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7/25/2019 [SUSAN MEIER] VOLTA DA ESPERANÇA.doc http://slidepdf.com/reader/full/susan-meier-volta-da-esperancadoc 1/108 Volta da Esperança NANNY FOR THE MILLIONAIRE’S TWINS Susan Meier Ela consegue lidar com os gêmeos, mas e com o ce!e" Como a nova babá, Tory Bingham cuida dos adoráveis gêmeos de Chance Montgomery. Apesar de tirar de letra as trocas de fraldase noites em claro, nada a prepara para a presença do belo e estonteante pai dos bebês Cinco anos atrás, os sonhos de Tory foram destroçados por um terr!vel acidente, mas conforme se torna parte da fam!lia de Chance, ela tem "ue tomar uma decis#o dific!lima. Tory ousará superar o passado e ter esperanças na felicidade novamente$ Digitalização: Simone R Revisão: Carmita

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Volta da EsperançaNANNY FOR THE MILLIONAIRE’S TWINS 

Susan Meier

Ela consegue lidar com os gêmeos, mas e com o ce!e"Como a nova babá, Tory Bingham cuida dos adoráveis gêmeos de Chance

Montgomery. Apesar de tirar de letra as trocas de fraldase noites em claro, nada a prepara

para a presença do belo e estonteante pai dos bebês Cinco anos atrás, os sonhos deTory foram destroçados por um terr!vel acidente, mas conforme se torna parte da fam!liade Chance, ela tem "ue tomar uma decis#o dific!lima. Tory ousará superar o passado eter esperanças na felicidade novamente$

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

Querida leitora,%e ve& em "uando, uma hist'ria me surpreende. Volta da esperança  ( uma

dessas. Comecei com a intenç#o de escrever sobre um her'i com uma postura hostil. )leteve uma vida terr!vel, com um pai e*igente e, fre"uentemente, desonesto. +á muitotempo ele tenta superar o abuso emocional. At( "ue sua e*namorada lhe entrega seus

gêmeos, e ele n#o pode mais fugir.- a! "ue entra Tory Bingham. Chance pode achar "ue a vida foi dura com ele, mascom Tory foi muito pior. Ainda assim, Tory n#o comenta sobre seu sofrimento, nem buscacompai*#o. )m ve& disso, o auda a superar o trauma de ter sido abandonado pela e* e ase tornar um bom pai para os filhos.

Tory ( leal, honesta e maravilhosa, e "uando Chance descobre "ue os problemasdela s#o muito maiores "ue os dele, se torna mais humilde.

)la o muda de uma maneira "ue Chance n#o esperava. ) o desafia de formas "ueele n#o "uer ser desafiado, ainda "ue a sorte n#o pareça estar do lado deles, e um finalfeli& se mostre pouco provável. Mesmo "ue consigam ficar untos, o preço será alto... /ofim, Chance se torna o homem "ue estava destinado a ser. 0uas escolhas s#o viscerais e

poderosas. Assim como as de Tory. )spero "ue a hist'ria deles inspire você.Boa leitura!Susan Meier 

Tradu#$o %anessa Ma&ias 'andini 

HARLEQ"#$%&

12B34CA%5 05B AC56%5 C5M +A63)724/ )/T)61640)0 44 B.8.90.:.r.l.Todos os direitos reservados. 1roibidos a reproduç#o, o arma&enamento ou a

transmiss#o, no todo ou em parte.Todos os personagens desta obra s#o fict!cios. 7ual"uer semelhança com pessoas vivas

ou mortas ( mera coincidência.

T!tulo original; /A//< =56 T+) M43345/A46)>0 T?4/0Copyright @ by 3inda 0usan Meier 

5riginalmente publicado em por Mills D Boon 6omance

 Artefinal de capa;/ucleo i designers associados)ditoraç#o eletrEnica;

)%4T564A6T)4mpress#o;

66 %5//)33)<FFF.rrdonnelley.com.br 

%istribuiç#o para bancas de ornais e revistas de todo o Brasil;=C Comercial %istribuidora 0.A.

)ditora +6 3tda.

6ua Argentina, G, Ho andar 0#o Crist'v#o, 6io de Ianeiro, 6I J KLContato; mailto;virginia.riveraNharle"uinbooOs.com.br 

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CA'()L* +

Chance Montgomery estacionou o 028 em frente aos grandes portPes negros deferro da casa da m#e. )le pressionou o bot#o do controle remoto "ue ela havia lhe dadoe, ap's os portPes terem sido abertos, dirigiu pelo caminho tortuoso, indiferente ao ver "ue nada havia mudado. As folhas nas árvores altas "ue levavam : mans#o haviam setornado vermelhas, amarelas e larana, da forma "ue sempre acontecia em outubro em1ine ?ard, na 1ensilvQnia. A mans#o de pedras marrons e cin&a, sua casa de infQncia,parecia e*atamente como em seu aniversário de anos, "uando ele tinha fugido.

=ugira por"ue sua vida estava uma bagunça. %ias, meses e anos de traiçPes ementiras.

4ronicamente, ele estava voltando pelo mesmo motivo. A mulher "ue ele haviapensado ser o amor da sua vida o dei*ara "uando percebera "ue estava grávida degêmeos. )la nunca o amara, apenas o usara como um degrau para chegar aonde "ueriaem sua carreira. /ove meses depois, ela havia tido os bebês e parecera cuidar delesade"uadamente por seis meses ou mais. ), ent#o, subitamente, há duas semanas ela oshavia levado para a casa dele e dito "ue n#o os "ueria de volta.

)stranho era "ue o fato de ela ter desistido das crianças reforçou a valiosa liç#o"ue ele aprendera "uando descobriu "ue seu pai adotivo era, na verdade, seu paibiol'gico. As pessoas n#o eram confiáveis. A maioria olhava apenas para si mesma. )ledeveria ter se lembrado disso "uando ela lhe dissera "ue apenas estivera com ele para

usálo.Mas n#o. )le havia se agarrado : esperança de "ue, ainda "ue ela n#o o amasse,

ela poderia amar as crianças.

)le era um idiota.

Chance estacionou o 028 em frente a uma das portas da garagem, desligou omotor e saiu do carro. Como se estivesse esperando por ele, a m#e se apressou em suadireç#o.

J Chance, "ueridoR J 5 cabelo branco como a neve estava cortado em um estilocurto e elegante. As calças e a gola rulê preta com p(rolas a fa&ia parecer a socialite "ue

ela era. A m#e o envolveu em um abraço e, "uando se afastou, seus olhos estavam cheios

de lágrimas.

J )stou t#o feli& "ue você estea em casa.

Chance limpou a garganta. )le deseou "ue pudesse di&er o mesmo, mas averdade era "ue n#o estava feli& por estar ali. )le n#o estava feli& por n#o conseguir dar conta dos gêmeos. /#o estava feli& por a m#e dos bebês n#o "uerer participar da vidadeles. ) n#o estava feli& por cada pessoa em sua vida "ue o machucava, o tra!a oumentia para ele.

)*ceto SFen Montgomery. A devotada esposa "ue o pai havia feito com "ue oadotasse. 2ma mulher "ue, apesar de ter descoberto "ue ele era filho ileg!timo do marido,n#o havia dei*ado de amálo.

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J - bom estar em casa.

Certo. 4sso era uma meiaverdade. Mas como ele poderia di&er a verdade :"uelaalegre mulher : sua frente$

7ue essa casa o fa&ia se lembrar de um pai "ue n#o era confiável. 7ue a sua vidaestava uma droga...

)le n#o poderia.SFen uniu as m#os e declarou animada;

J )nt#o, me dei*e vêlosR

Chance alcançou a porta traseira do 028 no momento em "ue uma mulher ruivasaiu da mans#o. )le teria mentido se dissesse "ue n#o havia notado "ue ela possu!a umlindo rosto. 5lhos grandes e castanhos, um nari& arrebitado e lábios cheios e suculentos.Mas estava vestindo uma blusa branca simples, uma calça na cor cin&a e horrorosossapatos pretos.

 A m#e disse;

J A prop'sito, essa ( 8ictoria Bingham. )la gosta de ser chamada de Tory. )u acontratei para ser a babá dos gêmeos.

/ormalmente, ele teria aceitado a m#o "ue ela oferecia a fim de trocarem umcumprimento. )m ve& disso, no entanto, Chance virou para a m#e e falou;

J )u lhe disse m#e, "uero criálos so&inho. 8im a"ui para obter sua auda, e n#ode uma estranha.

SFen se endireitou como se ele a tivesse machucado at( a morte.

J Bem, ( claro, vou audálo. Mas você tamb(m precisa de uma babá para coisas

como fraldas...J )u posso trocar fraldas. Tro"uei L nas ltimas duas semanas. )ssas crianças

foram abandonadas pela m#e. )las n#o v#o perder o pai tamb(m.

J 5h, "uerido. /#o vamos dei*ar essas crianças crescerem sem amor. 8ocê teveuma babá at( completar H anos. ) você n#o acha "ue eu o amo menos do "ue umacriança criada sem uma babá, acha$

Chance meneou a cabeça. 5 amor de SFen havia sido provado um milh#o deve&es, "uando ela aceitara a infidelidade do marido bem melhor do "ue Chance haviaaceitado.

J )nt#o, você viu$ Babá ( uma auda perfeitamente ade"uada.J 0uponho "ue sim J murmurou ele, virouse para a porta do 028 e, ap's abrila,revelou seus dois verdadeiros motivos de orgulho e alegria. 5 pe"ueno 0am gritou deforma indignada como se ressentisse estar preso dentro do carro en"uanto todos osoutros conversavam. Cindy e*ibiu um sorriso radiante.

J 5h, "ueridoR )les s#o maravilhososR

)les eram maravilhosos.

)m p( pr'*ima : caminhonete, Tory Bingham fitou os dois bebês louros e de olhosa&uis. )la n#o "ueria esse emprego. Ap's anos de cirurgias e terapias para reparar suaperna es"uerda, a "ual havia sido "uebrada em um acidente de moto, ela podiafinalmente caminhar com o apoio de sapatos ortop(dicos. )la tamb(m podia dirigir. 0euplano havia sido despender os dias com seu noivo, "ue n#o havia ficado t#o bem "uantoela depois do acidente. Mas seus pais tinham outras ideias.

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)les "ueriam "ue ela arranasse um emprego. 1ior, eles "ueriam "ue elacontinuasse com a sua vida. )n"uanto o noivo estava deitado em uma maca, lutando,eles "ueriam "ue ela seguisse em frente.

Mas ela estava com U anos. Tory n#o tinha nenhum dinheiro. /#o possu!a planode sade. Todas as suas despesas m(dicas tinham sido pagas pelo seguro da moto deIason, mas ela estava ultrapassando at( esses limites.

5s pais podiam ser amigos dos Montgomery, mas n#o possu!am o dinheiro "ue afam!lia Montgomery possu!a.

)la n#o tinha escolha e*ceto aceitar o trabalho "ue SFen havia oferecido.

) agora o filho pr'digo n#o a "ueria.

Tudo bem para ela. Tory podia encontrar trabalho em outro lugar.

1or(m...

Bem, os bebês eram adoráveis. 5s dois anos doces sentados nas cadeirinhas doautom'vel fi&eram com "ue ela sentisse o coraç#o bater mais forte dentro do peito, e ela

n#o conseguia parar de encarálos.Chance bai*ou a cabeça para entrar no interior do 028.

J A"ui, vou tirálos.

J )stá bem. J SFen apressouse em contornar o rebo"ue atado na traseira do028 5 rebo"ue no "ual havia uma moto grande e na cor preta. J 8ocê pega 0am. )upego Cindy.

)la abriu a porta e inclinouse para apanhar a pe"uena garota, mas dentro desegundos ela saiu do carro novamente.

J Tory, você pode me audar com esses cintos$ /#o consigo desafivelálos.J 0im J declarou Tory, e apressouse em audála.

 Aparentemente ela n#o seria mandada embora. Mas, mesmo ficando o mais longeposs!vel da assombraç#o negra no rebo"ue, seu peito se apertou com terror conforme elacontornava o carro. Tory se lembrou do seu acidente de moto como um flash silenciosoem sua mente. 2m borr#o "ue havia destru!do sua perna e "uase levado o homem "ueela amava.

J %epressa, ToryR

Tory abriu a porta do 028, abai*ou a cabeça para desafivelar o cinto e ficou a

apenas alguns cent!metros do rosto mais adorável do universo. 5s olhos grandes e a&uispiscaram para ela. 5s lábios "uerbicos soltavam pe"uenas bolhas de saliva.

J Bem, olá.

5 bebê gargareou de felicidade.

J 8ocê n#o ( a coisa mais fofa desse mundo$

)la desafivelou o ltimo cinto e ergueu o bebê da cadeirinha.

1ela primeira ve& desde o acidente, o peito de Tory se e*pandiu de deleite. 5 bebêrepousou a m#o&inha em seu rosto e ela deu risada. Mas SFen aguardava ansiosamentepara segurar a pe"uena garota, e Tory a entregou.

J Meu %eusR J falou SFen. J - um pra&er conhecêla, Cindy. )u sou sua av'.

Tory ergueu as sobrancelhas. SFen n#o havia conhecido sua pr'pria neta$ )la

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sabia "ue Chance estivera afastado por um tempo, mas pensara "ue eles haviam sereconciliado.

SFen contornou o rebo"ue novamente.

J 8amos leválos para dentro da mans#o.

J /a verdade, m#e... J Chance recuou. J 0am precisa trocar a fralda. Talve&

devêssemos leválos direto para a casa de campo.J 5h.

J =oi uma longa viagem e, uma ve& "ue eu trocálos, precisarei alimentálos.

SFen sorriu, t#o feli& "ue o filho estava em casa "ue concordaria com "ual"uer coisa.

J )stá bem. Tory e eu vamos acompanhálo.

Chance dirigiu o olhar para Tory e ela o encarou. )la á tinha notado "ue ele eraalto e magro. 7ue seu cabelo era negro e seus olhos, a&uis. 7ue uma camisa de flanela

vermelha se adaptara perfeitamente ao corpo másculo, assim como o eans apertado.Mas, fitando o a&ul dos olhos dele, ela en*ergou outras coisas.

 Astcia. A"ueles lindos olhos cor de safira tinham a cautela de um homem "ue n#oconfiava facilmente.

5 "ue era simplesmente perfeito. )la nunca tinha trabalhado em tempo integralal(m da tarefa de vigiar crianças durante três verPes, "uando estava no colegial, e agoraseu primeiro emprego real viera com um pai desconfiado.

Bem, ela n#o iria implorar a ele para contratála ou mesmo defendêla. )la n#o"ueria trabalhar para um malhumorado. 1rincipalmente um malhumorado "ue ela n#oconhecia.

Babás viviam com a fam!lia "ue os empregava. 0e ele a contratasse, ela teria "uedespender H horas ao lado dele.

J Apenas pense, Chance J declarou SFen. J 0e você tiver uma babá, n#o terá"ue levantar com os gêmeos no meio da noite... ), mesmo se levantar, você terá "uetrocar e alimentar apenas um dos bebês.

)le passou a m#o ao longo da nuca, como se estivesse tenso e achando dif!cilrefutar a"uele argumento.

J )stá bem 8ocês duas podem me acompanhar.

 Ap's acomodarem as crianças nas cadeirinhas novamente, Tory se sentou no meiodos gêmeos e SFen se acomodou no banco de passageiro ao lado do filho.

)n"uanto fa&iam o caminho ao longo da estrada "ue contornava a floresta atrás damans#o de SFen, Tory começou a ver como seria sua nova vida.

)la engoliu a saliva. Talve& seus primeiros instintos estivessem corretos$

Talve& ela devesse ter se mantido firme com sua m#e e dito a ela "ue ela n#o"ueria um emprego. )la "ueria estar com Iason, para cuidar dele, para audálo a serecuperar. ) n#o ficar presa em uma casa com um homem "ue ela n#o conhecia.

)les pararam em frente a uma casa t(rrea, grande demais para ser chamada decasa de campo.

SFen os guiou at( o cEmodo "ue ela havia replaneado e mobiliado para ser o"uarto das crianças.

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Chance repousou 0am no primeiro trocador para trocar o bebê. SFen repousouCindy no outro.

J Tory, "uerida, en"uanto trocamos as fraldas, você poderia preparar algum cerealpara os bebês$

J Claro. J =eli& em escapar, ela se apressou at( o 028, assumindo "ue iria

encontrar os suprimentos dos bebês ali. Mas tudo o "ue ela viu foram duas bolsas de l#.7uando as levou para a co&inha e reme*eu nas bolsas, encontrou apenas roupas.

J Sostou de alguma coisa "ue viu$

0eu coraç#o "uase pulou para fora do peito ao ouvir a pergunta de Chance. A vo&dele era bai*a e profunda, e a forma se*y com "ue ele cru&ou os braços em frente aopeito e se recostou contra o balc#o da co&inha fe& com "ue sua pulsaç#o se acelerasse.

5 aborrecimento a invadiu. 1or "ue ela continuava notando coisas nesse homem$)la estava noiva. /#o deveria estar encarando o lindo rosto dele ou notando a forma com"ue ele se movia.

)*ibindo um sorriso profissional, ela disse;J )u estava procurando pelo cereal.

Chance entregoulhe a sacola de fraldas.

J )stá a"ui. Minha m#e disse "ue a geladeira está arma&enada com suprimentos,incluindo leite. 2se o alimento "ue está na geladeira, uma ve& "ue o meu esteve nestasacola de fraldas por horas.

Com isso, ele se virou e se afastou, e Tory dei*ou escapar um suspiro "ue nemmesmo percebeu "ue estivera segurando. )la preparou o cereal rapidamente. /omomento em "ue levou o alimento at( o "uarto das crianças, Chance e a m#e estavam

acomodados nas cadeiras de balanço, cada um segurando um bebê. )la colocou as duaspe"uenas tigelas sobre a mesa, entre as cadeiras, e se afastou. Chance alimentou ope"ueno 0am e SFen alimentou Cindy.

Com nada mais para fa&er, Tory permaneceu em p( pr'*ima : porta, observandoos. 7uando terminaram, Chance se ergueu da cadeira.

J )u acho "ue devemos colocálos para dormir. )les á se alimentaram e agoradevem estar cansados.

J )nt#o eles n#o costumam tirar um cochilo nesse horário$ J perguntou SFen.

Chance soltou uma risada curta.

J +orário$ )u n#o digo a eles "uando dormir ou comer. )les me di&em.3embrandose da confus#o "ue ela havia tido no primeiro ver#o com a fam!lia

1erOins, advogados ricos com crianças "ue mandavam neles, Tory n#o conseguiu conter um V5h, meu %eusRW "ue escapou de seus lábios.

)la se arrependeu instantaneamente. 5s belos olhos a&uis de Chance seestreitaram e os lábios se apertaram formando uma linha fina.

)le deu tapinhas nas costas de 0am, depois deitou a sonolenta criança no berço.0eguindo o e*emplo de Chance, SFen fe& o mesmo com Cindy. 5s bebês adormeceraminstantaneamente e Chance se dirigiu : porta, a m#e sempre o seguindo.

Tory os seguiu para fora do "uarto das crianças, sentindose embaraçada. Chance á n#o gostava dela e ela precisava tornar as coisas piores com sua boca grande$

7uando eles reentraram na sala principal, SFen se virou para Chance.7

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J 2ma ve& "ue os bebês est#o dormindo, n#o há ra&#o para ficarmos por perto. Al(m do mais, você e eu poder!amos usar um pouco do tempo para conversar. J )lasorriu para ele. J 1or "ue n#o voltamos para a mans#o e nos dirigimos para oesconderio onde há um bom conha"ue$ 1odemos fa&er um lanche tamb(m.

Chance apanhou as chaves de dentro do bolso do eans. )m seguida, dirigiu oolhar para Tory.

J Cuide das crianças.

)la assentiu com a cabeça, en"uanto uma onda de al!vio a invadia.)sperançosamente, ele e a m#e iriam conversar tempo suficiente para "ue ela pudessedescobrir uma maneira de sair do emprego graciosamente, uma ve& "ue suas m#es eramamigas. )le n#o a "ueria e ela n#o "ueria trabalhar para ele.

 Ap's eles sa!rem, Tory rela*ou e vagou pela casa.

)la estivera t#o preocupada com Chance e o cereal "ue n#o havia dado uma boaverificada na casa.

)ra o lar perfeito para uma fam!lia ovem... 5u rec(mcasados.Tory correu a m#o ao longo do balc#o de granito. )la deveria estar casada agora.

8ivendo em uma casa graciosa como essa. Criando os pr'prios bebês. Mas um dia...2ma hora...

/#o, um minuto havia mudado tudo.

)m ve& de estar casada, sendo m#e ou tendo uma carreira, ela despendia horasem um "uarto de hospital, conversando com um noivo "ue n#o podia responder.

)la nem mesmo tinha certe&a de "ue ele podia ouvila.

=orçandose a melhorar o humor, Tory se dirigiu para a sala de estar "ue possu!a

um sofá enorme de couro e uma T8 de tela grande. )nt#o girou o corpo, formando umc!rculo. 1ara uma Vcasa de campoW isso era inacreditável.

J )nt#o agora você está dançando$

)la virouse para encarar Chance en"uanto ele entrava pela porta da frente.

J )u estava apenas e*plorando um pouco. J 1ressionando a m#o contra ocoraç#o galopante, ela tentou acalmar a respiraç#o. J 1ensei "ue estivesse visitandosua m#e.

J /#o vou dei*ar meus bebês indefinidamente com uma estranha.

J /#o sou uma estranha. /ossas m#es s#o amigas.Chance gesticulou com uma das m#os para "ue ela se sentasse no sofá.

J /'s precisamos conversar.

6esignada, ela se apro*imou e sentouse no sofá como ele havia pedido.

Chance sentouse em uma das cadeiras reclináveis.

J 8ocê passou dos limites "uando me "uestionou sobre o horário de cochilo dascrianças.

Tory recuou.

J Tecnicamente, eu n#o o "uestionei. )u disse Voh, meu %eusRW.J 5 "ue ( pior. A impress#o "ue eu tive ( "ue você "uis di&er; V)i, Chance. 8ocê

está fa&endo tudo erradoW.

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J %esculpeme.

J )sses s#o meus filhos. )u passei duas semanas com eles so&inho. Mas estoudisposto a lhe dar uma chance por"ue, honestamente, eu posso precisar de algumaauda. Mas eu tenho "ue lhe di&er, se você for me criticar, podemos terminar com issoagora mesmo.

Tory o estudou en"uanto todas as peças do "uebracabeça da situaç#o delecomeçavam a se encai*ar em sua mente. SFen havia dito "ue a m#e dos gêmeos haviadei*ado os bebês com ele, di&endo "ue n#o os "ueria de volta... o "ue e*plicava adesconfiança "ue ele demonstrava. )le n#o "ueria uma babá.

)le "ueria criar as crianças so&inho.

 Admirável. Mas ele n#o sabia como. ), por"ue estava fracassando, de certa formaele estava supersens!vel.

)le n#o era malhumorado. )ra apenas um pai supersens!vel "ue precisava dealgu(m para audálo.

0ubitamente, ser essa pessoa n#o parecia t#o terr!vel.J )stamos claros$

J 0im.

J Xtimo. J /esse instante, um dos bebês começou a chorar. Chance se ergueuda cadeira.

Tory tamb(m se ergueu.

)n"uanto caminhava at( o "uarto das crianças, ele declarou;

J A"ui está a nica ra&#o de eu n#o me importar em têla por perto. )les n#o

dormem por mais de minutos e "uando acordam se parecem com pe"uenos gatinhosescalando meu corpo. )u n#o tenho um minuto de pa&.

J 8ocê esteve segurando essas crianças por duas semanas$

J Mais ou menos. Algumas ve&es elas brincaram no ch#o.

J ) "uanto ao seu emprego$

J )u tenho uma empresa de construç#o, ent#o pude fa&er o "ue eu "ueria pelaprimeira semana. Mas, uma ve& "ue percebi "ue meu tempo estava totalmente tomadopelas crianças, eu oguei toda a responsabilidade sobre o meu gerente geral.

Tory sustentoulhe o olhar cuidadosamente. 5s olhos a&uis dele n#o estavam mais

raivosos, mas cautelosos.J 8ocê n#o pode viver assim para sempre.

Chance soltou uma risada curta e seca.

J /#o brinca.

J Ainda assim, você n#o "uer uma babá.

J )u n#o "uero ser como o meu pai.

J )le nunca tinha tempo para você$

Chance suspirou, correu os dedos pelo cabelo curto e escuro.

J )ssas crianças est#o apenas se adaptando : perda da m#e. )u n#o possodei*álos tamb(m

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Cautelosamente, ela declarou;

J )nt#o você "uer sugestPes sobre algumas coisas$

)le suspirou.

J 0im

J )u n#o vi um balanço para bebê ou um andador em seu carro...J 2m andador$ J )le fran&iu as sobrancelhas e a encarou como se ela fosse

louca. J Como um andador para pessoas mais velhas$

0e ele n#o estivesse t#o s(rio, ela poderia ter dado risada.

0em "uerer insultálo, Tory falou cuidadosamente;

J 2m andador ( um assento com rodinhas onde você coloca seu bebê. 4sso osauda a aprender a andar, mas tamb(m os entret(m.

J 8ocê "uer di&er "ue eles n#o têm "ue despender cada minuto engatinhando emcima de mim$

J 0im.

J ) eu suponho "ue o balanço tamb(m sea til$

)la recuou e depois assentiu com a cabeça.

J )stou surpresa por sua e*esposa n#o ter lhe dado essas coisas "uando lheentregou as crianças.

J 3iliah n#o era minha esposa. )la n#o vai ser esposa de ningu(m ), como vocêpode ver, ela tamb(m n#o conseguiu ser m#e.

)le virouse e dirigiuse para o "uarto das crianças, e Tory cerrou os olhos com

força.Iustamente "uando parecia "ue eles estavam começando a se dar bem, ela

dissera algo estpido.

4sso nunca iria dar certo.

CA'()L* D*S

 Apro*imandose para erguer 0am do berço, Chance impediu a raiva "ue corria emseu interior. )le n#o deveria estar surpreso por 3iliah n#o ter lhe dado todas as coisas de"ue as crianças precisavam.

J )nt#o, por "ue você acha "ue eles acordam$

Tory se apro*imou do berço de Cindy. A pe"uena estava chorando e ergueu os

braços, implorando para sair do berço.J )les dormiram no caminho at( a"ui$

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J 0im.

J Certo. )nt#o provavelmente eles apenas dormiram depois "ue você osalimentou por"ue estavam com o estEmago cheio. )les n#o precisavam de um cochilo. J)la ergueu Cindy do berço. J )i, docinho.

5 choro de Cindy diminuiu, e Chance assistiu en"uanto um olhar de admiraç#o

transformava os traços de Tory. 0eus olhos castanhos se acenderam de alegria e pelaprimeira ve& em semanas ele começou a rela*ar. )la n#o apenas sabia o "ue fa&er, masparecia verdadeiramente amar os bebês. Talve& uma babá n#o fosse uma má ideia, afinalde contas$

J )nt#o, eles "uerem brincar$

J 1rovavelmente.

J Talve& devêssemos ir at( a cidade e comprar alguns suprimentos.

J Como o andador$

J ) balanços. 0e comprarmos o "ue eles precisam, al(m de alguns brin"uedos,

seremos capa&es de cansálos, fa&endo com "ue eles durmam por mais tempo.Chance a fitou demoradamente.

J 0(rio$

)la riu ao ouvir o som suave com "ue ele falara.

J 0im. )nt#o pegue sua carteira, eu vou pegar a sacola de fraldas e vamos fa&er uma corrida rápida at( a loa.

1ensando apenas em uma noite inteira de sono, Chance colocou as crianças nascadeirinhas dentro do carro e eles dirigiram at( o shopping nos subrbios da cidade.

7uando chegaram, ele ligou a seta sinali&ando para entrar no estacionamento doshopping, mas Tory repousou a m#o em seu braço e apontou a loa ao lado, "ue ofereciadescontos.

J 8amos na"uela loa. A "ualidade ( t#o boa "uanto no shopping e você vai gastar menos dinheiro.

 Ap's apanharem as crianças e sa!rem do carro, as portas automáticas se abrirame eles entraram na loa. Tory o instruiu a apanhar um carrinho e colocou 0am no assentode bebê. ), ent#o, ela apanhou um carrinho e colocou Cindy no assento de bebê. )lesatravessaram os diversos corredores at( chegar : seç#o de bebês.

Tory parou seu carrinho.

J 5 mais importante hoe s#o os dois andadores, dois balanços, um carrinho debebê para gêmeos e um cercadinho.

J Cercadinho$

J 0im - um obeto "uadrado como uma cai*a com paredes de rede onde vocêcoloca os bebês para "ue eles possam brincar untos, mas sem ficarem engatinhandopela casa e arrumando problemas.

)le assistiu en"uanto ela colocava uma cai*a compacta em seu carrinho.

J 1resumo "ue tenha "ue ser feita uma montagem J ele observou.

Tory recuou.J 4nfeli&mente. Talve& possamos chamar 6obert$ J indagou ela, referindose ao

 ardineiro.11

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J Trabalhei em construç#o por de& anos antes de começar minha pr'priaempresa, e mesmo assim tenho "ue trabalhar com a e"uipe algumas ve&es. J 1or alguma ra&#o desconhecida, o peito dele se estufou com orgulho. J )u acho "ue possomontar um cercadinho.

Minutos depois, Chance pagou pelas compras e guardouas no 028, en"uantoTory colocava Cindy na cadeirinha no banco traseiro e depois 0am. )la e*plicou maissobre o andador durante o caminho at( a casa de campo.

7uando chegaram, Tory pediu para "ue ele montasse os balanços en"uanto elaalimentava as crianças.

)le acabou de montar no instante em "ue ela terminou de alimentálos. Tory ligou acai*a de msica de cada balanço, colocou cada criança em um balanço e, voilà,subitamente ambas estavam balançando e feli&es.

J 2auR 4sso ( incr!vel.

J )stou surpresa por você n#o conhecer os balanços.

)le suspirou.J 1ara "uem eu iria perguntar$ 7uando a minha m#e descobriu "ue eu estava

com as crianças, ela apenas "ueria "ue eu voltasse para casa.

J ) ela havia contratado uma babá.

J 0im.

J )nt#o talve& sua m#e sea mais esperta do "ue você imaginava$

Chance deu risada.

)la sorriu.

) o "uarto ficou silencioso. 5 nico som era a msica "ue vinha das cai*as e orangido dos balanços.

Chance desviou os olhos dos dela e apontou para um balanço.

J )nt#o eles s#o bons para o "uê$ 8inte minutos nesse brin"uedo$

J /a verdade, eles podem ficar mais tempo. )u ouvi m#es di&erem "ue dei*am ascrianças tirarem um cochilo no balanço.

J - como um milagre.

J Bem, despender horas em um balanço n#o pode ser bom para as costas dobebê. Mas, uma ve& "ue eles estiverem fora do balanço... J )la se inclinou e apanhoualguns brin"uedos de plástico. J 8ocê os coloca no cercadinho com alguns dessesbrin"uedos e vê o "ue acontece. 0e você dei*álos, os bebês v#o se divertir por muitashoras.

Chance respirou fundo e disse a palavra "ue estivera presa em seu peito durantetoda a tarde.

J 5brigado.

)la ergueu a cabeça para encarálo e sorriu.

J %e nada.

Contudo, o sorriso dela desapareceu rapidamente. Assim como o dele. A"ueles sentimentos masculinos o estavam invadindo novamente.

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)la era t#o linda. ) os bebês estavam t#o tran"uilos "ue ele se sentiu como umhomem novamente. /#o apenas um pai. )la estava atra!da por ele. )le sabia "ue elaestava atra!da por ele. 5 rosto dela a denunciava. 0eria perfeitamente natural começar aflertar agora...

Chance interrompeu os pensamentos. %eu um passo para trás. )le á haviapensado sobre tudo isso. /#o "ueria um relacionamento.

)le absolutamente n#o iria dei*ar outra mulher se apro*imar o bastante paramachucálo... 5u os gêmeos.

)le desli&ou a m#o ao longo da nuca.

J Ainda n#o entregaram sua anta.

J )u sei. J Tory limpou a garganta. J 8ocê acha "ue ficará bem en"uanto eusubo at( a mans#o e verifico isso$

Chance assentiu com a cabeça.

J Certo J declarou ela. ) se dirigiu para a porta principal.

Chance passou a m#o pelo rosto. 0e ele realmente "uisesse se manter na linhaperto da babá, n#o precisava formular um plano para o lugar das mulheres em sua vida.Tudo o "ue ele tinha "ue fa&er era se lembrar do "uanto o ltimo relacionamento deraerrado. A dor de saber "ue ele tinha apenas sido usado. A dor de descobrir "ue 3iliah n#o"ueria os bebês. )la tinha sido uma carga de problemas e drama. Chance uniu assobrancelhas. ) provavelmente era por isso "ue Tory era t#o atraente para ele. )la era ooposto de 3iliah. Bela, doce e gentil com os bebês, Tory n#o trou*era um pingo de dramapara a vida dele.

Mas, depois de 3iliah, mesmo se Tory fosse sua alma gêmea, n#o valeria a pena seenvolver em um relacionamento novamente e se machucar.

)le havia tido sua parte de drama com 3iliah. ) n#o "ueria mais.

/a manh# seguinte, Tory carregou os dois bebês para a co&inha.

)la os colocou em suas cadeiras altas e começou a misturar o cereal.

J )nt#o, presumo "ue todos tenham dormido bem

Cindy deu uma risadinha e 0am gritou.

J )i, ei, 0ammyR )u á entendi. 8ocê está faminto. ) eu estou me apressando.Mas sou apenas uma. )nt#o você tem "ue ser paciente.

)la colocou as duas tigelas de cereal sobre a mesa e as arranou entre os assentosdos bebês.

J Certo. 0omos apenas n's três agora. )nt#o todos têm "ue se comportar bem.

0am gritou, batendo com as m#o&inhas na bandea da cadeira.

J 8ocê n#o ouviu a parte sobre se comportar bem$ 0eu pai está e*austo e n'sestamos o dei*ando dormir.

)la deu uma colherada do cereal para 0am e depois para Cindy.

J Mas eu tamb(m estou esperando "ue ele acorde. /'s nunca conversamossobre folgas e temos "ue conversar por"ue...

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Tory deu uma pausa, clareou a garganta, incerta do por"uê ela n#o poderia falar sobre Iason com dois bebês "ue provavelmente n#o iriam entender uma palavra do "ueela dissesse.

)*ceto "ue a situaç#o com Iason era triste e eles estavam feli&es. 1arecia erradofalar com eles sobre algo t#o trágico "uando eles estavam t#o alegres.

)nt#o ela n#o iria di&er a eles, mas tinha "ue di&er a Chance.Tory precisava pedir dias de folga.

Chance se espreguiçou lentamente "uando acordou. 0uas costas n#o do!am 0uamente estava limpa. ) seus msculos pareciam 'timos. )le estava "uase el(trico.

Chance se moveu na cama e seu olhar se fi*ou no rel'gio. )ram "uase novehorasR

 As criançasR1or "ue elas n#o estavam gritando$

)le rolou na cama para sair debai*o do fino lençol "ue o cobria e avistou ascortinas a&uis "ue enfeitavam a enorme anela.

/#o era sua casa. )ra a casa de campo da sua m#e.

) ele n#o havia levantado com as crianças no meio da noite por"ue agora elestinham uma babá.

Chance tomou um banho, vestiu uma calça, uma camisa branca e uma gravata erumou at( a co&inha. Tory havia colocado os bebês nas duas cadeiras altas e os estava

alimentando alternadamente. 0eu cabelo ruivo estava preso em um longo rabo de cavalo"ue a fa&ia parecer com anos, mas ela usava uma calça larga e uma blusa "ueescondia suas curvas.

 Ainda assim, "uando a viu, seu coraç#o saltou dentro do peito.

Tory sorriu para ele.

J )i, bom dia. J )la percorreu o olhar por toda a e*tens#o do corpo masculino.

J Bem, olhe s' para você.

Chance sentiu a boca ressecar. )le tentou di&er bom dia, mas o esforço foi em v#o.

J )u fi& caf(.J Xtimo. J )le caminhou at( o balc#o da co&inha, repreendendose por ser t#o

rid!culo. 0im, ela era bonita. ), sim, fa&ia um bom tempo desde "ue ele olhara realmentepara uma mulher... ) desde "ue uma mulher olhara para ele.

)le tinha "ue parar de reagir a ela. )le precisava dela.

Como uma babá.

Chance encontrou uma caneca, se serviu de um pouco de caf( e sorveu um goleantes de di&er;

J 8ocê está bem so&inha com as crianças nessa manh#$

)la sorriu para ele. 2m sorriso largo e radiante, fa&endo com "ue seus lindos olhoscastanhos cintilassem.

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J 4sso ( parte do meu trabalho.

Chance sentiu os hormEnios pularem novamente.

)le inspirou profundamente.

J Xtimo. 1or"ue eu tenho uma reuni#o com meu irm#o.

J Ah. 4sso e*plica a gravata.)le afastou a gravata de seu peito e depois a dei*ou cair novamente.

J 4sso denuncia, n#o ($

J Bem, eu n#o achei "ue você fosse precisar de uma gravata para ir ao caf( damanh# na casa da sua m#e.

Chance sustentoulhe o olhar.

J )la n#o re"uer uma gravata para o caf( da manh#, mas re"uer para o antar.

Tory recuou.

J 1arece divertido.J - entediante. Assim como será essa reuni#o com meu irm#o. J )le terminou o

caf(, caminhou at( a sala e apanhou o palet'.

)n"uanto caminhava da sala de estar at( a porta principal, ele declarou;

J )u n#o espero voltar por algumas horas... 1rovavelmente duas.

J Certo. J )la se voltou para Cindy e 0am J %igam VtchauY para o seu pai,crianças.

 As duas crianças gritaram de felicidade.

Chance resmungou bai*inho. )la me*ia tanto com ele "ue ele se es"ueceu at( dese despedir dos pr'prios filhos.

 Ap's um rápido beio na cabeça de cada gêmeo, ele dei*ou a casa de campo eentrou no 028 %isse a si mesmo para pensar em 3iliah, lembrandose de "ue osrelacionamentos sempre significavam problemas. 3embrandose de "ue ele n#o "ueriaser machucado. 3embrandose de "ue ele n#o "ueria "ue suas crianças fossemmachucadas por outra mulher "ue os abandonasse.

Chance ligou o motor do 028 e rumou para a estrada.

8inte minutos depois, ele estava do lado de fora do pr(dio com tiolos amarelos daMontgomery ConstruçPes e )mpreendimentos. Como poderiam "uatro miseráveis

andares proetar tamanho ar de poder$

)le inspirou profundamente. /#o era de admirar "ue estivesse cansado de drama./#o apenas 3iliah o fi&era se sentir infeli&, mas, com e*ceç#o de SFen, a vida de suafam!lia tamb(m tinha problemas. )le pensou "ue tudo isso havia acabado "uando seu paifalecera, mas seu irm#o o havia seguido incessantemente pelos ltimos anos, tentandoconvencêlo a voltar para casa.

)le sempre conseguira dar uma desculpa a ele, at( a ltima semana, "uando elen#o pudera cuidar dos bebês e correra para casa da m#e.

)nt#o, depois de Ma* telefonar, ele havia telefonado para a m#e para conversar 

sobre a situaç#o com ela e depois havia voltado para a mans#o. /#o para acalmar seuirm#o e certamente n#o para sempre. )le iria sempre chamar SFen de m#e e, agora "uea verdade sobre seu pai estava revelada, sempre iria ter um relacionamento com ela. Mas

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n#o estava certo de "ue "uisesse um relacionamento com o irm#o "ue havia guardado osegredo do pai. ) ele tinha o pressentimento de "ue a nica maneira de se manter longedo persistente Ma* seria voltar para o Tennessee.

0oltando a respiraç#o em um longo suspiro, ele se dirigiu para a entrada doedif!cio. 4ria dei*ar o irm#o fa&er seu discurso, agradecêlo por "ual"uer oferta "ue elefi&esse e recusála.

)le n#o iria começar uma discuss#o. /#o iria abrir antigas feridas. /#o precisavahaver nenhum argumento. )le iria pedir calmamente ao irm#o para dei*álo em pa& Jpara sempre, dessa ve& J e terminar com isso.

Chance entrou pelas portas duplas de vidro e parou, totalmente surpreso. Tetosabobadados iam at( o telhado.

 A lu& do sol entrava pelas anelas e iluminava os vasos com plantas "ue ficavam decada lado do sofá na área da recepç#o. 2ma mesa de madeira clara lustrada estava nocentro da sala.

2auR 0ua m#e havia dito "ue Ma* tinha mudado as coisas, mas ele n#o havia

esperado "ue isso significasse at( mesmo o edif!cio.

 A bela moça morena com seus vinte e poucos anos o cumprimentou com umsorriso.

J 1osso audálo$

J 0im )u tenho uma reuni#o com o sr. Montgomery.

)la dirigiu o olhar para uma pe"uena tela de computador.

J 0eu nome$

J Chance. J )le deu uma pausa. J Montgomery.

 A ovem o encarou com uma das sobrancelhas erguidas.

Chance fulminoua com o olhar. 0e Ma* pensava "ue ele iria pular cercas paraconseguir vêlo, estava tristemente enganado.

J 0e ( um aborrecimento t#o grande ver meu irm#o mais velho, mesmo com umareuni#o marcada, eu posso simplesmente ir embora.

 A recepcionista ergueu uma das m#os para impedilo de prosseguir.

J /#o. 0em problemaR )u sinto muito, Apenas me dê um segundo para anunciálo.

)la pressionou dois botPes no telefone e se virou.Chance ouviu a recepcionista di&er seu nome e depois lhe dar sua descriç#o.

%epois houve um silêncio.

5 aborrecimento o invadiu. )ra por isso "ue ele detestava ser um Montgomery. Apretens#o. Como se fosse o rei da 4nglaterra, Ma* filtrava suas visitas.

 A recepcionista o encarou.

J )u sinto muito, sr. Montgomery. 1ode subir.

J 5brigado.

5bviamente reconhecendo como ele estava insultado, a recepcionista fe& umacareta.

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J 1egue o terceiro elevador no final desse corredor. J )la apontou para aes"uerda. J /o momento em "ue o senhor chegar lá, um segurança o estaráaguardando para pressionar o c'digo.

Chance se dirigiu ao terceiro elevador, a tentaç#o de ir embora invadindo suamente.

J Bom dia, sr. Montgomery J o segurança cumprimentou, en"uanto pressionavaalguns nmeros em um teclado. %epois abriu o elevador, gesticulou com uma das m#ospara "ue Chance entrasse e recuou en"uanto as portas se fechavam.

 A subida at( o "uarto andar levou segundos.

 As portas dos elevadores foram abertas.

0entado : mesa em frente a uma parede com anelas, Ma* ergueu os olhos e selevantou da cadeira imediatamente.

7uando eles eram crianças, comentavam sobre o "uanto era bonito ambos teremcabelo escuro e olhos a&uis, apesar de Chance ter sido adotado. Agora, todos sabiam o

por"uê.J Chance. %esculpe sobre a confus#o no andar t(rreo. )u disse a eles "ue você

estava vindo. )u tamb(m disse a eles para lhe dar o c'digo do elevador.

Chance se sentou no sofá antes mesmo de o irm#o convidar.

J Bem, eles n#o me deram.

J ) você ficou furioso.

J /#o, na verdade, eles me audaram a en*ergar o por"uê de eu n#o "uerer trabalhar a"ui. 5 papai ficaria t#o orgulhosoR

J 5 papai n#o tem mais nada a ver com o "ue acontece a"ui. )u mudei a formacomo fa&emos neg'cios com subcontratantes e vendedores. /#o fa&emos acordossecretos com sindicatos. /'s n#o enganamos os funcionários "uanto aos bEnus. ) eun#o "uero "ue você fi"ue fora de uma empresa "ue ( tanto sua "uanto minha.

J +um. A mam#e falou "ue você estava diferente J declarou Chance.

Ma* se sentou na cadeira do lado oposto ao dele.

J 1erder a esposa, admitir "ue você ( um alco'latra e participar do AA fa& issocom você.

Chance endireitouse no sofá. 5 alcoolismo o derrotou, mas o abandono de Zate o

dei*ou t#o chocado "ue ele se es"ueceu de "ue estava furioso.)mbora Ma* e Zate fossem mais velhos, o trio havia sido como os trêsmos"ueteiros antes de ele fugir. Chance havia amado Zate como uma irm#.

J 8ocê e Zate se separaram$

J 1or oito anos. )la ficou com minha filha, Trisha. )la me abandonou e nemmesmo me contou "ue estava grávida.

J 2auR

J %emorou um tempo, mas n's nos reconciliamos.

J ) "uanto ao alcoolismo$ =oi por"ue ela o dei*ou$

Ma* meneou a cabeça.

J )u me tornei um alco'latra depois "ue você me dei*ou, Chance.

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)le congelou.

J )u$

J )u o amava. Ainda o amo. 8ocê ( meu irm#o. )u sentia por tudo o "ueaconteceu e afastei toda a responsabilidade e a culpa de mim. ) comecei a beber. Masdepois "ue Zate me dei*ou, eu percebi "ue beber n#o estava audando em nada e, uma

ve& s'brio, eu vi o "uanto o papai era ruim. )u aprendi sobre cada departamento, li cadaescritura, conversei com cada contratante e vendedor. ) finalmente assumi o comando daempresa.

Chance ficou bo"uiaberto.

J 8ocê e*pulsou o papai$

J )le se demitiu... ) demonstrando muita alegria. /os ltimos dois anos ele e amam#e viaaram. J )le deu de ombros. J /#o estou e*agerando "uando digo "ue ascoisas mudaram. A empresa está diferente. )u estou diferente. 8ocê pode confiar emmim.

)le se ergueu da cadeira.J Melhor do "ue falar o "ue eu fi&, dei*eme lhe mostrar o lugar. J )le gesticulou

para uma porta dupla ricamente detalhada. J ) você poderá ver por si mesmo o "uanto aempresa está diferente e tamb(m "ue eu n#o estou administrando como o papai.

Chance tamb(m se ergueu, mas lentamente, sem nenhum entusiasmo.

)le poderia ter uma estranha simpatia pelo irm#o, mas isso n#o significava "ue"uisesse trabalhar para ele.

J )u n#o sei, Ma*.

J 8amos lá. %ar uma verificada n#o vai lhe fa&er mal.

Chance meneou a cabeça.

J )u n#o "uero. )u me distanciei de você e da empresa.

J ) você me odeia$

J /#o mais do "ue você me odeia.

Ma* fran&iu as sobrancelhas.

J 1or "ue eu iria odiálo$

J 1or"ue você cresceu como o filho favorito. A VrealY criança Montgomery,en"uanto eu era adotado. %epois, todos n's descobrimos "ue eu sou t#o Montgomery"uanto você. 4sso tinha "ue doer.

J /a verdade, n#o. J )le suspirou. J 5lha, eu n#o acho "ue n's nos odiamos.)u acho "ue tivemos uma briga feia em fam!lia. /#o vou dei*ar isso atrapalhar nossaami&ade. A mam#e "ueria "ue nos apro*imássemos.

2ma sensaç#o de aconchego o invadiu ao ouvir a menç#o de sua m#e, a mulher "ue o amara ainda "ue ele fosse o produto do caso do marido.

Ma* o virou na direç#o da porta do seu escrit'rio.

J /#o vou intimidálo a trabalhar para mim. /'s podemos dar uma fam!lia :mam#e sem "ue você estea trabalhando para mim. 8ocê pode se mudar de volta para oTennessee e n's ainda podemos ser uma fam!lia. Mas, se você gosta do "ue vê, por "uen#o "uer trabalhar a"ui$

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Chance deu risada.

J 1or"ue eu tenho a minha pr'pria empresa$

J 7uem está administrandoa en"uanto você está fora$

J )u tenho um gerente.

J 7ue eu tenho certe&a de "ue ficaria feli& em continuar administrandoa. J Ma*deulhe um tapinha nas costas. J )spere at( ver o "ue estamos fa&endo. 8ocê vai "uerer fa&er parte disso.

CA'()L* )RS

 Algum tempo depois das Hh, Chance apressouse em direç#o : casa de campo,como se estivesse atrasado para o seu pr'prio casamento. Tory n#o estava certa de "ueisso fosse um bom sinal ou um mau sinal. Mas n#o importava. 7uando ele saiu do "uartona"uela manh#, ela n#o conversara com ele sobre dias de folga por"ue ele pareceramuito nervoso. Mas, se isso era conveniente ou n#o, ela tinha "ue conversar com eleagora... Contar a ele sobre Iason... 1ara "ue ela pudesse ao menos visitálo dois dias nasemana.

J )u sinto muito por têla dei*ado so&inha com eles por tanto tempoR J Chancee*clamou. J )u n#o esperava passar a manh# inteira com o meu irm#o. J )le meneou acabeça como se estivesse confuso. J )u n#o esperava conversar mais do "ue minutos, "uanto mais almoçar com ele. )u sinto muito.

)la apontou para o pr'prio peito.

J Babá. J ) ent#o apontou para o peito dele. J Chefe. 8ocê ( "uem manda. -meu dever cuidar das crianças en"uanto você fa& o "ue tem "ue fa&er. J Tory beiou otopo da cabeça de 0am. J Al(m do mais, eles s#o t#o adoráveis. - mais uma divers#odo "ue um trabalho para mim

J 4sso ( por"ue eles s#o bons "uando est#o com você. J )le ogou as chaves

sobre a mesa atrás do sofá. J )stou vendo um lado completamente novo deles "uandoest#o com você.

4nclinandose, ele apanhou Cindy do cercadinho e beioulhe a bochecha.

J Como está a garotinha do papai hoe$

 A pe"uenina sorriu e ele a beiou novamente.

) Tory sentiu o coraç#o afundar. /os anos em "ue estivera fa&endo cirurgias eterapias, n#o havia pensado realmente em crianças. )la n#o pensara em outra coisa an#o ser visitar Iason e reparar a pr'pria perna.

Mas subitamente esses dois... 5 malhumorado 0am e a doce Cindy... Trou*eram

lhe deseos "ue n#o poderia negar. ) ela estava com muito medo de arriscar ficar fora davida deles ao pedir uma folga. Mas tamb(m tinha responsabilidades com Iason.

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J ) ent#o, você "uer subir para o seu almoço$ )u sinto muito por chegar t#oatrasado. 8ocê deve estar faminta.

Tory caminhou em direç#o ao sofá.

J /a verdade, CooO e 6obert fi&eram uma entrega hoe. Mas eu gostaria deconversar com você sobre algo.

2ma e*press#o de pQnico cru&ou a face dele.J )stá bem.

)la gesticulou para uma das duas cadeiras pr'*imas ao sofá.

J /#o se preocupe. /#o ( uma coisa ruim.

Chance se sentou, acomodando Cindy em seu colo.

J 1or "ue você n#o me dei*a ser o ui& disso$

J )u apenas preciso de um dia ou dois de folga por semana.

Chance a encarou.

J - s' isso$

J Bem, eu nunca tinha sido uma babá antes, mas parece ser um serviço integral.) eu preciso de dois dias de folga por"ue normalmente... J Tory limpou a garganta. J )uapenas tenho "ue... J )la deu uma pausa, mais uma ve& debatendose sobre comoe*plicar a situaç#o. )la n#o "ueria a piedade dele. )la tamb(m achava estranho dividir algo t#o pessoal com um homem "ue mal conhecia. J +á um lugar "ue eu preciso ir duas ve&es por semana.

Chance ergueu as sobrancelhas.

J 5h$

Tory acomodou 0am em seu colo e ele sorriu alegremente.

J - apenas coisa de mulher.

Chance estudoulhe o rosto por alguns segundos e depois declarou;

J +onestamente, Tory, eu nunca contratei uma babá e eu n#o me lembro da babá"ue minha m#e di& ter cuidado de mim, mas eu sei "ue todos conferem folga de ve& em"uando. )nt#o, se você "uer dois dias, apenas me diga "uais dias e eu lhe darei.

J )u detesto pedir por"ue sei "ue esse trabalho ( apenas temporário. Alguns diasou semanas...

Cindy começou a fa&er bagunça e Chance pediu;

J /#o es"ueça o "ue você ia falar. J ), di&endo isso, ele se ergueu da cadeira.J 7uanto tempo fa& desde "ue eles tomaram a ltima mamadeira$

Tory tamb(m se ergueu.

J /a verdade, está na hora do cochilo.

)le se virou.

J )stá$

J 0im. /essa manh# eu decidi "ue n's dever!amos tentar estabelecer horários

para eles. J )la recuou. J )u provavelmente deveria ter lhe contado isso antes.J /#o. )stá tudo bem. 8ocê sabe mais sobre bebês do "ue eu. )u "uero "ue você

mude "ual"uer coisa "ue precise ser mudada.20

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J Xtimo. J Tory rumou para a co&inha, apanhou duas mamadeiras e o seguiu at(o "uarto das crianças.

J )les est#o tomando leite frio$

J )u testei isso de manh# tamb(m. )les n#o parecem se importar com leite frio.4sso salva um passo em todo o processo. Al(m do mais, isso facilita se você estiver em

algum lugar onde n#o possa es"uentar as mamadeiras.J Certo.

)les se sentaram nas cadeiras de balanço e alimentaram os bebês com leite obastante para colocálos para dormir, depois os repousaram gentilmente em seus berçospara o cochilo e sa!ram do "uarto nas pontas dos p(s.

1ela primeira ve& desde o ltimo argumento "ue tiveram, ela e Chance estavamso&inhos.

Caminhando lentamente em direç#o : co&inha, ele perguntou;

J /'s temos algum refrigerante$

J )u acho "ue ( a nica coisa "ue a sua m#e se es"ueceu de estocar.

J 8ou telefonar para CooO. J Chance apanhou uma garrafa de suco e se afastouda geladeira. J )la fa& as compras para as duas casas.

Tory sorriu.

J 4sso ( bom. J )la supEs. Tory nunca havia administrado uma casa. /#o tinhaideia de como a casa de uma fam!lia rica era administrada. %eus, subitamente ela sesentiu incrivelmente inade"uada, incompat!velR

Chance retirou a tampa da garrafa de suco e se sentou na cadeira reclinável.

8estido com uma camisa branca, com as mangas dobradas at( os cotovelos e o cabelodesarranado, ele estava muito se*y, da forma "ue um marido iria parecer "uandovoltasse para sua esposa.

5h, %eus. %e onde havia sa!do isso$

Mas ela sabia de onde isso havia surgido. )la estava atra!da por ele. /#o apenaspor"ue ele era lindo, mas por"ue ele era o pai dos bebês "ue ela adorava. 4sso estavaerrado em vários n!veis, e ela "ueria fugir, mas sabia "ue n#o poderia.

)la n#o apenas teria "ue se acostumar a viver com ele, mas tamb(m precisava ter seus dias de folga para "ue pudesse ver seu noivo.

J )nt#o dois dias de folga será o suficiente$ J )la assentiu com a cabeça e elesorveu mais um gole do suco. J 8ocê escolhe os dias.

J Certo. %ême algum tempo para pensar sobre "uais dias eu "uero e lhe avisarei.

J Xtimo.

J Xtimo.

2m profundo silêncio invadiu a sala novamente.

Tory percorreu o olhar ao redor.

) agora$ )la "ueria fugir novamente, mas na verdade iria viver com esse homempor pelo menos duas semanas. Talve& at( um mês. 0e ela n#o se acostumasse a ficar nacompanhia dele, iria estar sempre nervosa perto dele, como uma adolescente.

Tory clareou a garganta.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J )nt#o, como foram as coisas com o seu irm#o$

J 5 de sempre. Ma* "uer "ue eu vá trabalhar para ele.

2ma onda de al!vio a invadiu. )le n#o havia achado estranho ela lhe fa&er umapergunta, e ela estava realmente interessada no "ue estava acontecendo com ele. Tinha"ue estar. 5 "ue acontecia na vida dele afetava o "ue acontecia na vida dela.

J 8ocê n#o "uer trabalhar na empresa dele$J )u á tenho a minha pr'pria empresa, lembrase$ )u n#o preciso de um

emprego.

Tory se apro*imou do sofá.

J 8ocê disse "ue tem um gerente administrando sua empresa agora.

J Aham. Ma* acha "ue eu deveria dei*ar o gerente administrar minha empresapara "ue pudesse audálo na Montgomery ConstruçPes e )mpreendimentos. J )lerecuou. J Como presidente.

Tory sentouse no sofá.J 1residente$

J )le ( presidente e chefe do "uadro. Tecnicamente, ainda seria meu chefe.

J 2auR

J - uma 'tima empresa. J )le ficou pensativo. J )ra uma empresa terr!vel"uando eu sa!. Meu pai era um homem ordinário. )le controlava cada centavo. 0empreenganando os outros. J )le soltou uma risada curta e seca. J )u n#o trabalharia alien"uanto meu pai estivesse vivo, mas nos ltimos anos meu irm#o mudou as coisas. Aempresa está mais do "ue respeitável. ) crescendo. Algumas coisas "ue Ma* está

preparando s#o simplesmente fascinantes. )u acho "ue "uero fa&er parte disso.Tory fran&iu as sobrancelhas.

J )nt#o você vai ficar$

Chance fe& uma careta.

J )u acho "ue estou me convencendo disso. )u sei "ue minha m#e "uer "ue eufi"ue. )u sei "ue ela "uer fa&er parte da vida dos gêmeos. ) eu a magoei o bastante aodei*ála "uando estava com anos, ent#o sinto "ue devo isso a ela.

J 4sso ( muito gentil.

)le deu de ombros.

J Mas isso significa "ue o trabalho de babá pode ser seu permanentemente... 0evocê "uiser.

Tory sentiu a respiraç#o ficar presa em sua garganta. )ra apenas o seu segundodia de trabalho, mas ela á gostava do lugar. )la administrava a casa "uando ele estavafora e, se ele trabalhasse com o irm#o, ele iria ficar fora o dia inteiro.

) ela tinha dois adoráveis bebês para brincar e preencher o va&io em seu coraç#o"ue ela nem mesmo havia percebido "ue possu!a antes de segurálos.

) Chance era um homem gentil. =ácil de lidar.

1or anos, ela n#o havia conversado com ningu(m al(m de terapeutas eenfermeiras e seus pais... ) Iason, "ue n#o respondia.

5 nico problema era a atraç#o "ue ela sentia... Mas certamente ela poderia

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manter isso sob controle. Afinal, tinha um noivo.

2m noivo "ue ela iria visitar duas ve&es por semana, agora "ue Chance haviaconcordado em lhe dar dois dias de folga.

Tory umedeceu os lábios com a ponta da l!ngua.

J 4sso significa "ue eu teria "ue tirar meus dias de folga nos sábados e domingos.

Chance sustentoulhe o olhar.

J 5u eu poderia conversar com a minha m#e e pensar em outra alternativa.

J 8ocê n#o precisa me favorecer.

J )u gosto de você.

Tory sentiu o coraç#o bater forte dentro do peito. Com seus olhares aprisionados eos sons de passarinhos cantando no "uintal, ela sentiu um milh#o de coisas ao mesmotempo, mas a maior delas era felicidade.

Tory disse a si mesma "ue era por"ue ela gostava desse trabalho, mas, fitando os

olhos a&uis dele, ela soube "ue n#o era inteiramente a verdade.)la gostava dele. )le a fa&ia se sentir til. ) bonita. )le nem mesmo precisava

di&er as palavras. )la podia perceber isso na forma como ele a olhava.

J ) eu "uero mantêla como uma babá.

J - claro. J 4diotaR 0erá "ue pensava "ue ele gostava dela de forma romQnticadepois de L[ horas$ ) por "ue ela estava fantasiando as coisas$ )la n#o havia dito "uepoderia lidar com essa atraç#o$ 0im. )la havia. 1or"ue ela podia. 1or"ue estar atra!dapor ele era errado. ) ela n#o era estpida.

J Mas eu "uero ser usto tamb(m J )le se ergueu do sofá. J 1or "ue n#o

fa&emos uma e*periência para ver se dá certo$ 8eremos se sábados e domingos ser#obons dias para sua folga ou se precisaremos fa&er outros arranos.

)le sorriu, e ela sentiu o coraç#o se acelerar novamente.

J /#o se es"ueça de "ue a minha m#e tem uma e"uipe de funcionários "uepodemos chamar para audar "uando você precisar de um tempo.

Confusa, ela apenas assentiu com a cabeça.

J Mas, agora, se você n#o se importa, eu gostaria de tirar essas roupas e talve&fa&er uma curta caminhada pelos ardins antes de as crianças despertarem do cochilo.

J 4sso seria 'timo. 7uero di&er... )stá bem. - meu trabalho ficar a"ui.

)le deu risada e dei*ou a sala, mas Tory dei*ouse cair pesadamente sobre o sofá.Mas o "ue havia de errado com ela$ 0im, ele era bonito. Mas estava fora do seu alcance.) ele era seu chefeR )le n#o gostava dela e, mesmo "ue gostasse, ela n#o poderia gostar dele.

)la estava comprometida com Iason.

5 pe"ueno desli&e sobre gostar dela tinha sido o resultado da testosterona

borbulhando novamente, ent#o Chance havia decidido sair da casa para se acalmar. Masn#o havia dado nem três passos em meio :s árvores antes de sua mente clarear e elecomeçar a pensar sob o ponto de vista l'gico novamente.

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)la tinha um segredo.

1or isso havia falhado na e*plicaç#o sobre os dias de folga. 1or isso ela n#o diriae*atamente aonde iria na"ueles dois dias. +avia algo na vida dela "ue Tory n#o "ueriacontar a ele.

/#o "ue ela n#o pudesse manter sua vida pessoal em particular, mas...

0ua vida havia sido constru!da sobre segredos e mentiras.), depois de seu pai e 3iliah, ele realmente precisava da honestidade das pessoas

em sua vida. Ma* havia ganhado sua confiança novamente na"uela manh# com alinguagem simples e a verdade. 0ua babá, por outro lado, estava escondendo algo.

 Ainda assim, isso poderia ser bom, dependendo do segredo dela.

)la tinha o direito a uma vida particular e seu segredo provavelmente pertencia aalgo "ue n#o era conectado com ele ou os gêmeos. Mas, mais importante, sendo t#oe*igente "uanto ele era sobre confiança, descobrir "ue ela estava escondendo algo odei*ou decepcionado. )nt#o ele n#o precisava mais se preocupar com os seus

sentimentos por ela. )les haviam sumido.)ssa era a parte boa.

 A parte ruim era o segredo em si. )le realmente "ueria dei*ar suas crianças comalgu(m "ue estivesse escondendo algo dele$

Com isso em mente, ele encurtou a caminhada. Chance ouviu as crianças fa&endobarulho en"uanto ele entrava na casa e rumou imediatamente para o "uarto delas paraencontrar Tory trocando Cindy en"uanto 0am chorava no berço. )le trocou a fralda de0am e ele e Tory brincaram um pouco com as crianças antes de ela subir para a mans#oa fim de antar.

)la n#o parecera nervosa ou aborrecida no tempo em "ue eles despenderam untos, ent#o ele decidiu "ue o segredo dela tinha "ue ser pessoal.

 Algo como um namorado "ue ela encontrava duas ve&es por semana.

5 "ue era bom. %ei*ea ter um amante secreto. Todo o poss!vel para mantêloafastado dela.

7uando Tory retornou, Chance estava com os bebês no ch#o, dei*andoostentando engatinhar.

Tory se apressou e parou na frente deles.

J Bem, olhe para vocêsR Aprendendo a engatinharR J )la uniu as m#os com

alegria e Chance sorriu para ela, mas logo o sorriso desapareceu do seu rosto.)la tinha um namorado. 0eu estEmago se apertou en"uanto a decepç#o o invadia.

0e o segredo de Tory fosse outra coisa J uma má recomendaç#o de emprego, umademiss#o, uma ficha policial J, algo teria aparecido "uando a m#e dele verificara asreferências dela antes de contratála.

Chance tentou di&er a si mesmo "ue havia conhecido diversas mulherescomprometidas em sua vida e fugido delas de forma t#o natural "uanto respirar, mas isson#o fa&ia o arrependimento desaparecer.

1or "ue manter distQncia dessa mulher o incomodava tanto$

J 5 "ue acha de um lanche e depois hora do banho$ J falou Tory, levando Cindycom ela en"uanto se erguia do ch#o.

J 1arece 'timo. J )le se ergueu tamb(m, lembrandose de "ue ela tinha direito a24

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uma vida particular. ) a um namorado. ) ele tinha "ue superar essa atraç#o.

)les alimentaram as crianças com um pouco de cereal e depois se dirigiram para otoalete no "uarto das crianças. 2ma ve& "ue a m#e dele tinha feito o melhor paraacomodar os gêmeos, havia duas pias no balc#o.

J 7ue pena "ue eles s#o grandes demais para se encai*ar nessas pias.

Carregando Cindy em seu "uadril, Tory apanhou duas banheiras de bebê de dentrodo armário do toalete.

J 0im, mas sua m#e pensou nisso.

Chance separou as banheiras, encheuas com água morna e depois despiu 0am Amando a água, 0am bateu na superf!cie com ambas as m#os.

 Assentindo com a cabeça para ele, Tory declarou;

J 3ogo mais ele n#o vai caber nessa banheira.

Chance deu risada.

J /#o. /#o vai.J )nt#o teremos "ue usar a banheira grande.

J 4sso ( perigoso$

J /#o se nunca o dei*armos. J )la sorriu para Chance. J Cuidados comcrianças e*igem um pouco de conhecimento e muito de bom senso.

)le se lembrou de todas as coisas "ue ela á havia ensinado a ele.

)m pouco menos de dois dias, suas crianças estavam feli&es e ele se sentia maiscompetente.

 A melancolia tomou conta do seu ser. Mesmo com um namorado, ela ainda poderiaser uma e*celente babá, mas eles iriam perder algo.

)le "ueria gostar dela. )la era doce e divertida. 5 tipo de mulher "ue ele precisavadepois de 3iliah.

3iliah. 0' de pensar no nome dela ele sentiu uma onda de raiva invadilo. 4sso ofa&ia se lembrar da humilhaç#o "ue Chance sentira depois "ue ela admitira "ue havianamorado com ele apenas para usálo. )le a havia conhecido por semanas antes de seenvolverem de forma romQntica, e ainda assim ela o enganara. /#o era estpido seapai*onar t#o rapidamente por Tory$ 2ma mulher "ue nem mesmo conhecia direito$ 2mamulher com um segredo$ 1rovavelmente um namorado.

%eusR 5nde estava o seu bom senso$

Tory torceu uma pe"uena toalha cheia de água sobre a cabeça de Cindy. Correntesde água corriam pelos seus cachos e a fa&iam dar risada.

Tory era t#o boa com as crianças e as crianças eram t#o necessitadas "ue eleestava levando seus sentimentos de apreciaç#o longe demais.

Talve& ele "uisesse tanto uma m#e para os seus filhos "ue estivesse vendo coisasnela "ue na realidade n#o e*istiam.

J ) a pe"uena srta. Cindy tamb(m gosta de banho.

)les envolveram as duas crianças molhadas em toalhas fofinhas e rumaram para o"uarto das crianças, onde os vestiram com os piamas. )les os amamentaram, esperaramat( "ue os dois pegassem no sono e depois dei*aram o "uarto.

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0o&inho na sala de estar novamente, Chance se sentia totalmente sob controle. )leapanhou o controle remoto da tevê em cima da mesa de centro e se sentou no sofá.

Bem ao lado de Tory.

1resumindo "ue ela tivesse ido para o seu "uarto, ele nem mesmo havia olhadoantes de se sentar, e subitamente eles estavam "uadril a "uadril.

0eu olhar se fi*ou ao dela. 2ma desculpa brotou em seus lábios. Mas os olhoscastanhos dela demonstravam tanto deseo "ue ele se calou.

2m calor invadiulhe o corpo inteiro. Com um simples movimento de m#o, elepoderia tocarlhe o cabelo sedoso, tra&erlhe o rosto mais pr'*imo ao seu e pressionar umbeio nos lábios suculentos.

0atisfa&er essa fome "ue o perturbava toda ve& "ue ele olhava para ela.

Como se estivesse lendo os seus pensamentos, ela inspirou profundamente. Como movimento, os seios fartos subiram e desceram, fa&endo com "ue o deseo deleaumentasse ainda mais.

) ent#o ele se lembrou de 3iliah. Chance se lembrou da humilhaç#o de perceber "ue ele a havia ulgado totalmente mal e a raiva "ue sentiu "uando ela abandonara ascrianças. )le se lembrou de "ue mal conhecia Tory e "ue ela tinha um segredo.

)rguendose do sofá, ele declarou;

J 0abe de uma coisa$ )stou mais cansado do "ue eu imaginava. J ), di&endoisso, ele seguiu em direç#o ao "uarto.

CA'()L* QA)R*

5 som do choro dos bebês acordaram Tory depois das Lh e ela se ergueu dacama. Ap's vestir seu roup#o macio e felpudo na cor rosa, ela abriu a porta do "uarto nomesmo instante em "ue Chance abriu a porta do outro lado, a"uela "ue conectava o"uarto das crianças com o "uarto dele.

5 cabelo curto e escuro estava totalmente desgrenhado. 5s olhos dele piscaramem protesto : lu& "ue ela havia acendido.

) ele estava sem camisa.

Chance vestia apenas uma calça preta "ue ficava abai*o do seu "uadril, revelandoum peito musculoso apimentado com pelos t#o escuros "uanto seu cabelo. Tamb(m seusp(s estavam desnudos.

Tory sentiu a respiraç#o congelar. 5 momento deles no sofá voltou : sua mem'ria.5 tremor "uente "ue a havia invadido voltou a tomála novamente. )la nunca haviasentido nada parecido por um homem antes. /em mesmo Iason. 5 "ue tornava a

situaç#o incrivelmente errada.

6apidamente, ela se apro*imou do berço de Cindy.

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J )u pensei "ue fosse meu trabalho levantar para cuidar das crianças.

Chance passou a m#o pelo rosto.

J 2ma noite inteira de sono como a noite passada foi maravilhosa. Mas há doisbebês e dois adultos. 4sso irá facilitar as coisas se trabalharmos untos.

0ua vo& masculina e profunda fe& com "ue ela sentisse uma torrente de emoçPes.

)m silêncio, eles trocaram as fraldas dos bebês. 7uando terminou de vestir 0am,Chance se apro*imou da mesa de trocar de Cindy e gesticulou para Tory colocála emseu braço "ue estava livre.

J 2ma ve& "ue consigo segurar os dois, você pode apanhar as mamadeiras.

Tory passou o bebê para o braço dele, tomando muito cuidado para n#o tocálo.%epois, ela saiu do "uarto e se apressou na direç#o da co&inha.

Tory apanhou duas mamadeiras da geladeira e voltou para o "uarto das crianças. Abrindo a porta com o ombro, ela encontrou Chance lutando com seus dois bebês "uegritavam de alegria e pareciam "uerer engatinhar sobre a sua cabeça.

Tory apressouse com as mamadeiras, simultaneamente entregando uma delaspara Chance e apanhando Cindy do colo dele.

J )u entendo o "ue você "uer di&er com os dois engatinhando em cima de vocêcomo se fossem gatos.

%esli&ando o bico da mamadeira na boca de 0am, Chance apenas resmungou.Tory se sentou na outra cadeira de balanço e começou a alimentar Cindy.

)*ceto pelo ávido sugar das mamadeiras dos dois bebês famintos, o "uarto estavasilencioso.

Tory soltou um longo suspiro. )les n#o deveriam conversar. As crianças deveriamse alimentar e depois dormir novamente.

Mas o fato de eles n#o conversarem fe& com "ue o momento parecesse muito!ntimo.

Tory suprimiu uma risada. A intimidade era apenas a sua percepç#o. 2m homem"ue salta do sofá e corre para o seu "uarto em ve& de permanecer sentado ao lado delan#o estava se sentindo !ntimo. )la precisava parar com esses sentimentos estranhos e deinterpretar as coisas de modo incorreto.

)le era seu chefe. )la era uma babá. )le precisava dela. ) ela gostava de ser til.Tory gostava de ficar por perto das crianças.

0am terminou primeiro e Chance o colocou de volta no berço com um suave beiode boanoite. 0em di&er uma palavra, ele dei*ou o "uarto das crianças, confirmando "uetodas as coisas "ue ela pensava estavam acontecendo apenas em sua mente.

Cindy tamb(m adormeceu rapidamente e Tory a colocou no berço.

1arada na porta, com a m#o pr'*ima ao interruptor de lu&, ela subitamente deseou"ue Chance aceitasse o trabalho com o irm#o e a mantivesse como babá.

)nt#o ela poderia ver essas crianças crescerem.

)sse era um sonho tolo. 2m sonho perigoso.

5u era isso$ 5s m(dicos haviam dito "ue n#o tinham ideia de "uanto tempo Iasonficaria em coma. ) ela n#o tinha intenç#o de abandonálo. 0er uma babá pelos pr'*imos anos lhe proporcionava algo "ue ela n#o iria conseguir de outra maneira... A chance de

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ser m#e.

)la poderia ser m#e de todas as maneiras, ainda "ue nunca se casasse.

1arecia perfeito.

)*ceto pela sua maldita atraç#o.

/#o. )la n#o poderia ficar ali para sempre. 0eis anos, no má*imo. 5 "ue lhe dariatempo o suficiente para terminar a faculdade : noite.

Talve& ela devesse começar a pensar sobre isso, e n#o sonhar acordada comcrianças "ue n#o eram suas.

/a manh# seguinte, Chance teve outra reuni#o com seu irm#o. )le vestiu um ternoe uma gravata novamente e se apressou em sair de casa... )*ceto "ue, dessa ve&, ele selembrou de beiar as crianças.

Mas, "uando estava so&inho no 028, o momento "ue passou ao lado de Tory nosofá voltoulhe : mente. )le teve "ue lutar contra o deseo de bater a cabeça contra ovolante. Como ele poderia pensar em beiar Tory com as farsas de 3iliah ainda t#o vivasem sua mente$

1rincipalmente "uando Tory tinha Valgum lugarY para ir aos sábados e domingos.)la poderia n#o ter um namorado, mas tinha um segredo.

)le inspirou profundamente. 2m segredo "ue provavelmente n#o era da sua conta.Tory era uma funcionária. ) talve&, se ele começasse a pensar nela somente como umafuncionária, alguns desses sentimentos desaparecessem. Com esse pensamento,Chance ligou o motor do carro.

J 5 "ue ela fa& com os seus dias de folga n#o ( da minha conta.

Chance iria pensar nela apenas como uma funcionária e, mesmo assim, ele seriacuidadoso.

)le n#o iria... Absolutamente n#o iria... Tolerar mais drama em sua vida.

), se esse segredo dela lhe trou*esse algum drama, ele iria demitila.

1onto.

1ensar dessa maneira deveria têlo dei*ado feli&, mas na verdade o dei*ouin"uieto. )le n#o "ueria demitila. /#o "ueria "ue ela tivesse um segredo. /#o "ueria

lutar contra essa atraç#o. ) "ueria poder seguir com isso.5 "ue o dei*ava muito aborrecido.

5 "ue essa mulher tinha para "ue ele n#o conseguisse parar de pensar nela,mesmo "uando o bom senso lhe di&ia "ue ele estava errado$

Chance parou o 028 no estacionamento da Montgomery ConstruçPes e)mpreendimentos, saiu do carro e usou o elevador privativo para subir at( o escrit'rio deMa*. 7uando as portas do elevador se abriram, o sofá e as cadeiras estavam cheios dehomens e mulheres vestindo ternos cin&a, pretos e a&uis.

5 al!vio tomou conta do seu ser. /eg'cios. 4sso era seu dom!nio.

4sso iria desviar sua mente de Tory, seu segredo e seus olhos castanhos.

Chance entrou no escrit'rio e, como um irm#o mais velho orgulhoso, Ma* declarou;

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J 1essoal, esse ( o meu irm#o Chance.

)n"uanto Ma* citava os nomes, Chance trocou aperto de m#os com uma fila depessoas, subitamente se sentindo parte das coisas.

7uando o dia terminou, Chance sentouse em uma cadeira em frente : mesa deMa*.

J ) ent#o, o "ue você acha$ A Montgomery ConstruçPes e )mpreendimentosparece com o lugar "ue você poderia trabalhar pelos pr'*imos anos$

Chance sorriu ironicamente.

J %ireto ao ponto, hein$

J )i, eu n#o sei "uanto tempo você vai ficar a"ui. Tenho "ue ir direto ao ponto.

J )stá bem. 8ocê "uer saber o "ue eu acho$ )u acho "ue você vai fa&er promessas como o papai fe& uma ve& "ue me tiver a"ui.

Ma* ficou bo"uiaberto.

J 5s ltimos dois dias n#o significaram nada para você$J 8ocê ( um sedutor igual ao papai, Ma*. ) eu supostamente devo acreditar "ue

você mudou$

 A cadeira de Ma* rangeu conforme ele se reclinou no espaldar.

J Continue.

J Continuar$ 1refiro ir embora antes "ue você me passe para trás, minta ousegure uma informaç#o importante.

J 5hR J Ma* soltou uma risada curta.

J )u entendo o "ue você está fa&endo. 8ocê "uer "ue eu sea como o papai. 8ocê"uer me fa&er parecer mau para poder di&er : mam#e "ue tentou, mas "ue ( imposs!veltrabalhar comigo. J )le se ergueu e inclinouse sobre a mesa. J Aceite isso, irm#o&inho.8ocê tem um terço dessa empresa. 7uando a mam#e falecer, n's dois teremos meio ameio. )stamos presos um ao outro. ) eu n#o "uero fa&er todo o trabalho so&inho. )u"uero alguma auda. )nt#o vamos resolver isso agora.

Chance tamb(m se ergueu e inclinouse sobre a mesa "uando Ma* terminou defalar.

J Xtimo. 8ocê "uer resolver isso$ 8amos começar com o por"uê de você n#o ter me contado "ue sabia "ue papai era meu pai biol'gico$

Ma* se inclinou para mais perto.

J 1or"ue eu tinha apenas ouvido intriga de escrit'rio. )u n#o iria lhe contar fofocas. Agora eu tenho uma "uest#o. 0e você ( um homem t#o bom "ue ama tanto amam#e, por "ue você nem ao menos mandou um cart#o de /atal nos ltimos U anos$

J )u estava furioso.

Ma* assentiu com a cabeça e gesticulou para a cadeira em frente : mesa.

J )nt#o você tem medo de trabalhar comigo$

Chance se sentou. 0e esse era o momento da verdade com seu irm#o, ent#o seria

um momento genu!no da verdade. 0em restriçPes. 0em acusaçPes. Apenas a verdade.1or"ue, por mais "ue ele "uisesse, ele n#o poderia trabalhar ali.

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J )u n#o posso confiar em você, Ma*.

J Tudo por"ue eu soube de algo por H horas sem contar a você$

J )u n#o sei. Talve&. Mas isso ( mais sobre o papai. 0obre cone*Pes com esselugar das "uais n#o consigo me livrar. )u despendi U anos o odiando. )sse sentimenton#o some de repente.

J Iusto o bastante.Chance ergueu o rosto para encarálo.

J Iusto o bastante$

J )u acho "ue você está pedindo um tempo. )u estou feli& em lhe dar isso.

J )u acabei de di&er "ue n#o confio em você, e você está me di&endo "ue vai medar um tempo$

J +ora de se reconciliar com tudo. +ora de confiar em mim. J )le reclinou senovamente no espaldar da cadeira. J Chance, eu sou um alco'latra "ue precisou se

desculpar com ao menos metade das pessoas da cidade. )u tive "ue ser pacienteen"uanto "uase todos "ue conheço se adaptavam ao meu novo VeuY. )u seria umverdadeiro idiota se n#o pudesse esperar meu pr'prio irm#o se adaptar.

Chance n#o disse nada. )le nunca tinha ouvido tanta sinceridade de algu(m. ), sehavia algu(m a "uem ele "ueria dar uma segunda chance, esse algu(m era Ma*. 5 irm#omais velho "ue ele tanto havia adorado.

Ma* tamborilou os dedos sobre a mesa e depois abriu uma das gavetas.

J Iá "ue estamos sendo honestos um com o outro... J ele ogou um envelopesobre a mesa J ... isto ( seu.

Chance nem mesmo apanhou o envelope.J 5 "ue ( isto$

J Abra.

)le abriu o envelope e retirou uma pilha de, pelo menos, cinco declaraçPes anuaisda Montgomery ConstruçPes e )mpreendimentos.

J 8ocê "uer "ue eu vea o "uanto a empresa está indo bem ou a hist'ria do"uanto você mudou desde "ue o papai faleceu$

J )u estive me atuali&ando nos ltimos dias. )ssas declaraçPes anuais s#o para"ue você vea os nmeros.

J 8er os nmeros$

J Abra mais o envelope.

)le o fe& e encontrou um tal#o de che"ues.

J )ssa ( a sua parte de nossos lucros desde "ue o papai faleceu. %epois "ue elefaleceu, a mam#e decidiu "ue n#o iria precisar J ou "uerer J de todo o dinheiro "ue aMontgomery ConstruçPes e )mpreendimentos gerasse, ent#o ela nos fe& inteiramentes'cios. Como eu disse, n's dois temos um terço. )sta... J ele apontou para o tal#o deche"ues J ( sua parte.

Chance abriu o tal#o e depois ergueu os olhos para Ma*.

J +á milhPes de d'lares a"ui.

J )u sei.

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J 8ocê dei*ou em uma poupança$ 5nde nem chama o interesse$

Ma* deu risada.

J Meu trabalho era guardar o seu dinheiro. 5 seu trabalho ( investir isso.

J )u n#o sei o "ue di&er. J )le realmente n#o sabia. 5 pai deles nunca teriaguardado os lucros. /em mesmo para um s'cio. Ma* havia guardado para ele.

J %iga "ue vai ficar... Ao menos por um tempo. %ême uma chance de provar o"uanto estou mudado. As coisas est#o muito diferentes agora. 1odemos ser uma fam!lianovamente.

Chance engoliu a saliva.

J ) se o problema n#o for "ue eu n#o confie em você, mas "ue eu simplesmenten#o consigo confiar em ningu(m$

J )nt#o eu iria recomendar "ue você ficasse ainda mais tempo. 8ocê constr'iconfiança primeiro com a fam!lia, Chance. %ê uma chance para mim e para mam#e lhemostrarmos "ue o amamos e o "ueremos em nossas vidas. ) n's começaremos a partir 

da!.Chance deu uma risada e sacudiu a cabeça em negativa.

J 8ocê "uer di&er, começar a interagir mais do "ue apenas morar na casa deh'spedes da mam#e e lhe visitar no trabalho$

J 0im. 8ocê n#o pode ignorar eu e a mam#e s' por"ue o papai n#o foi bom comvocê.

 As palavras de Ma* ecoavam em sua cabeça en"uanto ele entrava na casa decampo na"uela noite. 2ma ve& "ue á havia passado das h, Tory tinha alimentado osbebês.

J )ssa foi uma longa visita.

J Meu irm#o e eu conversamos... J ) ele havia ficado t#o confuso "uanto :desconfiança de Tory... /#o importa se eram sentimentos remanescentes de 3iliah oudesconfiança genu!na por"ue ela tinha um segredo... 7ue ele n#o "ueria voltar para casa.)nt#o, ele tinha dirigido pelas vi&inhanças, tentando entender o "ue estava acontecendo.Chance n#o "ueria ser v!tima de uma atraç#o intensa e inesperada. Ainda assim, ele n#o"ueria perder uma boa babá devido :s suas suspeitas.

Chance caminhou at( o cercadinho e ergueu 0am no colo.

J )i, garot#o. 5 "ue você fe& o dia todo$

J /a verdade, eles tiveram um dia especial.

J - mesmo$

J 0im, sua m#e decidiu ficar com eles todos os dias ao meiodia en"uanto eualmoço.

)le deu risada, sentindo um pouco da sua apreens#o se soltar.

J )u sabia "ue ela n#o seria capa& de resistir.

J )la ( a av' deles.

J Tecnicamente, sim

J Tecnicamente$

Talve& fosse o momento de ele ser um pouco mais honesto tamb(m$

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J )u sou adotado.

J 5hR

Chance colocou 0am de volta no cercadinho e ergueu Cindy.

J )i, docinho.

)la friccionou a bochecha contra o rosto dele.J )u tamb(m senti sua falta. Mas o papai vai ter "ue sair esta noite.

Iantar com Ma* e Zate e os filhos deles era outra parte do plano do irm#o para "ueeles se conhecessem melhor. ), agora "ue estava pensando a respeito, a resposta dosseus problemas com Tory poderia ser resolvida dessa maneira tamb(m.

0e ele "uisesse confiar nela, precisava saber mais sobre ela.

Chance dirigiu o olhar para Tory.

J Meu irm#o e a esposa "uerem "ue eu ante com eles. )spero "ue você n#o seimporte.

Tory sorriu com al!vio.

J - claro "ue n#o me importo.

J /ormalmente você tem um pe"ueno intervalo : noite, "uando eu brinco comeles.

J )u tive um belo intervalo na casa da sua m#e.

J 0e "uiser antar agora, você pode subir para a mans#o. )u n#o vou me trocar at( você voltar.

J A "ue horas você vai se encontrar com seu irm#o e sua cunhada$

J /#o importa. )u vou telefonar para eles agora e di&er "ue estarei lá :s h. Apenas vá e aprecie seu antar.

Tory assentiu com a cabeça, apanhou a a"ueta e saiu alegremente para antar com CooO e os outros funcionários da casa.

7uando retornou, ele tomou banho e trocou de roupa en"uanto ela alimentava ascrianças antes de colocálas para dormir. Chance deulhes um beio de boanoite, dissepara ela n#o esperálo acordada e saiu de casa.

) ela tinha a casa inteira para si.

0em se preocupar se ele havia notado "ue ela estava atra!da por ele.

0em se preocupar com os sentimentos "ue ela sabia serem errados.

CA'()L* C"C*

 A"uela noite "uando os bebês choraram, Tory correu para o "uarto das crianças

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esperando atendêlos antes "ue eles acordassem Chance, mas n#o teve sorte. )le entrouno "uarto ao mesmo tempo em "ue ela. 0em camisa, vestindo uma calça larga no "uadril,fa&endoa ficar com água na boca.

Tory inspirou profundamente e rumou para os berços, di&endo a si mesma para secontrolar e lidar com isso.

)la apenas precisava ficar ao lado dele algumas horas por dia. ) eles mal sefalavam. 7uando retornou do antar com o irm#o, ele n#o falou sobre si ou perguntousobre ela. Apenas perguntou sobre os bebês.

Chance alcançou os berços primeiro e apanhou Cindy.

Tory apanhou 0am e silenciosamente trocoulhe a fralda, en"uanto Chance trocavaa de Cindy. %epois, ela entregou 0am para ele e rumou para a co&inha a fim de apanhar as mamadeiras.

7uando retornou, Tory apanhou 0am dos braços de Chance. )la caminhou at( acadeira de balanço, desli&ou o bico da mamadeira na boca ávida de 0am e sentousepara balançar.

%a sua vis#o perif(rica, ela viu Chance tentar acalmar Cindy en"uanto ela seagitava. 7uando o bebê n#o se acalmou, ela declarou;

J )la gosta "ue converse com ela.

0onolento, ele virouse para encarála.

J 5 "uê$

J Conversa fiada J sussurrou ela, tendo estranhas sensaçPes em seu estEmago.5s olhos dele eram da cor de um c(u perfeito.

Chance uniu as sobrancelhas.

J Conversa fiada$

J %iga a ela "ue você a acha bonita.

)le deu risada. Mas, "uando ela n#o riu com ele, Chance fran&iu o cenho.

J 8ocê está falando s(rio.

J 0im. )la gosta de você. )la gosta de ter a sua atenç#o. )nt#o apenas digacoisas gentis a ela.

)le bai*ou o olhar para Cindy, comprimiu os lábios como se estivesse pensandoem algo e depois declarou;

J )i, docinho.

Tory assistiu Cindy alargar o sorriso ao redor do bico da mamadeira.

J 4sso a fe& "uerer beber ainda menos.

J Continue falando.

Chance suspirou e fran&iu as sobrancelhas, obviamente pensando, e depois disse;

J )i. /'s n#o nos divertimos "uando brincamos en"uanto Tory subia para o antar$

Cindy e*ibiu um largo sorriso novamente.

J 7uero di&er, "uem n#o gosta de um monte de an(is coloridos$

3entamente ela começou a sugar o bico da mamadeira.

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J ) esses ursos "ue você tem. )les s#o realmente macios.

Tory n#o conseguiu se conter. )la deu risada. 5 olhar dele se voltou para ela.

J 8ocê disse "ue era para eu fa&er isso.

J ) você está indo muito bem. - "ue ( estranho ver algu(m t#o... J 0e*y. 8iril.Masculino. )la "ueria di&er "ual"uer uma dessas palavras. )m ve& disso, ela disse; J

Iovem. Algu(m t#o ovem com um bebê.Chance estreitou os olhos para ela.

J /#o sou t#o ovem.

/#o. )le n#o era. )le havia atiçado sua curiosidade "uando dissera "ue eraadotado e ela perguntara a CooO sobre ele. CooO dissera a ela algumas coisassurpreendentes. Como a idade dele.

)la pensou "ue ele tivesse ou L anos. Mas tinha LH. Achara "ue fosse algumrico mimado. Mas ele havia ficado por conta pr'pria com anos e trabalhado emconstruç#o antes de começar sua pr'pria empresa.

J )u tenho LH anos.

J )u sei. CooO disse "ue está a"ui há L anos e você tinha H "uando ela começoua trabalhar para sua m#e.

)le estreitou os olhos novamente.

J - mesmo$ )la se lembra$

J )la disse "ue você era uma criança fofa.

)le deu uma risada e verificou a mamadeira de Cindy.

J )u poderia ser um terror. J )le ficou pensativo por um tempo e depois indagou;J ) "uanto a você$

J Bem, eu n#o era um terror.

J Aposto "ue você era uma dessas garotas boa&inhas "ue nunca incomodouningu(m

J )u certamente n#o incomodei a co&inheira, á "ue eu n#o tinha uma.

)le deu uma risadinha.

J )nt#o, o "ue você fa&ia$

J 5 "ue eu fa&ia sobre o "uê$

)le deu de ombros.

J )u n#o sei. 7uando era criança. 8ocê gostava de hist'ria$ Tinha um papel napeça de teatro$ 8ocê perseguia os garotos$

Tory sentiu seu coraç#o bater forte dentro do peito. A atenç#o "ue ele estava lhedando dei*oua surpresa.

J 8ocê deveria estar conversando com Cindy.

)le bai*ou o olhar para o bebê e depois deu risada.

J )la está encantada. )la "uer ouvir sobre você tamb(m.

Com o coraç#o batendo freneticamente, ela disse;

J +onestamente, n#o há nada para di&er.

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Chance piscou por duas ve&es.

J /ada$ 8ocê teve uma infQncia totalmente mon'tona$ A adolescência, a uventude$

 As faces dela ficaram coradas. Tory deseou de todo o coraç#o "ue tivesse umahist'ria para contar a ele, mas n#o tinha. )la namorara Iason no colegial, fora com ele :

festa de formatura, se ferira com ele na moto... %epois despendera os pr'*imos cincoanos indo a hospitais ou visitando Iason. 0em terminar a faculdade. 1erdendo os amigos.)ra como se ela tivesse despendido a"ueles anos escondida em um buraco negro.

) ela finalmente descobriu o por"uê de n#o "uerer conversar sobre isso comChance ou as crianças. 7ueria um pouco de espaço e tempo para se es"uecer disso.)star com pessoas "ue n#o sabiam. Com pessoas "ue a tratavam normalmente, n#o compiedade ou um milh#o de "uestPes.

Chance se ergueu da cadeira de balanço.

J )la está dormindo.

Tory bai*ou o olhar e percebeu "ue 0am tamb(m estava.)la n#o teria "ue responder a "uest#o de Chance.

)les colocaram os bebês nos berços. ), depois, Chance declarou;

J Boa noite.

) ela respondeu;

J Boa noite.

Mas nenhum dos dois se virou.

=itando os olhos cor de safira, ela sentiu o coraç#o se acelerar. )le poderia estar 

curioso sobre ela por"ue estava interessado$ )la havia suspeitado disso no primeiro dia,"uando eles se entreolharam depois de ele ter montado os balanços e aguardado para"ue ela colocasse os gêmeos neles.

)la tinha visto certo brilho nos olhos dele "ue nunca vira nos olhos de outroshomens.

Mas isso estava errado.

)nt#o ela se virou.

) ele se virou.

)les abriram as portas de seus respectivos "uartos e seguiram direçPes diferentes.

/o dia seguinte, Chance apareceu na co&inha vestido com um terno novamente.

J Bom dia.

Tory sorriu para ele antes de desli&ar uma colher de cereal na boca de 0am

)le caminhou diretamente at( a cafeteira. %epois de se servir de uma *!cara decaf(, Chance recostouse no balc#o.

J 8ocê e eu precisamos conversar novamente.Tory estreitou os olhos para ele, suas bochechas ficando coradas.

J 0obre$35

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J 5 dia depois de amanh#. 0ábado.

J 5h$ J 0ábado. )la deveria ter seu dia de folga. J 5hR )stá certo.

J 8ocê disse "ue gostaria de ir a um lugar...

J )u gostaria.

J - um lugar pr'*imo da"ui$ 8ocê precisa estar lá em um horário espec!fico$J /#o ( longe e eu posso chegar a "ual"uer horário.

J Apenas estou perguntando por"ue preciso fa&er uma agenda para mim.

J Agenda$

J )u preciso levantar com as crianças$ 8ocê vai voltar : noite ou vai ter o dia todode folga$ 8ai passar a noite com seus pais$

Tory n#o havia pensado nisso realmente. Mas sua nica prioridade real era ver Iason. )la n#o precisava ficar na casa dos pais. 1oderia voltar para a casa de campo.

J )u posso levantar com as crianças...

J 8ocê n#o precisa... J )le suspirou como se estivesse frustrado. J Apenasestou tentando aeitar as coisas, s' isso.

J 1odemos improvisar no sábado de manh#$

Chance repousou a *!cara sobre o balc#o.

J Claro.

) ent#o ele partiu e Tory se recostou pesadamente contra o balc#o.

Tentar fingir "ue ela n#o havia sofrido um acidente feio em seu passado estavaficando mais e mais dif!cil.

Claro, ela n#o "ueria a piedade dele, e ela n#o estava mentindo e*atamente... Mastamb(m n#o estava sendo honesta.

5 arrependimento tomou conta do seu ser. 2ma ve& "ue ele soubesse, ele teriapena dela. )la n#o iria mais se sentir normal.

Tory cerrou os olhos com força. )ra realmente por isso "ue ela n#o estavacontando sua hist'ria a ele$ 1or "ue ela "ueria se sentir e parecer normal para ele$

5h, %eusR 5 "ue havia de errado com ela$

 Ao meiodia, Tory colocou os bebês no carrinho duplo e se dirigiu : mans#o de

SFen. 7uando alcançou a mans#o, ela tocou a campainha. SFen atendeuimediatamente.

 A mulher uniu as m#os.

J )ntreR )ntreR J ), virandose, ela gritou do hall. J Zate, os bebês est#o a"uiR

2ma morena de bai*a estatura vestida com um eans e um su(ter apressouse nadireç#o do hall. )la olhou para Cindy, "ue estava com um laço grande rosa em seu cabelolouro encaracolado, e 0am, "ue preenchia sua metade do carrinho duplo, e ela tamb(muniu as m#os.

J SFen, você estava certa. )las s#o as crianças mais fofas do mundo. J ) ent#o

ela estendeu a m#o para Tory. J )u sou Zate. A cunhada de Chance. )sposa de Ma*. J), e*ibindo um largo sorriso, ela pediu; J 1osso segurar um$

Tory aceitou a m#o "ue Zate havia estendido.

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J 8ocê pode segurar os dois se "uiser.

SFen deu risada.

J 8amos ter os bebês s' para n's pela pr'*ima hora... 5u duas, se conseguirmosconvencer Tory a ter um longo almoço.

Tory se livrou da sua velha a"ueta eans.

J +oe eu n#o posso. 2ma ve& "ue eu almoçar, ( a hora do cochilo deles.=inalmente consegui uma agenda para eles.

J )nt#o vá adiante J SFen declarou, guiandoa atrav(s do hall "ue levava :co&inha. J Zate e eu "ueremos o maior tempo poss!vel com eles.

Tory caminhou vagarosamente pelo longo corredor e abriu as portas duplas "uedavam acesso : co&inha. CooO, uma senhora de cabelo grisalho e bai*a estatura, comseus G anos e "ue estivera na fam!lia Montgomery por L, e IoAnn, a empregada,estavam sentadas : longa mesa nos fundos da co&inha.

CooO acenou para ela.

J A sopa está esfriando.

Tory pendurou a a"ueta no espaldar de uma cadeira.

J 8ocês n#o precisavam esperar por mim.

J )u n#o esperei J IoAnn disse, erguendose da sua cadeira. J A sra.Montgomery irá promover uma festa no sábado. J )la deu um abraço apertado em Tory.J %esculpe, mas tenho "ue correr.

 Assim "ue ela saiu, Tory apanhou uma colher e e*perimentou a sopa.

J +mm. )u uro, CooO, você poderia abrir um restaurante.

CooO gesticulou com uma das m#os para o ar.

J /a minha idade$ Al(m do mais, os Montgomery s#o como uma fam!lia agora.

Tory bai*ou o olhar para sua sopa.

J )u posso entender isso.

CooO deu risada.

J 5h, agora você pode$

J 0im

CooO repousou uma das m#os no cotovelo de Tory.J 1or "ue eu sinto "ue algo está errado$

)la suspirou.

J 1or"ue algo está errado. =ora de sincronia. J )la soltou o ar com força. J )uestou me comportando, de forma diferente, perto de Chance.

J %iferente$

J )u nunca contei a ele sobre o meu acidente.

CooO fran&iu as sobrancelhas.

J ) "ual ( o problema$ 8ocê "uer um novo começo. J )la deu um tapinha nam#o de Tory. J /ingu(m poderá culpála por "uerer es"uecer a"uilo.

J )u n#o acho "ue sea esse o motivo de eu estar fa&endo isso. )u acho "ue37

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

estou fa&endo isso por"ue gosto de Chance.

J Sosta$ 5u gosta$

J /a verdade, gostar pode ser a palavra errada. )u acho "ue estou apenasatra!da por ele.

J 4sso ainda ( um cho"ue.

J )u pensei "ue ele fosse um verdadeiro malhumorado no começo. Mas ele n#o(. )le ( apenas algu(m "ue teve muita coisa acontecendo em sua vida. ) eu acho "ue s'agora está conseguindo lidar com as coisas.

CooO ficou pensativa.

J Como você$

Tory deu de ombros.

7uando ela n#o respondeu, CooO suspirou.

J Certo. 8amos fa&er o seguinte. 8ocê n#o ( a primeira babá a se apai*onar pelo

pai dos bebês "ue toma conta. - "uase uma armadilha do emprego.Tory deu risada.

J Mas ele n#o ( o certo para você. )le ( mais velho do "ue você. J )lagesticulou com as m#os para o amplo espaço da co&inha. J )le foi criado em umambiente totalmente diferente. )nt#o o "ue você está sentindo ( provavelmente nadamais do "ue uma atraç#o f!sica por um homem muito bonito.

Tory soltou um suspiro de al!vio.

J - isso o "ue eu continuo falando para mim mesma.

J 1or"ue você está certa.

J )nt#o, o "ue eu devo fa&er$

J %escubra uma forma de difundir isso. 2ma maneira de destacar o fato de ele ser o seu chefe.

Tory meneou a cabeça.

J )u n#o tenho certe&a se a estou acompanhando.

J 8ocê tem "ue fa&er algo "ue aponte constantemente "ue o seu relacionamentoprecisa se manter profissional.

J Cuidar dos bebês dele n#o ( o suficiente$

J Cuidar dos bebês dele parece ser parte do "ue a fa& gostar dele. )nt#o vocêtem "ue se dar uma distraç#o para "ue o seu trabalho se pareça mais com um empregodo "ue com uma fam!lia. Comportese como uma professora. 8ocê disse "ue ele n#osabe muito sobre crianças e você á esteve mostrando coisas a ele. )nt#o colo"ue nacabeça "ue isso fa& parte do seu trabalho e, em ve& de notar "ue ele ( bonito, comece ausar seu c(rebro para descobrir maneiras de audálo a ser um pai melhor.

Tory inclinou a cabeça.

J 4sso pode funcionar.

J 4sso vai funcionar. Tudo o "ue você tem "ue fa&er ( parar de vêlo como um pai

bonito "ue você está audando e começar a vêlo como um pai mal preparado "ue vocêtem "ue ensinar a lidar com as crianças. )u lhe garanto "ue isso vai funcionar.

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/a"uela noite, Tory inspirou profundamente "uando Chance chegou em casa e, emve& de di&er V5láY, ela disse;

J As crianças estiveram particularmente boas hoe.

Chance se livrou do palet'.

J Ah, ($

J )u acho "ue, como uma recompensa para eles, talve& você pudesse lhes dar o antar.

J 0o&inho$

J )u os alimento so&inha o tempo todo. 8ocê pode fa&er isso.

J )u devo me livrar dessa camisa$

J )u me livraria se fosse você.

Chance rumou para o seu "uarto e saiu vestido com uma camiseta e um eans.2ma camiseta "ue o fa&ia parecer muito mais ovem e muito mais se*y do "ue um pai de

trinta e poucos anos devia parecer.3embrandose dos planos de CooO, ela se forçou a pensar como uma professora.

J )u á fi& isso antes J comentou ele, virandose para encarála. J )u fi"ueiso&inho com eles por duas semanas. /#o ( como se eu precisasse de liçPes.

J )u sei, mas as crianças gostam do seu tempo e atenç#o. Com você asalimentando e eu observando, elas têm n's dois, mas principalmente você.

Como se estivesse confirmando isso, Cindy deu uma risadinha.

)les despenderam o restante da noite com Tory oferecendo, ocasionalmente,conselhos no "ue ele estava fa&endo com os bebês. ), como CooO havia previsto, elacomeçou a se sentir melhor. Como uma professora.

)la acordou com os gêmeos :s h e rapidamente os acalmou para "ue n#oacordassem Chance. 7uando eles choraram :s [h do dia seguinte, tanto ela "uantoChance correram para o "uarto das crianças.

Contudo, ela o Ve*pulsouY do "uarto di&endo para ele ir tomar banho e se arrumar para o trabalho.

5rgulhosa de si mesma, ela teve uma manh# tran"uila com as crianças e, ao meiodia, as levou para a mans#o de SFen. Tudo ia perfeitamente bem, at( ela entrar noescrit'rio de SFen para apanhar os gêmeos depois do almoço e SFen lhe lembrara da

festa da noite seguinte.J 0eus pais vir#o, ent#o eu gostaria "ue você viesse tamb(m

Tendo a desculpa perfeita, ela sorriu com gratid#o e disse;

J 4sso ( muito gentil da sua parte, mas, se "uiser Chance na festa, sou eu "ueterei "ue ficar com os bebês.

Colocando Cindy no carrinho, Zate declarou;

J Trisha, minha filha adolescente, irá cuidar deles.

J 5hR

SFen deu um tapinha carinhoso na m#o dela.J )u sinto muito, "uerida. /'s tomamos a liberdade de pedir a Trisha antes de

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mencionar isso a você. Mas Chance concordou.

Tory verificou se os dois bebês estavam seguros no carrinho, incerta do "uedeveria di&er. /a verdade, ela adoraria ir : festa.

)la n#o se importou "ue tivessem encontrado uma babá antes de consultá la.

Mas ela n#o tinha nada para vestir. ), mesmo "ue tivesse, sua perna estava

deformada, inchada.)la n#o poderia usar um vestido de festa sem se sentir embaraçada.

Mas "uando Zate disse VXtimoR 0erá muito divertido para TrishaY, ela soube "uen#o teria escapat'ria.

) o primeiro salário "ue ela havia recebido iria para algum tipo de terninho ou umvestido longo "ue escondesse sua perna.

CA'()L* SES

/a manh# de sábado, Chance n#o despertou at( as de&.

Mas "uando seus olhos se abriram, ele pulou da cama e se apressou na direç#o do"uarto onde Tory estava brincando no ch#o com os gêmeos.

J +oe n#o ( seu dia de folga$

Tory se ergueu do ch#o.

J 8ocê está certo. +oe ( meu dia de folga e preciso ir. )u "ueria "ue vocêganhasse um pouco mais de energia antes de lidar com as crianças o dia inteiro. )nt#oeu o dei*ei dormir. J ), di&endo isso, ela rumou para o seu "uarto.

Chance a viu caminhar ao longo do corredor e desaparecer atrás da porta do"uarto.

Minutos depois, Tory saiu do "uarto vestida com um eans, um su(ter e 'culos

escuros, e Chance sentiu seu coraç#o dar um salto dentro do peito. 5 eans e o su(ter seadaptavam perfeitamente :s curvas do corpo feminino e os 'culos escuros a dei*avamelegante, se*y.

J 8ou fa&er compras com a minha m#e e me vestir na casa dos meus pais para afesta. Zate e Trisha estar#o a"ui por volta das h para dar a Trisha uma hora com você,Zate e as crianças, assim todos podem se conhecer antes de Trisha ser dei*ada so&inhacom eles.

), alcançando a porta da entrada, ela se virou e se despediu dele.

Chance fitou a porta fechada, seu coraç#o batendo forte dentro do peito, seushormEnios correndo em seu sangue como carros de f'rmula um.

Ma* estava certo. )le n#o poderia despender sua vida evitando a fam!lia por"ue opai havia sido ruim com ele.

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%a mesma maneira, n#o poderia passar sua vida evitando mulheres por causa de3iliah.

 \s Kh Chance hesitou : porta da casa de campo.

J /#o parece certo eu ir : festa.

 A sobrinha de H anos deu risada. )la possu!a cabelo longo e escuro como o da

m#e.J /'s estamos bem. )u cuidei tanto de Clayton "ue praticamente o criei para

minha m#e.

Chance deu risada. Clay era o irm#o dela de L anos.

J Aposto "ue sim

Trisha o e*pulsou do "uarto.

J - s(rio. 8á. )u tenho o nmero do telefone da vov' e do seu celular e at(mesmo do celular da babá.

Chance parou de caminhar e a encarou;J 8ocê tem$

J 0im, minha m#e pegou para mim.

J )stá bem.

Chance se dirigiu : mans#o, entrando por uma porta lateral e caminhandovagarosamente atrav(s de um corredor antes de chegar ao sal#o principal, com umenorme candelabro, pisos de mármore e "uadros "ue valiam milhPes.

SFen o avistou imediatamente.

Traando um bel!ssimo vestido na cor cin&a com um casaco brilhante "ue cintilava"uando ela caminhava, ela se apro*imou dele.

J 7uerido, você está 'timo.

Chance pu*ou o colarinho do seu smoOing.

J 5 "uê$ )sse smoOing velho$

)la deu risada.

J Metade dos convidados está a"ui. J )la o guiou at( a porta da sala de estar. J)sta festa ( para lhe reintrodu&ir a 1ine ?ard.

)le entrou na enorme sala decorada com m'veis supermodernos na cor preta ebranca, tapetes brancos e paredes escuras.

Chance conversou com seu irm#o e sua cunhada, cumprimentou alguns velhosamigos "ue ele n#o via desde "ue dei*ara a cidade e conheceu duas mulheres muitointeressantes. Mas sempre "ue se via so&inho, dirigia o olhar para o sal#o, procurandopor Tory.

J )la e a m#e foram fa&er compras hoe. %evem estar atrasadas. Mas logo elaestará a"ui.

Chance se virou e encarou a cunhada.

J /#o estou procurando por Tory.Traando um elegante vestido preto, Zate piscou um dos olhos para ele.

J Claro "ue está. )la ( maravilhosa e você ( um homem normal.41

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Chance enfiou as m#os nos bolsos da calça.

J 5 homem normal em mim acabou de conhecer duas mulheres realmenteatraentes.

Zate deu risada.

J )u vi. ) nenhuma das duas ( t#o bela "uanto Tory. 5u t#o doce.

J 5h, ent#o você acha "ue eu poderia me envolver em um relacionamentoromQntico com uma funcionária$

J )u acho "ue você deveria estar seguindo seu coraç#o.

 Antes "ue ele pudesse replicar, Tory e seus pais entraram na sala de estar.

%iferente do vestido curto "ue Zate usava, Tory traava uma blusa brilhante semmangas e calças largas "ue n#o mostravam as pernas.

 A decepç#o o invadiu. Mas ainda assim ela estava perfeita. %e tirar o fElego. /#oera de admirar "ue as outras mulheres n#o ficassem : altura dela.

J 0e você se apro*imar dela agora, vai parecer ansioso.J )u n#o vou me apro*imar e, se eu fi&er isso, será como amigo. )la ( minha

babá. )u n#o estou interessado.

J Certo. 8ocê está encarandoa como um tolo. 1or"ue n#o está atra!do por ela.

J Zate giroulhe o corpo para o outro lado. J 8olte a cumprimentar os convidados.=aça seu avanço "uando ela se apro*imar de você, mas at( lá tente parecer como umhomem "ue está apreciando a festa da m#e.

J /#o estou perseguindoa.

J Certo. 0ea lá o "ue for.

J Zate, ela ( uma funcionária. 2ma funcionária "ue vive comigo. ) eu sou umhomem "ue foi reeitado por uma Ve*Y malvada e parece n#o conseguir mais confiar emningu(m. )la merece algu(m melhor do "ue eu.

J Chance, você voltou para casa. )stá começando sua vida novamente. %ê umtempo a si mesmo. 8á atrás da mulher "ue realmente o interessa.

0acudindo a cabeça em negativa, Chance se afastou. )le se apro*imou de umgrupo de três colegas de trabalho e suas esposas. %a"uele momento em diante, ficouimerso em conversas sobre im'veis e ar"uitetura, opçPes e especulaçPes.

)le continuou com eles at( o antar e depois metade da dança no sal#o "ue eraaberto para os ardins. Mas, novamente, nenhuma das mulheres "ue ele conhecia ointeressava, e seu olhar continuou procurando Tory.

0e Zate estava certa, se ele estava recomeçando, se ele merecia uma segundachance, ent#o ele n#o deveria ir atrás da mulher "ue o interessava$

0em se dar tempo para pensar al(m do encoraamento de Zate, ele se apro*imoue se posicionou ao lado de Tory.

J )stá tentando ser interessante e atraente ao se diferenciar das outras mulheres$

Tory virou o rosto para encarálo.

J %iferente$J 0uas calças. Todas est#o usando vestido.

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 As faces dela enrubesceram.

5h, %eusR )le estava t#o sem prática "ue havia se feito de tolo e embaraçado Tory.

)la limpou a garganta. 1arecendo incrivelmente nervosa, Tory declarou;

J )u sofri um acidente de moto há alguns anos. Minha perna está deformada.)stá reparada e certamente til. Mas está... J )la o fitou diretamente nos olhos e engoliu

a saliva antes de finali&ar; J =eia.J )u sinto muito. )u...

)la repousou a m#o no cotovelo dele a fim de impedilo de prosseguir;

J )stá tudo bem. )u á terminei de fa&er cirurgias e terapias. )stou bem.

Chance assentiu com um gesto de cabeça e estendeu uma das m#os para ela.

J 7uer dançar$

Tory olhou ao redor como se estivesse procurando uma forma de escapar, e elesentiu a decepç#o comprimir seu peito.

J 1or favor. )u n#o deveria ter feito o comentário sobre o vestido. Mas, se servede consolo, acho "ue me embaracei mais do "ue você. %ance comigo para "ue eu saiba"ue estou perdoado.

Tory sustentoulhe o olhar.

J 8ocê está realmente embaraçado$

J 0im.

Tory aceitou a m#o "ue ele havia oferecido.

J )stá bem.

Chance pu*oua e a guiou at( a pista de dança. Tory sentiu o coraç#o disparar.Bom %eusR =a&ia tanto tempo "ue ela havia sido abraçada, sentido o corpo de outrapessoa contra o seu. Tory sentiu um calafrio e estremeceu.

J )stá com frio$

J /#oR J 5h, %eus. 1or favor, n#o dei*e "ue ele pense "ue estou com frioR 0e elea pu*asse para mais perto do seu corpo, ela iria se derreter. )ra uma pessoa normal, efa&ia muito tempo desde "ue ela tivera esse tipo de contato.

Mas era apenas uma dança. )la n#o estava fa&endo nada de errado, nem ele. )leera o seu chefe e estava sendo amigável. )la estava apenas retribuindo o carinho.

J )u gosto da mans#o da sua m#e.

Chance deu risada.

J )la tamb(m gosta. Mas eu n#o gostaria de receber as contas de manutenç#o"ue ela recebe.

Tory sorriu.

J )la gosta das coisas perfeitamente austadas.

Chance giroulhe o corpo uma ve&.

J 7uando (ramos crianças... Ma* e eu... /#o havia "uarto "ue estivesse fora dos

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limites. Mas mais de uma ve& eu vi a e"uipe de limpe&a entrar em um "uarto en"uantoestávamos indo para o outro.

Tory soltou uma risada curta.

J 4sso ( bobagem

J - a verdade. ) ( por isso "ue eu nunca vou ter uma casa como essa. )u n#o

"uero "ue Cindy e 0am se sintam pressionados para ser perfeitos e eu certamente n#o"uero empregar um e*(rcito. J )le deu uma risadinha. J 8ocê consegue imaginar abagunça "ue esses dois v#o fa&er "uando estiverem com U anos$

J Talve& você tenha sorte, e eles ser#o comportados.

Chance deu risada.

J Ma* era a criança mais perfeita do universo e ele trou*e um rato para o "uarto.

Tory recuou.

J 2m rato$R

J /#o era como se ele o tivesse encontrado pr'*imo de um rio. )le comprou emuma loa de animais.

J Mas eles s#o suos e possuem dentes afiados.

%ando risada, ele giroulhe o corpo novamente, acompanhando o ritmo da msica.

J ) Ma* o amava.

)la estremeceu. )le a pu*ou para mais perto do seu corpo.

J Tem certe&a de "ue n#o está com frio$

J +mm. /#o. /#o estou com frio. J )la afastou a m#o "ue mantinha no ombro

dele e se abanou. J 0ou s' eu ou está "uente a"ui$J %ançar provavelmente a dei*a com calor.

J Talve&.

Chance a condu&iu para as portas francesas "ue estavam abertas. )ra uma raranoite "uente de outubro e diversos casais haviam se dirigido para o pátio e os ardins.

J 1or "ue n#o vamos lá fora$

Tory se afastou dele e, limpando a garganta, falou em um tom macio de vo&;

J - s(rio, estou bem. )u deveria procurar meus pais.

J Mas você ainda nem tomou um drin"ue. ) antou pouco. J As faces deleenrubesceram J /#o "ue eu estive observandoa. Mas n#o pude dei*ar de notar "uevocê n#o está apreciando muito essa festa.

J - uma 'tima festa.

/esse instante, Zate se apro*imou;

J )i, Tory. J )la dirigiu o olhar para Chance. J Chance. 2au, está "uente a"uiR1or "ue n#o vamos para o pátio$

)la tomou Tory gentilmente por um dos braços e a guiou para fora.

Chance as seguiu, incerto se deveria praguear contra a cunhada ou se deveriaagradecêla. )la caminhou com Tory durante todo o caminho at( chegar :s roseiras.

J 2faR A"ui está melhor.

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J 0im J concordou Tory, obviamente grata por estar do lado de fora.

Chance se apro*imou delas.

J A lua está bonita.

J 0im, está J disse Zate. J )la sorriu com alegria. J Aliás, está t#o bonita "ueeu acho "ue vou procurar Ma*.

) com isso ela se afastou.

 Ao ver o olhar de alarme "ue cru&ou as faces de Tory, Chance "uase pragueou.

J )u uro "ue n#o pedi para ela fa&er isso.

Tory riu.

J )stá tudo bem. )u apenas preciso ir. Tenho certe&a de "ue meus pais est#oprontos para ir embora.

Chance tomoulhe uma das m#os.

J 8ocê pode ficar "uanto tempo "uiser. )u a levo de volta para a casa de campo.

Tory bai*ou os olhos.

J )stá bem

)la virouse para ir embora novamente e uma onda de pQnico o invadiu.

Chance pegou na m#o dela com mais força do "ue pretendia, e ela caiu contra oseu peito. )nt#o ele fe& o "ue era previsto. Chance inclinouse e a beiou. 5s lábios deleencontraramlhe a boca macia e sensaçPes "ue ele nunca havia e*perimentado antes oinundaram. +avia algo sobre essa mulher "ue lhe chamava a atenç#o. Mais forte do "ueo destino, mais comple*o do "ue o deseo, a sensaç#o corria em suas veias e oencoraavam a "uerer mais e mais.

) ela respondeu. )mbora parecesse "ue ele a havia surpreendido no começo,"uando ele abriu a boca sobre a dela, ela o beiou de volta. ) ele sabia, simplesmentesabia, "ue ela estava sentindo tudo o "ue ele estava sentindo.

Mas, com a mesma rapide& com "ue o beiou, ela se afastou.

%ando dois passos para trás, Tory pressionou a m#o contra o peito másculo e ficoubo"uiaberta. Com a respiraç#o acelerada, Tory voltou para o sal#o.

Chance correu atrás dela, mas um magnata do petr'leo, amigo de sua m#e, oimpediu de prosseguir e tentou lhe perguntar sobre possibilidades de investimentos para aempresa. 8endo Tory se apro*imar dos pais e gesticular para a porta, ele se desculpou;

J 0into muito, mas preciso falar com algu(m antes "ue ela vá embora.

Chance correu para o sal#o principal, mas era tarde demais. 2ma pe"uenamultid#o se reuniu, despedindose de sua m#e, mas Tory e os pais n#o estavam entreeles.

J %iga boanoite para os 0tevensons, Chance.

)le encarou a m#e com um sorriso e fe& o seu dever de fam!lia. 1odia ouvir portasde carros sendo fechadas, motores sendo ligados, e se perguntou se teria uma babá"uando chegasse em casa.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

CA'()L* SE)E

5s sons de Tory com as crianças acordaram Chance na manh# seguinte e elesoltou um suspiro de al!vio.

Mas em ve& de pular da cama para audála, ele pu*ou o cobertor sobre a cabeça.

)le realmente a havia beiado na noite anterior$

)la havia fugido como a Cinderela e provavelmente estava pretendendo se demitir hoe, e tudo por"ue ele n#o tinha bom senso.

Chance saiu debai*o das cobertas.- claro "ue ele tinha bom senso. 5 beio havia sido um erro. )le iria se desculpar e

os dois iriam seguir em frente.

Com um resmungo, ele apanhou uma camiseta e rumou para o "uarto dascrianças. )le abriu a porta e deu um passo para o interior do "uarto no momento em "ueela ergueu o rosto para encarálo.

0eus olhares ficaram aprisionados.

Tory engoliu em seco e se virou.

2ma onda de embaraço o inundou.

)le n#o sabia por "ue sensaçPes estranhas continuavam o invadindo, fa&endoo"uerer mais dela do "ue apenas o relacionamento de babá e chefe.

)le deu mais alguns passos para o interior do "uarto como se tudo estivesse bem.Como se ele n#o a tivesse beiado. Como se n#o tivesse arruinado o relacionamentoprofissional deles.

J )i.

 A vo& dela soou suave, ofegante e uma avalanche de deseo o invadiu,comprimindo seus msculos, es"uentando seu sangue, mas ele ignorou isso.

J Antes de di&ermos "ual"uer coisa, eu "uero me desculpar por têla beiado.J ), apontando para 0am, ele mudou o assunto; J 1arece "ue você á terminou

de alimentálos.

J 0im. )les tamb(m á tomaram banho. J )rguendo Cindy do trocador, elainspirou profundamente e declarou;

J Chance, n's ainda precisamos conversar.

)la n#o iria dei*álo escapar com sua desculpa. )la iria pedir as contas. ) elemerecia isso.

J 1or favor, n#o se demita. )u sou um idiota e uro "ue n#o vou beiála

novamente.0ilenciosamente, ela passou Cindy para ele e levou a m#o at( o colarinho da

camiseta "ue vestia. 0eus dedos se fecharam ao redor de uma grossa corrente de ouro.46

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)la retirou a corrente debai*o da camiseta, revelando um anel de diamante.

)le fran&iu o cenho.

Tory o fitou diretamente nos olhos.

J )stou noiva.

3evou alguns segundos para "ue ele absorvesse a informaç#o, mas, "uando aabsorveu, sentiu o coraç#o congelar.

J 8ocê está noiva$

J 0im.

Chance dei*ouse cair pesadamente em uma das cadeiras de balanço. /#o era deadmirar "ue ela houvesse corrido "uando ele a beiara.

J )u sinto muito.

Tory clareou a garganta.

J )stá tudo bem. )u n#o uso a aliança no dedo, ent#o você n#o tinha como saber.Meu noivo era o piloto da moto "ue eu estava montada "uando sofri o acidente.

Chance a observou em silêncio.

J )le deveria me dar o anel na"uela noite, mas... Bem, n's tivemos o acidente.)le n#o se saiu t#o bem "uanto eu. J )la inspirou profundamente. J )le... +mm... Bem,ele ficou muito machucado. )ntrou em coma e nunca mais saiu. 5s pais dele encontraramo anel e a proposta "ue ele havia escrito. )ra um pedaço de papel "ue ficou t#odesgastado... J a vo& dela falhou J "ue n's soubemos "ue ele havia praticado ummilh#o de ve&es. )le pode n#o ter chegado a di&er isso, mas n's sab!amos "ue foiverdadeiro em cada palavra. )nt#o eu guardei o anel... J ela voltou a colocar a corrente

debai*o da camiseta J a"ui.J - para onde você vai nos sábados e domingos$ 8isitálo$

J 0im

J )u sinto muito.

J )u tamb(m sinto, sabia$ J )la ergueu 0am do andador e finalmente o encarou.J )stá sendo dif!cil. - como se eu estivesse so&inha por anos. ) estou atra!da por você,ent#o você me impressionou na noite passada. Mas sou comprometida com Iason. Amoesse trabalho. Amo as crianças. )u me machu"uei no acidente "uando estava com anos, ent#o essa ( a primeira ve& desde "ue me tornei adulta "ue sinto "ue estou

fa&endo alguma coisa em minha vida. Mas n#o posso continuar como sua babá se vocêestiver interessado em mim.

J )u n#o estou. J /o dia anterior, isso teria sido uma mentira. +oe, era a maispura verdade. )le gostava demais dela, respeitavaa, e ainda mais agora, "ue estavaouvindo toda a hist'ria, n#o ia "uerer machucála. J ) eu a amo como a babá dos meusfilhos. )u nunca fui t#o feli&.

J )nt#o n's estamos acertados$

J 0im. )stamos acertados.

Chance brincou com as crianças a manh# inteira en"uanto ela colocava algunsmacacPe&inhos e pe"uenas meias na má"uina de lavar no pe"ueno "uarto entre aco&inha e a garagem. Ao meiodia, eles alimentaram os bebês e depois os colocarampara dormir.

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 ]vido para continuar evitando um ao outro, Chance fe& algumas ligaçPes em seu"uarto. 7uando saiu, ele esperou "ue ela á tivesse ido embora... em sua visita ao noivo.

)m ve& disso, ela estava sentada no sofá.

 Antes "ue ele pudesse di&er "ual"uer coisa, houve uma batida na porta. )leatendeu para descobrir 6obert parado no solado da porta, um grande recipiente cin&a em

suas m#os.J 1ara o senhor.

Chance apanhou o recipiente e 6obert partiu.

)le se virou para Tory.

J 5 "ue ( isso$

J Almoço. Telefonei e pedi para CooO mandar o suficiente para n's dois.

J 8ocê n#o precisava ter feito isso.

J )u sei, mas n's tivemos um clima tenso na noite passada e eu acho "ue o

melhor para n's dois ( continuarmos conversando.0em concordar, uma ve& "ue conversar apenas parecia fa&êlo gostar ainda mais

dela e se odiar, ele correu a m#o ao longo da nuca.

J - mesmo$

J 0im. 0e continuarmos conversando um com o outro, logo mais essa sensaç#oestranha será es"uecida.

Chance caminhou at( a mesa e repousou o recipiente. )n"uanto ela apanhavatigelas e utens!lios, ele retirava sopa e p#o fresco da cai*a.

 Ap's cada um tomar uma tigela de sopa e algumas fatias de p#o "uente, ela sorriubrevemente para ele.

J )nt#o, sobre o "ue mais você acha "ue dev!amos conversar$

Chance deu de ombros.

J )u n#o sei. A ideia foi sua. J ), fitandoa diretamente nos olhos, confessou; J/a verdade, eu lhe devo mais uma desculpa. )u me sinto mal por ter lhe provocado sobrea calça "ue você vestia.

J )stá tudo bem. 8ocê n#o sabia sobre a minha perna.

J %'i$

J 7uando chove.

)le deu risada, mas ela declarou;

J )stou falando s(rio. Algo sobre a press#o atmosf(rica ou a umidade pode fa&er latear.

J - t#o ruim assim$

J Costumava ser ruim. Agora... J )la deu uma pausa, bai*ou a m#o e pu*ou o eans para "ue ele pudesse ver a cicatri& em sua perna.

Chance fitoulhe a perna e depois ergueu os olhos para encarála.

J 1arece "uase artificial.)la cobriu o ferimento com a calça novamente.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J )u sei. Tem algo a ver com en*erto de pele.

J 8ocê teve muito en*erto de pele$

J )u sofri diversas operaçPes. ) terapia. Muita terapia.

J 1arece dif!cil.

J /#o ( t#o dif!cil "uanto como eu me senti ao perder cinco anos da minha vida.)stou com U, mas me sinto com .

)le assentiu com a cabeça conforme as coisas sobre ela entravam no ei*o paraele.

%epois do almoço, ela o dei*ou com os bebês e tirou o domingo de folga como eleshaviam combinado. 7uando chegou em casa, ele á havia colocado as crianças paradormir, ent#o ela se despediu e rumou para o "uarto.

Chance foi para o trabalho na segunda com a sensaç#o de "ue tudo havia voltadoao normal entre eles.

Mas, na segunda : tarde, Tory pediu a 6obert para levar o antar deles. )n"uantoChance se livrava da a"ueta, Tory serviu os pratos e utens!lios. As crianças se sentaramem cadeiras altas.

Chance tentou n#o pensar no "uanto isso parecia com a cena "ue ele haviaantevisto com ele e 3iliah depois "ue ela lhe dissera "ue estava grávida. )mbora odiasseadmitir, ele havia pintado um "uadro em seu c(rebro de todos eles como uma fam!lia feli&,e Tory estava entrando nessa situaç#o.

Tory pu*ou a tampa de um recipiente com bife e molho de tomate, e o aromapreencheu o ar, fa&endo o estEmago de Chance resmungar.

J /ingu(m co&inha como CooO.

Tory apressouse em concordar.

J )u seiR 1rovavelmente irei ganhar U "uilos antes de sair da"ui.

Chance riu. 8iu$ 2ma conversa normal. )le sabia "ue eles poderiam lidar comisso.

J Cin"uenta "uilos em anos n#o ( t#o ruim. Algumas pessoas fa&em bem pior.

0ervindose de purê de batata, ela recuou.

J )u n#o me veo a"ui por anos.

J /#o$

Com uma vo& macia e cheia de arrependimento, ela disse;

J /#o. /o in!cio eu achei "ue poderia, mas os gêmeos n#o v#o precisar de umababá por tanto tempo. Al(m do mais, acho "ue gostaria de terminar a faculdade.

)la entregou a tigela de purê a Chance e ele aceitou.

J - mesmo$

J 0im. Antes do acidente, eu estava tendo aulas de neg'cios. J )la estreitou osolhos. J Mas amo tanto suas crianças... )u amo todas as crianças e... bem.. agora acho"ue gostaria de ser professora. 8ou precisar ir : escola para fa&er isso.

)nt#o talve& a conversa deles n#o tivesse sido t#o boa$ 0e ela estava dando dicassobre sair e falando sobre ir : escola, talve& ele fosse o nico "ue havia se sentidoconfortável$ Ainda assim, ela era sua babá, n#o sua namorada, n#o a m#e dos gêmeos.

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)la n#o tinha responsabilidade com eles. ), depois de tudo o "ue ela tinha passado, elamerecia uma vida, um sonho.

J )u acho "ue você seria uma e*celente professora.

J Tive alguns professores maravilhosos na escola. 1rincipalmente na escolaprimária. 8ocê provavelmente n#o vai acreditar nisso, mas eu era uma criança t!mida.

)le recostouse no espaldar da cadeira e e*ibiu um largo sorriso.J /#o brinca.

J Mas meus professores do segundo grau descobriram uma maneira de meintegrar com a classe. J )la ingeriu um pedaço de bife com molho de tomate e depoislevou o guardanapo aos lábios. J - isso o "ue eu "uero ser.

J 2ma professora de escola primária$

J Algu(m "ue vea o "ue as crianças est#o passando e as aude.

)la realmente seria uma professora maravilhosa. Mas, mais do "ue isso, ela era

uma pessoa maravilhosa.J )u acho uma ideia fantástica.

J )nt#o... J disse ela, arrastando a palavra como se estivesse incerta de comofa&er o pr'*imo comentário. ) ele sabia o "ue viria pela frente.

7uando o pr'*imo semestre da faculdade começasse, ela iria parar de trabalhar para ele.

J )stou procurando tomar aulas noturnas.

J Aulas noturnas$

5s olhos dela cintilaram de divertimento.

J Bem, você n#o acha "ue eu vou dei*álo so&inho com dois bebês, acha$

Chance sentiu o coraç#o disparar. /#o por"ue ela iria ficar, mas por"ue haviapensado nele, considerado as crianças en"uanto fa&ia planos para si mesma.

)la realmente era o oposto de 3iliah.

)m poucas semanas, ele estava começando a ter sentimentos incrivelmente fortespor ela.

1or"ue ela era gentil.

%oce.

Tudo o "ue ele sempre "uisera em uma mulher.

Mas n#o poderia têla.

%roga, ele nem mesmo deveria "uerê la. 0e n#o continuasse cauteloso, ele ficariacom o coraç#o partido mais uma ve&.

J 8ocê n#o precisa ficar.

J )u amo seus filhos. ) eu ouvi o "ue disse no primeiro dia em "ue eu estavaa"ui.

Chance ergueu as sobrancelhas de forma interrogativa.

J 8ocê disse "ue as crianças tinham sido abandonadas pela m#e. 8ocê n#o iriadei*álas tamb(m por"ue elas precisavam de alguma continuidade. )u posso ser partedessa continuidade.

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Chance sentiu um n' de emoç#o se formar em sua garganta. )la poderia ser t#oaltru!sta, t#o doce$

Tory repousou a m#o sobre a dele e sorriu.

J )u gosto de me sentir til. )u acho "ue estar a"ui com você e as crianças,sendo re"uisitada, ( o "ue está me audando a seguir em frente. J )la afastou a m#o

"ue mantinha sobre a dele.J At( conhecer vocês, eu tinha a intenç#o de passar o resto da minha vida em

casa, trancada, sem sentir pena de mim mesma, mas certamente sem "uerer "ue algu(mme visse. 8ocê me fa& sentir bem comigo mesma.

Chance sentiu a respiraç#o congelar. )le a fa&ia se sentir bem com ela mesma$

)le limpou a garganta.

J 8ocê tamb(m fe& algumas coisas boas por mim

5 sorriso dela se ampliou, mas, antes "ue ela pudesse di&er alguma coisa, 0amcomeçou a chorar.

)la se ergueu da cadeira e se apro*imou do bebê em segundos.

J 7ual ( o problema, docinho$

5 bebê ergueu as m#o&inhas para "ue ela pudesse apanhálo e ela o fe&. 0emhesitar. 0em pensar. )la apenas o retirou da cadeira e o ergueu em seus braços.

J 8ocê "uer "ue algu(m o balance$

0am apro*imou o rosto do peito feminino, mas Chance se ergueu.

J )u vou balançálo. 8ocê termina de comer.

J /#o. /#o. J )la dispensou o comentário gesticulando com a m#o no ar. J8ocê termina de antar. )u acho "ue nosso doce 0am apenas precisa de um minuto oudois de atenç#o.

Com isso, ela saiu e Chance se sentou novamente. Cindy sorriu para ele.

J 0im. )la ( protetora, está certo. Mas todos n's podemos ter um grandeproblema por"ue ela n#o está pronta para o "ue eu "uero. J )le inspirou profundamente.J %roga, ela nem mesmo está dispon!vel para o "ue eu "uero. J ), se ele n#o secontrolasse logo mais, iria di&er ou fa&er algo estpido novamente. ), da pr'*ima ve&, elairia realmente embora.

CA'()L* *)*

7uando a co&inha á tinha sido limpa e as crianças estavam na cama, Tory rumou

para o seu "uarto. Chance vestiu a a"ueta, entrou em seu 028 e dirigiu para a mans#oda m#e.

)le n#o bateu : porta, apenas entrou no magn!fico sal#o e rumou para os "uartos

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privativos. ) ent#o ele bateu : porta. A m#e respondeu imediatamente.

J 1or "ue n#o me disse "ue ela estava noiva$

SFen gesticulou com uma das m#os para "ue eles se dirigissem : sala de estar.

J 7uem está noiva$

)le se sentou em uma das cadeiras em frente : silenciosa tevê.J Tory.

 A m#e ficou bo"uiaberta en"uanto se sentava na cadeira ao lado dele.

J 5hR J )la fran&iu o cenho. J 4sso importa$

J Apenas se me fa&er de tolo com ela importar.

SFen fran&iu o cenho novamente.

J Como você pEde ter se feito de tolo$

J )u a beiei.

5s olhos dela se alargaram.

J 8ocê beiou uma mulher comprometida$

)le gesticulou com as m#os para o ar em desespero.

J )u n#o sabia "ue ela estava noiva.

J 5h, "uerido, sinto muito. )s"ueci essa parte da hist'ria. J )la recuou. J )utinha ouvido como os pais dele haviam encontrado o anel de noivado. J 5s olhos delaimploravam por perd#o. J 8ocê sabe "ue n#o gosto de fofocar, mas o acidente de Tory eIason foi a pior coisa "ue aconteceu na cidade por uma d(cada. /'s todos soubemosdos m!nimos detalhes.

J )nt#o Zate sabia$

J Bem, sim J )la pensou por um segundo. J +onestamente, Chance, comIason internado, e pelo fato de ele n#o têla pedido em casamento, eu devo admitir "uetivesse presumido "ue Tory havia seguido em frente. J )la uniu as sobrancelhas. J Mas,para você estar t#o chateado por têla beiado, isso significa "ue ela n#o seguiu em frente.

J /#o. /#o seguiu. )la usa o anel en uma corrente de ouro no pescoço.

J 7ue romQntico. J SFen sustentoulhe o olhar. J ) leal. J )la meneou acabeça. J 7ue mulher incr!vel.

J +mm. 5brigado, m#e. )stou tentando pensar em maneiras de parar de gostar dela e você n#o está audando.

SFen deu risada.

J Chance, você está se apai*onando por ela por"ue ela o está audando com ascrianças. - s' isso. 8ocê está apenas grato. 8ocê precisa sair e conhecer novas pessoas.

J )u n#o "uero outro relacionamento. 5bviamente, n#o sou bom nisso. ) eu n#o"uero "ue as crianças se envolvam com algu(m apenas para se machucar "uando n#oder certo.

J )nt#o parece "ue você vai precisar começar a fa&er coisas como antar fora. %a

forma "ue está, você está "uase brincando de ter uma fam!lia.Chance assentiu com a cabeça. 4sso fa&ia sentido. 0eus sentimentos por Tory eram

provavelmente apenas uma e*tens#o da forma como eles estavam vivendo.

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)nt#o tudo o "ue ele tinha "ue fa&er era evitála.

Contudo, na manh# seguinte, em ve& do usual piama de flanela "ue ela costumavavestir, Tory usou um short e uma camiseta.

Chance se apressou para fora de casa para "ue n#o despendesse tanto tempoadmirandoa. Mas por volta das h, Tory o chamou, di&endo a ele "ue os bebês sentiam

a falta dele e, ao ouvir a vo& dela, Chance sentiu o coraç#o se acelerar.)le havia antado com a m#e e, "uando retornara, Tory á estava na cama.

=icou aliviado at( a manh# seguinte, "uando o cabelo desgrenhado dela o fe& selembrar de coisas "ue era melhor n#o pensar perto de dois bebês.

/a se*tafeira ele estava simplesmente louco de atraç#o por ela.

Chance disse a si mesmo "ue o deseo "ue corria em suas veias era, sem dvida,o resultado de "uerer algo "ue ele n#o poderia ter... o fruto proibido. ), embora isso n#otivesse funcionado, ele antou novamente com a m#e.

/a manh# de sábado, Tory o audou com a rotina matinal das crianças. )les

brincaram com eles, os alimentaram e depois os colocaram para dormir. Iustamente"uando ele iria sair para se salvar de passar muito tempo com ela, 6obert trou*e oalmoço "ue CooO havia preparado para os dois.

)n"uanto Tory abria os recipientes, ele colocou os pratos sobre a mesa, sentindose apreensivo por ter "ue ficar uma hora so&inho com ela. 0upostamente deveria evitar ficar muito tempo com ela. Ainda assim, ele estava lá, prestes a almoçar.

J )nt#o, você apreciou o antar com a sua m#e na noite passada$

Chance ficou tenso.

J Minha m#e ( uma e*celente anfitri#.

J 0im. )la (. J )la encheu uma tigela com sopa e entregou a ele. J 8iu algu(minteressante no antar$

J 0im. J Muitas pessoas. Mas ele pretendia colocar alguma distQncia entre eles,ent#o eles n#o deveriam estar conversando.

Chance suspirou. \s ve&es a melhor forma de resolver um problema eraencarandoo. Bai*ando a colher, ele declarou;

J 5lha, eu sei "ue minha m#e lhe contou a minha hist'ria e a da m#e dosgêmeos.

J 2m pouco.J Bem, dei*eme lhe contar o resto. 3iliah era ego!sta, cruel.

Tory deu risada.

J 8ocê pode rir por"ue ela n#o lhe dei*ou com os gêmeos.

J Mas você está lidando muito bem com eles.

Chance ogou o guardanapo sobre a mesa.

J /#o. )u n#o estou. )stou lidando com a situaç#o por"ue você está a"ui. 0emvocê eu n#o teria nem mesmo os balanços ou o cercadinho.

J Tenho certe&a de "ue SFen iria...J 1areR

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 As faces dela congelaram e ele se sentiu mal com isso, mas prosseguiu;

J )u desconfio de todas as mulheres. 8ocê n#o deveria nem mesmo ser minhaamiga. ) eu certamente n#o "uero gostar muito de você por"ue você ( comprometidacom outra pessoa. )nt#o pare. 1are de conversar comigo. 1are de ser legal comigo. 1arede tentar fa&er de n's uma fam!lia e sea apenas uma babá.

2m denso silêncio pairou no ar. ), ent#o, 0am começou a gritar.J )le á n#o deveria ter se levantado do cochilo$

Tory ergueuse da cadeira, grata pela interrupç#o.

J )u vou trocálo e balançálo at( ele dormir, mas depois eu terei "ue partir.

)le ouviu o som estremecido da vo& dela e sentiu vontade de praguear contra simesmo, mas na verdade isso era para o melhor.

J 8ocê tem planos para hoe$

)la se virou.

J - sábado. - meu dia de visitar Iason.Chance se ergueu da cadeira.

J 8ocê nem deveria ter me audado nessa manh#. %everia ter tomado banho epartido. )sse ( o tipo de coisa "ue eu n#o "uero "ue você faça. J )le tentou dar umsorriso. J )stá bem$ )u "uero ser usto com você, mas eu tamb(m "uero "ue você sea usta com você mesma.

J )stá bem J respondeu ela com tran"uilidade e rumou para o "uarto.

/o momento em "ue ele terminou de colocar 0am para dormir, ela á havia partido.

Tory estava t#o machucada, t#o magoada, "ue nem mesmo ligou o rádio do antigocarro verde "ue a m#e a dei*ava usar, en"uanto ela se dirigia ao hospital.

)la entendia o "ue Chance havia dito. )les estavam ficando muito pr'*imos. Masela achou "ue eles estivessem se tornando amigos.

5 "ue havia de errado em serem amigos$

 Aparentemente muita coisa, desde "ue ele basicamente lhe dissera "ue n#o "uerianada com ela... ) isso havia do!do.

)la havia se acostumado a antar com ele. +avia se acostumado a conversar en"uanto eles trocavam e alimentavam as crianças. ) ela tinha "ue admitir, ela oaguardava chegar em casa depois do trabalho todas as noites. Como uma esposa.

Tory fechou os olhos com força. )la gostava dele. Mas ele estava certo. /#opoderia haver nada entre eles.

)la sabia disso melhor do "ue ele. =icar afastado um do outro era a coisa certa ase fa&er.

)nt#o, por "ue do!a tanto$

/o momento em "ue chegou ao hospital, eram "uase Hh. )la n#o ficou surpresaao ver os pais de Iason no "uarto. )les o visitavam das h at( as Hh todos os dias, eprovavelmente estavam prestes a se despedir at( o dia seguinte.

J )i. A m#e de Iason, )mily, virouse da anela.

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J )i.

)la se apro*imou e depositou um beio na bochecha de Tory.

J /'s nos perguntamos onde você estava.

J )u estava no trabalho. 1or isso n#o cheguei a"ui t#o cedo.

)mily fran&iu o cenho.J 2m trabalho$

J 0im, sou babá de gêmeos.

J 5hR

0em entender a censura no tom de vo& de )mily, ela declarou serenamente;

J Bem, eu n#o tenho faculdade. )nt#o n#o há muitos trabalhos "ue eu possafa&er.

5 pai de Iason, /ate, se apro*imou.

J )u acho "ue ser babá de gêmeos parece divertido.Tory sorriu com gratid#o para ele.

J - desafiador. 4sso com certe&a.

)mily forçou um sorriso.

J Bem, se ( disso "ue você precisa, ent#o eu acho "ue está tudo bem.

J )u n#o tenho plano de sade, )mily. 5u meu pr'prio carro, ou mesmo dinheiropara a gasolina. Meus pais n#o podem me sustentar para sempre.

J 8ocê está certa, "uerida J declarou )mily, com outro sorriso forçado. )la

apanhou o casaco do espaldar de uma cadeira. J 8amos nos ver na pr'*ima semana, á"ue agora você está ocupada nos dias de semana.

)la beiou Tory no rosto, depois o pai de Iason acenou com uma das m#os e elessa!ram, fechando a porta atrás deles.

Tory inspirou profundamente e se virou para encarar Iason.

0e n#o fossem os tubos em sua garganta, ela iria simplesmente pensar "ue eleestava dormindo. 5s olhos dele estavam fechados e a e*press#o do rosto, rela*ada. Toryengoliu a saliva e se sentou na cadeira ao lado da cama.

J 0ua m#e provavelmente n#o acha uma boa ideia eu ter um emprego. J )la se

reme*eu desconfortavelmente. J A e"uipe de enfermeiros provavelmente contou a ela"ue eu n#o estive a"ui durante toda a semana. ) ela teve toda a manh# para pensar.)nt#o, "uando eu disse a ela "ue tinha um emprego, isso provavelmente a dei*ou aindamais irada. J )la engoliu a saliva. J Mas eu preciso de um emprego, Iace. Meus paisn#o podem me sustentar para sempre. ) olhe... J )la ergueu a calça. J /#o ( bonito,mas está curado. )u posso andar. Mesmo as minhas terapias terminaram.

)la se interrompeu, "uase esperando "ue ele dissesse alguma coisa.

7uando ele n#o disse, ela se ergueu da cadeira, me*eu nos cobertores, cobrindooapropriadamente.

J )u cuido de dois gêmeos adoráveis. 0am e Cindy.

Tory caminhou at( o parapeito da anela e arranou as flores no vaso "ue a m#edele havia dei*ado durante toda a semana.

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J %e "ual"uer forma, o pai deles ( muito rico. J )la inclinouse na direç#o deIason e sussurrou; J )le ( filho de SFen Montgomery. )u acho "ue os gêmeos ser#omuito mimados.

)la riu e caminhou pelo "uarto, endireitando maga&ines, arranando as coisas nabandea dele.

)n"uanto vagava pelo "uarto, ela contou a ele hist'ria sobre os gêmeos e CooO.)la contou a eles sobre SFen e Zate verem as crianças todos os dias na hora do almoço.

J 4magine ter tanto dinheiro "ue você possa passar seu dia brincando com seusnetos ou sobrinhos e sobrinhas.

)la deu risada. Mas o som ecoou ao redor do "uarto.

/ormalmente, ela n#o teria notado isso, mas havia se acostumado com o barulho eo som. A ter algu(m com "uem conversar. Algu(m "ue respondia de volta. ) ela havia sedemonstrado muito ansiosa pela companhia de Chance.

Bem, n#o mais. Como ele havia dito, n#o tinha mais ra&Pes para eles serem

amigos. )les eram chefe e babá./ada mais.

7uando o sol se pEs e o mundo se tornou escuro, ela dei*ou o hospital./ormalmente, "uando ela entrava no carro depois da visita, sentiase melhor por ter vistoIason.

)sta noite, ela apenas se sentiu solitária, va&ia.

CA'()L* "*-E

/o sábado antes do %ia de Aç#o de Sraças, o sol estava brilhante e o ar estava"uente. Tory saiu do "uarto para descobrir "ue Chance havia dado o caf( da manh# paraos gêmeos e SFen estava sentada : mesa da co&inha.

J Bom dia, Tory.J Bom dia, sra. Montgomery.

)la gesticulou com uma das m#os no ar.

J 5h, n#o me chame de senhora. 0ua m#e e eu somos amigas. 8ocê pode mechamar de SFen.

Tory sorriu.

J Bom dia, SFen.

SFen se ergueu da cadeira.

J 8ou levar esses dois aninhos para a mans#o esta manh# por"ue tenho umfot'grafo a caminho.

Chance n#o disse nada. )le se ocupou com os pratos das crianças e uma *!cara56

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de caf( en"uanto a m#e conversava alegremente.

J 2m fot'grafo parece ser bom J falou Tory.

J )u "uero algumas boas fotografias dos gêmeos para mostrar no clube. Zateestá tra&endo seus dois filhos por volta do meiodia para "ue eu possa obter fotografiasdeles tamb(m, e assim poderemos ter algumas fotos de todos os meus netos.

J 5h, isso parece ser bem legal.J )nt#o você está de folga$

J 0im.

J Tem algum plano$

J )u vou fa&er a mesma coisa "ue faço todos os sábados.

J ) o "ue seria$

J )la vai visitar o noivo, m#e, lembrase$ )le foi ferido no mesmo acidente "ueela. )la o visita todos os fins de semana.

SFen repousou a m#o no cotovelo de Tory.

J )u me es"ueci. 0into muito, "uerida.

J )stá tudo bem. J )la se virou na direç#o do pe"ueno corredor "ue dava acessoao "uarto das crianças. J %ei*eme embalar algumas fraldas para você e algumasroupas.

J /#o se preocupe com as roupas J gritou SFen, assim "ue Tory saiu daco&inha. J )u comprei algumas coisas.

Chance suprimiu uma risada.

J Algumas coisas$Mas Tory continuou atravessando o corredor. /o momento em "ue ela saiu do

"uarto das crianças com a sacola de fraldas, ele havia partido.

) isso estava certo. 5 acordo deles era n#o conversar, n#o serem amigáveis. )lan#o se importava para onde ele iria ou "uando iria.

)la tinha sua pr'pria vida para viver.

Tory audou SFen a colocar as crianças no carrinho, depois tomou um banho e sevestiu.

Mas, "uando ela dei*ou a casa e viu Chance sentado no ch#o ao lado da sua

moto, polindo o cromo como se nada estivesse errado, uma onda de irritaç#o a inundou.

Tory marchou at( ele.

J 0e você n#o vai conversar comigo, n#o deveria responder por mim.

J Minha m#e e eu conversamos por alguns dias depois da festa e ela sabia sobreo seu noivado e sobre Iason. )u apenas estava audandoa a se lembrar.

J Xtimo. J +avia apenas um motivo para "ue ele tivesse conversado com a m#edepois da festa. J 8ocê contou a sua m#e "ue me beiou, n#o contou$

J )u perguntei : minha m#e por"ue ela n#o havia me contado "ue você estava

noiva. Apenas isso.J )stá bem.

0ubitamente ela percebeu "ue estava a apenas alguns cent!metros da moto dele.57

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Com o peito cheio de temor, ela recuou um passo.

Chance a encarou, depois fitou a moto e seus olhos se estreitaram.

J A moto a incomoda, n#o ( mesmo$

J 0im.

)n*ugando as m#os em um pano, ele se ergueu do ch#o.J )nt#o vá. 8á ver Iason. - o seu dia de folga.

Contudo, ela permaneceu ali fitando a moto. ) ela n#o tinha certe&a do por"uê,e*ceto "ue uma moto como essa havia roubado a sua vida. 2ma corrida. 2m minuto.2m segundo. ) tudo havia mudado.

J Tory$

)la sacudiu a cabeça em negativa.

J 8ocê está bem$

5s olhos dela se encheram de lágrimas.

J )stou apenas cansada de ter medo de tudo.

 A vo& dele soou macia en"uanto di&ia;

J /ingu(m pode culpála por ter medo de uma moto.

)la comprimiu os lábios e depois lhe sustentou o olhar.

J )u acho "ue sim

J Mas você n#o "uer ter medo.

)la meneou a cabeça.

J )u poderia lhe dar uma carona.Tory deu um passo para trás.

J 8amos lá. 0e você tivesse se machucado em um acidente de autom'vel, vocên#o iria parar de pegar carona em carros.

J 4sso ( diferente.

J 2m pouco, sim. Mas medo ( medo. ) você disse "ue está cansada de ter medo.

Chance estendeu uma das m#os para ela. Tory fitoulhe a m#o e depois ergueu osolhos para encarálo.

J )ssa realmente ( a nica maneira de curar esse medo.3entamente, ela aceitou a m#o "ue ele havia oferecido. )le pu*oua gentilmente

para perto da moto, entregoulhe um capacete e colocou o outro. )m seguida, ele montouno banco de couro na cor branca e gesticulou para "ue ela se sentasse atrás dele.

Tory começou a estremecer.

J /#o posso acreditar "ue estou fa&endo isso.

J Apenas suba J pediu ele serenamente.

)la o fe&. )n"uanto sua perna desli&ava pelo generoso banco traseiro, sensaçPese medos a invadiam Mas ela se lembrou da sensaç#o de va&io "ue sentia toda ve& "uevisitava Iason. A sensaç#o de "ue ela n#o tinha vida, n#o tinha ningu(m, nada, e*cetodois pais e os adoráveis bebês de "ue ela cuidava en"uanto o pai deles trabalhava.

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)la precisava ir al(m dos seus medos, começar a ver o futuro como algo mais do"ue um buraco negro. 1recisava se ver forte, capa&.

)la precisava parar de ouvir os ru!dos e gritos de um acidente "ue haviaacontecido há cinco anos.

1recisava fa&er isso.

Tory se aeitou no banco traseiro en"uanto ele ligava a moto.Chance se virou e gritou;

J 0egurese. J ) ent#o a moto foi para frente e ela o agarrou pela cintura.

Conforme eles seguiam o ch#o de tiolos na cor marrom, os sons do acidenteecoavam em sua mente. 5 terror a invadia, dei*andoa paralisada. Contudo, elacontinuou em seu banco confortável, seus braços seguramente ancorados ao redor deChance. 5 ar frio sopravalhe o rosto. 5 sol "uente envolvialhe o corpo.

Mesmo "uando ela começou a apreciar as sensaçPes, ela se agarrou ainda mais aele, at( n#o ouvir mais os sons do acidente. /#o sentir mais o medo. A absoluta alegria

de fa&er algo "ue ela sempre amou invadiu seu interior, saturandoa, elevando seucoraç#o e seu esp!rito.

)le pilotou a moto por mais ou menos um "uilEmetro na silenciosa rua. Com seusmedos afastados e as sensaçPes de felicidade invadindoa, subitamente ela percebeu"ue estava com o corpo colado nas costas de Chance. 0eus braços estavam ao redor dacintura dele, sua bochecha pressionada contra as costas amplas. )la podia cheirálo, acombinaç#o do p'sbarba e do homem

 As sensaçPes "ue se elevaram em seu interior roubaramlhe o fElego. )le n#o eraapenas forte e másculo, t#o maravilhoso de tocar, ele tamb(m a conhecia. 5s pais deIason "ueriam "ue ela despendesse cada minuto livre com o filho deles, fingindo "ue

tudo estava bem. 0eus pais "ueriam "ue ela continuasse com sua vida e desistisse daesperança.

Chance viu o seu medo e a audou a encarálo.

0abia "ue a real maneira de continuar n#o era es"uecer Iason, mas reentrar nomundo.

Chance parou a moto em frente : casa de campo e ela lentamente afastou asm#os "ue mantinha na cintura dele.

Chance se virou com um sorriso.

J )stá melhor$)la riu. 1or mais "ue detestasse a ideia de "ue n#o poderia haver nada entre eles,

ela n#o conseguiu conter a alegria em seu interior.

J 4ncrivelmente.

Chance desceu da moto.

J 8ocê será capa& de olhar para a moto agora sem se encolher de medo$

Tory assentiu com a cabeça. 6elutantemente, ela ergueu a perna do banco edesceu da moto. )n"uanto retirava o capacete, ela sustentoulhe o olhar.

J 5brigada.

J %e nada.

5s olhos a&uis dele e*ibiam seriedade. 5 ar entre eles crepitava com eletricidade.59

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)le havia sentido tudo o "ue ela sentira em uma corrida de cinco minutos. Cone*#o. Alegria.

)la deu um passo para trás. )le deu um passo para trás. Tory entregoulhe ocapacete e depois saiu para ver Iason.

7uando ela chegou ao hospital, os pais dele estavam sentados em cadeiras

pr'*imas : anela. )les a cumprimentaram e subitamente partiram. ) ela estava so&inhanovamente.

Tory inspirou profundamente e fe& um tour ao redor do "uarto da forma "ue semprefa&ia. Austando as cadeiras pr'*imas : anela. 3impando o p' da mesa entre elas.

J )nt#o, ( %ia de Aç#o de Sraças na pr'*ima semana. J )la n#o se sentiaestranha conversando com Iason tanto "uanto se sentia va&ia "uando ele n#o respondia.J )u vou para casa da minha m#e. Chance... )sse ( o nome do homem para "uem eutrabalho. J )la deu uma pausa para sorrir para Iason. J %e "ual"uer forma, ele e ascrianças ir#o para um grande antar "ue a m#e dele servirá na mans#o. A mam#e e opapai foram convidados, mas eu pedi a eles se poder!amos declinar o convite. - dif!cil

trabalhar para um homem, viver com ele e se sociabili&ar com ele.)la engoliu em seco. 1ercebendo o "uanto ela estava perigosamente perto de

admitir "ue tinha sentimentos por Chance, rapidamente mudou o assunto e alegrou o tomde vo&.

J Al(m do mais, a m#e dele adora passar um tempo so&inha com as crianças. J)la suspirou. J SFen ( um pouco formal. J Mas n#o muito formal.

)la dei*ava "ue a chamassem de SFen. ) Zate era doce e Ma* era divertido. /#oera de admirar "ue fosse t#o fácil para ela se sentir parte da fam!lia.

)la limpou a garganta e começou a contar hist'rias das aventuras dos gêmeos a

Iason. 7uando o sol se pEs, ela apanhou o casaco e a bolsa e rumou para o carro.)la n#o iria se permitir pensar no "uanto visitar Iason agora parecia um trabalho e

brincar com as crianças parecia sua vida pessoal. )la apenas entrou no carro e dirigiu devolta at( a casa de campo.

/a manh# de Aç#o de Sraças, Tory audou Chance com os gêmeos. Com "uatrodias de folga, os pais de Iason iriam esperar "ue ela o visitasse na "uinta, se*ta, sábadoe domingo. ) ela iria.

)la iria.

Mas seriam dias longos e silenciosos.

7uando ela dei*ou esse pensamento se formar, a culpa a dominou.)la era a nica "ue havia sobrevivido. )le havia sofrido a maior parte da "ueda,

provavelmente deliberadamente para salvála.

) ela considerava entediante despender algumas horas por semana com ele$

7u#o ingrata uma pessoa podia ser$

7uando as crianças estavam alimentadas e trocadas, Tory voltou para o seu"uarto. )la apanhou a sacola "ue havia arrumado na noite anterior, vestiu sua velha a"ueta eans e rumou para a porta.

Chance saiu do "uarto das crianças en"uanto ela passava.J )i.

Tory se virou.60

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J 0im$

)le estendeu uma das m#os, agarrou a maçaneta e fechou a porta do "uarto dascrianças.

J )u "uero conversar com você antes de você sair.

J 8ocê precisa de alguma coisa$ 6etirando um envelope do bolso da camisa, ele

disse;J 2ma ve& "ue você foi contratada pela minha m#e, você está na folha de

pagamento da e"uipe dela. /'s resolvemos esse assunto nessa semana, e eu irei lhepagar de agora em diante. Mas eu... J Chance limpou a garganta. J Bem, eu agradeçotudo o "ue você está fa&endo por mim e eu pensei "ue poderia lhe dar o dinheiro "ue eudeveria ter lhe dado desde o princ!pio. J )le entregou o envelope a ela. J )nt#o, a"uiestá.

Tory fitou o envelope e depois o encarou.

J )stou recebendo pagamento duplo$

J Apenas pelas seis semanas "ue você esteve a"ui. 1ense nisso como um bEnus.2m bEnus "ue valia centenas de d'laresR 2m dinheiro "ue ela poderia guardar 

para a faculdade.

J )u n#o sei o "ue di&er.

)le sorriu.

J Agradeça e vá apreciar o seu feriado.

J 5brigada. J )la rumou para a porta novamente, mas se impediu de prosseguir e o encarou. 5 relacionamento deles tinha se tornado um pouco melhor depois da corrida

de moto, mas o ar entre eles era sempre tenso. )la se sentiu mal por isso. 0entiu se malpor arrastálo para os seus problemas.

J )u sou realmente grata por esse emprego, sabia$

J )u sei. J )le bai*ou os olhos e depois voltou a sustentarlhe o olhar. J ) eusou muito grato por termos resolvido tudo de forma "ue você pudesse ficar. Meus filhos aamam e eu posso ver "ue você os ama. 2m homem n#o poderia pedir uma pessoamelhor para audálo a criar seus gêmeos.

3ágrimas de emoç#o brotaram nos olhos dela. 8estido com um terno e gravata,pronto para levar suas adoráveis crianças para a mans#o da m#e, ele parecia um paiorgulhoso.

Chance n#o sabia, mas ele estava dando a ela a nica oportunidade de ser umam#e "ue ela talve& nunca fosse. )le era o tipo de homem "ue "ual"uer mulher iria desear ter uma chance para amar.

)la n#o conseguia acreditar "ue uma mulher havia partido o coraç#o dele obastante para "ue ele se tornasse desconfiado, mas deseava ser a mulher "ue pudessemostrar o amor real a ele.

Tory engoliu a saliva e virouse para a porta novamente. Chance n#o era suamiss#o. Iason sim.

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CA'()L* DE.

/ovembro transformouse em de&embro. 5 tempo havia mudado. 2m dia cheio desuaves flocos de neve preparavam o oeste da 1ensilvQnia para uma verdadeiratempestade "ue iria dei*ar o ch#o coberto de neve. 5 velho carro "ue a m#e de Toryhavia emprestado recusouse a ligar dois sábados seguidos e Chance o consertou at( ove!culo ronronar como um gato.

)nt#o, no terceiro sábado, depois de retornar de sua visita a Iason, "uandoChance resmungou sobre ter "ue comprar presentes para dois bebês, ela se ofereceupara audálo.

J - s(rio$

J Claro. Mesmo se sua m#e n#o puder olhar as crianças, CooO as adora. )laprovavelmente vai adorar têlas por algumas horas.

J Algumas horasR 8ocê acha "ue vamos demorar algumas horas$

Tory deu risada.

J )i, s#o suas crianças. 2ma ve& "ue começar a fa&er compras, você verá ummilh#o de coisas "ue vai "uerer comprar para elas. 8amos precisar de tempo para vocêse decidir.

 A e*press#o dele ainda e*ibia confus#o.

J Tempo para eu me decidir$ 8ocê tem certe&a$

J 0im. )u tenho certe&a. J Com uma risada, ela caminhou at( o telefone da casae discou o nmero da co&inha da mans#o. J 8ocê está ocupada esta noite$

CooO respondeu alegremente;

J /a verdade, n#o.

J Xtimo. Chance precisa comprar presentes para as crianças. )u me ofereci paraaudálo. 8ocê pode olhar os gêmeos$

J Claro. SFen vai antar fora. Tecnicamente, n#o era para você estar a"ui, ent#o

eu realmente n#o preciso co&inhar hoe.Tory cobriu o receptor do telefone com a m#o e encarou Chance.

J 0ua m#e vai antar fora. CooO está livre.

)le ergueu as sobrancelhas.

J )nt#o estamos acertados$

)la assentiu com a cabeça e voltou a falar ao telefone;

J 8ocê "uer vir a"ui, uma ve& "ue todas as coisas est#o a"ui$

J Claro. ) eu prometo "ue n#o vou bisbilhotar.

J - melhor n#o. )u tenho o seu presente a"ui e detestaria se você o visse antesdo /atal.

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CooO deu uma risadinha.

Tory desligou o telefone.

J )la estará a"ui em de& minutos.

J 7uem iria pensar "ue tantas pessoas iriam "uerer cuidar de gêmeos$

Tory caminhou at( o closet a fim de apanhar sua a"ueta.J )u iria. A maioria das pessoas adora bebês. Sêmeos s#o o dobro da divers#o.

 Alguns minutos depois, CooO bateu na porta dos fundos.

Chance cru&ou a co&inha para atender a porta.

J 5brigado por isso.

 A mulher gesticulou com uma das m#os para o ar.

J 5 pra&er ( meu. J )la percorreu o olhar ao redor e retirou o casaco. J 5ndeest#o os pe"uenos$

J A"ui J gritou Tory.CooO uniu as m#os e caminhou vagarosamente at( os balanços pr'*imos do sofá.

J Bem, vocês n#o s#o os gêmeos mais lindos do mundo$ J CooO parou na frentedeles. J /'s vamos passar um tempo maravilhoso untosR

Cindy arrulhou. 0am gritou.

J )les d#o trabalho J admitiu Tory. J )nt#o, se você estiver em apuros, eu dei*eio nmero do meu celular.

J )u criei seis crianças. 1osso lidar com esses dois bebês.

Chance apanhou um pedaço de papel e começou a escrever.J ) a"ui está o nmero do meu celular. )u realmente a agradeço por isso.

CooO ficou enrubescida e gesticulou com uma das m#os para o ar.

J Apenas saiam da"ui J brincou ela.

7uando eles sa!ram, a neve ca!a, pesada como a chuva. =locos grandes e midosca!am em suas cabeças, suas a"uetas, en"uanto eles corriam para o 028 de Chance.

)les dirigiram at( o shopping e entraram na primeira loa.

J Certo, os preços desses piamas est#o muito bons J declarou Tory, erguendo

uma peça de piama. J Mas talve& a gente deva verificar...)le a silenciou ao repousar um dedo nos lábios dela.

J Iá s#o "uase Gh. )u sei "ue as loas ficam abertas at( as h, mas ( serio,tenho dinheiro o bastante para n#o precisarmos pechinchar as compras.

 A sensaç#o de ter o dedo dele em seus lábios a fe& congelar. A combinaç#o de fitar os olhos a&uis dele e têlo tocandoa fe& com "ue ondas de pra&er a inundassem. /#oapenas por causa do contato, mas em ra&#o da intimidade casual.

J )nt#o n#o pechinche as compras, certo$

Tory assentiu com um gesto de cabeça.

Chance afastou o dedo "ue mantinha nos lábios dela.

J ) eu n#o "uero comprar roupas para eles. Minha m#e e Zate v#o cuidar dessa

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parte de "ual"uer forma. J )le percorreu o olhar ao redor. J 0e eu vou ser o 1apai /oel,eu "uero levar brin"uedos.

)la recuou um passo, sorrindo.

J 8ocê ( um bobo.

J /#o. )u sou um homem. /'s n#o compramos vestidos e piamas para o /atal.

/'s compramos brin"uedos. J )le giroulhe o corpo e apontou na direç#o dodepartamento de brin"uedos.

J )nt#o, vamos.

)les caminharam vagarosamente no pe"ueno espaço cheio de brin"uedos e ogosde todo o tipo. Tory olhou da es"uerda para a direita com assombro pelo fato de haver tantas coisas para escolher.

Chance apanhou uma arma de brin"uedo.

J 5lhe para isso. Meu %eusR 1arece real.

Tory ficou bo"uiaberta.J Ah, n#o. /#oR 8ocê n#o vai comprar um rifle de brin"uedo para o seu bebê de

meses.

J )u estava pensando em levar para Cindy.

Tory o encarou por um segundo, e ent#o ele e*ibiu um largo sorriso e ela lhe deuum tapinha no braço.

J 1are com isso. /#o me provo"ue. )u n#o tenho ideia do "ue você "uer comprar para essas crianças, ent#o eu tenho "ue ser protetora.

5 sorriso dele desapareceu.

J )u sei. ) eu gosto disso.

0eus olhares ficaram aprisionados e ele sorriu novamente. 2m deseo intensotocoulhe o coraç#o, capturandolhe a alma. 5 "ue ela n#o daria para ser capa& de amálo$ Tory percorreu o olhar ao redor, procurando por algo para "uebrar o encanto.

J )nt#o, o "ue acha de ursos novos$

J 5 "ue há de errado com os velhos ursos$

J 8iu$ - por isso "ue você precisa de mim por perto. /#o há nada errado com osvelhos ursos. Mas você está construindo uma fam!lia inteira de animais de pelcia. 0uascrianças precisam de ursos grandes, pe"uenos, tolos e normais. ) n#o vamos noses"uecer dos coloridos.

J /'s vamos comprar ursos$

J /#o, toloR 8ocê constr'i sua fam!lia de ursos com o passar dos anos. 8ocêcompra um novo urso para eles a cada aniversário e /atal. Alguns na 1áscoa. 5utros no%ia dos /amorados.

Chance a encarou.

J 0(rio$

J )i, você deveria estar contente por suas crianças gostarem de ursos. )les s#o

fáceis de receber presentes.J 8ou precisar de uma casa t#o grande "uanto a da minha m#e para guardar os

ursos J murmurou ele e rumou para o departamento de brin"uedos de pelcia.

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%ando risada, feli& "ue o humor s(rio dele havia evaporado, Tory o escoltou.

)les escolheram "uatro ursos, um grande e um pe"ueno para cada bebê, depoisse dirigiram : sess#o de bonecas.

Chance apanhou uma cai*a com a popular boneca fashion, traando um vestido debaile.

J ) "uanto a esta$Tory recuou.

J 7uando Cindy estiver com [ anos, sim. Agora, n#o. J )la alcançou uma bonecamacia. 2ma "ue Cindy pudesse abraçar durante o sono. J )ssa provavelmente ela vaigostar.

Chance sorriu.

J 1arece com ela.

Com cachos louros e lindos olhos a&uis, a boneca parecia com Cindy. Tory sentiu o

coraç#o se a"uecer novamente.J )u acho "ue sim.

)le colocou a boneca na grande sacola a&ul da loa "ue eles haviam pegado"uando perceberam o "uanto seria dif!cil carregar "uatro ursos.

J ) agora$

Tory o guiou pelos corredores "ue tinham ogos de aprendi&agem para bebê.

Chance parou de caminhar.

J 8ocê está brincando$ )les s#o muito novos para ficar presos com algum ogo deaprendi&agemR

J Iogos de aprendi&agem para bebês s#o criados para ser divertidos. +á msica,sons e imagens. J )la apanhou dois ogos. J Confie em mim, eles v#o adorar estes.

)les fi&eram compras por mais uma hora, escolhendo "uebracabeças, blocos,carros e caminhPes de plástico para ambos os bebês.

Chance pagou pelas compras e, carregando três sacolas grandes de brin"uedos,eles rumaram para a porta.

J 0abe, "uando eles ficarem mais velhos, você n#o será capa& de comprar apenas brin"uedos para eles, certo$

 Abrindo a porta com um dos p(s, ele resmungou;J Acho "ue n#o.

J 8ocê vai mimálos de forma irremediável.

J )i, me dê mais um ano ou dois e eu tenho certe&a de "ue ficarei mais do "uefeli& em disciplinálos. J )le piscou um dos olhos para ela. J 1or en"uanto, eu tenhovocê.

2ma onda de felicidade a invadiu. A intimidade entre eles cintilava com apromessa, mas, embora n#o pudesse ser cumprida, eles pareciam ter tudo sob controle. Agora "ue eles haviam gastado cerca de uma hora untos, apenas se divertindo, o

coraç#o dela n#o saltava toda ve& "ue ele a encarava. )le nunca dissera algo ou fi&eraalgo "ue fosse muito longe. )le apenas a fa&ia se sentir til... "uerida.

)ra t#o errado "uerer se sentir til$ 0entirse "uerida$

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)les carregaram os presentes para o 028 e, en"uanto ligava o motor, ele disse;

J )nt#o, aonde devemos antar$

)la deu de ombros.

J /#o sei. /a verdade, n#o me importo. )stou faminta.

J )u tamb(m. J Chance dirigiu o olhar para o rel'gio no painel do carro.J ) n's apenas estivemos longe por uma hora e meia. J )le lançou um olhar 

para ela. J 5 "ue você di& de acharmos um lugar e antar$

0eu coraç#o deu um solavanco, mas seu estEmago roncou. )la se lembrou de "ueeles deveriam lidar com a situaç#o. Aliás, despender algum tempo untos estavaaudandoa a encarálos com naturalidade. Apenas um chefe e uma babá se tornandoamigos.

J )stou faminta.

J ) n's n#o demos : CooO muito tempo com as crianças.

)la assentiu com a cabeça e ele virou o 028 para longe do shopping. )le passouem todos os restaurantes bons e dirigiu por uma estrada de duas pistas "ue estavalotada.

J Aonde n's vamos$

J 8ocê verá.

)m outro minuto, eles chegaram ao topo de uma pe"uena colina, e : es"uerdaestava um restaurante de madeira com um estacionamento lotado.

Chance abriu a sua porta.

J 8ocê vai adorar essa comida.

Tory abriu a sua porta.

J /o momento, eu adoraria "ual"uer comida.

)le esperou en"uanto ela contornava o carro. 7uando o alcançou, o deseo decaminhar de braços dados sob a neve a dominou. )nt#o ela enfiou as m#os nos bolsos erumou para a entrada. Chance se apressou na direç#o da entrada e abriu a porta paraela.

2ma sensaç#o de calor a invadiu novamente.

)la e Iason tinham namorado "uando eram crianças. )le n#o abria portas para ela.

/#o esperava por ela. Mas Chance era um adulto. 2m homem "ue era protetor erespeitador. Como um amigo. 5u talve& como um homem "ue lhe devia por ela têloaudado nas compras. /ada mais.

2ma anfitri# vestida com uma calça preta e uma camisa branca os guiou at( umatenda nos fundos. As lu&es estavam suaves e, "uando eles se sentaram, estava "uaseescuro na pe"uena área.

 A anfitri# acendeu a vela na mesa e os dei*ou com os cardápios e a promessa de"ue uma garçonete iria se apro*imar logo mais.

Com apenas a lu& da vela, subitamente a tenda pareceu pe"uena, !ntima.

4gnorando isso e o va&io do estEmago, Tory abriu o cardápio. 7uando a garçonetese apro*imou, eles fi&eram os pedidos.

 Assim "ue a garçonete se afastou, Chance sorriu para Tory.

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J 5brigado por fa&er compras comigo.

)la deu de ombros.

J 5 pra&er foi meu. %e verdade. As nicas pessoas "ue eu tenho "ue audar nascompras s#o meus pais. ) eles... Bem.. 0#o um pouco entediantes.

J Meus pais n#o eram entediantes e eles nos dei*avam loucos tentando escolher 

presentes para eles.J - mesmo$ )u n#o consigo imaginar SFen dei*ando algu(m louco.

J 7uando (ramos novos, ela era uma perfeccionista. )u lhe disse "ue n'ssa!amos por uma porta e a e"uipe de limpe&a entrava no "uarto em seguida.

Tory deu risada.

J ) "uanto ao seu pai$

)le recuou.

J 8ocê realmente n#o vai "uerer saber.

J Claro "ue eu "uero.

J /#o. 8ocê n#o "uer.

J %esculpe. )u n#o "ueria bisbilhotar.

J /#o, eu sinto muito. 8ocê n#o está bisbilhotando. J )le suspirou. J Apenasn#o ( uma lembrança agradável.

J )le foi um pai ruim$

J )le foi um pai ruim, um marido s'rdido e um ladr#o nos neg'cios.

)la assentiu com a cabeça.

J 8ocê mencionou isso "uando Ma* lhe ofereceu o emprego. 8ocê disse "ue n#oteria trabalhado para o seu pai, mas Ma* havia mudado a empresa.

)le deu uma risadinha, mas sem sinal de alegria.

J )stou me fa&endo de vil#o por desgostar tanto dele. Mas, acrediteme, elemerece o meu despre&o, o da minha m#e e, no final, at( o de Ma*.

J Mesmo o despre&o de Ma*$

Chance recostouse na almofada.

J =oi Ma* "uem descobriu "ue Brandon Montgomery era o meu pai verdadeiro.

J 0eu pai verdadeiro$

J Meu pai biol'gico. )le disse a SFen "ue sua secretária havia engravidado e n#opoderia manter o bebê. )nt#o ele achou "ue eles poderiam me adotar, e ela n#o teria "uese preocupar com o casal "ue adotou seu filho. /a (poca eles tinham apenas Ma*, eminha m#e sempre "uis outra criança, embora Brandon n#o "uisesse. )nt#o ela achou"ue me adotar era a forma de ele recompensála.

 A compai*#o por SFen a preencheu.

J Mas ele era o homem "ue havia engravidado a secretária$

J 0im.%esta ve&, ela se recostou na almofada.

J 4sso ( terr!vel.67

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J )ssa ( a ponta do iceberg, meu pai, "ue %eus tenha a sua alma, parecia ter umtalento especial para mentir.

J Mas, se ele mentia, como você sabe tudo isso$

J )u ouvi meu pai e Ma* discutindo sobre manter o segredo "uando eu estavacom anos. - por isso "ue eu fugi. 1ensei "ue se Ma* sabia, ele deveria ter me

contado. Mas ele havia apenas ouvido rumores no escrit'rio e estava tentando fa&er com"ue meu pai confirmasse a hist'ria. 7uando ele confirmou, Ma* "ueria "ue ele fi&esse acoisa certa. Mas ele n#o iria fa&er. %epois, ele faleceu e Ma* contou : nossa m#e toda averdade alguns anos atrás. )la custou a aceitar, mas isso a audou a entender o motivode eu ter fugido e eles começaram a me procurar, pedindo para "ue eu voltasse paracasa. )sse tipo de coisa. J )le deu de ombros.

J 7uando eu tive os gêmeos, eu n#o poderia mais recusálos. )u precisava deauda. SFen e eu conversamos e percebemos "ue sempre fomos m#e e filho... /#oimporta "uem fossem meus pais biol'gicos. 1or"ue ela havia me criado.

J 4sso ( incr!vel. J 4ncapa& de se conter, ela repousou a m#o sobre a dele.

J ) maravilhoso.

)le sorriu e virou a palma para cima a fim de colocar os dedos ao redor da m#odela.

J ) isso vai fa&er de você um e*celente pai.

J 0im, se eu sobreviver aos dias de bebê.

)la recolheu a m#o com arrependimento.

J 5h, acrediteme, o estágio de bebê ( divertido comparado aos anos deadolescência.

)le riu.)la sorriu para ele e, mais uma ve&, sentiu o deseo invadir seu corpo.

)les estavam t#o perto emocionalmente "ue suas necessidades f!sicas brotavamsem aviso. /#o apenas necessidades se*uais, mas o simples deseo de tocálo. %esegurar as m#os dele. Afastar os fios escuros da sua testa. Apertar sua m#o.

 A garçonete se apro*imou, repousando a refeiç#o na frente deles.

J 5brigado J falou Chance.

)n"uanto a garçonete se afastava e ele e*aminava seu prato, ela o estudou.

Chance parecia n#o saber o homem e"uilibrado e esperto "ue ele era. Considerando tudoo "ue havia acontecido na vida dele, ele deveria ter sido o homem malhumorado "ue elapensara "ue ele fosse "uando se conheceram. )m ve& disso, ele era gentil, generoso,determinado a ser um bom pai.

/#o era de admirar "ue ela "uisesse se apai*onar por ele.

)les começaram a apreciar a massa e conversar sobre os gêmeos.

J 0abe, uma das minhas maiores preocupaçPes sobre ter gêmeos ( o problema"ue eu tive com Ma*.

J 8ocê teve um problema com Ma*$

J )le era o irm#o mais velho perfeito, mas era tamb(m o garoto de ouro. Mesmo"ue eu n#o tivesse descoberto o engano do meu pai, eu provavelmente teria fugido emalgum momento apenas para fa&er minha pr'pria marca, para n#o ter "ue competir, para

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

ser visto como uma pessoa. J )le bai*ou o garfo e fitoua diretamente nos olhos. J )un#o "uero fa&er isso com os gêmeos. /#o "uero "ue eles sintam "ue est#o em umacompetiç#o. 5u "ue um ( melhor do "ue o outro.

J Com uma

garota e umgaroto, eu acho mais dif!cil do "ue se você

tivesse dois garotos ou duas garotas em suas m#os.

)le a fitou do outro lado da mesa e finalmente respondeu com serenidade;

J Talve&.

)la umedeceu os lábios com a ponta da l!ngua. )les estavam conversando sobreas crianças como se fossem parceiros na criaç#o delas, e para passarem de parceiros emoutras coisas tamb(m era um salto. A fácil intimidade "ue e*istia entre eles os levavaimperceptivelmente ao lugar "ue eles realmente "ueriam estar... 5 lugar onde talve& elespertencessem.

Chance tomoulhe uma das m#os.

J 0eria t#o errado apreciarmos a companhia um do outro... apenas por esta noite$

5 coraç#o dela lhe disse "ue n#o. /#o seria errado.J 8ocê "uer di&er, como amigos$

J Amigos !ntimos.

)la engoliu em seco. 5 calor dele dei*oua tonta. Mas isso era puramente f!sico.)ra do final emocional "ue ela sentia saudades. Tory se sentira so&inha e va&iaultimamente, mas ela n#o tinha percebido o "uanto ela "ueria desesperadamente "ueesse va&io fosse preenchido.

), na verdade, era t#o ruim "uerer ser amigos$

J )u gostaria "ue fEssemos amigos.

J 1or uma noite J avisou ele, lembrandoa de "ue n#o "ueria ser machucadoassim como ela.

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Tory sorriu.

J 2ma noite.

5 restante do antar eles conversaram sobre os bebês, o trabalho dele, os sonhosdela de se tornar uma professora e as aulas "ue ela finalmente havia começado aprocurar na faculdade. /o 028, ele alcançoulhe a m#o no console e seguroua at( eles

chegarem : frente dos portPes da mans#o de SFen. ) ent#o ele a liberou. 0eguiram emsilêncio atrav(s da neve "ue cobria o ch#o.

7uando alcançaram a casa de campo, eles sa!ram silenciosamente do 028.

Chance abriu a porta. )la entrou na casa antes dele e CooO repousou o maga&ine"ue estivera lendo.

J Como est#o as crianças$ J Chance "uis saber.

J %ois anos J respondeu ela, erguendose do sofá. J 8ocês compraram todosos presentes "ue "ueriam$

5s dois se entreolharam.

J /'s os dei*amos no carro J falou Chance.

)n"uanto vestia o casaco de l#, CooO riu.

J )scondendoos, hein$ Bem, eles ainda s#o novos demais para "ue você tomemedidas e*tremas. 2ma boa sacola irá mantêlos longe dos presentes.

J 5 "ue acha de eu levála at( a mans#o$ J indagou Chance, suspendendo aschaves do carro.

J 4sso seria 'timo.

)les dei*aram a casa de campo e Tory entrou sorrateiramente no "uarto das

crianças a fim de verificar os gêmeos. )la pu*ou a coberta a&ul de 0am at( o "uei*o,depois pu*ou o cobertor rosa at( o "uei*o de Cindy.

)la pensou na reaç#o deles ao abrir os presentes na manh# de /atal e deseoucom todo o seu coraç#o "ue pudesse estar ali para vêlos.

Mas ela estaria na casa dos pais. %epois passaria a tarde com Iason e os paisdele, fingindo ter um /atal festivo em volta dele.

1or"ue era assim "ue deveria ser.

/o momento em "ue Chance retornou : casa de campo, Tory estava em seu"uarto.

CA'()L* *".E

/o dia seguinte, logo depois de Chance sair para o trabalho, 6obert se apro*imouda porta da co&inha com duas cai*as de decoraçPes de /atal.

J A sra. SFen achou "ue você poderia gostar de enfeitar a casa de campo para70

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as crianças para o /atal.

Tory arfou ao ver as cai*as. SFen havia mandado diversos enfeites de /atal,incluindo lu&es coloridas. Com os sentimentos confusos com relaç#o a Chance, ela sees"ueceu de "ue eles precisavam decorar a casa.

)n"uanto repousava a cai*a no sofá, 6obert trou*e um enorme sempreverde "ue

ele arranou no canto dos fundos da sala de estar. 7uando estava tudo arranado, eleespiou os gêmeos adormecidos e partiu.

/a silenciosa sala, Tory tirou os obetos de dentro das cai*as e os organi&ou.)n"uanto os bebês dormiam, ela arranou os enfeites e as lu&es. 5s gêmeos acordaram,e ela os alimentou e os colocou no cercadinho, en"uanto pendurava os adornos.

/o momento em "ue Chance chegou em casa, ela tinha a árvore decorada e ascrianças tiravam o cochilo da tarde.

J 2auR J )la uniu as m#os com alegria. J 0ua m#e nos mandou tudo do "ueprecisávamos.

J )stou feli& "ue ela tenha pensado nisso, por"ue, honestamente, eu n#o pensei.)la tamb(m n#o havia pensado.

J )u tenho alguns enfeites de reserva. 1ensei "ue pud(ssemos colocar lu&essobre as passagens arcadas "ue levam aos "uartos e pendurarmos alguns enfeites.

J 1arece 'timo.

J 7ue bom. 1or"ue eu preciso da sua auda. /#o sou alta o suficiente.

)n"uanto eles esperavam CooO mandar o antar, Chance arranou as lu&es sobreas passagens arcadas e Tory apanhou o restante dos enfeites.

%o "uarto das crianças, 0am dei*ou escapar um grito e Chance apressouse ematendêlo.

%epois de alguns minutos, dos "uais Tory presumiu "ue foram usados para trocar afralda, ele emergiu segurando 0am, "ue, sonolento, friccionava os olhos com asm#o&inhas.

J Como está Cindy$

J %ormindo.

Tory recuou.

J )u espero "ue ela acorde logo ou n#o vai dormir : noite.

Chance parou de caminhar.

J )u devo acordála$

J /#o, vamos dar um tempo a 0am so&inho primeiro. )le gosta de ser mimado,n#o gosta, docinho$

8estido com um macac#o&inho vermelho, 0am gritou de alegria.

Tory apontou para a cai*a de enfeites no sofá.

J )m ve& de eu ficar subindo e descendo, você pode me entregar os enfeites$

Chance caminhou at( o sofá.

J Claro. J )le estendeu uma das m#os e ergueu um enfeite, segurandoo para0am. J )u aposto "ue você iria gostar de decorar.

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0am fe& um barulho "ue tinha "ue ser de concordQncia.

Tory deu risada.

J 8ocê dá os enfeites para ele e ele os entrega para mim.

Chance segurou a brilhante bola a&ul para 0am, "ue a agarrou com bilo. 7uandoeles se apro*imaram da escada, Chance declarou;

J Certo, agora dê para Tory.

0em cooperar, 0am tentou colocar o enfeite na boca.

Tory deu risada e apanhou a brilhante bola da m#o dele.

J /#o em sua boca. 1ara mim J )la pendurou na fita. J 8iu$

)le deu uma risadinha.

Chance voltou a se apro*imar do sofá a fim de apanhar outro enfeite.

%essa ve&, a bola era verde. 7uando ele e 0am estavam ao lado da escada, eleentregou para 0am, "ue novamente levou o enfeite : boca.

J 8ocê acha "ue ele está faminto$

J )le está sempre faminto. J Tory apanhou o enfeite da m#o do bebê novamente.J Mas se fi&ermos isso algumas ve&es, ele vai entender.

)les fi&eram cinco tentativas. =inalmente, 0am entendeu o ogo e começou aentregar os enfeites para Tory depois "ue o pai os entregava a ele.

4ncapa& de se conter, Tory beliscoulhe levemente uma das bochechas.

J 8ocê ( t#o fofinho.

J ) feli& J Chance declarou, beiandolhe a outra bochecha. J )le adora umaatenç#o especial.

J Ambos gostam. )u sempre tento dar a cada criança ao menos cinco minutos deatenç#o especial. J )la apontou sobre o ombro de Chance. J ) se pegarmos a"uelaestrela e ver se conseguimos colocar no centro da fita$

J )stá bem, mas ( um pouco grande. )stou dei*ando 0am fora dessa.

)le repousou 0am no cercadinho, apanhou o enfeite de estrela de dentro dagrande cai*a no sofá e o entregou para Tory.

)la virouse para colocar o enfeite abai*o da fita e depois o encarou novamente.

J /#o há nada para prender a estrela.J %ême um segundo. J )le voltou para a cai*a. J )u vi algumas dessas fitas

adesivas "ue você colocou na parede. J A"ui. 6epousando a estrela no topo da escada,ela apanhou a fita da m#o dele e estendeu o braço para prendêla na parede.

Mas mesmo se estendendo o má*imo "ue podia, n#o conseguia alcançar o ponto"ue deseava. )nt#o subiu mais um degrau da escada, para se apro*imar da parede etentar novamente. A escada estremeceu, mas ela subiu mais um degrau. %essa ve&, aescada estremeceu com mais violência. Antes "ue pudesse alcançar o e"uil!brio, Torycaiu de costas.

1or sorte, Chance a segurou. 0eus olhares se encontraram e os dois irromperam

em uma gargalhada. Mas dentro de segundos as gargalhadas sumiram. 5s braços deleestavam envolvidos ao redor do corpo dela. 5s braços dela estavam ao redor do pescoçolargo, automaticamente, instintivamente, por"ue ela n#o "ueria cair. Mas parecia t#o certo

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estar nos braços dele e ter os braços ao redor do pescoço másculo "ue ela n#o "ueriarecolher os braços.

)le começou a inclinar a cabeça. 3entamente. 1elo calor do deseo estampado nosolhos dele, ela sabia "ue ele pretendia beiála. /o momento em "ue Tory disse a simesma para se afastar, os lábios dele tocaram os dela.

0uavemente. %ocemente.5 roçar dos lábios dele era um bálsamo para a sua alma magoada, cansada. 5

va&io em seu interior começou a ser preenchido e, em ve& de se afastar, ela respondeu aele, pressionando os lábios contra os dele. =a&ia um longo tempo desde "ue ela beiaraum homem intencionalmente. )mbora ela esperasse se sentir estranha, beiálo era t#onatural "uanto respirar.

5s lábios dele se moveram e ele aprofundou o beio, e*plorando com a l!ngua todoo interior mido da boca feminina.

0ensaç#o ap's sensaç#o a invadiam.

 As reaçPes f!sicas "ue ela esperava. 5 calor em seu sangue, o formigamento emsua espinha. Mas as sensaçPes emocionais J o crescer do deseo, o senso de ustiça Jdominaramna.

)la nunca tinha sentido nada assim antes. /#o apenas um deseo de receber, mastamb(m de dar. %oarse para ele. ) isso a assustou.

1or"ue o beio n#o iria afetar apenas ela, mas Iason. 5s gêmeos. Chance. 5 restode sua vida, se uma noite de pra&er fi&esse com "ue ela perdesse o emprego "ue estavaaudandoa a recuperar sua sanidade.

J 1areR J Tory se afastou e deu um passo para trás. J 1are.

2m calor maravilhoso e o deseo ainda a envolviam. %oces necessidades "ue ela"ueria satisfa&er t#o desesperadamente. /#o apenas por si mesma, mas por Chance.)ssa parte a magoava, causava uma dor aguda de culpa "ue ela sabia "ue iria seguilapor dias.

)la "ueria ser para Chance tudo o "ue ele "ueria "ue ela fosse. )la "ueria cuidar das crianças, mas tamb(m "ueria cuidar dele. 1ara amálo. 1ara ser sua confidente.

Mas ela n#o poderia.

3ágrimas começaram a brotar em seus olhos. )la recuou mais um passo.

J )u sinto muito J disse ele.

J %esta ve& suas desculpas n#o v#o resolver nada.5s olhos dele se encheram de triste&a.

J )nt#o eu n#o sei o "ue di&er.

)la recuou mais alguns passos.

J 4sso por"ue n#o ( sua culpa.

J - claro "ue sim. )u a beiei.

J )u permiti. J Tory limpou a garganta. J )u "ueria "ue você me beiasse. )u"ueria tantas coisas. J )la soltou um longo suspiro. J - muito dif!cil estar noiva de

algu(m "ue nem mesmo consegue falar. Mas eu sou comprometida com ele.Chance meneou a cabeça.

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J Tory...

)la o interrompeu ao gesticular com uma das m#os para cima.

J )u n#o sei como ele fe&, mas ele me protegeu da pior parte da "ueda "uando amoto atingiu o ch#o e desli&ou ao longo da pavimentaç#o. J As lágrimas começaram arolar pelo rosto delicado.

J )le me salvou. - por causa dele "ue eu posso me levantar todas as manh#s,cuidar das suas crianças. 8er o sol.

J ) você se sente culpada, ent#o acredita "ue a forma de retribu!lo ( n#odesfrutar de "ual"uer uma dessas coisas$

J /#o. )u acho "ue a forma de retribu!lo ( ficar ao lado dele.

Chance meneou a cabeça.

J /enhum homem protege uma mulher em um acidente para "ue ela possapassar o resto dos seus dias sentada ao lado do seu corpo va&io.

Tory arfou.)le a tomou pela m#o e forçoua a encarálo.

J )u sei "ue agora você pensa "ue tudo o "ue estou prestes a di&er ( fruto doego!smo. Mas, "uer saber$ )stou di&endo isso por"ue sou homem. 2m homem normal. 5"ue eu acredito "ue Iason era. 2m homem normal.

)la tentou se livrar da m#o dele, mas ele apressouse em segurála.

J 8ocê está olhando para isso como uma romQntica. Mas se Iason ( metade dohomem "ue você pensa "ue ele (, ele n#o iria "uerer "ue você passasse os dias sentadaao lado dele, "uando ele n#o pode vêla ou ouvila.

J /#o há prova de "ue ele n#o possa me ouvir.J 8ocê n#o está me entendendo. )le n#o a salvou para "ue você pudesse

sacrificar a vida "ue ele salvou. )le a salvou por"ue "ueria "ue você prosseguisse comsua vida.

J 8ocê n#o pode saber isso.

J 5h, sim, eu posso. 1or"ue eu sou um homem e sei "ue, se você e euestiv(ssemos na moto e sofrêssemos um desastre e eu usasse meu corpo para protegêla, n#o seria para "ue você pudesse desperdiçar essa vida. J )le sustentoulhe o olhar.J Aliás, eu ficaria furioso se você ogasse fora a oportunidade "ue custou a minha vida.

5s lábios dela estremeceram.J 5 tipo de homem "ue inspirou sua devoç#o n#o iria "uerer o "ue você está

fa&endo. Mas há uma ra&#o maior para eu estar lhe di&endo isso. J )le correu a m#o aolongo da nuca. J )stou preocupado com você. 1or "uanto tempo você vai continuar vivendo pela metade$

Tory engoliu em seco.

J /#o se preocupe comigo.

J Algu(m tem "ue se preocupar por"ue você n#o está pensando com clare&a. )uacho "ue você sabe "ue ( a hora de seguir em frente. ) isso a está matando, mas você

prefere sofrer a seguir em frente.)la umedeceu os lábios com a ponta da l!ngua e recuou um passo.

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Tirando a atraç#o se*ual e sem contar o "uanto ele a fa&ia feli&, o fato de elegostar o suficiente dela para ser honesto com ela dei*oua com os oelhos bambos.

Tory precisava tanto ser honesta com algu(m. Conversar sobre os seus medos.0uas esperanças. 0uas necessidades.

 Ainda assim.

Como ela poderia dei*ar Iason$ Como ela poderia colocar sua vida e seussentimentos acima dos dele, "uando supostamente ela era a mulher "ue o amava$

)la n#o poderia.

Cindy começou a chorar e Chance virouse e voltou para o "uarto das crianças.

Tory fechou os olhos, imaginando Iason so&inho na"uele "uarto solitário se elaparasse de visitálo. )n"uanto ela apreciasse os gêmeos, se apai*onasse por Chance,tivesse uma vida fantástica, ele estaria so&inho. )la n#o poderia dei*ar isso acontecer.

Tory engoliu as lágrimas, di&endo a si mesma "ue talve& fosse o momento dedei*ar esse emprego. Mas ela olhou para o adorável 0am no cercadinho e outra onda de

triste&a a invadiu. 1or mais "ue ela n#o pudesse dei*ar Iason so&inho, tamb(m n#opoderia dei*ar esse pe"ueno garotinho 'rf#o de m#e.

Chance saiu com Cindy do "uarto e ela engoliu a saliva novamente. ) "uanto aChance$ )la iria dei*álo so&inho com dois bebês$

7uando Chance se apro*imou o bastante, Cindy estendeu uma das m#os para elae Tory tomoua dos braços dele, permitindose silenciosamente admitir "ue ela precisavaestar ali pelo tempo "ue Chance e os bebês necessitassem dela. Cindy e 0am e at(mesmo Chance a preenchiam com esperança e felicidade.

)nvolvida em seu casaco na v(spera de /atal, ela percorreu o olhar ao redor para

se assegurar de "ue Chance n#o estivesse na sala de estar e dei*ou um presente paraele e para cada um dos gêmeos debai*o da árvore. %epois, caminhou vagarosamente at(o "uarto das crianças para desear um feli& /atal e sair de folga no feriado.

Chance entregoulhe um bEnus de /atal.

J 0abe, você n#o precisa continuar fa&endo isso.

)le repousou um dedo debai*o do "uei*o delicado para erguer o olhar dela at( oseu.

J )u gosto de você. )u sei "ue eventualmente você vai "uerer ir : faculdade eisso lhe audará.

Tory recuou um passo.J 0im. 5brigada.

) ent#o ela correu para fora da casa antes "ue n#o conseguisse mais ir embora.

/a manh# de /atal, Chance foi acordado pelo choro dos bebês. )le saiu da camae correu para o "uarto das crianças.

Com as m#os no trilho, Cindy chorava alto, como se soubesse "ue Tory n#o

estava. 0am estava sentado no berço, chorando.Bem, dar folga : babá durante a semana do /atal at( o dia do Ano/ovo tinha sido

uma ideia brilhante.75

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Chance se apro*imou de Cindy.

J )stou indo, estou indo.

)le a ergueu do berço e depois a colocou sobre o trocador.

J )iR Assim "ue vocês dois estiverem trocados, v#o poder abrir os presentesR

Como se tivesse entendido, Cindy parou de chorar.Chance trocou as fraldas dos bebês, alimentouos com cereal e os colocou em

andadores perto da árvore.

)ncantado, 0am olhou para a árvore, mas o olhar de Cindy ficou fi*o em Chance,"ue correu para procurar sua cQmera de v!deo. 7uando retornou para a árvore, eleacendeu as lu&es, "ue cintilaram... Mas algo parecia estar errado. Algo estava faltando. -claro "ue algo estava faltando. Tory estava faltando. )ra por isso "ue ele havia dado tantotempo de folga a ela. )le n#o "ueria "ue ela ficasse ainda mais envolvida em sua vida do"ue á estava. 4sso a machucava. ) o confundia.

Chance suspirou. )le podia ter sido forte o bastante para dei*ála partir no feriado,

mas n#o era perfeito.J Certo, estamos todos prontos J declarou ele, en"uanto desli&ava uma das

m#os para debai*o da árvore e apanhava um presente para cada um dos gêmeos.

)m seguida, ele apanhou a cQmera.

J Certo. 1odem rasgar o papel.

Cindy brincou um pouco com o seu presente. 0am tentou leválo : boca. Chancefilmou dois minutos e depois percebeu "ue iria levar o dia inteiro para "ue eles abrissemos presentes. )nt#o, ele posicionou a cQmera no segundo degrau da escada de trêsdegraus, : altura dos oelhos. A cQmera gravou tudo sobre os gêmeos e apenas o filmou

"uando ele abai*ou para dar um presente a cada criança.Mesmo esse processo levou uma hora. )le n#o havia percebido "uantos presentes

ele e Tory haviam escolhido para esses dois. Mas ele tamb(m n#o tinha perdido umsegundo do primeiro /atal das crianças.

) agora Tory tamb(m n#o iria perder. 1ensando em como ela iria ficar feli& em ver o v!deo, Chance dirigiu o olhar para a árvore de /atal e avistou um presente embrulhadocom um papel verde e cintilante. 2m papel "ue ele n#o se lembrava de ter comprado. )lealcançou a embalagem e viu "ue era um presente para ele, de Tory.

Chance engoliu em seco. )le n#o havia comprado um presente para ela por"ue se

preocupara "ue ela pudesse achar muito pessoal. 7ue ela se sentiria culpada ao ganhálo. 5 melhor "ue ele pEde fa&er foi dar um bEnus a ela.

Chance se sentou. =itou a bonita embalagem. 3entamente, ele rasgou o papelverde. 7uando abriu o suficiente, ele pEde ver "ue era um livro. Evitando rivalidade entreirmãos.

Chance deu risada. )le havia dito "ue se preocupava "ue as crianças fossemcompetir entre si e ela havia ouvido. )la sempre ouvia. )la sempre fa&ia a coisa certa. )ele iria sofrer demais "uando a perdesse.

Mas ele iria perdêla. Antes do acidente, Tory á havia completado "uase dois anosde faculdade. 2ma ve& "ue se organi&asse, iria voltar para rever as aulas básicas e

depois precisar de apenas mais dois anos para finali&ar seu curso.) ent#o ela iria partir. ) perdêla iria doer mais do "ue perder centenas de 3iliahs.

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CA'()L* D*.E

7uando Tory retornou, no dia de aneiro, ela se sentiu bem novamente. /ormal. Ansiosa para ver as crianças, mas ciente de suas responsabilidades com Iason. )le havialevado o pior no acidente. )la iria ficar ao lado dele.

Mas, assim "ue ela abriu a porta da casa de campo, soube "ue algo estava errado.

6etirando o seu novo casaco de l# preta, um presente dos pais de /atal, ela disse;

J 5 "ue há de errado$Chance a recebeu com uma risada.

J 5 "uê$ /#o vai di&er VoláY$ Apenas Vo "ue há de erradoY$

J )u posso sentir isso no ar.

J /#o ( nada demais. 0am está com o nari& congestionado. - s' isso.

)la apressouse at( a cadeira alta onde 0ammy estava.

J 5h$

J /'s o levamos ao dr. /elson e ele disse "ue 0am está pegando um resfriado.

/ovamente, n#o ( nada demais.Tory beioulhe a testa.

J Bem, pode n#o ser nada demais para o dr. /elson, mas para n's ( muita coisa.

0am ergueu as m#os, pedindo para ser erguido da cadeira. Tory o pegou no colo,ao mesmo tempo em "ue perguntava;

J )nt#o, o "ue mais aconteceu$

J )les gostaram dos presentes. )u gravei um v!deo na manh# de /atal para "uepossamos assistir hoe : noite, se você "uiser.

J )u adoraria. J )la balançou 0am e e*ibiu um sorriso para Chance. J 5 "uemais$

J Minha m#e os mostrou para uma multid#o de pessoas.

)la deu risada.

J ), por falar na minha m#e, ela vai para +ouston para visitar amigas durante omês inteiro de aneiro.

Tory ficou bo"uiaberta.

J 5 mês inteiro$

J )la detesta o inverno.J Bem, todos n's n#o detestamos$ Chance riu.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J %e "ual"uer forma, ela vai partir, mas CooO estará a"ui para o "ue vocêprecisar.

J 1arece 'timo.

Chance se virou e forçouse a sorrir.

)la parecia descansada, mas tamb(m parecia feli& por estar em casa. 4sso era osuficiente. A alegria dela em ver os gêmeos era tudo o "ue ele "ueria.

J Xtimo. 8eo você por volta das h.

)le dei*ou a casa e caminhou em direç#o ao 028 em meio ao vento gelado doinverno. Chance entrou no ve!culo, apertou um bot#o do aparelho de som e fingiu "uetudo estava bem.

Mas isso n#o impediu a dor em seu peito por algo "ue ele n#o poderia ter. 0ua

nica opç#o era desear "ue ela pudesse sair de um compromisso "ue na verdade atornava a mulher forte e leal "ue o havia atra!do.

 Aliás, ele acreditava genuinamente "ue deveria continuar lembrando Tory "ue umhomem real n#o iria esperar "ue uma mulher o aguardasse sob essas circunstQncias.

Mas seu coraç#o n#o iria permitir "ue ele fi&esse isso. )le tinha visto o olhar magoado "ue ela e*ibira "uando ele sugerira isso antes. /#o suportaria ver a"uele olhar novamente.

7uando chegou ao escrit'rio, seu irm#o Ma* o estava aguardando, sentado napoltrona atrás da mesa.

J )nt#o, a"ui está ele, o homem do momento com as duas crianças maisadoráveis do mundo.

Chance desli&ou a maleta sobre a sua mesa e retirou o sobretudo.

J 0uas crianças n#o s#o t#o ruins.

Ma* ergueuse.

J Trisha ( uma pessoa dif!cil de lidar.

J Trisha ( você há L anos. Apenas espere at( ela ir a uma loa de animais ecomprar um rato. J )le pendurou o sobretudo no closet e depois encarou Ma*. J )nt#o,o "ue está havendo$ 1or "ue está sentado : minha mesa$

J )u "uero te contar antes "ue algu(m o faça. /ossos parceiros do Iap#o nossurpreenderam com uma reuni#o nesta manh#.

J 6euni#o ou inspeç#o$

J )les chamaram de reuni#o, mas todos n's sabemos "ue se trata de umainspeç#o. )u n#o me importo com o "ue está marcado em sua agenda de compromissos,apenas os cancele. 8ocê e eu vamos bancar os guias tur!sticos o dia inteiro.

Chance resmungou.

J - mesmo$

J ) desligue o seu celular. /ada "ue aconteça hoe será mais importante do "ueesses homens.

)le apertou o bot#o no celular para desligálo.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J )ntendi.

Ma* riu.

J ) sorria. 8ocê tem duas crianças adoráveis. 8ocê ( um s'cio da MontgomeryConstruçPes e )mpreendimentos, ainda assim tem tempo para sua pr'pria empresa noTennessee. 0ua m#e o ama e você ( meu irm#o. )sses homens pensam "ue você (

melhor do "ue o pr!ncipe +arry.)le suprimiu uma risada. 7uando Ma* e*pEs dessa maneira, ele se sentiu

envergonhado por estar t#o deprimido nesse dia. Chance repousou o celular sobre amesa. Ma* estava certo. )le tinha muito mais do "ue a maioria das pessoas. %everiaestar feli&, e n#o pensando em uma mulher "ue n#o poderia ter.

Chance caminhou ao lado de Ma*, mas no ltimo segundo seu nervosismoaumentou. )le n#o poderia perder a chance de ouvir a vo& dela, principalmente se ela ochamasse para lhe di&er algo adorável "ue uma das crianças tivesse feito.

J 8ou pegar meu celular.

Ma* suspirou.J Ao menos desligue o som

 Ap's o cochilo dos bebês, Tory notou uma grande mudança em 0am e chamouCooO.

J )le está apático.

J )le está resfriado.

J 4sso ( mais do "ue um resfriado. )u "uero chamar o dr. /elson. Mas eu tamb(mgostaria "ue você descesse caso o doutor "ueira "ue eu o leve para o consult'rio paraoutro checOup.

J )u estarei a! em de& minutos.

Tory telefonou para o consult'rio do dr. /elson e, como ela suspeitara, eles"ueriam "ue ela levasse o bebê at( lá. )la vestiu o casaco, apanhou o celular e apressouse em discar para o nmero de Chance. Ap's "uatro chamadas, o celular caiu na cai*apostal.

J )u n#o "uero assustálo, mas 0am n#o parecia muito bem depois do cochilo,

ent#o eu chamei o dr. /elson e ele "uer me ver novamente nesta manh#. J )la deu umapausa. J )nt#o me ligue "uando ouvir essa mensagem

CooO colocou 0am nos braços dela e Tory apressouse na direç#o do carro, mas6obert á estava na garagem com o 028 de SFen.

)le abriu a porta traseira, revelando os assentos dos bebês.

J A sra. SFen gosta de estar preparada e eu n#o "uero "ue você diria.

Tory sorriu agradecida.

J 5brigada.

%epois ela colocou 0am no assento para bebês e correu para o lado dopassageiro.

6obert os levou : cidade em apenas alguns minutos. )le estacionou em frente ao

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pr(dio onde ficava o consult'rio do m(dico e audoua a retirar 0am do carro, por"ue asm#os dela estavam trêmulas.

/a recepç#o, ela disse;

J )u telefonei para o dr. /elson nesta manh#. 0am está doente. J 5s olhos delase encheram de lágrimas. J )le me disse para tra&êlo at( a"ui.

2ma enfermeira apareceu na porta : direita e gesticulou para Tory voltar para umasala de e*ames. 2ma ve& no interior da sala, a enfermeira apanhou

0am e tirou o casaco de neve "ue ele vestia.

J )i, 0am, docinho J sussurrou a enfermeira, obviamente familiar com o bebê. J/'s vimos 0am há dois dias, "uando Chance o trou*e. J )la sorriu. J Acredito "ue vocêsea a babá.

Tory assentiu com a cabeça.

J )le assinou os pap(is para você, autori&ando o tratamento.

Tory suspirou aliviada, depois apanhou o celular de dentro do bolso do casaco. )ladiscou o nmero de Chance, mas a ligaç#o caiu novamente na cai*a postal.

J 0ammy J sussurrou a enfermeira novamente, tentando acordálo, ustamenteno momento em "ue o dr. /elson entrou na sala.

J Agora, o "ue ( isso "ue eu ouvi sobre 0am estar doente novamente$

 A enfermeira lançou um olhar e*pressivo para o doutor en"uanto deitava o bebêem uma mesa de e*ame. 5 doutor se apro*imou e abiu os olhos de 0am, espiandoos,depois sussurrou algo para a enfermeira, "ue correu para fora da sala.

J 8ocê ( Tory, certo$

Tory assentiu com a cabeça.J Certo. )u preciso "ue telefone para Chance. )stou enviando 0am para o

hospital.

7uando Chance vestiu o casaco, depois de duas horas de almoço, ele sentiu ocelular vibrando. 4nfeli&mente, a ligaç#o caiu na cai*a postal antes "ue ele pudesseatender. 0' ent#o percebeu "ue havia oito chamadas perdidas.

Chance ouviu o tremor de medo na vo& de Tory "uando escutou a primeiramensagem di&endo "ue eles estavam de volta ao consult'rio do dr. /elson. ) ela estavachorando no momento em "ue ele ouviu a oitava mensagem, a"uela "uando ela dissera aele "ue 0am estava no hospital e ela estava em uma sala de espera, e n#o ouvia nada deningu(m por H minutos.

)le nem mesmo se despediu de Ma* ou seus convidados. Chance correu para oseu escrit'rio, apanhou seu sobretudo e as chaves e partiu para o hospital. )le telefonoupara Tory e ela disse a ele "ue estava na sala de espera do terceiro andar com 6obert, eele deveria encontrálos ali.

5 elevador pareceu demorar uma d(cada para leválo ao terceiro andar. )n"uantosa!a, Chance avistou Tory, andando de um lado para o outro do corredor. )la virouse e,"uando o avistou, correu para os braços dele aos prantos.

J )u n#o sei o "ue aconteceuR J falou ela, por entre soluços. J )u n#o sei o "ue

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há de erradoR

Chance beioulhe gentilmente a testa.

J )stá tudo bem. Tudo vai ficar bem. )mbora, em seu interior, ele n#o tivesseessa certe&a. Tudo o "ue ele sabia era "ue o seu bebê estava doente, os dois estavamassustados e "ue tinha "ue confortála.

J /#o vamos entrar em pQnico at( ouvirmos o "ue o doutor tem a nos di&er.Tory começou a estremecer.

J Mas nunca ( boa not!ciaR

)mbora o medo por 0am ainda o paralisasse, ele subitamente percebeu "ue osmedos de Tory eram cem ve&es piores. )la estivera ali. 1rovavelmente neste mesmohospital. Com uma perna danificada e um namorado em coma.

Chance acaricioulhe o cabelo.

J )i. 0hh. 8ai ficar tudo bem. 5 dr. /elson ( o melhor.

)n"uanto di&ia isso, o dr. /elson entrou na sala de espera.J Chance. 8eo "ue conseguiu chegar at( a"ui.

5 fato de a vo& dele estar calma fe& com "ue Chance sentisse uma onda de al!vio. Ainda assim, "uando se virou para encarar o doutor, ele manteve um braço ao redor deTory, apoiandoa.

J )stpidas reuniPes. Meu irm#o me disse para desligar o celular... J )le inspirouprofundamente. J Como ele está$

J )le está bem. Aparentemente os medicamentos "ue prescrevemos n#obai*aram a febre o suficiente. /'s s' conseguimos bai*ar a febre dele agora, mas eu

gostaria "ue 0am passasse a noite a"ui. J )le sorriu. J Apenas por precauç#o.Chance sentiuse completamente rela*ado. Tory arfou duas ve&es e depois se

atirou nos braços dele e chorou novamente.

J )le está no "uarto L. 7uando "uiserem, podem ir at( lá J falou o dr. /elson.%epois, ele se virou e caminhou at( a enfermaria.

Chance a abraçou com mais força. )le sentiu tudo o "ue ela sentiu, "ueria chorar omesmo "ue ela e simplesmente a"ueceuse no fato de n#o estar so&inho.

)la tamb(m n#o estava so&inha. )les tinham um ao outro.

Mas n#o tinham de verdade. )la pertencia a outra pessoa e, cada ve& "ue ele aabraçava ou a beiava, ele pecava.

Chance afrou*ou o abraço, estabelecendo alguma distQncia entre eles.

Tory e*ibiu um sorriso t!mido para ele.

J )u sinto muito.

J 1or "uê$

J )u entrei em pQnico. =i"uei emotiva.

)le sorriu com triste&a. /#o "ueria lembrála "ue esse hospital provavelmentetra&ia lembranças terr!veis a ela. )m ve& disso, ele direcionou a conversa o mais longe

poss!vel de Iason e do acidente.J )u gosto "ue você sea emotiva com as minhas crianças. 4sso significa "ue você

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ano. Mas nessa manh# ela estava enlou"uecida.

J )la sentiu falta do irm#o J observou Tory. J Mas, no momento, precisamoscolocálo em seu berço.

Chance sustentoulhe o olhar.

J Talve& pud(ssemos colocar os dois untos para um cochilo.

Tory sorriu e assentiu com a cabeça.

J 4sso daria a eles um senso de normalidade.

)les colocaram 0am em seu berço e Cindy no berço dela, e isso pareceu osuficiente para Cindy adormecer.

Chance rumou para a porta, mas, em ve& de seguilo, Tory sentouse em uma dascadeiras de balanço.

J 8ocê n#o vem$

J Apenas "uero ficar um pouco sentada a"ui.

Chance suspirou.

J )u sei "ue está cansada. /#o foi fácil dormir na"uela cadeira. 1or "ue vocên#o...

)la se acomodou na cadeira.

J )stou bem.

J Tory, o monitor de bebê está ligado. ) nossos "uartos ficam a dois passos da"ui.Tome um banho primeiro. )u tomo depois...

)la meneou a cabeça.

J )u "uero ficar a"ui.

Chance fechou os olhos e depois saiu do "uarto.

)le n#o tinha "ue ter a conversa com ela sobre lealdade. 0e ela n#o iria dei*ar umbebê adormecido "ue havia tido alta, nunca iria pensar em dei*ar Iason.

CA'()L* )RE.E

5 %ia dos /amorados chegou com temperaturas do ártico e uma e*plos#o deneve. 6elutantemente, Chance rolou o corpo debai*o das cobertas "uentes ao som dovento em sua anela.

2m dos gêmeos gritou e ele ficou im'vel, escutando com mais atenç#o. Mas elen#o ouviu nada e*ceto os gritos de 0am e o suave choro de Cindy.

Tory n#o deveria ter se levantado ainda.

)le friccionou as palmas das m#os com alegria.

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4sso era perfeito.

)le poderia n#o ser capa& de amar Tory da maneira "ue deseava, mas ele aamava e n#o havia chance de ele dei*ála passar por um %ia dos /amorados sem saber o "uanto ela era especial.

)le entrou no "uarto das crianças e levou um dedo aos lábios, silenciosamente

di&endo para os gêmeos se acalmarem.J /'s n#o "ueremos acordar Tory.

Cindy inclinou a cabeça para um lado. 0am fran&iu o cenho.

J 8amos lá. )u posso trocar os dois sem "ue nenhum de vocês precise chorar,ningu(m precisa ficar impaciente.

0abendo "ue Cindy era a "ue menos chorava, ele trocou 0am primeiro, depoisCindy, e levou os dois para a co&inha, colocandoos em cadeiras altas.

6apidamente ele apanhou um pote de caf( e começou a procurar por umafrigideira. Ap's retirar uma do armário, ele colocoua no fog#o, acrescentou um pouco de

manteiga e rumou para a geladeira a fim de apanhar os ovos.0am gritou.

Chance virouse para encarálo.

J )i, estamos fa&endo uma surpresa para Tory. 8amos levar o caf( da manh# delana cama. 8ocês v#o ser alimentados "uando ela for alimentada.

0am gritou com ainda mais intensidade.

Chance deu risada.

J 8ocê n#o vai morrer se tiver "ue esperar cinco minutos para se alimentar.

)n"uanto o p#o torrava, ele fe& ovos me*idos o suficiente para Tory, ele e osbebês.

0am começou a bater na bandea de sua cadeira.

J 0hhR )u preciso de mais cinco minutos, no m!nimo. Certamente vocês podemme dar cinco minutos.

0am resmungou. Chance deu risada en"uanto sa!a : procura de uma bandea e darosa "ue ele havia comprado na noite anterior e escondido em seu "uarto.

Com dois pratos de ovos e torrada na bandea untamente com um urso de pelciae um vaso fino com a rosa vermelha, ele virouse para apanhar os bebês. 0eus olhos seestreitaram.

Como ele iria carregar duas crianças e uma bandea$

) ent#o ele se lembrou do carrinho de bebê. Chance colocou os bebês dentro docarrinho duplo. Carregando a bandea com uma das m#os, empurrou o carrinho com aoutra.

7uando chegou : porta do "uarto dela, ele bateu levemente.

J Tory$

Chance aguardou alguns segundos, mas n#o ouviu nada. )nt#o bateu novamente.

%essa ve& ele ouviu; V5h, meu %eusR )u sinto muito. 1erdi a horaRYJ /#o se preocupe com isso. 8ocê está decente$

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0ilêncio. %epois, parecendo confusa, ela declarou;

J )stou usando piama.

J Xtimo. J Com um rápido empurr#o, ele abriu a porta e empurrou o carrinho dosbebês para o interior do "uarto. J /'s lhe trou*emos o caf( da manh# na cama... J )lese interrompeu. )la estava deitada contra os travesseiros com as cobertas at( o pescoço.

J 1ensei "ue estivesse decente$J )u estou. Mas estou confusa. 1oi "ue você iria me tra&er caf( da manh# na

cama$

J 1or"ue ( %ia dos /amorados.

5 pQnico cru&ou as faces dela. Tory levou as cobertas at( o "uei*o.

6apidamente, ele declarou;

J /ada disso ( ideia minha. - dos bebês.

0am gritou. Cindy deu uma risadinha.

J ) eles est#o realmente famintos e meu braço está doendo.

 A e*press#o do rosto dela suavi&ou. Tory empurrou as cobertas para um lado ecaminhou at( o carrinho. 1arando em frente :s crianças, ela disse;

J 8ocês fi&eram isso para mim$

J 0im. )les fi&eram. 0o&inhos. 1ara você. Mas, se você sair da cama, n#o terávalido a pena.

Tory voltou a ficar debai*o das cobertas. Chance colocou a bandea sobre o colodela e depois apanhou as crianças.

)n"uanto ele aeitava Cindy na cama ao lado de Tory, ela apanhou o urso.J A"ui está o urso.

)le virouse para apanhar 0am.

J As crianças escolheram isso tamb(m. 8ocê disse "ue todos deveriam ter umafam!lia de ursos. )les decidiram "ue era o momento de você começar a ter a sua fam!lia.

Chance repousou 0am na cama. 5 bebê apressouse em levar as m#os : bandea.Chance o apanhou pelos botPes do piama e o afastou.

J )i, olhe as maneiras.

Tory riu.J 8ocê alimenta Cindy J falou ele. J )u alimento 0am

Tory assentiu com a cabeça, apanhou um garfo e levou um pouco de ovos me*idos: boca da pe"uenina.

J 5brigada pelo caf( na cama.

Cindy e*ibiu um largo sorriso.

J ) o urso.

0am gritou.

J /#o pense "ue você vai roubar isso J falou Chance.0am gritou novamente e Chance o silenciou com um garfo cheio de ovos me*idos.

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)n"uanto alimentava Cindy, Tory mordiscou um pedaço de torrada e Chancerela*ou. )la estava gostando do %ia dos /amorados com as crianças.

)le n#o havia ultrapassado nenhum limite.

Tory deu um tapinha no colch#o ao seu lado e capturoulhe o olhar.

J 0entese. 8ocê n#o pode alimentálo em p( dessa maneira.

)le ergueu 0am do p( da cama e tomou um passo cauteloso em direç#o ao topo,en"uanto ela erguia a bandea do colo e a colocava do outro lado da cama.

Chance se sentou, acomodou 0am em seu colo e depois aeitou os travesseirosatrás das suas costas. Com a bandea entre eles, sorriu para Tory.

J 5brigado.

Tory bai*ou o olhar e depois pareceu reunir a coragem, encarandoo novamente.

J /#o. 5brigada você.

J 5 "uê$ )u$ 5s gêmeos fi&eram tudo isso. )u apenas tive "ue alcançar os

armários para apanhar os obetos "ue estavam em lugares mais altos.)la deu uma risada.

Cindy deu um tapinha na bandea, obviamente pedindo mais um pedaço. Chancedeu a 0am uma garfada de ovos antes de alcançar uma das fatias de torrada.

J +á caf( na co&inha. )u n#o "ueria derrubar em seu "uarto.

Tory deu uma risadinha.

J Boa ideia.

Chance se acomodou contra a cabeceira da cama. As crianças estavam feli&es. )le

estava empolgado. ) Tory parecia confortável.5 telefone da casa "ue estava sobre o criadomudo começou a tocar.

 Acomodando Cindy em suas co*as, ela apanhou o fone.

J CooO$

J +mm. /#o, "uerida, sou eu, SFen.

J )i, SFenR 8ocê "uer falar com Chance$ )le está bem a"ui. )u colo"uei otelefone no vivavo&.

J /#o. )u apenas telefonei por"ue mandei visitas para a casa de campo.

J 8isitas$ J indagou Chance. J \s Gh$J 0#o os pais de Iason, "uerido. )les "uerem falar com Tory.

Tory congelou.

J 5brigado, m#e J disse Chance.

)le rolou para fora da cama, levando 0am com ele.

J 8ou levar as crianças para o "uarto.

Tory rolou na cama para o outro lado.

J )u vou levar a bandea para a co&inha.

Chance apanhou Cindy dos braços dela. %epois, correu para o "uarto das criançase ela correu com a bandea para a co&inha.

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Chance ouviu algu(m bater : porta e, subitamente, n#o pEde dei*ar "ue elaencarasse os pais de Iason so&inha. 0im, todos ainda estavam com seus respectivospiamas. Mas eram Gh. 1essoas "ue visitavam uma casa com dois bebês gêmeos :s Ghrecebiam o "ue mereciam. =urioso, defensivo, ele rumou para a sua sala de estar com osseus gêmeos para proteger a sua... babá.

 A porta foi aberta e no solado estava um homem mais velho e uma mulher. Amulher segurava um lenço amassado. )stava claro "ue ambos estiveram chorando.

J /ate$ )mily$ J 7uando nenhum deles disse uma palavra, Tory recuou umpasso, abrindo mais a porta. J )ntrem.

/ate dirigiu o olhar para Chance e os dois bebês vestidos com piamas.

)le sorriu ironicamente.

J /'s dever!amos ter telefonado.

Chance deu alguns passos para a sala de estar, repousou os bebês no cercadinhoe declarou;

J /#o. )stamos bem. /'s á estávamos acordados. J )le rumou para a co&inha.J 8ocês aceitam um caf($

)mily sentouse no sofá.

J /#o. 5brigada. J )la lançou um olhar para Tory. J Tory, "uerida, você pode sesentar, por favor$

Congelada pelo medo, Tory sentouse na cadeira reclinável. Chance sentiu ocoraç#o se acelerar. 5s pais de Iason estavam ali. Chorando.

J 5 "ue há de errado$ J Tory "uis saber.

J Iason sofreu um derrame na noite passada.J 5hR J e*clamou Tory, e pressionou uma das m#os aos lábios. J 5h, meu

%eusR

J )le está estável J falou /ate.

=echando os olhos, Chance pragueou em vo& bai*a. %essa ve& ele sentiu piedadepor Iason. 1recisando fa&er alguma coisa, encheu "uatro *!caras com caf(, depois retirouos pratos da bandea "ue havia usado para o caf( da manh# de Tory e colocou as*!caras, o creme e o açcar.

)n"uanto caminhava em direç#o ao sofá, /ate declarou;

J )u sinto muito, Tory.0oluçando em silêncio, Tory declarou;

J /#o sinta por mim. - com Iason "ue eu me preocupo.

/ate segurou em uma das m#os de Tory.

J 7uerida, o motivo de eu e )mily estarmos a"ui n#o ( para lhe contar sobre oderrame. J )le engoliu a saliva e depois limpou a garganta. J /esta manh#, os m(dicosconversaram conosco sobre desligarem os aparelhos.

Tory arfou.

J /#oR J )la ergueuse da cadeira. J /#oRChance repousou a bandea na mesa entre as cadeiras e o sofá. )m seguida, ele

tomou Tory em seus braços.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J )i. /#o diga nada. Apenas se sinta : vontade para chorar.

)mily e /ate se ergueram do sofá.

J /'s "uer!amos lhe di&er isso pessoalmente J falou /ate. J 5 dano por causado derrame foi e*tenso. )le está no +ospital Mercy, onde eles fi&eram o teste. %isseram"ue ele se foi, Tory. %essa ve& ele se foi.

 Amparando Tory em seus braços, Chance comprimiu os lábios e assentiu com acabeça para eles.

)mily começou a chorar tamb(m. /ate passou o braço ao redor dos ombros daesposa.

J ) nenhuma decis#o foi tomada ainda.

Chance encarou /ate. 5 olhar "ue eles trocaram era muito significativo. A decis#opoderia n#o ser final, mas havia sido tomada.

) tinha sido tomada por"ue eles n#o tinham escolha.

/ate e )mily sa!ram em silêncio en"uanto Tory o abraçava com ainda mais força.7uando se afastou, as marcas das lágrimas estavam evidentes em seu rosto.

J - melhor eu me vestir.

J 8ocê pode ficar com seu piama por "uanto tempo "uiser hoe. )u vou ficar emcasa com as crianças.

)la ergueu o "uei*o para encarálo.

J Mas eu tenho "ue ir ao hospital ver Iason.

- claro "ue sim. Como ele pEde dei*ar de pensar nisso$

J )u dirio.

J 8ocê tem as crianças.

J Minha m#e ou CooO podem olhar as crianças.

Mas depois "ue Tory se vestiu com um eans e um bonito su(ter vermelho eretornou para a sala de estar, ela imediatamente apanhou 0am e o abraçou. 0am dei*ouescapar um grito, como se ela o tivesse apertado com muita força, e ela riu.

%eu risada.

)m um dia, "uando seu coraç#o estava claramente despedaçado, ela havia ridopor"ue amava essas crianças.

Chance se apro*imou dela.

J Minha m#e tem um almoço marcado e CooO precisa estar em algum lugar nestamanh#. )nt#o eu acho "ue devemos levar as crianças.

Tory estreitou os olhos.

J 0(rio$ 1ara um hospital$

J As regras do hospital s#o menos estritas do "ue costumavam ser. ), "uemsabe$ Talve& vêlos pode animar Iason tamb(m.

Tory assentiu com um gesto de cabeça e o audou a vestir os casacos de neve nas

crianças e depois colocálas nos assentos apropriados no interior do ve!culo. Ao chegarem ao hospital, Chance a seguiu atrav(s dos corredores e finalmente

entrou em um "uarto "ue era t#o silencioso "ue n#o havia outro som al(m dos aparelhos

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

ligados ao homem na cama.

0egurando Cindy, Tory se apro*imou primeiro.

J )i, Iason, olha "uem está a"uiR - um dos gêmeos "ue eu tenho lhe falado.

J )la caminhou vagarosamente at( a cama. J )sta ( Cindy. %iga VoláY, "uerida.

Cindy dei*ou escapar um som parecido com um latido. Tory riu.Chance poderia ter rido tamb(m, mas ele n#o conseguia tirar os olhos do homem

"ue estava na cama. +avia tubos por todos os lados. As pálpebras dele nem mesmo seme*iam. 0ubitamente, ela virouse para Chance e o avistou na entrada da porta,segurando 0am.

J 5h, Iason, eu "uase me es"ueci de lhe apresentar Chance. J )la gesticuloupara "ue ele entrasse no "uarto. J - o pai dos gêmeos, Chance Montgomery.

Chance sorriu e disse V5láY, por"ue, como ela havia dito antes, eles n#o tinhamcerte&a se Iason conseguia ouvilos. ), se isso a audasse a passar por essa situaç#o,ele iria simplesmente cooperar.

2ma enfermeira entrou no "uarto e, "uando avistou Chance, Tory e os dois bebês,declarou;

J 8ocês n#o podem estar a"ui.

J )stá tudo bem. )les est#o comigo J disse Tory.

J 0' ( permitido uma pessoa por ve&. %uas, "uando os pais dele est#o a"ui.

%epois ela encarou Chance e ele lhe lançou um olhar de splica.

J )stá bem, um minuto para cada um se despedir, depois todos saem, menosTory.

Chance assentiu com a cabeça.

 A enfermeira verificou o soro, fe& algumas anotaçPes e depois saiu do "uarto.

Chance se moveu para o lado de Tory, estendendo o braço para apanhar Cindy.

J As crianças e eu vamos lhe esperar na cafeteria. =i"ue "uanto tempo "uiser.

Tory sorriu com gratid#o e depois seus olhos se encheram de lágrimas.

J 5brigada.

Chance dei*ou o "uarto e Tory se sentou na cadeira ao lado da cama de Iason.

J 4sso ( dif!cil, Iace.)le n#o disse nada. ) n#o apenas n#o disse nada, mas o "uarto parecia va&io,

desprovido de sua presença. Tory sentiu um calafrio. )nt#o ela pulou para o assunto "uesempre a"uecia o ambiente.

J 8ocê gostou dos gêmeos$ J )la riu, ou tentou. J )les, bem, me mantêmesperançosa.

)la se ergueu e caminhou at( a anela.

J /a verdade, ao longo dos ltimos meses eles têm me impedido de enlou"uecer.J )la encarou a cama novamente. J 8ocê n#o pode imaginar o "uanto isso tem sido

dif!cil.) n#o importava o "ue ela dissesse ou fi&esse. /#o importava se cada m(dico do

hospital entrasse no "uarto nesse instante e fi&esse o seu melhor para salválo. )le

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

 A vo& da m#e ao telefone o trou*e de volta ao presente.

J 5s m(dicos com "uem eu conversei antes de lhe telefonar me disseram algomuito interessante.

J Ah, ( mesmo$ J /o "uadro de diretores do hospital, sua m#e tinha ligaçPescom todos e tudo relacionado ao hospital.

J )les disseram "ue você e Tory levaram os gêmeos para vêlo ontem.Chance passou a m#o ao longo da nuca.

J 5s gêmeos a acalmam. J A defesa saiu de seus lábios naturalmente. )le tinhaculpa o bastante sobre Iason para durar uma vida inteira. /#o precisava de outra coisa.

J 5h, eu seiR 2ma das enfermeiras monitorou o "ue havia acontecido no "uartoantes de a enfermeira mandálo sair. J )la inspirou profundamente. J A "uest#o ( "ueIason n#o faleceu esta manh#. )les esperaram para telefonar para Tory a fim de "ue elapudesse ter tempo para descansar. )le faleceu alguns minutos depois da visita de vocês.

J 5 "uê$ J A triste&a o dominou. J )les tiraram os aparelhos t#o rápido$

J )les n#o precisaram tirar os aparelhos.

J )le faleceu logo depois "ue fomos embora$

J 5s m(dicos sabem t#o pouco sobre comas "ue n#o têm certe&a do "ue umapessoa pode ver ou ouvir, mas um deles me disse em particular "ue a sua visita foi umabênç#o. Algumas ve&es as pessoas n#o morrem por"ue ficam preocupadas com "uemvai cuidar dos seus entes amados "uando eles se forem. 5 fato de você ter entrado no"uarto com Tory, ter levado os bebês, era "uase como di&er a Iason "ue Tory tinhaalgu(m para cuidar dela.

)le passou a m#o ao longo da nuca novamente, incerto sobre o "ue deveria di&er.

J 8ocê deu a ele a pa& "ue ele precisava para descansar.

)le desligou o telefone se sentindo bem melhor. Tory retornou duas horas depois,com o rosto completamente pálido. Chance apressouse em audála a se sentar no sofá.

J 5s pais de Iason telefonaram para minha m#e J declarou ele.

)la comprimiu os lábios en"uanto as lágrimas enchiam seus olhos.

J )nt#o você sabe.

J 0im.

J Como est#o as crianças$

J As crianças est#o bem. /a verdade, est#o com a minha m#e.

Tory assentiu com a cabeça en"uanto as lágrimas desciam por seu rosto. 4ncapa&de vêla dessa maneira, ele a segurou pelos ombros e forçoua a encarálo.

J )u sinto muito.

 As lágrimas dela se transformaram em soluços.

J )le era t#o ovem. T#o esperto.

0abendo "ue ela estava se lembrando do garoto por "uem havia se apai*onado,Chance engoliu em seco.

J Tenho certe&a de "ue sim.

J ) divertido. /ingu(m conseguia me fa&er rir da forma "ue ele fa&ia. J )la se

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

ergueu e se afastou do sofá. J ) forte. )u lhe disse "ue acredito "ue ele tenha levado opior do acidente para me proteger.

)sperando confortála, ele disse;

J 5s m(dicos disseram "ue ele morreu so&inho. )les n#o precisaram desligar osaparelhos.

)la assentiu com a cabeça.Chance inspirou profundamente.

J )les tamb(m disseram a ela "ue Iason havia falecido alguns minutos depois denossa visita.

)la comprimiu os lábios at( formar uma linha fina e assentiu com a cabeça,confirmando a informaç#o.

 Aliviado, ele prosseguiu;

J )les disseram "ue algumas ve&es as pessoas se mantêm vivas por"ue se

preocupam com "uem vai cuidar de seus entes amados. )les acham "ue nossa visitacom os gêmeos foi "uase como di&er a Iason "ue e*istia algu(m para cuidar de você.)nt#o ele poderia morrer em pa&. )le ficou at( saber "ue você iria ficar bem.

J )le faria isso.

)ncoraado, Chance se ergueu do sofá;

J 0im. )le faria. 1or"ue ele a amava e "ueria "ue você ficasse bem depois "ueele partisse.

Tory n#o disse nada.

J )le apenas "uer "ue você fi"ue bem.

0ubitamente ela se virou para encarálo.

J )le "uer "ue eu fi"ue bem$ )u acho "ue ( você "ue "uer "ue eu fi"ue bem.

Chance suspirou.

J - claro "ue sim, mas isso n#o significa...

Tory recuou um passo, distanciandose dele.

J )u sei "ue você e todos pensam "ue eu deveria estar grata pelo sofrimento deleter acabado. J A vo& dela falhou. J Mas eu n#o estou. )stou t#o triste "ue sinto meucoraç#o se partir em pedaços.

Chance avançou um passo na direç#o dela.

J Tory...

)la ergueu uma das m#os para impedilo.

J /#o. 1or favor. Tudo isso... J disse ela, gesticulando com as m#os para a salade estar J está muito confuso agora. 1or de& anos, Iason foi o amor da minha vida. ),"uando ele mais precisou de mim, eu estava a"ui.

J 8ocê tinha "ue ter uma forma de ganhar a vida.

J )u estava construindo uma vida. J A vo& dela falhou novamente. J

1rematuramente. Agora eu preciso de tempo para enlutar.J ) n's vamos lhe dar o espaço e o tempo "ue você precisa.

Tory sacudiu a cabeça em negativa.94

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J /#oR 8ocê n#o entende$ )u n#o posso ficar a"ui. 4sso apenas me lembra de"ue, en"uanto ele morria, eu n#o estava com ele. J )la fitouo diretamente nos olhos. J)stava com você.

J /#o diga isso.

J - a verdade. /'s dois sabemos "ue ( a verdade.

J /'s n#o fi&emos nada...J /'s fi&emos tudo. As coisas importantes. /'s "uebramos minha cone*#o com

ele.

J /#o. /#o "uebramos. /'s dois fomos muito cuidadosos, muito respeitosos comele. J Chance deu mais um passo na direç#o dela. J ) o "ue n's sentimos n#o ( toliceou futilidade. 1or"ue eu tamb(m a amava. 8erdadeiramente. Com todo o meu coraç#o.

Tory fechou os olhos e depois, rapidamente, abriuos e rumou para o "uarto.Chance a seguiu, mas ela n#o disse nada. 0implesmente apanhou a mala e começou aenchêla com seus pertences.

Triste&a e um sentimento de desespero o invadiram. )le havia dito "ue a amava eela n#o tinha nada a di&er$ )la estava partindo$

Chance a viu caminhar atrav(s da sala de estar, os ombros curvados, a triste&aevidente em cada passo "ue dava.

)le disse a si mesmo "ue ela precisava de algum tempo para voltar a ser o "ueera. Talve& n#o depois do funeral. Mas, depois de um mês pensando em tudo o "ue tinhaacontecido, ela iria voltar.

Mas, "uando a porta se fechou atrás dela, ele n#o estava t#o certo.

1ela segunda ve& em apenas alguns meses, Chance parou o 028 em frente a umintimidante port#o negro de ferro. )ra o port#o do cemit(rio 0aint Iohn. %epois, eleestacionou o ve!culo pr'*imo a algumas árvores e desceu do carro.

Chance locali&ou Tory imediatamente. Com um dos braços do pai ao redor de seusombros e a m#e amparandoa do outro lado, ela soluçava sem parar.

Chance sentiu o coraç#o bater forte e inspirou profundamente. )le n#o tinha ideiado "ue era amar algu(m a ponto de carregar um fardo de cinco anos de sofrimento. /#otinha ideia do "ue era ser amado dessa maneira.

Como eu posso ficar com o homem por quem eu me apaixonei enquanto o meunoivo está morrendo?

 Ap's a reaç#o dela : sua declaraç#o de amor, ele se perguntou se ela se lembravade "ue havia dito isso.

)le ouviu o pastor, viu en"uanto o homem fechava sua B!blia e depois caminhouat( os pais de Iason para lhes dar conforto antes de parar na frente de Tory e lhe entregar uma rosa. 5 pastor falou com ela e a abraçou, dandolhe uma atenç#o especial.

7uando o funeral chegou ao fim, ele entrou em silêncio no carro e dirigiu paracasa.

Chance entrou na casa de campo e Ma* e Zate se ergueram do sofá, cada umsegurando um dos gêmeos.

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Tory permaneceu em seu "uarto pelos pr'*imos dois dias. )la n#o se alimentou./#o dormiu. /o terceiro dia, sua m#e entrou no "uarto com uma bandea de caf( damanh# e abriu as cortinas "ue cobriam a nica anela.

J +ora de levantar.

Tory suspirou.J )u á estou acordada.

J )u sei. 8ocê esteve acordada a noite toda, sentada no escuro. )stá na hora deacabar com isso.

J /a verdade, n#o. Ainda n#o.

0amantha virouse da anela.

J )u sinto muito, "uerida, mas, se você vai ter aulas na primavera, precisa sematricular agora.

Tory pu*ou as cobertas at( a cabeça.J )u n#o estou pronta.

J 8ocê tem "ue estar pronta. =altam apenas duas semanas. 7uando for tardedemais para se matricular, você vai se arrepender.

)la umedeceu os lábios com a ponta da l!ngua.

J Acho "ue sim.

J 8ocê tamb(m pode "uerer telefonar para o seu chefe.

Tory ergueu o rosto para encarar a m#e.

J Chance$

J 0im. 8ocê vai precisar de dinheiro para as aulas. 8ocê tem "ue trabalhar.

)la engoliu a saliva.

J /a verdade, eu economi&ei o bastante para cobrir os dois primeiros semestres.

J )nt#o você n#o vai voltar ao trabalho$

Tory sentiu o coraç#o dar um salto dentro do peito. )la poderia estar com osgêmeos agora. =eli&.

 Ao ver "ue ela n#o respondia, a m#e prosseguiu;

J )nt#o coma seus ovos e a torrada "ue eu trou*e, depois tome um banho earrume o cabelo. ) n's vamos at( a faculdade.

J )u n#o acho "ue preciso comer.

J 1or favor. 8ocê pode comer por mim$

J )u vou comer isso se você me fi&er um favor.

J 7ual"uer coisa.

J Telefone para SFen e diga "ue eu me demiti. %iga a ela "ue Chance precisacontratar outra babá.

J 5h, Tory. 8ocê deveria di&er isso a ele pessoalmente.

J - mesmo$ )u acabei de perder Iason. )stou e*austa. )u preciso solucionar o

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Chance permaneceu em p( ao lado de uma tela com uma apresentaç#o do1oFer1oint para o "uadro de diretores da Montgomery ConstruçPes e )mpreendimentos,com Ma* sentado : cabeceira da mesa como presidente.

J )m um proeto anunciado como o desenvolvimento da comunidade, n's n#o

esperamos fa&er lucro, mas vamos ganhar com os empreiteiros "ue empregamos.0eu celular tocou no bolso do palet', mas ele ignorou e passou a discutir os pr's e

os contras de licitar uma reforma num local enorme "ue n#o iria lhes dar nenhum centavo. Ainda assim, era e*atamente o tipo de proeto "ue eles estiveram procurando para usar como um retorno para a comunidade.

5 celular tocou novamente e, dessa ve&, ele alcançou o aparelho e o desligou.

J 8ocê resolveu o proeto para... J começou Ma*.

5 telefone da sala de reuni#o começou a tocar. A vo& da recepcionista foi ouvida novivavo&;

J )u sinto muito, sr. Montgomery. Mas sua m#e está na linha um. )la disse "ue (urgente.

Ma* estendeu a m#o para alcançar o telefone, mas Chance alcançou o aparelhoprimeiro.

J )la está a U metros das crianças. Algo deve ter acontecido com uma delas. J)le arrancou o fone da base. J M#e$

J Chance, "uerido, você precisa vir para casa.

Chance sentiu o coraç#o parar de bater.

J 1or "uê$ 5 "ue aconteceu$ As crianças est#o bem$J As crianças est#o bem, mas eu preciso de você...

J M#e, estou no meio de uma reuni#o.

J Chance, você á me ouviu implorar$

J /#o.

J )nt#o me*a o seu traseiro e venha para casaR

Com isso, ela desligou o telefone.

J 5 "ue está acontecendo$ J Ma* "uis saber.

J )la me mandou me*er o traseiro e ir para casa.

Ma* recuou.

J )nt#o ( melhor você ir.

)le tentou n#o "uebrar nenhuma regra de velocidade en"uanto corria pelas ruas dacidade e subia a colina para a parte nobre.

 Assim "ue ele alcançou a porta principal, a m#e a abriu, di&endo;

J 8á para o estdio.

J 5nde est#o as crianças$

J )st#o na sua casa com Bridget J informou ela, referindose : nova babá.

)le fran&iu as sobrancelhas.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J )nt#o por "ue você me telefonou$

)la virouse e o empurrou de leve.

J 8áR

Chance tropeçou levemente ap's a m#e têlo empurrado e depois voltou aatravessar o corredor esperando encontrar um presente. 0ua m#e havia comprado

m'veis novos, ternos novos, um novo carro, tudo para "ue ele pudesse se estabelecer nacidade, mas ele sabia "ue ela estava tentando audálo a superar a perda de Tory. /#ohavia funcionado. 5 tempo tinha curado algumas feridas. Mas havia dias "ue ele aindasentia falta dela.

Com um suspiro, ele abriu a porta do estdio. ) avistou Tory.

Chance sentiu o coraç#o dar um solavanco dentro do peito. )m parte ele "ueriacorrer para ela. 1or outro lado, sabia "ue ela poderia estar ali apenas para se desculpar por ter fugido dele e das crianças.

J 5lá.

)le avançou um passo e respondeu;J 5lá.

J 8ocê parece bem.

Chance sorriu.

J Ternos italianos feitos : m#o fa&em "ual"uer homem parecer bem.

Tory soltou uma risada curta.

J Certo. 8ocê sabe "ue ( atraente.

)le avançou mais um passo para o interior do estdio.

J 8ocê tamb(m parece bem

J )u estou bem. %e verdade. J 5s olhos dela se tornaram embaçados. J )upassei por um per!odo de seis anos muito dif!cil.

J )sses anos foram mais do "ue dif!ceis J observou ele, en"uanto avançavamais um passo. J )les foram trágicos. Algumas ve&es me perguntei como você estavasobrevivendo.

J Algumas ve&es eu tamb(m me perguntava isso.

 A vo& suave dela trou*e lágrimas aos olhos dele. )le sempre sentira pena de si

mesmo por causa da fam!lia, as mentiras do pai, mas, estando a apenas alguns metrosde uma pessoa "ue havia realmente sofrido, ele soube "ue tinha vivido uma vidaabençoada.

J Mas você está bem agora.

)la sorriu.

J 0im. J ), inspirando profundamente, continuou; J )stou tendo aulas nafaculdade.

J 7ue bom. )ra isso o "ue você disse "ue "ueria.

Tory o observou entrar na sala lentamente, hesitantemente, e soube "ue ele n#o

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havia superado a dor "ue ela lhe causara ao dei*álo.

J )u sinto muito.

)le sorriu. 2ma onda de al!vio a invadiu. Afinal, ela n#o havia dei*ado de assistir aaulas para aliviar sua pr'pria consciência. )la "ueria vêlo para fa&êlo se sentir melhor.

J )stou falando s(rio, Chance. 8ocê foi muito bom comigo. 8ocê foi a nica

pessoa "ue realmente entendeu o "ue eu estava passando. J )la fitouo diretamente nosolhos. J )u agradeço por isso. /ingu(m nem mesmo notou "ue eu estava : beira de umcolapso nervoso. Meus pais "ueriam "ue eu arrumasse um emprego. 5s pais de Iasonme "ueriam no hospital, como se a minha presença provasse "ue ele ainda estava vivo.

J )u posso entender ambos.

J Ainda assim, você foi o nico "ue n#o me pressionou.

)le riu e desviou o olhar para o outro lado.

J )u lhe dei dois bebês para você cuidar. ) em ve& de estar por perto para audála, eu fui para a Montgomery ConstruçPes e )mpreendimentos todos os dias, mesmo

antes de Ma* persistir para "ue eu aceitasse o emprego.J )u n#o me importei. J )la esperou at( "ue ele a encarasse novamente antes

de prosseguir; J Amava os bebês. Amava cuidar deles. )les me fa&iam sentir vivanovamente.

)le sorriu e assentiu com um gesto de cabeça.

Tory inspirou profundamente.

J 8ocê tamb(m me fa&ia sentir viva.

J 8iva o bastante para se sentir culpada.

J )ra uma situaç#o dif!cil.J ) ( por isso "ue eu aceito seu pedido de desculpas e entendo totalmente tudo o

"ue você passou.

0eus olhares ficaram aprisionados e finalmente ela reuniu coragem para di&er;

J )u amo você.

Chance piscou por duas ve&es.

J )u sempre amei você. J Com o coraç#o batendo forte, ela n#o conseguiuparar; J )u tentei tanto lutar contra isso. )u tentei tanto di&er a mim mesma "ue euestava so&inha e triste e "ue era por isso "ue você era t#o tentador. Mas eu estavaapenas me enganando. )u o amo verdadeiramente. ) você precisa saber disso.

Chance engoliu em seco e recuou um passo. =inalmente, ele indagou;

J 8ocê me ama$

Tory sustentoulhe o olhar e respondeu com firme&a;

J 0im.

5 silêncio no estdio piorou a tens#o "ue Tory sentia e ela se perguntou por "ueestava ali parada. 5 "ue estava esperando$ )le di&er "ue a amava$ )la havia arruinadoisso. )le tinha dito "ue a amava e ela o ignorara.

)le n#o seria t#o tolo para continuar amandoa depois da"uilo. )ra hora de ir embora.

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

J 1ara sempre.

Tory acaricioulhe os ombros.

J 5h, n#o. 8ocê está fa&endo de mim uma mulher honesta.

J Bem, eu estava pensando "ue n's poder!amos namorar depois de noscasarmos.

J )nt#o, o "ue faremos primeiro$

)le desli&ou as m#os para a cintura dela.

J )u estava pensando em um chá gelado no pátio atrás da casa de campo. Talve&um filme hoe : noite.

Chance abriu a porta e a levou at( o sal#o, onde SFen estava acenando com asm#os.

J 1ipoca. 2m tempo com as crianças. ) depois eu a levo para casa e a beio nocarro do lado de fora da casa dos seus pais.

Tory riu.

J ) ent#o$ J indagou SFen.

J )nt#o, n's estamos feli&es.

Tory sorriu.

J 0im, estamos feli&es.

SFen suspirou aliviada.

J 5h, graças a %eusR )u tenho uma e"uipe inteira de funcionários na co&inha eeles estavam preocupados. 0e você iria sair chorando J disse ela, apontando para Tory.J 5u você iria sair furioso J acrescentou ela, apontando para Chance. ), unindo asm#os com alegria, ela rumou para a co&inha; J 8amos lá, pessoal. 5 intervalo acabou.%e volta ao trabalho.

Chance deu uma risada.

J 8ocê está pronta para isso$ 7uero di&er, minha vida n#o ( fácil e SFen ( umpouco maluca...

Tory ergueu o rosto e sorriu para ele.

J )u nunca estive mais pronta.

E'(L*/*

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

2m ano e meio depois, Chance estava em frente ao altar, no final de um longocorredor, com Ma* ao seu lado.

Traando um vestido corderosa, Trisha á havia caminhado ao longo do corredor epermanecia em frente ao primeiro banco.

0egurando um bu"uê en"uanto tentava acalmar Cindy e 0am, Zate era a pr'*ima.

)la usava a mesma cor e estilo do vestido de Trisha, assim como a pe"ueninaCindy, de anos e [ meses.

) ent#o a msica parou, antes de o organista iniciar V3á vem a noivaY.

Chance sentiu o coraç#o parar "uando Tory e o pai apareceram na porta.

Traando um bel!ssimo vestido branco, ela e o pai começaram a caminhar pelocorredor.

5s olhos de Chance estavam fi*os em Tory. /o ano anterior, ela havia terminado afaculdade e eles começaram a namorar.

) amar um ao outro havia acontecido t#o facilmente.) agora ali estava ela. %ele.

Chance sentiu o peito se apertar com a alegria. 5s olhos grandes e castanhos delacintilaram en"uanto ela se apro*imava.

=inalmente, Tory o alcançou e ele tomou a m#o dela. )nt#o, eles se viraram eencararam o altar, di&endo seus votos.

1ara amar e cuidar. 6espeitar um ao outro. At( "ue a morte os separasse.

7uando a cerimEnia terminou, eles entraram na limusine e seguiram para arecepç#o. 7uando alcançaram o country club, Chance audou Tory a descer do carro.

)la sorriu para ele, inclinouse contra o peito másculo e o beiou.

J )u amo você.

J )u tamb(m amo você.

5 fot'grafo apontou para um ga&ebo e começou a dar instruçPes para tirar maisfotografias.

Zate, Trisha, Tory e at( mesmo Cindy se apressaram para seguir as direçPes.

Mas Chance se conteve. 5 fot'grafo "ueria primeiro tirar fotografias de Tory e dasdamas de honra.

Contente, ele inclinouse contra a limusine preta e ouviu os alegres passarinhos,en"uanto assistia : noiva e : filha posando para fotografias...

Contudo, algo abrupto e inesperado preencheu o ar.

)ra "uase como se algu(m estivesse conversando com ele.

Chance percorreu o olhar ao redor. A pa& e a privacidade do e*clusivo country clubo cercava. )le começou a rela*ar, mas a sensaç#o retornou. %essa ve& mais forte.

Chance dirigiu o olhar para Tory e subitamente percebeu o "ue o estavaincomodando.

)rguendo o rosto, ele fitou o c(u a&ul.J )u n#o sei onde você está. J Chance fe& uma careta. J 1arece "ue você está

a"ui. Ao meu lado. Mas eu n#o me importo. 8ocê pode me acompanhar para sempre. J

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Susan Meier - Volta da Esperança (Special 78)

)le inspirou profundamente. J )u lhe devo. /#o por morrer, mas por têla salvado. )laacredita "ue você a salvou a"uele dia do acidente da moto, e eu acredito nela. J )leengoliu em seco. J )nt#o, obrigado.

 A sensaç#o inesperada se intensificou. )le dirigiu o olhar para Tory novamente,posando com Cindy e 0am.

Chance fitou o c(u novamente.J )u a adoro. 0e você está esperando para "ue eu diga "ue vou cuidar dela,

estou di&endo isso agora. )u vou cuidar muito bem dela.

2ma brisa soprou em seu rosto. T#o rápida "uanto surgiu, desapareceu. ) asensaç#o de "ue Iason estava ali sumiu.

 Algu(m lhe cutucou no ombro. )le se virou e encontrou Tory.

J )iR =otografias, lembrase$

4ncapa& de resistir, ele pu*oua contra o seu corpo e a beiou, demoradamente eprofundamente como se ele nunca mais fosse ter a chance de beiála novamente.

J 1ara "ue você fe& isso$

J 2ma promessa.

J 5utra$ /'s n#o fi&emos o bastante no altar$

J 0im. Mas essa ( especial. J )le acaricioulhe o rosto. J )u vou cuidar muitobem de você.

Tory sorriu.

J )u sei. J 5 sorriso dela se ampliou.

J )u sempre soube.

J )u tamb(m.

Chance se afastou da limusine. Tory estendeu uma das m#os e ele a tomou...1retendendo cumprir cada promessa "ue havia feito.

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Trav era um banana, e mesmo "ue 0helly parecesse uma boa garota, ele n#opodia imaginar nada pior do "ue estar algemado a uma pessoa ainda t#o ovem.

 Aos anos ele estivera viaando o mundo, surfando, namorando de forma intensae tentando es"uecer a decepç#o dos pais.

2ma lembrança "ue ele havia suprimido há tanto tempo voltou em seu

subconsciente. A costa sul da 4tália.Capri. 3ongas noites "uentes cheias de risos, pai*#o e calor com Callie.

J )nt#o, "uem você irá tra&er para o casamento$ J Travis enrugou o nari&. J5utra da"uelas mulheres elegantes da cidade "ue você sempre tra& para casa no /atal$

 Archer escolhia esses encontros por uma ra&#o; mulheres "ue e*igissem toda asua atenç#o para "ue ele n#o tivesse tempo de sobra para despender so&inho com ospais.

)le havia feito da fuga uma arte, assegurando "ue n#o dissesse coisas "uepudesse se arrepender depois. Como o por"uê de eles n#o terem confiado nele para se

reunir todos esses anos atrás.)le n#o era o surfista distra!do "ue eles haviam assumido "ue fosse e havia

provado isso nesta viagem. Archer esperava "ue a escola de surf "ue havia desenvolvidopudesse mostrar a eles o tipo de homem "ue ele era... 5 tipo de homem "ue ele "ueriaser.