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Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

Índice

1 - O que é o Kanban?

2 - Quais os tipos de Kanban?

3- Vantagens do Kanban.

4- Como se aplica o Kanban?

5- Condições para Implementar o Kanban.

6- Apresentação de exemplos de boas práticas.

7- Conclusões

Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

• Kanban é uma palavra de origem japonesa que significa literalmente registo ou placa visível. É um sistema desenvolvido para a produção Lean e just-in-time (JIT). Kanban é um sistema para controlar a cadeia logística do ponto de vista da produção.

• Desenvolvido por Taiichi Ohno, no Toyota, para encontrar um sistema para melhorar e manter um nível elevado de produção. Kanban é um método através do qual é alcançado o JIT.Tornou-se uma ferramenta eficaz para apoiar a execução de um sistema de produção como um todo, e provou ser um excelente meio para promover a melhorias.

• No final de 1940, a Toyota começou a estudar supermercados com a idéia de aplicar as tecnicas de abastecimento de prateleiras em lojas para o abastecimento de linhas produtivas. Num supermercado, os clientes obtêm a quantidade necessária no tempo necessário, nem mais nem menos. Além disso, os stoks dos supermercados são baseados no que se espera vender dentro de um determinado período de tempo, e os clientes levam apenas o que eles precisam, pois o suprimento futuro está assegurado.

Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

• Esta observação levou Toyota para visualizar um processo como sendo um cliente de um ou mais dos processos anteriores, e os processos anteriores são vistos como um tipo de loja. O "processo" cliente vai até a loja para obter os componentes necessários que por sua vez faz com que a loja se reabasteça.

• Um sistema Kanban, pode reduzir drasticamente os níveis de stocks, aumentar a rotação de stocks, melhorar relacionamento fornecedor/cliente e melhorar a precisão dos horários de fabricação.

• Kanban alinha os níveis de stock com o consumo real, um sinal é enviado para produzir e entregar uma nova remessa quando o material é consumido.

• Kanban utiliza a taxa de procura para controlar a taxa de produção, passando a procura do cliente final através da cadeia de processos de clientes da loja.

Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

Existem três tipos de Kanban:

• De transporte ou logística: usado para avisar o estágio anterior que o material pode ser retirado do stock e transferido para um destino específico. Este contém informações como: número e descrição do componente, lugar de origem e destino, entre outras.

• De produção: é um sinal para o processo produtivo de que ele pode começar a produzir um item para que seja colocado em stock. A informação contida neste kanban normalmente inclui número e descrição do componente, descrição do processo, materiais necessários para produção do componente, entre outras.

• Do fornecedor: são usados para avisar ao fornecedor que é necessário enviar material ou componentes para um estágio da produção.

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Vantagens do sistema Kanban

A grande vantagem da utilização do sistema Kanban para as empresas é a redução de custos. Isto por que as empresas ao manterem em Stock apenas o que irão consumir conseguem uma maior disponibilidade de tesouraria, não tendo a necessidade de manter muito capital imobilizado sem saber quando os materiais serão utilizados.

Outras vantagens obtidas com a utilização do método Kanban:

• Uma maior capacidade total das linhas produtivas, já que os sectores produtivos são mais bem aproveitados;

• Antecipação dos prazos de entrega dos produtos finais aos clientes, já que as quantidades de materiais para a produção estão sempre disponíveis na quantidade requisitada por este cliente;

• Redução do nível de existência de produtos finais em Stock. Uma vantagem da produção “pull”.

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O Kanban tem como característica um sistema visual, sendo que as suas cores são equiparadas a um semáforo, onde a cor verde significada que a produção está fluindo bem; com o amarelo devemos ficar atentos e o vermelho significa que a situação está crítica.

Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

O Kanban funciona como uma encomenda interna colocada num posto de trabalho e como guia de remessa quando acompanha o produto resultante dessa encomenda.

Desta forma, o Kanban é uma ordem de fabrico que circula permanentemente no fluxo de produção, acompanhando o fluxo dos materiais no sentido a jusante e voltando sozinho para montante logo que os materiais são consumidos.

Desta forma, o ritmo de produção é determinado pelo ritmo de circulação dos cartões (Kanban´s), o qual por sua vez, é determinado pelo ritmo de consumo dos materiais. Um posto de trabalho a jusante comanda assim o posto a montante.

O Kanban consiste em sobrepor ao fluxo físico dos materiais um fluxo inverso de informações.

Como se Aplica o Kanban

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Podemos observar o que ocorre entre os dois postos :

O posto de trabalho 2 consome as peças fabricadas pelo posto de trabalho 1. Cada vez que o posto 2 utiliza um contentor ( C) de peças, retira-lhe o cartão, designado Kanban (K), que reenvia para o posto de trabalho 1. Desta forma, o cartão possui, para o posto de trabalho 1, uma ordem de fabrico de um contentor de peças.

Quando o posto de trabalho 1 termina o fabrico do contentor, coloca-se 1 cartão Kanban. O contentor é ,então, encaminhado para o posto de trabalho 2.Entre 2 postos de trabalho circulam um numero definido de Kanban´s (Contentores).

Um cartão Kanban só deixa um contentor para ser devolvido ao posto de trabalho 1, quando o contentor se encontra completamente vazio.

Como se Aplica o Kanban

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Este sistema reflecte-se entre todos os postos de trabalho do mesmo sector de produção.

Um Kanban específico apenas circula entre dois postos de trabalho específicos.

Os Kanban´s estão, fixados nos contentores que aguardam no posto de trabalho 2 ou no

planeamento de Kanban´s no posto 1 à espera de transformação de peças.

Condições para Implementar O Kanban

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• Necessidade de um bom lay-out da fabrica e dos meios produtivos;

• Necessidade de tempos curtos para mudança em série;

• Eliminação de possíveis imprevistos;

• Desenvolvimento de relações privilegiadas com fornecedores;

• Polivalência do pessoal e necessária formação dos recursos humanos;

• Normalização dos componentes e subconjuntos constituintes do produto, o que

permite diminuir o número de referências a trabalhar;

• É necessário nivelar a procura.

Condições para Implementar O Kanban

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• Para cada peça temos uma sequência de posições onde são colocados os cartões.

• As posições vazias indicam o stock disponível (embalagens cheias) e cada cor indica o grau de urgência da reposição.

• Os cartões são colocados do verde para o vermelho.

Quadro Kanban

Não há necessidade de produzir

É preciso produzir

Stock de segurança

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• O cliente só retira peças de stock quando for realmente necessário.

• O fornecedor só pode produzir peças das quais possui kanbans de produção e nas quantidades definidas nestes.

• Somente peças boas podem ser colocadas em stock.

• Os cartões devem ficar nas embalagens cheias ou no quadro Kanban.

O quadro deve ser fixado em local acessível, visível e próximo do stock.

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Responsável pela comunicação e funcionamento do sistema.

O numero de cartões kanban está diretamente relacionado com a velocidade de consumo na linha de montagem e com o tempo de reposição necessário ao fornecimento dos lotes.

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Cada lote é armazenado num recipiente padronizado, com um numero definido de peças e um cartão correspondente a cada contentor.

Os contentores cheios e vazios devem ficar nos lugares pré-establecidos, devidamente sinalizados.

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Quando o cliente for retirar um contentor do stock para consumo, deve colocar o cartão no quadro kanban seguindo a ordem: 1º verdes, 2º amarelos, 3º vermelhos.

O fornecedor interno ou externo, saberá quantos contentores foram retirados do stock, funcionando como uma autorização para produzir a peça.

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Produção em 1º lugar

Produção em 2º lugar

Quando as peças forem produzidas internamente (kanban interno) ou recebidas de fornecedores de fora (kanban externo) o contentor vai para o local de stock pré-determinado e o cartão deve ser retirado do quadro e fixado junto ao contentor.

Bruno Sequeira, Manuel Pires, Rui Dias, Sofia Rodrigues – Lean SCM

Bibliografia

• Pinto, J. Pensamento Lean A Filosofia das organizações vencedoras. Lidel, 2009

• SHINGO, S. O sistema Toyota da produção: do ponto de vista da engenharia de produção. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996

• Fujimoto, T. The Evolution of a Manufacturing System at Toyota. NY: Oxford University Press, 1999.

• Hirano , Hiroyuki, (2009), JIT implementation manual – the complete guide to just-in-time manufacturing, 2º vol, Productivity Press.