos,

trabalharam ainda mais e de forma mais pesada por menos, mas eles também tinham

um sonho que um dia os seus filhos, as suas filhas, os seus netos, as suas netas, os

seus bisnetos, as suas bisnetas, pudessem alcançar a prosperidade e a felicidade

nesta terra", acrescentou.

Estes comentários provocaram imediatamente uma polémica.

"Imigrantes???", reagiu, através da rede social Twitter, a maior organização de defesa

dos direitos cívicos vocacionada para atacar a discriminação racial, a NAACP.

As observações de Carson foram condenadas como "trágicas, chocantes e

inaceitáveis" pelo ramo nos EUA do Centro Anne Frank para o Respeito Mútuo, um

grupo defensor da justiça social que deve o seu nome da rapariga judia cujo diário,

escrito antes de ela morrer durante o Holocausto, se tornou um testemunho respeitado

de discriminação e esperança.

"Não, secretário Carson. Os escravos não imigraram para a América", afirmou o

diretor do grupo, Steven Goldstein.

Esta não foi a primeira vez que Carson, um ex-rival de Trump na disputa da nomeação

presidencial republicana, se envolve em controvérsias.

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A superstição de atirar moedas para fontes e

lagos para dar sorte quase matou uma tartaruga

marinha.

De uma espécie em vias de extinção, na Tailândia.

A tartaruga marinha fêmea, que ganhou a alcunha de "Banco", estava a morrer de

uma infeção causada pela rotura da sua carapaça ventral, causada por mais de 900

moedas que tinha no estômago, num total de cinco quilos de peso.

A operação à tartaruga marinha verde, de 25 anos, foi feita por uma equipa de

veterinários de Banguecoque, cirurgiões da Faculdade de Veterinária da Universidade

de Chulalongkorn.

As 915 moedas formaram uma bola no estômago do animal e os especialistas não a

conseguiram remover inteira pela incisão de 10 centímetros que tinham feito. Assim,

demoraram quatro horas a extrair poucas moedas de cada vez, muitas delas

parcialmente corroídas ou já meio dissolvidas.

"O resultado é satisfatório. Agora até que ponto vai a recuperação já depende da

'Banco'", declarou Pasakorn Briksawan, um dos elementos da equipa.

A tartaruga vai ficar em dieta líquida nas próximas duas semanas.

Muitos tailandeses acreditam que atirar moedas às tartarugas traz longevidade e foi

isso mesmo que ao longo de vários anos fizeram no lago onde vivia a tartaruga

"Banco", na cidade de Sri Racha (leste da Tailândia).

Uma tartaruga marinha verde - uma espécie em risco de extinção - tem uma

esperança média de vida de 80 anos, disse Roongroje Thanawongnuwech, reitor da

Faculdade de Veterinária da Universidade de Chulalongkorn.

O caso desta tartaruga - encontrada já em más condições pela Marinha tailandesa - foi

tornado público no mês passado, tendo sido recolhidos quase 15 mil baht (428

dólares, 403 euros) em donativos para pagar a cirurgia.

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De 'carteiro' a multimilionário: A história de um

dos chineses mais ricos

Durante mais de uma década, o setor privado de entrega de encomendas viveu na

clandestinidade, sem autorização pública para fazer concorrência ao sistema nacional

de entrega de correios. Hoje em dia, tudo mudou.

Wang Wei foi um verdadeiro visionário e fez parte do grupo de pessoas que mudou

para sempre o setor das entregas na China.

Filho de um tradutor do exército chinês, Wang mudou-se para Hong Kong com os pais

durante a infância e sempre sonhou voltar à China para criar o próprio negócio. A

oportunidade surgiu nos anos 90 do século XX, quando a necessidade de enviar bens

da China para Hong Kong começou a acentuar-se.

O governo chinês não permitia a existência de empresas privadas de entregas para

salvaguardar o domínio dos correios nacionais, mas Wang e um pequeno grupo de

outros inovadores criou um mercado negro' de entregas que foi crescendo e tornou-se

impossível de controlar. Durante 16 anos, Wang entregou encomendas e aumentou a

dimensão da rede ilegal que viria mais tarde a fazê-lo multimilionário.

"Quando a SF começou a entregar encomendas nos anos 90, ainda era um negócio

ilegal chamado 'entregas negras'. De acordo com as regulações da época, seríamos

multados se fôssemos apanhados por trabalhadores dos correios. Tínhamos de tratar

das encomendas com secretismo", explicou Wang Wei ao People's Daily na única

entrevista à imprensa que alguma vez deu.

Em 2009, o governo chinês acabou por abrir o mercado das entregas aos privados e

desde então, o crescimento da empresa de Wang Wei tem sido imparável.

A SF Express é hoje em dia uma das maiores empresa de entregas da China, com

níveis de crescimento acima dos 40% e receitas de 6,6 mil milhões de euros nos

últimos resultados apresentados, em 2015. O império de Wang Wei já inclui 36 aviões

de entrega e cerca de 15 mil veículos, a maior frota privada do setor em toda a China.

O crescimento progressivo permitiu à SF Express entrar na bolsa de Xangai este ano

e transformou Wang no terceiro homem mais rico da China, com uma fortuna que a

Bloomberg avalia em cerca de 25 mil milhões de euros.

Segundo o jornal The Independent, Wang Wei premiou os empregados com opções

de compra de ações da SF Express e a vaga de aquisições fez disparar o valor da

empresa em bolsa e permitiu a distribuição mais equitativa de ganhos pelos

trabalhadores.