Caitlin Cross - Amor Difícil (Super Sabrina 74).docx

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  MOR DIFÍCIL

SHADOW OF DOUBT

Caitlin Cross 

Mentira, orgulho, intolerância: nada poderia destruir esse amor.

De repente a tênue chama de esperança que animava o coração torturado de Juie ameaçouse desvanecer! ante o ohar inquiridor de Andre" Wo#e$

%m sua &nsia de se i'ertar da tirania da poderosa #am(ia de seu marido morto! ea #orao'ri)ada a mentir! a en)anar! tornando*se indi)na aos ohos do +nico homem que reamenteamava$ O que mais poderia #a,er- J. a'rira mão de tudo que conquistara$ Teria a)ora derenunciar a esse novo amor! ameaçado pea descon#iança-

Digitalização: VickyRevisão: Cristina Cunha

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Leitura — a maneira mais econômica de cultura, lazer e diversão.

SHADOW OF DOUB!aitlin !ross

" #$%& Ori'inalmente (u)licado (ela Sil*ouette Boo+s,Divisão da Harleuin -nter(rises Limited

AO/ D0F1!0L" #$%% (ara a l2n'ua (ortu'uesa-D0O/A 3O4A !ULU/AL

 odos os direitos reservados, inclusive o direito de

re(rodu5ão total ou (arcial, so) ualuer 6orma.

-sta edi5ão 7 (u)licada atrav7s de contrato com aHarleuin -nter(rises Limited, oronto, !anad8.

Sil*ouette, Sil*ouette Desire e colo6ão são marcasre'istradas da Harleuin -nter(rises B. 4.

radu5ão9 4era aria arues artins

-D0O/A 3O4A !ULU/AL LDA.Av. Bri'adeiro Faria Lima, :;;; < =.> andar

!-? ;#@: < São ?aulo < S? < Brasil!aia ?ostal :=&:

-sta o)ra 6oi com(osta na Artestilo !om(ositora Cr86ica Ltda.e im(ressa na Artes Cr86icas Cuar S.A.

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CAPÍTUL !

%ncostado em um dos piares de m.rmore do suntuoso saão se)urando umdrinque! Andre" Wo#e sentia*se o pr/prio David 0iven no pape de c(nico ee)ante$

Tudo a sua vota parecia irrea$ O 'aie de )aa tinha o 'riho de um #ime ou aper#eição #antasiosa de um conto de #adas! nada tendo a ver com o mundo que eeconhecia$ 1as . estava! desempenhando sua parte no espet.cuo! dis#arçado em #inasroupas de noite! de modo que nin)u2m pudesse di,er que ee não pertencia aoeenco$ 3ue ironia4 O advo)ado dos desvaidos numa #esta da ata sociedade4

5or #ata de a)o mehor para #a,er! ee o'servava! atrav2s das )randes portasa'ertas! as pessoas que che)avam em u6uosas imusines! )eramente 'rancas!pretas ou cin,entas! diri)idas por motoristas uni#ormi,ados$ A)uns carros tinham'ras7es dourados apicados nas portas! indicando que os donos pertenciam a #am(iasque um dia haviam rece'ido a)um t(tuo de no're,a$ 8inicamente! Andre" ima)inavaquantos daquees 'ras7es seriam e)(timos$

Os homens che)avam so,inhos ou em pequenos )rupos! mas as muheressempre entravam acompanhadas! se)urando no 'raço de a)u2m ou compactamenterodeadas peos mem'ros da #am(ia$ %ra en)raçado! mas no decorrer dos anos quepassara on)e do 126ico! ee se esquecera de como a presença mascuina era sutimas constante ao ado das muheres! de como o poder da tradição era imperioso! e decomo tudo aquio era a'orrecido e pretensioso$ % pensar que 9. se sentira : vontadeno meio daquea hipocrisia toda$$$ 0a reaidade! ee nunca estivera muito envovido!permanecendo quase sempre do ado de #ora! e tave, isso o tivesse savado detornar*se um 'oneco en#atuado! como os homens de atitudes #ormais que vira che)ar$

3uando 9. ia a'andonar o posto de o'servação! cansado de ver sempre a mesmacoisa! notou um )rupo que parecia! : primeira vista! i)ua a tantos outros que haviamentrado$ Um homem idoso! de om'ros curvados e ca'eos raos! dava o 'raço a umamuher pouco mais nova que ee! muito emproada e de andar r()ido! como seestivesse caminhando para a pr/pria coroação$ ;o)o atr.s vinha outro casa 'em mais 9ovem e! depois! uma muher! parecendo apertada nas roupas caras! acompanhada deum homem de aparência desdenhosa e evemente e#eminada$

As seis pessoas! que Andre" comparou a um 'ando de )ansos! pararam durascomo est.tuas! enquanto as criadas hes tiravam os a)asahos dos om'ros$ A cena 9.se havia repetido muitas e muitas ve,es naquea noite! mas! então! a)o di#erentecomeçou a acontecer$ Uma das muheres rec2m*che)adas mostrou*se preocupada e!de repente! como se não pudesse mais se conter! ohou para tr.s e as outras pessoasdo )rupo he acompanharam o )esto! com e6pressão de des)osto! desaprovação eem'araço nos rostos$ Andre" notou que o casa mais veho! apesar da pose! tam'2m#icara na e6pectativa! em'ora tentando manter um ar desinteressado$ Aquio oaertou$ %ndireitando o corpo estudou a ação que se desenroava! com curiosidade$

Uma suti mudança ocorria na .rea ao redor da porta$ %m'ora todoscontinuassem a conversar e 'e'er! a atenção )era votava*se para a entrada$ %ntão!uma muher! envota at2 os p2s numa nuvem 'ranca #ormada por um ma)n(#icocasaco de pee de raposa prateada entrou! quase correndo$ 5arou! por2m! aoencontrar os ohares #i6os nea$ Andre" a o'servou! maravihado! enquanto ea tiravamechas de ca'eo! cor*de*co're anti)o! que teimavam em he cair no rosto iso esuave que mais parecia de porceana$

Todo o movimento e todas as conversas #icaram em suspenso! e ea! sentindo*secentro das atenç7es! mostrou*se um pouco enca'uada! mas! recuperando*se!apro6imou*se do )rupo$

< %stavam esperando por mim-A muher que parecia espremida no vestido deu uns )runhidos morti#icados de

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repreensão! enquanto o casa de idade endureceu! ainda mais! o ohar e a postura$=.rios murm+rios 'rotavam ao redor de Andre"! que estava começando a achar anoite divertida$ Um teimoso sorriso permaneceu em seus .'ios! enquanto anaisava asituação! comparando a radiosa desconhecida com os artistas que manipuammarionetes$ %a he pareceu tremendamente consciente de cada movimento! como setudo houvesse sido cuidadosamente cacuado para provocar impacto na 'em*

comportada reunião$A 'ea muher dei6ou que a mutidão se reco'rasse um pouco da surpresa e!num )esto repentino! #e, o casaco he escorre)ar dos om'ros e cair no chão! parahorror da empre)ada! que correu a recohê*o$ >)norando os ohares espantados ecr(ticos! ea se a#astou do u6uoso a)asaho! como se aquio não a interessasse nemum pouco$ Andre" ia começar a rir! mas o som he morreu na )ar)anta! quando ee#oi tocado pea #orça estonteante da presença dea$ 0ão era apenas 'ea$ %rama9estosa! #ria e espantosamente dese9.ve$

O vestido simpes! preto! tinha decote em = e man)as on)as e 9ustas$ Acentuavaa cintura de)ada e depois ca(a at2 o chão! numa inha #uida que se moviasensuamente! acompanhando os movimentos do corpo! de maneira tentadora$ O

coração de Andre" começou a 'ater tão #orte! que ee ohou ao redor! como sea)u2m pudesse ter perce'ido sua reação! mas todos os ohares estavam #i6os nadesconhecida$ 5ara seu espanto! perce'eu que eram ohares hostis! tocados de u6+riaou inve9a! e cheios de pro#unda censura$ A muher misteriosa apro6imou*se do )rupoque a esperava de m. vontade! não dei6ando d+vidas de que o #a,ia por iniciativapr/pria! sem ser convidada$

Finamente! o 'ando de )ansos! como Andre" os apeidara! se)uiu em #rente!reunindo a di)nidade a'aada e marchando para o saão de 'aie$ Havia um 'riho de/dio e madade nos ohos do veho! e a impressão )era era de que uma )uerra #ria sedesenvovia entre aqueas pessoas$ %e apressou*se em acompanh.*os! sem tirar osohos daquea muher #ascinante! e viu quando ea #oi instantaneamente rodeada porv.rios homens 9ovens e so(citos! que a a#astaram do )rupo! puseram*he um drinquenas mãos e começaram a disputar*he a atenção$

Sentiu um inesperado e a'surdo ci+me que o surpreendeu$ %ra um homem quenão se dei6ava encantar #acimente$ Or)uhava*se de ter os p2s 'em #irmes no chão euma mentaidade reaista$ 1as #icara enevado quando vira aquea muher$ Haviaa)uma coisa nea! di#(ci de de#inir$ 1esmo antes de he ouvir a vo, ou desco'rirquaquer coisa a seu respeito! sentia uma atração quase m(stica! como se ea #osse aTerra e ee! um simpes corpo o'edecendo : ei da )ravidade$

Sentindo*se est+pido! #orçou*se a desviar o ohar$ A saa era um tur'ihão de u,!cor e m+sica$ 8entenas de homens dançavam num rodopio de smo?in)s e vestidoscom etiquetas de 5aris! mas ee não conse)uia i)norar a presença dea$ 3uem eraaquea muher- %ncostado na couna! Andre" sentiu a per)unta a)i)antar*se em seuc2re'ro! at2 que não conse)uiu concentrar*se em mais nada! sem poder parar deo'servar a #i)ura vestida de ne)ro com diamantes #aiscando nas orehas deicadas eno pescoço per#eito$

O tempo parou enquanto ee a contempava! deiciando*se com o modo sensuacom que ea movia o corpo na dança! dei6ando*se a'sorver peo sorriso eni)m.ticoque ea espahava ao redor de si! encantando seus adoradores e provocando oharesde desa)rado em muitos outros espectadores$ @epentinamente! a muher rompeu oc(rcuo de admiradores e começou a atravessar o saão so,inha$

%e saiu do u)ar se)uindo*a! procurando não perdê*a de vista! mas a vo, do tio!atr.s de si! o #e, parar$

< Andre"4< Tio >)n.cio4 < respondeu ee! incinando*se em sina de respeito$< %st. )ostando do 'aie-< %stou achando muito interessante$ Depois de tantos anos em 0ova or?! 9.

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havia me esquecido de como$$$ < ee interrompeu*se! quase dei6ando escaparpaavras de ironia < como são )randiosas as #estas daqui$

< %m 0ova or? tam'2m h. #estas ee)antes e u6uosas! Andre"$ Se não as#requenta 2 porque não quer$

< %scohi viver da maneira que mais me satis#a,! tio$ < %m'ora detestandointromiss7es em sua vida e seu modo de pensar! era mehor manter a cama!

escondendo a irritação atr.s de paavras poidas$>)n.cio 'aançou a ca'eça que começava a #icar cava! procurando um charutono 'oso interno do smo?in)$

< =ocê e 1i)ue podem ser apenas primos! mas são irmãos )êmeos na maneirade pensar$ %e tem pro)redido em minha #irma! mas vive sonhando com você e seutra'aho com os po'res$ < >)n.cio #e, uma pausa! #ran,indo a testa ao pensar nopro'ema que 1i)ue representava$ < O que h. com vocês! 9ovens de ho9e! sempreachando que o modo anti)o de #a,er as coisas não 2 'om o 'astante-

8om um suspiro de satis#ação! acendeu o charuto$ O so'rinho ohou*o$< 1as parece que o trato que o senhor #e, com 1i)ue pode ser satis#at/rio para

os dois! tio$

< Depois de ter vivido tantos anos so' o meu teto! você devia sa'er que não souhomem de tratos$< 1as 1i)ue disse$$$< Sim! tive de concordar com toda aquea 'esteira de assistência para os

#aveados! para ver se ee p7e a ca'eça no u)ar$ Um dia quando criar 9u(,o! vaiassumir a direção da #irma! ao meu ado! como tem de ser! a#ina$ < >)n.cio sacudiu aca'eça no )esto universa de increduidade paterna$ < 1i)ue tem uma posição dedestaque como promotor do condado$ um homem de in#uência e autoridade! tendocomo o'ri)ação #icar .$ O u)ar dee não 2 em #aveas! me6endo com processos arespeito de rou'os de )ainhas ou au)ue de 'arracos$

Apesar de todas as promessas que #i,era a si mesmo de não 'ri)ar com o tionaquea via)em! era imposs(ve #icar caado$

< Favea 2 u)ar de quem! tio-< De quem não tem outra escoha$ De homens e muheres que #oram

destinados! desde o nascimento! a ocupar um u)ar humide na sociedade$ =ocê e1i)ue estão inter#erindo no destino daqueas pessoas! com o au6(io e)a que hesdão$ %stão me6endo na ordem natura das coisas$ < >)n.cio #e, uma pausa! indecisose deveria continuar mordendo o charuto$ < =ocê ainda tem a)uma descupa! mas ocomportamento do meu #iho 2 imperdo.ve$

< 8omo de costume! tio! não concordo com o senhor$< Ah! Andre"4 < disse >)n.cio com uma piscadea$ < =ocê a)ora modera as

paavras$ Acredito que mand.*o para a universidade a9udou muito a es#riar aqueeseu temperamento quente e e6posivo$ 0ão quer a'andonar de ve, suas manias in*#antis- ;em're*se de que eu poderia #aciitar muito sua entrada numa #irma deadvocacia de primeira casse$

< 1esmo que eu quisesse esquecer sua in#uência o senhor não permitiria! não2-

>)n.cio deu uma risadinha$< ! você mudou mesmo$ A)ora #icou irCnico$ 5ena que não tive tempo para

)o,ar sua companhia nessas duas +timas semanas$ 1i)ue me disse que vocêterminou o que veio #a,er aqui e que o)o vai nos dei6ar$

< Sim$ Amanhã$ Acho que 1i)ue est. no caminho certo$ A9udei*o em tudo o quepude! a)ora o resto 2 com ee$ Tem muito tra'aho pea #rente! mas parecedeterminado a ter sucesso$

< Bem! vamos ver quanto tempo ee vai a)uentar tra'ahando na su9eira$ Seisso 2 ter sucesso$$$

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Andre" teve de rir$< Se não me en)ano! tio! #oi isso mesmo que disse a meu respeito! a)uns anos

atr.s$>)n.cio #i6ou o so'rinho com seus ohos de um castanho carre)ado$< 1as a)ora 2 di#erente$ 1eu #iho nasceu em 'erço de ouro! enquanto você$$$

você teve tempo de se endurecer so#rendo quando criança$

< Tave, tenha ra,ão! mas eu não menospre,aria 1i)ue$ %e pode surpreendê*o$< A)ora che)a de conversa s2ria! Andre"$ >sso 2 um 'aie! um divertimento$

0ão o'ri)uei você a vestir um smo?in) de 1i)ue e reunir*se a n/s para que sea'orrecesse$ 3uero que aprecie a #esta e se distraia$ < >)n.cio er)ueu o charuto easpirou a #umaça$ < 8haruto #in(ssimo$ 8u'ano$ %u não devia estar #umando aqui!mas estava a caminho do saão de #umar quando o vi$ 1i)ue e v.rios outrosadvo)ados estarão .$ 3uer ir tam'2m-

< 0ão! tio! o'ri)ado$ Dei6ei de #umar e! a2m disso! achei um divertimentomuito 'om por aqui$ %stou o'servando uma muher mais interessante que quaquerconversa so're eis$

>)n.cio er)ueu as so'rancehas arre)aando os ohos$< mesmo- Sua tia vai adorar quando sou'er disso$ Seu maior dese9o 2 ver o#iho da irmã casado e sosse)ado na vida$

Andre" riu$< %u não estava pretendendo #a,er nenhum pedido de casamento$ 1as estou

adorando ohar para aquea muher$< 5osso sa'er quem 2 essa criatura-Andre" ohou em vota da saa! er)uendo*se i)eiramente nos p2s! para

aumentar o campo de visão que sua atura de um metro e noventa he permitiadominar$

< @eceio que ea tenha me escapado! no momento! mas 2 imposs(ve não not.*a$ ata e es'eta! de pee cara! acentuada peo vestido preto$

< Uma muher de uto num 'aie-< 0ão acredito que ea este9a de uto$ 5areceu*me muito$$$ hã$$$ #estiva$< 1as uma muher 9ovem! de vestido preto! 2 'em esquisito$< % tem mais$ =eio desacompanhada$As so'rancehas de >)n.cio er)ueram*se em perpe6idade$< 3uem se comportaria dessa #orma- Onde estaria o marido ou o pai dessa

muher-< 0ão sei! tio$ Fiquei intri)ado ao vê*a che)ar so,inha porque acredito que as

re)ras sociais re#erentes :s muheres não mudaram tanto assim aqui no 126ico$< =ocê disse ata e de pee cara- < Andre" #e, um )esto a#irmativo$ < 5ode ser

a)uma europeia em visita a parentes! e que não conhece nossos costumes$< 0ão #oi a impressão que tive$ Ai.s! acho que ea est. se divertindo em causar

esc&ndao! que'rando todas as re)ras$< %spere$ Acho que sei quem 2$ %a 9untou*se a a)um )rupo-< Sim$ 8om aquee! tio$ Ohe para a terceira mesa : esquerda$ %st. vendo um

homem e uma muher de idade e dois casais mais 9ovens->)n.cio pi)arreou$< Aquees são o seor =ictoriano =easco! sua esposa! as duas #ihas e os

)enros$ Aquea #am(ia 2 uma das mais anti)as e no'res do 126ico$Andre" queria sa'er so're a muher e insistiu mesmo sentindo*se too$< Bem$$$ quem 2 a muher que se 9untou a ees-< a nora! vi+va do #iho mais 9ovem! e tornou*se a ver)onha da #am(ia$ Um

tr.)ico e6empo do que acontece quando os 9ovens não ouvem os consehos dos pais$%stando ansioso para ouvir mais! por2m precisando re#rear a curiosidade que o

tio poderia achar e6cessiva! provocou uma e6picação$

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< 3ue situação esquisita$ 5or que ees não a devovem : #am(ia-< %a não tem #am(ia$ < Temendo que a)u2m ouvisse a conversa! >)n.cio

ohou em vota e 'ai6ou a vo, para um tom con#idencia$ < O #iho dos =easco! 5auo!trou6e*a dos %stados Unidos$ %a era apenas uma /r#ã! que se casou com ee porcausa do nome e do dinheiro! 2 caro$

Andre" che)ou a a'rir a 'oca para responder! mas desistiu$ O que adiantava

tentar convencer o tio de que! nos %stados Unidos! pouca )ente se importava comtradição! nome e san)ue no're- %e sa'ia que procurar mudar a mentaidade de>)n.cio era a mesma coisa que utar contra moinhos de vento! como Don 3ui6ote$8ontinuou a ouvir os conceitos utrapassados$

< A honra dos =easco não so#reria nada se ees mandassem uma nora tãoinadequada em'ora$ 5oderiam #a,ê*a votar para seu pa(s! dando*he! 2 caro! uma'oa mesada$ O car.ter duvidoso dessa moça tem #icado 'em evidente nos +timosmeses$ 0in)u2m os censuraria$ < >)n.cio 'aançou a ca'eça! pensativo! antes decontinuar a #aar$ < 1as as coisas nunca são como a )ente quer$ H. uma criançaenvovida nessa hist/ria toda$ O 'e'ê 2 o +timo homem da inha)em! e ees toerama muher por causa do neto$ 0ão 2 uma mãe maravihosa! mas 2 a mãe! e o menino

precisa dea$Andre" ohou novamente o saão vi'rante de 'ee,a e ostentação! : procura da'ea vi+va! mas em ve, dea viu o primo! que se apro6imava$

< O que estão #a,endo a(- 8ansamos de esperar por vocês dois no saão de#umar$

< Andre" não vai 9untar*se a n/s! hijo$ %e est. muito ocupado! ohando para anora dos =easco$

< Hã$$$ Juie =easco! hein- < 1i)ue deu uma risadinha maiciosa$< S/ estou ohando! primo < respondeu Andre"! sorrindo$< % ea 2 um 'om pedaço para se ohar < comentou 1i)ue! 'ai6ando a vo, em

tom conspirat/rio$ < Ouvi di,er que 2 muito Ecompreensiva$ Se quiser! possoapresent.*o a ea$ Seus modos americanos a a)radariam! com certe,a$

< 0ão! o'ri)ado$ %a 2 demais para a minha ca'eça$ %stou apenas medivertindo! assistindo aos pequenos dramas que se desenvovem ao redor dea! e aosquais permanece aheia$

< %a 2 um s(m'oo! Andre"$;. vinha o primo com suas consideraç7es inteectuais$< Sim! tem ra,ão$ %a 2 uma par/dia! um s(m'oo de uma sociedade decadente!

dissouta e hip/crita$O rosto de 1i)ue 'rihou de entusiasmo! mas >)n.cio não o dei6ou responder$< =ocês #aam por eni)mas$ 5or que têm sempre de compicar tudo- 0unca

posso ter certe,a so're o que estão pensando! se #aam s2rio ou estão 'rincando$< O que Andre" est. pensando! papai! 2 que! mesmo numa reunião pomposa e

#r(voa como esta! Juie =easco er)ue*se como um s(m'oo da decadência socia e quesua presença$$$

< %st. 'em! est. 'em < Andre" interrompeu o primo$ < Acho mehor caarmosa 'oca! antes que pensem em nos inchar$

>)n.cio ançou um ohar )rato ao so'rinho antes de #a,er um sermão a 1i)ue$< =ocê sempre se)uiu o e6empo do seu primo! #iho$ Si)a esse tam'2m$ %e

est. he mostrando que se deve conter o ideaismo e medir as paavras$1i)ue ohou desapontado para o primo e Andre" viu*he o ar contrariado de

 9ovem mimado e imaturo$ 1i)ue ainda tinha muito a aprender! mas peo menospossu(a mentaidade a'erta! pronta a se)uir novos caminhos$

< Divirta*se4 < su)eriu Andre" ao primo$ < A#ina! este 2 seu acontecimentosocia #avorito e s/ acontece uma ve, por ano$

>)n.cio tomou o 'raço do #iho$< 8he)a de conversa e vamos para o saão de #umar$ Os havanas nos esperam$

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Andre" o'servou os dois homens sumirem no meio da mutidão! sorrindo!divertido com o entusiasmo do primo$ 1i)ue queria muito utar pea 9ustiça socia!mas )ostava demais dos pra,eres que a rique,a e a posição socia heproporcionavam$ %e nem perce'ia que seu amor peos charutos caros e peos veo,escarros esportivos não condi,ia com a ima)em de utador que #a,ia de si mesmo$

O pensamento de Andre" votou : muher que o atra(ra tanto$ Onde estaria ea!

a ver)onha da #am(ia =easco- Juie$ O que estaria #a,endo- 1etendo*se em a)umacon#usão- O tio he havia dito que ea era americana e que não possu(a uma #am(ia$ Ocasamento miion.rio devia ter*he parecido um conto de #adas e a repentina rique,asu'ira*he : ca'eça dei6ando*a mimada e inconsequente$

Andre" começou a andar na direção que a vira tomar! procurando*a! mas semsucesso$ Teria ido ao toaete- 5or #im! decidido a #u)ir do 'u(cio da #esta! ee entrouno )rande vest('uo e sentou*se num dos 'ancos #orrados de veudo p+rpura! deencostos com entahes dourados! que estavam coocados ao on)o das paredes$1uheres passavam comentando os tra9es das outras$ Homens conversavam! sentadosnos on)os 'ancos ou em p2! #ormando )rupos$ Se Juie tivesse ido ao toaete! teriade passar por ai ao votar! por2m quin,e minutos se passaram e não houve sina dea$

%e o'servou que a)uns 9ovens casais se diri)iam : 'i'ioteca! sempre acompanhadosde a)uma pessoa mais veha$ Aparentemente aquee u)ar era aprovado peosnamorados$ A porta do saão de #umar a'ria*se e #echava*se constantemente ehomens das mais variadas idades entravam e sa(am$ =iu os empre)ados! muheresvestidas de ne)ro com aventais 'rancos! en)omados! e homens de ternos pretos ecamisas 'rancas! num eterno vaiv2m! carre)ando 'ande9as! suprindo o enorme 'u##etconstantemente$

Su'itamente! tudo aquio pareceu pesar*he nos om'ros! nada mais era divertidoou interessante$ Todo aquee 'riho e u6o! todas as re)ras e cerimCnias nada tinhama ver com ee! que estava cansado de #in)ir$ 0aquea manhã tinha visitado as #avease visto pessoas morando so're canais de .)ua parada! em 'arracos prec.rios!crianças su'nutridas 'rincando perto de monturos de i6o$ % aqueas crianças eramdoentes! #amintas e tinham ohos desesperados$ 1as aqueas massas indi)entes nãoe6istiam para as pessoas daquea #esta$ Aquees #ihos da veha sociedade tradicionaachavam que a humanidade se imitava aos que possu(am t(tuos e dinheiro$ %stavamocupados demais! pensando em propriedades! tradição e roupas de ata costura! parase preocuparem com a po're,a$

0um dos e6tremos do vest('uo havia portas que atra(am Andre"$ ;evantou*se eandou para .! dese9ando sosse)o e ar puro$ Saiu! cauteosamente! incerto so're ondeiria parar$ 5ara seu a(vio viu*se num terraço deserto! enorme! com escadas queevavam a um 9ardim 'em pane9ado e per#eitamente impo$ A noite estava 'astante#ria e ee duvidava de que seria pertur'ado ai ao ar ivre$ Os sons do 'aie che)avama'a#ados at2 ee! enquanto andava para um canto do terraço e sentava*se num'anco$ Ohou para a escuridão de um c2u sem ua e sem estreas e sentiu*sedominado pea noite! a quiCmetros de dist&ncia da #esta e de seus participantes$

Ouviu*se o ru(do da porta a'rindo e #echando novamente$ %r)ueu a ca'eça eohou atentamente! querendo ver quem che)ava para he #a,er companhia$ 3uase nãoa viu$ O vestido ne)ro misturava*se com as som'ras e ea andava rapidamente comdecisão! como se estivesse com medo$ Os diamantes 'rihavam : u, tênue$ %ra Juie=easco$ 8aminhava de um ado para outro e ee perce'eu que! de onde estava! eanão podia vê*o$ Se dissesse a)o poderia assust.*a! e o que diria-

%a provavemente queria apenas um pouco de ar #resco e soidão! e não apresença de um estranho$ A2m disso! não poderia #icar ai #ora muito tempo$ Aca'ariacon)eando! naquee vestido #ino$ A porta #oi a'erta e #echada novamente$ 5or uminstante Andre" pensou que ea tivesse entrado! mas então viu o homem$ 5or quenão adivinhara que ea estava esperando a)u2m- Aquee era o cen.rio per#eito paraum encontro candestino$ %e procurou uma sa(da! mas não havia 9eito de escapar dai

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sem ser visto$ Sentiu*se cupado e descon#ort.ve! mas #ei, mente os dois #aavam'ai6inho! de modo que não precisava ouvir o que di,iam$ 0ão queria ser indiscreto$

Juie e o outro homem começaram a andar e ao passarem pea porta a u, caiuso're ees e Andre" pode vê*a! com os 'raços cru,ados so're o peito! numa atitudemais de#ensiva do que rom&ntica$

< >sso não 'asta4

A vo, do homem che)ou imperiosa aos ouvidos de Andre"$ 5restou atenção :#i)ura mascuina e! para seu espanto! perce'eu que o acompanhante de Juie não eraum convidado! mas um dos criados$ A vi+va! causadora de 'oatos e esc&ndaos!envovia*se tam'2m com criados- %a disse a)umas paavras em vo, 'ai6a e ohomem riu sarcasticamente$

< $$$ quiser mais$$$ custar mais$$$ peri)oso$< 0ão tenho dinheiro comi)o < ea )ritou! correndo para a porta$O homem #oi atr.s dea e a acançou! #a,endo com que Andre" rihasse os

dentes e apertasse as mãos! controando*se para não inter#erir$ O criado a)arrou*anum a'raço rude e coou os .'ios aos dea$ 0ão podendo mais conter*se! Andre"diri)iu*se para ees vendo Juie a#astar o homem com vioência$ Ainda estava

escondido peas pantas! não podendo ser visto peos prota)onistas da cena$< Tome4 < ea disse! arrancando um 'raceete #aiscante e entre)ando*o aohomem$ < A)ora me dê4

O criado coocou a mão no 'oso interno do paet/! tirou um enveope 'ranco e 9o)ou*o no chão! aos p2s dea$ Juie! ansiosa! curvou*se para apanh.*o$ O homemcuspiu desdenhosamente$

< 5e)ue! sua imunda$ Acha que não sou 'om o 'astante para você! não 2- 1assei 'em que tipo de muher 2$ Os homens #aam muito! eu sei de tudo$

Juie er)ueu*se! se)urando o enveope! enquanto o homem entrava novamente!'atendo a porta$ ;evantou a saia! reveando pernas on)as e 'em*torneadas$ Andre"#icou de 'oca a'erta! ima)inando o que mais he #ataria ver$ %a utava com asroupas! procurando um modo de esconder o enveope$ 8he)ava a ser cCmico! e eeprecisou controar*se para não rir$ Finamente! ea pareceu satis#eita ao conse)uircoocar seu se)redo dentro da meia*caça$ Bai6ou o vestido e aisou*o com as mãos!ohando*se para ver se nada de anorma se notava$

3uando votou para dentro! para a(vio de Andre"! ee resoveu esperar mais umpouco antes de entrar tam'2m$ 8aminhou at2 a amurada do terraço que dava para o 9ardim! pensando no que vira! chamando a 'ea Juie de toa por entrar em situaç7escomo aquea$ Depois de #icar um pouco por ai! ohando para as som'ras queenvoviam o 9ardim o)o a'ai6o! votou para o vest('uo 'em decorado$ %a não estava. e ee dese9ou poder partir! sem vê*a novamente! enver)onhado pea espiona)eminvount.ria! preocupado e triste peo epis/dio in#ei, a que havia assistido$

Juie =easco sim'oi,ava reamente tudo o que ee detestava! tudo o que haviasempre com'atido$ %a era uma daqueas muheres ricas! e)o(stas e insens(veis$5ertencia : casse das pessoas 'eas e sem o'9etivo$ % o #ato de ea pertencer :queemeio sem ter nascido nee! de conhecer as di#icudades dos po'res e ser tão #+ti! odei6ava enraivecido$

< Andre"4 < %e virou*se para ver quem o chamava$ >)n.cio e 1i)ue estavamparados na porta do saão com dois outros homens! ohando para ee! intri)ados$ < Oque deu em você- 5arece um son&m'uo4 5assou por n/s sem nos ver$

< Descupem$ Acho que estava muito distra(do$< Bem! então$$$ < >)n.cio começou < 2 mehor votarmos para 9unto de sua tia

e procurar duas 9ovens para que você e 1i)ue possam dançar$Andre" 'aançou a ca'eça! num )esto ne)ativo$< %sta noite não! tio$ %stou muito cansado e preciso evantar cedo$ %stava

 9ustamente procurando vocês para me despedir$5oidamente ouviu os protestos do tio e do primo e diri)iu*se para o saão de

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'aie! a #im de di,er 'oa*noite : tia$ @epentinamente! a porta do toaete das senhorasse a'riu e Juie =easco saiu depressa! passando tão perto dee que seu per#ume oatin)iu! deiciando*o$ Teve tempo de ver*he os ohos que pensara serem ne)ros! masque na reaidade eram de um a,u muito escuro ou tave, cin,entos$ %a ma o notou!parecendo mesmo ter ohado para ee sem nada ver$ 5or2m! aquee ohar casua! quedurara uma #ração de se)undo! o dei6ara incompreensivemente pertur'ado$

< Juie4 < dois homens a chamaram$ < %stamos procurando por você$%a parou e permitiu que ees a acançassem! dei6ando Andre" pasmado com amudança que se operava nea$ 3uase que por um passe de m.)ica! o andar tomou*sesensua! o riso sur)iu ato e cristaino$ 1as aquio tinha mais a aparência de auto*de#esa do que tentativa de sedução$ A vo,! quando ea #aou! soou 'ai6a e )utura$

< 3uero dançar$Os homens que a acompanhavam quase tropeçaram um no outro! no desespero

de acercarem*se dea$ O ar tornou*se su#ocante e opressivo$ 0ão era poss(ve #icar ainem mais um minuto$ Andre" resoveu sair sem nem mesmo despedir*se da tia!parando apenas para pe)ar o so'retudo na recepção$ 5or2m! mesmo no ar #resco danoite! depois de ter escapado do am'iente desa)rad.ve! a ima)em de Juie o

perse)uia$Tomou um t.6i e! no aconche)o do 'anco traseiro! so,inho com seuspensamentos! via a cena que o a'aara tantoG uma ee)ante muher a'ai6ando*separa apanhar um enveope do chão! humihada$

CAPÍTUL !!

Juie teve de respirar #undo antes de decidir*se a en#rentar a #am(ia reunida parao ca#2 da manhã$ 5arou em #rente ao espeho de corpo inteiro e estudou a pr/priaima)em$ =iu o re#e6o de uma muher #ero,! capa, de quaquer coisa! e)o(sta evin)ativa! escondida so' a aparência de cama impertur'.ve$ %r)ueu a mão e tapou orosto que via re#etido$ Odiava aquea muher que usava seu corpo no entanto! nãoera ea$ Saiu da #rente do espeho! pensando nas pessoas que a esperavam$ 5recisavadesempenhar seu pape como uma atri, consumada! esconder a Juie rea e mostrarum rosto de sarcasmo sorridente que escondesse a m.)oa$ Dei6ou o quarto eatravessou o corredor! ohando rapidamente para o quarto do 'e'ê$ 0ão havia emoçãonaquee ohar! apenas queria sa'er se a 'a'. 9. havia evado TonI para 'ai6o$ 5aroupor um momento no topo da ar)a escadaria em espira$ ;. em'ai6o! uma das criadasimpava o )rande espeho que dominava o vest('uo$

O nome da criada era @osa$ So#ria da couna e tinha um marido doente! masJuie não podia permitir*se pensar nas mis2rias aheias$ 0ão podia #raque9ar! estra)ara ima)em de si mesma que havia constru(do$ >)norou*a ao passar$ At2 a casa parecia*he hosti e ea a odiava! assim como odiava a pretensiosa decoração cheia de u6o e#rie,a$ %ra ai que a #am(ia! por sucessivas )eraç7es! vivera! ao passar semanas oumeses na cidade$ 0unca nin)u2m se atrevera a mudar nada$

Tradição$ 1esmice$ Hist/ria$ %a estava en9oada de tudo aquio$%ntrou na saa de re#eiç7es inundada peo so! com a 'osa! mais pesada que o

norma! descuidadamente pendurada no om'ro e a su)estão de um sorriso 'rincandonos cantos dos .'ios$ Aquea seria sua +tima re#eição : mesa dos =easco$ Umaae)ria enorme a invadiu! ao pensar que o)o não precisaria mais ver aquees rostosr()idos e )eados ao seu redor$ A so)ra! ;eti,ia! a ohou #riamente$

< Finamente4 8oma depressa! por #avor$ ;o)o em se)uida sairemos para ir ao

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costureiro$Juie acomodou*se na cadeira que sempre ocupava! ao ado de 8hristina! a +nica

que a a)radava naquea casa$< Oh! estou atrasada40in)u2m respondeu! mas todos a oharam com censura$ %ra a costumeira

reunião #amiiar$ Todo mundo parecendo cansado! testas #ran,idas e rostos #echados$

0uma das pontas da mesa posta com toda #ormaidade sentava*se o seor=ictoriano =easco! em sua cadeira )rande e imponente de che#e do cã$ 5arecia menordo que reamente era! perdido na imensidão daquee trono$ 5ouco #aava :s re#eiç7es!aparentando estar distante dai! entre)ue :s suas re#e67es$ 3uando! muitoraramente! conversava! os assuntos eram sempre os mesmos$ A coeção de seos e oscães de caça eram sua +nica pai6ão e seu eterno tema$ 0o ado oposto! na outraponta da mesa! sentava*se a seora ;eti,ia! que diri)ia os movimentos da criada)emcom o ohar! sem 9amais er)uer a vo,$ %ra uma muher autorit.ria que controava at2o ar que a #am(ia respirava$ 0ada he escapava$ As primeiras re#eiç7es de Juie aoredor daquea mesa haviam sido pontihadas de o'servaç7es do tipo Enão #ae com oscriados quando est. sendo servida! Emostrar apetite 2 uma #ata de casse

imperdo.ve! Erir ato 2 vu)ar$ ;eti,ia di,ia compreender a #ata de 'oas maneiras danora! pois viera do nada$ Depois! quando a)uma #ata era cometida! ea aadmoestava por ainda não ter aprendido$ 0aquee momento! em um dos ados damesa! sentavam*se Tere,a e 1ariano! e do outro! 8hristina! sem o marido$

Juie estava sienciosa enquanto a copeira a servia$ Tere,a o'servou*a com umohar de co'ra pronta a dar o 'ote$

< 8onse)uiu evantar*se! a#ina$ %u poderia 9urar que! depois de toda 'e'ida quein)eriu ontem : noite! você #icaria na cama o dia todo$

Os ataques de Tere,a não mais a #eriam$ %stava acostumada :quee rancormescado de inve9a! que aumentara tremendamente depois do nascimento de TonI$ Oque antes aparentara ser indi#erença tota! trans#ormara*se num /dio a'sorvente econstante$ Tere,a daria tudo para merecer as atenç7es da mãe! e para que eaapreciasse seu apa)ado marido e as cinco #ihinhas$ 5or2m! ;eti,ia continuavaintoc.ve$ %ra a maior protetora do nome =easco! mais )uardiã da inha)em e datradição do que esposa ou mãe$ As #ihas não tinham vaor! por não poderem evar onome da #am(ia adiante$ Tere,a casara*se com 1ariano D(a,! descendente de anti)ainha aristocr.tica! mas de situação #inanceira duvidosa$ Tiveram cinco meninas e! noquinto parto! uma compicação e6i)ira uma histerectomia! o que pusera #im :saspiraç7es de terem um #iho! pois um neto era o maior dese9o de ;eti,ia$

3uando o #iho de 5auo e Juie nascera! a av/ tivera uma reação dram.tica!quase '('ica$ %r)uera o menino nas mãos como que o apresentando aos c2us edecarara! com imenso or)uho! que o nome =easco permaneceria$ A partir daqueemomento! Juie tornara*se avo do /dio da cunhada mas mesmo aquio ca(ra narotina! naquee am'iente #rio e destrutivo$

< 5ois 2$$$ < Tere,a tornou a provocar < depois de todo aquee .coo$$$A copeira a'ai6ou*se para apanhar a 'osa que Juie coocara no chão! ao ado da

cadeira e #oi surpreendida pea reação #ero, que provocou$ Juie 'ateu*he nas mãos!#a,endo*a ar)ar as aças$

< 0ão4 0ão toque nessa 'osa$ < A #am(ia inteira caou*se! chocada$ 8omopudera perder o controe daquee modo- 0ão podia dei6.*os descon#iar que a 'osacontinha vaores que he permitiriam iniciar uma nova vida$ 5recisava e6picar! dea)uma #orma! sua atitude 'rusca$ < 0ão se preocupe com a 'osa < ea disse :empre)ada$ < =amos sair o)o! dei6e*a onde est.$ 5eça a @osa para tirar meu casacode marta do arm.rio! por #avor$ < Tocou as têmporas com os dedos! dando aentender que estava com dor de ca'eça! e que aquio a estava pondo nervosa$ <Acho que não estou muito 'em ho9e! reamente$

Tere,a e 1ariano oharam*na com desd2m$ O seor demonstrou impaciência e a

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so)ra torceu a 'oca com desa)rado! mas 8hristina ohou*a preocupada$A criada retirou o prato que Juie dei6ara quase intato! na pressa de aca'ar o)o

com aquio! antes que a #am(ia descon#iasse do que pretendia #a,er$ Ainda 'em queJuan! com seus ohos de rato! que he se)uiam todos os movimentos! não estava ai$%e a punha nervosa! como se pudesse er seus pensamentos$ 5or que não estavapresente ao ca#2 da manhã- J. por v.rias ve,es ausentara*se durante a noite tam'2m

e 8hristina tentara descupar o marido! e6picando que ee estivera tratando deassuntos do )overno e que não pudera respeitar os hor.rios! mas nunca conse)uiraen)anar a nin)u2m$ Todos sa'iam que o car)o de Juan Arista era competamenteine6pressivo e que #ora conse)uido apenas )raças : in#uência do so)ro$ Seu tra'ahoimitava*se : redação de avisos a serem postos em parques e outros ocais p+'icos eadvertências so're o que #a,er em caso de terremoto$ %e )ostava de 'rincar depo(tico! mas seu empre)o rea era na pr/pria #am(ia! onde cuidava da conta'iidade$

A princ(pio! Juie achara muito interessante a di#erença entre os dois )enros dos=easco$ %nquanto 1ariano contentava*se em viver encostado em seu in+ti t(tuo nasposses do so)ro! Juan era am'icioso! dese9ando posição e autoridade$ 5or2m! at2aquio dei6ara de ser divertido! porque 1ariano era um esno'e antip.tico! e Juan!

despeitado e crue! sendo at2 peri)oso em sua #rie,a e #ata de princ(pios$ 8hristinahavia avisado Juie! uma ve,! que o marido dese9ava imensamente que ea #osseem'ora! que sa(sse da #am(ia! at2 mesmo pressionando ;eti,ia com hist/riasmaedicentes$ A cunhada he su)erira que #osse visitar a irmã! nos %stados Unidos!dei6ando o 'e'ê! para ver se a impic&ncia de Juan diminu(a! mas ea sa'ia que aquionão aconteceria! que ees todos #icariam ainda mais dese9osos de mantê*a a dist&nciae tomar posse da tutea de TonI$ 5o're! querida 8hristina$ Sempre ea e preocupada$

Uma porção de a'ortos e uma vida con9u)a in#ei, a haviam dei6ado cansada eenvehecida antes do tempo! mas era a +nica que possu(a sentimentos pro#undos euma nature,a carinhosa$ Se pudesse ev.*a$$$ 0ão4 0ada de #raque,as$ O pano! para#uncionar! e6i)ia #rie,a! determinação e e#iciência$ A cunhada havia ca(do numaarmadiha ao casar*se! mas não a'andonaria o cativeiro! mesmo que tivesseoportunidade$ %ra como um p.ssaro que não podia viver em i'erdade$ A )aioadourada onde vivia era tudo que conhecia$ 8ontinuaria ai! uma #iha cumpridora dosdeveres! apesar de a pr/pria mãe vê*a como um o'9eto in+ti$ 0ão pudera atrairpretendentes! casando*se com Juan por arran9o entre as #am(ias$ 0ão conse)uiadesempenhar a mais eementar das #unç7es #emininas! ter #ihos! a'ortandoconstantemente! nem sa'ia como manter o marido perto de si$

0ão havia esperança para 8hristina$ Div/rcio era a)o impens.ve! escandaoso!tinha mesmo de viver amarrada a um homem que não amava e que a #a,ia sentir*secupada por não ter tido os #ihos que dese9ava$ Ohando para a cunhada! Juie viu*asorrir$ %ra sempre assim! quando Juan estava ausente$ O sorriso aparecia com mais#requência e ea aparentava estar rea6ada e cama! on)e do ohar astuto e do rostoantip.tico do marido$ Seria poss(ve que ea nunca tivesse sentido a tentação de dar*he um tiro! estran)u.*o ou sa'otar*he o carro- 0ão$ Jamais esses pensamentospassariam pea ca'eça da resi)nada 8hristina$

As portas de vaiv2m que i)avam a saa de re#eiç7es : co,inha #oram mantidasa'ertas! enquanto a copeira evava os pratos usados! e podiam*se ver as cinco#ihinhas de Tere,a sentadas : vota da mesa das crianças! mas a cadeira ata de TonIestava va,ia! e nem a 'a'. era vista$ Onde estaria o 'e'ê- O coração de Juie satou!mas ea procurou manter*se cama! convidando as outras muheres a sa(rem! como senão tivesse sido ea a atrasar a partida$

< %stão todas prontas-< Sim < ;eti,ia respondeu secamente$%a não podia per)untar por TonI diretamente! sem despertar estranhe,a$< 8a'eremos todos na imusine- 0/s! as 'a'.s e as crianças-< =amos usar o carro de 1ariano tam'2m < escareceu ;eti,ia$

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< Ainda 'em$ 0ão daria para toerar o choro de TonI o caminho todo$< 5ode #icar tranquia$ O 'e'ê não vai$ < A so)ra ohou*a com censura$ < %st.

espirrando muito e tem um pouquinho de #e're$O 'e'ê não iria4 %a ohou para o tampo da mesa! pensando desesperadamente

numa sa(da$ Todos os panos! todas as esperanças não podiam ir simpesmente por.)ua a'ai6o$

< 1as se (amos ao estiista para ver roupas para as meninas e TonI tam'2m$$$< J. he disse mais de mi ve,es para cham.*o de AntCnio < ;eti,ia a corri)iu!com raiva$ < Apeidos são vu)ares$ =eremos roupas para as meninas e AntCnio ir.outro dia$ < ;eti,ia estreitou os ohos! e6aminando a nora com sarcasmo$ < 5or queesse interesse repentino no )uarda*roupa da criança-

< 0ão 2 isso$ A2m do quê! 9amais ouvi #aar em costureiros para 'e'ês$ @oupas#inas! quando daqui a pouco ee estar. roando no chão e se su9ando todo-

%nquanto #aava! Juie tentava reco'rar a presença de esp(rito e manter a cama!tinha que ser naquee dia$ Os panos estavam todos #eitos$ ;evaria semanas ou at2meses! antes que tudo pudesse ser pane9ado novamente$ 0ão podia estra)ar tudo oque conse)uira! tudo o que tivera de passar ao tratar com aquee homem no9ento$

;utou contra o p&nico que a impedia de pensar direito$ A #am(ia votaria para a#a,enda! nos con#ins do mundo! dentro de quin,e dias$ Os criados empacotariam oso'9etos de uso pessoa e roupas! e a casa da cidade #icaria #echada por mais umatemporada! com a mo'(ia co'erta e os ustres envovidos em sacos de pano #ino$;eti,ia havia resovido sair da cidade mais cedo naquee ano! mas nin)u2m ousararecamar$ %m 'reve em'arcariam em heic/pteros e seriam evados para centenas dequiCmetros de dist&ncia! para um u)ar de estradas poeirentas! onde não haviatee#one! teevisão! t.6is! e muito menos aeroportos$ 5ara uma terra onde a haciendase espahava cada ve, mais! para uma enorme casa incrustada como um casteo nomeio de um reino! onde pessoas e animais eram mantidos em cativeiro! so' o pusode #erro dos =easco$ Ficar mais a)uns meses na #a,enda seria de enouquecer! ou at2de #raque9ar! a ponto de aceitar o dom(nio dos so)ros! o que a tornaria i)ua a Tere,aou 8hristina$ 0ão$ Tinha de ser como havia sido pane9ado$ 0aquee dia$

;entamente! como num pesadeo! Juie er)ueu*se da mesa com os outros!se)uindo ;eti,ia$ Dei6ou que a criada he vestisse o casaco! de marta$ A)asahos depee che)avam a ser rid(cuos num cima ameno como aquee da 8idade do 126ico!mas era ee)ante$ 0aquee dia! ea devia a)radecer por ser o'ri)ada a usar o casacosu#ocante$ Havia propositadamente escohido o de marta por ser o mais caro quepossu(a$ At2 aquio #ora pane9ado$

O saão e6cusivo! no esta'eecimento do costureiro #amoso! estava pronto pararece'er as muheres da #am(ia =easco$ Um porteiro uni#ormi,ado evou*as paradentro e a)umas moças hes tiraram os casacos! #a,endo*as sentar em cadeiras#orradas de 'rocado e servindo vinho em #in(ssimos copos de crista$ 8ada uma dasmuheres rece'eu uma caneta de ouro e um 'oco encadernado em couro para anotaras roupas que escohessem$ As crianças #oram evadas para outro u)ar! onde a)umaspessoas se encarre)ariam de diverti*as$ O costureiro entrou e apresentou*se! dandoin(cio ao des#ie$ %6aminando o am'iente! Juie sentiu o coração pesar no peito! comouma pedra$ >ma)inara que o saão #osse maior e que estivesse cheio! de modo quepudesse sair #acimente enquanto as cunhadas e a so)ra! distra(das! e6aminassem osmodeos$ 1as nada estava dando certo$ Sentiu*se amedrontada e quase desesperadaao medir a tare#a que se propusera reai,ar so,inha$ So,inha$

Soidão$ Aquea #ora a tCnica de sua vida! que a perse)uira na in#&ncia! que a#i,era casar*se com 5auo e depois entre)ar*se : tirania dos =easco$ Tinha queaprender a utar! a sentir*se autossu#iciente! a não dei6ar que o mundo #i,esse o que'em entendesse com ea$

< Juie4 < 8hristina chamou*a! tirando*a dos pensamentos desanimadores$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

< Sim-< 0ão est. )ostando do des#ie- %st. se sentindo ma-As paavras da cunhada deram*he uma ideia$< %u! 'em$$$ estou me sentindo um pouco esquisita$< Oh! querida4 %spero que não se9a nada de )rave$Tinha de sair dai$ 0ão era mais criança$ %ra muher e mãe! era #orte! e nada a

impediria de #u)ir e evar TonI consi)o$ 8hristina ohou*a novamente! preocupada$< =ocê est. muito p.ida$ %st. com n.useas-%ra mesmo para rir$ At2 8hristina participava do medo da #am(ia de que ea

#icasse )r.vida$ 8omo ees achavam que aquio poderia ser poss(ve era um mist2rio! 9. que ia a todos os u)ares acompanhada! e era constantemente vi)iada$ 0a #a,enda!não he era permitido nem mesmo cava)ar ou andar um pouco so,inha$ O est+pidoconceito de que as muheres deviam ter sempre um acompanhante era evado aoe6tremo no que se re#eria a ea! a nora sem 9u(,o$ 5ara ser uma prisioneira s/ #atavaque he coocassem a)emas nos pusos$

< 0ão! 8hristina$ Acho que Tere,a estava certa so're o .coo$ Devo mesmo ter'e'ido demais ontem : noite$ < %ra uma mentira desavada$ Tomara apenas dois

drinques a)uados! mas precisava de uma descupa para o s+'ito ma*estar$ < Sintomuito estra)ar tudo e sei que a seora ;eti,ia vai #icar #uriosa comi)o! mas estou mesentindo cada ve, pior$

< 1adre de Dios4%m seu nervosismo! 8hristina apeara para a (n)ua nativa! mais dram.tica e

#orte! em sua opinião! do que o in)ês$ ;eti,ia #uminou*as com o ohar! do outro adoda saa$

< =ocês duas estão prestando atenção-< Oh! sim! mãe$ %stamos apenas con#erindo as escohas$Juie concordou! com um )esto! re#orçando a e6picação da cunhada$ 1ais

modeos adutos e in#antis des#iaram pea passarea$ 1ais vinho e ca#2 #oramservidos$ O pano tomava #orma e! quando o des#ie terminou! ea sa'ia e6atamente oque #a,er e como$ O suspeito sotaque #rancês do costureiro acentuou*se quando eese diri)iu a ;eti,ia$

< O amoço ser. servido em quin,e minutos! madame$A saa! de repente! #ervihou de atividade$ As muheres evantaram*se e

começaram a con#erir as anotaç7es$ %mpre)ados entravam e sa(am! servindore#rescos! aperitivos e pequenos sa)adinhos$ O costureiro! os a9udantes e asecret.ria! 9untaram*se ao movimento! numa atenção quase servi para com as ricascientes$ Uma das empre)adas e6picava a cada uma deas! discretamente! onde#icava o toaete$ ;eti,ia e Tere,a o)o encaminharam*se para o corredor indicado e8hristina #e, menção de se)ui*as! mas Juie a se)urou peo 'raço$

< 3uantos modeos você escoheu-< Do,e$ % você-< De,$< %spero que se sinta mehor depois do amoço$ =amos ter de esperar muito at2

que os modeos se9am escohidos de#initivamente e e6perimentados$< Acho que vou mehorar! sim$Ficaram conversando at2 que ;eti,ia e Tere,a votaram do toaete$ S/ então Juie

decidiu*se a ir at2 .$< =amos ao 'anheiro! 8hristina-At2 ai! tudo ia 'em! mas o nervosismo ameaçava #a,er os 9oehos do'rarem!

enquanto acompanhava a cunhada peo on)o corredor cheio de portas$ Sim! o panoera vi.ve$ %ntraram no toaete u6uoso e Juie prosse)uiu com a encenação! evandouma das mãos : ca'eça e a outra ao estCma)o! enquanto se encostava a uma dasparedes espehadas$

< =ocê est. 'em- < 8hristina per)untou! assustada$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

< 0ão muito$A cunhada apresentou*he uma toaha mohada que ea es#re)ou na testa e na

nuca$ 8omeçou a tremer! mas não era #in)imento$ Seu estado de e6citação enervosismo a a9udaram na representação$ 8hristina pareceu aarmada$

< =ou ev.*a para casa$ 5odem nos mandar os vestidos depois! para que ose6perimentemos$

0ão$ 0ão era isso que ea queria$ 5recisava #icar so,inha! e em casa haveria um'atahão de criados ao redor dea$< O'ri)ada! 8hristina! mas não 2 necess.rio$ Sua mãe #icaria uma #+ria$< O que vai #a,er! então-< =ou tratar de passar o resto da tarde da mehor #orma poss(ve$ 0in)u2m

perce'er. nada$< 1as! como$$$< Acho que conse)uirei! se você me a9udar$< 8aro que a9udarei! mas de que modo-Sem poder ohar 8hristina de #rente! enver)onhada por estar usando sua

'ondade e con#iança! ea coocou a toaha mohada so're o 'acão de )ranito e

apro6imou*se de uma das pias! começando a avar as mãos$< Fique sempre perto de mim$ Assim$$$ se eu precisar de a9uda$$$< S/ isso- 8aro que #icarei$>a dar certo$ Tinha de dar$ As duas cunhadas votaram para o saão e o)o todos

se diri)iam para a saa de 9antar! tomando seus u)ares : mesa en#eitada e arrumada: moda #rancesa$ A 'a9uação ao redor de ;eti,ia estava quase provocando n.useasverdadeiras$ astaria a vida toda se quisesse vin)ar*se totamente daquea muherprepotente e or)uhosa que he martiri,ava a vida$ =in)ança$ 3ue paavracon#ortadora4 8omo compreendia o horror que 5auo sentira pea #am(ia e os motivosque o haviam evado a romper competamente com aquee ninho de v('oras4

8omo pudera ser tão in)ênua- =ira a so)ra pea primeira ve, ao ado do eito demorte de 5auo e! mesmo perce'endo a #rie,a daquea muher que não se humani,avanem na presença do #iho a)oni,ante! continuara a achar que as atitudes do maridopara com a #am(ia haviam sido muito dr.sticas$ 8he)ara a supicar a 5auo que#aasse com a mãe! não toerando tanta indi#erença$ % quando a so)ra! depois dos#unerais! su)erira que ea se entre)asse aos cuidados da #am(ia at2 que o 'e'ênascesse! toamente aceitara! como uma pessoa que se estivesse a#o)ando aceitaria amão savadora$ 0o momento! achara que não havia outra soução$ Seria in9ustoso'recarre)ar a irmã! Beth! que morava em >inois e tinha seu pr/prio 'e'ê paracuidar e mi pro'emas a resover$ Se ea sou'esse$$$

Finamente a so)ra er)ueu*se da mesa! dando sina para que as #ihas e a nora#i,essem a mesma coisa$ A escoha #ina dos modeos e os a9ustes iam começar$ Juieohou para 8hristina! que se apro6imou timidamente de ;eti,ia$

< 1ãe! n/s duas )ostar(amos de #icar 9untas numa +nica saa de provas! paraque pud2ssemos trocar su)est7es$

< Juntas- < ;eti,ia er)ueu as so'rancehas$ < =ocês duas e mais ascostureiras- 0ão acha que ser. muita )ente em uma saa tão pequena-

< Uma costureira apenas ser. su#iciente para n/s duas$;eti,ia #ran,iu o cenho e estudou o rosto da #iha por a)uns instantes$< 0ão entendo vocês$ Fi, questão de reservar saas e costureiras separadas para

todas n/s e a)ora$$$ mas se querem assim! 2 pro'ema de vocês$A saa de provas era acarpetada e cheia de espehos! mas muito pequena$ Uma

 9ovem 'ai6inha com uma #ita m2trica ao redor do pescoço e uma amo#ada dea#inetes presa : cintura rece'eu*as sorridente$ 5or2m! quando 8hristina he disse queteria de atender as duas! o rosto #echou*se mostrando desa)rado$

< =. você primeiro < Juie disse : cunhada$ < =ou me sentar um pouco$Dei6ou*se cair numa potrona! e6a)erando uma e6pressão de ma*estar! como se

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#osse desmaiar$ Dis#arçadamente! ea ohou para o re/)io$ O tempo estava #icandomuito curto$ Tinha de a)ir depressa$ 8omeçou a a'anar*se com as mãos! como se he#atasse o ar! aarmando a costureira$

< Seora4 %st. se sentindo ma-< Sim! estou indisposta$< %6perimentar tantos vestidos vai ser muito cansativo$ =ou avisar a seora

;eti,ia$< 0ão! não 2 necess.rio < 8hristina disse! rapidamente$ < 0ão queremos queminha mãe se a'orreça$

< 5rovavemente ea vai querer votar para casa imediatamente < Juie re#orçou< e adiar as encomendas$ >sso he arruinaria o dia$

A mente da costureira podia ser ida #acimente! como a de uma criança!con#orme as e6press7es do rosto se sucediam$ 5rimeiro #icara preocupada em daratenção a uma ciente doente depois! a ideia de que tantas encomendas poderiamser adiadas! assustou*a! dei6ando*a nervosa$

< O que posso #a,er então! seora-< Se eu pudesse me deitar um pouco num u)ar sosse)ado! por uma hora mais

ou menos! #icaria muito mehor$8hristina apanhou a 'osa de couro de crocodio! tirando a)umas notas ecoocando*as nas mãos da moça$

< Sei que pode arrumar um u)ar para minha cunhada descansar! sem quenin)u2m sai'a$

A costureira ohou para o dinheiro e en)oiu em seco$ Hesitou um on)o tempo!para desespero de Juie! mas depois a'riu um ar)o sorriso$

< Sim! h. um u)ar onde ea poder. #icar tranquia$ %sperem um pouco! por#avor! enquanto vou ver se a saa est. va,ia$

< ;em're*se! nin)u2m deve sa'er < avisou Juie$ < %! por #avor! tra)a meucasaco$ %stou com #rio$

A moça saiu! #a,endo um )esto de quem havia entendido$< Ah! Dios4 Se minha mãe sou'er disso tudo$$$ < 8hristina a'anou a ca'eça$%ra #.ci ima)inar o que aconteceria quando ;eti,ia desco'risse$ % havia muito

mais a desco'rir do que a in)ênua cunhada poderia sonhar$ Sentia remorsos s/ empensar que a raiva da so)ra desa'aria so're a po're 8hristina$

< =ocê est. com #e're-< Acho que não! mas estou com #rio$ Descupe*me por todo este incCmodo$< 0ão 2 incCmodo nenhum$ %stou contente por poder a9ud.*a e por você con#iar

em mim$Aquea mei)a criatura iria perdo.*a e compreendê*a quando desco'risse que

#ora en)anada- A costureira entrou! com o casaco de marta do'rado so're o 'raço$< 5ode vir! seora$ O u)ar est. va,io$ 5oder. descansar sem preocupação$< Trate de dormir um pouco < 8hristina aconsehou$ < Dentro de uma hora e

meia! mais ou menos! as provas estarão terminadas e irei cham.*a$Um aperto na )ar)anta avisou*a de que choraria se não sa(sse o)o dai$ Tocou o

'raço da cunhada num i)eiro )esto de despedida$ Tave, nunca mais a visse$ Saiurapidamente com a costureira$ Desceram o corredor todo! depois outro! che)ando#inamente a um quarto tranquio$ Simuando estar piorando! Juie deitou*seKmediatamente no so#.$ %ntretanto! assim que a moça saiu! evantou*se e #oi at2 aporta! procurando ouvir a)um ru(do$ 0ada$ Ohou cuidadosamente para #ora! para umado e outro do corredor$ 0in)u2m$ %stava #uncionando4 =otou para dentro ee6aminou o cCmodo$ A mo'(ia era 'arata e macuidada$ A um canto havia uma pihade cai6as de papeão e a escrivaninha estava empoeirada$ %videntemente! aqueeu)ar não estava sendo usado! a não ser como uma esp2cie de dep/sito$ 0ão poderiadese9ar nada mehor4CAPÍTUL !!!

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Andre" 9o)ou o resto dos pertences na maa surrada e trancou*a$ %stava cheiademais e ma*arrumada! como sempre! mas ee se recusava a mandar a)um dosempre)ados encarre)ar*se da tare#a$ Foi para #rente do espeho! endireitou a )ravata

e! com os dedos! penteou os ca'eos cor*de*areia! dei6ando*os encaracoados! aonatura$ Detestava quando precisava escov.*os para tr.s de modo arti#icia! que nãohe ia 'em$ %stava com oheiras escuras ao redor dos ohos verdes! resutado de umanoite quase insone! mas esperava poder dormir no avião! a caminho de 0ova or?$

8oocou a maa e uma pequena 'osa de couro perto da porta e correu o oharpeo quarto$ %m'ora sua tia Heen houvesse conservado tudo i)ua! at2 mesmodei6ado suas em'ranças de rapa,! pCsteres! #&muas e #otos nas paredes! era di#(ciem'rar*se de que aquee havia sido seu quarto enquanto cursava o coe)ia$ 5areciaestranho! não he tra,endo nenhum sentimento! como se #osse um aposento de hote$

Desceu as escadas puando os de)raus de dois em dois! ainda vestindo o paet/do terno! e sorriu para o veho @au! que poia o corrimão de madeira entahada! com

e6tremo cuidado$ Os outros 9. estavam sentados para o amoço! ao redor da on)a e'rihante mesa de no)ueira! quando entrou na saa de 9antar! e cumprimentaram*nocom ar)os sorrisos$ 0ada mudara muito na casa dos O're)on$

As re#eiç7es ainda eram momentos importantes na vida da #am(ia! caorosos echeios de 'rincadeiras carinhosas$ Tinha de admitir que! muitas ve,es! comendoso,inho em seu apartamento em 0ova or?! sentia #ata do companheirismo! docon#orto que havia ai$ A tia ohou*o$

< =ocê parece cansado! querido$%e adorava aquee sotaque suti da Da?ota do 0orte que dava um encanto

especia : vo, mei)a de tia Heen$< Tave, ee não tenha vindo direto para casa! quando saiu do 'aie$ =ai ver que

encontrou a)uma seorita$$$ < 1i)ue não podia dei6ar passar a oportunidade de#a,er uma 'rincadeira! piscando para o primo! que se sentara perto dee$

< 1i)ue4< Ora! mamãe$ 5ensei que você quisesse ver Andre" casado$ 8omo vai poder se

casar se não correr atr.s de a)umas )arotas-< 3uaquer moça que concorde em se encontrar com um homem tarde da noite

não 2 recomend.ve como esposa! #iho$%ra en)raçado$ Tia Heen 9. vivera tantos anos desempenhando seu pape de

matrona me6icana! a'sorvendo todas as ideias e h.'itos do seu pa(s de adoção! quese esquecera do modo americano! i'era e a'erto! com que #ora educada$ O conceitode Emuher direita era arrai)ado no pensamento dos me6icanos e quaquer desi,etornava*se imperdo.ve$

< =ocê #icaria surpresa! mãe! se sou'esse como a)umas moças modernas secomportam$ % moças de 'oa #am(ia4

< 1uita coisa 2 toerada ho9e em dia < Heen decarou$ < 0ão h. maisdiscipina$ =e9am aquea nora dos =easco! por e6empo$ Todo mundo est. comentandoseu p2ssimo comportamento de ontem! no 'aie$ Sendo ou não sendo mãe do her*deiro do nome! acho que deveria ser posta na inha$

1i)ue deu um sorriso maandro e er)ueu as so'rancehas num )esto deentusiasmo$

< Bem que eu )ostaria de cooc.*a na inha4 % você! Andre"-Andre" riu! mas na verdade sem achar )raça$< 5or que não se candidata ao car)o! 1i)ue-Heen serviu um )rande 'i#e no prato do marido$

< 5or que ees não indeni,am aquea muher e a mandam em'ora- 0ão 2 'oa

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mãe e nunca ser.$ Onde 5auo =easco estava com a ca'eça ao casar*se com umavadia daqueas-

1i)ue tornou a encher seu copo e o do primo com suco de aran9a$< >sso não #unciona! mãe$ %a 2 herdeira de 5auo e 2 rica! a)ora$< Ainda não 2 rica coisa nenhuma4 < aparteou >)n.cio$ < Todos sa'em que

5auo não tinha nada e que o testamento de =ictoriano =easco 'ene#icia a criança$

At2 que a nora consi)a pCr as mãos naquee dinheiro 9. ser. uma mendi)a$Heen cortou um pão pequeno! ainda quente! e passou mantei)a deva)ar$< uma irrespons.ve$ 5ara o 'em do menino devia dei6.*o com os av/s para

ser educado devidamente e votar para os %stados Unidos$>)n.cio sorriu para a esposa$< >sso 2 /'vio! querida$ 5or2m! o veho 2 um cavaheiro e est. esperando que

ea se decida$ 0ão quer mandar em'ora! )rosseiramente! a mãe do +nico neto$ < Otio parou de #aar por uns instantes! enquanto masti)ava um pedaço do 'i#e! depoiscomeçou a )esticuar com o )ar#o para dar ên#ase : previsão que #a,ia$ < =ou hesdi,er uma coisaG vai acontecer a)o! e o)o$ %a não vai querer votar para amonotonia da #a,enda depois de todo o movimento da cidade! que pareceu apreciar

tanto$ A perspectiva da vida quieta do campo #ar. com que se decida$< % se ea não resover partir! quanto tempo mais =ictoriano e ;eti,ia =eascovão suportar seu comportamento ver)onhoso- < Heen per)untou$

>)n.cio deu um on)o suspiro$< >sso não sei di,er$ Tenho pena da #am(ia$ Aquea muher tem sido uma

verdadeira prova para a paciência de todos$A copeira entrou com ca#2 cheiroso! rec2m*coado! interrompendo a conversa$

Heen en6u)ou deicadamente os .'ios com o #ino )uardanapo adamascado$< %ntão! Andre"! você e 1i)ue têm mesmo de sair 9.-< Sim! tia! vão ter de me descupar a pressa$Os dois primos er)ueram*se! empurrando as cadeiras para perto da mesa$

Andre" su'iu! para pe)ar a 'a)a)em! pensando que! em'ora amasse os tios! estavaansioso para partir! antes que entrasse numa discussão com >)n.cio! ma)oando a tia$0ão pertencia mais :quee meio e odiava o c(rcuo ri)idamente estruturado!intoerante e in#e6(ve! #ormado peo dinheiro e peo poder$ %ra cansativo! tam'2m!suportar as tentativas que os tios #a,iam! no sentido de mudar*he as ideias!desaprovando tudo que #a,ia$ %ra caro que ees se per)untavam onde haviam erradona educação do so'rinho /r#ão! permitindo que ee tomasse um rumo tão di#erente navida$ %ra 9ustamente isso que ee 9. desistira de e6picar! que ser di#erente não queriadi,er ser errado$ Toda ve, que vinha visit.*os! dese9ava que se houvessem tornadomais compacentes em suas ideias! aceitando*o sem condiç7es! do modo que era! maspareciam #icar cada ve, mais radicais : medida que avançavam em idade$

A tia estava de p2! no p.tio da #rente! chorando e en6u)ando os ohos numencinho de cam'raia e rendas! com o 'raço do marido ao redor dos om'ros$ 8omoainda aturava aqueas despedidas dram.ticas que he davam uma desa)rad.vesensação de cupa- 1i)ue coocou a 'a)a)em no novo carro esporte! veo, epossante! e Heen perce'eu que as maas do so'rinho estavam muito vehas e #eias$

< =amos he dar um 9o)o de maas de couro no 0ata$ 0ão #ica 'em umadvo)ado 'em*sucedido andar por a( com maas de#ormadas$

0ão #ica 'em4 0ão 2 decente4 Aquees coment.rios o en9oavam$< 0ão se preocupe! tia$ 0ão 2 a maa que #a, o homem$1i)ue começou a rir enquanto arrumava a 'a)a)em do primo$ Andre" a'raçou

#ortemente a tia$< =ou sentir saudade$< Fique aqui! então < o tio o#ereceu$ < A #irma poder. ser chamada O're)on!

O're)on e Wo#e$Sentiu um n/ su'ir*he : )ar)anta enquanto >)n.cio o a'raçava! dando*he um

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aperto de urso$< O'ri)ado! tio! por ter pensado nisso$ < 8aminhou at2 o carro 'ai6o e

comprido e a'riu a porta ohando para tr.s$ < 'om sa'er que me querem aqui$ 1asdevem sa'er que meu san)ue sueco me #e, teimoso$ 3uero #a,er as coisas : minhamaneira$ < Sorriu! dando um tapinha no 'raço do tio que se apro6imara do carro$ <5or que não se mudam para 0ova or?-

A tia )emeu e o tio deu uma risada ata! como se ee houvesse dito o maisincr(ve dos a'surdos$

0o aeroporto! Andre" sentiu*se triste novamente! ao despedir*se do primo$5o're 1i)ue! tentava manter*se no terreno do meio! sem decidir*se! não acreditandocompetamente no mundo dos pais! nem conse)uindo cortar os aços e #a,er uma vidasua! totamente di#erente$ A2m do que estava tentando #a,er! dar assistência e)aaos po'res! )ratuitamente ou com honor.rios irris/rios! não se atrevera a mudar ospanos que os pais haviam #eito para ee! apenas reai,ando sonhos por meio dase6periências do primo mauco$ 1i)ue )ostava dee e detestava vê*o partir$ 5or sorte!tinha um compromisso e não podia acompanh.*o at2 o termina! o que tornaria a

despedida ainda mais on)a e di#(ci$ %ntre)ando a 'a)a)em no 'acão! Andre"divertiu*se vendo o contraste que suas maas vehas #a,iam com as dos outrospassa)eiros! novas! caras! e com iniciais )ravadas em ouro$

Sem sa'er o que #a,er do tempo que #atava para a hora do em'arque! começoua andar peo saão do aeroporto! apro6imando*se de uma 'anca de 9ornais$ %speravaencontrar o Times! de 0ova or?! mas não teve sorte$ Ohou a)umas revistas e!#inamente! optou por comprar o 9orna oca$ 8ontinuou a andar! tomou um drinqueeve no )rande 'ar so#isticado e procurou uma cadeira no saão de espera$ Sentou*see rea6ou! apoiando a ca'eça no encosto esto#ado da cadeira e #echou os ohos$

>ma)ens começaram a encher*he o c2re'ro! como num #ime mauco$ ;imusinesu6uosas! o ohar desaprovador da tia! o rosto entusiasmado de 1i)ue! o ardesesperado de Juie =easco tentando esconder um enveope em'ai6o das roupas$Ainda 'em que ia em'ora daquee mundo #eito de aparências! cheio de hipocrisias$%ndireitou*se e a'riu o 9orna! #ran,indo a testa con#orme os in+meros pro'emas da8idade do 126ico satavam das p.)inas e o envoviam$ =irou rapidamente as #ohas!procurando não se dei6ar a'ater peas #otos que retratavam a mis2ria e os crimes da)rande cidade$ De repente! o nome =easco chamou*he a atenção$ Uma )rande #otodominava o arti)o$ 1ostrava um homem sentado a uma escrivaninha onde se viampihas e pihas de cartas$ %ra um dos su9eitos que vira no 'aie! um dos cunhados deJuie$ O arti)o e6picava que Juan Arista! )enro de =ictoriano =easco! #ora respons.vepea coordenação da assistência dada peos %stados Unidos ao 126ico durante osterremotos nos anos anteriores$ O rosto do homem da #oto era desa)rad.ve$ Sorria!mas o sorriso não he che)ava aos ohos! dando uma aparência de m.scara :#isionomia$ A hist/ria contada peo 9orna era tão insi)ni#icante que se tornava #.civer! por tr.s das paavras ocas! o tra'aho cuidadoso da m.quina pu'icit.riapromovendo uma #i)ura ine6pressiva$ Andre" trans#ormou o 9orna numa 'oa eatirou*o : cesta de pap2is mais pr/6ima$ J. 'astava$ 0ão ia )astar ener)iaspreocupando*se com os pro'emas de uma cidade que 9. #icara no passado$

0ova or? tam'2m era pro'em.tica! mas .! peo menos! seu tra'aho e suaspreocupaç7es ainda podiam #a,er a)uma di#erença$ @ecostou*se novamente nacadeira con#ort.ve e #echou os ohos procurando cochiar$

Juie #icou parada no meio do escrit/rio deserto! tentando #icar cama e pensarcom care,a$ Ohou para o re/)io$ Tinha uma hora e meia! no m(nimo! at2 quedessem por sua #ata e mais meia hora antes que entrassem em p&nico! procurando*a$1ais um pouco de tempo se escoaria at2 que se decidissem a chamar a po(cia$ 5or2mprecisava apressar*se para não perder o avião$ Sua +nica chance era partir naquee

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voo! não dando tempo para que a encontrassem no aeroporto$0a pequena saa havia uma +nica 9anea$ Seria muito mais se)uro sair por ai do

que se es)ueirar peos corredores do edi#(cio! como havia pane9ado$ 8orreu para ea ea'riu*a! sentindo o ar #resco 'ater*he no rosto! enquanto ohava para #ora estudandoo oca! um estreito corredor su9o e cheio de cai6as va,ias$ 0ão havia nin)u2m porperto$ 5u6ou uma cadeira para perto da 9anea! er)ueu a saia! tirando de dentro da

meia*caça o enveope que rece'era na noite anterior no 'aie$ A em'rança dahumihação que so#rera nas mãos do homem que he entre)ara aquee enveopequase a #e, chorar! mas rea)iu! pensando que ai dentro estava seu passaporte para ai'erdade! as passa)ens a2reas$ 8oocou o enveope na 'osa! passou a aça peopescoço e! er)uendo a saia e o casaco de marta! su'iu na cadeira e sentou*se noparapeito da 9anea$ =irou as pernas para #ora e ohou para 'ai6o$ O chão pareciadistante! sentiu*se ,on,a! mas aquee não era o momento para indecis7es ou medo$

%mpurrou os sapatos de sato ato com os p2s! #a,endo*os cair no corredor$ 0ãopodia se arriscar a torcer um torno,eo ou que'rar um sato$ % se a)u2m a visse echamasse a po(cia- % se$$$ 5recisava dominar o p&nico$ Depois que satasse para ochão não haveria mais vota e estaria ivre$ 1as$$$ e se a apanhassem- Todos

sa'eriam que havia tentado #u)ir$ ;eti,ia #icaria #uriosa e poderia tomar quaquermedida para puni*a! at2 mesmo intern.*a numa casa de repouso! como se so#ressedas #acudades mentais$ O conte+do da 'osa! então! daria : #am(ia o direito decooc.*a na prisão$ ;evava todas as suas 9oias! mas o pior de tudo seria quandodesco'rissem os #rascos de comida de 'e'ê$ Desco'ririam que ea tentara raptar TonI$Sentiu*se tentada a votar atr.s$ Bastava picar as passa)ens e 9o).*as no sanit.rio$Diria que estivera : 9anea com os sapatos na mão e os dei6ara cair no corredor$ Seriauma atitude de competa rendição aos =easco e a todas as suas vontades! que hedaria em troca a certe,a de uma vida para sempre u6uosa e con#ort.ve$ A o#erta de;eti,ia )irava em sua mente! com toda sua indi)nidade$

A veha senhora he o#erecera uma enorme quantia em dinheiro para que eaassinasse os pap2is renunciando : tutea do 'e'ê e desaparecesse$ Fora pressionada!rece'endo a ameaça de que devia aceitar a o#erta E)enerosa! antes que um processo 9udicia he tirasse TonI sem que ea rece'esse um +nico centavo$ A so)ra ia ver comosua proposta #ora rece'ida$ Fu)iria com o #iho! dei6ando todos para tr.s! remoendo*se de raiva e #rustração$ Decidida! virou o corpo! se)urando*se no parapeito e dei6an*do*se cair$ Sotou as mãos e #oi para o chão! caindo so're um cotoveo e ma)oando osquadris no caçamento$ A soa dos p2s queimava por terem 'atido no chão .sperocom #orça e uma das mãos tinha a pama es#oada$ Sentada! acançou os sapatos eohou para o re/)io$ O vidro havia se partido! mas o mecanismo não #ora dani#icado$

%r)ueu*se com di#icudade e caçou os sapatos! apoiando*se na parede$ Tirou aaça da 'osa do pescoço e coocou*a no om'ro! começando a caminhar para acançara rua$ 3uando o medo de ser vista e apanhada a atin)iu! correu o mais que pCde! s/diminuindo quando um t.6i parou a seu sina$ Jo)ou*se no 'anco traseiro! respirandocom di#icudade$ O motorista ohou*a! #icando espantado com sua aparência assustadaquando ea he deu o endereço dos =easco$

< A seora est. 'em-< Sim! o'ri)ada$ Apenas rece'i uma not(cia desa)rad.ve$ < 5recisava inventar

uma hist/ria que #osse convincente o 'astante para apacar a curiosidade do homem$< Sou'e que meu marido so#reu um acidente e tenho que tomar um avião at2 ondeee est.$ 0a pressa não quis esperar at2 que meu motorista particuar viesse me'uscar$ 8a( e acho que me #eri um pouco$

< Oh! seora! sinto muito$ %u$$$< Tenho de ir at2 em casa para apanhar meu 'e'ê e depois che)ar o mais

rapidamente poss(ve ao aeroporto$ 0ão h. um minuto a perder$ < %a co'riu os ohoscom uma das mãos! a#ita$ < 1eu marido precisa de mim4

< %stou ao seu dispor! seora$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

< Sou*he )rata$O motorista sorriu para ea! peo espeho retrovisor! e deu a partida no carro!

saindo em disparada pea cidade$ Ao che)arem : casa! Juie pediu que parasse noportão de tr.s$

< 5or #avor! pare aqui$ muito mais r.pido entrar peos #undos$ ;em're*se deque o recompensarei muito se me evar ao aeroporto a tempo de pe)ar o avião$

O motorista 'aançou a ca'eça concordando$ %a destrancou o portão de serviçoe entrou no p.tio$ 5assou entre os ar'ustos no meio de um canteiro! evitando andarpeo caminho de cascaho para não #a,er 'aruho e entrou por uma porta atera!pouco usada$ 5isando com cuidado! ea percorreu o corredor da parte de serviço dacasa! a)uçando os ouvidos$ A)u2m conversava na co,inha$ %ra a 'a'. de TonI4 O'e'ê estaria com ea- %ncostou*se na porta para ouvir as paavras$

< 0ão posso sair de casa a)ora < a muher di,ia$ < O 'e'ê pode acordar$ <Houve uma pausa$ < J. precisei mentir! di,endo que a criança estava #e'ri! parapoder #icar aqui e ver você$

Uma vo, .spera de homem interrompeu as e6picaç7es da 'a'.$< 3uanto tempo o rico herdeiro costuma dormir-

< A)umas horas$< 3uando a co,inheira votar.-< Dentro de uma hora! mais ou menos$< % os outros! estão ocupados na #a6ina-< Sim$< %ntão nin)u2m notar. se você sair$ A2m disso não ir. muito on)e$ S/ iremos

at2 o pavihão do 9ardim$ < Siêncio$ < =ou para . esperar você$ < A vo, do homemestava mais suave$ < Tenho sentido muito a sua #ata! Dephina$

A porta dos #undos 'ateu$ O homem tinha sa(do$ A 'a'. su'iria para dar umaohada no 'e'ê antes de sair- % se ao ir para o pavihão decidisse usar a porta aterae topasse com ea ai! parada- Os ohos percorreram as paredes do corredorprocurando um esconderi9o$ O arm.rio dos arti)os de impe,a4 8orreu para . e#echou*se! dei6ando uma #resta para poder ouvir e ver$ 0ada$ Os minutos passavam!deva)ar demais! numa demora e6asperada$ Finamente! um ru(do$ %a espiou pea#resta$ 8omo previra! a 'a'. sa(a pea porta atera! a mais pr/6ima do pavihão!#echando*a sem 'aruho$ Juie tirou os sapatos e dei6ou*os no arm.rio! começando aandar sienciosamente peo corredor! passando pea co,inha e entrando na saa deestar dos criados$ De .! su'iu as escadas estreitas! somente usadas peosempre)ados! ouvindo risadas e o ,um'ido do aspirador de p/$ Acançou o corredorprincipa do andar superior e então pCde correr! pois seus passos eram a'a#ados peo)rosso carpete$ %ntrou no quarto do #iho sentindo uma onda de emoção$ ;. estavaee dormindo em seu 'erço en#eitado! rodeado de 'rinquedos caros! com a ca'ecinharepousando em um travesseiro cheio de rendas e #itas$ Dormia! como sempre! de'ruços! aconche)ado so' o acochoado a,u*caro! com os sedosos ca'einhos escuros!revotos e i)eiramente +midos de transpiração$ O seu 'e'ê$

8om e6trema deicade,a! mas usando movimentos r.pidos e precisos! Juieer)ueu o #iho! envovendo*o no acochoado$ TonI a'riu a pequena 'oca rosada! nummeio*sorriso! como se estivesse sonhando! mas não acordou$ Havia mais a)umacoisa que devesse evar- Ohou em vota do quarto$ A sacoa de #radas estavapendurada no trocador$ A)arrou*a quando ia saindo para o corredor deserto$

Fechou a porta suavemente! apertando seu pequeno e precioso #ardo deencontro aos seios$ =otou peo mesmo caminho! descendo a escada dos empre)adose saindo pea porta do ado! parando apenas para pe)ar os sapatos no arm.rio$ Opavihão #icava 'em no tra9eto do portão e ea não havia pensado nisso$ % se Dephinee seu visitante a vissem- 0ovamente optou ir peo meio do canteiro e começou acorrer$ O 'e'ê me6eu*se$ 0ão podia acordar naquee momento! 'em quando estavapassando peo pavihão$ Facimente o ouviriam se chorasse$ % o portão estava tão

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perto4 8orreu mais rapidamente! #a,endo as #ohas secas estaarem so' seus p2s$Dei6ando o pavihão para tr.s! ea endireitou as costas! sentindo os m+scuos doereme os 'raços entorpecidos peo peso do 'e'ê! a posição incCmoda de carre).*o e :sacoa de #radas! sem #aar na 'osa pesada que carre)ava em um dos om'ros$

Aparentando naturaidade! atravessou o portão com passos #irmes e #inamenteestava no 'anco traseiro do t.6i! quase chorando com o a(vio da tensão$ O motorista

sorriu para o 'e'ê adormecido e ia #aar! mas Juie em'rou*o de que estava compressa e ee rapidamente pCs o carro em movimento$ %a tirou uma nota de cinquentad/ares e entre)ou*he enquanto corriam veo,mente em direção ao aeroporto$

< 5ara você$ 1as #aça o poss(ve para que eu não perca aquee avião$< Si! seora$ 0ão vai perder$

Andre" estava ,on,o de sono quando entrou no avião e procurou seu u)ar$ 3uedro)a4 Sua potrona #icava no ado do corredor e ee seria o tempo todo incomodadopor pessoas indo ao 'anheiro e comiss.rias de 'ordo com seus carrinhos de comidaou 'e'ida$ 5or que não se em'rara de pedir um u)ar perto da 9anea onde nin)u2mes'arraria nee- 5rovavemente! a #uncion.ria do aeroporto que he marcara a

potrona pensara estar he prestando um #avor! reservando um u)ar no corredor! ondepoderia esticar as pernas on)as demais para o estreito espaço entre os assentos$< 8om icença < ee diri)iu*se a uma das comiss.rias$ A moça uni#ormi,ada

er)ueu as so'rancehas cuidadosamente desenhadas a .pis! com e6pressãointerro)ativa$ < J. que o avião não est. otado! eu poderia via9ar numa das potronasperto da 9anea-

A comiss.ria ohou*o com censura! como se ee tivesse que'rado a)uma norma$< =erei o que posso #a,er! senhor! mas não posso mud.*o de u)ar at2 que

todos os passa)eiros tenham em'arcado e que as portas este9am #echadas$< O'ri)ado$Sentou*se! com o so'retudo so're as pernas! irritado pea perspectiva de ter de

#icar acordado! pronto para mudar de u)ar! sa'ia*se . por quanto tempo$ Ospassa)eiros continuavam a em'arcar! 'atendo no 'raço dee! enquanto procuravamdesa9eitadamente acançar seus u)ares$ O pior de tudo eram os turistas quepassavam carre)ando aquees potes de 'arro! ou piatas! 'osas de paha e outras'u)i)an)as! que evavam para casa como em'rança do 126ico$ Aos poucos aatividade diminuiu e cessou! #inamente$ J. estava na hora de decoarem! dedu,iu!pois havia que'rado o re/)io! não sa'ia como$ Destru(a re/)ios tão sistematicamenteque desistira de comprar marcas caras$ 5or que #a,iam re/)ios tão #r.)eis- Ascomiss.rias começaram a #a,er demonstração de como usar as m.scaras de o6i)ênioem caso de necessidade e pediram que os cintos de se)urança #ossem apertados$Lquea atura! todos os passa)eiros estariam a 'ordo! por que não he permitiammudar de u)ar- 8omo em resposta aos seus pensamentos! a aeromoça deso'rancehas pintadas apareceu e disse que havia conse)uido outra potrona$

Foi então que uma atividade estranha começou a a)itar os mem'ros datripuação que estavam perto da porta$ A aeromoça #e,*he um sina para esperar umpouco$

< 5arece que estão admitindo passa)eiros retardat.rios! senhor$%e recostou*se na potrona! suspirando! enquanto a moça diri)ia*se para a

porta$ 3uando votou! veio com a 'oa not(cia de que o passa)eiro atrasado nãopossu(a a potrona da 9anea! a +nica dispon(ve que ea arrumara para ee$ Apanhou oso'retudo e evantou*se! ançando um r.pido ohar para #rente da aeronave$ Duascomiss.rias a9udavam o passa)eiro que che)ara por +timo a acomodar*se! coocandoo que parecia ser uma sacoa de carre)ar #radas no compartimento de 'a)a)emacima dos assentos$ A passa)eira! uma muher es'eta e muito 'em vestida! se)uravaum pacote que presumia*se #osse um 'e'ê$ %e não podia ver*he o rosto! pois eaestava de costas! mas quando virou*se para ocupar o u)ar que he era destinado! ee

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#icou parado! atCnito! sem poder acreditar no que via$ 0o r.pido instante em que hevira o rosto! pensou ver Juie =easco$ 0ada mais podia ser visto! a não ser um mar deca'eças e costas de potronas$ A curiosidade quase o #e, andar at2 onde a muher sesentara e e6amin.*a de perto$ A aeromoça pi)arreou! impaciente$

< Senhor! mudou de id2ia- 0ão quer mais trocar de u)ar-< J. vou$

8om reut&ncia! acompanhou a comiss.ria! sentou*se na potrona perto da 9aneaque ea he indicara e apertou o cinto$ 5oderia dormir! a#ina$ O so'retudo oatrapahava evantou*se e )uardou*o no 'a)a)eiro! esticando o pescoço! tentandodivisar a ca'eça da muher que che)ara atrasada$ 0ão viu nada e acomodou*senovamente$ Fechou os ohos! tentando rea6ar! mas #icou pensando na muher$ Seriamesmo parecida com Juie =easco ou seu inconsciente he estaria pre)ando peças-0ão podia ser a pr/pria Juie! caro$ O cansaço começava a he provocar vis7es$

8omo estava cansado4 Dormira ma aquea noite! estivera com a ca'eça cheiados pro'emas de 1i)ue! cansado das ideias do tio e da tia! cansado da 8idade do126ico! en#im daquea po're,a imensa ao ado de uma aristocracia decadente epretensiosa$ Di,iam que 0ova or? era uma cidade criminosa! mas os crimes que ai

aconteciam eram entre pessoas e não de uma casse )ananciosa! cheia de corrupção ediscriminação! contra a massa inde#esa dos menos #avorecidos$ % se aquea muher#osse Juie =easco- A questão #icou #utuando em sua mente! at2 que os ohospesaram e ee caiu num sono pro#undo$

O 'e'ê ainda não despertara$ 8ontinuava apertado contra a mãe! respirandosuavemente$ Juie! por2m! ainda não se re#i,era da corrida atrav2s do aeroporto e daa#ição que passara tendo de supicar que he a'rissem a porta do avião e a dei6assementrar$ 0ão estava ivre ainda! #icaria ivre e mais tranquia quando se encontrassemno ar! a#astando*se do 126ico e entrando no Te6as$ Os motores roncaram e o avião'aançou com a #orça das tur'inas poderosas$ =a)arosamente! a aeronave começou adesi,ar pea pista! #a,endo uma vota ar)a e parando$ ;o)o a se)uir! os motoresrecomeçaram a aceerar! o avião tremeu e ançou*se para #rente! )anhandoveocidade! correndo pea pista de concreto at2 que se er)ueu! su'indo quase vertica*mente! para depois esta'ii,ar*se num voo sereno$ Os tripuantes sotaram os cintos ecorreram para seus postos$ O 'e'ê me6eu*se e #e, uma careta$ A'riu os ohos esotou um chorinho nervoso$ Uma aeromoça apro6imou*se com )entie,a$

< São os ouvidos dee so#rendo com a pressão$ H. a)uma coisa que ee possachupar-

< 8hupar-< Sim$ O movimento de sucção a9uda a a'rir os ouvidos$< Oh! o'ri)ada$0ão se em'rara de procurar uma chupeta$ O que daria a TonI- Ohou para o

'e'ê! que parara de chorar$ O pro'ema estava resovido$ %e chupava o poe)ar comvontade! mas seus ohinhos estavam assustados$

A aeromoça ohou*o com um )rande sorriso$< um mocinho vaente$ 3uer que eu aqueça uma mamadeira ou a)o assim-< %e toma (quidos na 6(cara$ 5oderia tra,er um suco-< 8aro$ Farei quaquer coisa por essa #o#ura$A muher desceu peo corredor do avião! diri)indo*se : co,inha$ Juie sentia*se

moe! como se todos os ossos se houvessem trans#ormado em )eeia$ Os ohospesavam e a ca'eça estava anuviada$ %ra a reação do corpo depois de suportar tantatensão nervosa e tanto medo$ 1as o #iho estava ai! em seus 'raços! apertado contrao peito! onde era o u)ar dee$ Bai6ou a ca'eça para roçar a #ace na ca'ecinha macia!sentindo o doce cheiro de 'e'ê e ouvindo o ru(do que #a,ia chupando o dedinho$

TonI virou o rostinho! tentando ohar para a mãe$ %a a'a#ou um souço e er)ueu

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o acochoado para esconder o pr/prio rosto de ohares curiosos$ Dei6ou que as.)rimas roassem ivremente! num pranto siencioso$ Haviam conse)uido #u)ir$0in)u2m os reconhecera! nem descon#iara de nada$ 3uando a #am(ia começasse aretahar a 8idade do 126ico a sua procura! 9. estariam perdidos no anonimato da)i)antesca 0ova or?$ Os .'ios tremiam encostados aos ca'eos escuros e #inos dacriança$

< 8onse)uimos! TonI$ %stamos ivres! meu #iho$

CAPÍTUL !V

Andre" dormiu durante toda a via)em at2 Houston e s/ acordou quando o avião 9. havia aterrissado e a maioria dos passa)eiros desem'arcado$ A muher que hedespertara a atenção 9. descera e ee nunca sa'eria quem era ou onde estava$

5oderia estar num t.6i a caminho de um hote da cate)oria de um 0eiman*1arcus outer apanhado um voo de cone6ão para Omaha! %stado de 0e'ras?a$ O'cecado!entretanto! peo dese9o de vê*a! desem'arcou e procurou*a peo aeroporto$ 0ão viunem som'ra dea$ %ra mehor esquecer tudo e encaminhar*se para o portão! ondeapanharia outro avião at2 0ova or?! 'anindo de sua mente Juie =easco e a muherque se parecia com ea$

Juie sentou*se numa cadeira! no aeroporto de Houston! mantendo o 'e'êapertado nos 'raços$ 5or que a #u)a! de repente! tinha mais sa'or de derrota do quede vit/ria- Tave, #osse o cansaço e a soidão que a dei6assem tão desanimada$ Todasua vida parecia resumir*se a uma sequencia de #u)as$ 3uando #icaria madura e #orteo 'astante para en#rentar as di#icudades e utar! em ve, de #u)ir- 5auo estaria certoquando di,ia que ea era uma )arota que vivia sonhando com um pr(ncipe encantadoque a savasse da di#(ci vida rea-

%ra admiss(ve sonhar aos quin,e anos de idade$ 1as aos vinte e cinco- J. eratempo de achar souç7es para os pro'emas sem #u)ir dees$ 5arte de sua in#&ncia #orasoit.ria e! como /r#ã! sua atitude de procurar um protetor 'enevoente tinha de serconsiderada norma pois! antes da morte dos pais! ea e a irmã haviam sido criançasamadas e #ei,es$ Jamais poderia esquecer o choque que #ora dei6ar para tr.s oquarto de cortinas cor*de*rosa cheio de 'onecas e as 'rincadeiras descuidadas na rua!com as crianças da vi,inhança$ Haviam perdido! 'rutamente! o a#eto e o incentivo dospais! o caor e a se)urança de uma #am(ia$

Juie e Beth! as irmãs ;ehman! haviam sido consideradas /r#ãs di#(ceis noor#anato! 9. tendo passado da idade de interessar prov.veis pais adotivos! e nãotendo parentes pr/6imos ou ami)os que dese9assem #icar com eas$ 8omeçaram apassar de um or#anato para outro e ea #u)ira de dois dees! sendo! por2m! o)ocapturada$ As mudanças sucessivas não permitiram que as duas meninas criassemra(,es ou cutivassem a#etos duradouros$ Beth tornara*se retra(da! escondida numaconcha de triste,a! e Juie trans#ormara*se numa moça t(mida e inse)ura$ 8omeçara air ma nos estudos! convencida de que seria in+ti aprender quaquer coisa$So'revivera apenas seu interesse peo teatro$ 3uando a)uma peça era encenada! eautava para conse)uir um pape! por menor que #osse$ Fin)ir ser a)u2m que não era!a2m de menos peri)oso! tornara*se tão interessante quanto #u)ir$

Ao competar quin,e anos! enviaram*na para um ar de adoção! mas ae6periência #ora tão terr(ve que! ap/s muitos panos e #ero, economia! conse)uiratomar um Cni'us para on)e e nunca mais votara$ Seu +nico arrependimento #oradei6ar Beth para tr.s! mas a irmã! dois anos mais veha! 9. estava tra'ahando! tinha

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um namorado e pretendia terminar o coe)ia$ 0unca teria concordado emacompanh.*a! mesmo que a houvesse convidado! o que não #i,era! temendo dividirseu se)redo com a)u2m e ser apanhada novamente$ Dei6ara Beth como dei6ara8hristina! sem despedidas$

Fora parar em San Die)o! 8ai#/rnia! quase sem dinheiro$ 8onse)uira umempre)o como avadora de pratos num restaurante e passara seu d2cimo se6to

anivers.rio num quartinho po're! com cinco )arotas me6icanas! todas menores e#u)itivas$ Aprendera espanho com #aciidade! nos meses que vivera com ascompanheiras de quarto$ O medo! naquea 2poca! #ora seu pior inimi)o$ 1edo dospoiciais! medo das assistentes sociais e! pior que tudo! medo dos homens quetentavam atra(*a para a prostituição ou vici.*a em dro)as$ 0ão )anhava o 'astantepara manter*se 'em aimentada! não se divertia e vivia sonhando com um cavaeirode 'rihante armadura que a evasse para o seu casteo$ % um dia o cavaeiroaparecera$ 0ão com uma 'rihante armadura! mas usando roupas 'rancas de 9ovemm2dico$ %a estivera doente durante v.rios dias e! quando não conse)uira er)uer*sedo cochão onde dormia! as )arotas me6icanas haviam #icado muito preocupadas eprocuraram a9uda$ >ria em'rar*se para sempre do momento em que! quase sem

poder a'rir os ohos de tanta #e're! vira o rosto 'onito e )enti de um homemincinado so're ea$ 5ensara ser outro sonho! ou #ruto do de(rio! mas não! era rea$%e viera e a savara da morte$ O 9ovem m2dico ideaista! 5auo =easco! evara*a

dai! curando*a! )uiando*a e! #inamente! casando*se com ea$ Tudo aquio parecia tãodistante no entanto! . estava novamente! so,inha e #u)indo com o #iho dee nos'raços$ TonI parou de 'rincar com o 'a'ado do acochoado e ohou para ea! quearrepiou*he o ca'eo e depois aisou com a pama da mão$ %ra um 'e'ê reamenteindo$ 5er#eito$ =aia muito mais que o dinheiro que ;eti,ia he o#erecera! mais quetudo no mundo$ O sistema de som do aeroporto espahou uma vo, #eminina que sediri)ia aos passa)eiros que esperavam seus avi7es$

< Atenção! por #avor$ O voo noventa e dois para o aeroporto de ;a uardia!0ova or?! sem escaa! teve sua partida adiada$ A)uardem in#ormaç7es so're o novohor.rio de decoa)em$ Descupem o transtorno$ O'ri)ada$

Uma onda de medo inundou o coração de Juie$ O atraso da partida teria a)umacoisa a ver com ea- A po(cia de Houston #ora avisada e estava a sua procura- 0ãopodia ser$ Sacudiu a ca'eça! decidida a acamar*se! raciocinando com /)ica$ Se a#am(ia tivesse id2ia de que ea pe)ara um avião! 9. haveria tomado providências paraimpedi*a de #u)ir antes que sa(sse do 126ico$ 1as todos haviam sido pe)os desurpresa! e ainda deviam estar perdidos em deduç7es! tentando desco'rir seuparadeiro$ A2m disso! ea #ora esperta$ %stava usando um nome #aso e não avisara acompanhia a2rea de que estaria via9ando com TonI! de modo que na ista depassa)eiros não seria poss(ve encontrar seu nome! nem a indicação de que haviauma muher via9ando com um 'e'ê a 'ordo do avião que a trou6era para Houston$

%ntretanto! não conse)uia #icar cama$ S/ poderia rea6ar quando estivessevoando para 0ova or?$ %stivera . apenas uma ve,! numa visita curta! mas o nomeda cidade era m.)ico para ea$ 0ão que a conhecesse 'em ou tivesse a)um motivoespecia para )ostar da metr/poe! mas em'rava*se de seu tamanho )i)antesco e suacapacidade para en)oir as pessoas! escondendo*as! a'ri)ando*as em seus a'irintosde concreto$ O 'e'ê começou a #icar inquieto e ea procurou na 'osa at2 achar opatinho de 'orracha! que #ei,mente em'rara*se de tra,er$ 5recisava acamar*se$%stavam se)uros no aeroporto$ 0in)u2m sa'ia quem eram! nem para onde iam$

Andre" che)ara ao portão! quando ouviu o an+ncio de que o seu voo sairiaatrasado$ Teria de achar um 9eito de matar o tempo$ Ohou em vota! procurando umacadeira va,ia$ De repente! seus ohos se estreitaram$ ;. estava ea4 A muher com o'e'ê era a pr/pria Juie =easco! poderia 9urar$ 0in)u2m poderia ser tão parecida comoutra pessoa$ %e apro6imou*se$ A 'em da verdade! havia uma di#erença$ A muher ai

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sentada parecia e6tenuada e o encanto e o ar #r(voo que ostentara no 'aie haviamdesaparecido! mas era ea! sem d+vida$ O mesmo ca'eo cor*de*co're anti)o!ustroso! a mesma pee cara e cremosa! e os ohos$$$ aquees ohos de um a,u*acin,entado eram incon#und(veis$ 0a .rea de espera viam*se on)as #ieiras decadeiras coocadas encosto contra encosto$ As que #icavam o)o atr.s dea estavamdesocupadas$ %e andou para .! passando a mão nos ca'eos! imediatamente

chamando*se de too por estar preocupado com a aparência$O 'e'ê estava em p2 no coo da mãe! incinado so're o om'ro$ Se)urava umpatinho de 'orracha que chupava! 9untamente com os dedinhos )ordos$ Sorriu paraAndre"! tirando o 'rinquedo da 'oca$ 5ouco entendia de 'e'ês! mas peo que sa'iaaquee 9eito #urioso de morder o'9etos si)ni#icava dentição$ 5oderia pu6ar conversacom a mãe! a'ordando o assunto! mas chamando*se novamente de too sentou*seatr.s dea$ >mediatamente o 'e'ê a)arrou*he os ca'eos da nuca$

< %spere a(! )arotão$ 0ão pu6e tão #orte$A muher virou*se$< Oh! descupe$ %u não perce'i$$$A mão,inha mohada da criança estava #irmemente a)arrada a uma mecha de

ca'eos e não adiantava a mãe pu6.*o tentando #a,ê*o sotar$ Andre" #icou paradoat2 que! depois de muitos pu67es! o 'e'ê ar)ou*he os ca'eos! querendo chorar$< 5ronto < ea anunciou$ < %st. ivre$Andre" massa)eou o u)ar doorido e mudou para a cadeira ao ado! onde! a2m

de #icar #ora do acance das mão,inhas 'uiçosas! ainda poderia ver o rosto da muhercom mais #aciidade e conversar com ea$

< 3ue pu6ão! hein! )aroto- < O menino riu! enquanto a mãe he a'ria osdedinhos e tirava a)uns #ios de ca'eos mohados de saiva$ < 1ais um pouco e eeme arrancava o ca'eo todo < ee disse! rindo$

Os cantos dos .'ios dea se curvaram i)eiramente! mas não che)ou a ser umsorriso$ %e notou que os indos ohos estavam vermehos! como se ea houvessechorado$ O patinho caiu na cadeira ao ado e Andre"! ap/s uma i)eira hesitação!apanhou o 'rinquedo mohado e apresentou*o ao 'e'ê! que parecia mais interessadonee! #i6ando*o com os )randes ohos escuros$

< Acho que ee )ostou de mim$< 8he)a! nenê4 =ire para c. e dei6e esse senhor em pa,$< 0ão! por #avor! não est. me incomodando$ Adoro crianças$%a sorriu! dei6ando*o admirado$ 0ão era o tipo de sorriso que esperava ver no

rosto dea$ Os ohos sorriam tam'2m! tocados de uma u, terna! dei6ando*a inda emei)a! muito di#erente da ma)n(#ica muher que vira no 'aie! rindoescandaosamente ou sorrindo com sarcasmo$ %e apertou o patinho! #a,endo*oasso'iar$

< 3ua 2 seu nome! rapa,inho-< O nome dee 2 AntCnio$0ão podia mais haver d+vida de que era mesmo Juie =easco$ Ouvira a tia

mencionar o nome do herdeiro da or)uhosa #am(ia$ Um curioso desapontamento oassatou$ 5re#eria que ea #osse outra muher! muito di#erente da criatura so#isticada equase de'ochada que vira na #esta$ 8ontinuou a 'rincar com a criança! enquanto miper)untas he atravessavam a mente$ Se ea era a mãe desa9eitada e indi#erente quetodos criticavam! por que estaria via9ando so,inha com o #iho! en#rentando todas asdi#icudades sem a a9uda de uma 'a'.- Aquio não encai6ava 'em$ A #am(ia =eascoteria permitido aquea via)em- 1esmo sem o 'e'ê! ea teria de via9ar acompanhada!de acordo com os conceitos arcaicos das vehas #am(ias me6icanas$

8ontinuou a #a,er a)uns coment.rios ino#ensivos! esperando que ea sedispusesse a conversar! mas havia apenas poide, nas respostas que conse)uia$

< AntCnio$ Um nome espanho- < Siêncio$ < %stou vindo da 8idade do 126ico< ee e6picou$

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< 8idade do 126ico-O medo enorme que invadiu os ohos dea o dei6ou chocado e havia terror na vo,

sumida com que ea #e, a per)unta$ %e procurou nos 'osos at2 encontrar um cartãoonde se via escrito! em )randes etras! EAssociação de Assistência ao 5ovo e! o)oa'ai6o! em etras menores! EAndre" Wo#e < Diretor$ Se)uiam*se um endereço en+mero de tee#one de 0ova or?$ %ntre)ou o cartão! que ea pe)ou com mão trêmua

e estudou cuidadosamente! enquanto ee e6picava o que o evara : capita me6icana$< %stive . a9udando na #ormação de uma associação desse tipo$ O povome6icano tem )randes esperanças de que ea venha a ser tão 'oa quanto a nossa em0ova or?$ < Teve a intuição de que não devia mencionar seu parentesco com a#am(ia O're)on nem que a vira no 'aie e! muito menos! que ouvira coment.riospouco ison9eiros a seu respeito$ =iu*a acamar*se e entre)ar*he o cartão de vota$ <Fique com ee$ Se est. indo para 0ova or?! quem sa'e o que pode acontecer- Tave,precise de a)uma #orma de a9uda$

O 'e'ê esticou a mão para pe)ar o cartão e ea curvou o corpo para )uard.*o nasacoa de #radas no chão$ %ndireitou*se e #itou*o com suspeita$

< 3ue esp2cie de a9uda-

< Assistência e)a! au6(io na procura de empre)o ou de um u)ar para morar$Tentamos #a,er o mehor poss(ve! e )r.tis$%a pareceu rea6ar e concordou com um )esto de ca'eça! mas com o ohar

perdido! como que contempando a)o on)(nquo$< Sim$ disso que o povo da 8idade do 126ico precisa$ Assistência e)a

)ratuita$ 1uitos a'usos seriam evitados$ Disse que estão #ormando uma associaçãodessas! .-

< Sim! e parece que tudo est. muito 'em encaminhado$O'servou*a em siêncio! em'rando de tudo o que he haviam dito so're aquea

muher 'onita! #ina e 'em*vestida! cu9a aparência contrastava com o ar amedrontadoe descon#iado$ Faavam dea como uma des)raça$ %ra considerada uma mãeinadequada! uma vadia sem eira nem 'eira que conse)uira um casamento rico$ O #ihoera herdeiro de uma #ortuna! mas evaria muito tempo at2 que ea pudesse usar odinheiro$ Aquea criança era o or)uho dos =easco! o continuador do nome$

O que o tio dissera mesmo! a respeito de que a)o iria acontecer! e o)o- Sim!que =ictoriano =easco era um cavaheiro e não mandaria Juie em'ora! mas queestava esperando que ea #i,esse o primeiro movimento no sentido de modi#icar asituação$ %ra 'em prov.ve que ea! #inamente! tivesse tomado a decisão e #u)idocom o #iho e ee estava se envovendo numa con#usão! dei'eradamente$

Juie estava nervosa! a ponto de sentir vontade de )ritar$ 5or que demoravamtanto a chamar para o em'arque- O homem sentado atr.s dea era simp.tico echarmoso e #ora muito )enti! 'rincando com TonI! mas ea se sentia tão tensa eansiosa que ma podia manter uma conversa civii,ada$ %stava sendo antip.tica$3ueria ohar para tr.s e e6picar que sua atitude nada tinha a ver com ee! mas queestava cansada e pertur'ada para conversar$ 1as nem isso conse)uia #a,er! dese9andodesesperadamente que o sistema de som avisasse que o avião ia partir$

O 'e'ê começou a 'a'uciar! irritado! sem se interessar nem um pouco peopatinho que o homem apertava! #a,endo asso'iar$ %stava com um punho #echado na'oca e resmun)ava enquanto o chupava com desespero$ %ra hora de dar*he a)umaimento e nem podia contar com a a9uda de uma comiss.ria! o que aconteceria se 9.tivessem em'arcado$ Tentou acam.*o cantaroando! mas aquio pareceu irrit.*oainda mais$ O menino tirou a mão da 'oca e deu um )rito de raiva! #icando muitovermeho$ Se havia a)o que TonI não toerava era a #ome$ %a estendeu uma dasmãos para a sacoa no chão e começou a apapar o conte+do! ao mesmo tempo emque se)urava o #iho que esperneava$ %e )ritava tanto que ea #icou com medo queperdesse o #Ce)o$ A)arrou o primeiro pote de aimento in#anti que encontrou e

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tentou tirar a tampa! com TonI se reme6endo e chorando! impaciente! mas estavadi#(ci$ O homem tirou*he o pote da mão$

< %spere! dei6e*me a9ud.*a$ < %e tirou a tampa! com pouco es#orço! e cheiroua papinha sorrindo$ < O'a! maçã amassada com me$ =ocê vai adorar! )arotão$

O 'e'ê ouviu*he a vo, e parou de chorar! ohando*o! curioso$ De repente! a mãepareceu desanimada$

< Oh! não4 0ão trou6e coher4 %stava pretendendo aiment.*o no avião$ %a)ora-< Um momento < disse o homem evantando*se$ < 8uide do meu so'retudo!

por #avor$%e a#astou*se! e ea tentou acamar TonI! que recomeçara a )ritar! curvando o

corpo para tr.s$ 8omo pudera esquecer de tra,er uma coher- 0ão sa'ia nem cuidardo pr/prio #iho! era uma in+ti! uma est+pida$ Tam'2m! nunca he haviam permitidotomar conta dee$ Desde o nascimento! #ora sempre a av/ quem tomara todas asdecis7es e havia en#ermeiras e 'a'.s para cuidarem do 'e'ê$ 0ão he #ora poss(venem mesmo amament.*o! pois houvera uma ama para isso! at2 que ee se recusara amamar! começando a tomar (quidos em 6(caras e sopinhas e min)aus com coher$

8omo podiam esperar que ea #osse uma mãe e6periente- Teria #eito a coisa certa-Tave, TonI pudesse ser mais #ei, se #osse criado no meio do con#orto e u6oproporcionados pea rique,a dos av/s$ 0ão conse)uiria viver com a cupa! se seupano resutasse em a)um pre9u(,o para o #iho$ %6austo de tanto chorar! o 'e'êsotou o corpinho contra o peito dea souçando$ Uma muher de meia*idade que oestivera o'servando de uma das cadeiras pr/6imas! acercou*se de Juie com a testa#ran,ida$ @eceosa de encarar a muher! ea 'ai6ou os ohos! esperando umarepreensão$

< 0o meu tempo! as mães eram mais severas com os #ihos$ Ho9e em dia! quemmanda são os #edehos$ Tenho pena de vocês! 9ovens mães$

%ra mesmo de rir$ %sperara uma reprimenda e a muher havia sido at2 simp.tica!vendo o 'e'ê como um tirano e a mãe como po're v(tima$ A desconhecida a#astou*se!dei6ando*a com um eve sorriso no rosto! ohando em vota! procurando ver sea)u2m a o'servava com censura! mas nin)u2m he prestava atenção$ Tave, todos os'e'ês #i,essem esc&ndaos de ve, em quando! a#ina de contas! sa'ia tão pouco so'recrianças4 >ma)inava como #aria para tratar convenientemente do #iho$ 0ão poderianem mesmo procurar Beth para pedir*he a9uda$ %ra /'vio que os =easco mandariamvi)iar a casa da irmã$ 0ão poderia arriscar*se a ser apanhada$ 0ão queria nemima)inar o que #aria so,inha numa cidade estranha! se TonI #icasse doente ou se a)oacontecesse a ea$ 8omeçou a #antasiar horrores! vendo*se inconsciente numapartamento! enquanto a criança chorava de #ome$ %n#iou a mão na sacoaprocurando o cartão que o homem he dera$ Andre" Wo#e$ %a nem queria pensar emoutro homem em sua vida! mas precisava de a)u2m com quem pudesse contar! eaquee advo)ado simp.tico poderia ser um 'om ami)o$

Animou*se quando o viu votando! quase correndo! sorrindo para ea! sem seimportar com os ohares admirados e so'rancehas er)uidas que provocava : suapassa)em$ Sorriu tam'2m! o'servando as pernas on)as a'rirem caminho at2 ea! opaet/ esportivo a'erto e esvoaçante! o revoto ca'eo cor*de*areia e a coher dep.stico er)uida! em triun#o! como se #osse um tro#2u$

O an+ncio para a partida soou! #inamente! e os passa)eiros! a'orrecidos com ademora! correram para o portão! coocando*se em #ia$ Andre" continuou sentado!vendo o pequeno TonI en)oir a papinha de maçã com enorme apetite$

< 0ão h. pressa < ee asse)urou$ < %sses avi7es são enormes e evam umtempão para #icarem otados$

Todavia! Juie estava a)itada e ansiosa para 9untar*se :s pessoas na #ia$ Apaciência com o 'e'ê era )rande! mas as mãos he tremiam e os ohos estavaminquietos$ Andre" a estudou! notando! pea primeira ve,! que tinha a roupa su9a e as

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meias des#iadas$ Aquio re#orçou a id2ia de que ea estava #u)indo e ee sou'e! comestranha certe,a! que estava arrumando pro'emas$

O potinho de aimento #icou va,io! mas TonI não parecia estar satis#eito$ Juiepe)ou outro! com i)eira impaciência$

< 5urê de ervihas$< 0ão devia ter vindo antes que a papa de maçã- Acho que serviu primeiro a

so'remesa$< Sim! acho que sim! mas TonI não 2 e6i)ente$A #ia de passa)eiros desaparecia no portão! para desespero de Juie e competa

indi#erença do 'e'ê! que continuava a comer com satis#ação$ A mãe tentava amiudaras coheradas! mas ee recusava*se a ser apressado$

< arotinho teimoso$< 0ão < disse Andre"$ < Tem personaidade e sa'e o que quer$< Tem paciência com crianças! não-%e apenas sorriu! em resposta$ 5assou a mão peo ca'eo re'ede! tentando em

vão tirar a mecha cor*de*areia que teimava em he cair na testa$ %a ohou*osorridente! mas de repente corou$ O que estava #a,endo- 0o meio de uma #u)a! dava*

se ao u6o de rea6ar! sentada camamente! sorrindo para um estranho$ Jo)ou o poteva,io no cesto de i6o! impou o rosto do 'e'ê com um )uardanapo de pape e a)arroua sacoa$

< 5osso a9udar a carre)ar a)uma coisa-S/ então ea notou que os ohos dee eram de um verde cristaino! 'rihantes e

orados de c(ios escuros$< 0ão! o'ri)ada$ J. he dei 'astante tra'aho$< Tra'aho nenhum$ %! ve9a! s/ carre)o o so'retudo$@esoveu aceitar! por que não o #aria! se at2 pretendia tee#onar*he quando

che)assem a 0ova or?- J. o estava considerando um ami)o! mas o pensamento nãoimpediu que ea se sentisse um pouco enver)onhada ao entre)ar*he a sacoa de#radas$ 8oocou*se no #im da #ia! com o homem atr.s! passando peo portão e peocorretor estreito$ O 'e'ê! 'em aimentado! estava com toda a ener)ia! puando nocoo e rindo para Andre" que he #a,ia caretas$

0o avião! Juie e6aminou as passa)ens! procurando o n+mero da potrona queocuparia$ %ra um u)ar na 9anea! numa #ieira de três potronas! duas das quais 9.estavam ocupadas por )ordas senhoras$ 5ediu icença e! com di#icudade! conse)uiuacomodar*se$ Uma das muheres! sentada na potrona do meio! ohou*os intri)ada$

< =ocês dois estão 9untos-Antes que tivessem tempo de responder! ea saiu do u)ar recamando contra as

companhias a2reas que não tinham o 'om censo de coocar os casais sentados 9untos$< 1as n/s não$$$ < Juie tentou e6picar$< 0ão < a muher insistiu$ < =amos trocar de u)ar$%mpurrou a passa)eira da ponta #a,endo*a evantar*se! causando con#usão

)era$ Uma oira e sorridente comiss.ria apro6imou*se para ver o que estavaacontecendo$

< 3ua o pro'ema! pessoa-Juie che)ou a a'rir a 'oca para #aar! mas a prestativa muher antecipou*se nas

e6picaç7es$< %ste casa deve #icar 9unto! de modo que o pai possa a9udar a cuidar do nenê$< Bem! então! 2 muita )entie,a sua querer trocar de u)ar com este senhor$0ão adiantava querer des#a,er o equ(voco e criar uma con#usão maior assim!

Andre" deu de om'ros e sentou*se na potrona do meio! enquanto a muheracompanhava a aeromoça at2 a potrona que anteriormente #ora destinada a ee$ Apro6imidade tornou*os t(midos$ Juie concentrou*se nas atividades que precediam adecoa)em! ohando pea 9anea$ 3uando #inamente o avião su'iu! TonI 9. dormia

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pacidamente su)ando o poe)ar$ %a 'ei9ou*he a ca'ecinha e a9eitou o acochoado aoseu redor$ 0otou! então! que Andre" a ohava com um sorriso maroto$

< Acho que #omos destinados a #ormar um par$As paavras a dei6aram mais enca'uada ainda$ O sentimento primitivo que

tornava todas as pessoas um pouco supersticiosas! #a,endo*as temerem uma se6ta*#eira tre,e ou o encontro com um )ato preto! sur)iu dentro dea ao considerar que ee

dissera Edestinados$ Destino era a)o em que acreditava e quase podia ver a mãopoderosa tecendo teias invis(veis entre os dois$ 3uando ee tocara no assunto! ea at2se arrepiara$

< Seu re/)io < ee comentou! apontando a 9oia cara que ea usava no pusoesquerdo$ < %st. que'rado! assim como o meu$ < 8ompararam os dois re/)ios eviram que os vidros estavam que'rados de modo i)ua$ < A +nica di#erença 2 que oseu est. #uncionando < ee o'servou$

Juie riu! pea primeira ve,$ Foi um riso de a(vio! como depois de uma )randetensão$ 3ue destino 'rincahão! causando tais coincidências$

< J. sei o nome do 'e'ê e 9. he dei o meu cartão! a)ora! que ta di,er*me comose chama-

%a mostrou*se ocupada! arrumando o nenê no coo$< Tem ra,ão$ %stou sendo ma*educada$ 8hamo*me Juie$ Juie @2)is$0ão sa'ia por que escohera @e)is! ao resover mentir$ Aquee era o so'renome

de um pro#essor de arte dram.tica no internato! por quem tivera muita a#eição$< =ai visitar a)u2m em 0ova or?- < %e insistia em pu6ar conversa$%m'ora a per)unta #osse 'astante ino#ensiva! Juie sentiu o puso aceerar*se$

Sa'ia que não responder! ou #a,ê*o de modo evasivo! evantaria suspeitas$ %vitouencar.*o$

< 0ão$ =ou morar .$ %u! hã$$$ sou divorciada e estou : procura de umamudança de cen.rio! sa'e como 2-

%e não sa'ia! mas assentiu! estudando*a com o ohar pensativo$< J. tem a)um u)ar para onde ir- 3uero di,er$$$ pode ser 'em di#(ci conse)uir

um apartamento em 0ova or?$ < %a ne)ou! com um )esto de ca'eça! mascontinuou caada$ < 3uando #ui para . < ee prosse)uiu < #oi duro arrumar um u)arpara viver$ verdade que procurei apenas numa .rea de#inida! perto do meuescrit/rio$ 'om tam'2m ter cuidado com os corretores de im/veis$ 0em todos sãocon#i.veis e muita )ente 2 en)anada por ees$

< %stou tra,endo v.rios nomes de ocais 'ons! hot2is onde poderei #icar at2conse)uir um u)ar de#initivo$

Tave, tivesse #aado mais do que devia! mas precisava apacar a curiosidadedee! de modo que parasse de #a,er tantas per)untas$ A9eitou novamente o 'e'ê!incinou o encosto da potrona como se #osse dormir! tentando com isso desencora9.*ode continuar a #aar$ 5recisava ter muito cuidado para não cair em contradição!conversando com um homem de intei)ência a)uda e )rande percepção$ Simuou umpequeno 'oce9o e #echou os ohos$ %m 'reve estaria em 0ova or?$

O pensamento e6citou*a$ 0ada poderia impedi*a de começar uma vida nova!ivre de tudo e de todos! pronta a se)uir suas pr/prias re)ras$

Andre" reme6eu*se no estreito espaço$ As pernas compridas estavamentorpecidas por #icarem meio encohidas$ Os om'ros ar)os não podiam se espahar :vontade e precisava tomar cuidado para não moestar as companheiras de via)emcom os cotoveos$ 1as não era o descon#orto #(sico que o pertur'ava$ 0os anos emque e6ercera a pro#issão de advo)ado! aprendera a simpi#icar as situaç7es!coocando*as em dois terrenosG o certo e o errado$ 5or2m! naquee caso! o m2todonão #uncionava$ Juie =easco estava #u)indo$ Aquio era caro como .)ua$ 1as eraaduta e um ser humano ivre! com direito de ir e vir a sua vontade$ 3uanto : criança!era #iho dea$ Todavia! sentia*se como se estivesse testemunhando um #ato errado$

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Se ea #osse apenas uma vi+va! #u)indo da #am(ia repressora do marido! seria#.ci esquecer tudo e dei6ar que se arrumasse con#orme pudesse$ 1as havia omenino$ %e tinha direito a uma vida tranquia e se)ura$ Havia os av/s! que so#reriamcom o desaparecimento do neto$ %ra uma questão de mora que transcendia :s#/rmuas e)ais$ 1as a ei não se 'aseava em emoç7es ou direito mora$ ;e)amente!Juie não havia cometido crime a)um$ %e suspeitava de que ea pretendesse Evender 

a criança aos av/s! #uturamente mas era uma suposição 'aseada em maedicentescoment.rios! não em #atos comprovados$ S/ podia acus.*a de uma coisaG não quererviver com os so)ros$ 1as isso era rid(cuo$

Di,er :quea muher que conhecia toda a verdade serviria apenas para #a,ê*adesaparecer! assustada$ Tee#onar ao tio! pedindo conseho! seria admitir impotência$De quaquer #orma! >)n.cio! com suas ideias de eadade para com os de sua casse!insistiria para que os =easco #ossem avisados e s/ a ideia de ta procedimento orepu)nava$ 5odia 'em ima)inar do que a tradiciona #am(ia seria capa,! para de#endero que entendia por honra$ Se conse)uissem pCr as mãos na nora! sa'ia*se . o que#ariam para revidar o insuto$ 3ua seria a resposta para aquee pro'ema-

5arecia não haver nenhuma$ O que podia #a,er era dar assistência :quea 'ea

muher so,inha e ao #iho$ Sua consciência não o dei6aria em pa,! se ea entrasse emsituaç7es peri)osas! ou se o 'e'ê corresse quaquer risco$ Aquea criança estavasendo avo de um su9o 9o)o de interesses$ De um ado! a mãe! mimada e sem 9u(,o!considerando a criança como um 'ihete premiado de oteria! e do outro! os av/s!vendo em TonI apenas a continuação do nome tradiciona$ %m sua opinião! nenhumdees era di)no de o'ter a cust/dia do 'e'ê$ 1as não podia dei6ar*se evar peasaparências! sem conhecer os #atos$ S/ havia um caminho a se)uir! se reamentequisesse prote)er a criança$ %ra vi)iar a mãe! procurando impedir que a)o ruimacontecesse e! se perce'esse que TonI estava sendo ne)i)enciado! chamaria umaassistente socia$

Juie suspirou no sono e ee virou a ca'eça para oh.*a$ %stava visivementee6austa! parecendo muito #r.)i! apertando o #iho contra o peito! no conhecido )estoque trans#ormava as mães em madonas$ %stendeu a mão e a9eitou o acochoado aoredor do rostinho rosado do nenê$ O movimento a despertou do cochio e o arassustado deu u)ar a um sorriso con#iante! quando ea viu que era ee quem me6iaem TonI$

< =ocês vão estar e6austos quando aterrisarmos < Andre" disse 'ai6inho$ %aconcordou! #echando os ohos outra ve,! mas ee não se deu por vencido$ < %upoderia su)erir um 'om hote onde #icariam 'em instaados$

%a a'riu os ohos e encarou*o por um on)o momento! como querendoadivinhar*he as intenç7es$

< Acho que vou aceitar sua su)estão$ 5reciso de um u)ar decente! mas que nãose9a muito caro$

%e respirou #undo! aiviado$ 8onse)uira a con#iança dea$ O resto seria #.ci$< Acho que 9. tenho ideia de onde poderei ev.*os$@ecostou*se! tranquio! percorrendo em pensamento os u)ares que conhecia e

onde mãe e #iho poderiam #icar$ Um dees he pareceu mais conveniente! por serperto do escrit/rio$ %e conse)uira que ea con#iasse nee$ ;evaria seu pano devi)i&ncia adiante$ %ntão! por que estava se sentindo tão ma-

CAPÍTUL V

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Ao pensar que o pior 9. havia passado! Juie en)anara*se redondamente$Acordou! naquea primeira manhã em 0ova or?! e Kmediatamente sentiu*sedeprimida peo am'iente do quarto de hote! de mo'(ia impessoa e paredes #rias$ Ocoração apertou*se de an)+stia$ A #am(ia do marido poderia encontr.*a se quisesse$Os =easco tinham poder e dinheiro e não desistiriam #acimente da 'usca$ % quando a

encontrassem$$$ Tinha certe,a de que a)o sairia errado$ Havia aprendido! em sua vidainst.ve! que era 'om descon#iar quando tudo corria muito 'em$ @eai,ara o pano de#u)a com reativa #aciidade mas! em a)um momento! devia ter cometido quaquererro! pois sempre #ora incapa, de reai,aç7es per#eitas$ 5ortanto! era mehor nãocomemorar o triun#o! ainda$

8on#orme os dias passavam! seu medo aumentava$ Os so)ros deviam estar hedando tempo para que pensasse haver reamente escapado$ 3uando ea rea6asse!pensando estar em se)urança! ees cairiam so're ea como )atos cru2is so're um ratodescuidado$ Seu sono era torturado por pesadeos horr(veis! em que via TonI sendoarrancado de seus 'raços ou caindo de aturas enormes$ Dei6ava a u, do a'a9uracesa a noite toda e passava horas intermin.veis a)arrada :s co'ertas! ohando para

a porta e para a 9anea! procurando quaquer sina de movimento$ Tinha verdadeiropavor de sair do quarto! che)ando ao e6tremo de pedir que he evassem as re#eiç7es!mas mesmo assim! quando precisava a'rir a porta para o )arçom! seu coraçãodisparava : ideia de que poderia haver a)u2m no corredor! pronto a atacar$

Assistia : teevisão e 'rincava com o 'e'ê! sempre atenta ao menor ru(doestranho$ 1antinha as cortinas #echadas! temendo que! de a)um pr2dio vi,inho!pudessem vê*a! e não a'ria a vidraça! em'ora o quarto permanecesse sempresuperaquecido$ 3uando ia tomar 'anho! evava a criança consi)o! temerosa de dei6.*o so,inho! mesmo podendo vê*o atrav2s da porta a'erta do 'anheiro$ =ivia numcima de medo e tensão$

0o primeiro dia! Andre" tee#onara e ea dissera que estava 'em! descansando'astante e tentando adaptar*se$ Dai para #rente! ee continuara a i)ar todos os dias eea sempre di,ia que passara horas tee#onando para imo'ii.rias! procurando umapartamento para au)ar! mas era mentira$ 0ão se atrevia a tomar quaquer iniciativano sentido de sair da se)urança do hote$ 5or #im! ee começara a pedir para visit.*ae ea procurara #a,ê*o desistir da ideia! at2 que não #ora mais poss(ve resistir :insistência$ 0aquee dia! ee iria vê*a no hote! pea primeira ve,$

@apidamente! arrumou o quarto! vestiu a saia e a 'usa do +nico con9unto quepossu(a! o mesmo com que via9ara! e coocou um macacão em TonI$ 1ostrou*se#orma! ao a'rir a porta$ Andre" entrou e ohou*a! e ao 'e'ê! por um on)o tempo!estudando*os$ @ecamou que o quarto estava a'a#ado demais e convidou*a paraamoçar$

< 0ão tenho #ome < ea resistiu$< Tudo 'em$ 5ode tomar ca#2! enquanto eu e meu ami)uinho comemos$TonI estava no coo da mãe! mas começou a esticar os 'racinhos para Andre"!

que o pe)ou$ Juie continuava reutante! não querendo sair do quarto$< Acho que não$$$< 0ada de descupas$ < %e #e, c/ce)as na 'arri)uinha do nenê! que rompeu

em )ostosas risadas$ < 0/s vamos descer! mamãe$ Se quiser! pode #icar aqui so,inha!neste u)ar a'a#ado$

0ão havia outra coisa a #a,er a não ser ir com ees! em'ora de m. vontade$ Adescida de eevador #oi um pesadeo$ Todos os rostos estranhos pareciam esconderuma ameaça! um peri)o$ 0o restaurante do hote! ea dei6ou a )arçonete admiradapeo modo como e6i)iu uma mesa on)e de quaquer 9anea$ Descupou*se! di,endoque estava com #orte dor de ca'eça e dese9ava #icar on)e da u, intensa do so! masachou que nin)u2m acreditou muito em seus motivos$ O amoço decorreu em cimatenso e desa)rad.ve! sendo 'om apenas para TonI! que se divertiu me6endo nos

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

cord7es de 'oinhas cooridas que en#eitavam a cadeira ata que he haviam dado!ohando tudo! vivo e curioso$ O intrometido que a tirara : #orça do quarto #e,coment.rios so're sua aparência cansada e perda de peso e eo)iou a sa+de domenino que estava corado e 'em*disposto$

Depois da re#eição! su'iram novamente! e ea permitiu que ee entrasse! poistinha medo de en#rentar o quarto va,io so,inha! como se a)um ma#eitor ai se

houvesse introdu,ido em sua ausência$ Andre" 'rincou com a criança! enquanto Juieohava! sienciosa$ 3uando ee he per)untou o que 9. vira de 0ova or?! ea ae)ounão ter se sentido 'em e que não havia sa(do$ Ao o#erecimento dee de hes comprara)o de que precisassem! ea respondeu que o 'e'ê precisava de #radas descart.veis$

0a manhã se)uinte! Andre" apareceu com um imenso pacote de #radas e um)rande sortimento de comida in#anti$ Daquee dia em diante! começou a aparecertodos os dias! tra,endo uma coisa ou outraG 6ampu! sa'onetes per#umados! #rutas!doces! 'iscoitos$ O quarto encheu*se de ivros! revistas e 'rinquedos$

Juie a)radecia e insistia em pa)ar! mas nunca conse)uiu #a,er com que eeaceitasse dinheiro peos 'rinquedos! porque! se)undo ee! presentear TonI era umpra,er$ 8omo a achasse p.ida e insistisse para que sa(sse um pouco e tomasse so!

ea começou a mentir! di,endo que passeava com o #iho! de manhã 'em cedo! e queandava 'astante! no parque$ Aparentemente! ee acreditava! mas ea se desesperava!pensando quando poderia dei6ar de di,er mentiras! pois sa'ia que nada no mundo a#aria sair do hote e aventurar*se a andar pea cidade$

0ão conse)uiu nem mesmo ir at2 : esquina! onde havia uma avanderiaautom.tica! tendo de mandar avar o con9unto de saia e casaquinho no pr/prio hote ecuidando das peças (ntimas e das roupas de TonI! no 'anheiro! pendurando*as naporta do 'o6e para que secassem$ 3uando a teevisão #icou com de#eito! ea nadacomunicou : )erência! com medo de permitir que )ente estranha entrasse no quartopara consertar ou su'stituir o apareho$ 8omeçou! então! a devorar os 9ornais queAndre" he tra,ia! endo todos os arti)os! por mais insi)ni#icantes que #ossem$

Um dia! uma pequena not(cia dei6ou*a eu#/rica! #a,endo*a sentir*se ivre$ %stavana p.)ina dedicada aos pa(ses da Am2rica ;atina e #aava de dist+r'ios ocorridos no126ico! onde uma poderosa ind+stria #ora 'om'ardeada e semidestru(da$ Um arrepiopercorreu*he o corpo quando eu o par.)ra#o que e6picava que o compe6o industriapertencia : tradiciona #am(ia =easco! sendo sua principa #onte de renda$ O trecho!por2m! que he #oi mais si)ni#icativo! vinha a se)uir! e di,ia que Juan Arista! porta*vo,da companhia pre9udicada! recusara*se a estudar a possi'iidade de rea'rirem aind+stria e que 1ariano D(a,! recentemente eeito para a presidência da >nternacionaD(a,! havia proposto a compra da .rea e dos direitos de produção! mas que suaproposta não #ora aceita$ Juie eu a not(cia at2 sa'ê*a de cor$ Depois! dei6ou cair o 9orna e #icou pensativa! anaisando o que os acontecimentos narrados poderiamsi)ni#icar para ea$ De a)uma #orma! Juan Arista conse)uira o u)ar de porta*vo, da#am(ia! o que não dei6ava de ser estranho! pois =ictoriano sempre havia #aado emseu pr/prio nome e no dos mem'ros todos da casa$

% 1ariano4 3ue novidade sucuenta4 Sempre houvera uma ri6a camu#ada entreas #am(ias D(a, e =easco! desde que Tere,a e 1ariano haviam se casado$ A união #orareai,ada com a pretensão de #ormar uma aiança entre duas anti)as inha)ens! masna verdade trans#ormara*se numa 'arreira entre eas! quando os =easco haviamdesco'erto que as empresas D(a, não eram #inanceiramente est.veis$ O casamentocontinuara! mas não houvera nenhuma i)ação de ne)/cios unindo os nomes$

As duas #am(ias haviam competido no sentido de )anhar a eadade do novocasa e! pr.ticos! 1ariano e Tere,a optaram peo ado mais rico! indo viver com os=easco$ Os D(a, nunca dei6aram de tentar convencer o #iho a votar para ees e!aparentemente! haviam conse)uido$ 5ea not(cia do 9orna! podia*se supor que1ariano 'adeara*se para o campo inimi)o e! com toda a certe,a! evara a esposa e as#ihas consi)o$ A2m de os =easco haverem so#rido um )ope tremendo em suas

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#inanças! ainda estavam tendo o des)osto de ver a #am(ia se partindo$ Tudo aquiorepresentava um pro'ema muito mais premente do que a #u)a de uma nora re'ede!mesmo que ea houvesse evado o herdeiro tão dese9ado$

A 9anea do quarto do hote #oi a'erta pea primeira ve,! num ato quase sim'/icode i'erdade$ A rua! . em'ai6o! re)ur)itava de )ente que andava apressada ou quecaminhava va)arosamente! aproveitando o caor do so e a suavidade da 'risa$ 0ova

or?$ A cidade a havia en)oido e escondido nas entranhas! tornando*a anCnima$AnCnima e ivre de tudo! incusive de sua pr/pria ima)inação que a havia #eito verperi)os! torturando*a$ @apidamente vestiu*se e ao 'e'ê! descendo para a rua$

Dei6ou*se envover peo 'aruho e peo movimento! peo cheiro das castanhasassando nos carrinhos dos vendedores! peo ar #rio em suas #aces! pea ae)ria desentir*se viva e ivre$ 5assou o resto do dia andando$ =endeu as 9oias! mas decidiuconservar o casaco de marta! peo menos at2 a primavera$ Au)ou um co#re no 'anco!para )uardar seus documentos e dinheiro! e comprou 9eans! um par de tênis de couromacio e a)uns 'us7es de maha$ 8omprou tam'2m macac7es acochoados para onenê e um carrinho para poder ev.*o com mais #aciidade quando sa(ssem$

5ensou em Andre" e no que ee estaria ima)inando se houvesse tee#onado sem

o'ter resposta$ @esistiu ao impuso de i)ar para ee de a)um tee#one p+'ico$ 3ueriaandar so,inha! testar a resistência #(sica e autocon#iança$ 5eo #im da tarde! rendeu*seao dese9o de vê*o$ %ntrou num t.6i e deu o endereço do escrit/rio ao motorista!torcendo para que ee ainda não houvesse ido para casa$ %e ia ter uma surpresa aodesco'rir que não estava idando com uma paranoica que vivia presa num quarto commedo at2 da pr/pria som'ra$ Faou com seus assistentes e entrou no escrit/rio semser anunciada$

< Surpresa4Arrependeu*se no mesmo instante do )esto espont&neo! ao vê*o ocupado em

sua imensa escrivaninha! onde se empihavam #ichas de arquivos e processos! 'eo es2rio! impressionante mesmo! naquee am'iente$ A surpresa estampou*se no rosto deinhas #irmes e m.scuas$ Andre" er)ueu rapidamente a mão e retirou os /cuos dearo de meta que estava usando para er! reveando o verde incr(ve dos ohos 'onitos$8omeçou a #aar! misturando paavras de ae)ria e interro)ação! deiciosamentecon#uso$ Juie sentiu*se t(mida! perdendo toda a con#iança adquirida$

< %stou! hã$$$ sa( um pouco e$$$< =ocê est. com /tima aparência$ < %e se evantou! dando a vota na mesa$ <

3uer se sentar- Um pouco de ca#2- < Juie #e, que não! com um )esto de ca'eça$ <8h.-

< 0ão! o'ri)ada$ TonI est. com sono! preciso ir$ S/ queria$$$< Bem! se tem mesmo que ir$$$< Sim$ 0ão vou #icar! mas$$$ < A )ar)anta estava seca e ea precisou imp.*a

antes de continuar a #aar$ < 5oderia #aar com você amanhã-< 8aro que sim$ < Andre" correu os dedos peos ca'eos que he ca(am na

testa! o'servando*a empurrar o carrinho do 'e'ê para a porta$ 0ão queria dei6.*apartir$ < %u$$$ 'em$$$ queria he per)untar se tem a)uma coisa especia para #a,eramanhã$

< 0ão$< ostaria de ev.*a para conhecer um pouco a cidade$ 1useus! pontos

tur(sticos! mas não tenho tanto tempo dispon(ve$ =ou dar*he um roteiro$ O que acha-< Adoraria$ osto muito de museus$< =erdade- < O rosto dee iuminou*se$ < %u tam'2m4 0ão pode ima)inar

quantos museus interessantes e6istem em 0ova or?$Juie hesitou um pouco! em'araçada! antes de #a,er um convite que he pareceu

atrevido$< 0ão poderia ir tam'2m-Uma som'ra passou peos ohos de Andre"! dei6ando*o repentinamente s2rio$

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< 0ão tenho mesmo tempo! mas passe por aqui amanhã que he darei um mapae a)umas su)est7es$

0ada mais havia a #a,er ai$ Juie saiu! empurrando o carrinho! acenando emdespedida! sem poder con#iar na pr/pria vo,! tão desapontada #icara$ Fora uma toa$Andre" Wo#e era um homem que se propusera a9udar aos outros e #icara ao ado deaenquanto a vira necessitada de au6(io$ 0ão a queria como ami)a$ Sentimento de

re9eição! triste,a e raiva de si mesma misturavam*se em seu coração$ Forapresumida! mas não incorreria novamente no mesmo erro$

Andre"! sentado em seu escrit/rio! com os p2s caçados de tênis so're aescrivaninha e as mãos entreaçadas na nuca! ohava distraidamente para aspart(cuas de p/ que )iravam nos raios de so #itrados pea persiana$ 0ão conse)uiraconcentrar*se em nada naquea manhã$ Juie estava para che)ar$ O mapa assinaado eo roteiro tur(stico que ee separara estavam num canto da mesa! esperando que eaviesse para apanh.*os$ %staria reamente dese9oso de vê*a- 5eo menos! o modocomo a vira entrar no escrit/rio no dia anterior! com um sorriso e6u'erante e o oharcheio de vida! não he sa(a da ca'eça$ 8omo estaria quando che)asse- Ainda cheia de

entusiasmo ou com aquea anti)a e6pressão atormentada que tra,ia no rosto desdequando haviam se encontrado no dia da #u)a-Havia sido #.ci idar com aquea muher assustada e soit.ria! necessitada de

proteção e a9uda$ O pape que desempenhara 9unto a ea #ora o de um irmão maisveho$ 0ão houvera risco de perdê*a de vista e #ora simpes mantê*a so' vi)i&ncia econtroar o modo como TonI era tratado$ 1as como iria se comportar a muher que eevira começar a desdo'rar as asas em 'usca de i'erdade-

Uma das secret.rias interrompeu*he o curso dos pensamentos! aparecendo naporta$

< A sra$ @2)is est. aqui$< 1ande*a entrar! por #avor$Andre" tirou os p2s de so're a escrivaninha! endireitou o coarinho da camisa e

pe)ou uma #icha de arquivo! #in)indo estud.*a$ Juie entrou! eve e sorridente$ Tra,iaos ca'eos aco'reados presos atr.s! num ra'o*de*cavao! e os ohos cin,a*a,uados'rihavam como os do 'e'ê$ =estia 9eans! tênis e o u6uoso casaco de marta!parecendo muito 9ovem e ae)re! empurrando o carrinho de TonI$

Andre" sentiu o coração descompassado e por a)uns instantes #icou um poucosem 9eito! sem sa'er o que #aar! mas ea que'rou o siêncio com sua vo, a)rad.ve$

< %spero que não tenha tido muito tra'aho para marcar o mapa$< Oh! não$ At2 )ostei 'astante da tare#a$ Acho que sou um )uia tur(stico

#rustrado$ < Juie sorriu e ee notou que era um sorriso poido! mas distante! quepoderia ser endereçado a quaquer pessoa$ %e apanhou o mapa! mas não heentre)ou! temendo que ea #osse o)o em'ora$ < %m que est. mais interessada-

< %m tudo4 < %a riu$ < 0ão ve9o a hora de percorrer todos os u)ares$Andre" sorriu do entusiasmo e reutantemente deu*he o mapa e o roteiro$< Se pudesse acompanh.*a! ir(amos primeiro ao 1useu de Arte 1oderna$ o

meu #avorito$ 8ostumava evar um sandu(che e! depois de #icar horas admirando osquadros! ia comê*o no p.tio das escuturas$

< Deve ser 'om mesmo$ Ser. o primeiro que visitarei$< Fa, tempo que não vou at2 .$< 3ue pena4 Se )osta tanto! deveria achar tempo para visit.*o$Juie sorriu! mas sua atitude era de impaciência! parecendo um p.ssaro prestes a

evantar voo$ 5recisava retê*a um pouco mais$< um u)ar enorme! quase assustador quando se entra pea primeira ve,$

Demora*se um pouco para aprender a andar . dentro$ 3uero di,er! 2 poss(ve at2perder*se$

< 0ão se preocupe! dar. tudo certo$

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5or que não se resovia a acompanh.*a- Seria deicioso visitar o museu com ea!e per#eitamente inocente$ A2m disso! #a,ia tempo que não tinha a)um tempo ivrepara #a,er o que )ostava$ %6ceto pea via)em ao 126ico! #icara preso ao tra'aho pormuitos meses e! se nada disso #osse motivo paus(ve o 'astante! havia uma ra,ãopoderosa$ 3ueria mantê*a! e ao 'e'ê! so' controe! portanto tinha de sair com eesde ve, em quando$

< Acho que vou tam'2m$ >sto 2! se não se importar$ Faar so're o museudespertou*me o dese9o de vê*o$< 0ão tem de #icar aqui tra'ahando-< Sou o patrão$ < %e sorriu$ < Acho que posso #a,er o que me d. vontade!

peo menos ocasionamente$< Bem! então o que estamos esperando-

Aquee #oi o primeiro de uma s2rie de passeios por 0ova or?$ =isitaram o 1useu1etropoitano! o WhitneI e o de Hist/ria 0atura e! pea primeira ve,! desde quea'rira o escrit/rio! Andre" estava tendo mais tempo de a,er que de tra'aho$ 1as!caro! não era puro a,er$ Aqueas andanças tinham um o'9etivo s2rioG cuidar de TonI$

%stava unindo o +ti ao a)rad.ve! apenas isso$ A 8idade do 126ico! os =easco e amuher #+ti que vira no 'aie estavam muito distantes$ A Juie que ee vira rindo!rodeada de homens! era muito di#erente da que estava aprendendo a conhecer eestimar$ 3ua das duas seria a rea- 5recisava desco'rir o que se passara com ea quea o'ri)ara a #u)ir com o 'e'ê$ Se sou'esse tudo! tave, #osse mais #.ci desco'rir quadas duas #aces daquea inda muher era a verdadeira$

Um dia! ap/s muito pensar! decidiu tee#onar para os tios! no 126ico$ Os O're)on#icaram surpresos! 9. que ee não costumava cham.*os! a não ser na data do ani*vers.rio de a)um dees$ A conversa que manteve com os tios #oi sendo )uiada! nosentido de o'ter respostas para as per)untas que o atormentavam! sem no entantodespertar as suspeitas de >)n.cio$ 1uito casuamente tocou! no nome dos =easco e oque ouviu dei6ou*o arrepiado$

O desaparecimento de Juie! evando o herdeiro da or)uhosa #am(ia! ainda era opivC de coment.rios e interro)aç7es curiosas na 8idade do 126ico$ De acordo com a#o#oca corrente! ea se casara com 5auo =easco apenas interessada no dinheiro deee diapidara a primeira parte da sua herança tão rapidamente! que tivera que vender ac(nica para poder manter*se$ Depois da morte do marido! ea entrara na #am(ia#a,endo mi e6i)ências! querendo pees caras e 9oias vaiosas! certamente 9.pane9ando rou'.*as e #u)ir$ Andre"! : medida que ouvia! sentia*se )ear$

Fa,iam acusaç7es monstruosas : muher que evara o +nico neto de um casa devehos! que haviam #icado desesperados! sem sa'er se o menino estava morto ouvivo! a'andonado ou em se)urança$ =ictoriano e ;eti,ia estavam vivendo umtormento! apenas esperando que a mãe desnaturada se comunicasse com ees!di,endo quanto queria peo res)ate! e re,ando para que nenhum ma houvesseacontecido ao menino$ Foi di#(ci para Andre" se)urar*se! não se trair! puando emde#esa de Juie$ %a podia ter #eito muita coisa errada! mas não o#erecia peri)o aopr/prio #iho$ 3uis di,er a)uma coisa! aertar o tio para o #ato de que ees estavamvendo apenas um ado da questão! que os =easco tave, não #ossem tão inocentescomo queriam parecer! mas não se atreveu! pois sa'ia que >)n.cio 9amais acatariasua opinião$

3uando desi)ou! estava cheio de #rustração e des)osto! não tanto por não terpodido tomar o partido de Juie! como pea conversa com o tio ter*he em'rado #atosque pre#eria esquecer$ Apesar de estar #ascinado peo sorriso caoroso e peos ohoscin,entos daquea muher! sa'ia que ea cometera v.rios erros e que tudo o quecontara so're sua vida era uma desavada mentira$ %a carre)ara TonI :s escondidas!quando tinha o direito de utar por ee$ Fu)ira com 9oias de )rande vaor pa)as peos=easco! e usara de esperte,a e mentiras para #u)ir$ Fora mentirosa! #in)ida e adra$

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5or mais horr(veis que #ossem essas paavras! eram as que de#iniriam suas atitudes!e)amente$ 5or mais i'era que #osse em sua interpretação do certo e do errado!Andre" tinha de reconhecer que ea não a)ira nada 'em$

%ra de duvidar que ea quisesse Evender o 'e'ê herdeiro aos av/s! mas quempodia sa'er ao certo o que se passara na ca'eça de Juie- Tave, seu carinho por TonI#osse apenas outro aspecto do seu pape! se ea estivesse mesmo desempenhando

um! naquee drama$ Uma coisa que queria entender! e não conse)uia! era como haviaentrado na hist/ria! perdendo o sosse)o e o sono! não podendo nem concentrar*se notra'aho! que tanto si)ni#icava para ee$ O que não sa'ia so're ea o torturava e o quesa'ia o dei6ava inquieto$ %stava com raiva de si mesmo! por haver entrado naqueeemaranhado de emoç7es que o con#undia$ Finamente! decidiu #icar distante dea poruma semana! pensando poder votar : care,a de racioc(nio! on)e do encanto que oem'otava$ Assim! quando uma manhã ea apareceu no escrit/rio! pronta para maisum passeio! ee e6picou que 9. havia ne)i)enciado demais o tra'aho e! portanto!teria de dei6.*a andar so,inha por 0ova or?$ 5erce'eu que a vo, e o ohar que eahe ançou mostravam m.)oa! sentiu*se um monstro! mas manteve a decisão$

Durante os dias que se se)uiram comportou*se como um urso na 9aua! e seus

coa'oradores recamaram de seus modos ra'u)entos e respostas 'ruscas$ Aospoucos! por2m! os e#eitos da conversa tee#Cnica com o tio #oram passando e eeesqueceu a Juie que conhecera na 8idade do 126ico! votando a ver apenas a muher'onita e ae)re com quem visitara os pontos interessantes de 0ova or?$ Sentiu #atadas andanças e pensou que seria deicioso visitar 8hinato"n com ea e participar doprimeiro passeio de TonI no 'arco de Staten >sand$ 0ão havia /)ica em privar*se deta pra,er! pois eram apenas ami)os andando por uma cidade! comentando o'ras dearte! admirando cenas pitorescas$ 0ão podia haver nada mais inocente$ A#ina! eesempre tivera o cuidado de manter um reacionamento quase impessoa com ea!acompanhando*a apenas durante o dia! evitando o cima de tentação da noite$

5retendia #icar on)e de situaç7es que pudessem ev.*os a contatos mais(ntimos! nunca a visitando no apartamento para o qua estava se mudando! nem aconvidando ao seu$ 5or2m muitas ve,es seus ohares se encontravam e mantinham*sepresos! dei6ando transparecer sentimentos di#erentes de uma simpes ami,ade$ % porque ee se arrepiava quando! mesmo acidentamente! suas mãos se tocavam-

Teria continuado a se en)anar! considerando seu reacionamento com Juiesimpes camarada)em! se não #osse peo que aconteceu no dia em que #oram assistir: iuminação da .rvore de 0ata do @oc?e#eer 8enter$ Aquea cerimCnia era uma desuas #avoritas e ee #icou ima)inando como TonI apreciaria o movimento e as u,es$%6istia toda uma tradição ao redor do ato da iuminação da .rvore! #a,endo com quecada nova*iorquino se sentisse respons.ve pea propa)ação do esp(rito nataino!convidando estran)eiros e rec2m*che)ados : cidade para compartihar da #estividade$Seria a'surdo não convidar Juie e o 'e'ê$

Juie atendeu o tee#one rapidamente$ S/ podia ser Andre"! porque nin)u2mmais he tee#onava$

< =ocê e TonI têm panos para ho9e : noite-< 0ão$ < 8heia de esperança! ea sentiu o coração aceerar*se$< Haver. uma cerimCnia no @oc?e#eer$ Assisto*a todos os anos e acho que

vocês não deveriam perdê*a$Sem tentar parecer desinteressada ou cauteosa! mas cheia de entusiasmo! #oi

competamente espont&nea$< A que horas-< Ao escurecer$ 1as! ohe! 2 ao ar ivre e est. #rio$< 0ão #a, ma$ ostamos do ar ivre! não 2 TonI- < %a riu! ohando o rosto

corado do #iho que a #itava! curioso$< 0ão vai me per)untar o que 2-

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< 0ão$< Mtimo4 < Andre" riu$ < %ncontre*se comi)o no @oc?e#eer 8enter! perto da

pista de patinação! :s cinco$Juie desi)ou! sorrindo para TonI$ Sentia*se eve e ae)re demais! como se

houvesse tomado muito vinho$ 5assou a tarde ansiosa peo momento de sair! de verAndre" novamente$ %e a incu(ra nos panos! e ao nenê tam'2m$ Sentira #ata dos

dois! a#ina de contas$ 8omo uma toa! uma adoescente cheia de ius7es! pensando nonamorado! estava muito #ei,! mas tentou ser ra,o.ve$ 5ara que a eu#oria-Aquee não seria um encontro! propriamente! mas apenas mais um passeio de

ami)os$ %e era uma pessoa querida! de quem aprendera a )ostar muito$ A ra,ão desua e6citação era sa'er que! se ee tee#onara querendo vê*a! certamente )ostavadea tam'2m$ Anteriormente! nunca tivera certe,a do a#eto dee$ Seus encontroshaviam sido ae)res! mas por tr.s da poide, com que se tratavam :s ve,es eaadivinhava uma #rie,a por parte dee que a ma)oava$ 1uitas ve,es! at2! pensaraperce'er animosidade no modo com que ee a ohava! como se he desaprovasse asatitudes$ Tentara i)norar aquio! di,endo a si mesma que sua necessidade de a#eto a#a,ia esperar muito das outras pessoas! tornando*a sens(ve demais$ 5rocurara

esquecer os ohares inquisitivos e suspeitosos que surpreendera! assim como 'uscaraa'a#ar a sensação esquisita que a pro6imidade dee he causava$Tomara*se evidente que ee procurara er)uer uma 'arreira entre os dois$ 1as por

que motivo- Tave,! por uma questão de 2tica! ee tratasse com reserva a todas aspessoas a quem a9udava$ Teria a)uma prevenção contra as muheres- 5or mais quepensasse não conse)uira uma resposta /)ica$

Achava*o muito #echado! quase incapa, de dividir seu mundo interior com osoutros$ O reacionamento dees 'aseava*se apenas em momentos de entretenimentoe a,er! nada tendo a ver com a#inidade de o'9etivos e interesses$ 0a verdade! poucose conheciam$ 8omo ea dese9ara! v.rias ve,es! a'rir*se e despe9ar toda a verdade4Teria sido um a(vio poder con#iar nee a ponto de contar*he o que #ora o'ri)ada a#a,er! mas não podia se arriscar$ Apesar de tudo! continuava a ser um estranho$

0aquea tarde! caminhando entamente pea aameda que evava ao rinque depatinação do @oc?e#eer 8enter! ea dei6ava*se a'sorver peo encanto dos sons ecores que a rodeavam$ O ar #rio era revi)orante e o c2u ostentava um a,u de .)ua*marinha puro e cristaino$ Um )rupo de 9ovens universit.rios cantava m+sicas de 0atae ea notou como os rostos eram 'onitos! corados peo #rio! e como os ohos'rihavam! cheios de e6u'erante ae)ria$ O am'iente todo dava*he uma sensação de#eicidade por estar viva! por ter um #iho! por estar ai$ Superara muitas di#icudades!mas estava contente por poder andar ivremente! independente e capa,$ 8omeçava!timidamente! a desco'rir quem na verdade era Juie ;ehman =easco$

A9oehou*se ao ado do carrinho$< =ocê vai adorar o 0ata! TonI$O 'e'ê i)norou*a! totamente concentrado em o'servar os cantores$ %a riu

suavemente$ Seu #iho era indo$ Andre" che)aria a quaquer momento! a vidacomeçava a ser muito! muito 'oa$

CAPÍTUL V!

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

Andre" passou pea enorme .rvore e peo rinque otado de patinadores!entrando na aameda$ Havia marcado o encontro para as cinco horas$ Ohou no re/)ioque comprara havia pouco tempo! 'arato como todos os outros que 9. possu(ra! vendoque che)aria 'em na hora$ 1eodias de 0ata che)aram at2 ee! orientando*o!evando*o para um a9untamento de pessoas que perce'ia mais a2m$ ;. estava ea! noc(rcuo de ouvintes! com os ohos 'rihando e um sorriso a'erto no rosto 'onito!

o'servando os cantores$ Atraiu*o como um (mã! #a,endo*o apressar o passo e acenarpara chamar*he a atenção$ 3uando #inamente o viu! o sorriso #icou mais ar)o e easaiu de onde estava! indo ao seu encontro empurrando o carrinho$ 8umprimentaram*se e TonI começou a 'ater os pe,inhos e )ritar de ae)ria$ 1eio sem 9eito! Andre"não sa'ia o que di,er! achando mais se)uro #icar no terreno pr.tico$

< %st. com #ome-< A)ora que per)untou! desco'ri que estou! sim$ < Juie riu! divertida com a

desco'erta$8omeçaram a caminhar ado a ado! percorrendo a dist&ncia de mais ou menos

dois quarteir7es at2 a pi,,aria$ Andre" precisava re)uar as passadas on)as para nãodei6.*a para tr.s e mostrava*se )enti! aertando*a do peri)o do )eo escorre)adio

que co'ria a)uns trechos do caçamento e a9udando*a a su'ir e descer o carrinho nosmeios*#ios$J. estavam sentados! sa'oreando uma pi,,a : caa'resa! quando Juie começou

a rir$< Devo con#essar que en)anei você$ ;i no 9orna so're a cerimCnia de ho9e e 9.

sei qua ser. a surpresa$Andre" riu )ostosamente e os ohos verdes cintiaram! ae)res$ %a adorava vê*o

rir$ %ra como se #icasse mais vuner.ve! mais a'erto e mais pr/6imo dea$Depois da re#eição! votaram rapidamente para o oca da cerimCnia! dese9ando

o'ter um 'om u)ar de o'servação$ A mutidão começou a aumentar! então ea pe)ouTonI no coo e do'rou o carrinho$ O aperto #oi #icando maior e tornou*se incCmodo$Andre"! então! estendeu os 'raços e pe)ou o 'e'ê com suas mãos #ortes! masdeicadas$ Juie concuiu que era 'om ver o #iho em se)urança! nos 'raços daqueehomem ato! de ca'eos cor*de*areia! que he sorria$

A noite desceu e assistiram : iuminação da .rvore! que #icou maravihosa! tãoma9estosa e serena! eevando*se como um s(m'oo de pa, e harmonia$ Andre" ohoupara a 'ee,a da .rvore 'rihante contra o escuro do c2u e depois para Juie! com umae6pressão tão )rande de carinho que um caor deicioso percorreu*a toda$

8omeçaram a andar! acompanhando o povo que sa(a$< 3uer 9antar conosco amanhã- < Juie convidou$ < =amos inau)urar o

apartamento$0as paavras simpes que ea pronunciara! ee perce'eu o murm+rio do destino!

apro6imando*os$< Sim$

Andre" coocou os /cuos so're uma piha de #ichas! na escrivaninha! apertou on/ da )ravata e evantou*se! pe)ando o paet/ das costas da cadeira$ Ohou para asduas assistentes que se ocupavam de estudar pihas de pape$

< 8he)a! por ho9e$As moças oharam*no! surpresas! mas #ei,es por poderem sair mais cedo$< =ai a a)um u)ar- < NathI per)untou! com um sorriso maicioso$%na tam'2m sorriu! enquanto )uardava os /cuos que ee dei6ara so're as

#ichas$< De que estão rindo! como duas 'o'as-< NathI est. com ci+me$ Tinha esperanças de que você a convidasse para sair$< verdade < disse NathI$ < 1as espero que não v. contar ao meu noivo$Andre" riu da 'rincadeira$ 1antinha um 'om reacionamento com seus

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

a9udantes! todos 9ovens estudantes de direito! que escohia pessoamente entre osmuitos que dese9avam tra'ahar em seu escrit/rio$

< %stão procedendo como duas maucas$ Acho que precisam de umas #2rias$< %u não4 < e6camou %na$ < Fico perdida #ora destas paredes$ A2m disso!

)osto de noveas$< 0oveas- 1as$$$

< Sim! noveas$ Toda essa #o#oca a respeito da vida amorosa do che#e parececoisa de teevisão$NathI pareceu horrori,ada$< %na4Assumindo e6pressão #in)idamente o#endida! Andre" entrou no 9o)o$< Bem! acho que isso não 2 da conta de vocês$< Ora vamos! patrão4 0ão se o#enda$ %stamos contentes por vê*o divertir*se!

namorar e tudo o mais$< 0amorar- %stou namorando! então-< Sim$ < NathI deu sua contri'uição$ < Sair com uma muher atraente como

Juie! mesmo com um 'e'ê no meio! 2 namorar$

< 3uem diria$$$ < Andre" resmun)ou! saindo da saa$Desceu correndo as escadas do metrC e! distra(do! pe)ou o trem errado$ %enamorando- NathI e %na eram mesmo oucas$ >rritado com o en)ano que cometera!desceu do trem na @ua 3uarenta e Dois! resovendo #a,er o resto do caminho a p2$%nterrou as mãos nos 'osos e começou a andar pea caçada cheia de pessoas quesa(am de escrit/rios! carre)ando pastas! e de outras evando pacotes cooridos! queevidentemente continham presentes de 0ata$ Os edi#(cios estavam #estivamentedecorados e! a cada esquina! encontrava*se um 5apai 0oe #a,endo soar uma sineta$

%nvovido pea cena! ee começou a andar mais deva)ar$ 5or que a 'rincadeiradas moças aca'ara por irrit.*o- 0ão precisava pensar muito para achar a resposta$%as haviam tocado num ponto nevr.)icoG Juie$ Todos os seus prop/sitos haviam sidovirados de ca'eça para 'ai6o$ 0unca tencionara )ostar dea nem tornar*se um$$$

O quê- Ami)o- 0amorado- %stava mesmo con#uso! sem sa'er o que easi)ni#icava para ee ou o que acontecera com todas as 'oas intenç7es que tivera!querendo cuidar do 'e'ê para que nada de errado he acontecesse$ Os passeios quehaviam #eito 9untos si)ni#icavam apenas atos de cortesia para com uma pessoaestranha na cidade! e convidara*a para a iuminação da .rvore impeido peo esp(ritode soidariedade que sur)ia em todos por ocasião do 0ata$

Tudo aquio! por2m! era mentira$ %e vinha mentindo para si mesmo! desde ocomeço! assim como ea mentira! di,endo ser uma divorciada de so'renome @2)is$Dois mentirosos$ 3ue 'ee,a4 A +nica di#erença 2 que sua atitude havia sidoinconsciente! pois ee desco'rira que viera se en)anando! apenas na noite anterior$

Uma doce emoção o invadira quando! no escuro! sentira o caor do corpo dea aoado do seu! quando vira o rosto suave 'rihar de ae)ria quando as u,es da .rvore seacenderam! ouvindo*a #aar mei)amente com TonI$ A desco'erta de que a presençadea o a'aava e6pCs toda a verdade! não adiantando mais tentar iudir*se$ 3ueriaestar com ea$ Sempre quisera$

%e #e, uma curva! dando a vota a um casa de namorados que andava deva)ar!um com o 'raço na cintura do outro$ Seria 'om andar daquee modo com Juie! toc.*a! 'ei9.*a$ Havia momentos em que ea o ohava de ado! com e6pressão 're9eira nosohos cin,entos! sorrindo$ %e então sentia*se queimar no dese9o de estender a mão eacariciar*he o rosto$ 8omo aquio pudera acontecer- 8omo podia aimentar taissentimentos por uma muher de quem suspeitava! de quem não conhecia a verdadeirapersonaidade- %ra prov.ve que estivesse se enredando nos encantos de a)u2m quenão e6istia na reaidade! mas queria estar com ea$ %ra um #ato irre#ut.ve queanuava todo o resto! nada mais importando! nem mesmo o medo de estar sendomanipuado$ 5odia muito 'em ser que ea estivesse sendo tão mei)a e simp.tica

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apenas para envovê*o e mantê*o : disposição! achando*o +ti$Usar os homens parecia ter sido a principa especiaidade dea portanto! que

)arantia tinha de que não estivesse #a,endo a mesma coisa com ee- %e pr/priotornara aquio poss(ve! pondo*se : disposição dea! no avião! dei6ando*a perce'er asvanta)ens de tê*o como ami)o$ Ami)o- 1ais provavemente! protetor! )aroto derecados! acompanhante! conseheiro e)a! )uia e at2 'a'.$ De que se quei6ava- %e

praticamente pedira para ser tudo aquio$ Se ea o estivesse simpesmente utii,ando!era 'em #eito$Tam'2m podia ser que não$ Tave, a muher vi'rante e maravihosa que ee

admirava #osse a verdadeira Juie! tomando a vo+ve ca'eça de vento que eeconhecera na 8idade do 126ico uma simpes iusão$ As hist/rias que corriam arespeito dea podiam ser #asas! a impressão que os tios tinham dea podia ser errCneae at2 mesmo o que ee vira e ouvira podia ser apenas aparente$ %m sua pro#issão eramuito importante aprender a não )uiar*se peas aparências e sempre havia se)uidoessa re)ra! rei)iosamente$ 1as desde o começo seu 9u)amento de Juie #orapre9udicado pea estranha emoção que sentira ao vê*a$ @.pida como um re&mpa)o!a paavra destino 'rihou em sua mente$

=irou uma esquina! tomando a direção das )randes o9as 1acIs! onde haviamcom'inado encontrar*se! usando como ponto de re#erência a vitrina que dava para a5raça Herad$ Uma 'anda tocava ae)remente a canção @udoph! a @ena de 0ari,=ermeho! enquanto um m(mico vestido de duende dava um sho" dentro da vitrina$

Andre" a viu de on)e! se)urando TonI nos 'raços$ Suas #aces estavamdeiciosamente coradas peo #rio e ea ria como uma criança$ Todos os pensamentosne)ativos que tivera voaram para on)e! todos os receios e d+vidas dissoveram*se noar$ %stava perto dea! e isso o enchia da doce sensação que ecipsava tudo$ 0ão podiadei6ar de vê*a! nem que tivesse de se arrepender depois$ 5ensaria nisso! quandoche)asse a hora$

Juie tomou seu u)ar no trem e do'rou o carrinho$ Andre" sempre insistia emcarre)ar TonI quando tomavam o Cni'us ou o metrC! e ea achava /timo! pois o 'e'êadorava$ 0aquee momento! o'servou os dois! rindo da conversa que estavam tendo$A criança o #itava muito s2ria! como se reamente pudesse compreender as paavras$As pessoas entravam no trem e procuravam u)ar para sentar ou #icavam em p2!procurando manter*se #irmes! se)urando*se nos var7es de se)urança$ 1uitas deascarre)avam pacotes e sacoas e! apesar do cansaço evidente! tra,iam os rostosserenos e ae)res$ %ra como se achassem que o 0ata vaesse quaquer sacri#(cio$ Ocoração de Juie como que e6pandiu*se! cheio de )enerosidade e compreensão paracom todos os seres humanos$ %stava contente e em pa, consi)o mesma! #ei, ao adode Andre"$ Sentiu*se aduta$ Finamente! depois de muitos desacertos e atitudesin#antis! considerava*se aduta pea primeira ve, na vida$

% era uma sensação maravihosa$ Um pensamento repentino quase a entristeceu$Se 5auo ainda estivesse vivo! não amaria a Juie aduta$ ostara tanto dea porqueera dependente e #raca! uma inde#esa mocinha : espera do pr(ncipe savador$

Sempre o vira como uma pessoa con#iante e se)ura! mas a)ora perce'ia que eeprecisava de a)u2m desnorteado para tomar conta! de modo que sua autoestima#osse aimentada$ 8omo poderia de#inir o que sentira por 5auo- Amor nascido da)ratidão- Tave,$ 5or certo nunca o amara como a um i)ua! de maneira aduta! poisquando tentara ee se a#astara! pondo o #r.)i reacionamento por terra$

Ohou para Andre"$ O que dese9aria de uma muher- Teria #icado apai6onadoa)uma ve,- 8onheceria a desiusão- 0ada sa'ia so're ee! a#ina! mas sentia quepodia con#iar nee! peo menos at2 certo ponto$ A mente mascuina ainda he pareciaum eni)ma! e sua convivência com 5auo apenas tomara mais di#(ci sua compreensãodos homens$ %a havia adorado o marido! admirando*o por sua capacidade inteectuae pea personaidade que 9u)ara equii'rada$ %ntretanto! #ora tudo um en)ano$ %e era

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inse)uro e #raco$ 5rote)endo*a! sentira*se #orte e destemido! eis o motivo peo qua aescohera! a po're /r#ã soit.ria$

Suspirou e #echou os ohos por um momento$ Se conse)uisse compreender tudoo que he acontecera! seria capa, de dar novo rumo : vida$ Se encarasse a verdadeso're 5auo e seu casamento in#ei,! poderia #inamente arrancar a inse)urança que omarido semeara nea e que crescera : semehança de erva daninha! su#ocando o que

havia de 'om em sua personaidade$ 5oderia esquecer a raiva que sentira dee e a#rustração que a consumira$5auo #ora seu pro#essor e )uia$ %nsinara*he o certo e o errado! mas! depois!

inesperadamente! 9o)ara #ora os pr/prios ensinamentos e entrara numa espira dede)radação que o evara para o #undo$ Dro)as! 9o)o e muheres a)iram como um#uracão! arrasando tudo$ A pr/pria c(nica! que antes #ora seu or)uho! tivera de serposta : venda para #inanciar os e6cessos! e ee despre,ara competamente os votosdo casamento$ O que restara para con#iar- 0ada$ O marido a ensinara a não terautocon#iança! e tudo #ora 'em enquanto ea pudera apoiar*se nee$ 3uando ee ru(ra!ea perdera seu +nico ponto de apoio e sentira*se competamente desnorteada$ O quea tomara capa, de continuar vivendo #ora o pequeno ser que se #ormava em seu

corpo$Tempos depois! quando conse)uira escapar dos =easco e vir para 0ova or?'uscando uma nova vida! #ora peo pequeno TonI que o #i,era$ Adquirira #orças!evando o pano adiante! peo amor que sentia peo #iho e! por am.*o tanto! tinha ao'ri)ação de ser #orte e con#iante$ 8omo poderia ensin.*o a viver se continuasse commedo do mundo- Tinha de esquecer a #antasia so're um cavaeiro que a savasse dosperi)os e aprender a utar em ve, de #u)ir$ Seria independente! #orte eautossu#iciente$ Desco'riria que tipo de pessoa era na reaidade e aprenderia a )ostarde si mesma e a #a,er com que a apreciassem e a respeitassem$

Andre" #aava com o 'e'ê! entre risadas$< %ntão! )arotão! est. )ostando do passeio-TonI resmun)ou quaquer coisa em seu idioma particuar e Juie riu para os dois$

0isso o trem parou em outra estação e mais uma pequena mutidão entrou$ Um )rupode homens e muheres idosos! evidentemente estran)eiros! pois vestiam*se : modatradiciona de a)um pa(s da %uropa! #icaram em p2 ao ado do 'anco ocupado peostrês$ 3uando o trem partiu! o soavanco #e, com que uma das muheres ca(sse so'reum homem )ordo e de aparência ma*humorada$

< >mi)rantes des)raçados4 < o homen,arrão )ritou$ < 0ão têm modos$ Achomehor se comportarem direito ou vou 9o).*os para #ora do trem$

O pequeno )rupo ohou para o chão! humihado! e os passa)eiros sentiram*seenver)onhados pea atitude do homem! mas ee parecia estar )ostando de mostrarsua m. educação$

< Tratem de aprender 'oas maneiras! estão me ouvindo-Juie começou a sentir uma onda de raiva a invadi*a$< O senhor est. sendo )rosseiro < disse! com vo, peri)osamente suave$< O que #oi que você disse- < O homem encarou*a! atCnito$< Disse que est. sendo )rosseiro$O coração he satava doidamente no peito! mas não era por medo do )rosseirão

e sim pea veha timide, que a dei6ava em p&nico toda ve, que precisava #aar emp+'ico$ % o pior era que todo mundo no va)ão estava ohando para ea$

< Sa'e com quem est. #aando! mocinha-< %stou #aando com o senhor$ % se não me ouviu direito! vou repetirG est.

sendo muito )rosseiro! humihando essa )ente e pertur'ando os outros passa)eiros$< 1as ees me empurraram4< 0ão empurraram$ Uma das senhoras caiu so're o senhor quando o trem

partiu! e isso não 2 descupa para a)ir desse modo$O rosto do homem assumiu uma e6pressão #eia e perversa$

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< Acho mehor caar a 'oca! sua muher,inha : toa$< %spere um momento$ < Andre" er)ueu*se$< O que disse- < O tom do homem era ameaçador$ O 'e'ê #oi entre)ue : mãe e

começou a chorar! assustado$ < O que #oi! )rã*#ino- O )ato comeu sua (n)ua- %u he#i, uma per)unta4

5or que não che)avam o)o : outra estação-

< =ocê 2 quem precisa aprender 'oas maneiras$ < A vo, de Andre" denotavaraiva contida$ < um ma*educado$< =ou he mostrar o que são 'oas maneiras4Ouvindo o tom ameaçador do homem! Juie er)ueu*se! a)arrando a 'osa com a

mão ivre$ Se ee tentasse quaquer coisa! ea o )opearia$ De repente! outras pessoascomeçaram a #icar de p2! rodeando Andre" e ohando #i6amente para o criador deencrencas! numa ameaça muda$ A cora)em do vaentão aca'ou! dei6ando*o murcho$Ohou ao redor e dei6ou*se cair num assento! resmun)ando #rases so're os direitosde um cidadão americano$ O trem parou$ Andre" pe)ou novamente o 'e'ê e desceu!enquanto Juie o se)uia! evando o carrinho$ 0a pata#orma! ea ohou para ee! entresorridente e s2ria$

< 1eus 9oehos estão tremendo$< 5ois . dentro não deu para perce'er$< Bem! eu estava #uriosa demais para ter medo$%e sorriu e coocou TonI no carrinho$< Sa'e de uma coisa- =ocê est. #icando uma per#eita nova*iorquina$Juie riu$< Devo aceitar isso como eo)io-< 5ode crer que sim$ 0ão sa'e o que pensei quando a vi interpear o )randahão$< % o que #oi que pensou- 3ue uma muher est+pida estava se metendo em

encrencas e que você precisaria sav.*a-%e a ohou! um pouco admirado do racioc(nio$< 0ão$ 5ensei que! se o trem parasse e as portas se a'rissem! eu não teria

tempo su#iciente para sair correndo com o 'e'ê e o carrinho$Juie riu at2 sentir .)rimas nos ohos$ 3uando começaram a andar! ee

empurrava o carrinho! então ea en#iou a mão em seu 'raço! num )esto que hepareceu per#eitamente natura$

< A)ora n/s vamos ver se a mamãe 2 tão 'oa co,inheira quanto encrenqueira!não 2! TonI- < O 'e'ê virou a ca'ecinha para oh.*o! como se houvesse entendido aper)unta$ < O que vai #a,er para o 9antar! Juie-

< surpresa$

CAPÍTUL V!!

Juie desi)ou o #orno e desamarrou a toaha de en6u)ar pratos que haviaamarrado na cintura : )uisa de aventa$ %stava nervosa! dese9andodesesperadamente que tudo sa(sse 'em$ %m'ora não tivesse pr.tica de co,inha!caprichara 'astante! pois queria servir um 9antar reamente )ostoso na primeiraoportunidade que tinha de ser )enti com Andre"$

5ensara nunca conse)uir que ee os visitasse no novo apartamento! porquemuitas ve,es duvidara de sua ami,ade$ 0ão que a)um dia ee tivesse sido descortês$1uito peo contr.rio! #ora sempre e6tremamente atencioso! preocupando*se com eese a9udando*a nos primeiros dias em 0ova or?$ 1as! em certos momentos! pareceradistante e #rio! como se não dese9asse trans#ormar o reacionamento dees em

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

ami,ade$ Tirou as saadas da )eadeira e a'riu o vinho! diva)ando enquantotra'ahava$ %e havia dito que não pretendia visit.*a no apartamento! como setemesse a intimidade! mas o que interessava era que estava ai! no outro cCmodo!'rincando com TonI$

%a votou*se na direção da saa de estar$< %st. tudo 'em a(! com vocês dois-

< Tudo /timo$ TonI 2 vaente! est. tentando er)uer*se$Tudo estava /timo mesmo! saindo do 9eito que ea pane9ara$ O pei6e estavamacio e cheiroso! no ponto certo$ 5reparara duas saadas e6/ticas! com umavariedade enorme de verduras e e)umes e tivera sucesso com o arro, com aça#rão$5ara so'remesa! comprara tortinhas de creme no Baduccis! o #amoso con#eiteiroitaiano$

%stranhou o siêncio na saa de estar$ Foi at2 a porta e ohou$ TonI estavaadormecido no tapete! na #rente da areira! e Andre" deitara*se ao ado dee$ Umapoderosa corrente de emoç7es dominou*a enquanto percorria o am'iente com o ohar$Aquee era o seu ar$ Tivera sorte em encontrar um u)ar tão 'om para viver! e deau)ue ra,o.ve! o que era importante$ O apartamento ocupava o terceiro andar de

uma anti)a mansão e estava mo'iiado com 'om )osto$ O que a encantara so'rema*neira #ora o aca'amento das peças! remanescentes de uma 2poca de u6o e 'ee,aquando se usava apenas materia de primeira quaidade$ As esquadrias das 9aneas eas portas eram #eitas de carvaho! o piso da saa de estar era de m.rmore e asvidraças ostentavam desenhos avrados a mão$ O encanto das coisas anti)as a haviaenvovido na primeira ve, em que ai entrara$ A +nica peça moderna era a pequenaco,inha! decorada em marrom e 'e)e e muito 'em equipada$

%a 9. amava aquee u)ar! seu primeiro ar verdadeiro em muitos anos! cheio depa, e ae)ria$ Ohou novamente para o #iho adormecido! vendo que Andre" he davatapinhas ritmados e carinhosos nas costas! enquanto ohava para o #o)o com arpensativo$

< Ser. que poderia ev.*o para o quarto e deit.*o- < ea pediu$ < O 9antarest. pronto$

%e a ohou como se votasse de um sonho$< 1as est. dormindo tão 'em4Juie sorriu$< 0ão se preocupe$ Depois que pe)a no sono! hem um terremoto pode acord.*

o$Terremotos$ 126ico$ ;eti,ia$ 0ão4 @ecusava*se a votar ao passado$ Aquea noite

pertencia ao presente! a ea! TonI e ao homem #ant.stico que se tornara seu ami)oquerido$

Desa9eitadamente! Andre" tomou o corpinho quente do 'e'ê nos 'raços!evitando movimentos 'ruscos para não despert.*o$ %a votou para a co,inhasentindo um aperto no coração e ardor nos ohos$ %mocionara*se ao ver o carinhocom que Andre" tomara a criança nas mãos! a suavidade com que o em'aara$@espirou #undo e tomou um copo de .)ua! recompondo*se$ ;evou! então! o pei6e e oarro, para a mesinha de centro! )rande o 'astante para que duas pessoas pudessemse acomodar$ Antes de votar para a co,inha para pe)ar os outros pratos! acendeu avea! deiciando*se com a reação de Andre"! que votava do quarto$

< Oh! mas isso 2 maravihoso$$$ 0unca esperei tanto u6o$< ;u6o- %spero que não se importe de se sentar no chão$ 0ão h. mesa de 9antar

e eu$$$< 0ão! não$ %st. /timo$ < %e acomodou*se! a9eitando as on)as pernas o

mehor que pCde$ < Acho que todos os outros moradores comeram aqui$ 3uero di,er!2 a maior mesa de centro que 9. vi e não h. outro u)ar no apartamento$

@indo! ea diri)iu*se : co,inha! votando em se)uida com as saadas$< ! não h. mesmo 9eito de coocar uma mesa por aqui$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

Andre" a9udou*a a a'rir espaço para os novos pratos$< 0a co,inha não h. u)ar$Juie sentou*se no chão! no outro ado da mesa! de #rente para ee$< 0em no quarto$8omeçaram a rir ao mesmo tempo! como se tudo aquio #osse muito en)raçado$< 5or que estou tão nervoso-

< 0ão sei! mas eu tam'2m estou! 5or que ser.-< Tave, porque este maravihoso 9antar este9a es#riando$ < %e er)ueu o copode vinho$ < Um 'rinde ao seu novo ar$ %spero que você e TonI se9am #ei,es aqui$

Juie er)ueu o copo e encostou*o no dee$ O vinho tinha re#e6os de ouroderretido : u, do #o)o$ 0um )esto )racioso ea evou o copo aos .'ios! ohando paraee$ Ficou parada! o coração 'atendo como ouco! incapa, de mais um movimento$ Os&n)uos do rosto m.scuo estavam cin,eados peas som'ras ançadas peas chamas eos ohos verdes tinham um 'riho e6cepciona! enquanto mer)uhavam pro#undamentenos dea! como se quisessem desnudar*he a ama$

3uem era aquea muher- A per)unta marteava o c2re'ro de Andre"$ 3ueriaatin)ir os mais secretos u)ares daquea ama! er*he os mais (ntimos pensamentos!

arrancar a verdade$ Durante um momento que pareceu in#inito! ee perdeu*se naqueeohar cin,a*a,uado! 'eo e misterioso$ Sem paavras! imporou pea verdade! mas emvão$ Apenas viu uma e6pressão comovente de medo! esperança e vunera'iidade$Desviou os ohos! por #im! receoso da intensidade de suas emoç7es! utando parareencontrar o autocontroe$

< 5ea aparência! o pei6e 2 uma receita me6icana$ Acertei-%a começou a servir! evitando oh.*o$< Sim$5useram*se a comer em siêncio! conscientes da tensão que se criara entre os

dois$< %st. deicioso < eo)iou! ee! apontando para o pei6e$Juie concordou com um )esto de ca'eça$< Uma ve, preparei esse prato para minha irmã! e ea tam'2m )ostou$ Acho que

2 um dos pratos me6icanos mais sa'orosos$ Ai.s! em v.rios anos! aprendi a preparar'em poucos$

Andre" 'ai6ou os ohos para esconder a surpresa$ %ra a primeira ve, que eaadmitia ter vivido no 126ico ou mencionava uma irmã$ 5odia perce'er a verdadequerendo aparecer da parede de evasivas e mentiras que ea er)uera$ Sentiu umanecessidade quase incontro.ve de pression.*a para o'ter as respostas quedese9ava$

< %ntão você tem uma irmã- Tem outros parentes tam'2m-< 0ão$ Apenas Beth$ %a mora em >inois$ =ocê tem irmãos-< 0ão! mas tenho um primo que considero um irmão$5recisava ser cuidadoso e não revear seu parentesco com os O're)on$< 0ão tem pais-< 0ão < ee respondeu$ < 1orreram num acidente quando eu tinha cator,e

anos$ T(nhamos uma #a,enda em Da?ota do 0orte! um verdadeiro ati#+ndio$ 1eu paicomprara um avião para ocomover*se mais #acimente$ ;em'ro*me de tê*o a9udado a#a,er uma pista de pouso e um han)ar no meio de um pasto$ 5ois 'em! num dia detempestade! ee e mamãe ca(ram! tentando votar para casa$ % #oi a primeira ve, queeu não havia ido com ees$

Andre" parou de #aar! espantado com o pr/prio mon/o)o$ 0ão )ostava derecordar aquea 2poca de so#rimento$ Ohou para Juie$ %a o #itava chocada! com.)rimas nos ohos$

< Sinto muito < ea murmurou! procurando controar*se$ < Tam'2m perdi meuspais! mas #oi num acidente de carro$ < Houve uma pausa na conversa! como se

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am'os estivessem perdidos nas em'ranças doorosas do passado$ < 5ara onde você#oi depois- < ea per)untou #inamente$

< 5ara casa de parentes$ % você-< 5ara o or#anato$Fe,*se siêncio novamente! enquanto comiam! mais para #a,er a)uma coisa do

que por apetite$ Havia mais uma questão para ser a'ordada e! em'ora odiando*se por

isso! Andre" precisava provocar uma resposta$ 3uem sa'e daquea ve, ea he diria averdade$< =ocê me disse que era divorciada$$$De ohos 'ai6os! ea concordou$< Seu e6*marido! o pai de TonI! não he d. nenhuma esp2cie de a9uda-< 0ão$ 8onto apenas comi)o mesma$Os ohos cin,entos #icaram #rios e distantes$ Aquea era outra Juie$ 0ão era a

mei)a mãe de TonI! nem a #r(voa 'edade do 'aie! nem a criatura madosa ecacuista descrita peos =easco$ %ra uma muher p.ida e )eada! parecendoinatin)(ve! re#u)iada numa #orça interior que poderia ser o /dio$

< 5or que est. me #a,endo essas per)untas-

5or um momento! ee sentiu*se tentado a contar*he tudo! di,er que sa'ia quemea era! ivrar*se dos pensamentos que o torturavam! #a,ê*a parar de mentir$ O medo!por2m! o impediu$ S/ de pensar que ea poderia odi.*o por desmascar.*a! sentia o)eo do medo correr*he peas veias$ Be'eu um pouco de vinho! para )anhar tempo$

< 5orque estou interessado em você! assim como est. em mim$5ara uma pessoa que estava acostumada a ir sempre direto ao #undo da questão!

sem su'ter#+)ios! dis#arçar a verdade era um casti)o$ %m'ora reamente seinteressasse por ea! não era esse o motivo das per)untas$ 3ueria #a,ê*a con#iar*heos se)redos$ Juie o estudou em siêncio! descon#iada! depois er)ueu*se! carre)andoos pratos para a co,inha$ %e a se)uiu! tam'2m com as mãos cheias de copos etaheres$

< 3uer ca#2- < ea per)untou$Andre" #e, um )esto a#irmativo! o'servando*a arrumar as 6(caras e :s tortinhas

de creme numa 'ande9a$ =otaram : saa e comeram a so'remesa em siêncio$ Os)estos dee eram mec&nicos e o doce e o ca#2 pareciam sem )osto! como se houvesseperdido o paadar! assim como perdera toda a capacidade de sentir pra,er com apro6imidade dea$ 5or #im! Juie incinou*se para tr.s! encostando*se em uma potronae #itando o #o)o! sienciosamente$ O ca'eo aco'reado tinha re#e6os dourados nacaridade das chamas que começavam a se e6tin)uir e a pee cremosa tinha umacooração de #ruta madura$

Doorosamente! Andre" sentiu um dese9o poderoso de toc.*a! que se chocavacom os sentimentos de m.)oa e desiusão que ea he despertava$ Tinha dereconhecer que a dese9ava! peo menos naquee momento! mais que tudo no mundo eque todo seu racioc(nio perdia a care,a e a medida da reaidade$ Juie ohou*o!novamente c.ida e con#iante! e aquee ohar trou6e*o de vota ao mundo rea$ O queestivera pensando- Sedu,i*a! am.*a- 0ão era aquio que queria$ %a at2 poderiaceder aos seus dese9os! não por dese9.*o tam'2m! mas como mais um modo demantê*o preso e so' controe$ Tave, #osse hora de partir$

< Acho que não estou sendo 'oa companhia < ee disse! preudiando adespedida$

=a)arosamente! com movimentos espont&neos! mas #ortemente sensuais! eaincinou*se para ee e pe)ou*he as mãos$

< =ocê 2 a +nica companhia que eu dese9o$Se peo menos aqueas paavras #ossem verdadeiras! não #aria a menor di#erença

que todo o resto #osse uma montanha de mentiras$ 1as como sa'er-O toque #oi 'reve$ Juie pu6ou as mãos e ohou novamente para o #o)o! sentindo

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os dedos queimarem peo contato com a pee dee$ O coração perdera o compasso e amente corria desen#reada! tentando rotuar os sentimentos e emoç7es que asacudiam$ O que queria dee- 3ue #osse seu ami)o! ou amante- Seria poss(ve ter osdois reunidos em uma +nica pessoa- Tinha pouca e6periência no amor$

8asara*se sem nem sequer ter tido tempo de namorar e sa'orear as de(cias do 9o)o de promessas e antecipaç7es do dese9o$ %! depois de casada! as desius7es

começaram o)o a destruir o companheirismo e o interesse$ Aquee homem ai! tãopr/6imo dea! era sens(ve e )enti! 'onito e sensua$ ostaria de anuar*se napro#undidade daquees ohos verdes e de #a,er a vontade dos dedos! que ansiavampor acariciar os traços #irmes e 'em desenhados do rosto 'ron,eado$ 0ão havia comone)arG ea o dese9ava$ Temia! por2m! que a satis#ação do dese9o matasse a ami,ade$

% o que #aria on)e dee-8om 5auo! se6o nunca #ora muito importante o pr/prio marido a indu,ira a

pensar que apenas homens tinham necessidade de satis#ação se6ua$ %ra indecente!para uma muher! tomar a iniciativa ou )ostar demais de praticar o ato (ntimo$ Fora! econtinuava a ser! muito i)norante no que di,ia respeito aos pra,eres sensuais$ 1aistarde! quando começara a questionar seu posicionamento perante a vida! em )era!

perce'era que 5auo a havia mutiado em ve, de a9ud.*a a crescer$ % a #i)ura adoradado marido dedicado e m2dico ideaista perdera*se ao on)o do caminho$%m'ora che)asse a compreender que o marido #ora uma pessoa pertur'ada que

trans#ormara o casamento numa i)ação doentia! o ma 9. estava #eito$ 3uando! pertoda morte dee! os dois se apro6imaram! 9. era tarde demais para quaquer mudança!mas aquees dias #inais! por estranha ironia! #oram os que permaneceram naem'rança como momentos de companheirismo e amor$ TonI #ora conce'ido naqueeper(odo e! em'ora o #ato os enchesse de #eicidade! não havia mais tempo para que as#eridas #ossem curadas! os desapontamentos esquecidos e o a'ismo entre eespreenchido$

J. estava cansada dos #antasmas do passado$ Tinha que e6orci,ar as m.sem'ranças! para que o presente e o #uturo não #ossem arruinados$ 5auo! as cupas!os compe6os estavam mortos! mas a #eicidade$$$ estava ao acance de suas mãos$Todos os sonhos! dese9os e necessidades haviam se 9untado para presidir aqueemomento em que ea queria! com todo o coração! mente e corpo! o homem queestava ao seu ado$ Se não conse)uisse acanç.*o! não dese9aria acançar mais nada$

Desviou os ohos dos movimentos hipn/ticos das chamas! mas não ohou paraAndre"! procurando a)o para di,er$

< 0unca nos sentamos no so#.! TonI e eu$ Aca'amos sempre espahados nochão$

Andre" o'servou o so#. e as duas potronas anti)as! superesto#adas queadeavam a mesa$

< 'om mesmo$ %e poderia cair$Juie ainda não se acostumara com o modo que ee se preocupava com o 'em*

estar do 'e'ê$ Ficava sempre comovida com o carinho que ee reveava$< O tapete 2 seu u)ar #avorito! apesar de ser #epudo demais e esconder os

'rinquedos menores$ %e #ica #urioso quando perde a)uma coisa$ Tem um )ênio$$$Andre" riu! 'aançando a ca'eça com e6pressão de or)uho e compacência no

rosto$ 5arecia um pai #ei, com as reveaç7es de um #iho pequenino$ O siêncio encheua saa novamente! esperando*os$ Juie criou cora)em e ohou dentro dos ohos dee!tentando ê*os! desco'rir os sentimentos a seu respeito$

%e me6eu*se! inquieto! e ea temeu que ee se evantasse para ir em'ora$5recisava evitar aquio! su)erindo a)uma coisa$

< =amos sentar mais perto do #o)o! quer-Sem esperar pea resposta! ea er)ueu*se a apro6imou*se da areira! sentando*

se de costas para ee! o#erecendo o rosto ao caor$ Ansiosa! tentava ouvir quaquerru(do que he indicasse que ee se er)uia! mas os se)undos escorriam em siêncio$

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Apenas o crepitar das chamas que'rava a monotonia$ Seu coração! por2m! estava emtumuto! a)itando o san)ue na e6pectativa$ O que ee #aria- >ria em'ora ou #icariacom ea- De repente! . estava de p2! a seu ado! ato e dominador$ %stranhamente!ea sentiu*se nua e e6posta! #raca e vuner.ve$ =a)arosamente! ee dei6ou*se cair de 9oehos ao ado dea! envovendo*a num ohar que a penetrava #undo$ Foi como se asaa começasse a )irar doidamente ao redor dea #a,endo*a perder a noção de espaço$

O contato da mão m.scua queimava*he a pee! quando ee a pousou de eve norosto enru'escido$ Sem dei6ar de oh.*a! num )esto que ea nunca poderia esquecer!apro6imou a 'oca! at2 quase tocar*he os .'ios$

< 0ão sei se 2 direito o que estamos #a,endo$O tom de dese9o quase an)ustiado da vo, de Andre" a a'aou$ 0um movimento

)uiado pea ternura! pousou a ponta dos dedos nos .'ios tão pr/6imos dos dea$< 0ão #ae < murmurou$ < 0ão pense$Juie #echou os ohos! esperando o 'ei9o! mas ee não veio$ Ohou*o! então!

vendo*o a#astar a ca'eça$ O )esto #eriu*a! dei6ando*a assustada$ A9oehou*setam'2m e! a'andonando*se : necessidade que sentia do contato dee! a'raçou*o peacintura! apertando o rosto nos contornos ri9os do peito ar)o$

< 5or #avor! não pense! não se a#aste de mim$As mãos #ortes #echaram*se em seus om'ros! #a,endo*a sotar o a'raço!dei6ando*a desapontada e #rustrada$ Os 'raços penderam! sem ener)ia! ao on)o docorpo$ Andre" a re9eitara! a#astara*a de si$ 5or quê- Amar)amente! perce'eu asra,7es! com uma care,a que machucava$ Havia se)redos entre ees! verdadeirosa'ismos criados por paavras não ditas! por #ata de sinceridade! por mentiras$ 5or2m!como construir pontes so're os espaços que os separavam- 8omo votar atr.s! tentaresta'eecer con#iança- Teria de admitir que mentira e duvidara da compreensão dee$% aquio! ea sa'ia! seria mesmo o #im$

A dor da desco'erta percorreu*a como um .cido! devorando*a! consumindo*hetodas as esperanças! dei6ando*a va,ia como uma concha a'andonada$ A vo, deetirou*a do torveinho de pensamentos$

< Seria uma oucura! Juie$ < 3ueria di,er a)uma coisa$ 1as o quê- Ficou deohos 'ai6os! esperando que ee continuasse$ < 0unca me apai6onei$$$ at2 a)ora$

As paavras atin)iram*na com toda a #orça do seu si)ni#icado$ Andre" estendeu amão e tirou a mecha de ca'eos cor de co're que ca(a na testa acetinada! mais umave, mandando correntes de ener)ia peo corpo dea$ Os ohos cin,entos er)ueram*separa ee! cheios de som'ra e triste,a$ ;oucura ou não! não havia como votar atr.s$%nvovido pea emoção! ee tomou o rosto macio entre as mãos! incinou a ca'eça eroçou os .'ios e6pectantes com os seus$

O mundo dissoveu*se! caindo ao redor dees! dei6ando*os numa iha #eita depuras sensaç7es$ O a'raço que os uniu #oi vioento e ansioso! e o 'ei9o t(midotrans#ormou*se em #o)o consumidor$ S/ ee e6istia$ %e e o momento compartihado$@eaidade era o per#ume dos ca'eos oiros! o )osto da pee! o contato do peito durocontra os mamios que se enri9eciam! e6citados! so' a seda da 'usa$ =erdade era o'ei9o ouco! o doce caor papitante dos corpos se unindo$ O mundo era ees$

Juie acordou! ainda enaçada nos 'raços de Andre"! uma corrente decontentamento #uindo nas veias$ Ficou im/ve! estudando*o : u, #raca do #o)otrans#ormado em 'rasas$ %ra tão 'onito! tão per#eito$ A testa ata e isa! os &n)uosdas #aces! a inha quadrada e #irme do quei6o! a 'oca sensua! tudo ea percorreu comos ohos! não achando de#eito$ 8ontroou*se para não a'raçar os om'ros ar)os!dese9ando! novamente! sentir a #orça dos 'raços viris$

Sa'ia que! se #icasse mais tempo ai! a oh.*o! não resistiria ao dese9o dea'raç.*o! e queria respeitar*he o sono$ 8uidadosamente! sotou*se do a'raço! ohou*o mais uma ve, e saiu da saa! nas pontas dos p2s$ Ficou em p2! nua! na #rente doespeho do quarto$ O ca'eo revoto e a pee rosada eram os +nicos vest()ios do que

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se passara$ 8omo os .'ios podiam parecer tão normais! quando os sentia ardentes einchados peos 'ei9os seva)ens- 5assou as mãos peos seios! va)arosamente$ 8omopodiam mostrar tão pouca evidência dos carinhos aucinantes- Seria 'om se o corpoconservasse uma marca! por menor que #osse! daquees momentos de amor$

%spantada! pensou na paavra que usara$ Amor$ Todo o carinho e toda aqueapai6ão que a dei6aram como ouca s/ podiam ser muito mais que se6o! mais que

necessidade #(sica! mais que pura e simpes atração$ S/ o amor dei6ava ae)ria depoisdo dese9o satis#eito$Ohou*se mais criticamente! tentando desco'rir se o que ee vira era 'eo$ Os

seios eram redondos e #irmes e a maternidade! em'ora a tivesse dei6ado maischeinha! suavi,ara todas as curvas! tornando*he o corpo e6u'erante de #eminiidade$0ada! por2m! he parecia 'onito demais para ee$ 3ueria ser*he e6tremamentedese9.ve! para que ee nunca sequer ohasse para outra muher$ Dominada peainse)urança! sentiu ci+me s/ em pensar que aquee homem ma)n(#ico poderiacompar.*a a outras muheres e ach.*a menos 'onita$

0ão s/ o e6terior! por2m! era importante$ 8omo ee a veria como pessoa- Umatoa! medrosa em reação : vida! ou a muher cada ve, mais autocon#iante em que

estava se trans#ormando- Uma pessoa honesta e con#i.ve! ou a criatura #in)ida queencontrara na mentira uma sa(da para os pro'emas e receios- 3uando a ohara comos ohos cheios de amor! o que vira! reamente- Di#(ci di,er! pois nem ea pr/priaainda desco'rira o que as mudanças haviam operado em sua personaidade$

A escritora ;iian Heman dissera ver a si mesma como uma muher inaca'ada$Tave, pudesse apicar*se o conceito! uma ve, que ainda se sentia em #ase demutação! de crescimento$ O se)uro e amadurecido Andre"! por2m! a aceitariadaquea maneira incompeta- S/ o tempo poderia di,er! mas como a)iria! o que hediria- Tave, a mehor opção #osse di,er a verdade! a'rir o coração e a ama$ 5oderiadi,er que o amava! mas que sua ima)em do amor era a)o con#uso e de contornosinde#inidos$ 3ue estava evouindo e que nem ea mesma podia adivinhar como seriaquando estivesse competa! se 2 que a)um dia atin)iria a pena maturidade desentimentos e emoç7es$ 5ara ser competamente sincera! teria que di,er*he que nãoera e6atamente quem ee pensava! pois havia he contado uma porção de mentiras$

Uma .)rima #ormou*se e roou pea #ace aveudada$ %e poderia #icardecepcionado e votar*he as costas! a'andonando*a$ Seria ra,o.ve cup.*o! se o#i,esse- 0ão$ %ra uma mentirosa que vivera #u)indo da reaidade e tentando dri'ar avida com #asidades$ 0em todas as .)rimas que derramasse poderiam apa)ar a durareaidade$ %a encarou a pr/pria ima)em no espeho$

< Juie! você não tem muita chance$

Andre" esticou os mem'ros pre)uiçosamente e depois sentou*se! desorientado$;evou a)uns se)undos para perce'er onde estava$ O #o)o havia se apa)ado haviamuito e ee sentia #rio$ 5rocurou as roupas e começou a vesti*as! ainda um pouco,on,o! pensando que estaria um trapo! pea manhã$ Ou 9. havia amanhecido- %r)ueu*se do chão e a#undou*se no so#.! com a camisa desa'otoada! ohando na direção doquarto$ Um #io de u, sa(a por 'ai6o da porta! mas não havia ru(do nenhum$ Dei6ou aca'eça pender de encontro ao encosto do so#.$ 0ão podia mais haver #in)imentosnem descupas depois do que se passara$ Os sentimentos que tentara manteraprisionados haviam se i'ertado e che)avam a assust.*o pea intensidade com que odominavam$

A corrente de pensamentos evou*o : em'rança de ;aure e dos cator,e mesesque haviam vivido 9untos$ 8om ea! nunca perdera o controe das emoç7es$ 0unca oreacionamento dees havia sa(do do campo pr.tico para entrar nos dom(nios do sonhoe da pai6ão incontro.ve$ %e sempre achara que romantismo era uma 'o'a)em #orade moda e que o modo irrea de ver o amor! por parte das pessoas! era resutado doh.'ito de er muita novea .)ua com aç+car ou de ver teevisão demais$

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8omo estivera errado40os momentos de amor com Juie! seu corpo che)ara a doer! ta a intensidade do

dese9o$ 5ea primeira ve,! e6perimentara a pai6ão em toda a sua assustadora edesen#reada ma)ni#icência$ Ohou novamente para a porta do quarto e ima)inou*acaminhando descaça! espêndida em sua nude,$ A ima)em criada por sua #antasiaencheu*o de emoção e! ao mesmo tempo! triste,a$ %ntre)ara*se :quea muher!

totamente$ @endera*se ao #asc(nio irresist(ve! mesmo sa'endo que poderia estarsendo usado e en)anado$ Tinha mi d+vidas a respeito dea! descon#iando quepudesse ser inescrupuosa e #in)ida em sua uta pea so'revivência$ Se por tr.sdaquee rosto sereno e mei)o e6istisse ainda a personaidade da muher que eeconhecera na 8idade do 126ico! #+ti! vaidosa e e)o(sta! ee estaria perdido! pois seriadestru(do sem piedade quando não mais tivesse serventia$

0ão podia haver d+vida de que ea o dese9ara$ Os ohos cin,a*a,uados haviamse tornado quase ne)ros no caor do dese9o$ 5or mehor atri, que #osse! nãoconse)uiria desempenhar com tanta per#eição o pape de muher entre)ue : pai6ão$ Averdade era que ee podia duvidar de tudo! menos dos pr/prios sentimentos$ 0uncahavia querido tanto uma muher4 Desco'rira que não queria apenas o corpo sensua e

o rosto 'onito! mas o coração! os sentimentos! o amor de Juie$ 8om ea!compartiharia uma vida inteira$A porta do quarto a'riu*se e ea saiu! enroada num on)o ro'e macio! os ca'eos

sotos nos om'ros! uma suave visão de 'ee,a$ Andre" sentiu o san)ue aquecer*se!numa prova de que o sentimento não conhecia /)ica$ 3uis sorrir e ver no rosto dea osorriso que amava mas! assim que he notou a e6pressão triste! so'ressatou*se$ A)oestava errado$ Os indos ohos cin,entos estavam som'rios e s2rios! e uma .)rimasoit.ria traçara um caminho 'rihante em um dos ados do rosto$ Ohou*a siencioso!enquanto ea reacendia o #o)o$ %sperou que ea #aasse! temeroso de que as paavrasque pro#erisse tivessem o poder de destruir a ae)ria que havia nascido nee nomomento em que a tivera nos 'raços$

< 0unca dever(amos ter che)ado a ta ponto$< 1as che)amos! Juie$%a parecia uma criança supicante$< 0ão podemos #in)ir que nada aconteceu! não 2-< 0ão$Juie er)ueu*se! vendo o #o)o novamente vivo! e cru,ou os 'raços na atura do

peito! numa atitude de#ensiva$< 0ão sou o que você pensa$Andre" esperou! em siêncio! que ea continuasse$ %stremeceu ao perce'er o

sorriso i)eiramente c(nico$< Ai.s! nem eu mesma sei quem sou$< >sso 2 idiotice < ee comentou! odiando*se instantaneamente peo que

dissera$=iu*a andar para a potrona a sua #rente e sentar*se na 'eirada! como um

p.ssaro pronto a evantar voo ao menor sina de peri)o$< Devo*he muitas e6picaç7es! mas$$$ < %a suspirou e ohou para o #o)o$ <

Tive um marido que me considerava uma criança$ =ivi tanto tempo do modo que eedese9ava! que passei a desconhecer minha verdadeira identidade$ < Juie torceu otecido do ro'e entre os dedos! nervosa$ < 3uando o 'e'ê nasceu! pensei poder serrespons.ve por a)u2m! mas os parentes de meu marido não permitiram$ Sei quetudo isso que he di)o não #a, sentido! mas estou tentando e6picar que aquio que aspessoas veem de mim nada tem a ver com a Juie rea$

%a o ohou tão cheia de con#usão e m.)oa! que Andre" dese9ou tom.*a nos'raços e di,er*he que a muher que amava era rea$ Ao mesmo tempo! sentiu raivapor vê*a incapa, de contar toda a verdade! de con#iar penamente nee$ 8ompreendiasua hesitação em revear o que ee 9. sa'ia! mas do(a*he ver como ea recuava! tendo

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

che)ado tão perto da verdade$ Juie er)ueu*se e votou para perto da areira$ 5eo seu 9eito de andar! ee desco'riu que ea tomara uma decisão$ 8ontinuou caado!consciente de que nada do que dissesse poderia #a,er quaquer di#erença$ =iu*a atiçaro #o)o com uma on)a vara de atão! e virar*se para ee$

< Foi uma noite maravihosa! não #oi-< Foi! sim < ee respondeu$

< %ntão não h. motivo para arrependimentos$ < %a diri)iu*he um sorrisot(mido$ < De certa #orma! #oi um #ina #ei,$Andre" satou do so#.! sentindo dor e raiva e6podirem dentro de si$< Fina- Si)ni#icou tão pouco para você-Juie encoheu*se como se tivesse sido atin)ida por um )ope! mas ee queria

machuc.*a tanto quanto ea o havia #erido$< =ocê me usou o tempo todo4< Usei você-< Sim$ 0ão sa'ia como idar com sua nova vida numa cidade estranha!

precisando de a)u2m que he desse a mão$ =ocê 2 mimada demais para encarar ospro'emas so,inha! então resoveu arrumar um protetor$

< %u não precisava de você! nem de nin)u2m4 5osso muito 'em viver so,inha4Andre" riu! com amar)ura$< =ocê não 2 mesmo rea$ uma 'oneca va,ia! mas acredito que nem sequer

sa'e disso$Juie #icou im/ve e sienciosa! enquanto .)rimas desciam*he dos ohos$ %e riu!

,om'eteiro$< A)ora entendo tudo$ %sta noite #oi uma esp2cie de despedida! não #oi- 0ão

precisa mais sentir*se cupada por ter me usado! pois 9. me pa)ou com um 'om 9antar e momentos de amor$ 3ue est+pido #ui4

< Sinto muito < ea souçou$ < Sinto muito mesmo$ %u$$$A vo, que'rou*se e os om'ros se curvaram$ %a dei6ou cair o atiçador como se

não tivesse #orças para se)ur.*o$ Andre" não queria ouvir mais nada$< 5oupe*me as descupas4 < ee e6camou! pe)ando o so'retudo das costas da

potrona$ < 0ão acredito numa paavra sua assim! não desperdice ener)ia$Saindo para a rua #ria! ee andou sem destino at2 o avorecer$

CAPÍTUL V!!!

Os dias de 9aneiro sucediam*se! cin,entos$ Depois do 'riho das u,es e dasdecoraç7es natainas! a cidade! vestida de inverno! estava mais triste$ O )eo tomavaconta das ruas! tornando imposs(ve passear$ Juie sentia*se encausurada e! paradistrair*se! costumava sentar no 'anco acochoado que havia so' uma das 9aneas!o'servando os raros transeuntes e as ocasionais nevadas$ 0ão sa'eria di,er quantosdias haviam se passado desde a +tima ve, que sa(ra para um passeio com TonI$

Dei6ava o apartamento apenas para ir : mercearia ou ao supermercado! evandoo 'e'ê no coo! porque empurrar o carrinho no chão escorre)adio era impratic.ve$5assava o tempo 'rincando com o #iho em #rente : areira e! nas on)as horas em queee dormia! tentava er! mas não conse)uia concentrar*se nas paavras$ 3uandoperce'ia! estava ohando para a paisa)em 'ranca! perdida em devaneios! remoendoos acontecimentos que a haviam separado de Andre"$ >ma)inava se a)um dia serecuperaria ou se continuaria a #icar cada ve, mais desanimada e in#ei,! cheia de umaan)+stia que ameaçava domin.*a$ 5or ve,es 9u)ava estar perdendo a sanidadementa e per)untava*se se aquio era amor ou desequi('rio$

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0aquea tarde! sentada no 'anco : 9anea! ea pousou o rosto na vidraça #ria ea'raçou os 9oehos$ De ohos #echados! dei6ou o pensamento voar em 'usca daem'rança do homem que não conse)uia esquecer$ %m sua mente! via outra ve, orosto atraente e de e6pressão sincera! ouvia o riso #ranco e as paavras carinhosasque usava ao 'rincar com TonI$ 0ão conse)uia ivrar*se das recordaç7es$ %stavamdentro dea! provocando uma dor quase #(sica! #a,endo o estCma)o contrair*se e o

coração papitar com #orça$Andre" apoderara*se de sua vida com tanta #irme,a! que nem dormindo eaconse)uia esquecê*o! vendo*o em sonhos que o apresentavam como o amanteapai6onado! o ami)o querido e! para sua tortura! o homem ma)oado que aa'andonara$ Sentia #ata dee! queria*o! precisava de sua presença de ta #orma que aausência a mutiava! dei6ando*a incapa, de encontrar o'9etivo na vida ou teresperança no #uturo$ At2 mesmo o 'e'ê so#ria com a #ata dee! pois v.rias ve,esen)atinhava at2 a porta e sentava*se! muito s2rio! ohando*a! como esperando que deum momento para outro se a'risse! dei6ando passar aquee homem que se tornaratão importante$ 5or quê- 5or que tudo havia acontecido daquee modo- Tave, #ossemehor nunca tê*o conhecido do que estar so#rendo! desiudida e soit.ria$

=.rias ve,es che)ara a pe)ar o tee#one! começando a discar o n+mero dee! masentão as +timas paavras que ouvira a impediam$ %e a considerava uma criaturava,ia! sem sentimentos! que s/ a'ria a 'oca para di,er mentiras$ %a havia destru(doa oportunidade que tivera de ser #ei, e s/ o que tinha a #a,er era aprender a convivercom essa reaidade$ >ronicamente! perdê*o a a9udara! num certo sentido$ 0a apatiaem que #icara! concentrara*se em seu pr/prio mundo interior! encarando de #rente averdade so're si mesma! desco'rindo #acetas o'scuras de sua personaidade$ Haviasido terr(ve! mas so'revivera$ Sa(ra daquea autoan.ise mais #orte e consciente dospr/prios de#eitos e virtudes! compreendendo! pea primeira ve,! que podia ser umapessoa competa! capa, de errar e não #u)ir da consequência do erro! competente o'astante para aceitar a vida do modo que ea se apresentasse$

0os on)os momentos de re#e6ão! desco'rira a verdadeira Juie! perce'endo quea desco'erta tornara*se poss(ve porque ea procurara as respostas dentro de simesma$ %ra espantoso como tudo estava caro! como podia ver at2 quais os caminhosque deveria se)uir! no #uturo$ @esovera #a,er um curso que a ha'iitasse a encontrartra'aho e coocar o 'e'ê numa 'oa creche$ %ra e6citante pensar so're que tipo deocupação a interessaria! quando acostumara*se a ser considerada uma in+ti$

0ão sa'ia ainda como haveria de idar com os =easco! mas conscienti,ara*se deque não seria poss(ve viver escondida peo resto da vida$ 1ais cedo ou mais tardeteria de en#rentar ;eti,ia e resover o pro'ema da tutea do 'e'ê! por quem! a)orasa'ia! utaria como uma eoa$ Havia considerado! cuidadosamente! cada &n)uo daquestão$ A'riria mão de quaquer direito : herança! não he interessando nem sa'er aquanto montaria sua parte! mas concordaria em que os av/s mantivessem contatocom o neto! desde que respeitassem sua posição de mãe$ 0ão seria 9usto privar TonIde uma #am(ia! e ea! certamente! #icaria muito #ei, em permitir que os parentes!principamente 8hristina! cutivassem um reacionamento sadio com o menino$

Acima de todas as quest7es! pairava uma! a mais torturante de todas$ 5oderiater uma nova chance com Andre"- Se havia #icado cora9osa a ponto de admitir a id2iade um con#ronto com os =easco! por que não se decidia a en#rentar o homem queamava! contar*he tudo! nada escondendo-

5re#eria resover o assunto com a #am(ia do marido primeiro! assim poderia irat2 Andre" ivre de quaquer preocupação que não #osse a de se redimir a seus ohos$Havia conse)uido o nome de um advo)ado que di,iam ser muito 'om na de#esa decausas como a dea$ >ria tee#onar a ee e conse)uir uma entrevista para que aaconsehasse e conse)uisse um encontro com ;eti,ia em campo neutro$ %stava prontapara a 'ataha$

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O prematuro crep+scuo das tardes de inverno caiu so're a rua! enchendo*a desom'ras$ As &mpadas começaram a se acender! #ormando um deicado 9o)o de u, esom'ra na caçada 'ranca de )eo$ O interior da saa #icou escuro! mas ea não seimportou$ 3ueria evitar ru(dos desnecess.rios para que TonI não acordasse$ %stiverairritado o dia todo! com tosse e um pouco de #e're$ O 6arope que o pediatra receitaradevia ser i)eiramente sedativo! pois ee estava dormindo pro#undamente e ea

dese9ava #icar mais um pouco a s/s com seus pensamentos$Uma muher virou a esquina! . em'ai6o! pu6ando! ou sendo pu6ada! por umenorme cão pastor que parecia apressado e contente por estar na rua$ Juie sorriu dacena$ Os nova*iorquinos e seus cães! ora imensamente )randes! ora incrivementepequenos! mas sempre mimados! a divertiam muito$ Achava en)raçada apreocupação dos donos amorosos com coeiras e roupas caninas e a paciência comque evavam seus 'ichos de estimação para on)os passeios! mesmo num dia #riocomo aquee$ O cão e sua dona! na caçada! haviam entrado numa teima$ %e queriaatravessar a rua! por a)um motivo s/ compreendido por seu pr/prio c2re'ro! e eamostrava a intenção de continuar andando na caçada onde estavam$ 5or #im! depoisde muitos pu67es de parte a parte! a muher rendeu*se! permitindo que o cachorro

#i,esse o que 'em entendesse$ Juie se)uiu*os com o ohar! s/ então prestandoatenção ao que se passava do outro ado da rua$Havia um casa de namorados encohido num portão! pouco se importando com o

#rio$ 1ais : #rente! o carrinho do vendedor de castanhas assadas sotava #umaça! deum modo muito acohedor! e! encostado a um poste! havia um homem de so'retudoescuro e chap2u pu6ado so're o rosto$ O que a)u2m! em seu 9u(,o per#eito! estaria#a,endo ai! com o om'ro encostado num poste que devia estar )eado! e6posto aovento #rio que #a,ia os mont(cuos de neve rodopiarem- Su'itamente! uma suspeitacru,ou a mente de Juie$ O homem poderia estar vi)iando a casa$ %ntrou em p&nico!correndo para a porta da rua! veri#icando se estava trancada! depois ao quarto! ondeo 'e'ê ainda dormia! tranquio! depois ao tee#one! votando! então! para a 9anea$

raduamente! o p&nico #oi diminuindo! mas o medo intenso permaneceu$ 5u6ouas cortinas e! tremendo! votou ao tee#one! tirando*o do )ancho para certi#icar*se deque estava #uncionando$ O ru(do #amiiar era con#ortador! mas de que vaia se ea nãosa'ia a quem chamar- A po(cia- 5ouco adiantaria$ 1andariam um carro com doispoiciais que! depois de e6aminarem o apartamento! diriam que tudo estava 'em eiriam em'ora$ Beth- A irmã e o cunhado moravam em >inois! de que modo poderiama9ud.*a- 5erce'eu! com desespero! que numa cidade imensa como 0ova or? nãohavia uma +nica pessoa que se importasse com ea e TonI$ 0ão havia nin)u2m aquem recorrer! e6ceto$$$ 0ão4 %e pensaria que ea estava usando de uma descupapara procur.*o$

Dominando*se! começou a andar em #rente : areira! pensando numa sa(da!tentando convencer*se de que o homem! no outro ado da rua! não estava . por suacausa$ 8omo os =easco a encontrariam- Havia escrito a Beth e a 8hristina cartascurtas de e6picação para a cunhada! tam'2m de a)radecimento e descupas$ 5or2mtivera o cuidado de não coocar remetente em nenhuma das duas$ O que não he davapa, era o pensamento de que rea6ara! não mantendo os sentidos em aerta! nãosentindo o peri)o$ ;entamente! ocorreu*he a em'rança de ter cru,ado! v.rias ve,es!com um homem que poderia ser aquee encostado ao poste$ =ira*o na mercearia! na#arm.cia e no parque! quando o tempo ainda estava 'astante 'om para passeios$ Detodas as ve,es ee ohara muito para ea e para o 'e'ê! mas nunca he despertaraquaquer suspeita$ Havia pensado que ee #osse novo na vi,inhança e que tave,quisesse travar conhecimento com os vi,inhos$ ;em'rou*se de que! no parque! ee#ora atin)ido por uma 'oa 9o)ada por a)umas crianças e que! irritado! #aara comeas em espanho$ 0em aquee #ato a aertara! mesmo porque ouvir espanho nasredonde,as não era nada estranho! com tantos imi)rantes vivendo ai$

Juntando todos os pedaços do que'ra*ca'eça! che)ou : concusão de que o

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homem a estivera vi)iando e se)uindo o tempo todo! mas que ea! perdida empensamentos so're Andre" e sentindo*se se)ura naquee #ormi)ueiro que era 0ovaor?! nada perce'era$ 3ue est+pida #ora4 Se)ura! pois sim4 O apartamento! que at2então he parecera um pedaço do para(so! havia se trans#ormado numa armadiha daqua ea não sa'ia como escapar$ 5recisava de a9uda$ Apro6imou*se novamente dotee#one e tirou*o do )ancho$

Andre" entrou no min+scuo apartamento e! num )esto cansado! atirou oso'retudo e a vaise so're o divã$ =iera da 8ai#/rnia num voo que durara a noitetoda! e estava e6austo$ A'riu a )eadeira! procurando a)uma coisa para comer! mass/ havia uma em'aa)em on)a*vida de suco de aran9a$ =irou o conte+do num copoe! quando ia 9o)ar a cai6a va,ia na i6eira! tropeçou numa piha de importantesprocessos coocada tam'2m dispicentemente no chão! perto da mesa do'r.ve queusava para as re#eiç7es$

%e pr/prio não sa'eria di,er como os documentos haviam ido parar ai$ Seuapartamento em #orma de ; era uma con#usão tota de roupas! pap2is e ivros #ora dou)ar$ 0ão importava o quanto tentasse ivrar*se de o'9etos in+teis! 9ornais vehos e

em'aa)ens va,ias! pois pareciam 'rotar do chão$ Outro tormento eram os processosem andamento e os contratos a serem estudados$ Tinha a impressão de que quaquerdia se a#o)aria num mar de pap2is$ 0aquea verdadeira 'a)unça! que era o t(picoapartamento de um soteirão! 9amais haveria u)ar para uma muher! quanto maispara um 'e'ê$ 1as aquio era a)o com que não precisava se preocupar$

0aquea noite em que! estupidamente! ape)ado :s suas ideias preconce'idas!ne)ara a Juie quaquer direito de de#ender*se! destru(ra todas as possi'iidades de!um dia! tê*a como companheira$ Se he per)untassem o que he dera na ca'eça!#a,endo*o o#endê*a e sair da vida dea num rompante de raiva! não conse)uiriae6picar$ O mais prov.ve era que o demCnio da d+vida o houvesse incitado a a)irdaquee modo idiota$ Suspirando! desanimado! pe)ou o copo de suco e sentou*se nodivã$ Tirou o caderno de anotaç7es do 'oso do so'retudo e entre)ou*se : tare#a di#(cide deci#rar a pr/pria etra! endo uma s2rie de o'servaç7es que anotara$

%ram so're 5auo =easco$ Os m2dicos do hospita de San Die)o haviam sidoun&nimes ao darem suas impress7es so're o marido de Juie$ ;em'ravam dee comode um 9ovem m2dico caado! sem ami)os! mas muito dedicado$ 3uando ee desco'riraJuie e a tratara! os coe)as admiraram*he o )esto! que rotuaram de um ato decaridade! #icando e6tremamente surpresos quando ee resovera casar*se com ea!uma 9oven,inha pro'em.tica que raramente #aava$ Os coe)as do hospita semprehaviam achado que! por a)um dist+r'io psico/)ico! 5auo =easco #ora incapa, dereacionar*se com muheres maduras! pre#erindo moças dependentes e depersonaidade #e6(ve que ee pudesse modar aos seus dese9os$

Terminando de er as anotaç7es! Andre" pousou o caderno e #icou a ohar para aparede em #rente! imerso em re#e67es$ De todas as in#ormaç7es que o'tivera!conse)uira #ormar um es'oço do que havia sido a vida de Juie! desco'rindo que ea 9amais tivera chance de ser uma pessoa di#erente$ Ficara /r#ã aos do,e anos! sendoencaminhada para um internato ap/s outro! numa odisseia que cuminara com uma#u)a aos quin,e e um casamento prematuro aos de,esseis$

@etomou o caderno e começou a #ohe.*o! distraidamente$ Fi,era o pape de umdetetive indiscreto! pesquisando a vida de uma muher! mas 9usti#icava*se! di,endo asi mesmo que apenas o #i,era para o'ter as respostas que he devoveriam a pa, deesp(rito$ 5erce'ia que havia sido severo demais em seu 9u)amento$ L vida de umamenina /r#ã que tivera de viver em or#anatos! porque nin)u2m a quisera! #atara tudoGdesde a se)urança materia at2 amor e compreensão! #atores indispens.veis para osur)imento de um ser humano equii'rado$ %e pr/prio! se não tivesse podido contarcom o carinho dos tios quando perdera os pais! poderia ter se tornado uma pessoainse)ura e con#usa$ A despeito de tudo o que desco'rira! ainda sentia que #atava um

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eo na corrente dos #atos$0ão conse)uira compreender o que houvera entre =ictoriano! ;eti,ia e o #iho!

que 9usti#icasse seu a#astamento$ %m suas pesquisas! ouvira a hist/ria estranha damorte de um irmão mais veho de 5auo! quando este estava na adoescência$ O 9ovem #aecera! vitimado por um misterioso acidente em casa$ Teria o #ato a)umacoisa a ver com o rompimento das reaç7es de 5auo com os pais e seu estio doentio

de vida- 8ontinuando a pensar no que sua investi)ação reveara! Andre" anaisou a#am(ia =easco$ >ncrivemente ricos e com uma .rvore )enea/)ica cu9as ra(,esmer)uhavam nos nomes dos primeiros espanh/is de san)ue a,u que seesta'eeceram no 126ico! não eram mehores nem piores que outras #am(iasme6icanas de sua casse$

Juan Arista! um dos )enros! dava a impressão de ser portador de um car.tero'scuro que vaia a pena estudar mais a #undo! principamente a)ora! quando o seorrecuara para uma posição de semiaposentadoria! des)ostoso com o que ocorrera :sua principa ind+stria e com a atitude de sua #iha Tere,a! que acompanhara o maridode vota : #am(ia D(a,$ 8om as mudanças ocorridas! o )enro adquirira maiorautoridade na direção dos interesses #amiiares$

1as o que mais poderia a9ud.*o em sua 'usca da verdade era o conhecimentoda vida que Juie evara com 5auo na 8idade do 126ico! onde o 9ovem m2dico a'rirauma c(nica nas redonde,as de uma #avea$ At2 a(! todas as in#ormaç7es coincidiam!mas a partir daquee ponto as opini7es diver)iam e o assunto tomava*se con#uso$A)umas pessoas viam em 5auo uma esp2cie de 'om samaritano! outras oconsideravam um paI'oI do pior tipo$ Tanto o chamavam de #iho desnaturado quea'andonara os pais! como de 9ovem norma! a)indo com re'edia contra asimposiç7es de uma #am(ia opressora$ 3uanto a Juie! nin)u2m parecia tê*a conhecidomuito 'em mesmo assim as opini7es a seu respeito variavam 'astante$ Antip.tica!t(mida! retra(da! oprimida! imatura! #oram a)uns dos ad9etivos que ee ouvira emre#erência a ea$ Uns di,iam que era adorada peo marido! outros! que 5auo a tratavama$ Aquea misce&nea de in#ormaç7es di#icutava uma visão cara da situação$

Depois da morte de 5auo! os =easco haviam sido muito eo)iados por teremacohido a nora vi+va e )r.vida e quase todos os viam como pessoas e6ceentes!incapa,es de quaquer madade$ O +nico testemunho que ee ouvira contra os so)rosde Juie #ora de uma en#ermeira que cuidara dea depois do nascimento de TonI$ %adissera que a mãe quisera amamentar o 'e'ê! mas que ;eti,ia mandara o m2dico da#am(ia dar*he uma in9eção para secar o eite! pois considerava a amamentação umato impr/prio de uma muher da casse dees$

A hist/ria da maternidade de Juie tinha uma enorme quantidade de vers7es$ %ramãe irrespons.ve que odiava o pr/prio #iho era uma po're v(tima! cu9os parentessem coração queriam dei6ar ouca! e da( por diante$ Andre" #echou o caderno!encostou a ca'eça na parede e cerrou os ohos! com um suspiro desanimado$ De todoaquee emaranhado de coisas ouvidas! apenas um #ato sur)ia caroG ee acreditava emJuie! quaisquer que houvessem sido seus motivos para #u)ir com o menino! paramentir e en)anar$ Ficou com mais raiva de si mesmo por tê*a 9u)ado comprecipitação! sem dar*he oportunidade de de#ender*se$

Juie havia passado por muitos momentos ruins na vida! mais! tave,! do que eepudesse ima)inar! e sa(ra de tudo ainda capa, de ser inda e maravihosa! cheia decaor humano e amor$ 0in)u2m no mundo poderia! 9amais! convencê*o de que eanão amava o #iho! de que não he houvesse sido dedicada desde o momento de seunascimento$ =ender TonI aos av/s- 8omo ee pudera! mesmo por um se)undo!permitir que esta ideia monstruosa entrasse em sua mente-

5ouco he importava que ee não entendesse a verdade! desde que aprendera asenti*a$ Fora aquio que o #i,era apai6onar*se por eaG sentira a verdadeira Juie! vira*he a ama atrav2s dos ohos mei)os! tantas ve,es entristecidos$ A despeito dequaquer mentira que ea pudesse estar aimentando! a verdade essencia de sua

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'ee,a interior sempre estivera naquee ohar que ee amava$ De nada he vaeria adesco'erta! porque a perdera$ Faria tudo para tê*a de vota! e tave, conse)uisse$%ntão! evaria a vida toda! se #osse preciso! para redimir*se das d+vidas que tivera! dador que he causara com suspeitas$ Se! por2m! ea nunca mais o quisesse ver! nãopoderia ivrar*se da dor de tê*a perdido! podendo apenas diminuir o arrependimento!#a,endo a)o para a9ud.*a em sua uta contra os =easco$

%s#re)ou o rosto vioentamente com as mãos! sentindo*se quase desesperado$Amara! pea primeira ve,! e não sou'era conservar o o'9eto do seu amor$%stava pro#undamente imerso em seus tristes pensamentos! quando o tee#one

tocou$

TonI estava tentando andar! mas Juie não conse)uia re)o,i9ar*se com o #ato! tao pavor que sentia$ A noite toda não conse)uira #aar com Andre" e quando! demanhã,inha! ee atendera! ea havia perdido o controe$ Fora um a(vio tão )randeouvir a vo, que não ouvia h. mais de um mês e pea qua tanto ansiara! que seupedido de a9uda havia soado como um )rito incoerente$ Depois do choque inicia! eeconse)uira #a,er com que ea he e6picasse o que se passava e pedira que não se

preocupasse! pois o)o estaria ai$ Ohou cauteosamente pea a'ertura da cortina$A rua estava movimentada! cheia de pessoas a caminho do tra'aho! e não havianem som'ra do homem que a assustara! mas seu instinto a #a,ia senti*o! em'ora nãoo visse$ %stava mais cama! mas preocupada por estar envovendo Andre" em a)o deque ee nem sequer suspeitava$ Teria de contar*he toda a verdade! assim queentrasse por aquea porta$ Ta perspectiva a apavorava mais que a presença dohomem . #ora$ Temia ver o despre,o naquees ador.veis ohos verdes quando eedesco'risse o quanto #ora mentirosa e inconsequente$

O inter#one soou$ %ra ee$ %a apertou o 'otão para a'rir a porta de 'ai6o ecorreu para a entrada do apartamento! esperando que ee su'isse os três ances deescada$ Ficou parada! ouvindo! sem a'rir a porta$ Atr.s dea! TonI 'a'uciava e ria!contornando a mesa de centro! #irmemente a)arrado : 'orda$ O medo e apreensãoainda a dominavam! mas um sentimento de pa, começou a invadi*a$ Havia che)ado omomento da verdade! e sentia*se #orte para encar.*o$ Depois! estaria ivre$

Ouviu um ru(do estranho no corredor! do ado de #ora da porta$< você! Andre"-O 'aruho aumentou! dando a impressão de que uma uta se desenroava$

3uando ouviu um ru(do surdo! parecendo um )ope! o pensamento de que Andre"poderia estar precisando dea #e, com que esquecesse o medo e a'risse a porta$ 1eiocurvado! e com a ca'eça cheia de san)ue! ee a ohava$ %ntão ea perce'eu o 'rihomai)no de um rev/ver! apontado para o seu pr/prio rosto$

CAPÍTUL !"

O homem que se)urava a arma era 'ai6o e atarracado$< Se9a 'oa,inha! dona! que nin)u2m vai sair machucado$ < Havia um outro

homem! apontando um rev/ver para Andre"$ Juie ohou*o e )eou$ %ra o mesmoque vira v.rias ve,es e que na noite anterior estivera espreitando o apartamento! dooutro ado da rua$ %a reconheceria aquee so'retudo escuro e o chap2u de a'asca(das! em quaquer u)ar$ < %ntendeu- < o homem tomou a #aar! com vo,)rosseira$

Juie assentiu! com um eve )esto de ca'eça$ %stava meio entorpecida peo pavorde sentir uma arma tão pr/6ima e! em'ora visse todos os detahes da cena! aquio

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

tudo he parecia irrea! como se estivesse sonhando$ O homem do so'retudo a)arroua pasta que Andre" se)urava e atirou*a ao chão! mandando*o! depois! tirar o paet/ esu'metendo*o a cuidadosa revista$ O san)ue he corria de um corte na testa! onde#ora )opeado! provavemente com a coronha de uma das armas$ Juie viu quando ee#oi empurrado para dentro da saa! cam'aeante! ,on,o pea pancada que rece'era naca'eça$ Os homens entraram atr.s dee! empurrando*a e 'atendo a porta$ O mais

'ai6o tirou um par de a)emas do 'oso e prendeu uma das mãos de Andre" : pedrade m.rmore com ornatos de 'ron,e! chum'ada : parede! e que servia de suporte aotee#one$ A se)uir! tirou uma #ai6a e amordaçou*o$

Juie continuava o'servando tudo! aheada! como se aquio não estivesseacontecendo com ea! mas #i,esse parte de um #ime$ O que usava o so'retudo tiroua)uns pap2is de aparência o#icia do 'oso interno$ Sentou*se no so#. e coocou osdocumentos so're a mesa de centro! aisando*os com a mão! enquanto TonI!se)urando*se na 'orda! ohava*o com curiosidade$ O 'ai6inho! então! empurrou Juieem direção : mesa! ordenando*he que sentasse no chão$ Os dois homens seencararam$

< =ocê não me disse para tra,er caneta! Berto < disse o atarracado! parecendo

temeroso da reação do comparsa$O outro puou do so#.! resmun)ando um paavrão! e apro6imando*se do tee#onearrancou a caneta que se prendia : parede por uma correntinha$ =otou para o so#. een#iou a caneta na mão de Juie$

< Assine aqui! vamos4 < O homem mandou! indicando uma inha pontihada naparte de 'ai6o de um dos pap2is$

%nquanto assinava! Juie pCde er a)umas paavras$ %ram termos e)ais! e emespanho! e o nome de Juan Arista aparecia v.rias ve,es$ Antes que o documento he#osse arrancado! ea perce'eu que assinara a entre)a do #iho ao cunhado! em adoção$O 'ai6inho! que parecia #a,er todo o tra'aho )rosseiro! rapidamente a)emou*a a umdos pesados p2s da mesa! e depois en#iou*he um enço na 'oca! passando outro porcima dos .'ios e ao redor do rosto! amarrando as pontas atr.s$ %stava 'emamordaçada e s/ então começou a ter pena consciência do que se passava!ameaçando entrar em p&nico$

TonI! vendo*a no chão! e pensando que ea queria 'rincar! sotou as mãos edei6ou*se cair no )rosso tapete! en)atinhando em sua direção$

< 1amã$$$ mamã$$$A)arrou*se a ea e #icou em p2! me6endo! intri)ado! na mordaça$ =endo que a

mãe não se movia! ee encostou a ca'ecinha no peito dea e começou a chupar opoe)ar! ruidosamente$ ;.)rimas su'iram aos ohos de Juie e derramaram*se peas#aces! mohando a mordaça e caindo so're os ca'eos escuros de TonI$ O homem queparecia comandar a ação #oi ao tee#one e discou um n+mero! começando a #aar numin)ês de sotaque carre)ado! per)untando se um determinado avião estava pronto ese a en#ermeira contratada 9. os estava esperando$ Avisou que ee e a criançache)ariam no hor.rio previsto$ Os dois homens )uardaram as armas so' os casacos epareceram rea6ar$ O que o'edecia ordens incinou*se! querendo #a,er um a)rado ao'e'ê! que o i)norou! apertando*se mais ao peito da mãe$

< Ande o)o4 Junte as coisas do menino4 < o outro ordenou$ < 8o'ertores!#radas e potes de comida$ =ou . em'ai6o procurar um t.6i$

< Ah! Berto! não sei nada so're 'e'ês$< =ire*se48om um ohar ameaçador para o coe)a! Berto saiu$ O 'ai6inho começou a

revirar )avetas e arm.rios! resmun)ando$ Juie sentiu*se desesperada! sem poder#aar$ 3ueria di,er onde os o'9etos pre#eridos de TonI estavam! pedir que evassem o6arope! que o a)asahassem 'em e que he servissem eite na 6(cara$ Desoada!correu os ohos pea saa! deparando com Andre" e parecendo estranhamentesurpresa por vê*o ai! como se houvesse esquecido o que se passara momentos

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antes$ %e! aparentemente! havia se recuperado do )ope! parecendo aerta!o'servando tudo$ A atenção dea desviou*se para o homem! que entrava na saa comuma 'raçada de pacotes de #radas e co'ertores$ 8oocou tudo no so#. e incinou*separa TonI$

< %st. tudo pronto! )aroto$ =enha com o =innie$O 'e'ê! naturamente! não o'edeceu$ =innie a9oehou*se e se)urou*o! tentando

sotar as mão,inhas que a)arravam a 'usa da mãe$ TonI rea)iu! amedrontado!pondo*se a chorar! mas o homem! num )esto 'rusco! pu6ou o corpinho para on)e docorpo de Juie! separando*os$ Uma dor a)uda percorreu*a! dando*he a sensação deque ia enouquecer$

< =amos! )aroto4 < =innie consoou$ < =ocê vai viver com o vovC e a vov/$ =aiter cavainhos de verdade! um @os*@oIce e roupas de seda$ < O pranto da criançatrans#ormou*se em )ritos assustados que cresceram em intensidade a ponto de dei6ar=innie atordoado e perpe6o$ < O que 2 isso- 0ão sou tão mau assim$

Tentou deitar o 'e'ê e acaent.*o! mas apenas conse)uiu mais )ritos econtorç7es de corpo$ 8om medo de dei6.*o cair! =innie a)arrou*o com mais #orça$ Derepente! #icou p.ido e ohou para TonI com e6pressão horrori,ada$ O terno escuro

começou a #icar encharcado e o cheiro de 6i6i che)ou at2 Juie! que #echou os ohos!com medo de ver qua seria a reação de =innie$ %e por2m imitou*se a coocar omenino no chão! 6in)ando$ %m se)uida! procurou nos 'osos! at2 encontrar a chavedas a)emas que manietavam Juie$ Sotou*a! ainda #urioso$

< 0ão sou 'a'.$ 8uide dee! você que 2 a mãe$=endo*se ivre! ea arrancou a mordaça$< 8ama! #ihinho$ 1amãe est. aqui e vai trocar você$ < Apro6imou*se do #iho!

pe)ou*o e! com ee em um dos 'raços! tirou uma #rada da piha so're o so#.$ Ohoupara o 'ai6inho! que tentava en6u)ar a roupa com o enço$ < 5reciso pe)ar um panomohado! no 'anheiro! e taco! tam'2m$

< =.! mas nada de truques! ouviu 'em-1omentos depois votava! começando a hi)ieni,ar o 'e'ê! que começara a su)ar

os dedos! #itando*a com os )randes ohos mohados$< %e est. com sono$< Sei! mas ter. tempo de so'ra para dormir! no avião$As mãos dea #icaram )eadas quando as paavras de =innie a em'raram de que

o)o evariam seu #iho$< 5or que est. #a,endo isso-< Dinheiro! dona$ < %e deu uma risadinha de'ochada$< 8omo conse)uiram nos encontrar-< Bem$$$ Sou muito mais esperto que aquee 9umento me6icano do Berto$

Apesar de que #oi muito #.ci! com o seu namorado dando todas as dicas$< 8omo-%e #e, um )esto com a mão! indicando Andre"$< O seu apai6onado dei6ou uma pista 'em vis(ve! da 8idade do 126ico at2 0ova

or?$ 8erto! doutor-Juie #ran,iu a testa! sem compreender direito o que o homem estava di,endo$< Aca'e o)o com isso! dona! não temos o dia inteiro$%a recomeçou a tare#a de trocar o 'e'ê! enquanto =innie ia : 9anea e ohava

atrav2s do vidro$< 5or que aquee idiota estar. demorando tanto-< 0ão 2 #.ci conse)uir um t.6i a esta hora$0ervoso! o homem pCs*se a me6er no #erroho da 9anea! tentando a'rir a

vidraça para ohar para #ora$ Juie não hesitou$ Sem pensar! movida peo instinto!apanhou o pesado 9arro de cer&mica de so're a mesa e! andando cauteosamente!apro6imou*se do 'andido que he queria rou'ar o #iho! desceu*he o o'9eto com todaa #orça que conse)uiu reunir! na ca'eça$ Apavorada! ea o viu )irar so're si mesmo e

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oh.*a com increduidade$ Depois! como um saco va,io! ee desa'ou no chão! #icandoai! inconsciente! rodeado de cacos$

Andre" #orçou as a)emas! vi)orosamente! sem conse)uir ivrar*se$ 5rocurou#a,er sons com a )ar)anta! mas a mordaça a'a#ava*he a vo,$ Juie havia nocauteadoo su9eito e a)ora #icava pantada! ohando para o chão! de ohos arre)aados$Desesperado! tentando chamar*he a atenção! ee começou a chutar a parede e a

#a,er o m.6imo de 'aruho que podia! at2 que! #inamente! ea ohou para ee!parecendo uma son&m'ua$ Andou va)arosamente! apro6imando*se! enquanto eemeneava a ca'eça! indicando as mãos presas$ 5or #im! ea pareceu entender amensa)em$ 8om movimentos erdos! como num #ime em c&mera enta! eadesamarrou a mordaça$

< Juie4 5reste atenção em mim4 O outro vai che)ar! e esse a( pode votar a si aquaquer instante$ Temos de a)ir depressa para savar TonI$

O nome do #iho a'riu caminho em seu c2re'ro em'otado$ Ohou para o so#. eviu*o dormindo! como ea o dei6ara! ainda sem a #rada$ O homem desmaiado )emeu!#a,endo*a puar de susto e des#a,endo a con#usão que tinha na mente$ 8orreu paraee e! a9oehando*se no chão! me6eu*he nas roupas at2 achar o rev/ver! que se)urou

desa9eitadamente$ Andre" se)uia*he os movimentos! com ansiedade$< Mtimo4 A)ora pe)ue as chaves que ee ar)ou na mesa e sote*me$Dentro de instantes! estava ivre$ O 'ai6inho a'riu os ohos e sentou*se! tonto!

mas antes que pudesse evantar*se Andre" a)arrou*o e a)emou*o ao suporte dotee#one! não se esquecendo de amordaç.*o! dei6ando*o na mesma posição incCmodaem que havia #icado$

< =amos sair daqui! Juie! antes que o outro vote$%a entre)ou*he a arma$< 0ão$ 0ão quero sa'er de armas$Dei6ou o rev/ver cair no tapete e correu para o 'e'ê! enroando*o num co'ertor

e tomando*o nos 'raços$ Andre" ohou pea 9anea e viu que Berto estava na caçada!ainda tentando conse)uir um t.6i$

< =amos em'ora < ee disse! a)arrando a pasta! a sacoa de #radas e o casacode marta de so're o so#.$

0o caminho para a porta! ea parou$< 1inha 'osa4=otou correndo e entrou no quarto! votando o)o depois! com a 'osa em um

dos om'ros$ TonI continuava dormindo! com o rostinho encostado : macia se)urançados seios da mãe$ Desceram as escadas em siêncio e rapidamente$ 8he)ando ao hade entrada! Andre" #e, um )esto com a mão! para que Juie esperasse um pouco$Antes de a'rir a porta! ohou atrav2s do vidro e viu que Berto votava$

< %e vai entrar < #aou! 'ai6inho$Oharam*se! desesperados! sem sa'er o que #a,er! at2 que uma id2ia cru,ou a

mente de Juie$< 5or aqui < ea disse! correndo para o vão da escada e a'rindo uma porta de

meta$%e a se)uiu! e entraram num cu'(cuo escuro e macheiroso$< a i6eira < ea e6picou! num sussurro$Andre" a'riu uma #resta estreita na porta e apurou o ouvido$ As portas de vidro!

que davam para o e6terior! #oram a'ertas e #echadas novamente$ Ouviram*se passoseves na escada! que #oram sumindo : medida que Berto su'ia$ 8orreram! então! para#ora do pr2dio e para a caçada$ O ar )eado )opeou*os! r(spido! #a,endo os pum7esdoerem! quando era respirado! e a pee arrepiar*se! mas não havia tempo parapararem e Juie vestir o casaco! de modo que ee coocou*o so're os om'ros dea eenvoveu*a com o 'raço$ %ra di#(ci correr a'raçados e com ea carre)ando o 'e'ê!mas o pavor de serem acançados deu*hes #orça e! virando esquinas e atravessandoruas! conse)uiram distanciar*se três quarteir7es do apartamento$ Finamente tiveram

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de parar para respirar e tentar conse)uir um t.6i! mas não havia nenhum : vista$< Dro)a4 < Andre" e6camou$ 5arada ao ado dee! o#e)ante! Juie tremia!

a)arrada ao #iho$ @apidamente! Andre" a9udou*a a vestir e a'otoar o casaco! ohandopara um ado e outro! inquieto$ 0ão havia tempo a perder$ < =amos continuar < eedisse! se)urando*a peo 'raço$

3uarteirão ap/s quarteirão! ees correram! ohando todos o t.6is que passavam!

sem ver nem um sequer desocupado$ Finamente! ee parou nos de)raus de )ranitoque evavam da @ua 8ator,e : 5raça Union$ %stavam #u)indo de dois sequestradores!por cupa dee$ Fora o respons.ve por Juie ter sido ocai,ada! #ora 'astante est+pidopara permitir que aquio acontecesse4 5usera*se a #a,er per)untas a torto e a direito!na 8idade do 126ico! sem pensar que a)u2m! estranhando o interesse pea #am(ia=easco! pudesse denunci.*o aos so)ros de Juie$ O resto #ora #.ci para os homensque haviam contratado para apanhar o 'e'ê$ 3uisera a9udar e quase pusera tudo aperder$ 1ais do que nunca! era respons.ve pea se)urança dos dois! e não haveriaperdão se #ahasse$

Ansiosamente! ee e6aminou a praça$ Os 'ancos )eados estavam! naturamente!va,ios! mas numa das aamedas um homem vestido numa capa vermeha estava

dando mi)ahas de pão aos pom'os$ Teve esperança de que #osse um poicia! masnão$ %ra apenas um veho pac(#ico que se preocupava com os animais$< 0ão sei o que daria para encontrar um poicia < ee #aou! como se pensasse

ato$A cidade es#usiava de movimento ao redor dees$ 8arros passavam nas ruas que

davam a vota na praça! e pedestres apressados nem os viam! imersos nos pr/priospensamentos$ Todos pareciam tão indi#erentes : sua a#ição quanto a est.tua de'ron,e de eor)e Washin)ton! que se er)uia no meio da praça$

< %es estão ai4 < Juie )ritou! apavorada$Andre" se)uiu a direção do ohar assustado e os viu$ Um vinha do ado este e o

outro do su da praça$ 5areceram ver os #u)itivos ao mesmo tempo! pois )ritaramavisos e puseram*se a correr para o ado dees$ Andre" a)arrou o 'raço de Juie earrastou*a! ao redor da est.tua! ao on)o do muro de pedras! por so're o )ramadoseco e co'erto de neve! descendo os de)raus da @ua 3uin,e e entrando na estação dometrC$ A #ia para a compra de passa)ens estava curta! mas o tempo que evaram ai#oi torturante$ Ao passarem peas roetas! oharam para tr.s e viram Berto e =inniedescendo as escadas! encaminhando*se para as 'iheterias$ 8orreram! passando peao9a de arti)os #oto)r.#icos! pea anchonete e 'anca de 9ornais! atin)indo! #inamente!o on)o corredor pavimentado de cimento que evava :s escadas roantes e :spata#ormas$ 1ais uma ve,! Andre" ohou para tr.s! para ver os dois 'andidos)esticuando! impacientes! na #ia de 'ihetes que! providenciamente! crescera'astante$ Tave, mais tarde! muito mais tarde! pudessem rir daquea cena! masnaquee momento o pavor os empurrava para #rente$

Ao che)arem :s escadas! optaram pea que evava ao trem que se a#astava docentro da cidade$ Desceram! achando que as escadas roavam muito deva)ar e!quando por #im che)aram : pata#orma! desco'riram que havia muito pouca )ente$0ão teriam uma mutidão com quem misturar*se! como haviam esperado$ 5araramperto dos trihos! ohando ansiosos para as escadas! temendo ver os perse)uidoressur)irem$ O ru(do do trem que che)ava trans#ormou*se num 'aruho ensurdecedor! ea u, #orte ras)ou a escuridão do t+ne$ Foi então que Berto e =innie apareceram noato da escada! irritados por não poderem descer os de)raus correndo! a menos quepassassem por cima das pessoas que! : #rente dees! #icavam pacientemente em seusde)raus! que roavam deva)ar$ O trem diminuiu a marcha e parou! num chiado a)udo$Andre" empurrou Juie para dentro do carro diante dees e entrou em se)uida! mas#icando parado na porta! : espera dos dois$ Se a porta #echasse o)o! tudo estaria'em$ Do contr.rio! ee os en#rentaria! impedindo que entrassem! pondo peo menosJuie e TonI a savo$ Ohou novamente para a escada$

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%stavam quase acançando a pata#orma$ O trem deu uma esp2cie de suspiro$Dei6avam a escada! prontos para correr e acançar a porta onde Andre" permanecia$Apro6imavam*se! havendo apenas a)uns metros de dist&ncia entre ees e o trem$%stavam tão pr/6imos! que era poss(ve ver o /dio que tra,iam nos ohos$ 0o e6atomomento em que iam puar para dentro do va)ão! as portas se #echaram e o trempartiu$ Berto esmurrou os vidros da 9anea por onde Juie ohava! correndo ao ado do

trem! at2 que este atin)iu uma veocidade imposs(ve de acompanhar! entrando not+ne$ Andre" 9o)ou*se no assento ao ado de Juie! controando a respiração e as'atidas card(acas$ 0ão podiam ainda considerar*se a savo$ Ohou para o rosto dea!ao ado do seu! notando que estava mortamente p.ido! contrastando com os ohossom'rios$ Sentindo a insistência do ohar dee! ea o encarou$ 0o #undo dos ohoscin,entos! havia mais que medo e moment&neo a(vioG uma acusação terr(ve! com aqua não se sentia capa, de idar! ainda$

< %es vão pe)ar o trem se)uinte < ee disse$ < Ainda poderão nos acançar$< %u sei$ < %a suspirou e #echou os ohos! e6austa$ < De repente! 0ova or?

#icou pequena demais! não 2-Andre" ohou para ea! admirando*a! enquanto a9eitava o co'ertor ao redor do

#iho$ %a era uma pessoa #orte e e6tremamente cora9osa$< O que você acha de descermos na estação centra e apanharmos outro trempara Times Square- < ee per)untou$ < Depois poder(amos ir at2 um dos terminaisrodovi.rios$$$

< % pe)ar um Cni'us para #ora da cidade < ea competou$< Sim$ Acho que seria mais se)uro que tentar os aeroportos$ Tave, ees tenham

mais )ente vi)iando$< 8oncordo$ 1as não me considera tão im'eci a ponto de incu(*o nos meus

panos! não 2-%m'ora ee 9. esperasse que ea o a)redisse com paavras! estando ma)oada

como estava e descon#iada de sua eadade! o tom de vo, )eado que usou atin)iu*ocomo um soco$

< 5ensa reamente que a tra(-< % não traiu-< 0ão$ 5eo menos! não intencionamente$ %stive apenas #a,endo per)untas a

seu respeito$ A)u2m deve ter aertado os =easco$< =ocê estava #a,endo uma investi)ação no meu passado$< Sim$< Desde quando sa'e quem eu sou! reamente-Andre" teve di#icudade em en)oir a saiva! como se tivesse um 'oo na

)ar)anta$< Desde o começo$< Desde o aeroporto! em Houston- < %e o'servou! com triste,a! que a vo, de

Juie estava cheia de increduidade e revota$< Sim$< %ntão estava a serviço dees! se)uindo*me! quando sa( do 126ico-< 0ão4 0unca estive a serviço dos seus parentes$ %u apenas sa'ia quem você

era$< 0ão precisa e6picar$ 0ão me interessa$< 0ão di)a isso! Juie$ Jamais #aria quaquer coisa que a pre9udicasse$ =ocê e

TonI são importantes para mim$< 0ão acredito em você4 A2m disso! tenho coisas mais importantes com que me

preocupar$< 3uero a9ud.*a < disse! com vo, emocionada$ < 0ão tra( sua con#iança$

0unca o #aria$ < Juie não respondeu! mas ohou*o com tanto sarcasmo que o chocou$< Acredite em mim! Juie$ Ou! se não pode acreditar! dei6e*me a9ud.*a$ @aciocineque! se eu estiver do ado dees! poderei di,er*hes que vai dei6ar a cidade! de Cni'us$

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Se me conservar perto! poder. ter certe,a de que não me comunicarei com nin)u2m$Juie não respondeu$ Andre" tentou 'rincar para que'rar a tensão! a'rindo o

so'retudo para que #icasse caro que não carre)ava nenhum apetrecho deespiona)em! mas não conse)uiu #a,ê*a sorrir$

< 5or #avor! Juie! dei6e*me a9ud.*a$< 5or quê-

< 5orque preciso #a,ê*o$%a ohou para o rosto adormecido do #iho! pondo #im : conversa$

Juie acordou em so'ressato$ O coração 'atia descompassado e a respiração eracurta$ Tivera um pesadeo$ Ainda sentia o horror da sensação de estar presa ao chão!sem poder escapar de um peri)o$ 5or a)uns se)undos! #icou con#usa! desorientada!mas o)o o a'a#ado ru(do de rodas no as#ato e o 'aanço do Cni'us trou6eram*na devota : reaidade$ %stavam indo para Atantic 8itI$ TonI dormia tranquio! no 'anco aoado do seu! e ea podia ver o topo da ca'eça oira de Andre" utrapassando oencosto! da potrona a sua #rente$ 5or enquanto estavam a savo$

Tudo estava 'em ou! peo menos! quase tudo$ Seria 'om dormir de novo! perder

a consciência! esquecer a dor surda que a devorava$ Fechou os ohos! mas sa'ia que osono não viria para tir.*a daquee tormento$O tempo todo! Andre" sou'era quem ea era e #in)ira acreditar em suas

mentiras! ,om'ando de sua in)enuidade$ 0unca havia sido sincero nas coisas quedissera e #i,era$ %a não se podia perdoar por ter sido tão est+pida e ce)a! i)norandoos sinais de peri)o! con#iando num estranho$ 0ão havia perce'ido nada! nem mesmoquando notara que ee possu(a um )rande conhecimento do 126ico e dos pro'emasdo pa(s$ Acreditara piamente na hist/ria que he contara! so're ter assuntos a tratarna 8idade do 126ico! não perce'endo o quanto #ora evasivo ao e6picar que tipos dene)/cios o haviam evado at2 .$ Se houvesse 9untado os #atos! por menosimportantes que tivessem parecido! teria perce'ido o en)ano em que estava caindo$

Outro sina de aarme que i)norara #ora o modo #.ci com que ee aceitara ase6picaç7es so're sua pretensa vida de divorciada! sem nunca tentar apro#undar*se noassunto$ 5ea /)ica! devia ter mostrado mais curiosidade e apenas não o #i,era por 9.sa'er toda a verdade a seu respeito$ S/ que ea não #ora su#icientemente esperta paraperce'er$ 0ão era de admirar! então! que ee houvesse #eito questão de mantercontato mas! ao mesmo tempo! conservar dist&ncia$ 0a reaidade! não cutivara aami,ade entre ees nem #i,era amor com ea por uma questão de sentimento ouemoção$ Todos os momentos que haviam passado 9untos #a,iam parte de um tra'aho!de uma tare#a! portanto #ora tudo #in)idoG os risos! as 'rincadeiras! os ohares! os)estos de ternura e preocupação$

1entira$ Seu reacionamento #ora uma )rande mentira! assim como sua vidainteira tivera o sa'or de #asidade$ 8omo /r#ã! aprendera muito cedo a detectar o#in)imento nos atos das pessoas$ Ouvira muitas paavras va,ias! de a#eto apenassimuado! vira a re9eição dis#arçada! em muitos ohares$ J. casada! tivera que mentire #in)ir ser o que nunca #ora! para a)radar 5auo! para que ee não a re9eitasse e hene)asse amor$ S/ que nem aquio #uncionara e ea #ora despre,ada e humihada$

A dor do passado mescava*se ao so#rimento do presente! #a,endo o coraçãopesar*he no peito$ O amor que pensara ter encontrado! o companheiro e ami)o que 9u)ara ea! a vida que estivera pane9ando! cheia de con#iança e ae)ria! haviam sidouma )rande mentira desde o começo$ 5odia parar de torturar*se tentando encontrarum modo de reconquistar Andre"$ 0ão precisava mais pensar em utar peo seu amor$0unca o tivera nem #ora amada$ Tudo havia sido uma doorosa mentira$

ostaria de entender os motivos que o haviam #eito a)ir daquea #orma$Dinheiro- 8hanta)em- Um #avor para os =easco- 3uaisquer que houvessem sido asra,7es! por2m! um #ato permaneciaG ee mentira! espionara e #ora #aso o tempo todo$%a o odiava$ 0ão precisava dee para construir uma vida 'oa e #ei, para si mesma e

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

para TonI$ 3uando o Cni'us entrou em Atantic 8itI! ea 9urou utar so,inha em 'uscade um #uturo de se)urança e pa,$ % nin)u2m poderia impedi*a$

CAP!TUL "

< =ocê deve estar 'rincando4 < ironi,ou Juie$%stava parada no meio da saa do apartamento do Hote >nternaciona @esorts!

onde #icariam hospedados$ Tudo era 'ranco! desde o pequeno vest('uo de m.rmoreat2 os so#.s em ;! encostados :s paredes #orradas de tecido sedoso! so' duasimensas 9aneas que se a'riam para uma vista desum'rante do oceano At&ntico$

< 0ão 2 num u)ar como este que vamos passar desperce'idos < concuiu ea!com sarcasmo$

Andre" #itou*a! #ati)ado$

< Tivemos muita sorte em achar um u)ar para #icar$ 0ão se esqueça de que 2se6ta*#eira e a cidade est. cheia de turistas$< 5or que escoheu Atantic 8itI- 5ara que os capan)as de =ictoriano =easco

sai'am onde me encontrar- J. estava tudo com'inado-Andre" não rea)iu : provocação! imitando*se a 9o)ar a chave so're a mesinha

de m.rmore$ 8om um suspiro cansado apro6imou*se do tee#one! que #icava so'reoutra mesinha! na e6tremidade de um dos so#.s$

< =ou pedir a)o para comer$ Tam'2m quer-< 3uando quiser! eu mesma pedirei < Juie respondeu! com maus modos$8arre)ou o 'e'ê atrav2s da porta que supunha ser do quarto e parou! ohando

espantada para aquee u6o incr(ve$ A )rande cama suntuosa #icava num pano maiseevado! 'em no centro do quarto! so're um carpete 'ranco onde os p2s sea#undavam$ Havia espehos em todas as paredes e pequenas cadeiras #orradas decetim 'ranco perto da 9anea$ O )rande arm.rio em'utido! aqueado! ocupava umadas paredes! dis#arçando a porta que evava ao 'anheiro! onde uma imensa econvidativa 'anheira com hidromassa)em dominava o am'iente$

< 3uem vai pa)ar todo este u6o- < ea per)untou! ohando por so're o om'ro!para a saa$

< 0ão sei < Andre" respondeu$ < 0/s dois trou6emos dinheiro e eu tenhocart7es de cr2dito$ 1as isso não me preocupa$ O que interessa 2 que aqui estamosse)uros$

< 3uem #ica com o quarto-< =ocê e o 'e'ê! 2 caro$Andre" apareceu na porta e Juie esperou que #i,esse a)um coment.rio so're o

u6o cinemato)r.#ico! mas ee imitou*se a oh.*a! parecendo nem perce'er a 'ee,ado am'iente$ Sentindo*se sem 9eito com o ohar dee! #rio e insistente! procuroua)uma coisa para di,er! mas parecia não haver nada so're o que pudessemconversar$

< J. trou6eram o 'erço- < ea per)untou$< Sa'e que não$< J. pediu a)uma coisa para comer-< J.$< Bem! então acho que vou pedir um anche tam'2m$< 0ão pode continuar se)urando o 'e'ê$ 3uer que a a9ude a deit.*o em a)um

u)ar-< Onde- 0ão posso cooc.*o nem na cama nem no so#.$ %e pode cair$Aca'ou de #aar e votou para a saa! ouvindo Andre" a'rindo e #echando

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arm.rios e )avetas$ Dentro em pouco! ee apareceu! carre)ando a)uns co'ertoresdo'rados$

< O carpete 2 macio$ =ou #a,er uma cama no chão! com esses co'ertores$5odemos dei6.*o ai! at2 que o 'erço che)ue$

Juie caou*se! sem concordar nem protestar! enquanto ee! cuidadosamente!arrumava uma cama aconche)ante num dos cantos$ 3uando terminou! ea deitou a

criança adormecida! sem nenhum coment.rio$ 0ão queria dar o 'raço a torcer!decarando*se cansada de se)urar o 'e'ê! mas não conse)uiu reprimir um suspiro dea(vio ao ivrar*se do peso$ 1assa)eando o 'raço dormente! diri)iu*se ao tee#one epediu uma re#eição! causando uma con#usão na copa! pois pareciam não compreenderque estava #a,endo um pedido adiciona e não mudando o anterior$ =ermeha deem'araço por sentir o ohar de Andre"! que parecia divertir*se com o que suateimosia havia causado! 'ateu o tee#one e #oi para o 'anheiro! pisando duro$

Aquee apartamento estava pequeno demais para os dois$ 5recisava de umadist&ncia maior entre ees! de modo que não tivesse de oh.*o! em'rando*se dasmentiras e traiç7es e so#rendo$ O 'anheiro era tão u6uoso como o resto da su(te! compiso de )ranito ne)ro e espehos de corpo inteiro nas paredes revestidas de m.rmore

'ranco$ A2m da 'anheira de hidromassa)em! havia um chuveiro num 'o6e comportas de vidro e um toucador! tam'2m de )ranito! com o mais diverso sortimento desa'onetes #inos! sais de 'anho e .)uas*de*coCnia$ O sanit.rio )uardava suaprivacidade! atr.s de uma pesada porta de madeira entahada$

>ndecisa! Juie ohou para a 'anheira$ Seria 'astante rea6ante mer)uhar em.)ua t2pida e 'or'uhante dei6ando que o cansaço e o p/! acumuados na via)em! sedissovessem! dei6ando*a renovada$ 1as tave, #osse mehor comer primeiro! em'orasou'esse que a dor surda que sentia na 'oca do estCma)o #osse #ruto mais da tensãoque da #ata de aimento$ Ao votar para a saa! o 'erço havia che)ado$

< 3ueriam ev.*o para o quarto! mas pensei que estivesse descansando <Andre" e6picou$

Juie 'aançou a ca'eça! concordando! incapa, de a)radecer* he a )entie,a! eohou para o #iho! que dormia tranquiamente no chão$

< =amos dei6.*o onde est.! por enquanto$Bateram na porta$ %ra o serviço de quarto! tra,endo os dois pedidos$ Juie #icou

parada! o'servando Andre"! que orientou o )arçom! pedindo*he que pusesse as'ande9as so're a pequena mesa de 9antar que havia em um dos cantos$

3uando #icaram novamente a s/s! Juie sentou*se e começou a comer!perce'endo que Andre" ocupava a cadeira : sua #rente! mas não er)ueu os ohos!concentrando*se na comida! da qua não conse)uia sentir o sa'or$ 0ão queria vê*o$5recisava i)norar a pro6imidade daqueas mãos #ortes e e6pressivas! aquees ohosverdes que! a despeito de quaquer racioc(nio! provocavam um tumuto em seucoração$ O siêncio cresceu entre ees! apenas que'rado peo som dos taheres deprata 'atendo nos pratos de porceana e peo tiintar do )eo nos copos$ %ra umasituação tensa! mas suport.ve! at2 que a)uma coisa começou a mudar$

%a perce'eu que os movimentos dee tornavam*se mais a)itados e ouviu opro#undo suspiro que ee sotou! antes de impar a )ar)anta! como se #osse #aar$ Osan)ue começou a #uir mais rapidamente e o corpo todo #icou tenso! como o de umanima seva)em que pressentisse uma presença indese9.ve$ 0ão queria ouvir*he avo,! nem as paavras que diria$ 0aquee momento o tee#one tocou e am'os puaram!trocando um ohar cheio de medo$

Andre" cru,ou o espaço que os separava da mesinha e atendeu$< AC- < 5Cde vê*o rea6ando : medida que ouvia! e o ar aiviado que he

suavi,ou as #eiç7es$ < Sim < ee disse < rece'emos o 'erço$ %st. tudo em ordem$Juie dei6ou a mesa rapidamente! aproveitando a oportunidade para escapar!

sentindo que ee a ohava! enquanto #echava*se no quarto$ 5or enquanto estava ivrede ouvir o que ee estivera prestes a di,er$ 5rendeu os ca'eos 'rihantes no ato da

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ca'eça e a'riu um enveope de espuma de 'anho! escohido entre os v.rios tiposdispostos so're o toucador$ Despiu*se e a'riu as torneiras da 'anheira! #a,endoa)uns movimentos de )in.stica rea6ante! enquanto esperava que enchesse$

%ntrou então na .)ua deiciosa! deitando*se e apoiando a ca'eça na 'orda!sotando o corpo$ A a)itação da .)ua envoveu*a! #ormando uma espuma a'undante eper#umada que a co'riu$ Dei6ou*se #icar naquee em'ao! espantando os pensamentos

doorosos! #i6ando*se em ideias de autoa#irmação! at2 que principiou a sentir*se empa,$ %m'ora o mundo houvesse ameaçado desa'ar so're sua ca'eça! su#ocando*a!ea não entrara em p&nico$ 0ão havia entrado num estado de desespero nem sesentido desamparada$ 8onse)uira encarar a verdade de que s/ podia contar consi)omesma e aceitara a ideia$ 0ão era mais uma 'o'a inde#esa$ @epentinamente! a portase a'rindo tirou*a das re#e67es$ Andre" a ohava! hosti e desa#iador$

< TonI acordou- < ea per)untou! cru,ando os 'raços so're os seios que aespuma que se des#a,ia ameaçava desco'rir$

< 0ão$< %ntão! o que est. #a,endo aqui-< %st. se escondendo de mim! não 2-

< 0ão$ %stou apenas tomando um 'anho$< %ste 'anho 9. dura h. uma hora4 < ee e6camou$< 1as que in#erno4 Ser. que vai querer controar at2 o tempo que evo no

'anho-< Acho mehor sair da(! se não quiser que a tire$Juie #icou muda de raiva e espanto peo atrevimento dee! mas resoveu atendê*

o$ O +nico pro'ema era acançar a toaha! que estava pendurada numa ar)oa! on)ede suas mãos$ Adivinhando*he os pensamentos! ee apanhou a toaha e a'riu*a no ar!perto da 'anheira$ Trincando os dentes de irritação! ea saiu! imediatamente tomando*he a toaha das mãos e enroando*a no corpo como se #osse um saron)$

< 1uito 'em! meu 'anho aca'ou$ 3uer sair daqui para que eu possa me vestir-< Oh! não4 < ee respondeu! 'aançando a ca'eça! en#aticamente$ < Se eu sair!

você vai se trancar$ =ou #icar at2 que me ouça$ 5ouco me importa que este9a vestida!enroada numa toaha ou nua$

0uma virada 'rusca! Juie saiu do 'anheiro e sentou*se nos p2s da cama$ 0ãoiria se vestir na #rente dee! de 9eito nenhum$ Apertou o tecido macio ao redor docorpo$

< Fae! então! mas ande depressa$Andre" ohou*a! achando*a inda! sentada na 'eirada da cama com os om'ros

nus 'rihando! sapicados de )otas de .)ua e a massa de ca'eos cor de co'reescapando dos )rampos e caindo em desordem na nuca e ao redor do rosto de #eiç7esimpec.veis$ Os ohos! sempre maravihosos! haviam perdido a ternura! por2m$0aquee momento! mostravam a cor cin,a de um mar tempestuoso$ Sua decisão de#aar quase #raque9ou$ 5assou os dedos entre os ca'eos revotos! percorrendo oquarto com o ohar e procurando a mehor #orma de começar$

< Sei o que você pensa < ee começou por #im! hesitantemente$ < 1as ascoisas não são como parecem$ 0ão estou tentando me e6imir de toda a cupa! masquero que ouça a verdade$ < Ohou*a nos ohos$ %stavam #rios e s2rios! dei6andocaro que não haveria perdão para ee$ Todavia! precisava #a,ê*a entender o que sepassara e di,er*he tudo$ < 3uase tudo o que he disse 2 verdade$ Apenas omitia)umas partes$ Fiquei /r#ão e meus tios aca'aram de me criar$ O que não sa'e! 2que o so'renome dees 2 O're)on! e que moram na 8idade do 126ico$ < 5Cdeperce'er que um ampe9o de reconhecimento 'rihou nos ohos dea! ao ouvir o nome$< %stive .! a9udando meu primo a #ormar um escrit/rio de advocacia votado para aassistência de pessoas carentes! como o meu! em 0ova or?$ %stive naquee 'aie! na+tima noite que passei .! de tanto meu tio insistir$ =i você che)ar com os =easco e ase)ui! porque não podia tirar*he os ohos de cima$

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%e 'aançou a ca'eça! suspirando! procurando paavras$< 0ão sei e6picar o que senti! mas você e6erceu uma atração irresist(ve so're

mim$ Fiquei #ascinado! intri)ado! curioso$ At2 presenciei a cena em que aquee su9eito)rosseiro he entre)ou o enveope$

Juie encoheu*se! revotada! sem quase poder acreditar no que ouvia$< %stava me espionando! como um man(aco$

< 0ão$ Foi por puro acidente$ %stava no terraço! tomando um pouco de ar e#u)indo do 'aruho! quando você saiu$ 0ão quis assust.*a ou a'orrecê*a! pensandoque o)o votaria para dentro$

%e parou de #aar! como se revivesse aquees momentos$< 1as você não entrou e aquee homem apareceu e 'em$$$ eu não sa'ia o que

#a,er e #iquei por ai$O des)osto no rosto dea era tão )rande! suspeita e descon#iança enchendo*he

os ohos! que ee teve medo de nunca poder des#a,ê*as$ Fe, um )esto de resi)naçãocom as mãos$ As paavras não a atin)iam$ O mehor a #a,er era aca'ar o)o comaquio$

< Depois! andei per)untando a seu respeito e! quando a vi no aeroporto! sa'ia

quem era e adivinhei o que estava #a,endo$ < %e perce'eu que seu tom de vo, setornava mon/tono! como se estivesse endo uma hist/ria em vo, ata$ < @esovia'ord.*a! pensando poder a9ud.*a! de modo que o 'e'ê não sa(sse pre9udicado$Depois! 9. em 0ova or?! #iquei sempre por perto! para ter certe,a de que TonI e vocêtam'2m permanecessem 'em$

< %m outras paavras! esteve me re)uando! não 2- Todo o nossoreacionamento não passou de um prete6to para que pudesse me vi)iar < ea #aou!como se estivesse cuspindo as paavras$

< 0o começo #oi reamente assim! mas depois as coisas mudaram e perce'i que)ostava de você$

Juie começou a rir de modo ,om'eteiro$< Oh4 >sso #oi antes ou depois de #a,ermos amor-< Bem antes$Andre" sentiu*se intimidado so' a in#uência da raiva dea! mas ouco para tom.*

a nos 'raços$ %a teria ideia do poder que e6ercia so're suas emoç7es-< Depois sua aiança com os O're)on #oi mais #orte que o idiota envovimento

emociona comi)o! #a,endo*o me trair$ < O sarcasmo na vo, dea era como umachicotada$ < Ou ser. que você e seus tios deviam a)um #avor aos =easco e meentre)aram como pa)amento da d(vida-

< 5are com isso4 < ee )ritou$ < 0ão a tra($ 0ão sei como #oi desco'erta! masenquanto você 'ancava a sereia! naquea 'anheira! #i, a)uma coisa para desvendar omist2rio$ Tee#onei ao meu primo 1i)ue! contei*he a hist/ria toda e pedi*he a9uda$Tem muito conhecimento na 8idade do 126ico! sei que vai desco'rir o #io da meada$ Oque acho 2 que #i, per)untas a a)uma pessoa errada! que correu a contar aos seusso)ros so're minha investi)ação$

Juie riu novamente! cheia de ,om'aria$< 3ue 'ea investi)ação4 Atirou*me na 'oca do o'o4 O que você #e, #oi pura

espiona)em$ 0ão me di)a que não pretendia usar a)uma su9eira que encontrasse$< 5retendia mesmo$%a ohou*o! assustada! e ee sentiu um tipo de satis#ação perversa por ver que

ainda podia atin)i*a de a)uma maneira$< %stava tentando a9ud.*a < ee insistiu$ < Tave, tenha mesmo #eito pape de

espião! cavando #undo na vida de vocês todos! esperando encontrar a)uma coisa quepudesse usar! mas contra os =easco$

< 5or quê- 3ua o motivo da repentina vontade de me a9udar- 8upa por termentido! por ter me usado e sedu,ido-

< Sedu,ir você- Usar você- de morrer de rir$ %u 2 que #ui usado$

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Andre" sacudiu a ca'eça! num )esto de descrença$< Sei que teve ra,7es para #a,er o que #e, < continuou! desviando o ohar do

rosto dea$ < 1as passou por cima de muita )ente! en)anou e mentiu sem remorsos$% isso! minha cara! não a torna muito 'oa,inha$

< 0unca devia ter con#iado em você < ea disse! com vo, trêmua$< 1as de que se arrepende- =ocê não con#iou em mim$ Tave, tudo #osse

di#erente! se con#iasse$Juie pareceu perder a pose! dei6ando as mãos inertes no coo e pendendo aca'eça$ %e pCde ver #ios de .)rimas escorrendo*he peas #aces$ =ê*a tão in#ei,!comoveu*o! trans#ormando a raiva em arrependimento peas paavras duras$

< Juie$$$ < ee chamou suavemente < Oh! Juie$$$Sem raciocinar! Andre" estendeu a mão para ea$ Os dedos tocaram a pee

sedosa de um dos om'ros e o choque daquee contato o a'aou! #a,endo*o dese9arsentir*he o corpo todo contra o seu$ 1as não podia cometer o mesmo erronovamente$ 0unca deveria tê*a possu(do! em primeiro u)ar$ Tinha que com'ater evencer o dese9o que crescia nee$ >ntimidade sem con#iança era a)o venenoso edestrutivo$ 5recisava! por2m! a'raç.*a! con#ort.*a e encontrar um pouco de pa, num

)esto de soidariedade e caor$ 5e)ou*a peas mãos e )entimente er)ueu*a$< 0unca tive a intenção de ma)o.*a$ 5or #avor! acredite em mim$Juie evantou a ca'eça! dei6ando que Andre" he visse os ohos mohados!

cheios de m.)oa! tão vuner.veis em sua 'ee,a$< 8omo 9amais poderemos acreditar um no outro- < ea per)untou! com vo,

quase inaud(ve$O 'ei9o! então! #oi inevit.ve e cheio de ternura$< 5ode crer nisso- < ee murmurou$ < 0a verdade desse 'ei9o-< 0ão sei se posso acreditar! Andre"! mas ainda posso sentir$ % o seu 'ei9o #oi

verdadeiro$%a enaçou*he o pescoço com os 'raços! e a toaha sotou*se! caindo ao chão$

Um )emido a'a#ado escapou dos .'ios dee quando sentiu o corpo nu apertar*se aoseu$ Fechou os ohos! procurando prender a m.)ica daquee momento$ Juie dei6ou aca'eça pender para tr.s! entre)ando*se aos .'ios que traçaram um caminho ardente!descendo*he pea )ar)anta e encontrando as reentr&ncias e curvas dos om'rosroiços e dos seios ri9os$ Andre" er)ueu*a com #aciidade e coocou*a na cama! ondeea #icou! #utuando num pano de e6istência onde s/ o amor e o dese9o importavam!onde e6istia apenas o homem que se despia e se deitava ao seu ado! apertando*acontra a ri)ide, de sua mascuinidade$ Juie correu os dedos peo peito muscuoso!apapou os om'ros ar)os e entre)ou sua #ra)iidade aos 'raços poderosos! mantendoo ohar preso ao dee! ma)neti,ada pea intensidade das emoç7es que via nos ohosverdes$ Andre" a 'ei9ou! a princ(pio com deicade,a! roçando os .'ios cheios erosados! para depois apro#undar*se nees em pai6ão verti)inosa$ Depois! a#astando*seda 'oca que o enouquecia! envoveu os seios provocantes com as mãos e os 'ei9ou!at2 que Juie sentiu*se des#aecer de pra,er! pu6ando*o so're si! )uiando*o nocaminho que os evaria ao ê6tase! entre paavras incoerentes e 'ei9os oucos$

Andre" continuou a'raçado a Juie! sentindo*he os seios macios no ritmo suaveda respiração$ %ra 'om que pudesse dormir! pois quem sa'ia o que os dias se)uintespoderiam tra,er! e6i)indo toda sua ener)ia$ %e tam'2m precisava dormir! mas oe6tremo cansaço e o ac+muo de preocupaç7es o estavam dei6ando insone$ Seriamaravihoso se aquee inter+dio pudesse #a,er a)uma di#erença no reacionamentodees! cheio de a)ress7es e acusaç7es m+tuas! mas ee duvidava$ Ainda havia um)rande a'ismo entre ees! cavado por mentiras e descon#ianças! e um 'reve contato#(sico não superaria a dist&ncia$ Apenas o amor! isento de quaquer sentimento dem.)oa! o conse)uiria$

%e a amava$ Disso não podia haver d+vidas$ 1as não podia di,er! com penahonestidade! que seria #.ci esquecer tudo e recomeçar! enterrando o passado para

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sempre$ %ra di#(ci aceitar decepç7es provocadas por pessoas amadas! trans#ormadasem verdadeiros (doos que! ao mostrarem os p2s de 'arro! causavam uma #rustraçãodoorosa$ Sa'ia que precisava modi#icar*se! aceitar a imper#eição natura de cada serhumano! sem desapontamento e6a)erado$ Outro de#eito seu! e de que tinha competaconsciência! era o de partir para o ataque toda ve, que se sentia ameaçado ou #erido$

>sso tornaria di#(ci um con#ronto civii,ado com Juie$ 3uaquer tentativa de

escarecer a situação aca'aria em 'ataha$ ostaria de sa'er at2 que ponto duaspessoas poderiam #erir*se e manter vivo o amor$ Juie e ee haveriam utrapassado oimite! tornando imposs(veis o esquecimento e o perdão- Acançar o verdadeiro amorera uma tare#a espinhosa! que e6i)ia #e6i'iidade e devoção! a2m de um enormedese9o de preservar o sentimento! )uardando*o com cuidado$ Desde que não podiasa'er o que se passava! e6atamente! na ca'eça da muher que amava! usar de /)icapara resover os pro'emas seria in+ti$ Tinha medo de a)ir! tentando endireitar ascoisas e tornar tudo pior$ Teria de esperar para ver o que aconteceria$

Deicadamente! Andre" a#astou*se e saiu da cama$ Foi nas pontas dos p2s! noescuro! dar uma ohada no 'e'ê$ 8om ternura! a9eitou as co'ertas$ TonI virou*se! nosono! chupando os dedinhos ruidosamente$ O coitadinho #icara tão cansado que

dormira direto! puando duas re#eiç7es! mas era 'em prov.ve que o)o despertasse!e6i)indo aimento$ O que dar : criança era a)o concreto com que se preocupar! umo'9etivo em que concentrar os pensamentos$ =otou para o quarto e vestiu*se emsiêncio$ Ao sair! parou no meio do caminho! decidindo se deveria ou não dei6ar um'ihete! aca'ando por achar que não havia necessidade$ Andando peo corredor queevava aos eevadores! ee pensava que seria prudente comprar a)umas em'aa)ensde suco! 'iscoitos e v.rios pacotes de #radas descart.veis$ Fe, e re#e, uma istamenta! preparando*se para as compras$ Tave,! quando votasse! #osse capa, dedormir$

Juie acordou assustada! na cama va,ia$< Andre"4 < ea chamou! 'ai6inho$ 0ão rece'endo resposta! evantou*se$ A

porta do 'anheiro estava a'erta e não havia u, . dentro$ Apanhou a toaha ca(da nochão e enroou*a no corpo antes de diri)ir*se : saa$ < Andre"4

0ão veio resposta! da saa :s escuras$ TonI reme6ia*se na cama improvisada! oque era sina de que acordaria o)o$ Sem o menor ru(do! votou para o quarto!apanhou as roupas e entrou no 'anheiro$ %stava meio tonta de sono$ Um 'anho dechuveiro a despertaria competamente! preparando*a para cuidar do 'e'ê! que deviaestar ensopado e #aminto$ =estiu as roupas amassadas e i)eiramente su9as! #a,endouma careta$ %nquanto escovava o ca'eo em'araçado! ohou*se no espeho! notandoas oheiras escuras e o ar cansado$ 0ão conse)uia ima)inar por que motivo Andre"sa(ra$ %stando cansado como estivera! era de esperar que não dese9asse dei6ar oquarto$ De repente! ea parou com a escova no ar! encarando sua pr/pria ima)em noespeho! vendo uma horr(ve suspeita encher*he os ohos$

0ão queria nem pensar na possi'iidade que dia'oicamente he sur)iu na mente!mas a ideia terr(ve teimava em permanecer$ Andre" podia tê*a #eito cair numaarmadiha! em'ora he doesse ima)inar que pudesse ter sido capa, de ta 'ai6e,a$5or2m! depois de tudo! não devia con#iar nem na pr/pria som'ra$ 8om um arrepio demedo! dei6ou cair a escova no )ranito do toucador e correu para a porta! atin)ida poruma s+'ita necessidade de ver o #iho$

CAPÍTUL "!

0a escuridão! um 'raço atin)iu*a no peito! dei6ando*a sem #Ce)o$ 3uandoconse)uiu recuperar*se o 'astante para utar ou )ritar! uma pesada mão caiu*he

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so're o nari, e a 'oca$ 8ravou as unhas no 'raço e na mão que a se)uravam! masnada conse)uiu$ Sem poder respirar! arre)aava os ohos no escuro! tentando verquem a atacava! presa de um terror indi,(ve$

< Se eu tirar a mão! promete #icar quieta e #a,er o que he mandar-Desesperadamente! ea 'aançou a ca'eça! concordando$ A #ata de o6i)ênio 9.

he dava verti)ens! e ea parecia ver mih7es de estreas cooridas e6podindo no

c2re'ro$ A mão sotou*se e ea #icou a)uns se)undos arque9ante! tentando encher ospum7es de ar$ A &mpada do teto #oi acesa e a)u2m 9o)ou*a na cama$< Fique a( sentada! e de 'oca #echada < =innie disse$Tra,ia a ca'eça enroada em 'anda)ens! e um dos ohos estava ro6o$ 5eo ohar

venenoso que ee he ançou! Juie pCde perce'er que a raiva! por ter sido )opeado!era enorme$ Berto entrou no quarto! vindo da saa$ %e tam'2m parecia #urioso$

< Onde est. o seor advo)ado-A mente dea pCs*se a #uncionar numa veocidade verti)inosa! pesando as

possi'iidades! tentando desco'rir se seria mehor di,er a verdade ou inventar umahist/ria$ 3ua das duas aternativas he daria mais chance de escapar! ou! peo menos!)anhar tempo- Dei6.*os acreditar que ee votaria de um momento para outro

mehoraria ou pioraria as coisas- Tentou ima)inar o que #ariam se hes dissesse queAndre" não votaria$< Di)a*me4 < rosnou Berto! 'rincando de modo ameaçador com o rev/ver$< 0ão sei < ea #inamente admitiu$< 8omo! não sa'e- < =innie )ritou$O companheiro ohou*o$< 3uer acordar a cidade inteira! seu est+pido- Fae 'ai6o4=innie encoheu*se! dando um sorriso de quem pedia descupas$ Os dois a

encararam! enquanto ea começava a chorar$< %e me a'andonou4 < disse! entre souços$ < Tivemos uma 'ri)a! ee #icou

muito ,an)ado e votou para 0ova or?! di,endo que não se incomodava com o quepudesse me acontecer$

Houve um momento de siêncio! enquanto os homens di)eriam a in#ormação$< % a)ora- 5odemos esquecê*o! Berto-Juie arriscou uma espiada e perce'eu que o manda*chuva parecia indeciso$< 8ae a 'oca! 'ai6inho$ 0ão posso pensar! com você miando em vota$Os souços diminu(ram e ea continuou com sua #arsa$< 0ão sei por que não o dei6ei a)emado! no meu apartamento$ Se sou'esse

que iria me a'andonar covardemente! 9uro que o teria #eito$ Aposto como tee#onou avocês! di,endo onde est.vamos$

< 0ão$ %ste ne)/cio #oi de primeira casse$ %e tee#onou para um parente! no126ico! e havia a)u2m na escuta! como nos #imes de detetive < =innie apressou*seem e6picar$

< Se você #icasse com a madita 'oca #echada! acho que seu c2re'ro #uncionariamehor < Berto e6podiu$

< O que vamos #a,er- A)emar a dona e esperar! para ver se o outro aparece! ouo quê-

< Antes de tudo! vamos mandar o nio para o avião e para a en#ermeira$ Depois#aremos nosso tra'ahinho e6tra$

< O que #aço! então- A)emo ou não-

< %stou pensando$ 0ão con#io em dei6.*a aqui com você at2 eu votar$ =ocê 2'urro demais$ < Berto #ran,iu a testa e coçou o quei6o$ < 1as tam'2m não posso#icar com ea e mand.*o ao aeroporto! porque entre)ar a criança 2 uma tare#adeicada demais para dei6ar por sua conta$

Berto começou a passear de um ado para outro! at2 que ohou para Juie e=innie com ar vitorioso$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

< J. sei4 =ocê a(! dona! arrume as coisas do )aroto 2 vista*o para sair no #rio$=amos todos dar uma vota para conhecer a inda cidade$

%a 9untou as poucas #radas que haviam so'rado e as roupinhas de TonI!coocando*as numa sacoa$ 8omeçou então a vesti*o num macacão acochoado comp2s e capu,! dando )raças por ee não haver acordado e esperando que nãoescohesse aquee momento para #a,ê*o$

< %u carre)o o nio < Berto anunciou$Juie en)oiu os protestos e tirou o #iho de sua cama de co'ertores$ 1ostrou aBerto como carre).*o! aconche)ado ao peito! para que não acordasse$ 5or #im!coocou um co'ertor so're o 'e'ê! dei6ando*o quase totamente escondido! e vestiu opesado casaco de marta$

< Se)ure*a 'em < Berto ordenou a =innie$ < % mantenha a arma nas costeasdea$ 8om esse )rosso casaco de pees! não vai dar para notar$

3uando che)aram ao t2rreo e sa(ram do eevador! Juie ohou em vota$ Havia)rupos de pessoas aqui e ai! rindo e conversando! ou andando peo corredor on)o epesadamente carpetado que evava ao cassino$ 0ão tinha a menor ideia da hora! masnum am'iente como aquee! que tinha o maior movimento : noite! nin)u2m acharia

estranho ver uma muher! dois homens e um 'e'ê saindo$ Ai.s! não seriam nemnotados$=innie a)arrou*a peo 'raço e coocou o rev/ver entre ees$ %a respirou #undo e

começou a andar$ Ohou para Berto! que evava TonI de encontro ao peito$ So' o)rosso co'ertor! a criança não sentiria #rio! mesmo quando sa(ssem para a rua$ Haviaparado de ima)inar onde Andre" poderia estar$ Aquio não mais importava$ %a iaperder o #iho$ >am evar seu 'e'ê em'ora! e ea não via meio de impedir$ 3uando eeestivesse do outro ado da #ronteira e so' os cuidados dos =easco! pouca chancehaveria de recuper.*o$ S/ havia um consoo$ A en#ermeira que o evaria teria sidoescohida por sua competência e aquees dois monstros sa'iam muito 'em quanto omenino vaia$ =eariam por sua se)urança! nem que #osse apenas por sa'er que semee não haveria dinheiro$ 0ada de mau aconteceria ao seu #iho! s/ que ee não seriamais dea! não mais se a)arraria :s suas pernas! tentando andar! nunca mais achamaria de mamã$ Um torpor a invadiu! dei6ando*a va,ia de quaquer sensação quenão #osse a dor de estar vendo TonI sendo evado para on)e$

O ar #rio! vindo do mar! chicoteou*he o rosto quando sa(ram para a caçada$ Asnoites de 9aneiro eram #rias demais para passeios rom&nticos! e assim a rua estavacompetamente deserta$ 8aminharam em siêncio! acompanhados peo murm+rio dasondas que se que'ravam na praia! a poucos metros dees! açoitados peo vento)eado que vinha do mar$

< Aqui est. 'om < disse Berto! parando de repente$L #rente dees er)uia*se um edi#(cio que avançava para a areia! interrompendo a

visão da praia$ O homem que carre)ava TonI incinou*se para o outro e disse*hequaquer coisa no ouvido! que ea não pCde ouvir$

< %spere a(4 < =innie protestou$ < 0ão vou #a,er isso so,inho$ %stamos 9untosneste ne)/cio$

0ovamente o outro cochichou a)umas paavras$< Sim! eu sei < respondeu =innie$ < Sei que vai render mais e #iquei

entusiasmado com a id2ia! mas como podia$$$A hesitação do 'ai6inho irritou o comparsa! que se conteve! continuando a #aar

'ai6o! para que Juie não o ouvisse$ %a esperava! an)ustiada! dese9ando que eesaca'assem o)o com a discussão! de modo que TonI pudesse ser evado rapidamentepara as mãos e6perientes da en#ermeira$ 0ão con#iava na paciência e ha'iidade deBerto! que não sa'eria idar com uma criança #aminta e chorona$ 5ara o 'em de TonI!era 'om que dormisse at2 ser entre)ue a quem cuidaria dee direito$

< %st. 'em! est. 'em < =innie concordou! por #im$%a sentiu*se empurrada! enquanto o 'ai6inho he ordenava! rispidamente! que

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descesse os de)raus at2 a areia$< % cuidado com o que vai #a,er! dona$ %stou 'em atr.s de você e esta arma não

2 de 'rinquedo$%ntão era isso$ Berto queria que #icassem esperando na praia! enquanto evava o

'e'ê$ Teve de admitir que a ideia #ora muito 'oa$ Jamais a)u2m a ouviria! por maisque )ritasse! pois quaquer som seria a'a#ado peo 'aruho da arre'entação$ Deu uma

+tima ohada para o #ardo nos 'raços de Berto e desceu para a praia! com a doorosasensação de que o coração se trans#ormara numa pedra$< Dê a vota < =innie mandou! indicando o edi#(cio$%e queria que ea rodeasse o pr2dio! de modo que não #ossem vistos da caçada$

O vento os #usti)ava sem piedade! e ea pensou que! quanto mais perto da .)uache)assem! mais #rio #icaria$ A caminhada tornou*se di#(ci! com os p2s a#undando naareia #o#a e o vento tirando*hes a respiração! mas ea não sentia o descon#orto!pensando no #ihinho que se #ora$

< 5ode parar < o 'andido instruiu$Juie o'edeceu e ouviu que ee he )ritava a)uma coisa! mas não podia ouvir as

paavras$

< 0ão posso ouvi*o < )ritou$< Tire o casaco$%stavam a poucos passos da .)ua e o vento tomara*se )eado$< 5ara quê-=innie acercou*se! coocando o rev/ver 'em perto do rosto dea$< %stou mandando$ Tire o casaco48om o coração aos puos! ea perce'eu que uma terr(ve suspeita a invadia$ 0ão$

;eti,ia não poderia ter che)ado a ta e6tremo$ O homem a ohava com e6pressão deco'ra$ 1esmo no escuro ea podia ver o 'riho mai)no nos ohos que a #itavam!perversamente$

< 0ovas ordens! dona$ 1ais dinheiro$ < %a não respondeu! #echando mais ocasaco! como se aquio a pudesse prote)er$ < 0ão vai me o'edecer- < ee 'errou$ <Tire o a)asaho4 < 0ão havia outro 9eito$ Dei6ou o casaco cair na areia$ < A)ora andepara dentro da .)ua$

%m desespero! tentando )anhar tempo! ea continuou parada! ohando*o$< Berto não #oi muito esperto < ar)umentou$ < O corpo ser. encontrado com

#aciidade$< %e #oi sa'ido! sim < =innie protestou$ < Sa'e o que vão pensar- 3ue com o

sequestro da criança e o a'andono do namorado! você não pCde mais suportar a vidae$$$ < %e rematou a #rase com uma risada )rosseira! 'aançando aquee horr(verev/ver 'em perto do rosto dea! que desviou o ohar! encarando a escuridão da .)ua)eada que se estendia diante dees$

=innie espamou a mão )orda e empurrou*a$ A .)ua entrou nos sapatos!dei6ando*a arrepiada$

< =. em #rente ou eu atiro$ 0ão vai #a,er di#erença$ O que interessa 2 quea)u2m est. tão ouco para ivrar*se de você! que vai #orrar meus 'osos de dinheiro$

Andre" estava desnorteado! sem sa'er o que #a,er$ Havia votado da rua! cheiode pacotes e! ao entrar no hote! vira Juie saindo do eevador com os dois 'andidos$%a parecera e6tremamente p.ida e a'aada! ohando com ansiedade para TonI! todoem'ruhado! nos 'raços de Berto$ =encera o choque e escondera*se atr.s de a)unsvasos imensos que en#eitavam a entrada$ Dei6ara cair os pacotes e! cauteosamente!começara a se)uir a estranha comitiva$ 8omo aquees pahaços haviam conse)uidodesco'ri*os! era um mist2rio$ Acompanhara*os para #ora do hote e pea caçadaescura que mar)eava a praia! mantendo 'oa dist&ncia para evitar ser visto$

A mente! num verdadeiro tur'ihão! procurara #ormuar um pano$ Seriaimposs(ve procurar a9uda sem perdê*os de vista! portanto optara por #a,er o que

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pudesse! so,inho$ Tentara adivinhar as intenç7es dos dois ma#eitores! sem atinar comuma resposta$ Teria sido muito mais simpes dei6ar Juie amarrada e amordaçada noapartamento do hote! mas haviam decidido ev.*a com ees$ 5or quê- Tave,houvessem achado que ea conse)uiria mais uma ve, #rustrar*hes o pano! se #icasseso,inha! escohendo mantê*a so' o'servação at2 o +timo minuto$

%m um certo momento! Berto e =innie haviam parado de andar! dando a

impressão de estarem con#a'uando$ A discussão terminara e ee vira Juie e o'ai6inho descerem os de)raus que evavam : areia$ O que estaria acontecendo! a#inade contas- A cena #icara mais incompreens(ve quando Berto atravessara a rua!evando TonI para outra direção! tave, a caminho do aeroporto$ Sentindo*se numaencru,ihada! parara para pensar no que seria mais convenienteG se)uir Juie ou iratr.s de Berto$ 5ensara que uma mãe! em seu u)ar! tentaria tirar o 'e'ê dosequestrador e aquio o decidira! #a,endo*o acompanhar o homem que evava TonI$

A certa atura! Berto entrara num cassino! tave, com a intenção de chamar umt.6i! usando um dos tee#ones p+'icos$ O primeiro impuso de Andre" #ora entraratr.s e! quando estivera para empurrar a porta de vidro! um pensamento ditado peaintuição o #i,era parar$ =otara*se! ohando para o u)ar onde vira Juie descendo para

a areia da praia! com =innie$ =otara atr.s! tomado de um ne)ro pressentimento!ima)inando o que estaria acontecendo$ Acançando a caçada da praia! tentoudistin)uir vutos ou movimento na #ai6a de areia! mas a escuridão era competa$ Oedi#(cio4 Sim! =innie poderia ter condu,ido Juie . para tr.s! onde estariamescondidos$ Descera os de)raus correndo e rodeara o pr2dio$

0enhum ru(do! a2m do sopro do vento e do maruho das ondas$ Andando maisum pouco! acançara o +timo &n)uo do edi#(cio e então os vira$ Duas som'rasescuras e um vuto estendido no chão$ O coração disparara e ee correra para a cena$Fei,mente! o voume que vira no chão era apenas o casaco$ Juie estava na .)ua!com as ondas 'atendo*he na atura da cintura$ %a utava por manter o equi('rio!atin)ida peo vento #orte e pea .)ua )eada$ Ohava para a imensidão do mar : sua#rente! totamente inconsciente de sua presença$ @apidamente! apro6imou*se$8ontava com o #ator surpresa! pois =innie o'viamente não esperava nenhumainter#erência! a2m do quê! as trevas o prote)iam e o 'aruho do vento e do mara'a#avam o som dos passos$ >mporando mentamente para que Juie a)uentassemais a)uns minutos! ançou*se :s pernas de =innie 9o)ando*o na areia$

A arma voou para on)e! tornando a uta menos peri)osa para Andre"! quecontava apenas com as pr/prias mãos$ Durante v.rios minutos! roaram no chão!)opeando*se! cada um procurando pontos vuner.veis no corpo do advers.rio! at2que o 'andido conse)uiu encontrar o pescoço de Andre"! começando a apert.*o$ 0auta! haviam se apro6imado do rev/ver ca(do então! sa'endo que não havia outraaternativa! Andre" esticou o 'raço! tentando acanç.*o! 9. com di#icudade pararespirar! so' o aperto de #erro do outro$ As unhas se enterravam na areia! no es#orçodesesperado para acançar a arma$ 0ão ia conse)uir! 9. tonto pea #ata de ar! com a)ar)anta em #o)o$ >mpusionado peo instinto de conservação e pea visão que tiverada muher amada utando contra as ondas impac.veis! contorceu o corpo num +timoes#orço e! quando pensou que tudo estava perdido! sentindo a vista anuviar*se!perce'eu que os dedos acançavam o rev/ver$ A)arrou*o e )opeou o rosto de =inniecom a coronha! com toda a #orça que he restava$ O aperto em seu pescoço cessou eo 'andido caiu para o ado! )emendo e com as mãos no rosto$

Andre" er)ueu*se com di#icudade! procurando respirar #undo! ao mesmo tempoem que se)urava a arma com #irme,a! apontando*a para o homem no chão$

< ;evante*se < disse com vo, rouca! sentindo a )ar)anta doer$=innie o'edeceu! com os ohos )rudados na arma$< =. 'usc.*a < Andre" continuou$Sem perce'er o que se passava atr.s dea! na praia! Juie havia sucum'ido :

#orça das ondas! sendo roada de um ado para outro$ 0ão rea)iu quando =innie

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a)arrou*a! #orçando*a a #icar em p2! começando a arrast.*a para #ora$ Acançando ou)ar mais raso! onde as ondas re#u(am! o homem dei6ou*se cair! com os dentes'atendo de #rio$ Andre" correu para ees! perce'endo que Juie estava quieta demais!tave, desmaiada! ou! nem era 'om pensar! morta$ Teve o dese9o de ançar*se so'reea para aquecê*a! veri#icar se respirava! mas precisava manter a cama se quisesseconservar =innie so' a mira do rev/ver! evitando que ee readquirisse o dom(nio da

situação$< 8arre)ue*a at2 a caçada$< 0ão vou a)uentar$< A,ar seu! porque se não conse)uir ev.*a! vou ter de mat.*o < Andre"

ameaçou$ Aqueas paavras 'astaram para que o pati#e reencontrasse #orças$ %r)ueuJuie nos 'raços! 9o)ando*a so're um dos om'ros e se)urando*a peas pernas$Arrastou*se! então! at2 acançarem o edi#(cio que rodearam! su'indo! a se)uir! osde)raus que evavam : caçada! sempre com Andre" apontando*he a arma$ < Deite*a naquee 'anco$

Andre" dei6ou o casaco de pee! que apanhara no caminho de vota! cair!mandando que =innie o apanhasse e co'risse Juie$ %stava demasiadamente nervoso!

vi)iante para que o homem não o apanhasse desprevenido! tirando*he a arma!ansioso peo estado #(sico de Juie! e pensando se teria cora)em de pu6ar o )atiho se#osse necess.rio! sendo! como era! contra a vioência$

< Dê*me as a)emas < ee ordenou! assim que viu a #orma im/ve so're o'anco a)asahada$

0aquee instante! ea começou a tossir! meio su#ocada$ Sa'ia que se #i,esse ummovimento para a9ud.*a! o verme aproveitaria a oportunidade para atac.*o$

< As a)emas4 < )ritou! #a,endo um )esto ameaçador com o rev/ver$ <Trêmuo! =innie tirou*as do 'oso$ < 8ooque uma em seu puso$

@eutantemente! o criminoso prendeu a ar)oa de meta no puso esquerdo$Andre" pensou um pouco so're como deveria proceder a se)uir$ A poucos passos dai!começava uma )rade de proteção que corria ao on)o da caçada! separando*a da#ai6a de areia! o que he deu uma id2ia$

< Jo)ue as chaves no chão$ < =innie o'edeceu! resmun)ando! perce'endo quesuas chances de escapar diminu(am a cada minuto$ < A)ora! prenda o outro ado dasa)emas naquea )rade de proteção$

8om um ohar onde se ia a #rustração da derrota! =innie prendeu*se : )rade$Andre" 9amais poderia descrever o a(vio que o inundou$ %stavam ivres do pati#e$Jo)ou a arma no chão e correu para Juie! tomando*a nos 'raços! sentindo*amortamente #ria e quase inconsciente$ A respiração parecia re)uar! em'ora eatossisse um pouco! tave, por causa da .)ua sa)ada que devia ter he irritado a)ar)anta! em'ora! #ei,mente! não houvesse invadido os pum7es$ %r)uendo*a nos'raços! mantendo*a co'erta com o casaco! ee correu para o caor e a se)urança docassino mais pr/6imo$ 3uando empurrava a porta de vidro para entrar no vest('uo'rihantemente iuminado! ea reco'rou a consciência competamente$

< 5onha*me no chão < ea pediu$Ohando em vota! ee desco'riu um so#.! para onde se diri)iu$ Ao vê*a #icar

sentada! com o corpo ereto! ee rea6ou um pouco$ %a estava 'em! apesar de p.ida!des)renhada e de ohos vermehos e acrime9antes$

< 5ode #icar so,inha um instante- Tenho de chamar a po(cia$< 0ão4 < %a continuou a #aar! mas a vo, estava #raca demais$ %e teve de

curvar*se so're ea para entender as paavras$ < 0ão chame a po(cia$< 5or que não! Juie-< %es #ariam mi per)untas! tave, nos se)urassem at2 de manhã! e não h.

tempo a perder$ Temos que che)ar ao aeroporto antes que evem TonI$< =ou arrumar um pouco de ca#2 quente! então! e uma toaha$< 0ão4 < %a er)ueu*se do so#.$ < 0ão podemos esperar mais$

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A'raçando*a para a9ud.*a a caminhar! Andre" ima)inou se adiantaria irem at2 oaeroporto$ Tave, o avião 9. tivesse partido e! de quaquer #orma! Berto não sedei6aria vencer #acimente$ Dei6aram o cassino! atraindo ohares curiosos e #i,eramsinais para v.rios t.6is! at2 que um dees parou$ O motorista ohou para Juie!espantado$

< 0ão est. um pouco #rio para nadar! moça-

>)noraram*no! e Andre" mandou*o ir a toda pressa para o aeroporto! pedindo*he que i)asse o aquecimento do carro! no m.6imo$Juie nunca sentira tanto #rio na vida$ 0ão conse)uia parar de tremer

vioentamente! tendo a impressão que havia )eo dentro dea$ 0ão pensou! nem porum instante! que poderia #icar seriamente doente! preocupada apenas em acançar oraptor do #iho$ 3ueria TonI de vota desesperadamente! achando que não vaeria apena viver! se o perdesse$

< 0ão vou me aquecer! com estas roupas mohadas$ 5reciso tir.*as$ 3uer mea9udar- < %e #e, um )esto a#irmativo! mas ohou*a com ar intri)ado$ < Se)ure ocasaco na minha #rente! como uma cortina < ea e6picou$

Dentro de poucos instantes ea estava ivre das roupas ensopadas$ 8om muito

 9eito! para não e6por o corpo ao motorista! que ohava curioso peo espeho retrovisor!ea vestiu o casaco so're a pee nua e a'otoou*o at2 o pescoço$ Sentiu*se 'em me*hor! perce'endo que aos poucos se aquecia$

8he)aram ao aeroporto! en#im! para terem uma )rande decepção$ TonI se #ora$%a #icou on)o tempo ohando para o c2u escuro! com .)rimas escorrendo peo rosto!esperando que o #iho #i,esse uma via)em se)ura e que a en#ermeira o tratasse comcarinho$ 8onsoou*se! di,endo a si mesma que 8hristina estaria : espera do so'rinho!pronta para apert.*o nos 'raços e dar*he amor$ 5u6ando*a para si! Andre" en6u)ou*he as .)rimas com as pamas das mãos! ternamente$

< 8ama! querida$ =amos pensar nos pro'emas imediatos$ 5ara sua se)urança!e minha tam'2m! acho mehor au)armos um carro$ 3uanto menos aparecermos emp+'ico! mehor ser.$

< 0ão vamos comunicar o rapto :s autoridades-< 0ão acredito que conse)uir(amos a9uda de uma autoridade disposta a

en#rentar uma #am(ia in#uente e peri)osa de outro pa(s$ 0ão vai adiantar procurara9uda e)a! compreende o que quero di,er-

Juie concordou! para evitar maiores e6picaç7es que não estava conse)uindoentender$ @epentinamente! sentia*se #e'ri e tonta! como se #osse desmaiar$ %e aohou atentamente$

< =ocê est. precisando de uma cama$ =ou au)ar um carro! então poder. dormirno caminho$

< 0o caminho para onde-< 0ova or?$ 0ão h. u)ar mehor para passarmos desperce'idos$ ;. teremos

sosse)o para estudar o que #a,er$O que ee di,ia #a,ia sentido$ 5recisavam! a todo custo! manter*se em se)urança!

para que pudessem utar por TonI$< 5or #avor! não #aça mais chamadas tee#Cnicas$ < Sem sa'er onde ea queria

che)ar! Andre" ohou*a! espantado$ < O tee#onema que deu ao seu primo nosentre)ou$

< 1i)ue não seria capa,$$$< Acho que não! mas o tee#onema #oi interceptado$< 8omo sou'e disso-< =innie #aa demais$ 5er)untei*he se #ora você quem tee#onara avisando onde

est.vamos e ee contou a hist/ria toda! )a'ando*se de terem #eito um tra'aho deprimeira casse$

< %ntão você achou que eu seria capa, de tra(*a dessa #orma-< Sim < ea respondeu com triste,a$ < %m'ora não quisesse acreditar em ta

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coisa! não pude evitar de pensar$Andre" #icou de ca'eça 'ai6a! por um momento$< 0ão adianta! não 2- < ee per)untou em tom desanimado$ < 0unca

conse)uiremos con#iar um no outro$5erce'endo o so#rimento que he causara! ea não achou paavras para ameni,.*

o$ Havia sido sincera! con#essando que duvidara dee! mesmo não querendo$ 0ão

podia ne)ar a verdade s/ porque o #eria$< =amos procurar um u)ar para descansar < ea disse! #inamente$ < 0ãopoderemos a9udar TonI se cairmos de cansaço$ < Andre" nada comentou! parecendo#ati)ado e in#ei,$ < H. quanto tempo não dorme- < Juie per)untou! com )entie,a$

%e deu de om'ros! como se aquio não tivesse import&ncia$ 1udou de assunto!comentando como haviam tido sorte! a#ina$ %e che)ara ao hote 'em a tempo de vê*a saindo com os dois 'andidos! e nem queria pensar no que teria acontecido se! emve, de se)ui*a e a =innie at2 a praia! tivesse ido atr.s de Berto$

< 3uero ver os =easco pa)arem 'em caro por tudo isso < ee competou$0a mente dea havia uma per)unta que não podia #icar sem resposta! mesmo

que para conse)ui*a tivesse que ma)o.*o outra ve,$

< Onde #oi quando saiu do hote-%e a ohou! 'revemente$< Achei que o 'e'ê ia acordar com #ome! e como não conse)uia mesmo dormir!

sa( e #ui #a,er compras$ A)u2m deve ter achado dois pacotes cheios de 'iscoitos!papinhas e #radas descart.veis no vest('uo do hote$

< Descupe$< 0ão #a, ma$ %stou começando a me acostumar com suas suspeitas! Juie$ %m

siêncio! a'andonaram o aeroporto! tomando um t.6i para irem at2 uma a)ência deau)ue de carros$

0o caminho! Andre" mostrava*se preocupado! quase an)ustiado$< =ocê acha que TonI est. assustado- < ee per)untou! por #im$1ais uma ve,! a preocupação e o carinho que ee demonstrava pea criança a

sensi'ii,aram$< Tenho certe,a de que est. 'em$ Os =easco nunca contratariam uma

en#ermeira que não #osse per#eita$ Sei que vai mantê*o ae)re e con#ort.ve$ < Juiehe sorriu! querendo que partihasse de sua con#iança$ < 0ão ouviu o que disseram noaeroporto- < ea continuou$ < 3ue haviam partido num 9ato particuar- 0este e6atomomento! TonI est. des#rutando o con#orto proporcionado peo dinheiro! semnenhuma preocupação$

< %spero que sim < ee disse 'ai6inho$< %e ser. 'em tratado pea #am(ia$ A atmos#era . não 2 das mehores! mas

TonI 2 o herdeiro dese9ado! uma esp2cie de pr(ncipe para ;eti,ia$< =ocê não os odeia-< 0ão$ 1esmo porque! posso apostar que tudo isso #oi ideia apenas de ;eti,ia$

%a parece ouca$< % os outros não a impedem de #a,er oucuras-< At2 a)ora! nin)u2m teve cora)em de en#rent.*a$< Acha então que ea quer o )aroto a todo custo! apenas por ser o continuador

da inha)em-< Tenho certe,a$ Se TonI #osse uma menina! ea não moveria uma paha para

encontr.*o$< 3ue a'surdo4 8omo pode a)u2m che)ar a e6tremos por causa dessa questão

de san)ue! nome! inha)em-< %ssas são as +nicas coisas que reamente importam : minha so)ra$3uando #inamente conse)uiram au)ar um )rande sedã! Juie estava com muita

#e're para preocupar*se com o #ato de que Andre" teria de diri)ir o tempo todo!mesmo estando e6austo$ Ao che)arem : autopista! rumo ao norte! ea 9. dormia no

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

'anco de tr.s! indo acordar apenas quando 9. se divisava o per#i de 0ova or? nohori,onte$

CAPÍTUL "!!

< Acordou- < Andre" votou*se para Juie! desviando por um instante a atençãoda estrada$

< Onde estamos- < %a er)ueu*se so're um cotoveo no 'anco de tr.s doautom/ve au)ado$

< 8he)ando$%a puou para o 'anco da #rente e encostou o rosto no vidro para o'servar o

movimento sempre crescente em direção : cidade! aca'ando por cochiar$ 3uandoa'riu os ohos novamente! estavam che)ando a um u)ar que não identi#icou$

< 5arece as redonde,as de um aeroporto$< Sim < ee con#irmou$ < ;a uardia$ =amos dei6ar o carro no estacionamento!para despist.*os! se por acaso desco'rirem nosso rumo$ Depois! como seestiv2ssemos desem'arcando! tomaremos um t.6i para um hote$

< %st. #icando cheio de truques$< ! depois que a conheci! minha vida tomou*se mais movimentada que um

#ime de espiona)em$ < Andre" estacionou e! quando caminhavam para um dos ter*minais! teve uma ideia$ < H. um 'om hote aqui mesmo! perto do aeroporto$ Achoque não precisamos ir on)e! não 2-

< caro que não$ 3uero que v. para a cama o mais r.pido poss(ve$ Deve estarmorto de sono! não-

< 3uase$

0o hote! Andre" tomou um on)o 'anho rea6ante e #oi direto para a cama$ S/então Juie entrou na 'anheira cheia de recon#ortante .)ua quente! sentindo*se aindaum pouco #e'ri e com muitas dores no corpo$ 5or2m! o que mais he do(a era aausência do pequenino TonI$ 5ara a#u)entar a em'rança das horas terr(veis quehaviam #icado para tr.s! ocupou*se! massa)eando os 'raços e pernas dooridas com aescova de 'anho! e avando o ca'eo$ 0ada tinha para vestir! a não ser o casaco demarta! assim coocou*o ao sair do 'anheiro$ 5enteou*se com cuidado! prendendo osca'eos mohados$ Andre" dormia pro#undamente quando ea saiu do quarto$ %e #oracaro ao avisar que não a queria andando so,inha! mas como podia #icar sem roupas-

Se precisassem ir para a cidade do 126ico! ea não teria nada para usar! a2m deum par de sapatos arruinados pea .)ua e um u6uoso casaco de pee$ 0ão haveriapro'ema em sair para #a,er a)umas compras$ Fora 'astante esperta e previdentequando resovera )uardar todo o dinheiro que possu(a num 'oso interno do casaco$Assim! ao ser evada para #ora do apartamento daquee hote em Atantic 8itI! não operdera$ %ntrou num t.6i! pedindo ao motorista que a evasse ao shoppin) maispr/6imo$ Demorou*se! escohendo roupas e sapatos! arti)os de toaete! a)umaspeças (ntimas$ 8omprou 9eans e camisas para Andre"! 'aseada apenas nao'servação! pois não tinha a m(nima id2ia do n+mero que ee usava$

O movimento #e, com que ea se sentisse mais animada$ Ficar parada he davauma sensação de inutiidade que a desesperava! como se estivesse perdendo tempo edei6ando que o #iho se distanciasse cada ve, mais$ 0ovamente! chamou um t.6i evotou ao hote$ 0o tempo que passara on)e de Andre"! #a,endo as compras! umaid2ia começara a )erminar$ Uma id2ia que crescera! indicando*he o caminho a se)uir$Sa'ia o que precisava #a,er! em'ora não estivesse se)ura de que poderia #a,ê*o sem

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a9uda$ Tave, Andre" não a quisesse se)uir no pano que traçara! mas não poderiacup.*o$ 8air #ora daquea con#usão era a coisa mais intei)ente a #a,er! e ee tinhauma mente privie)iada$

Andre" de'atia*se! procurando sair do pesadeo$ Juie estava sendo #erida! TonIchorava e =innie ria :s )ar)ahadas$ 0ada podia #a,er$ %stava amarrado e

amordaçado$ Acordou! por #im! ohando o quarto na penum'ra! quase entrando emp&nico ao desco'rir que Juie não estava ai$ 8orreu para o 'anheiro! encontrando*ova,io$ Uma corrente )eada de medo o percorreu$ Sa(ra so,inha! mesmo tendoprometido que não o #aria$ 5u6ou as cortinas e ohou para #ora! esperando vê*a! masapenas carros e muita )ente desconhecida enchiam a rua$ 5e)ou o tee#one e discoupara a inha a2rea que servia a 8idade do 126ico$ Uma muher de vo, a)rad.vein#ormou que não houvera voos para . nas +timas seis horas! mas que haveria umavião dentro de quatro$ Ficou mais tranquio$ %a não poderia ter ido para o 126icosem ee$ =otou para a cama! encostando os travesseiros na ca'eceira e apoiando*senees$ 5recisava encontr.*a$ 0ão era porque o reacionamento entre ees parecia não#uncionar que ee dei6aria de cuidar dea ou de preocupar*se com TonI$ %e a amava e

ao menino tam'2m$ O pensamento de que tave, nunca mais o visse o torturava e eradooroso ima)inar que tave, o 'e'ê estivesse sentindo #ata da mãe$

Juie surpreendeu*se por vê*o sentado na cama! quando votou da rua$< J. est. acordado- 5ensei que #osse dormir mais$%a 9o)ou os pacotes so're as co'ertas e ee riu! de puro a(vio! por ver que tudo

estava 'em$< Foi isso que andou #a,endo- 8ompras-%a mostrou*he uma escova de dentes e um par de meias$< 0ão me di)a que não #ica #ei, em )anhar isto$< Acho que n/s dois temos o impuso de comprar quando não podemos dormir

< ee disse! rindo! entre sarc.stico e )enti$< % acho que n/s dois temos o impuso de acreditar o pior do outro quando não

entendemos a)uma coisa$Juie podia! s/ pea e6pressão do rosto dee! di,er que Andre" suspeitara de que

#ora a'andonado enquanto dormia$ %ra triste mas! aparentemente! um nunca poderiater certe,a do outro! sem medo nem descon#iança$ Dando a impressão de querer #u)irao assunto! ee mostrou*se repentinamente interessado nos o'9etos que eacomprara$

< 0ão acredito4 =ocê acertou meu n+mero4%a er)ueu as so'rancehas$< 5or que o espanto- 8onheço seu corpo muito 'em! não se esqueça$Antes de aca'ar de #aar! ea perce'eu que dissera a coisa errada$ Fora (ntima

demais! num momento em que estavam : 'eira de outra troca de acusaç7es$ Umsiêncio di#(ci de preencher caiu entre ees$ %a #oi at2 o tee#one e #aou com acompanhia me6icana! pretendendo reservar duas passa)ens$ %e a interrompeu!e6picando que 9. reservara uma! portanto 'astava pedir outra$ Ao desi)ar! ohou*ode modo estranho! compreendendo o motivo peo qua ee 9. havia #eito uma reserva$%stava con#irmado que Andre" pensara que ea seria capa, de ir para o 126ico semavis.*o$

At2 quando haveria entre ees aquea rede de suspeitas-=estiu*se com a)umas das roupas novas$ A caça comprida a,u*cara! de corte

esportivo! #icou per#eita! mas teve que do'rar as man)as da 'usa de a)odãoestampado$

< Sente*se aqui < pediu Andre"! 'atendo com a mão na 'orda da cama$Juie o'edeceu! vendo*o pe)ar uma #oha de pape e uma caneta da )aveta da

mesinha de ca'eceira$ A aparência dee estava 'em mehor depois de a)umas horas

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de sono! mas ainda havia c(rcuos escuros ao redor dos ohos e uma quase pap.vee6pressão de triste,a no rosto$ 1ais uma ve,! ea encantou*se com a e6pressividadedaquea #isionomia que não era apenas 'ea na super#(cie! mas dei6ava adivinharpro#undidade de sentimentos e 'ondade$ 3uase estendeu a mão para a#a)ar*he orosto! mas conteve o impuso! pensando na dist&ncia que havia entre ees! e que nemos momentos apai6onados! em Atantic 8itI! tinham conse)uido co'rir$ %stava

aprendendo que amor e con#iança não se #ortaeciam apenas peo dese9o e pai6ão$0ão podia perder*se na 'ee,a dos ohos verdes nem entre)ar*se : necessidadede sentir o caor que vinha dee$ Tinha de respeitar a ponte tempor.ria! constru(da desoidariedade! que #ora ançada entre os dois$

< 1uito 'em! che#e < ea 'rincou$ < 3uais são as ordens-< Temos de #a,er um evantamento da situação$Andre" sentia a )ar)anta apertada! e tinha di#icudade em manter os ohos

a#astados daquee rosto 'onito! tão pr/6imo$ O ca'eo aco'reado! mais 'rihante quenunca! ca(a suavemente nos om'ros! emodurando as #aces de pee per#eita e ohoscin,entos com mati,es de a,u pro#undo$ %ra uma pena que não pudessem entre)ar*se : con#iança rec(proca$ Amava aquea muher! e o amor era um sentimento rea e

cheio de si)ni#icado! uma das raras ae)rias da vida! por2m e6tremamente deicado$Deseadade! #ata de #2 e descon#iança podiam matar o amor! #a,endo sur)ir aindi#erença! ou pior! o /dio$ A#ina! não estavam destinados um ao outro! comopensara$ % o que aquio importava no momento- 5or que se perdia em re#e67es que#u)iam : rea #inaidade de estarem ai- Tinham de estudar um modo de conse)uiremTonI de vota! isso sim era reamente importante$

< =amos anaisar a situação < ee começou! com tom pro#issiona$ < Sa'emosque não h. possi'iidade de idarmos com o pro'ema de #orma inteiramente e)a$>sso não nos evaria a nada$ =amos precisar usar uma dose de oucura$

Juie concordou! 'aançando a ca'eça$< =ou 'uscar meu #iho! vou rou'.*o novamente dos =easco! mas tenho de a)ir

depressa! antes que ees #iquem de so'reaviso e desenvovam esquemas compicadosde se)urança$

< Se houvesse a)u2m a quem pud2ssemos pedir a9uda! na 8idade do 126ico$$$< %6iste a)u2m$ 1inha cunhada 8hristina$As so'rancehas de Andre" er)ueram*se de modo admirado$< 0ão 2 a esposa do ta de Arista-< Sim! mas o casamento dees 2 de pura aparência$ Sei que ea não o est.

apoiando em tudo isso$< 0ão sei! não$ % se nos tra(sse-< 0ão o #ar.$ Se concordar em nos a9udar dar. tudo de si! mas! mesmo que não

concorde! não nos entre)ar.$< Bem! di)amos que se9a assim! que ea nos a9ude e que consi)amos recuperar

o menino$ At2 quando! por2m! isso vai continuar- %es a perse)uirão$ =ocê não podepassar o resto da vida se escondendo e TonI não pode crescer entre medo einse)urança$

< J. pensei nisso$< O que precisamos #a,er 2 aca'ar com essa pretensão mauca dees de #icar

com a criança! de uma ve, por todas$< Sim! mas o que podemos #a,er- 8om que utaremos contra ees- < Juie

suspirou! desanimada$< 8om #atos$< Fatos- < %a o ohou! sem perce'er o sentido e6ato da a#irmação$< Sim$ Desco'ri! em minha investi)ação! que h. a)o o'scuro e macheiroso

naquea #am(ia$ % aposto o que quiser que Arista tem a)o a ver com a hist/ria$Juie 'aançou a ca'eça! discordando$< Juan Arista 2 'urro demais para estar atr.s de quaquer coisa$ ;eti,ia 2 o

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c2re'ro! naquee 'aaio de )atos$< 0ão 2 necess.rio ser intei)ente para ser canaha$ 1uitas pessoas a)em

criminosamente por puro instinto$< O que vamos #a,er- < ea per)untou$ < Fatam apenas três horas para o

avião partir$< Dei6e*me pensar um pouco$

< =ocê não conhece aquea )ente$ Temos de arquitetar um pano muito 'ompara vencê*os$Andre" não respondeu! 9. imerso em pensamentos$ 5erdera o caderno de

anotaç7es durante o per(odo tumutuado de #u)a! dos +timos dias! mas haviamemori,ado muita coisa$ O que he #a,ia #ata! todavia! era o reat/rio so're Aristaque pedira! por interm2dio do Departamento %stadua de Direito$ Haviam heprometido que enviariam as in#ormaç7es ao seu escrit/rio na se6ta*#eira! mas eepassara aquee dia em correrias de metrC e na via)em para Atantic 8itI$ J. eradomin)o e! com toda a certe,a! o reat/rio estaria a sua espera so're a escrivaninhado escrit/rio$ 0ão havia a menor d+vida! por2m! de que seu oca de tra'aho estavasendo vi)iado$ 8omo poria as mãos naqueas in#ormaç7es-

Juie #icou caada! permitindo que ee pensasse so're o assunto$ Sa'ia que tinhara,ão ao di,er que o #uturo seria di#(ci se não se ivrasse da #am(ia do #aecidomarido! mas pensaria nisso depois$ 0o momento! a +nica preocupação que he enchiaa mente era tra,er TonI de vota$ Aquee era mesmo um homem maravihoso$ %anem precisara convid.*o a participar do pano audacioso que traçara enquanto #a,iaas compras! pois ee se antecipara! incuindo*se no pro9eto de utar contra os =easco$

De repente! Andre" sorriu! animado$< =ocê sa'e impar chão- < %a o ohou! atCnita$ < %u e6pico$ 0o meu

escrit/rio h. um reat/rio! peo menos deve haver! so're Juan Arista$ 1inha intuiçãome di, que pode ser muito importante para n/s$ < Ainda sem entender muito 'em oque ee estava pane9ando! Juie concordou! em siêncio$ < O escrit/rio deve estarsendo mantido so' vi)i&ncia! mas acho que uma #a6ineira não evantaria suspeitas!não 2-

%a sorriu e puou da cama! compreendendo a#ina o que ee esperava que ea#i,esse$ Dentro de poucos minutos! sa(am do hote$ %nquanto rodavam pea cidade!Juie per)untava*se por que não estava assustada$ Aquees homens contratados peos=easco tinham ordens de aca'ar com ea! mas o pensamento não a amedrontava$Havia superado quaquer sentimento de #raque,a e adquirido uma cora)em im'at(veque a incitava : uta pea recuperação do seu 'e'ê$ Haviam au)ado outro carro epassado por uma o9a de arti)os variados! no 'airro 9udeu! que a'ria o com2rcio aosdomin)os! e comprado um 'ade! um es#re)ão! um aventa e enço de ca'eça$ ;.estava ea! vestida de #a6ineira! esperando que o dis#arce #osse 'om o 'astante paraque não a reconhecessem$

Andre" estacionou o carro a v.rios quarteir7es de dist&ncia do escrit/rio$< Tchau! então < ea disse! descendo do carro$ < Dese9e*me 'oa sorte$< %spere um pouco$ < J. na caçada! ea a'ai6ou*se um pouco para poder vê*o!

na direção$ Os ohos verdes estavam cheios de apreensão$ < Juie! acho que não 2uma 'oa id2ia! a#ina$

0ão o'teve resposta! pois ea 9. caminhava rapidamente! a#astando*se dee$

%m seu caminho para o escrit/rio! Juie ia es#re)ando a mão ivre peas paredes emuros su9os$ 3uando conse)uiu que #icasse ne)ra de #ui)em! passou*a peas #aces epea testa$ Da mesma maneira! su9ou o aventa e o enço que tra,ia amarrado naca'eça! dis#arçando a aparência de coisa nova das peças$ Sentia*se con#iante quandopCs a chave na #echadura da porta e6terna e entrou no edi#(cio$ Os corredoresestavam va,ios! produ,indo ecos estranhos$ Tomou o eevador e #inamente estava

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procurando a chave do escrit/rio! parada no corredor escuro e soit.rio$ Su'itamente!a pesada porta de madeira a'riu*se! so'ressatando*a! e ea viu*se #rente a #rentecom um ne)ro imenso que he sorria$ Dominou as 'atidas descompassadas docoração! tentando sorrir tam'2m$

< 3uem 2 essa coisinha 'onita- < o homem per)untou$< Fa6ineira < ea disse! dando um tom )rosseiro : vo,$ < 3uer sair da #rente-

O homem #e, uma careta! aparentando ach.*a uma chata mas saiu do caminho!dei6ando*a entrar$< A)um conhecido- < Uma vo, per)untou! vindo dos #undos do escrit/rio$< 0ão! =innie < o preto respondeu$ < s/ uma #a6ineira$Ao ouvir o nome do homem que estivera prestes a mat.*a! Juie sentiu as

pernas amoecerem$< 1ande*a andar o)o com isso < veio a vo, odiosa$< Bem! ouviu o que ee disse < o homem que a encontrara na porta #aou! de

cara #eia$Juie #oi direto para a saa de Andre"! andando com naturaidade$ =innie estava

assistindo teevisão na sainha de descanso$ Teria de passar perto dee$ Bai6ou a

ca'eça e apressou o passo! continuando a se)uir peo corredor que evava : saa$ 0ãohouve reação por parte do 'andido$ %e não a vira$ O )randahão a se)uiu! postando*se na porta! ohando*a como se suspeitasse de suas reais intenç7es$ %a começou aes#re)ar o chão! depois de pe)ar .)ua no 'anheiro privativo de Andre"! como sehouvesse #eito aquio a vida toda$ Finamente! o homem cansou*se de o'serv.*anaquee tra'aho mon/tono! e a#astou*se$ @apidamente! ea apanhou o enveopeamareo de so're a escrivaninha e meteu*o na cintura! entre o c/s da caça e a pee!arrumando o aventa por cima$ 5e)ou o 'ade e votou para a saa da #rente$

< 0ão me di)a que 9. aca'ou < disse o preto$< =ou pe)ar um pano de chão! . em'ai6o$Ouviu então os passos de =innie se apro6imando$ 0ão houve tempo para evitar

que ee he visse o rosto$ Dei6ou cair o 'ade e correu como ouca para o corredor$ 5ora)uns se)undos! a surpresa ini'iu as reaç7es de =innie! mas o)o ea pCde ouvir osdois homens saindo da saa em disparada$ 0aturamente! estando o pr2dio va,io! oeevador continuava naquee andar$ %a entrou e apertou o 'otão do t2rreo! sentindo*se desesperar com a entidão com que as portas se #echaram! dando*he tempo de vero rosto con)estionado de =innie que vinha voando peo corredor! com o outro noscacanhares$ 8he)ando ao t2rreo! ançou*se atrav2s do vest('uo! sem duvidar de queos dois o)o estariam atr.s dea$ Fora prudente ao che)ar! dei6ando a porta principadestrancada$ 8he)ando : caçada pCs*se a correr desa'aadamente! atravessando asruas sem ohar! virando esquinas! pouco se importando com o espanto que causavanos raros transeuntes! at2 que che)ou ao carro$ Ao vê*a! Andre" a'riu a porta e ea 9o)ou*se no assento! quase sem #Ce)o$

< =amos em'ora4 < )ritou! arque9ante$3uando o carro 9. se distanciara 'astante! rumo ao hote! ea começou a rir!

nervosamente! contando os detahes da aventura$ Bem mais tarde! ao em'arcarem noavião! ea ainda ria cada ve, que se em'rava que derrotara o est+pido =innie$

Andre" demorou*se a oh.*a! enquanto ea dormia! com o encosto da potronaincinado e a ca'eça apoiada na 9anea$ %ra di#(ci acreditar no que ea he contaraso're =innie e o preto e crer que #osse tão cora9osa$

A'riu o enveope e! mais uma ve,! retirou o conte+do$ As in#ormaç7es so'reJuan Arista enchiam p.)inas e mais p.)inas e não #ormavam um dossiê de quea)u2m pudesse or)uhar*se$ 8ontavam como o me6icano estivera envovido comsu9eitos da pior esp2cie nos %stados Unidos e eram uma rica #onte de escarecimentoso're a atividade dee nos dois pa(ses e! at2 mesmo! nos assuntos concernentes :#am(ia =easco$ O que estava escrito ai seria o su#iciente para mandar o homem para

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a #orca$Andre" e Juie 9. haviam estudado a estrat2)ia que usariam$ 8hamariam

8hristina peo seu tee#one particuar o)o que che)assem : 8idade do 126ico edesco'ririam onde TonI estava$ %ntão! se ea concordasse em a9ud.*os! 9untos#ormuariam um pano para pe)ar o 'e'ê$ Se não concordasse! a)iriam so,inhos$ ;o)oque houvessem recuperado a criança! pediriam que os O're)on os hospedassem$

Depois que sou'essem da hist/ria toda! os tios não se recusariam a a9ud.*os$>sso #eito! prosse)uiriam com o pano de ataque$ =enceriam aquee 'ando deoucos com a evidência dos #atos$ O dossiê de Juan Arista seria o peso com quedesequii'rariam a 'aança a seu #avor! #a,endo com que dei6assem Juie em pa, enunca mais a ameaçassem$ Tornou a )uardar os documentos no enveope e rea6ouna potrona! com um suspiro satis#eito$ Tudo ia dar certo$

CAPÍTUL "!!!

< 8hristina-< S(-< Aqui 2 Juie$ %stou na 8idade do 126ico$ < Fe, uma pausa para controar a

respiração! aceerada peo nervosismo$ < TonI est. a(-< Sim! Juie$ 1as o que est. acontecendo- 0ão entendo$ Disseram*me que você

o havia mandado para c.$< %squeça o que disseram! 8hristina$ pura mentira$ %es me se)uiram e

sequestraram o 'e'ê$ < Juie não pCde a'a#ar um souço$ O autocontroe havia serompido ao ouvir a vo, da cunhada di,endo que de #ato seu #ihinho estava .$ < At2tentaram me matar < ea continuou$

8hristina )emeu$ %ra quase poss(ve vê*a! apertando o apareho nas mãos! comos ohos escuros cheios de horror$

< Oh! Juie! que coisa terr(ve4< %u vim 'uscar meu #iho$ =ocê acha que me ser. poss(ve entrar na casa :s

escondidas-< 8oocaram homens em toda parte! vi)iando$ =ai ser muito peri)oso tentar!

Juie$ 0ão #aça isso$< Tenho de tentar$ 5or #avor! 8hristina! di)a*me peo menos onde coocaram os

)uardas$ %ntenderei se não me puder a9udar! acredite$ 1as di)a*me como dividiramos homens$

Houve um momento de siêncio$< 0ão a dei6arei so,inha < disse 8hristina! com vo, determinada$ < Dei6e*me

pensar$0a pausa que se se)uiu! Juie ohou para Andre"! que esperava! ansioso! peo

resutado do tee#onema$ %r)ueu o poe)ar num )esto de positivo e ee sorriu!aiviado$

< Os homens < 8hristina começou! de modo hesitante < estão espahados portodo o terreno ao redor da casa! mas não puseram nenhum dentro$ Assim! o maiorpro'ema ser. entrar sem ser vista$

< 8onse)uirei$< Oh! Juie! tome cuidado$< 0ão estarei so,inha < ea e6picou! ohando para Andre"$ < H. um homem

comi)o! e de quem você )ostar. muito$ so'rinho de >)n.cio O're)on e mora em0ova or?$

< >sso 2 'om$ Dois tave, consi)am e6ecutar o pano$

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< %st. me di,endo que ima)inou a)uma coisa-< Sim$ < >nstintivamente! 8hristina havia 'ai6ado o tom de vo,$ < 5reste

atenção < ea continuou$ < Ainda continuamos a rece'er mercadorias em casa! comosempre$ =ocês têm de arran9ar um pequeno caminhão! como 2 mesmo o nome- Ah!sim! um #ur)ão$ 8onsi)am um #ur)ão e roupas adequadas$ O mehor seria você vestir*se de homem$ Farão isso-

< 8aro que sim$ Ser. simpes! comparado com o que 9. #i,emos$< O quê-< 0ada! não$ S/ estava pensando que nada mais parece imposs(ve$< Bem! então! vou avisar os empre)ados de que estou esperando uma

encomenda para Juan$ 0ão precisam temê*o$ %e tem #icado #echado naqueeescrit/rio o dia inteiro$

< 3uando che)armos ao portão! Andre" e6picar. que temos uma encomendapara Juan Arista$ 0in)u2m descon#iar.$ O espanho dee 2 per#eito$

< Mtimo$ Di)am que 2 coisa de vaor e que h. necessidade de que a)u2massine o reci'o$ A( poderão entrar e eu os estarei esperando$

< ;o)o nos veremos < Juie prometeu$ < %$$$ muito o'ri)ada! 8hristina$

8om d/ares! tudo se conse)uia na 8idade do 126ico$ Au)aram um pequeno#ur)ão e compraram dois so'retudos de 'rim a,u! do tipo )eramente usado porentre)adores$ Arran9aram a)umas cai6as va,ias! que encheram de trapos! e searamcom #ita crepe$ 5ara conse)uir aparência mascuina! Juie prendeu os ca'eos no atoda ca'eça e coocou /cuos escuros! de homem$ Ohou*se criticamente no espehoe6terior do #ur)ão e achou*se com cara de rapa,inho$ 8om um pouco de sorte!en)anaria$

1enos de duas horas depois do tee#onema! estavam rodando para a mansão dos=easco$ Ao che)arem ao portão dos #undos! ea tocou a campainha e o)o #oramatendidos por um )uarda$

< %ncomenda para o seor Juan Arista < disse Andre"! em espanho! tirandoum pape do 'oso! que teria de passar por uma #atura$

O )uarda ohou*os de cima a 'ai6o e #inamente #e, sina para que entrassem$Su'iram novamente no ve(cuo e atravessaram o portão$ Todo o terreno ao redor dacasa estava cheio de homens armados$ Juie sentiu*se )ear ao ver o n+meroassustador de )uardas! pensando na di#icudade que teriam para sair$ Havia outrohomem na porta dos #undos da casa$

Desceram do #ur)ão e Andre" acenou com a E#atura$< %ntre)a para o seor Juan Arista < repetiu$< 5ode dei6ar que eu evo < disse o homem$< Oh! não$ coisa de muito vaor$ 1eu patrão me despediria se a)o

acontecesse! e preciso da assinatura do sr$ Arista ou então! da esposa$O )uarda pareceu a'orrecer*se! ohando 'em para o rosto de Andre"$< 5a'o4 < chamou$ Outro )uarda apro6imou*se$ < =. ver se a senhora pode

atender$ uma encomenda$< 3ua senhora-< A sra$ Arista$Juie deu um suspiro de a(vio e votou para a ca'ina do #ur)ão! #in)indo er uma

revista em quadrinhos que encontrara no porta*uvas$ 8hristina apareceu dentro depoucos minutos e portou*se como uma atri, consumada$

Assinou o pape que Andre" he apresentara e sorriu para ee$< 1eu marido 9. estava impaciente : espera desta encomenda < #aou! em

espanho$ < #r.)i e insu'stitu(ve$ Acho que seria mehor o senhor mesmo ev.*aao escrit/rio dee$ Assim! se a)um acidente acontecer! a companhia de entre)as ser.respons.ve$

O )uarda! 'a9uador! concordou! 'aançando v.rias ve,es a ca'eça$

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< 1uito 'em! então < Andre" respondeu$ < 1eu a9udante ir. comi)o$Fe, um )esto para Juie! que desceu e #oi para a porta traseira do ve(cuo! ao

encontro de Andre"! que 9. a esperava$ Juntos! er)ueram uma das cai6as!cuidadosamente! #in)indo que estava pesada$ Os ohos de 8hristina demonstravampavor ao encontrarem os de Juie! mas sua vo, era cama$

< 5or #avor! cuidado$ =enham! vou mostrar*hes o caminho$

%ntraram no corredor que evava :s escadas de serviço! passando pea porta daco,inha! onde os empre)ados conversavam e riam! )o,ando um momento de #o)a!sem prestar*hes nenhuma atenção$ As pernas de Juie #raque9aram quandoacançaram a 'ase da escada! #a,endo*a tropeçar$ %stava tão perto de TonI4 Tãoperto4 Sienciosamente! se)uiram 8hristina at2 sua su(te! onde ar)aram a cai6a nochão$ Juie ohou para a cunhada! que tinha os ohos cheios de .)rimas$ A'raçou*a$

< Oh! querida! não chore$ Tudo vai dar certo$A#astou*a! deicadamente! ohando a muher! que envehecera muito desde a

+tima ve, em que se haviam visto$ Os ca'eos ne)ros estavam estriados de 'ranco ehavia inhas de so#rimento na testa e nos cantos da 'oca$ Tomou a a'raç.*a$ 5or ummomento! 8hristina permaneceu r()ida! depois! hesitantemente! er)ueu os 'raços!

passando*os ao redor da cunhada$< Senti tanto a sua #ata4 < Juie disse! suavemente$A outra a'raçou*a com mais #orça! chorando ato$ %ra a primeira ve, que Juie via

a cunhada e6por os sentimentos! sempre presa :s convenç7es ditadas pea educaçãoque ;eti,ia dera aos #ihos! modi#icando*hes o car.ter$ Ao pensar na #rie,a da so)ra!nova #orça a envoveu$ Tiraria seu 'e'ê daquee am'iente$ 0ão seria destru(do! comoo pai #ora$

< Onde est. o 'e'ê- < ea per)untou! separando*se de 8hristina$A muher en6u)ou os ohos e as #aces com um enço orado de rendas!

endireitando o corpo! procurando reco'rar a di)nidade$< 0o quarto dee$ =enham$< 8omo ee est.-< %u não sei$< 0ão sa'e-< 0ão$ 1inha mãe o est. mantendo no quarto$ 0ão quis que eu o visse!

ae)ando não ser recomend.ve que ee #ique e6citado! depois da on)a via)em$Juie trocou um ohar com Andre"$ %e tivera uma amostra do car.ter prepotente

de ;eti,ia$ J. o conhecia 'em o 'astante para reconhecer*he no ohar uma raivaimensa da muher autorit.ria que evara TonI$ 8hristina e6aminou o corredor e #e,sina para que a se)uissem$ @apidamente! co'riram a dist&ncia que os separava doquarto do 'e'ê$

< % se houver a)u2m com ee- < Juie per)untou$< 0ão$ =i a 'a'. na co,inha < a cunhada respondeu! num sussurro! pondo um

indicador so're os .'ios! pedindo siêncio$%ntraram deva)ar$ As cortinas estavam cerradas! dei6ando o quarto em

penum'ra$ A princ(pio! Juie nada pCde ver! o que a dei6ou inquieta mas! assim que osohos se acostumaram com a escuridão! divisou o 'erço e um pequeno vuto co'ertocom uma manta$ Uma #orte onda de emoção a sacudiu$ Deu um passo paraapro6imar*se! mas a cunhada a impediu! se)urando*a por um 'raço$

< Temos que ter cuidado para não acord.*o$< =ou pe).*o! 8hristina! para irmos em'ora$< %spere$ 8omo vão ev.*o-< Teremos de descer com ee e atravessar a casa < e6picou Andre"! num

murm+rio$ < Depois$$$ < 8aou*se$ 0a verdade! ainda não haviam pane9ado aqueaparte! e tudo parecia quase imposs(ve! depois de terem visto a e)ião de )uardas aoredor da mansão$ < 5osso criar a)uma con#usão . na #rente! de modo a atrair todosos )uardas < ee continuou! sem muita certe,a$ < %nquanto isso! Juie sai com o

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#ur)ão$< 0ão vai dar certo$ 0unca o dei6arão sair! depois de um tumuto < Juie

comentou$< =amos #a,er o se)uinte$ %u dou um 9eito de chamar a atenção dos homens <

8hristina o#ereceu$ < Assim! vocês dois poderão sair 9untos$< A seora ;eti,ia nunca a perdoar.$

As #eiç7es da muher endureceram*se$< 3ue di#erença #a,! Juie- 1inha vida não poder. #icar pior do que 9. 2$De repente! a porta a'riu*se com vioência e a u, do teto #oi acesa$ Juie atirou*

se para o ado do 'erço e arrancou a manta para pe)ar o #iho$ 1as não era TonI$ %raum 'oneco de p.stico! de arre)aados ohos pintados$ %a nem conse)uiu )ritar$Jo)ou o 'oneco no 'erço e! em choque! ohou para a porta$ ;eti,ia estava parada!ohando*os com horr(ve e6pressão de madade! como um )ato torturando ratosencurraados$

< %e não est. aqui4 < Fe, uma pausa e deu um sorriso )eado para a nora$ <H. c&maras de teevisão escondidas neste quarto! i)ando*se a um monitor 'em aoado da minha cama! mas mesmo assim achei mais se)uro dei6.*o em outro u)ar$ <

A tir&nica muher virou*se i)eiramente para #echar a porta! depois ohou #i6amentepara 8hristina$ < 1inha pr/pria #iha me traindo! não 2-< 0ão! mãe$ < A vo, era espantosamente suave$ < 0ão a estou traindo$ 1uito

peo contr.rio! eu a estou de#endendo de si mesma$ 0ão posso permitir que cometaum erro tão )rande$

< %rro4 < Os ohos de ;eti,ia ardiam como 'rasas$ < 0ão pode ser errado tirarmeu neto dessa va)a'unda imora! dessa 'ru6a das sar9etas4

< %st. en)anada! mãe4 %stão todos en)anados$ Juie nunca$$$< 8ae*se4 O que você pensa não tem vaor$ Fahou como muher! #ahou como

uma =easco! não vae nada$< Ouça$$$ < disse Andre" com vo, dura$ < Tenho a)o a di,er$;eti,ia votou*se para ee! como se apenas naquee momento re)istrasse sua

presença$< % quem 2 você- A)um criminoso contratado para raptar meu neto-< Sou advo)ado e so'rinho de >)n.cio O're)on$Os ohos da muher mostraram a)uma surpresa! depois estreitaram*se ainda

mais$< % da(- O que tem a ver com isso-< Tenho investi)ado a situação e desco'ri #atos verdadeiramente interessantes$

=amos começar por Juan Arista! seu querido )enro$ < %e sorriu$ %ra sua ve, de ser o)ato mavado$ < Juan tem #eito umas coisinhas erradas$ Tantas! que o )overno domeu pa(s o notou$ 0aturamente! a #am(ia não sa'e! mas ee #oi pe)o desviandodinheiro do #undo de au6(io para ocasi7es de terremoto! h. a)uns anos$ < O rosto daveha senhora estava impass(ve$ < caro que ee não teve a aud.cia de pedir a9udaao so)ro < Andre" continuou$ < Sa'ia muito 'em o que o senor =easco #aria sedesco'risse que ee estava tra,endo desonra para a #am(ia$ Desesperou*se e desvioudinheiro dos ne)/cios do so)ro para co'rir o rom'o$ < %e sorriu! mas o sorriso nãomodi#icou a e6pressão dura que tra,ia no rosto$ < Achou tão #.ci desviar capita da#am(ia! que continuou com seu su9o esquema! aduterando #atos e n+meros para quenin)u2m o pe)asse$ 3uando o seor =easco anunciou que promoveria o )enro paraum posto de maior responsa'iidade! dando a outra pessoa o tra'aho deconta'iidade! Juan Arista entrou em p&nico$ 5recisava de uma #ortuna para encher os'uracos que #i,era! antes que outro contador desco'risse os des#aques$

< O que isso tem a ver com o caso do meu neto- 5or que devo #icar ouvindoesse amontoado de 'esteiras-

< 1ãe4 < 8hristina )ritou! com increduidade$ < %st. ouvindo que Juan 2 umadrão4 >sso não tem import&ncia-

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< Juan ter. que dar contas! mas suas atividades não interessam! no momento$< %spere < disse Andre" com vo, #orçadamente macia$ < Ainda tem mais$ 0ão

quer ouvir o resto- %st. com medo- < ;eti,ia envenenou*o com um ohar! masmanteve a 'oca #echada! numa inha estreita$ < =ou contar mais novidades$ Tenhocerte,a! senhora! de que #icar. tão surpresa quanto eu #iquei! quando desco'ri$ < %e#e, uma pausa dram.tica! er)uendo as so'rancehas e encarando a muher$ < Juan

Arista entrou para o crime or)ani,ado! nos %stados Unidos! para conse)uir dinheiro$Os homens com quem se envoveu têm interesse no 126ico e nada mehor que umnome conceituado como o dos =easco para enco'rir seus ne)/cios escusos$

< Juan nunca su9aria o nome da #am(ia4 0unca4 < )ritou ;eti,ia$< 0ão- 5ois ee o #e,$ Sa'e como convenceu os che#es da or)ani,ação a

aceitarem*no- Disse que emprestaria o nome e a in#uência da #am(ia a ees! comoco'ertura$

< 8he)a de mentiras$ < ;eti,ia deu um passo : #rente! como se #ossees'o#ete.*o$ < 0ão quero ouvir mais nada$ 0ão permitirei que o nome de Juan se9adi#amado$

< 5or que o de#ende! mãe- < 8hristina )ritou$

A veha senhora votou*se! r.pida! para a #iha$< 5orque apenas Juan me compreendeu e permaneceu ao meu ado$ 5orquereconhece! tanto quanto eu! o dever sa)rado de prote)er o nome e a #am(ia dosintrusos sem casse que nos ameaçam$ < 5arou por um instante! percorrendo Juiecom um ohar de asco$ < Foi Juan < continuou < quem me aertou so're essa$$$ essamuher$ 3uem desco'riu quem ea era$ % a)ora! #oi ee quem savou meu neto dain#uência dea$ %u s/ queria$$$ < O porte ma9estoso de ;eti,ia pareceu encoher umpouco! enquanto um v2u de triste,a he passava peo rosto$ < S/ queria ter podidosavar meu #iho 5auo das )arras dea tam'2m$ @ou'ou*o de mim e trans#ormou suavida num in#erno$ < Tornou a ohar para Andre"! recuperando a pose de rainha$ <Suas hist/rias não me interessam! doutor$ Sei tudo o que preciso sa'er e soua)radecida a Juan por ter me a9udado a tirar meu neto AntCnio das mãos dea!evitando assim que destrua outro =easco com seu veneno$ < O rosto or)uhosoassumiu uma e6pressão de desd2m$ < % se seu corpo de homem não estivesse tãocheio de u6+ria por causa dea! veria a verdade tam'2m$

Andre" sacudiu a ca'eça! quase com triste,a$< @ecusa*se a encarar os #atos! não 2- 5or2m! est. certa num ponto$ A #am(ia

est. mesmo ameaçada$ 1as não por Juie$ Sa'e o que Juan #e,! e6atamente! para seraceito no mundo do crime- < ;eti,ia deu um passo atr.s! como possu(da de um medo#(sico$ < arantiu*hes que conse)uiria a cust/dia da criança$ 3ue teria controe totaso're o herdeiro do imp2rio dos =easco! o que aca'aria por he dar poder iimitado$TonI #oi seu 'ihete de entrada para o cu'e dos criminosos$ < %e passou as mãos norosto! como se estivesse cansado de reme6er em toda aquea su9eira$ < Juan! então!tratou de desacreditar Juie perante a #am(ia$ Achou que seria #.ci! pois era apenasuma 9ovem vi+va num pa(s estran)eiro! e /r#ã! ainda por cima$ Depois queconse)uisse que #osse mandada em'ora e que he tirassem o #iho! seu pano teriasucesso$ O que ee não esperava era que ea partisse para a uta e se recusasse a Evender o 'e'ê$

Juie sentiu o estCma)o contrair*se$ Onde estaria TonI-

< 1as$$$ < ee prosse)uiu < Juan não se deu por achado$ 0ão poderia desistir!mesmo se quisesse$ Aquees su9eitos com quem se envoveu não costumam perdoarerros$ %ntão ee pro)ramou um rapto e! para que Juie e eu não atrapah.ssemosmais! mandou que nos matassem$

< 1adre de Dios4 < murmurou 8hristina! muito p.ida$< 1entira4 < ;eti,ia )ritou$ < Juan queria a criança porque sua muher! essa

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in+ti! não #oi capa, nem de he dar um #iho$Juie não pCde mais controar a raiva que he crescia no peito$< =ocê 2 uma muher doente! ;eti,ia4 %st. acusando sua pr/pria #iha! cupando*

a dos crimes de Juan$ Bem! 9. ouvi demais suas acusaç7es insanas$ Tenho a)o a di,ertam'2m! seora =easco$ < A so)ra ohou*a espantada! mas nada disse$ < =ocêarruinou esta #am(ia < Juie começou$ < 5uniu suas #ihas por não he darem netos$

Tere,a tomou*se in#ei, por ter tido apenas meninas e criou um desnecess.riosentimento de cupa por decepcion.*a$ 5or2m! acho que desco'riu o que você 2 nareaidade! pois ea e o marido tiveram o 'om senso de ir em'ora$

< %es votarão < ;eti,ia decarou! cheia de sarcasmo$< Acho que não$ A #am(ia D(a, pode não ser um sucesso monet.rio! mas os

vehos amam seus #ihos e netos da mesma #orma! se9am homens ou muheres$Tere,a e 1ariano nunca mais vão querer votar$ % ohe para sua #iha$ < O ohar de;eti,ia para 8hristina #oi cheio de indi#erença$ < =ocê nunca )ostou de 8hristina <Juie acusou$ < %ntre seus #ihos! #oi a +nica que a amou e de#endeu! apesar de tudo!sem rece'er uma mi)aha de carinho ou aprovação$ =ocê a empurrou para umcasamento in#ei, e! porque não pCde ter #ihos! dei6ou*a de ado$

8hristina deu um souço a'a#ado$ Juie a ohou penai,ada! mas tinha de di,ertudo o que a viera su#ocando por tanto tempo$< 0em sei como ainda est. aqui! mas a)ora que viu o que você #oi capa, de

#a,er comi)o e meu #iho! e o tipo de marido que tem! estou certa de que não #icar.nesta casa por muito tempo$

< 5are com isso4 < ;eti,ia )ritou! com os ohos muito a'ertos e a 'ocacontorcida$ < 1inhas #ihas não são da sua conta$

< 1uito 'em$ %ntão! vamos #aar do meu marido$Juie respirou #undo para manter a #+ria que sentia! so' controe$ 3ueria

raciocinar caro para poder ançar tudo o que pensava! no rosto or)uhoso da so)ra$< 5auo casou*se comi)o por motivos errados$ 5orque eu era 9ovem e o adorava

como a um her/i! porque era mae.ve e su'missa$ 5recisava de mim porque eu era ocontr.rio de você! porque o amava em ve, de 9u).*o! porque me doava semco'ranças$ %e precisava su'stituir a ima)em da mãe dominadora e #ria pea de umamuher humide e amorosa$

< 0ão sa'ia que era psic/o)a$< Sua ironia não vai me impedir de #aar! ;eti,ia$ 5ois 'em! 5auo errou quando

começou a proceder como você$ ostou de mim enquanto #ui como ee queria! mascomo não pudesse evitar que eu amadurecesse e começasse a a)ir como uma pessoaaduta! dei6ou de me amar$ =ocê #e, a mesma coisa com seus #ihos$

Andre" ohava para ea! a'ismado$ 1as Juie esquecera*se de sua presença!arrastada pea necessidade de e6travasar toda a raiva$

< =ocê esta'eeceu o que cada #iho seu teria de #a,er na vida! e quando nãose)uiram os seus panos você os despre,ou$ 5auo passou a vida tentando vin)ar*sedisso! #a,endo sempre o oposto do que você aprovaria$ %scoheu escoas! carreira eami)os que você detestou$ %scoheu*me para esposa! sa'endo que a dei6aria ouca deira$ 0ão quis #ihos! durante anos! para não he dar um neto$ Fe, tudo isso porque aodiava! ;eti,ia$ %! no seu dese9o de vin)ança! esqueceu*se de viver a pr/pria vida$

< =ocê est. ouca4 1eu #iho nunca me odiou$ %stava con#uso com aresponsa'iidade de ser o continuador do nosso nome! com o dever de evar em #renteas tradiç7es! de preservar e prote)er a inha)em! uma das mais anti)as do 126ico$ Opeso de tudo isso caiu*he nos om'ros quando o irmão morreu e ee! 9ovem demais!entrou em p&nico$ 5auo não me odiava! apenas via em mim o s(m'oo das o'ri)aç7ese deveres que não queria assumir$ A)iu como um auno re'ede! que #ica amuadoquando o pro#essor he chama a atenção$

< Amuado- < Juie deu uma risada escarninha$ < %e #icou quin,e anos sem he#aar4 Saiu de casa e esqueceu que tinha mãe$ S/ #aou com você quando 9. estava

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morrendo! e porque he pedi$Antes que ;eti,ia pudesse responder! a porta se a'riu e Juan Arista entrou!

es'a#orido$ A camisa de seda estava encharcada de suor e os ohos e6i'iam medo e/dio$ 0a mão )orda e #.cida! ee carre)ava um rev/ver 'rihante que a Juie pareceuenorme$

< Ah! sa'ia que viriam4 < %e deu uma risada rouca e en6u)ou o suor do rosto

com a man)a da camisa$ < 0/s os pe)amos! ;eti,ia4 %6atamente como he disse que#ar(amos$Juie prendia a respiração! enquanto Andre" parecia con)eado$ 8hristina #e, um

)esto com a mão! indicando*os$< 8omo sa'ia que ees viriam-< Ouvi o tee#onema! querida esposa$< 1as como-< J. ouviu #aar em tee#one censurado! minha cara-< =ocê teve cora)em de #a,er isso! Juan- De me espionar-O marido i)norou*a! apontando a arma para Andre" e Juie! aternadamente$< 0/s os pe)amos! ;eti,ia$ A)ora! nada nos impedir. de aca'ar com ees$

< 0ão4 < 8hristina )ritou! #a,endo o marido votar*se para ea$< 8ae a 'oca4 =ocê me traiu e : sua mãe$ Des)raçou*nos a todos$ Se não #osseuma =easco! teria o mesmo destino que ees$ 3uando isto aca'ar$$$

Os ohos de Juan 'riharam cruemente! enquanto ee dava um passo em direção: esposa! desviando i)eiramente a arma que apontava para Andre" e Juie$ O queaconteceu a se)uir #oi r.pido como um re&mpa)o$ Andre" 9o)ou*se para #rente eJuan quis atirar! mas atrasou*se por uma #ração de se)undo$ Os corpos dos doishomens coidiram e a arma caiu$ 0a uta desesperada que se travou! havia a vioênciaseva)em de dois animais e! por a)um tempo! não se sa'eria di,er quem sairiavencedor$ De repente! desequii'rado! Andre" caiu$ =aendo*se do peso! Juanprensou*o no chão! a)arrando*o peo pescoço e coocando toda a #+ria nas mãos!tentando su#oc.*o$ Juie atirou*se so're ees! )opeando Juan com as mãos #echadas!chorando! sem nada conse)uir$

< ;ar)ue*o! Juan < a ordem soou en2r)ica! so'repondo*se ao 'aruho da uta$Juie ohou para cima e viu 8hristina se)urando o rev/ver com as duas mãos$

8om #irme,a! apontava a arma para o peito do marido$ Juan Arista ohou assom'radopara a esposa e! quando perce'eu o 'riho morta que havia nos ohos dea! sotou oadvers.rio e evantou*se$

< %ntão você me espionou! invadiu minha privacidade$ %ncora9ou minha mãe emsua oucura e mandou que sequestrassem o 'e'ê$ Deu ordens para que matassemJuie e seu ami)o$ De que outros crimes você 2 cupado- < 8ovardemente! Juan nãotirava os ohos da arma! #icando muito p.ido e transpirando cada ve, mais$ < 5oderiamat.*o a)ora mesmo e nada me aconteceria$ Sa'e disso não 2- Os advo)ados da#am(ia inventariam quaquer coisa e nem me dei6ariam che)ar perto da cadeia$ Aideia 2 tentadora$ Ficaria ivre de você$ Uma rica e respeitada vi+va$

Juan Arista )emeu! assustado$< Fi, isso por você! 8hristina$ Sa'ia quanto você queria um 'e'ê! uma criança

para criar$ 0ada mais 9usto que #osse você a educar o herdeiro dos =easco$< 8he)a de mentiras4 =ocê nunca se importou com meus sentimentos ou

necessidades$

Os ohos de Juan percorriam os rostos ao seu redor! passando rapidamente deum para o outro! #i6ando Juie e Andre" com /dio! ançando mudos pedidos de a9uda: so)ra! que se mantinha ereta e de rosto im/ve$ A arma nas mãos de 8hristinaestremeceu i)eiramente$ Um terror irraciona passou peos ohos de Juan$

< Foi ea4 < ee )ritou! apontando para ;eti,ia$ < %a me o'ri)ou$ 0ão tenhocupa$

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< A2m de tudo 2 covarde < escarneceu a esposa$< Juro4 < %e estava 'a'uciante e trêmuo$ < Juro que não queria #a,er ma a

nin)u2m$ Foi ea$$$< 5are! Juan4 < ;eti,ia ordenou! #uriosa$ < Dei*he uma posição de

responsa'iidade na #am(ia e ohe o que você #e,$ A2m de tudo ainda me a)ride commentiras e acusaç7es-

< 0ão pode ne)ar que )ostaria de ver Juie morta$< 8on#esso que ea não seria a esposa que eu escoheria para o meu #iho! masestava disposta a aceit.*a e toer.*a por ser a mãe do meu neto$ %ntão vocêcomeçou a me envenenar com hist/rias e insinuaç7es$ A)ora perce'o que #ui usadacomo instrumento da sua am'ição! em muitas coisas! e isso me enche de ver)onha edes)osto$ 0unca deveria tê*o tirado daquea sua #am(ia sem import&ncia para he darum u)ar na minha$ =ocê me eno9a$

Um 'riho de oucura passou peos ohos dee$< % você a mim! @ainha dos =easco$ 5osso estar aca'ado! mas você tam'2m

est.$ Andei investi)ando so're certas coisas que me intri)avam e aca'ei #aando commuita )ente! incusive com uma muher que #oi uma criada sua e a)ora tem um s(tio e

uma renda mensa 'em popuda$ < O rosto de ;eti,ia tornou*se espantosamente'ranco e ea osciou i)eiramente! precisando se)urar*se ao espadar de uma cadeira$< 8onse)ui #a,ê*a #aar < Juan continuou! com um sorriso perverso$ < % a)ora seipor que 5auo a odiava$ Todos os motivos que se possam ima)inar nem che)am pertoda terr(ve e verdadeira ra,ão! conhecida apenas por você! 5auo e a empre)ada$

< 0ão4 < O )rito de ;eti,ia era an)ustiado$< A muher em'ra*se do 'ihete que encontrou perto do corpo de seu #iho mais

veho! at2 ho9e! paavra por paavra$ %sse 'ihete! ea entre)ou a 5auo! que #oicham.*a! em p&nico$ 5or2m! quando você che)ou ao quarto! viu não a morte do #iho!mas a ver)onha e o esc&ndao$ O'ri)ou 5auo a queimar o 'ihete que o irmãoescrevera antes de se suicidar e a )uardar se)redo do que se passara$

;eti,ia chorava$ %ra um pranto desesperado$< 5recisei esconder a verdade < ea souçou$ < 0ão podia dei6ar que a

ver)onha ca(sse so're nossa casa$A veha dei6ou*se cair na cadeira! enquanto os souços trans#ormavam*se em

)emidos dooridos$ A não ser peo pranto daquea muher or)uhosa! o quarto estavaem siêncio$ Juan pareceu perder toda a ener)ia! encostando*se numa parede! com arderrotado$ 8hristina apro6imou*se de Andre" e coocou*he a arma nas mãos$

< 8uide de Juan! por #avor! enquanto vou chamar meu pai e a po(cia$< A po(cia não4 < o marido choramin)ou$ < Se não se importa comi)o! pense

na #am(ia e no esc&ndao$< 0ão ve9o ver)onha em chamar a po(cia para um 'andido como você <

8hristina respondeu! cheia de determinação$Andre" apontou*he o rev/ver e Juan! quase morto de medo! escorre)ou at2 o

chão! #icando ai sentado! com as costas apoiadas na parede$ 8hristina incinou*separa a mãe e se)urou*he os om'ros$ Sacudiu a muher! )entimente mas com#irme,a! como tirando uma criança de um ataque de histeria$

< 1ãe$ 1ãe4 Onde est. o 'e'ê-< %m meu quarto$ < A vo, era #ina e so#rida! e o rosto de ;eti,ia aparentava ter

envehecido anos! naquees poucos minutos$ < O 'e'ê est. em meu quarto < earepetiu$ < ;. 2 se)uro$ %e precisa crescer para ocupar o u)ar do pai$

8hristina dei6ou a mãe murmurando sempre as mesmas #rases e acercou*se deJuie! tocando*a no 'raço$

< =. 'uscar seu #iho$ Os outros pro'emas são nossos$ %st. ivre dos =easco!Juie$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

CAP!TUL "!V

Juie aca'ou de coocar as roupas na maa que 8hristina he dera e ohou em

vota para ver se não esquecera nada$ 0ão evara muito tempo para arrumar tudo!pois havia pouca coisa a evar$ Fora : 8idade do 126ico em 'usca de TonI evandopouco mais que a roupa com que via9ara$ O que havia dei6ado para tr.s! em seuanti)o quarto! quando #u)ira com o 'e'ê! desaparecera$ ;eti,ia dera um 9eito deapa)ar todos os traços de sua passa)em pea #am(ia! mas )uardara todos ospertences da criança! de um modo doentio! apenas e6picado por sua demência$ TonI!por2m! crescera naquees poucos meses! perdendo todas as roupas que possu(ra$ %raat2 'om não ter que conservar coisa a)uma daquee tempo em que vivera ai!humihada! numa escravidão dis#arçada$ O terninho de ã! com etiqueta #rancesa! queusava! era de 8hristina$ A cunhada insistira para que #icasse com ee! ae)ando que acor! cin,a*a,uado! com'inava com seus ohos e reaçava o tom de co're avermehado

dos ca'eos$ Desceu as ma9estosas escadas carre)ando a maa e uma sacoa cheia de#radas e outros arti)os de hi)iene do 'e'ê$ %ra incr(ve como a atmos#era da casa setrans#ormara! depois que ;eti,ia e Juan Arista haviam sa(do dai$

Havia m+sica! descontração! e at2 os empre)ados tra'ahavam cantaroando$ Apr/pria u, do so! entrando peas 9aneas! parecia mais 'rihante e ae)re$

< Onde est. todo mundo- < Juie chamou! che)ando ao vest('uo$< Aqui! na saa de 9antar < 8hristina respondeu$%ncaminhou*se para a porta que dava para a ee)ante saa e parou no vão! rindo

da cena que se desenroava$ TonI en)atinhava veo,mente em'ai6o da mesa enorme!enquanto a tia ameaçava pe).*o! correndo de um ado para outro$ O 'e'ê pareciaestar se divertindo muito! pois ria ato e dava )ritos de puro pra,er$ Juie 'ateu pamaspara chamar a atenção dos dois$

< 5osso sa'er do que estão 'rincando-8hristina deu uma #in)ida e6pressão de espanto ao rosto$< %ntão não sa'e-< Deveria-< Acho que 2 evidente que TonI 2 um coehinho e eu uma raposa que adora

carne de coeho$< Descupem minha estupide,$ 8omo não reconheci um coeho e uma raposa-8hristina parou de correr em vota da mesa e recoocou para dentro a 'usa que

escapara da saia$< Fi, ch. do 9eito que você )osta$ 3uer tomar uma 6(cara comi)o- =amos para a

co,inha$TonI sentara*se! ohando em vota! esperando que o rosto da tia aparecesse

entre as pernas da mesa e! quando perce'eu que a 'rincadeira não ia continuar!começou a 'a'uciar! como se a estivesse chamando$

< % o coehinho aqui em'ai6o-As duas oharam para 'ai6o da mesa$ Assim que TonI as viu! rompeu em risadas

e começou novamente a en)atinhar em c(rcuos$< =ou #echar a porta que d. para o vest('uo$ 3uando ee se a'orrecer de #icar

so,inho! ir. nos procurar na co,inha < 8hristina resoveu$Juie não estava disposta a tomar ch. com a cunhada! mas seria imposs(ve

arrumar uma descupa$ Sa'ia que 8hristina estava procurando uma oportunidade paradesa'a#ar! mas temia que ea tam'2m resovesse a'ordar assuntos que pre#eriadei6ar enterrados$ 0ão precisava de um om'ro para chorar ou de um ouvintecompreensivo$ 0ecessitava mesmo era de um hipnoti,ador! que #osse capa, de apa)arda sua mente toda a dor e as m.s recordaç7es$

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0ão teve por2m! outra aternativa! a não ser acompanhar 8hristina at2 a imensaco,inha! muito ensoarada! com piso de cer&mica escrupuosamente impo$ L votatoda havia 'ac7es e arm.rios de madeira escura! presos :s paredes$ %m um vãoentre dois arm.rios er)uia*se uma )eadeira americana de aço ino6id.ve! enormecomo a de um restaurante e con9u)ada ao #ree,er$ O #o)ão! tam'2m de aço! 'rihavade impe,a$ O cCmodo parecia ainda maior sem os empre)ados$ Sentou*se : mesa

co'erta de a,ue9os decorados de marrom e amareo! enquanto 8hristina arrumava osutens(ios para o ch. numa )rande 'ande9a$< Acho que nunca entrei nesta co,inha quando os criados não estavam$ 5arece

di#erente < comentou$A cunhada riu$< %ntrou! sim$< 0ão me em'ro$< 5ois 9amais vou esquecer aquea ve, em que! no meio da noite! minha mãe a

pe)ou aqui #a,endo um sandu(che de 'anana com me$Foi a ve, de Juie rir$< A)ora me em'ro$ Tive! de repente! um dese9o invenc(ve de comer a)o

e6trava)ante$ 8oisas de )r.vida$< $ =ocê estava enorme! quase no #im da )ravide,$< 0ão sei como sua mãe perce'eu$ %m'ora estivesse tendo di#icudade em achar

uma 'anana nesta imensidão de co,inha! procurei não #a,er ru(do$< Acho que ea possui$$$ dei6e ver se me em'ro do termo$ Ah! sim4 5ercepção

e6trassensoria$< %a não )ostou nada de me ver aqui$ 5enso que me poupou de um sermão

apenas por causa do 'e'ê que esperava com tanta ansiedade$< 0a sua mentaidade antiquada ea acredita piamente que as )r.vidas sentem

estranhos dese9os e nunca a impediria de satis#a,er os seus$ %a s/$$$< %u sei < Juie interrompeu$ < Tem re)ras estritas e! se)undo eas! uma

pessoa de casse não #a, o tra'aho dos criados$ S/ que eu nunca tive cora)em dechamar uma empre)ada : meia*noite para me preparar um anche$ < Deu deom'ros$ < O incidente serviu para me tirar o v(cio de comer #ora de hora$

< Foi naquea noite < 8hristina ohou*a com ternura < que eu sou'e que ia)ostar de você$

O'servou o cuidado com que a cunhada tra,ia a 'ande9a para a mesa e dispunhaas #inas 6(caras de porceana in)esa e coherinhas de prata so're toahinhas de inho$0ão o#ereceu a9uda! sa'endo que ea estava sa'oreando o pra,er de ser dona*de*casa$

< Onde estão os empre)ados- < per)untou$< Dei*hes a tarde de #o)a$ )ostoso ter a casa s/ para n/s! não 2-< Sim$ Fica tranquia$ O am'iente era 'em di#erente! primeiro$ 8heio de tensão$

A)ora a casa 2 uma de(cia$< mesmo < concordou 8hristina! vertendo o ch. nas 6(caras$ Durante a)uns

momentos! tomaram o (quido quente e cheiroso! em siêncio$ < 0ão precisa sepreocupar com o hor.rio do avião < 8hristina disse$ < O motorista vai votar a tempode ev.*a ao aeroporto$

< O'ri)ada$< 0ão pode ima)inar como estou entusiasmada com a id2ia de visitar você e

TonI em 0ova or?$< =ai ser /timo rece'ê*a$ 0ão demore muito a se resover$< Assim que tudo aqui estiver em ordem! irei$8hristina impou a )ar)anta! virando a 6(cara no pires! nervosamente$ >am

começar as con#idências que pre#eria não ouvir$< 1inha mãe não #oi sempre assim terr(ve$ Sinto muito por tudo o que ea a #e,

so#rer! mas! na maioria das coisas que #e,! #oi indu,ida por Juan$ % acredito que não

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sou'esse nada das ordens que meu$$$ meu marido havia dado para mat.*a$ < Juiecaou*se! resi)nada$ A)ora que perdera a ini'ição! a cunhada continuaria a #aar$ <=eio de uma #am(ia rica! mas com #ortuna rec2m*adquirida e pouca educação$ 0unca#oram aceitos pea sociedade! pois suspeitava*se de que haviam )anho dinheiro demodo i(cito$ 3uando casou*se com papai e rece'eu o nome =easco! #icou tãoor)uhosa que tornou*se ponto de honra de#endê*o de quaquer coisa que o

macuasse$ 1eu pai! por2m! nunca deu muita import&ncia para essas quest7es denome! san)ue ou inha)em$ %stava mais preocupado em #a,er os ne)/cios#orescerem e )anhar dinheiro$ O que #e, com que ea se tomasse tão intransi)ente eautorit.ria #oram os desapontamentos que a vida he trou6e$

< Descupe! mas esses desapontamentos #oram criação dea mesma$< Sim! eu sei! mas$$$< %u compreendo$ %a 2 sua mãe e você tenta descup.*a! mas sei que o

despre,o de ;eti,ia e o modo dea considerar os #ihos como #racassos #eriram demaisvocês todos$

< % quanto! meu Deus4< A prepotência de sua mãe evou 5auo para on)e da #am(ia! a#astou Tere,a e

matou seu irmão mais veho$ 0ão dei6e que a destrua! a)ora$< 0ão$ 0ão h. mais peri)o$ Sa( #orte e renovada de tudo o que aconteceu$Juie suspirou$ 8omo haveria ea sa(do daquee drama- Forte! sem d+vida$ 1as

renovada- 0ão poderia haver renovação enquanto a mente continuasse a remoerem'ranças e o coração a doer! soit.rio$ 0ão poderia haver renovação sem Andre"$

TonI #oi en)atinhando! com a costumeira rapide,! para a co,inha! parando ao vê*as! sorrindo deiciado$ ritou! como incitando as muheres a se)ui*o e votou para asaa de 9antar$

< incans.ve < comentou a tia! rindo$ < 0unca para-< S/ quando dorme$Aca'aram de tomar o ch.! em siêncio$ 8hristina er)ueu*se e começou a recoher

as 6(caras$< =ai tee#onar a ee-%m'ora a per)unta #osse esperada! Juie so'ressatou*se$ 3uis #a,er de conta

que não compreendia o que a cunhada queria di,er! mas seria pura perda de tempo$< De que adiantaria-< 0unca se sa'e$< Houve muitos desentendimentos! muitas mentiras! muita descon#iança entre

n/s$< 1as ainda h. amor$ 5osso ver em seus ohos$< Ls ve,es o amor não 'asta$< O amor 2 a +nica coisa s/ida que e6iste$ %e une as pessoas com aços mais

#ortes que os do san)ue$ por isso que vou a9udar minha mãe a começar tudo outrave,! dentro de uma nova visão$

< >sso 2 di#erente < Juie ar)umentou$ < %a 2 sua mãe$ 0ada poder. des#a,eressa i)ação$

< 0ão concordo$ 0ão 2 o san)ue que une! mas o amor$ %e nos torna toerantese #e6(veis e nos ensina a perdoar$

Juie pe)ou a 'ande9a das mãos de 8hristina e evou*a para a pia! vendo queTonI! da porta! espiava a tia$ =otou para a mesa! o'servando a 'rincadeira do #iho$%e veio! sorrateiro! e a)arrou a perna de 8hristina! que #in)iu evar um susto$ritando! e6citado! ee escondeu*se em'ai6o da cadeira onde Juie estivera sentada$ Atia pu6ou*he o pe,inho e! quando ee ia #u)ir en)atinhando ea o pe)ou$

< =enha! querido$ A titia vai he mostrar uma coisa! enquanto a mamãe pensa$

>)n.cio pu6ou uma cadeira para perto do so'rinho! que se sentara a uma das 9aneas da 'i'ioteca$

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< %ntão! 9. vai em'ora novamente$< Sim! tio$< Foi uma pena não termos mais tempo para travar conhecimento com Juie$

5arece ser uma muher e6traordin.ria$< % 2 < Andre" concordou$< Tiramos muitas iç7es dos +timos acontecimentos$ Sua tia e eu estamos

enver)onhados da nossa ce)ueira e das nossas ideias preconce'idas$Andre" estudou o tio cuidadosamente$ >)n.cio não era do tipo de dar #acimentea mão : pamat/ria$

< Juie =easco pode ser uma muher maravihosa! Andre"! mas tam'2m 2 umamuher de sorte$ %ncontrou um homem 'rihante! honesto e cora9oso$ < Andre" #icouemocionado! sentindo um n/ na )ar)anta$ >)nacio evantou*se e ee o acompanhou no)esto$ < Sua tia Heen e eu estamos muito or)uhosos de você! Andre" Wo#e$=erdadeiramente or)uhosos$

>)n.cio o a'raçou e ee retri'uiu o a'raço! apertando o tio com #orça$ Haviaesperado vinte anos para ouvir aqueas paavras$ O tio saiu da 'i'ioteca e Andre"dei6ou*se #icar! acomodando*se novamente na cadeira )irat/ria! #a,endo*a )irar num

semic(rcuo! distraidamente$ J. #icara muito tempo por ai! aos cuidados da tia!descansando e recuperando*se do es)otamento #(sico e menta conse)uidos naqueaaventura que at2 parecia coisa de romance$ 0ão era #icando na ociosidade que iriaconse)uir esquecer$ O mehor rem2dio para as #eridas que haviam #icado era otra'aho$

=ia sua vida como 'aseada em princ(pios r()idos e in#e6(veis! de um modo quenunca he permitira reacionar*se com outras pessoas! pois não conhecia as re)ras datoer&ncia e do perdão$ 5erce'ia! por2m! que se modi#icara! perdendo noç7esantiquadas! derretendo o )eo! ao conviver com Juie naquees dias de oucura$ Depoisde tudo terminado! tivera muito tempo para pensar e che)ara : concusão de que #oraduro demais! não reconhecendo que ea mentira por uma questão de so'revivência enão por possuir um car.ter deturpado$ 1entira e #in)ira para prote)er*se e ao #iho!mas isso não si)ni#icava que não #osse di)na de con#iança e de amor$

Fora um est+pido e a perdera$ 8omo devia ter so#rido com suas acusaç7esin9ustas e #ata de compreensão4 %ra 'om mesmo que nem o quisesse ver$ %squeceriatudo o que houvera entre ees e seria #ei,$ 0ão havia outra coisa a #a,er$ 8omopoderia amar e querer viver com a)u2m que a havia 9u)ado e condenado-

O tee#one tocou! ao on)e$ A)u2m atendeu$ 5reparava*se para a#undar outrave, nos pensamentos meanc/icos! quando a )overnanta apareceu na porta da'i'ioteca$

< Señor Andrew, teléfono$As paavras o dei6aram espantado$ O c2re'ro he di,ia que não podia ser! mas as

pamas das mãos #icaram +midas e o coração aceerou*se$ Se)uiu a criada at2 ovest('uo e atendeu$

< AC! 2 Andre"$< Oi! 2 Juie$A vo, dea estava eve e )raciosa! nem um pouco tensa! como se aquea #osse

uma conversa comum! como se #aassem um com o outro todos os dias$< =ou partir ho9e para 0ova or? < ea e6picou < e achei que devia he

tee#onar para di,er$$$< Onde você est.-O eco de suas paavras! ressoando no vest('uo va,io! #e, com que perce'esse

que #aara ato demais! como se estivesse ansioso$< 0a mansão$ 8hristina me convenceu a #icar um pouco com ea$ 8omo #icamos

apenas n/s duas! não #oi desa)rad.ve$< O que aconteceu com ;eti,ia-A)ora a vo, soara #orma demais$ 0ão conse)uia #aar com naturaidade!

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tentando! como estava! se)urar as emoç7es que o dominavam$< Bem! depois que você e seu tio sa(ram e a po(cia evou Juan! a atmos#era aqui

#icou pesada$ 5ensei que =ictoriano #osse ter um coapso! 9. que não andava 'em desa+de! mas! ao contr.rio! o veho pareceu )anhar uma nova ener)ia$ 0unca o vi tãoautorit.rio e decidido$

< %e sa'ia de a)uma coisa-

< 0ão sa'ia de nada$ 8hristina teve de he contar tudo$< % depois-< %e #e, um verdadeiro discurso! ao me pedir descupas! e disse que entenderia

se eu quisesse me a#astar da #am(ia competamente$< % ;eti,ia-< O seor =ictoriano evou*a para a #a,enda! onde rece'er. tratamento

psiqui.trico$< % você vai se a#astar dees-< 0ão$ Sei que vou demorar para conse)uir con#iar nees! mas vou tentar$ 3uero

que TonI tenha av/s! tias! uma #am(ia! en#im$< 8omo se sente em reação a sua so)ra-

< 0ão a odeio$ Tenho piedade! apenas$ %a reamente #e, um in#erno na #am(ia!mas me sinto mehor perdoando que odiando$< % o que 8hristina pretende #a,er-< A)ora 2 que vem o mehor$ %a vai construir e manter uma c(nica m2dica para

os #aveados$ Ter. com que se preocupar e est. #ei, por poder ser +ti$< Tudo 'em para todos$< O quê-< Disse que est. tudo 'em para todos$< %6ceto para n/s < ea #aou suavemente! com uma ponta de triste,a na vo,$As paavras o surpreenderam$ O que si)ni#icariam-< O que quer di,er com isso! Juie-< 3ue nada est. 'em para n/s$< 1as você e TonI estão 9untos$ 3uanto a mim! o reacionamento com meus tios

#icou mais sincero e caoroso$ Acho que todos n/s ucramos! de a)um modo$< Tem ra,ão < ea concordou$ < Tudo saiu da mehor #orma poss(ve$< 5odemos di,er que houve um #ina #ei,$< Ser. que todo mundo est. #ei,- < ea per)untou! timidamente$5or que estaria ea di,endo aqueas paavras estranhas- 5or que a vo, suave! que

o encantava! parecia triste- 0ão$ 0ão #icaria ima)inando coisas! nem se dei6ariaarrastar peo impuso de di,er que a amava$ 0ão tinha esse direito! depois de tê*ao#endido com suspeitas e sarcasmos$ 1as ea tam'2m suspeitara dee e descon#iarade suas intenç7es$ O mehor era desi)ar! antes que começasse a #raque9ar$

< Sim! acho que sim < ee respondeu! #inamente$< =ocê a)uma ve, dese9ou votar atr.s! des#a,er o que estava #eito e recomeçar

tudo-%e #icou uns instantes em siêncio! com medo de di,er que era o que queria

naquee momento$ Apa)ar os erros! começar tudo outra ve,$ 5or2m! não semodi#icava o passado! por mais que se quisesse$

< Sim! mas desco'ri que 2 imposs(ve$< >mposs(ve$$$ Sim! acho que tem ra,ão$

Juie não se resovia a desi)ar e estava cada ve, mais di#(ci manter a atitudeimpass(ve$ A vo, doce tra,ia recordaç7es de momentos de intimidade! quase o #a,iaver a 'oca sensua apro6imando*se da sua! o#erecendo*se$ %a #aou por mais a)umtempo so're como era 'om estar votando para casa! como TonI estava esperto eae)re e so're uma porção de outras coisas$ 5or #im a)radeceu*he por tudo o quehavia #eito para a9ud.*a e desi)ou$

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Andre" votou para a 'i'ioteca e! se a sua pa, 9. #ora prec.ria antes daqueetee#onema inesperado! depois dee desapareceu de ve,$ As mais oucas ideiascomeçaram a rodopiar em sua mente$

Juie desi)ou e sentou*se! desanimada! : mesa da saa de 9antar$ 8hristina haviadesaparecido com TonI$ 3uem sa'e o que inventara para distra(*o! enquanto ea

#aava com Andre"$ S/ que de nada adiantara$ %e #ora #rio e distante! parecendoimpaciente para ivrar*se dea$ 0ão havia mais esperança para ees$ Teria de aprendera viver sem ee! em'ora o coração he doesse ao simpes pensamento de que nuncamais sentiria aqueas mãos m.scuas e carinhosas em seu corpo! que nunca maisveria aquees #ant.sticos ohos verdes cheios de amor e dese9o$ %ra tão 'onito vê*ocom TonI nos 'raços! o 'e'ê )ostava tanto dee! que era quase insuport.ve pensarque aqueas cenas de ternura nunca mais se repetiriam$

Ohou para o re/)io de parede! anti)o e 'eo! s/ido e impac.ve$ %stava nahora de ir em'ora! de coocar uma dist&ncia enorme entre ea e Andre"$ 0emper)untara quando ee pretendia votar para 0ova or?$ Tam'2m! que di#erença #aria-0ão podia haver dist&ncia maior que a criada pea indi#erença$ =a)arosamente! dei6ou

a cadeira para procurar a cunhada! mas 8hristina 9. estava che)ando com TonI nos'raços$ O menino se)urava um camundon)o de pe+cia$< 5resente de despedida$ O ratinho #aa$ Basta pu6ar*he a cauda$ < De

repente! 8hristina pareceu notar a e6pressão triste do rosto de Juie$ < Faou comee-

< Sim$< % então-< Foi como he disse que seria! 8hristina$ 0ão adiantou nada$< Oh! Juie! como vocês dois são teimosos e or)uhosos4< 0ão 2 isso$ O pro'ema 2 que ee não me ama$< 0ão acredito$ 0unca perce'eu como ee a oha-Juie #icou em siêncio$ TonI começou a espernear! querendo descer! então a tia

pu6ou o ra'inho do camundon)o! que se pCs a #aar com uma vo,inha #ina emec&nica$ O 'e'ê riu! #ei,$

0aquee momento! a campainha soou$ %ra o motorista! avisando que estava nahora de irem para o aeroporto$ O homem pe)ou a pequena 'a)a)em e saiu$ 8hristina!ainda com o so'rinho no coo! #oi at2 o carro! ao ado de Juie! que parecia prestes achorar$

< Descupe se não vou ao aeroporto com vocês! mas detestaria vê*os entrarnum avião e sumir$ 5re#iro #icar aqui$

< %ntendo! 8hristina$ Tam'2m acho despedidas em estaç7es ou aeroportosmuito tristes$

O motorista estava per#iado! ao ado da porta a'erta$ As duas cunhadas sea'raçaram$

< At2 o)o! então! Juie$ %m 'reve nos veremos$< Tchau! 8hristina$O 'e'ê passou dos 'raços da tia para os da mãe! sempre a)arrado ao ratinho

#aante$3uando o carro passou peos port7es de #erro de impressionante soide, e

'ee,a! ea ohou para tr.s$ 8hristina he acenava e a mansão 9. não tinha aparênciasinistra aos seus ohos$

Sentada na cadeira do sa)uão de espera do aeroporto de Houston! Juie dei6ouque TonI escorre)asse para o u)ar ao ado$ Todo seu corpo do(a! mas não era umador #(sica! era uma saudade su#ocante que a assatava naquee u)ar de tantasrecordaç7es$ Fora ai que vira Andre" pea primeira ve,$

>ma)inava o tormento que seria viver na mesma cidade que ee! sem poder vê*o$ 3uanto tempo evaria at2 que ea começasse a pe)ar o tee#one para discar seu

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

n+mero! arrependendo*se depois e desi)ando- 3uanto tempo se passaria at2 que eanão resistisse ao dese9o de #icar nas imediaç7es do escrit/rio! esperando vê*o nemque #osse de reance-

Havia tee#onado para a casa dos O're)on! cheia de esperança de que pudessemesquecer os acontecimentos doorosos do passado e optar por um novo começo$ 1asee não parecera interessado! er)uendo! ao contr.rio! uma parede de indi#erença

entre os dois$ Toda aquea conversa de 8hristina so're o amor a incentivara a tentaruma apro6imação! mas che)ara : concusão de que! se a)u2m amava e se propunhaa esquecer! era apenas ea$ 0ão tinha o direito de querer #orçar um novoreacionamento$ 5recisava respeit.*o e ao seu dese9o de a#astar*se! mas aconsciência disso não diminu(a seu so#rimento nem preenchia o v.cuo que se #ormaraem sua vida$ 5odia apenas sonhar que entrava em seu escrit/rio e via aquees ohosverdes e a e6pressão de impic&ncia carinhosa que tantas ve,es he perce'era norosto$ O que não daria para o'serv.*o a en#iar os dedos no ca'eo ouro e re'ede!num )esto descuidado4

TonI estava inquieto$ 5usera*se de p2! se)urando no encosto da cadeira! mascomeçara a 'a'uciar daquee modo irritado que aca'aria em choro ou em teima para

ir para o chão$ 5recisava evitar que ee desse esc&ndao ou desco'risse o cin,eiro quehavia entre sua cadeira e a pr/6ima$ Tam'2m não o queria en)atinhando no piso!su9ando*se todo$ 8om um suspiro en#iou a mão na sacoa! procurando um 'rinquedo$Fradas! potes de aimento! 'iscoitos! enços de pape! um pequeno pente$ A mãoencontrou o ivro de pano! cheio de #i)uras representando animais que #ora de umadas #ihas de Tere,a! mas ee 9. se havia en9oado daquio e dos sons que a mãe #a,ia!imitando a vo, de cada 'ichinho$

Onde estaria aquee camundon)o que #aava! presente de tia 8hristina- =ieracom ee na mão! no voo da 8idade do 126ico para Houston! pu6ando*he o ra'inho!#a,endo*o #aar sempre as mesmas #rases! para distrair o 'e'ê$ Onde o teria posto-0ão era poss(ve que o tivesse perdido$ 5rocurou na 'osa a tiracoo onde evavadinheiro! o passaporte e as passa)ens$ Os dedos sentiram a macie, da pe+cia$A)arrou o 'rinquedo e tirou*o da 'osa! ouvindo TonI iniciar aquee chorinho que! easa'ia muito 'em! aca'aria num verdadeiro 'erreiro$ Fechou o ,(per da 'osa eapressou*se em mostrar o 'ichinho ao 'e'ê que começou a rir! deiciado$

< =ocê )osta do ratinho! não 2- < per)untou ao #iho$5erce'eu então que TonI não estava prestando a m(nima atenção a ea ou ao

'rinquedo$ @ia para a)u2m que estava sentado 'em atr.s dea$ S/ #atava a pessoaquerer conversar! per)untando coisas so're o 'e'ê$ 0ão tinha vontade de #aar$ %stavatão amar)urada que nem conse)uia ser )enti! portanto era mehor que a dei6assemem pa,$ Tentou pu6ar TonI! querendo que ee se sentasse! mas o menino rea)iu!a)arrando*se mais : 'orda do encosto$ 3ue #icasse ai então! rindo para quem querque estivesse atr.s$ Fin)iria não estar perce'endo o que se passava$

De repente! a criança começou a esticar*se! #icando nas pontas dos pe,inhos$Ohou para o #iho e viu*o estendendo a mão rechonchuda! como se #osse a)arrara)uma coisa$ 3ue não #osse pu6ar o ca'eo de a)u2m4 =irou*se de ado! na cadeira!para ver o que estava acontecendo! e deparou com o homem mais 'onito que 9. vira!de ca'eos cor de areia! evemente encaracoados e ohos verdes 'rihantes! que tiravauma mecha re'ede da testa! com a mão #orte e e6pressiva$ O homem deu a outramão a TonI! que a a)arrou! dando )ritinhos de ae)ria$

< Tem uma mão,inha #orte! o )aroto$A vo, era m.scua e suave$ Juie #e, um )esto de ca'eça! concordando$ Tinha

medo de #aar e que'rar a ma)ia daquee momento$< Acho que ee )osta de mim$ < %a tornou a concordar$ < 3uer me dar o

ratinho- < o homem pediu$ %ntre)ou*he o 'rinquedo$ < =amos 'rincar! )arotão- <ee convidou! pu6ando a cauda do 'ichinho que se pCs a #a,er per)untas! com suavo,inha de ro'C$

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Super Sabrina 74 – Caitlin Cross – Amor difícil 

TonI riu e estendeu a mão$ O 'ichinho he #oi entre)ue$ O homem er)ueu*se eea viu que era muito ato e tinha pernas on)as e ro'ustas$ 8om passadas e.sticas!andou at2 a e6tremidade da #ieira de cadeiras! votando peo ado onde ea estava$;.)rimas começaram a roar dos ohos cin,entos! mas ea não #e, caso! s/ seimportando em ohar para Andre"! que se sentara ao ado! pe)ando o 'e'ê no coo$

%stava tão perto4 Bastava um )esto para toc.*o! para acariciar as #aces

amorenadas e os .'ios 'em desenhados$ %e a ohava com tanta esperança! tantaternura! que ea sentiu*se estremecer$< =ou precisar de um ami)o em 0ova or? < disse! com vo, em'ar)ada$< para . que eu vou$< %ntão! tave,$$$< 0ão preciso de uma ami)a! Juie$< 0ão-< 5reciso de a)u2m para amar e em quem con#iar$< %u o amo$< %u a amo e con#io em você$ 3uer se casar comi)o-< a +nica coisa que dese9o no mundo$

0ão havia mais como reprimir as .)rimas ou o impuso de a'raç.*o$ Atirou*heos 'raços ao pescoço! coando o rosto mohado ao dee$ TonI protestou ao ver*seapertado! e Andre"! sem a#astar*se! pu6ou o ra'inho do camundon)o que se pCs a#aar$ %e então a 'ei9ou$ 5erderam*se no encanto daquee 'ei9o! sem perce'er oquadro que estavam #ormando$ Um homem e uma muher a'raçados! imprensandoum 'e'ê que ria! ao som de um 'rinquedo que repetia a)umas per)untas! semcessar$

< 8omo vai você- 8omo se chama- 8omo vai você-$$$