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EURONEXT LISBON, S.A. RELATÓRIO DE GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2015 – CONTAS INDIVIDUAIS E CONTAS CONSOLIDADAS

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RELATÓRIO DE GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO

EXERCÍCIO DE 2015 – CONTAS INDIVIDUAIS E CONTAS

CONSOLIDADAS

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Individuais e Contas Consolidadas 1

Nota

Aplicação do Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto

A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento 4/2007

da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a estrutura e as

práticas de governo societário em 30 de junho de 2015, e irá apresentar o próximo Relatório

sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de junho de 2016.

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A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015 4

A BOLSA PORTUGUESA EM NÚMEROS - 2015 4

1. FACTOS RELEVANTES DA ATIVIDADE DO MERCADO 6

ADMISSÕES E EXCLUSÕES 6

NEGOCIAÇÃO 6

MEMBROS DO MERCADO 6

ÍNDICES 6

LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA 6

2. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 7

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 7

ENQUADRAMENTO NACIONAL 8

3. MERCADO ACIONISTA 10

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 10

MERCADO PRIMÁRIO NACIONAL 13

MERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL 13

4. MERCADO OBRIGACIONISTA 15

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 15

MERCADO PRIMÁRIO NACIONAL 16

MERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL 16

CAIXA: EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES: EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS 17

5. MERCADO DE WARRANTS 18

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 18

MERCADO NACIONAL 18

6. MERCADO DE ETFS E CERTIFICADOS 19

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 19

MERCADO NACIONAL 19

7. MERCADO DE DERIVADOS 21

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 21

8. MEMBROS DO MERCADO 22

9. SISTEMA NACIONAL DE REGISTO E LIQUIDAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS 23

SISTEMAS CENTRALIZADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS 23

SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO 25

AGÊNCIA NACIONAL DE CODIFICAÇÃO 26

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A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON 27

MENSAGEM DO CEO 27

1. DESTAQUES FINANCEIROS CONSOLIDADOS 28

2. FACTOS RELEVANTES DA ATIVIDADE DA EMPRESA 30

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO 30

NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS 30

PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO 30

INTERBOLSA 31

LITERACIA FINANCEIRA 31

3. DESTAQUES OPERACIONAIS DO GRUPO 32

4. MODELO DE NEGÓCIO 33

5. GESTÃO DE RISCO 33

RISCOS FINANCEIROS 34

6. RISCOS E INCERTEZAS 34

7. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 35

RECURSOS HUMANOS 35

COMUNIDADE 36

EDUCAÇÃO E LITERACIA FINANCEIRA 36

AMBIENTE 37

8. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 37

9. COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 103

10. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 104

11. DECLARAÇÃO SOBRE A CONFORMIDADE DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA APRESENTADA 105

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A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015

A Bolsa Portuguesa em Números - 2015

a) Ações

Nº de Empresas cotadas, em 31 dezembro de 2015 = 60

Nº de Empresas cotadas nacionais = 58

Capitalização bolsista doméstica, em 31 dezembro 2015 = €47,6 mil milhões

Valor total negociado em ações, em 2015 = €28,0 mil milhões

Variação do índice PSI 20, em 2015 = +10,8%

Variação do índice PSI Geral, em 2015 = +18,6%

b) Obrigações

Nº de obrigações cotadas, em 31 de dezembro de 2015 = 175

Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 159

Capitalização bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €106,1 mil milhões

Valor total negociado em obrigações, em 2015 = €316 milhões

c) Warrants

Nº de Warrants admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 1.341

Nº de negócios, em 2015 = 71.917

Valor negociado em warrants, em 2015 = €263 milhões

d) ETFs

Nº de ETFs admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 14

Capitalização Bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €1.930 milhões

Valor negociado em ETFs, em 2015 = €191 milhões

e) Certificados

Nº de Certificados admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 229

Valor negociado em certificados, em 2015 = €334 milhões

f) Derivados nacionais

Nº de Contratos de Futuros cotados, a 31 de dezembro de 2015 = 28

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20)

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 12

Nº de Contratos Flex de Futuros sobre ações individuais = 12

Nº de Contratos de Futuros cotados sobre dividendos de ações individuais = 3

Posições abertas, a 31 de dezembro de 2015 = 18.675

Nº de Contratos Negociados, em 2015 = 271.991

Valor dos Contratos Negociados, em 2015 = €1.487 milhões

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Índices do Mercado Português

PSI 20. É o índice de referência do mercado, que integra as 20 empresas mais representativas.

PSI Geral. Engloba a totalidade das empresas cotadas na Euronext Lisbon.

PSI Setoriais. Existem índices sobre os seguintes sectores: Materiais de base, Industrial, Bens de

Consumo, Serviços, Telecomunicações, Utilities, Sector Financeiro, Tecnologia.

Outros Índices com Empresas Portuguesas

Índice Ibérico. Para além dos índices nacionais, as empresas cotadas na Euronext Lisbon também

estão cotadas em índices internacionais, como este, que inclui 20 empresas espanholas e 10

portuguesas.

Euronext 100. É um índice bolsista das empresas mais capitalizadas e mais líquidas nas praças

europeias geridas pela Euronext, que engloba atualmente 3 empresas portuguesas.

Next 150. É o índice que cobre as 150 empresas mais representativas, após as 100 maiores, que

engloba atualmente 10 empresas portuguesas.

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1. Factos Relevantes da Atividade do Mercado

Admissões e Exclusões

Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por

entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais

7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque

ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo

Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.

A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da

Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% to total que constava

da oferta.

Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram

cerca de €27,2 mil milhões. De realçar que se registaram 15 emissões de empresas não

financeiras, que totalizaram €895 milhões. Recorreram à oferta pública de subscrição 4

emitentes, que colocaram €215 milhões.

Negociação

A negociação de ações atingiu €28,0 mil milhões em 2015, representando uma redução de

27% face a 2014.

Igualmente, a negociação de obrigações também regrediu, totalizando €318 milhões, -42%

face ao registado em 2014. Esta evolução ficou a dever-se, quer à negociação de obrigações

de dívida privada, quer ao segmento da dívida pública.

Os instrumentos financeiros de gestão passiva, incluindo ETFs e Certificados, também

registaram reduções dos volumes negociados, em linha com os restantes instrumentos

financeiros.

Membros do Mercado

No final de 2015 o mercado à vista nacional contava com 99 membros, e o mercado de

derivados com 50.

Índices

Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, não se verificaram alterações às empresas

que compunham o índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do Banif.

Liquidação e Custódia

Durante o ano de 2015, a Interbolsa realizou com sucesso todos os testes relativos ao

projeto TARGET2-Securities (T2S);

A Interbolsa, detida a 100% pela bolsa portuguesa, continuou o processo de adaptação ao

projeto T2S, com o objetivo de estar preparada para entrar em produção, em março de

2016.

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2. Enquadramento Económico e Financeiro

Enquadramento Internacional A economia mundial terá mantido, em 2015, um ritmo de crescimento não muito diferente

do registado em 2014. Segundo o FMI, o PIB mundial deverá ter crescido cerca de 3,1% este

ano face a 3,4% em 2014.

Esta média global esconde os níveis diferentes de crescimento verificados nos vários

grupos de países, com as economias desenvolvidas provavelmente já numa fase de saída

da última crise económica e financeira, e os emergentes ainda num estado que se julga

próximo do ponto mais baixo do seu ciclo económico.

Durante 2015, a economia dos EUA terá acelerado o seu crescimento de 1,8% em 2014 para

2%, mas com sinais contraditórios quanto ao seu futuro imediato quando analisado sob

diferentes parâmetros macroeconómicos como crescimento do emprego (positivo) ou os

vários índices de confiança dos agentes económicos locais (negativo). No entanto, a FED

decidiu já, em 16 de dezembro de 2015, realizar uma subida de 25 p.b. das taxas de juro

diretoras, a primeira alteração administrativa desde 2008.

O PIB em volume da UE28 terá crescido 1,8% em 2015 (1,5% em 2014) porém com

diferentes ritmos entre os seus países-membros, desde o extremo positivo da Irlanda

(+6,8%) ao extremo negativo da Grécia (-1,9%).

Dos grandes países emergentes, o FMI estima que a China terá voltado a abrandar o

crescimento do seu PIB de 7,3% em 2014 para 6,8% em 2015, que a Rússia e o Brasil tenham

visto piorar os seus desempenhos económicos (recessões de -3,8% na Rússia, e queda de

+0,1% para -3,0% no Brasil), e só a Índia parece manter a sua vitalidade económica

traduzida na manutenção de um forte crescimento de 7,3% de 2014 para 2015.

Taxas de Juro Soberanas a 10 anos

Fonte: Banco Central Europeu

Na Europa comunitária as diversas ações do BCE conseguiram manter as taxas de juro

na área Euro em patamares historicamente muito baixos, embora em diferentes níveis

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entre os países de acordo com as respetivas notações de rating. Em particular, a crise de

julho/2015 na Grécia voltou a colocar as respetivas taxas de juro soberanas de longo-

prazo (10 anos) acima dos 10% ao ano, implicando algumas repercussões sobre o todo

comunitário incluindo os países da periferia mediterrânica.

O ano de 2015 caracterizou-se por um programa de quantitative easing iniciado pelo BCE

em março com um horizonte de implementação até setembro 2016. Apesar da elevada

liquidez por essa via injetada no mercado europeu, os níveis inflacionários mantiveram-

se contidos durante os meses decorridos: a taxa de variação homóloga para dezembro de

2015 situou-se em 0,2% na área Euro bem como na UE28.

Evolução do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

(taxa de variação homóloga %)

Fonte: Banco Central Europeu

Enquadramento Nacional

A estimativa rápida do INE para 2015 aponta para um crescimento do PIB nacional de

1,2% quando medido pela variação homóloga em volume no 4º trimestre. No entanto,

este valor esconde um crescimento mais sólido entre 1,4% e 1,6% nos 3 trimestres

anteriores o que terá elevado a média anual para 1,5% (face a 0,9% em 2014). De acordo

com o Banco de Portugal, grande parte deste abrandamento poderá explicar-se pela

redução no crescimento das exportações – apenas +3,8% no 3º trimestre de 2015 – e à

fraca procura interna total (+2,0% no 3º trimestre).

Apesar deste abrandamento, o INE refere um aumento do emprego de 1,6% em termos

homólogos no 4º trimestre, elevando assim em 0,1% o total da população ativa residente.

Por outro lado, a taxa de desemprego nos últimos trimestres caiu de 13,5% em 2014 para

12,2% em 2015.

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Crescimento do PIB português

(var % homóloga, trimestral)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

A inflação medida pela taxa de variação homóloga em dezembro de 2015 situou-se em

0,3% face a 0,2% para a inflação na área do Euro.

Portugal continuou a gozar de um acesso aos financiamentos externos em condições

concorrenciais de mercado, tendo mesmo conseguido obter taxas de juro negativas em

alguns dos seus leilões de dívida pública de curto prazo (BTs com maturidades de 3

meses e de 12 meses). E a taxa de juro soberana para 10 anos manteve-se em valores

historicamente baixos – atingindo um mínimo de 1,74% ao ano – embora tenha sido

influenciada durante o verão pela crise da Grécia, quando atingiu um máximo de 2,93%

em junho.

Capacidade/necessidade de financiamento da economia (% do PIB)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

O financiamento da economia pelo conjunto de bancos e outras instituições financeiras

não monetárias continuou a encolher – o saldo de 91.832 milhões de euros aplicados em

dezembro de 2013, desceu de forma continuada para 83.490 milhões, em dezembro de

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2015. No entanto, os depósitos das sociedades não financeiras e dos particulares no

sistema bancário manteve o anterior ritmo ascendente permitindo atenuar a restrição de

liquidez do canal bancário.

3. Mercado acionista O segmento de ações da Euronext Lisbon foi marcado pela evolução positiva das cotações,

mas os volumes de negociação ressentiram-se das condições específicas das cotadas

nacionais, e em particular dos acontecimentos de 2014. O índice PSI 20 terminou o ano com

um ganho de 10,8%.

Enquadramento internacional Em 2015 o mercado europeu registou 364 operações de Ofertas Públicas Iniciais (OPI),

menos 11 (-2.9%) do que no mesmo período do ano anterior. O valor obtido neste tipo

de operações, no entanto aumentou, totalizando €57,4 mil milhões, mais €7,8 mil

milhões (15,9%) face a 2014.

Número e valor de OPIs na Europa

Fonte: IPO Watch, PWC

De acordo com os dados da World Federation Exchanges, o número total de empresas

listadas observou uma subida de 3% para 45.878, quando comparado com o mesmo

período do ano anterior. A evolução ligeiramente positiva foi comum a todas a regiões

do mundo.

Ainda de acordo com os dados da World Federation of Exchanges, a capitalização bolsista

das empresas cotadas em mercado, subiu 2,9%, globalmente no período homólogo. Esta

subida é explicada pela evolução positiva global das cotações no segmento acionista, e

pelo aumento que houve no número de empresas listadas.

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Empresas Cotadas e Capitalização Bolsista

nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Em 2015 verificou-se uma subida quer ao nível de transações quer ao nível de volume de

negociação. O número de negócios aumentou 50,0%, quando comparado com 2014, e o

valor de ações negociado aumentou 42,3% no mesmo período

Negociação de Ações nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Na maioria dos mercados bolsistas verificou-se uma subida dos índices de ações, em

linha com o que já se havia registado no ano anterior, com 10 bolsas (das 19

apresentadas) a registar evoluções positivas.

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Os 4 índices bolsistas benchmark dos mercados Euronext registaram evoluções positivas,

entre 4,1% da Holanda e 12,6% da Bélgica.

O índice SSE 180, que representa as 180 empresas mais representativas da bolsa de

Shanghai, que havia crescido 59,6% em 2014, acabou por inverter esse comportamento

registando uma ligeira perda de 0,6%.

Na Europa o pior desempenho registou-se na Grécia, que caiu 23,6% em 2015, tendo já

registado perdas de 31,2% em 2014.

Evolução dos principais índices bolsistas mundiais

(var% anual – fim de período)

Fonte: Bloomberg

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Mercado primário nacional

Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por

entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais

7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque

ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo

Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.

Mercado secundário nacional

No final de 2015 estavam cotadas 60 empresas na Euronext Lisbon, não se registando

entradas ou saídas do mercado.

A capitalização bolsista doméstica das empresas cotadas registou uma evolução positiva

em 2015, passando de 43,3 mil milhões de euros, no início de 2015, para 47,6 mil milhões

de euros, no final do ano, o que se traduz numa variação de 10,1%.

Em 2015 verificou-se uma evolução negativa na atividade do mercado acionista, tendo o

número de negócios decrescido 12,0% e o valor negociado 26,9%.

A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da

Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% do total que

constava da oferta.

Negociação de Ações na Euronext Lisbon

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O índice PSI 20 valorizou 10,8% em 2015, atingindo o valor de 5318 pontos, recuperando

parcialmente das perdas registadas em 2014.

Evolução do Índice PSI 20

Os índices setoriais registaram, um comportamento misto, com os setores de Materiais Base,

Bens de Consumo, Serviços e Utilities a subirem 37,8%, 87,3%, e 17,6%, respetivamente. Os

restantes índices setoriais registaram um comportamento negativo com o setor financeiro e

das telecomunicações a serem penalizados com quedas de 15,6% e 26,7%

Evolução dos Índices Setoriais

Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, e das revisões trimestrais não se registaram

alterações na composição do índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do

Banif.

Várias empresas portuguesas entraram e foram retiradas dos índices Euronext 100 e Next

150. No final do ano encontravam-se 3 empresas nacionais no índice Euronext 100 e 10

empresas no Next 150.

Tendo o PSI 20 valorizado 10,8% no conjunto do ano de 2015, as variações individuais das

empresas foram muito diversificadas, apresentando uma variação positiva de 92%, registada

pela Altri, e uma negativa de 69% pela Pharol.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Materiais de Base -32.7% 37.2% 22.3% -20.2% 37.8% 44.7% 18.5% 37.8%

Industrial -46.4% 54.6% -22.6% -23.5% -2.7% 17.4% -24.4% -3.2%

Bens de Consumo -39.6% 0.5% 4.6% -0.4% 17.7% 24.3% 36.5% 87.3%

Serviços -52.3% 67.8% 27.6% -4.4% 20.9% 16.6% -25.2% 38.9%

Telecomunicações -32.4% 56.4% 14.2% -32.6% -1.7% 5.2% -65.4% -26.7%

Utilities -37.4% 23.3% -20.5% 2.7% -1.3% 16.5% 30.5% 17.6%

Setor Financeiro -62.9% 14.7% -29.9% -62.4% 9.8% 22.0% -58.1% -15.6%

IT -13.1% 7.3% -31.3% -34.6% -13.1% 22.7% -16.6% -2.8%

12,6 %

62,6%

-51,3 %

62,6%

33,5 %

62,6%

-10,3 %

62,6%

-27,6 %

62,6%

2,9 %

62,6%

16,0 %

62,6%

-26,8 %

62,6%

10,8 %

62,6%

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Cotações das ações da carteira do PSI 20 (var% - fim de período)

Fonte: Bloomberg

4. Mercado obrigacionista No segmento de obrigações, verificou-se um aumento da actividade no mercado primário,

mas que não foi acompanhado pelos volumes negociados. Foram admitidas à Bolsa

portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram cerca de €27,2 mil milhões, das quais

40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6 foram admissões ao segmento Easynext.

Enquadramento internacional No que se refere a obrigações negociadas nas Bolsas associadas da World Federation of

Exchanges, o mercado obrigacionista global manteve a tendência verificada em 2013 e

2014, de crescimento do número de negócios, com um aumento de 14%, depois de uma

variação de 17% em 2014, e de 15% em 2013.

No entanto o valor negociado contrariou a tendência que se verificou em 2014, com uma

descida de 17% em 2015.

Negociação de Obrigações nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

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Mercado primário nacional

Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram

cerca de €27,2 mil milhões, das quais 40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6

foram admissões ao segmento Easynext.

De realçar que, do total das emissões de obrigações, registaram-se 15 emissões de empresas

não financeiras, das quais 9 foram admitidas ao mercado regulamentado e outras 6 ao

Easynext, e que totalizaram €895 milhões.

Recorreram à oferta pública de subscrição 4 emitentes, que colocaram €215 milhões.

Mercado secundário nacional

No ano de 2015 o valor negociado registou uma redução, de 41,9% contrariando assim a

evolução positiva de 2014, onde o valor negociado havia aumentado 31,7%. Voltou-se a

verificar uma queda do número de negócios de obrigações de 20,4% face a 2014. Esta

evolução foi comum, quer à dívida pública, quer à dívida privada.

Negociação de Obrigações na Euronext Lisbon

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Emissões de Obrigações: Empresas não financeiras

Em 2015 registaram-se 14 emissões de obrigações de empresas não financeiras, o que compara com

12 em 2014 e 6 emissões em 2013. Nos últimos 2 anos, empresas de diversos setores acederam a

financiamentos por emissões de obrigações, que totalizaram 2,2 mil milhões de euros. Deste

montante, €665 milhões correspondeu a emissões de empresas que não têm o capital cotado.

Das 14 emissões realizadas em 2015, 7 correspondem a empresas que não têm o capital cotado, o que

constitui uma novidade nos últimos anos, na Euronext Lisbon. Destas sete emissões, uma delas, a da

José de Mello Saúde foi admitida ao mercado regulamentado, e as restantes ao segmento Easynext,

um segmento regulado pela Euronext.

Emissões de Obrigações 2014 - 2015

Empresas não financeiras – montantes emitidos

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

SEMAPA FRN 17APR19 SEMAPA 17/04/2014 150,000,000 5 anos Euribor 6m+3.25%

FCP 6,75% 6JUN17 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 06/06/2014 20,000,000 3 anos 6.75%

JOSE MEL FRN9JUN19 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 04/08/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m+3.875%

NOS FRN 9NOV19 NOS 01/10/2014 100,000,000 5 anos e 6 meses Euribor 6m + 2.5%

MEDIA CAPITAL FRN 14JUL19 GRUPO MEDIA CAPITAL 14/10/2014 75,000,000 5 anos Euribor 6m + 4%

SONAEC FRN28MAI19 SONAE CAPITAL 21/10/2014 42,500,000 5 anos Euribor 6m + 4%

Total 437,500,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

SEMAPA FRN 30NOV29 SEMAPA 21/01/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.05%

SCP 6,25% 25MAI18 SPORTING 25/05/2015 30,000,000 3 anos 6.25%

FCP 5% 26MAI18 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 26/05/2015 45,000,000 3 anos 5%

JOSE MEL FRN 17MAI21 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 10/06/2015 50,000,000 6 anos Euribor 6m + 2.95%

ALTRI FRN 16ABR20 ALTRI 10/06/2015 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.5%

NOS FRN 27MAR22 NOS 24/06/2015 150,000,000 7 anos Euribor 6m + 1.72%

MOTA ENG 3,9% 3 FEV20 MOTA ENGIL 03/07/2015 95,000,000 5 anos 3,9%

SLB 4,75% 13JUL18 BENFICA 14/07/2015 45,000,000 3 anos 4,75%

Total 545,000,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

CELBI FRN 21 Mar 19 CELBI 30/04/2014 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.65%

BIAL FRN 10 Jul 19 BIAL 14/07/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.875%

AUTO S FRN 25 Jul 18 AUTO SUECO 14/08/2014 25,000,000 4 anos Euribor 6m + 3%

COLEP FRN 10 Oct 17 COLEP 22/10/2014 45,000,000 3 anos Euribor 6m + 2.95%

IMPRESA FRN 12 Nov 2018 IMPRESA 13/11/2014 30,000,000 4 anos Euribor 6m + 4%

PESTANA FRN 28 Fev 20 GRUPO PESTANA 27/11/2014 65,000,000 6 anos Euribor 6m + 3.5%

Total 295,000,000

Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa

GENERIS FRN 27DEZ20 GENERIS 27/05/2015 45,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%

SECIL FRN 25MAI20 SECIL 02/07/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%

PESTANA 3.95% 15JUL 22 GRUPO PESTANA 15/07/2015 15,000,000 7 anos 3.95%

CIN FRN 19DEZ19 CIN 11/08/2015 20,000,000 4 anos Euribor 6m + 3.35%

HOVIONE FRN 2OUT23 HOVIONE 02/10/2015 40,000,000 8 anos Euribor 6m + 3%

VIOLAS FRN 6NOV23 GRUPO VIOLAS 10/11/2015 100,000,000 8 anos Euribor 6m + 2.25%

Total 300,000,000

2014

2015

EasyNext

2015

2014

Euronext (mercado regulamentado)

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5. Mercado de Warrants

Enquadramento internacional A negociação de warrants nas Bolsas membros da WFE registou uma evolução positiva,

tanto no número de negócios realizados (+28,2%), como no valor transacionado (64,2%). A

atividade de warrants parece ter recuperado para níveis próximos dos registados em 2010 e

2011.

Negociação de Warrants nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Mercado nacional Em 2015 o número de negócios de warrants reduziu ligeiramente (1,7%), enquanto o

valor negociado subiu 34,8%. O ano de 2015 voltou a ser um ano, desde 2011, onde se

registou uma evolução positiva da atividade de warrants.

Negociação de Warrants na Euronext Lisbon

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6. Mercado de ETFs e Certificados

Enquadramento internacional

Negociação de ETFs nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

No mercado global de ETFs, em 2015, verificou-se um incremento, tanto no valor

negociado como no número de negócios, depois de uma subida significativa de ambos

os indicadores em 2014 e 2013.

Enquanto a progressão do valor negociado foi de cerca de 15,2%, o número de negócios

aumentou 29,0% face ao registado em 2014.

Mercado nacional Em outubro de 2014 a Euronext havia aumentado a sua oferta de ETPs com a admissão

na Euronext Lisbon de 12 novos ETFs (Exchange Traded Funds) da ComStage. Estes ETFs

vieram juntar-se aos dois já existentes em Lisboa sobre os índices PSI 20 e PSI 20

Leverage, e têm como subjacentes os índices DAX, Short DAX, CAC 40, CAC 40

Leverage, CAC 40 Short, Dow Jones Ind. Average, S&P 500, Nasdaq 100, Nikkei 225,

MSCI World, MSCI Emerging Markets, e DJ Euro Stoxx 50. Estes ETFs novos cumprem

os requisitos das diretivas OICVM/UCITS IV.

Em 2015 o segmento de ETFs também foi atingido pelas condições particulares do

mercado português, o que se traduziu numa contração do número de negócios em 9,0%

e do valor negociado em 43,0%.

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Negociação de ETFs na Euronext Lisbon

O mercado de Certificados verificou igualmente uma evolução negativa do nível de

atividade, com o valor negociado e o número de negócios a contraírem em 2015, depois

de uma evolução muito positiva em 2014 e 2013. O número de negócios desceu 54,2%,

enquanto o valor negociado, registou um contração de 49,6%. O nível de atividade

registada foi contudo, mais intensa do que se havia verificado em 2011 e 2012.

Evolução da Negociação de Certificados na Euronext Lisbon

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7. Mercado de Derivados

Enquadramento internacional À semelhança do verificado nos mercados à vista, os mercados de derivados (futuros)

experimentaram uma evolução positiva nos valores transacionados (43,3%) em 2015 face ao

ano anterior, e no número de contratos negociados (10,2%).

Transações de Derivados (Futuros) nas Bolsas membros da WFE

Fonte: World Federation of Exchanges

Mercado nacional

No final do ano em apreço, encontravam-se disponíveis para ser negociados 28 contratos de

futuros: 1 sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e 27 sobre ações de

sociedades integradas na carteira deste índice.

Foram lançados no mercado de derivados português 3 novos contratos de futuros sobre as

ações dos CTT, Semapa e Portucel.

Em termos do conjunto da carteira do PSI 20 estes contratos representavam diversos setores

da economia nacional: financeiro (Millennium-BCP, BPI), da energia (EDP, REN e EDP

Renováveis), das comunicações (NOS), do retalho (Sonae e Jerónimo Martins), petrolífero

(Galp Energia), e de exploração florestal e papel (Semapa e Portucel).

Em 2015 foram negociados 271.991 contratos, correspondendo a um valor nocional

negociado de €1.487 milhões.

O volume de contratos transacionados registou um crescimento de 3,1%, face ao ano

anterior, e o valor negociado perdeu 9,5% também em variação homóloga.

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Negociação de Derivados na Euronext Lisbon

8. Membros do Mercado

No final do ano de 2015 existiam 99 membros a operar na bolsa portuguesa. Os 99 membros são

provenientes de diferentes países europeus, com a seguinte distribuição geográfica.

Membros do Mercado da Euronext Lisbon

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Individuais e Contas Consolidadas 23

9. Sistema Nacional de Registo e Liquidação de Valores

Mobiliários

Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários1

Em 2015 o número de emissões sob gestão da Interbolsa verificou um decréscimo de 7,5% em

termos homólogos, a que correspondeu um aumento em termos do respetivo valor nominal, de

1,2%. A Interbolsa deu ainda continuidade, no ano transato, à adaptação técnica dos seus

Sistemas, de forma a permitir ao mercado português o acesso à plataforma de liquidação T2S,

prevista para março de 2016.

No final do ano a Interbolsa contava com 30 Intermediários Financeiros filiados nos seus

Sistemas, sendo a sua totalidade entidades bancárias.

O número de emissões sob gestão da Interbolsa totalizava, no fim de 2015, 2.918 emissões

com um valor nominal global de €278.275 mil milhões. Comparativamente com o período

homólogo, verificou-se um decréscimo de 237 emissões e um aumento de 1,2% no

montante nominal dos valores mobiliários.

No período em análise foram processadas, através dos Sistemas geridos pela Interbolsa,

7.948 operações de exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos,

representando menos 441 operações do que as registadas no ano anterior, sendo o

montante nominal correspondente ao total destas operações de €60.278 milhões,

apresentando um decréscimo homólogo de 19,4%.

O montante de juros e rendimentos equiparados, pagos através dos Sistemas Centralizados

geridos pela Interbolsa, no ano de 2015, ascendeu a 6.971,7 milhões de euros, resultado de

2.474 operações (menos 427 no ano anterior). Assim, no decurso do ano foram processadas

28 operações respeitantes a emissões representativas da dívida pública portuguesa, no

montante de €4.059,8 milhões, valor que representou um acréscimo de 0,1% em confronto

com o ano transato. Por sua vez, no mesmo período, foram processadas 2.259 operações

desta natureza referentes ao conjunto da dívida privada, no montante total de €2.859,5

milhões, apresentando um decréscimo em termos homólogos 31,3%.

No que concerne ao número de amortizações processadas na Interbolsa, tanto de dívida

pública como de dívida privada, o seu total decresceu em termos homólogos 0,5% (de 775

para 771), tendo o montante amortizado no ano de 2015 decrescido 27,9% face ao período

homólogo do ano anterior.

Em 2015 foram realizadas 11 operações de amortizações de Bilhetes do Tesouro,

movimentando €15.206,0 milhões.

No que respeita ao pagamento de dividendos e de remunerações de unidades de

participação sob gestão da Interbolsa, no ano de 2015 foram processadas 96 operações, nas

quais foram movimentados €4.227,0 milhões.

1 Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas de Liquidação é da competência da

INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., uma

sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon.

Nos termos legais, a INTERBOLSA, no seu relatório anual, faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu as

atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a

seguir uma breve resenha da atividade desenvolvida no ano em apreço no domínio dos Sistemas Centralizados e de

Liquidação de valores mobiliários.

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Individuais e Contas Consolidadas 24

No sistema centralizado gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período em

análise, 13 operações de aumento de capital, sendo 3 na modalidade de subscrição e 10 de

incorporação de reservas. O montante resultante da incorporação de reservas ascendeu a

272,5 milhões de euros, que compara com 1,5 milhões de euros processados no período

homólogo, e o capital realizado por subscrição ascendeu a €5,2 milhões tendo, no ano

anterior, registado €3.396,3 milhões.

No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e liquidação de

emissões que tiveram lugar no decurso do ano de 2015, a Interbolsa registou 33 operações

desta natureza (contra as 17 realizadas no período homólogo), nas quais, no seu conjunto,

foram movimentados milhões €6.836,6 valor que compara com €1.465,2 milhões

movimentados no mesmo período do ano anterior.

Ainda durante o ano em causa, a Interbolsa processou 4.553 operações de exercício de

valores mobiliários estruturados (warrants e certificados), ou seja, menos 35 operações do

que em 2014. Nas operações realizadas em 2015 foram movimentados 83,4 milhões de

euros, o que corresponde a um decréscimo homólogo de 29,4%.

Operações Processadas na Central de Valores Mobiliários

Nº Operações € Valor 10^6 Nº Operações € Valor 10^6

Juros/Remunerações 2901 8,294 2474 6,972 -15.9%

Dívida Pública 28 4,057 28 4,060 0.1%

Dívida Privada – Obrigações 2,678 4,160 2,259 2,860 -31.3%

Outra Dívida Privada 195 76 187 52 -31.6%

Amortizações 775 57,954 771 41,810 -27.9%

Dívida Pública mlp 2 9,378 1 5,421 -42.2%

Dívida Pública cp 10 18,718 11 15,206 -18.8%

Dívida Privada + Títulos de Participação 579 19,716 577 15,184 -23.0%

VMOC + Obrigações Titularizadas 184 10,142 182 5,998 -40.9%

Dividendos/Remunerações 93 3,415 96 4,227 23.8%

Aumentos de Capital 8 3,398 13 278 -91.8%

Por Subscrição 3 3,396 3 5 -99.8%

Por Incorporação de Reservas 5 1 10 272 18424.5%

Redução de Capital, Fusões e Cisões de Empresas 17 1,465 33 6,837 366.6%

Exercícios de Warrants e Certificados 4,588 118 4,553 83 -29.4%

Liquidação de Sociedades e UP's 4 104 3 71 -31.6%

Outros eventos 3 s/v 5 s/v

2014 2015 Variação do

Valor Homólogo

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Individuais e Contas Consolidadas 25

A Interbolsa, através dos seus Sistemas, efetua, por instrução dos intermediários

financeiros, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma conta e entre contas

de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações

como para a mera transferência de valores. No ano de 2015, foram realizadas 252 mil

operações de transferência de valores mobiliários, menos 78 mil operações do que no ano

anterior. Por sua vez a quantidade de unidades de valores mobiliários objeto de

transferência apresentou um decréscimo de 48,1%.

Sistemas de Liquidação2

Durante o ano de 2015 a Interbolsa, através do Sistema de Liquidação Geral, liquidou cerca

de 227 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos mercados

geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, no valor de €20.064 milhões (-

30,1% do que no período homólogo do ano anterior).

Por seu turno, o montante envolvido na liquidação das operações em tempo real evoluiu no

mesmo sentido, cifrando-se em 158.405 milhões de euros (-36,2%).

Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa

O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e

garantidas pela LCH.Clearnet, liquidadas no ano de 2015, no Sistema de Liquidação Geral,

elevou-se a 227.443. O montante envolvido nestas operações ascendeu a €20.064,1 milhões,

o que representou um decréscimo de 30,1% no montante liquidado, quando comparado

com o ano transato.

Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e não

garantidas pela LCH.Clearnet, deu origem a 2.648 instruções de liquidação, a que

correspondeu um montante liquidado de €30,3 milhões, valor que compara com €21,3

milhões liquidado em 2014.

Em 2015 foram ainda realizadas 25.434 instruções referentes a operações garantidas que,

por falha de liquidação, liquidaram nas tentativas realizadas pelo Sistema de Liquidação

em tempo real. Face ao número de instruções que foram sujeitas a idêntico procedimento

2 A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de Valores Mobiliários com vista a

assegurar, designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a

direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários. São participantes dos Sistemas de Liquidação

os intermediários financeiros filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas

em todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas fora de mercado. A Interbolsa gere

três Sistemas de Liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral, SLrt – Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME –

Sistema de Liquidação em moeda estrangeira. A LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as funções de

câmara de compensação e de contraparte central.

Nº Operações Valor Nº Operações Valor

10^6 € 10^6 €

Operações Garantidas 271,579 28,709 227,443 20,064 -30.1%

Operações não Garantidas 1,751 21 2,648 30 41.8%

Operações Garantidas Liquidadas SLrt 25,363 2,363 25,434 1,949 -17.5%

SLrt - Sistema de Liquidação em Tempo Real

SLrt Total 758,482 248,282 597,020 158,405 -36.2%

Sistema de Liquidação em Geral

2014 2015

Variação do

Valor Homólogo

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Individuais e Contas Consolidadas 26

em 2014, registou-se um acréscimo de 71 operações. O correspondente valor em 2015, que

se cifrou em €1.949,5 milhões, incorporou uma variação homóloga negativa de 17,5%.

O SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e DVP (Delivery

Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, liquidou 96.357 e 500.663

instruções, respetivamente.

O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a €158,4 mil

milhões. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações diminuiu 21,4% tendo

sido acompanhado pelo decréscimo do valor movimentado em 36,2%.

Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt apresentaram

um decréscimo de 20,7% no número de instruções, tendo a quantidade liquidada

aumentado 71,7%.

Agência Nacional de Codificação3

No ano em análise a Agência Nacional de Codificação atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e

CFI, tendo desativado 10.084 códigos, encontrando-se ativos em 31 de dezembro 5.152

códigos.

No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de

Codificação (ANC), a Interbolsa prosseguiu em 2015 a atividade de atribuição de códigos

ISIN e códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA (Association of

National Numbering Agencies), enquanto entidade responsável a nível mundial, pela

promoção, implementação e manutenção das Normas ISO 6166 e ISO 10 962. Neste âmbito,

atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e CFI, tendo desativado 11.084 códigos, denotando-se

um decréscimo de 0,6% na atividade da ANC face ao ano anterior.

3 Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L.,

está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de

códigos ISIN – International Securities Identification Number e CFI – Classification of Financial Instruments a todos os

valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO

e as diretrizes da ANNA.

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A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON

Mensagem do CEO

A Euronext Lisbon geriu a Bolsa portuguesa, em 2015, num contexto económico e financeiro que

refletiu um aumento da incerteza quanto à intensidade do crescimento mundial, com os principais

indicadores da atividade global a revelarem algum arrefecimento. A economia portuguesa, porém,

consolidou uma trajetória de crescimento positiva, acompanhada de uma redução do desemprego.

Este contexto acabaria por se traduzir numa evolução assimétrica dos principais índices de bolsa nos

mercados internacionais, com países a revelarem desempenhos positivos e outros a registarem

desvalorizações. O PSI 20 acabaria o ano com uma valorização de 10,8%.

Apesar do contexto interno mais positivo, os volumes de negociação na Euronext Lisbon

ressentiram-se do contexto internacional mais volátil, e dos acontecimentos nacionais recentes, que

afetaram direta ou indiretamente diversas empresas cotadas. Esta redução foi comum a todos os

produtos cotados, e afetou naturalmente o desempenho financeiro da empresa.

No ano de 2015 destacou-se a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada

pelo Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.

Também na admissão de instrumentos de dívida se registou uma evolução positiva, consolidando-se

o movimento do ano anterior, no que se refere a admissões de emissões de empresas não financeiras

sem o respetivo capital cotado.

No âmbito da atividade dos serviços de post-trading (na vertente de liquidação e custódia), geridos

pela Interbolsa (empresa 100% participada pela Euronext Lisbon), continuou a desenvolver-se um

intenso trabalho de implementação do plano de adaptação de ligação à plataforma de liquidação a

disponibilizar pelo “BCE/Eurosistema” e designada por “TARGET2-Securities”.

Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 foi o primeiro ano completo de atividade, após a

separação da Euronext do Grupo ICE/NYSE ocorrida em junho de 2014, que se revelou globalmente

positivo, quer no que se refere aos indicadores de mercado, quer no desempenho financeiro da

empresa.

O Grupo continuou a investir na sua estratégia de servir a economia real, em particular em

proporcionar financiamento e outros serviços às empresas, essência da sustentabilidade da sua

atividade, designadamente através da iniciativa Enternext, dedicada às empresas de menor

dimensão. Neste âmbito há a realçar a especial atenção que tem sido concentrada no sector Tech, que

teve mais um relevante desenvolvimento – o lançamento da plataforma EnterTheNextStage – e que

vem na sequência de outras iniciativas conexas, como o programa TechShare ou o índice Tech 40.

Registamos com muito interesse que o Governo português, através do Ministério da Economia,

decidiu criar uma Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, que tem no mercado de

capitais um dos seus eixos prioritários de atuação. Assim, espero que o ano de 2016 possa reunir a

atenção e o esforço de uma base alargada de intervenientes e decisores, que permita colocar o

mercado de capitais ao serviço da captação de mais capital para aumentar o investimento e o

crescimento económico.

Isabel Ucha

Presidente Interina do Conselho de Administração da Euronext Lisbon

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1. Destaques Financeiros Consolidados

Proveitos (€milhões)

Estrutura dos Proveitos

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Margem Operacional e Margem Líquida

Resultados Líquidos (€milhões)

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2. Factos Relevantes da Atividade da Empresa

Estrutura e Organização O ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no qual o Grupo Euronext

desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV, realizado em junho de 2014.

Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente detida a 100% pela ICE,

passou a contar com um conjunto de novos acionistas de referência, representando

33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.

Em 2015 foi alterada a composição do Conselho de Administração da Euronext NV, com

a saída do CEO Dominique Cerutti, em abril, ficando como interino no cargo Jos

Dijseelhof. Em novembro foi noneado um novo CEO, Stephane Boujnah.

Novos Produtos e Serviços O grupo Euronext lançou a nova plataforma de comunicação designada

EnterTheNextStage, a que se pode aceder através da Enternext, empresa do grupo

Euronext dedicada ao segmento das pequenas e médias capitalizações, que disponibiliza

conteúdos especializados para investidores e empresas inovadoras, com elevado

potencial de crescimento, e com modelos de negócio assentes numa forte componente

tecnológica (e que a Euronext designa por Tech sector). Esta iniciativa vem na sequência

de outras que a Enternext vem desenvolvendo nos últimos dois anos, das quais se

destacam o programa TechShare, o índice Tech 40 e a Tech Label.

Promoção e Desenvolvimento

No final de janeiro teve lugar a quarta edição dos Euronext Lisbon Awards. Trata-se um

evento no qual são atribuídos um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o

desempenho das empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem

como as contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do mercado

de capitais português.

Entre 1 e 4 de junho foi organizada pela Euronext NV a terceira conferência pan-

Europeia, em parceria com os bancos BPI, ING, KBC Securities e Societé Générale, que

ocorreu em Nova Iorque e Boston. A conferência contou com a participação de cerca de

60 entidades emitentes (das quais 14 portuguesas), representando uma capitalização

bolsista superior a 400 mil milhões de euros, que reuniram com mais de 350 investidores

norte-americanos.

No primeiro semestre de 2015 a Euronext Lisbon lançou uma task force com o propósito

de dinamizar a capitalização de mais empresas portuguesas através do mercado de

capitais, na qual envolveu um conjunto de parceiros, incluindo bancos de investimento e

escritórios de advogados.

Em outubro foi assinado um MoU entre a Euronext e o Haitong Bank, com o objetivo de

expandir a atividade deste membro do mercado em Portugal e, de forma mais

abrangente nos mercados Euronext. Em particular, as duas entidades irão explorar

oportunidades de negócio relacionadas com o mercado chinês.

Realizou-se, em Lisboa, o Institutional Traders Advisory Committee (ITAC), no qual

participaram os responsáveis das principais sociedades gestoras de fundos e foram

abordados vários temas relacionados com o mercado de capitais português, a par dos

desenvolvimentos recentes da Euronext. A APFIPP também se juntou ao evento,

partilhando a sua visão sobre os últimos desenvolvimentos regulatórios e fiscais ao

nível da MiFID II, União dos Mercados de Capitais (CMU), Financial Transaction Tax

(FTT) e European Long Term Investment Funds (ELTIF).

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A Euronext Lisbon manteve uma intensa atividade relacionada com o objetivo de

promover a melhoria do contexto e das condições de desenvolvimento do mercado de

capitais, contribuindo para que se tivessem produzido evoluções, designadamente nos

regimes jurídicos de emissões de obrigações e fundos de investimento. Este trabalho

tem-se ainda materializado no âmbito da participação da Euronext no Forum CMVM-

Mercado de Capitais, uma iniciativa da CMVM relançada no primeiro semestre de 2015.

O presidente da Bolsa Portuguesa participou numa sessão de trabalho com os

Comissários Jyrki Katainen e Carlos Moedas, na qual se debateram o Plano de

Investimento para a Europa e a União dos Mercados de Capitais.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em articulação com a AICEP Portugal

Global e com o apoio da Euronext, organizaram em julho uma sessão de reflexão

estratégica de alto nível que teve como principal objetivo produzir um debate sobre

como desenvolver em Portugal uma plataforma de serviços financeiros, e de mercado de

capitais, que seja um elemento estruturante de apoio à estratégia de investimento chinês

em Portugal, na Europa e nos países da lusofonia. Esta reunião contou com a

participação de cerca de 30 representantes de várias entidades Portuguesas e Chinesas

Na sequência do lançamento pelo Grupo Euronext da iniciativa TechShare, teve início em

setembro a primeira edição deste programa, que integrou quatro empresas portuguesas

(Guestcentric, Inosat, Omnidea, e Uniplaces). Esta iniciativa também tem como

propósito ajudar empresas nos vários países em que a Euronext tem presença, a

prepararem-se para encontrar novas soluções de financiamento, designadamente

através do mercado de capitais.

O Fórum ‘Startup Europe’, promovido pela Comissão Europeia e a Fundação para a

Ciência e Tecnologia, teve lugar em Lisboa entre 20 e 22 de outubro, no qual a Euronext

teve participação em diversos momentos do programa.

A Euronext Lisbon dedicou uma sessão aos membros da CFA Portugal, sob o tema

“Bolsa: tendências do século XXI”. Estiveram presentes nesta sessão cerca de duas dezenas

de profissionais do setor.

A Euronext Lisbon participou na Conferência Anual da FIAB – Federação Ibero-

Americana de Bolsas, que decorreu no Panamá e cujo tema central de discussão foi:

“Modernização e Integração das Bolsas Ibero-Americanas no contexto Regulatório global”.

Interbolsa A Interbolsa, detida a 100% pela Euronext Lisbon, continuou o processo de adaptação

dos seus sistemas ao projeto 'TARGET2-Securities' (T2S), encontrando-se prevista para

março de 2016 a data de migração da Interbolsa para o sistema de liquidação europeu

(segunda onda de migração).

Literacia Financeira Em 2015 realizaram-se mais 10 sessões das "Young Professional Sessions" (YPS),

envolvendo cerca de 380 participantes, e abordando diversos temas relacionados com o

mercado de capitais.

Assinalando a European Money Week, a Euronext e a CMVM organizaram, em parceria,

um conjunto de eventos dedicados à literacia financeira. Foi realizada uma sessão

pública na qual se apresentaram os resultados de um projeto de investigação que, entre

outros temas relacionados com o mercado de capitais, estimou o custo do capital e a

rendibilidade da Bolsa portuguesa desde 1900 a 2013.

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A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge, competição

realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a partir de uma

cópia de uma plataforma de negociação real.

Durante o ano de 2015, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 23 escolas,

envolvendo cerca de 650 alunos, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações

de divulgação e promoção da literacia financeira.

3. Destaques Operacionais do Grupo Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no

qual o Grupo Euronext desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV,

realizado em junho de 2014. Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente

detida a 100% pela ICE, passou a contar com um conjunto de novos acionistas de

referência, representando 33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.

O ano de 2015 foi globalmente muito positivo para o Grupo Euronext, com as receitas a

crescerem nos segmentos mais relevantes da sua atuação, designadamente nas operações

de admissão (listing), negociação à vista (cash trading) e transação de dados e índices

(market data and indices). Esta evolução resultou essencialmente de uma evolução positiva

do mercado de ofertas públicas iniciais e ofertas subsequentes, que incluindo acções e

obrigações, representou €111,7 mil milhões, que compara com €104,4 mil milhões em

2014, assim como do aumento dos volumes negociados em mercado secundário (+27,8%

face a 2014). Esta evolução traduziu-se num aumento do resultado líquido consolidado

do Grupo Euronext de €118,2 milhões em 2014, para €172,7 milhões em 2015.

Em novembro a Euronext anunciou a assinatura de um contrato de três anos com a Bolsa

do Luxemburgo, de prestação de serviços à sua plataforma de negociação e gestão do

mercado. Este regime de outsourcing vem na sequência de relações desenvolvidas com

esta Bolsa desde 2007.

Com o objetivo de explorar oportunidades de desenvolver a sua atividade, aproveitando

a importância crescente da economia chinesa e a abertura progressiva dos seus

mercados, o Grupo Euronext lançou diversas iniciativas: duas parcerias, uma com a

Bolsa de Shenzen na área dos Fundos e Índices, e outra com a Bolsa de Shangai relativa a

produtos de informação. Foram ainda assinados MoUs com os bancos ICBC e Haitong

Bank. Em Paris foi listado o primeiro ETF denominado em RMBs.

Em outubro a Euronext recebeu aprovação da Hong Kong Securities and Futures

Commission para poder prestar serviços de negociação automática (ATS) a clientes

domiciliados em Hong Kong.

Ainda em outubro a Euronext lançou a plataforma AtomX, com o objectivo de atrair a

negociação e registo de derivados, que de outro modo seriam realizados OTC.

Adicionalmente, este serviço permite a compensação (clearing) destes negócios, com

vantagens em termos de gestão de risco.

A assinalar também que a Euronext ganhou o prémio “Exchange of the Year”, incluído

no Global Investors/ISF Investment Excellence Awards. Este reconhecimento assentou no

facto de a Euronext ser a única bolsa que desenvolve mercados à vista e de derivados em

diversos mercados, com uma única plataforma tecnológica; adicionalmente, através do

Enternext, a empresa tem-se posicionado para disponibilizar à economia real uma fonte

alternativa de financiamento.

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4. Modelo de Negócio

A atividade da Euronext Lisbon cobre cinco áreas de negócio principais:

Mercado a contado. Este segmento corresponde à atividade de negociação de valores

mobiliários, que atualmente inclui ações, obrigações, ETFs, Certificados e Warrants. Nela se

incluem as receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos

membros do mercado).

Admissão e manutenção. Esta atividade abrange a admissão à negociação de valores

mobiliários, incluindo ofertas iniciais e ofertas subsequentes, e a manutenção dos valores

cotados, incluindo o tratamento do pagamento de juros e dividendos. Nela se incluem as

receitas provenientes das listing fees (comissões de admissão e manutenção cobradas às

entidades emitentes).

Mercado de derivados. Neste segmento estão incluídas as atividades de listagem, gestão e

negociação de contratos de derivados, incluindo opções e futuros. Nela se incluem as

receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos membros do

mercado).

Serviços de informação. A informação sobre a negociação em bolsa, designadamente no que

se refere a preços e volumes negociados é procurada por diversas entidades, que procedem

à sua difusão e tratamento. A Euronext disponibiliza diversos serviços relacionados com a

informação gerada na sua atividade, que também proporcionam receitas.

Liquidação e custódia. A atividade de liquidação e custódia de valores mobiliários no

mercado português é gerida pela Interbolsa – empresa 100% detida pela Euronext Lisbon –

que tem ainda a função delegada de gerar e gerir os Códigos ISIN. Assim, todos os valores

mobiliários admitidos à negociação em Bolsa têm que ser previamente registados junto dos

Sistemas geridos pela Interbolsa, de modo a que as operações de Bolsa possam aí ser

liquidadas. A Interbolsa inclui ainda valores mobiliários não cotados, tratando os eventos

corporativos de todos os valores integrados e prestando outros serviços relacionados com as

entidades emitentes e os intermediários financeiros. As receitas provenientes desta atividade

resultam do preçário da Interbolsa, que se aplica a entidades emitentes e intermediários

financeiros.

5. Gestão de Risco A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco

prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os

objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema

de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a

Alternext Easynext

Ações Dívida Derivados Ações Dívida Produtos Estruturados

Mercado Regulamentado

Euronext

Sistemas de Negociação Multilateral

Euronext Lisbon

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minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às

mudanças de mercado, bem como um mais eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.

Riscos financeiros a) Exposição a risco de crédito

Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte

ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de

ativos financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos ativos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco

reduzido, como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida

credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de

aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.

A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos

riscos de taxa de juro.

c) Risco de liquidação e custódia

Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os

procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os

riscos inerentes a estas operações.

6. Riscos e Incertezas Existem incertezas face à possível alteração do quadro regulatório, que poderão afetar a

posição competitiva da empresa.

Em termos económicos, a evolução da economia nacional e da zona euro deverão

continuar a condicionar o comportamento dos mercados de capitais. O enquadramento

político na zona euro, também surge como uma condicionante da continuação da

construção de soluções políticas mais estruturais para a consolidação da zona euro.

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7. Responsabilidade Corporativa

A Responsabilidade Corporativa é um compromisso segundo o qual a empresa integra, na sua

atuação empresarial e na sua relação com os seus stakeholders, preocupações sociais e ambientais,

numa base voluntária.

A Responsabilidade Corporativa, tal como a entendemos, assenta no princípio da

otimização dos resultados a três níveis (o Triple Bottom Line approach): Económico, Social e

Ambiental. O reconhecimento da relevância da integração destas três componentes resulta,

na sua essência, da constatação de que as empresas não sobrevivem no longo prazo, se as

sociedades em que estão inseridas não forem socialmente equilibradas e desenvolvidas, e os

recursos naturais não forem utilizados de uma forma sustentável.

À medida que a Euronext tem enfrentado os desafios da evolução tecnológica e da

globalização, aumentou a consciência de que a Responsabilidade Corporativa se reflete

diretamente em valor económico. Embora a principal responsabilidade da empresa seja a

geração de lucros, ela deve em simultâneo contribuir para atingir objetivos sociais e

ambientais, integrando a Responsabilidade Corporativa na sua estratégia e planos de ação.

A componente social inclui dois níveis de atuação: os colaboradores e as comunidades onde

a empresa se insere. O Grupo está determinado a desenvolver um ambiente de trabalho que

seja motivador e desafiante para os seus colaboradores, e que reconheça e recompense o seu

esforço. A empresa compromete-se também com o desenvolvimento das comunidades em

que está inserida, apoiando nomeadamente iniciativas de educação, literacia financeira e

desenvolvimento dos mercados financeiros.

No pilar ambiental procura desenvolver-se o negócio integrando objetivos e práticas que

contribuam para a poupança de recursos e um ambiente mais limpo e saudável. Motivamos

todos os colaboradores a considerarem os impactos ambientais das suas decisões

empresariais e a encontrarem oportunidades de negócio que ajudem a enfrentar esses

desafios.

Recursos Humanos

A Euronext Lisbon continuou, em 2015, empenhada em criar um ambiente propício ao

desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores e, em

simultâneo, proporcionar-lhes oportunidades de formação, desenvolvimento pessoal e

equilíbro na sua vida profissional e familiar.

Em dezembro de 2015, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na Interbolsa

era de 63, pertencendo 25 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição responsável pelos

sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número acrescem ainda 2

colaboradores requisitados.

A cultura de uma empresa é composta pelas partilha de valores, atitudes, crenças e padrões

dos seus colaboradores. Foi em junho de 2015, que foi lançado um projecto de definição de

valores criado a partir de grupos de trabalho composto voluntários de cada país. Cada

grupo de trabalho apresentou propostas, tendo como base a sua cultura , a identificação de

atitudes e valores presentes nas suas relações com colegas e clientes. Neste contexto, foram

identificados os 5 valores do Grupo: União, Integridade, Agilidade, Energia e

Responsabilidade.

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Em junho de 2015, implementou-se o Sistema de Avaliação de Desempenho do Grupo

Euronext na nova plataforma de trabalho – Workday - associado aos novos valores da

empresa. Com esta nova plataforma conseguiu-se, além de disponibilizar maior visibilidade

e redução de processos manuais, minimizar a subjetividade inerente ao processo de

avaliação, com a possibilidade de adição de novos avaliadores.

No âmbito da “Comunicação Interna” foi disponibilizada a nova página de Intranet “IRIS”

no grupo Euronext, com maior interação entre as diversas áreas, bem como a criação de

grupos de discussão. De referir que o desenvolvimento da plataforma terá continuidade

quer nos seus conteudos, quer na forma, com o objetivo de promover uma maior partilha de

informação entre todos os colaboradores do grupo.

Comunidade A Euronext Lisbon mantém um forte envolvimento em causas sociais, em particular

apoiando iniciativas inovadoras que incidam nas raízes dos problemas; voltou também a

recorrer ao “toque do sino” para dar visibilidade a vários projetos relevantes para o mercado

e para a comunidade.

A Euronext Lisbon manteve, em 2015, os seus apoios ao GRACE – Grupo de Reflexão e

Apoio à Cidadania Empresarial, ao BCSD – Business Council for Sustainable Development e

ao EPIS – Empresários para a Inclusão Social. No âmbito do Programa GIRO, organizado

pelo GRACE, vários colaboradores da Euronext e da Interbolsa participaram em ações de

voluntariado. Ainda no âmbito das atividades de responsabilidade corporativa da empresa,

a GRACE celebrou na Euronext, o 15º aniversário da associação.

A Euronext e a Interbolsa, aderiram ao programa “ O seu Braço Direito – um dia no teu

futuro”, promovido pela Junior Achievement Portugal, no qual receberam 3 estudantes por

um dia, durante o qual tiveram a oportunidade de conhecer as atividades destas empresas e

fazer uma reflexão sobre as suas escolhas profissionais.

O Dia Internacional da Mulher foi assinalado com o toque simbólico do sino da Bolsa, pela

Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, na

Assembleia da República, durante uma conferência organizada pela Comissão para a

Cidadania e Igualdade de Género.

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a Euronext Lisbon juntou-se às

restantes localizações europeias do Grupo para comemorar o ‘World Wish Day’, através do

toque do sino de encerramento da sessão de bolsa no dia 29 de abril de 2015. Também de

modo coordenado internacionalmente, foi assinalado o dia para a consciencialização em

relação ao Autismo.

Educação e Literacia Financeira A Euronext Lisbon manteve a educação e a literacia financeira como uma das suas

prioridades de atuação, promovendo inúmeras ações envolvendo estudantes, professores e

o público em geral.

Em 2015 realizaram-se mais 10 sessões das "Young Professional Sessions" (YPS), envolvendo

cerca de 380 participantes, e abordando diversos temas relacionados com o mercado de

capitais. Este programa foi lançado em 2013, e destina-se a jovens profissionais de

instituições financeiras, escritórios de advogados, consultoras, auditoras, reguladores,

associações, académicos, jornalistas e outros que, de algum modo, tenham interesse nos

temas relacionados com a Bolsa.

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Assinalando a European Money Week, a Euronext e a CMVM organizaram, em parceria, um

conjunto de eventos dedicados à literacia financeira. Foi realizada uma sessão pública na

qual se apresentaram os resultados de um projeto de investigação que, entre outros temas

relacionados com o mercado de capitais, estimou o custo do capital e a rendibilidade da

Bolsa portuguesa desde 1900 a 2013. A Euronext e a CMVM receberam ainda alunos de uma

escola do ensino básico no âmbito desta iniciativa.

A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge, competição

realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a partir de uma

cópia de uma plataforma de negociação real.

Durante o ano de 2015, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 23 escolas, envolvendo

cerca de 650 alunos, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e

promoção da literacia financeira.

Em prol da formação para o empreendedorismo e para a literacia financeira, colaboradores

da Euronext Lisbon voltaram a integrar o projeto Junior Achievement – Aprender e

Empreender – apoiando, com o seu conhecimento e experiência, vários grupos de alunos do

ensino secundário em diversas escolas.

Ambiente No âmbito da política ambiental do Grupo, a Euronext Lisbon continua a realizar esforços

para uma mais eficiente utilização e consumo de recursos, bem como a apoiar iniciativas que

evidenciem as melhores práticas e reforcem a consciência coletiva.

Na sequência do desenvolvimento da uma nova Política Global para o Ambiente foram

estabelecidos alguns objetivos ambiciosos, incluindo a redução do consumo de energia em

15% até 2015 e as diminuição das emissões de CO2 em 10% face ao referencial de 2010. Os

esforços realizados entretanto permitem antever que o cumprimento destes objetivos está

essencialmente concretizado.

8. Análise Económica e Financeira

Apreciação Global O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon no exercício de 2015 ascendeu a 15,0

milhões de euros, tendo registado uma redução relativamente ao período homólogo, que

totalizou 15,5 milhões de euros. Este resultado consolida os resultados individuais da

Euronext Lisbon e da Interbolsa, no montante de 4,5 milhões de euros (excluindo os ganhos

em subsidiárias no valor de 9,3 milhões de euros) e 10,5 milhões de euros, respetivamente.

Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 35,1 milhões de euros, resultantes de

proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, de 15,1 milhões de euros e 20,0

milhões de euros, respetivamente. A redução dos proveitos operacionais da Euronext Lisbon

em 11,6% e da Interbolsa em 6,8%, originou uma variação negativa dos proveitos

consolidados de 9,0%, em relação ao ano anterior.

Os custos operacionais consolidados, que totalizaram 14,7 milhões de euros, evidenciaram

uma diminuição de 2,3 milhões de euros (13,4%) face ao período homólogo, resultado da

diminuição dos gastos com tecnologias de informação e dos outros gastos.

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Individuais e Contas Consolidadas 38

No período em análise, a margem líquida foi de 42,7% face a 40,1% em idêntico período de

2014, sendo a margem operacional de 58,0% (55,9 em 2014).

Analisando os indicadores ao nível do balanço, a rendibilidade do ativo situou-se em 24,4%

tendo em dezembro 2014 registado 27,5%, e a autonomia financeira registou 85,7% um valor

superior ao registado em dezembro de 2014 (75,6%).

Proveitos e ganhos Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram o montante

de 35,1 milhões de euros, traduzindo-se num decréscimo de 9,0% face aos 38,5 milhões de

euros registados no período homólogo.

Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um decréscimo em 19,9%,

justificado pela redução do número médio de negócios por sessão de 30.963 para 26.232 e

pela alteração do preço médio por negócio de 0,59€ para 0,55€.

Nº Médio de Negócios e Preço Médio por Negócio

Seguindo a mesma tendência as receitas de admissão e manutenção, registaram um

decréscimo em 1.147 mil euros (28,6%), resultado da redução das admissões ao mercado no

decurso do ano, quando comparado com a atividade realizado no ano anterior.

As receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram uma subida de 869 mil

euros.

Os proveitos resultantes da liquidação e custódia atingiram o montante de 19,7 milhões de

euros, traduzindo um decréscimo de 7,2% face aos 21,3 milhões de euros registados no

período homólogo do ano anterior.

O segmento da liquidação e custódia dominou os proveitos (56% do total), seguido do

mercado a contado e compensação (21%) e dos serviços de informação (12%).

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Individuais e Contas Consolidadas 39

Proveitos Consolidados

Custos e Perdas

Os custos operacionais consolidados totalizaram 14,7 milhões de euros, que comparam com

17,0 milhões de euros registados no período homólogo, significando um decréscimo de cerca

de 13,4% explicado pela diminuição do custo de IT e de funcionamento entre as empresas

que constituem o universo Euronext.

Os gastos consolidados com pessoal atingiram o montante de 7,9 milhões de euros,

registando um aumento de 1.887 mil euros face ao período de 2014, essencialmente

explicado por custos não recorrentes da Euronext Lisbon e da subsidiária Interbolsa. Refira-

se, contudo, que foram capitalizados cerca de 950 mil euros de gastos com o pessoal afetos

ao projeto T2S (TARGET2-Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do

qual a Interbolsa é um participante ativo.

Os encargos consolidados com tecnologias de informação atingiram 4,5 milhões de euros,

que compara com os 6,0 milhões euros registados no período homólogo do ano anterior, o

que resulta numa diminuição de 1.550 mil euros, consequência do decréscimo no valor

imputado pela empresa mãe, de custos com tecnologias de informação em utilização pela

Euronext Lisbon.

A despesa com instalações e gastos gerais apresentaram igualmente um acréscimo face a

dezembro de 2014.

Os custos com serviços profissionais, consultadoria e outros, no valor de 1.074 mil euros,

registaram um acréscimo de 274 mil euros, resultantes de gastos adicionais verificados em

consultoria.

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Individuais e Contas Consolidadas 40

Custos Consolidados

Estrutura Patrimonial

O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendia, em 31 de dezembro de 2015, a

61,4 milhões de euros, representando um aumento face a dezembro de 2014 de 5,2 milhões

euros.

O passivo líquido consolidado, no valor de 8,8 milhões de euros, registou uma descida face a

dezembro de 2014 em cerca de 4,9 milhões de euros. Esta variação foi explicada,

essencialmente, pela redução da responsabilidade com Fundos de Pensões em cerca de 4,1

milhões de euros, fruto da alteração da taxa de desconto e da rubrica de impostos a pagar,

em cerca de 0,8 milhões de euros, face a dezembro de 2014.

O capital próprio consolidado, que ascendia a 42,5 milhões de euros no final de dezembro

de 2014, apresentou um aumento de 10,1 milhões de euros, decorrente dos movimentos

explicados em ponto próprio das Notas às demonstrações financeiras.

Estrutura Patrimonial

Rubrica dez-15 dez-14

Var. dez-15

dez.14 Var. %

Ativo 61,425 56,270 5,155 9%

Passivo 8,793 13,732 -4,939 -36%

Capital Próprio 52,633 42,537 10,096 24%

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Individuais e Contas Consolidadas 41

Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas

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Individuais e Contas Consolidadas 42

Notas dez/15 dez/14

Ativo

Ativos tangíveis 13 780 392 678 904

Ativos intangíveis 14 1 867 052 909 584

Investimentos em subsidiárias 15 - -

Outros investimentos 15 266 359 266 359

Outros ativos financeiros 16 1 787 1 671

Impostos diferidos ativos 17 259 510 6 133

Total de Ativos Não Correntes 3 175 100 1 862 651

Impostos a receber - -

Devedores e outros ativos 18 3 712 056 5 045 457

Caixa e depósitos a curto prazo 19 54 538 190 49 361 500 -

Total de Ativos Correntes 58 250 246 54 406 957

Total do Ativo 61 425 346 56 269 608

Capitais Próprios

Capital 21 8 750 000 8 750 000

Prémios de emissão 21 748 195 748 195

Reservas legais 22 14 250 000 14 250 000

Outros instrumentos de capital 21 438 798 628 442

Outras reservas 22 (6 640 880) (10 761 880)

Resultado transitados 20 112 416 13 457 380

Resultado líquido do exercício atribuível

aos accionistas 14 974 815 15 465 439

Total dos Capitais Próprios 52 633 344 42 537 576

Passivo

Benefícios aos colaboradores 23 3 553 733 7 637 733

Provisões 24 81 150 83 275

Impostos diferidos passivos - -

Total de Passivos Não Correntes 3 634 883 7 721 008

Credores e outros passivos 25 4 770 306 5 441 521

Impostos a pagar 386 813 569 503

Total de Passivos Correntes 5 157 119 6 011 024

Total do Passivo 8 792 002 13 732 032

Total dos Capitais Próprios e Passivo 61 425 346 56 269 608

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Demonstração da Posição Financeira Consolidada em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 43

Notas dez/15 dez/14

Prestações de serviços

Mercado a contado 2 7 405 826 9 250 792

Compensação 2 18 147 14 536

Admissão e manutenção 2 2 860 316 4 007 461

Mercado de derivados 2 235 897 207 559

Serviços de informação 2 4 067 015 3 197 872

Liquidação e custódia 2 19 748 964 21 292 509

Outros proveitos 2 745 770 567 556

35 081 935 38 538 285

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 7 895 792 6 008 531

Trabalhos para a própria entidade - Gastos com o pessoal 3/14 (843 846) (503 798)

Amortizações do exercício 4 191 071 238 417

Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 4 506 375 6 056 237

Serviços profissionais 6 1 074 362 796 909

Instalações e gastos gerais 7 859 815 836 354

Marketing 8 110 057 266 513

Provisoes ajustamentos e imparidades 18/24 (33 326) (4 206)

Outros gastos 9 964 988 3 301 910

14 725 288 16 996 867

Resultado operacional 20 356 647 21 541 418

Resultado financeiro 10 (12 173) 86 396

Ganhos de subsidiárias 11 - -

Resultado antes de impostos 20 344 474 21 627 814

Impostos 12 5 369 659 6 162 375

Resultado do exercício 14 974 815 15 465 439

Outros rendimentos que não reclassificam por resultados

Desvios Actuariais 4 121 000 (6 924 000)

Plano de remunerações por acções (189 644) 50 324

Rendimento Integral * 18 906 171 8 591 763

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,71 1,77

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Consolidado

para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

de Mercados Regulamentados, S.A.

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

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Individuais e Contas Consolidadas 44

(Valores expressos em Euros)

Total da

situação Prémios Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados

líquida Capital Emissão Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de dezembro 2013 45 359 971 8 750 000 748 195 14 249 998 (3 889 880) 578 118 10 876 408 14 047 132

Alterações no Período

Resultado líquido do período 15 465 439 - - - - - 15 465 439

Desvios actuarias (6 924 000) - - - (6 924 000) - - -

Reavaliação de Investimentos - - - - - - -

Plano de remunerações por acções 50 324 - - - 50 324 - -

Reserva legal - - - 2 - (2) -

Outros instrumentos de capital - - - - -

Resultados transitados - - - - 52 000 - 13 995 132 (14 047 132)

Operações com detentores de capital no período -

Distribuição de dividendos (11 414 158) - - - - (11 414 158) -

Saldos em 31 de dezembro 2014 42 537 576 8 750 000 748 195 14 250 000 (10 761 880) 628 442 13 457 380 15 465 439

Alterações no Período

Resultado líquido do período 14 974 815 - - - - - 14 974 815

Desvios actuarias 4 121 000 4 121 000

Reavaliação de Investimentos - - - - - - -

Plano de remunerações por acções (189 644) - - - (189 644) - -

Reserva legal - - - - - - -

Outros instrumentos de capital 1 1

Resultados transitados - - - - - - 15 465 439 (15 465 439)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (8 810 404) - - - - (8 810 404) -

Saldos em 31 de dezembro de 201552 633 344 8 750 000 748 195 14 250 000 (6 640 880) 438 798 20 112 416 14 974 815

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Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidado

para os periodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 45

dez 15 dez 14

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Recebimento de clientes 43 071 631 45 126 829

Pagamentos a fornecedores 12 507 896 15 276 553

Pagamentos ao pessoal 2 506 491 2 640 592

Caixa gerada pelas operações 28 057 244 27 209 684

(Pagamento) / recebimento do imposto sobre rendimento (5 126 432) (5 855 909)

Outros recebimentos / (pagamentos) (7 704 168) (8 130 087)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 15 226 644 13 223 688

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

- Ativos fixos tangiveis 186 048 60 492

- Ativos intangíveis 978 037 685 373

- Investimentos financeiros - -

- Outros ativos - -

Recebimentos provenientes de: - -

- Ativos tangíveis 19 074 141

- Ativos intangíveis - -

- Investimentos financeiros - -

- Outros ativos - -

- Subsídios ao investimento - -

- Juros e rendimentos similares 5 861 92 805

- Dividendos - -

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (1 139 150) (652 919)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

- Financiamentos obtidos - -

- Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -

- Cobertura de prejuízos - -

- Doações e subsídios 488 418

- Outras operações de financiamento - -

Pagamentos respeitantes a:

- Financiamentos obtidos

- Juros e gastos similares 19 892 13 367

- Dividendos 8 810 404 11 414 158

- Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -

- Outras operações de financiamento 80 996 53 059

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (8 910 804) (11 480 166)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 5 176 690 1 090 603

Efeito das diferenças de câmbio - -

Caixa e seus equivalentes no início do período 49 361 500 48 270 897

Caixa e seus equivalentes no fim do período 54 538 190 49 361 500

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Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidado

para os períodos findos em 31 de dezembro 2015 e 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 46

Notas dez/15 dez/14

Ativo

Ativos tangíveis 13 526 309 520 722

Ativos intangíveis 14 12 623 -

Investimentos em subsidiárias 15 5 500 000 5 500 000

Outros investimentos 15 266 359 266 359

Outros ativos financeiros - -

Impostos Diferidos ativos 17 252 554 -

Total de Ativos Não Correntes 6 557 845 6 287 081

Impostos a receber - 221 472

Devedores e outros ativos 18 1 409 272 2 698 549

Caixa e depósitos a curto prazo 19 33 832 223 28 120 641

Total de Ativos Correntes 35 241 495 31 040 662

Total do Ativo 41 799 340 37 327 743

Capital 21 8 750 000 8 750 000

Prémios de emissão 21 748 195 748 195

Reservas legais 22 8 750 000 8 750 000

Outros instrumentos de capital 21 462 082 630 380

Outras reservas 22 (4 948 279) (7 926 279)

Resultados transitados 7 926 279 2 888 279

Resultado líquido do exercício atribuível

aos accionistas 13 861 091 13 848 404

Total dos Capitais Próprios 35 549 368 27 688 979

Benefícios aos colaboradores 23 2 634 641 5 527 641

Provisões 24 81 150 83 275

Impostos diferidos passivos - -

Total de Passivos Não Correntes 2 715 791 5 610 916

Credores e outros passivos 25 3 078 952 3 551 956

Impostos a pagar 455 229 475 892

Total de Passivos Correntes 3 534 181 4 027 848

Total do Passivo 6 249 972 9 638 764

Total dos Capitais Próprios e Passivo 41 799 340 37 327 743

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Demonstração da Posição Financeira Individual em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 47

Notas dez/15 dez/14

Prestações de serviços

Mercado a contado 2 7 405 826 9 250 792

Compensação 2 18 147 14 536

Admissão e manutenção 2 2 860 316 4 007 461

Mercado de derivados 2 235 897 207 559

Serviços de informação 2 4 067 015 3 197 872

Liquidação e custódia 2 - -

Outros proveitos 2 528 240 424 632

15 115 441 17 102 852

Gastos e perdas

Gastos com o pessoal 3 4 170 825 2 909 053

Amortizações do exercício 4 72 295 103 069

Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 3 759 469 4 822 484

Serviços profissionais 6 249 001 133 173

Instalações e gastos gerais 7 516 148 495 289

Marketing 8 110 057 166 513

Provisoes ajustamentos e imparidades 18/24 (47 300) (8 010)

Outros gastos 9 127 934 2 528 542

8 958 429 11 150 113

Resultado operacional 6 157 012 5 952 739

Resultado financeiro 10 (14 963) 20 742

Ganhos de subsidiárias 11 9 348 598 9 619 500

Resultado antes de impostos 15 490 647 15 592 981

Impostos 12 1 629 556 1 744 577

Resultado do exercício 13 861 091 13 848 404

Outros rendimentos que não reclassificam por resultados

Desvios Actuariais 2 978 000 (5 038 000)

Plano de remunerações por acções (168 298) 52 262

Rendimento Integral * 16 670 793 8 862 666

Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,58 1,58

* - Líquido de Imposto sobre o Resultado

Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Individual

para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 48

(Valores expressos em Euros)

Total da

situação Prémios Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados

líquida Capital Emissão Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos

Saldos em 31 de dezembro 201330 240 471 8 750 000 748 195 8 749 998 (2 940 279) 578 118 52 000 14 302 439

Alterações no Período

Resultado líquido do período 13 848 404 - - - - - 13 848 404

Desvios actuarias (5 038 000) (5 038 000)

Reavaliação de Investimentos - - - - - - -

Plano de remunerações por acções 52 262 - - - 52 262 - -

Reserva legal - - - 2 - (2) -

Outros instrumentos de capital -

Resultados transitados - - - - 52 000 - 14 250 439 (14 302 439)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (11 414 158) - - - - (11 414 158) -

Saldos em 31 de dezembro 2014 27 688 979 8 750 000 748 195 8 750 000 - (7 926 279) 630 380 2 888 279 13 848 404

Alterações no Período

Resultado líquido do período 13 861 091 - - - - - 13 861 091

Desvios actuarias 2 978 000 2 978 000

Reavaliação de Investimentos - - - - - - -

Plano de remunerações por acções (168 298) - - - (168 298) - -

Reserva legal - - - - - - -

Outros instrumentos de capital -

Resultados transitados - - - - - - 13 848 404 (13 848 404)

Operações com detentores de capital no período

Distribuição de dividendos (8 810 404) - - - - (8 810 404) -

Saldos em 31 de dezembro 2015 35 549 368 8 750 000 748 195 8 750 000 - (4 948 279) 462 082 7 926 279 13 861 091

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A.

Mapa de alterações na Situação Líquida individual

para os periodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 49

dez 15 dez 14

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Recebimento de clientes 19 274 793 19 211 112

Pagamentos a fornecedores 9 385 226 11 866 555

Pagamentos ao pessoal 1 234 644 1 172 448

Caixa gerada pelas operações 8 654 923 6 172 109

(Pagamento) / recebimento do imposto sobre rendimento (1 062 880) (1 485 662)

Outros recebimentos / (pagamentos) (2 315 831) (2 152 666)

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 5 276 212 2 533 781

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

- Ativos fixos tangiveis 88 000 15 865

- Ativos intangíveis 18 935 -

- Investimentos financeiros -

- Outros ativos -

Recebimentos provenientes de:

- Ativos tangíveis 19 074 141

- Ativos intangíveis - - -

- Investimentos financeiros - - -

- Outros ativos - - -

- Subsídios ao investimento - - -

- Juros e rendimentos similares 297 35 137

- Dividendos 9 348 598 9 619 500

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 9 261 034 9 638 913

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

- Financiamentos obtidos - -

- Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -

- Cobertura de prejuízos - -

- Doações e subsídios - -

- Outras operações de financiamento - -

Pagamentos respeitantes a:

- Financiamentos obtidos - -

- Juros e gastos similares 15 260 7 611

- Dividendos 8 810 404 11 414 158

- Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -

- Outras operações de financiamento - -

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (8 825 664) (11 421 769)

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 5 711 582 750 925

Efeito das diferenças de câmbio - -

Caixa e seus equivalentes no início do período 28 120 641 27 369 716

Caixa e seus equivalentes no fim do período 33 832 223 28 120 641

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A.

Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual

para os períodos findos em 31 de dezembro 2015 e 2014

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Individuais e Contas Consolidadas 50

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E INDIVIDUAIS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante designada por “Euronext

Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em Lisboa, foi constituída por escritura pública de 10

de fevereiro de 2000 conforme deliberação das Assembleias-Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa

e da Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de dezembro de 1999, nos termos do disposto no

Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª Série), de 8 de novembro.

A Euronext Lisbon tem como objeto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir outros mercados de

valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários, prestar outros serviços relacionados

com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não constituam atividade de intermediação e prestar

aos membros dos mercados por si geridos os serviços que se revelem necessários à intervenção desses membros

em mercados geridos por entidade congénere de outro Estado com quem tenha celebrado acordo.

A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-se matriculada na

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o número 504825330.

O registo do ato constitutivo foi efetuado em 22 de fevereiro de 2000.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o exercício de 2015, foram

preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela

União Europeia e em vigor nessa data.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos

ativos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente os ativos financeiros disponíveis para venda. Os

outros ativos e passivos financeiros e ativos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou

custo histórico. As políticas contabilísticas apresentadas nessa data foram aplicadas de forma consistente a

todas as entidades do Grupo, em todos os períodos apresentados nas demonstrações financeiras.

1.2 Bases de consolidação

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce o controlo são

consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a Euronext Lisbon assume o controlo

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Individuais e Contas Consolidadas 51

sobre as suas atividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo

quando a Euronext Lisbon detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a

Euronext Lisbon detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir a política financeira e operacional de

determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que detém

sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

Transações eliminadas em consolidação

Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e perdas não realizados

resultantes dessas transações, são anulados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Os

ganhos e perdas não realizados de transações com associadas são eliminados na extensão da participação da

Euronext Lisbon nessas entidades.

1.3 Instrumentos financeiros

i) Classificação

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se enquadram na definição de

derivados e que não são classificados como investimentos detidos até à maturidade ou instrumentos financeiros

de negociação. Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida.

ii) Data de reconhecimento

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.

iii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos pela Euronext Lisbon,

nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para venda. Os ativos financeiros disponíveis para

venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transações.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações

no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos

ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na alienação dos ativos financeiros disponíveis para venda,

os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica

“Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda” da demonstração de resultados.

Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência objetiva de imparidade

nomeadamente de um impacto adverso nos “cash flows” futuros estimados de um ativo financeiro ou grupo de

ativos financeiros que possa ser medido de forma fiável.

Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda acumulada (mensurada

como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluindo perdas de imparidade anteriormente

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Individuais e Contas Consolidadas 52

reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida do capital próprio e reconhecida na demonstração

de resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados como

disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder ser objetivamente associado a um evento ocorrido após

o reconhecimento da perda por imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida

por contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital,

classificados como disponíveis para venda, não são revertidas por contrapartida de resultados.

1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode ser trocado numa

transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer intenção ou

necessidade de liquidar ou de empreender uma transação em condições adversas.

O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de intermediários financeiros

em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência, o justo valor é baseado na utilização de preços de

transações recentes realizadas em condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização.

Estas técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados observáveis de

mercado disponíveis.

1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.

1.6 Desreconhecimento

A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos a fluxos de caixa

futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma transferência de ativos, o

desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos foram

transferidos ou a Euronext Lisbon não mantém controlo dos ativos.

A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são cancelados

ou extintos.

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Individuais e Contas Consolidadas 53

1.7 Locação financeira

Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como ativo e

passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação

vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos

financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação, a fim de produzir uma taxa de juro

periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

1.8 Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou

recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os

montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros

ativos ou passivos”, conforme sejam valores a receber ou a pagar.

O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de imposto sobre o valor

acrescentado, abates e descontos.

1.9 Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das perdas por imparidade que

lhe estejam associadas.

As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos créditos

de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade identificadas são registadas por

contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso se verifique uma redução

do montante da perda estimada, num período posterior.

1.10 Ativos tangíveis (*)

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas amortizações

acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização dos ativos tangíveis são revistas de forma a

representarem a vida útil esperada dos bens a que respeitam. Os custos subsequentes são reconhecidos como

um ativo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Euronext

Lisbon. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de

acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

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Individuais e Contas Consolidadas 54

A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor

contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

As amortizações dos ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes de acordo com os

seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Edifícios Equipamento informático 2 a 5

Equipamento informático 2 a 3

Equipamento de transporte 4

Equipamento administrativo 4 a 10

Outros ativos tangíveis 3 a 10

1.11 Ativos intangíveis(*)

“Software”

Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais

suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma

linear ao longo da vida útil esperada destes ativos (3 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na Norma Internacional de Contabilidade 38 – Ativos

Intangíveis, os custos internos diretos incorridos no desenvolvimento de software são capitalizados como ativos

intangíveis.

(*)Nota

No exercício findo em 2015, a subsidiária Interbolsa, em conformidade com o que foi efetuado noutras

sociedades do Grupo Euronext, procedeu a uma reclassificação dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis.

Esta reclassificação é apenas uma reclassificação entre categorias de bens de ativos não havendo qualquer

alteração ao valor dos ativos que compõem estas rubricas. Para efeitos comparativos, procedeu-se a esta

alteração a 01 de Janeiro de 2014 pelo que as demonstrações financeiras e respetivas notas foram efetuadas de

acordo com esta reclassificação.

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Individuais e Contas Consolidadas 55

A reclassificação foi a seguinte:

2014

Reclassificação

2014 reclassificado

Ativos fixos tangíveis

Custo

1 710 320

225 125

1 485 195

Amortizações Acumuladas

1 545 999

218 986

1 327 013

Valor líquido

164 321

6 139

158 182

Ativos intangíveis

Custo

1 389 088

(225 128)

1 614 216

Amortizações Acumuladas

485 643

(218 989)

704 632

Valor líquido

903 445

(6 139)

909 584

Total ativos

1 067 766

0

1 067 766

1.12 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no

balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as

disponibilidades em outras instituições de crédito, onde se inclui o saldo das contas junto do sistema de cash

pooling da Euronext.

1.13 Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transação. Os ativos e

passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados ao custo histórico, são

convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são

reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira,

registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. Ativos e passivos não

monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi

determinado.

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Individuais e Contas Consolidadas 56

1.14 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo património inicial foi de Euros

1.391.127.

A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de Pensões

da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que integravam a Associação

da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de

Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de Fundos de

Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões

da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído por

tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial

elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de benefício definido) é

estimada anualmente, à data de fecho de contas.

O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para a reforma por velhice,

invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado decrementos por invalidez para a reforma

por velhice e sobrevivência diferida, tendo sido ainda, utilizados pressupostos atuariais e financeiros de acordo

com os parâmetros exigidos pela IAS 19 Revista.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno esperado dos ativos

do plano são registados por contrapartida de custos operacionais.

A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de benefício definido é calculada

através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada empregado deve receber em troca pelo seu

serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu

valor atual, sendo que o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de desconto

aplicada corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com maturidade semelhante à data do termo das

obrigações do plano.

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Individuais e Contas Consolidadas 57

No exercício de 2013, em conformidade com a revisão da IAS 19 (IAS 19 R) o Grupo procedeu à alteração da

política contabilística de mensuração dos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos

atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao

rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais

(ganhos e perdas atuariais).

A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na rubrica de “Outras

Reservas” no capital próprio.

Adicionalmente, a revisão da IAS 19 prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo constituído,

deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das responsabilidades estimadas e do

justo valor dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou negativo.

Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de contribuições determinado de

forma a assegurar a solvência do fundo.

Programa de remuneração por ações

No âmbito da preparação ao IPO da Euronext N.V., foi oferecido um Programa acionista aos Colaboradores do

grupo, que permitiu a todos um benefício desse programa. Os colaboradores puderam deste modo, participar

na operação da compra de ações da EURONEXT N.V. através do FCPE Euronext Group, a um preço igual a

80% do preço da Oferta Publica Inicial da Euronext N.V.

1.15 Resultados financeiros

Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de diferenças de câmbio.

Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, considerando o

método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a operações de leasing financeiro são reconhecidos

considerando o método da taxa de juro efetiva.

1.16 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos

diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, exceto quando relacionado com itens que

sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.

A Empresa é tributada pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades (RETGS) previsto no artigo

n.º 69.º e seguintes do Código do IRC, sendo o grupo de tributação constituído pela Empresa e pela sua

subsidiária Interbolsa, S.A.. As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este

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Individuais e Contas Consolidadas 58

regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.

Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados, na sua totalidade, como um

rendimento da Empresa.

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado tributável do período,

utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades fiscais à data de

balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as

diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as

taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se

espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa razoável de haver lucros

tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais.

1.17 Resultados por ação

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas da empresa mãe pelo

número de ações ordinárias.

1.18 Provisões

As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem: i) uma obrigação presente, legal ou construtiva resultante de

eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que seja necessário um dispêndio de recursos internos no

pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios

não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de

determinado evento futuro, o Grupo divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da

exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota.

As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando

uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da

provisão em causa.

1.19 Fundo de garantia

Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi criado, em 2 de Janeiro de

1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade deste fundo era a de assegurar aos clientes dos

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Individuais e Contas Consolidadas 59

corretores associados membros daquela Associação, o cumprimento das obrigações decorrentes das operações

que foram incumbidos de realizar na Bolsa de Valores de Lisboa.

De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a Associação da Bolsa de

Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária (reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual

se encontra registada na rubrica de “Outros Investimentos”.

A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 66/2004, de 24 de Março,

alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de garantia, cuja constituição passou a constituir uma

possibilidade oferecida, e já não um dever a cargo das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da

participação no fundo de garantia, a qual deixou de ser obrigatória e perdeu o seu caráter de requisito de

exercício das atividades de membro de mercado regulamentado e de participante de sistemas de liquidação e

passou a ser facultativa.

1.20 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de

Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento

contabilístico mais adequado.

As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela

Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação

afeta os resultados reportados da Euronext Lisbon e a sua divulgação.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico

alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Euronext

Lisbon poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração

considera que os critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma

adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e das suas operações em todos os aspetos materialmente

relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no

entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou

estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando

existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma

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Individuais e Contas Consolidadas 60

desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efetuado, a Euronext

Lisbon avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais

requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo

valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível

diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Euronext

Lisbon.

Imparidade dos ativos de longo prazo

Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem factos ou

circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.

Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos fixos tangíveis e

intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações de pressupostos

poderão resultar em impactos na determinação do nível de imparidade e consequentemente nos resultados da

Euronext Lisbon.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação efetuada

pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber, antiguidade de saldos,

anulação de dívidas e outros fatores. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a

estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados,

incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração da situação creditícia

dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas

estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis

de imparidade e consequentemente diferentes impactos em resultados.

Impostos sobre os lucros

A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e

estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerto

durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros,

correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pela Euronext Lisbon e

pela sua Subsidiária durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correções à matéria

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Individuais e Contas Consolidadas 61

coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção

do Conselho de Administração da Euronext Lisbon e da sua Subsidiária, de que não haverá correções

significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a utilização de

pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos

investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

1.21 Gestão dos riscos de negócio

A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco prudente,

equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os objetivos básicos de

solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.

A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema de controlo

interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a minimização de imprevistos, a

adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais

eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.

Riscos financeiros

a) Exposição a risco de crédito

Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte ou grupo de

contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de ativos financeiros é representada

pelos valores escriturados dos respetivos ativos.

b) Exposição a risco de taxa de juro

As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco reduzido, como sejam os

depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.

As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida credibilidade, existindo

mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de aplicações de carteira própria, que impedem a

exposição a riscos considerados relevantes.

A Euronext Lisbon não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos riscos de taxa

de juro.

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Individuais e Contas Consolidadas 62

Risco de liquidação e custódia

A 31 de dezembro de 2015, a valorização das emissões integradas na Central da Valores Mobiliários, gerido pela

Interbolsa (custódia) ascendia a Euros 305.810.828.1914.

Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os procedimentos de controlo

interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os riscos inerentes a estas operações.

1.22 Fluxos de caixa

Até ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, inclusive, a Empresa preparava e apresentava a demonstração

dos fluxos de caixa pelo método indireto (Individual e Consolidada). A partir do exercício de 2015, esta passou a

ser preparada e apresentada pelo método direto, pelo que, nas circunstâncias, os valores apresentados para efeitos

comparativos foram também apresentados pelo método direto, gerando as seguintes reclassificações na

demonstração dos fluxos de caixa consolidados:

Dez-2014

Método indireto

Reclassificação

Método direto

Fluxos de caixa das atividades

operacionais

13.196.465

27.223

13.223.688

Fluxos de caixa das atividades de

investimento

(639.063)

(13.856)

(652.919)

Fluxos de caixa das atividades de

financiamento

(11.466.799)

(13.367)

(11.480.166)

Contas Individuais:

Dez-2014

Método indireto

Reclassificação

Método direto

Fluxos de caixa das atividades

operacionais

2.526.171 7.610 2.533.781

Fluxos de caixa das atividades de

investimento

19.412 9.619.501 9.638.913

Fluxos de caixa das atividades de

financiamento

(1.794.658) (9.627.111) (11.421.769)

4 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o

cálculo é baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas

unidades de participação não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se

refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.

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Individuais e Contas Consolidadas 63

2 Prestação de serviços e outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Prestação de serviços

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Mercado a Contado 7.405.826

9.250.792

7.405.826

9.250.792

Compensação 18.147

14.536

18.147

14.536

Admissão e manutenção 2.860.316

4.007.461

2.860.316

4.007.461

Mercado Derivado 235.897

207.559

235.897

207.559

Serviços de Informação 4.067.015

3.197.872

4.067.015

3.197.872

Liquidação e custódia 19.748.964

21.292.509

-

-

34.336.165

37.970.729

14.587.201

16.678.220

Outros proveitos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

Euros Euros

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Ganho Perdas em Imobilizações 19.074

141

19.074 141

Excesso de estimativa de imposto 59.143 126.656 - 117.384

Outros proveitos 667.553 440.759 509.166 307.107

745.770

567.556

528.240

424.632

Os outros proveitos, referem-se essencialmente à faturação de custos partilhados com o Grupo Euronext,

nomeadamente relativos à subsidiária Interbolsa e Enternext.

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Individuais e Contas Consolidadas 64

3 Gastos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15 dez/14

dez/15 dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Remunerações 5.977.865

4.430.825

3.123.366

3.123.366

2.092.197

Encargos sociais obrigatórios 870.582

876.070

396.750

400.357

Encargos com pensões e

647.535

442.535

385.535

273.535 benefícios aos empregados (i)

Trabalhadores temporários 15.217 14.979 15.217 14.979

Formação 14.584 27.512 11.698 19.136

Encargos com plano stock options 177.441 32.337 152.406 28.805

Outros custos 192.568 184.273 85.853 80.044

7.895.792

6.008.531

4.170.825

2.909.053

(i) Fundamentalmente gasto reconhecido no exercício com o plano de pensões (ver Nota 20).

O acréscimo ocorrido no exercício nos gastos com o pessoal resulta do registo de custos não recorrentes

ocorridos em 2015.

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Individuais e Contas Consolidadas 65

Valor registado na rubrica de gastos com pessoal, relativo a remunerações atribuídas aos órgãos Sociais da

Euronext Lisbon é como segue:

Individual:

dez/15

dez/14

Euros Euros

Remunerações 966.092 385.400

Encargos sociais obrigatórios 83.556 60.492

Outros custos 38.781 41.817

1.088.439 487.710

No âmbito do projeto T2S5 (TARGET2-Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do qual a

subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está a ser desenvolvido e produzido um novo software de

liquidação.

Este desenvolvimento e produção encontra-se a ser efetuado tanto com meios humanos e materiais internos como

externos.

De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir com os

requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e produzido internamente,

apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os custos de desenvolvimento são

contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.

A subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a produção no terceiro trimestre de 2013,

sendo que os custos com pessoal já reconhecidos como um ativo intangível em desenvolvimento em 31 de

dezembro de 2015 ascendem a 1.446.090 euros, divididos da seguinte forma:

5 Informação mais pormenorizada sobre este projeto pode ser encontrada no site do BCE,

http://www.ecb.europa.eu/paym/t2s/html/index.en.html.

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Individuais e Contas Consolidadas 66

31/12/2013 Movimentos

de 2014 31/12/2014

Movimentos

de 2015 31/12/2015

Euros Euros Euros Euros Euros

Remunerações 96.501 404.931 501.432 681.896 1.183.327

Encargos sociais

obrigatórios 21.946 98.867 120.813 161.950 282.763

118.447 503.798 622.245 843.846 1.466.090

O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014,

distribuído por departamentos, é o seguinte:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Mercado a contado 5

6

5

6

Mercado de derivados 1

1

1

1

Liquidação e custódia 11

11

0

0

Suporte –Administrativo e financeiro 3

3

1

1

Suporte – Jurídico 4

4

3

3

Suporte – Informática 20

22

1

1

Suporte – Recursos humanos 3

3

3

3

Suporte – Relações públicas 1

1

1

1

Suporte – Serviços gerais 3

3

3

3

Outros (requisitados e expatriados) 11

12

8

9

62

66

26

28

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Individuais e Contas Consolidadas 67

4. Amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Ativos fixos tangíveis:

Equipamento administrativo 6.848

29.035

1.227

11.817

Equipamento informático 52.330

51.838

15.919

6.552

Edifícios 13.380 13.379 - -

Equipamento de transporte 90.003

128.127

40.500

83.518

Outros ativos fixos tangíveis 16.769

10.609

8.337

1.182

179.330

232.988

65.983

103.069

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10

5. Gastos com tecnologias de informação e comunicação

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Licenças e manutenção de hardware 124.261

149.348

-

-

Licenças e manutenção de software 4.148.020

5.462.927 3.635.059 4.706.179

Custos com comunicação 233.115

442.545 123.431 114.888

Outros 979

1.417 979 1.417

4.506.375

6.056.237

3.759.469

4.822.484

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Individuais e Contas Consolidadas 68

6. Serviços profissionais

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Consultadoria jurídica 22.635

(31.067)

12.635

-41.312

Auditoria e outros serviços fiscais 40.665

83.125

29.700

28.518

Outra consultadoria 814.166

544.209

206.666

145.442

Outsourcing 196.896

200.642

-

525

1.074.362

796.909

249.001

133.173

7 Instalações e gastos gerais

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Renda de edifícios 709.334

691.598

469.699

454.995

Segurança 45.374

50.069

0

0

Gás, água e eletricidade 26.617

27.251

0

0

Manutenção e serviços limpeza 57.876

42.443

38.641

26.541

Outros gastos 20.614

24.993

7.808

13.753

859.815

836.354

516.148

495.289

(a) Reclassificação de contas entre Instalações e gastos gerais e Outros gastos no exercício de 2014.

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Individuais e Contas Consolidadas 69

8 Marketing

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Eventos 43.863

64.000

43.863

64.000

Patrocínios 66.194

201.958

66.194

101.958

Apresentações e conferências -

555

-

555

110.057

266.513

110.057

166.513

9 Outros gastos

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Taxas de supervisão 900.000

900.000

360.000

360.000

IVA não recuperado 914.584

869.443

914.584

869.443

Custos/Rendimentos Intragrupo APA (1) (1.481.208)

680.657

(1.481.208)

680.657

Custos com viaturas 81.377 87.690 54.938 64.955

Seguros 193.218 123.017 82.766 57.055

Despesas de deslocação 216.109 173.085 98.950 76.514

Equipamento de escritório 8.315 34.138 7.277 33.275

Correio 3.034

4.368

2.144

3.363

Outros 129.559

429.512

88.483

383.280

964.988

3.301.910

127.934

2.528.542

(a) Reclassificação de contas entre Outros gastos e Instalações e gastos gerais no exercício de 2014.

(1) No que respeita ao “Profit Split Agreement”, no âmbito do qual a Euronext Lisbon incorreu em custos/proveitos no

exercício de 2015, importando notar que o Grupo opera de forma integrada, estando estruturado por linhas de negócio (Cash

& Listing; Derivatives & Clearing; Market data), transversais aos limites geográficos das diversas entidades do Grupo.

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Individuais e Contas Consolidadas 70

Atendendo ao conjunto de informação disponível e à fiabilidade dos vários métodos, foi considerado como mais apropriado o

método do fracionamento do lucro. O “Profit Split Agreement”, celebrado, com produção de efeitos a janeiro de 2010, inclui a

Euronext N.V., a Euronext Paris S.A., a Euronext France Holding SAS, a Euronext Amsterdam N.V., a Euronext Brussels

S.A./N.V., a Liffe Administration and Management, a Euronext Lisbon S.A. e a Smartpool Trading Limited. Este contrato

estabelece chaves de repartição para alocação entre as partes dos proveitos (antes de juros, impostos e amortizações de

goodwill) gerados no mercado de transações, no mercado de derivados e pelos serviços de informações entre as partes, com

base no princípio de plena concorrência, e no pressuposto de que todas as entidades do Grupo Euronext que são parte do

contrato geram proveitos e incorrem em despesas. Em termos do modelo de partilha adotado, as partes acordaram em

partilhar os seus recursos de forma a garantir que a parte proporcional das contribuições em geral efetuadas no âmbito do

presente contrato por cada uma das partes é consistente com a parte proporcional dos benefícios que essa parte espera receber

no âmbito deste mesmo contrato.

10 Resultado financeiro

O valor desta rubrica é composto por:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Proveitos financeiros:

Juros obtidos 7.592

105.347

297 33.823

Diferenças de câmbio 12

1.314

-

1.314

7.604

106.661

297

35.137

Gastos financeiros:

Juros suportados 7.462

13.909

2.970

8.208

Diferenças de câmbio 12.315

6.356

12.290

6.187

19.777

20.265

15.260

14.395

Resultado financeiro (12.173)

86.396

(14.963)

20.742

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Individuais e Contas Consolidadas 71

11 Ganhos em subsidiárias

Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos dividendos recebidos da

sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de

Valores Mobiliários, S.A., no valor de Euros 9.348.598 (2014: Euros 9.619.500).

12 Impostos

Os encargos com impostos são os seguintes:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Imposto corrente do exercício 5.623.036

6.084.257 1.882.110 1.744.577

5.623.036

6.084.257

1.882.110

1.744.577

Imposto diferido

Diferenças temporárias (Ver Nota

17) (253.377)

78.118

(252.554)

-

(253.377)

78.118

(252.554)

-

Imposto corrente sobre o

rendimento 5.369.659 6.162.375 1.629.556 1.744.577

A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se encontra sujeita e a

taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para efeitos da determinação da matéria

coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.

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Individuais e Contas Consolidadas 72

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como segue:

dez/15

dez/14

%

Valor

%

Valor

Resultado antes de impostos -

20.344.474

-

21.627.814

Taxa de imposto corrente 21%

4.272.340

23%

4.974.397

Tributação autónoma, Derrama

Municipal e Estadual, Benefícios fiscais

dedutíveis à coleta e custos não

dedutíveis

5,39%

1.097.319

5,49%

1.187.978

26,39%

5.369.659

28,49%

6.162.375

O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 5.369.659, o que representa uma taxa média de

imposto de 26,39% do resultado consolidado antes de impostos (dez. 2014: 28,49%).

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC, em base individual, é analisada como segue:

dez/15

dez/14

%

Valor

%

Valor

Resultado antes de impostos -

15.490.647

-

15.592.981

Taxa de imposto corrente 21%

3.253.036

23%

3.586.386

Anulação do efeito do dividendo

recebido (12,67%)

(1.963.206)

(14,19%)

(2.212.485)

Tributação autónoma, Derrama

Municipal e Estadual, Benefícios

fiscais dedutíveis à coleta e custos

não dedutíveis

2,19%

339.726

2,38%

370.676

10,52%

1.629.556

11,19%

1.744.577

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Individuais e Contas Consolidadas 73

13 Ativos fixos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

Dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Custo:

Arte 480.111

480.111

427.295

427.295

Equipamento administrativo 555.147 555.147 423.521 423.521

Equipamento informático 998.217 900.396 162.856 120.582

Edifícios 243.532 243.532 123.694 123.694

Equipamento de transporte 905.619 798.463 473.215 505.074

Outros ativos fixos tangíveis 501.840 501.840 394.128 394.128

3.684.466

3.479.489

2.004.709

1.994.294

Amortizações acumuladas: 2.904.074

2.800.585

1.478.400

1.473.572

Total Líquido 780.392

678.904

526.309

520.722

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10

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Individuais e Contas Consolidadas 74

Os movimentos da rubrica ativos fixos tangíveis, no período findo em 31 de dezembro de 2015, para o Grupo, são

analisados como segue:

Saldo em

01/ jan/15

Aquisições/

Dotações

Abates Saldo em

31/ dez/15

Custo:

Arte 480.111 - - 480.111

Equipamento administrativo 555.147 - - 555.147

Equipamento informático 900.396 115.233 (17.412) 998.217

Edifícios 243.532 - - 243.532

Equipamentos de transporte 798.463 182.015 (74.859) 905.619

Outros ativos fixos tangíveis 501.840 - - 501.840

3.479.489 297.248 (92.271) 3.684.466

Amortizações acumuladas:

Arte 4.553 - - 4.553

Equipamento administrativo 515.405 6.848 - 522.253

Equipamento informático 895.424 52.330 (17.412) 930.342

Edifícios 216.772 - 13.380 - 230.152

Equipamentos de transporte 722.783 90.003 (58.429) 754.357

Outros ativos fixos tangíveis 445.648 16.769 - 462.417

2.800.585 179.330 (75.811) 2.904.074

Valor liquido 678.904 117.918 (16.460) 780.362

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10

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Individuais e Contas Consolidadas 75

Os movimentos da rubrica Ativos fixos tangíveis, a 31 de dezembro de 2015, em base individual, são analisados

como segue:

Saldo em

01/ jan/15

Aquisições/

Dotações

Abates Saldo em

31/ dez/15

Custo:

Arte 427.295 - - 427.295

Equipamento administrativo 423.521 - - 423.521

Equipamento informático 120.582 45.000 (2.726) 162.856

Edifícios 123.694 - - 123.694

Equipamentos de transporte 505.074 43.000 (74.859) 473.215

Outros ativos fixos tangíveis 394.128 - - 394.128

1.994.294 88.000 (77.585) 2.004.709

Amortizações acumuladas:

Arte 4.553 - - 4.553

Equipamento administrativo 395.169 1.227 - 396.396

Equipamento informático 116.904 15.919 (2.726) 130.097

Edifícios 123.694 - - - 123.694

Equipamentos de transporte 458.894 40.500 (58.429) 440.965

Outros ativos fixos tangíveis 374.358 8.337 - 382.695

1.473.572 65.983 (61.155) 1.478.400

Valor líquido 520.722 22.017 (16.430) 526.309

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10

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Individuais e Contas Consolidadas 76

As locações, 31 de dezembro de 2015, para o Grupo, em termos de prazos residuais são apresentadas como

segue:

Locações

Até 1

De 1 a

A mais de

Ano

5 Anos

5 Anos

Total

Euros

Euros

Euros

Euros

Rendas vincendas 55.971

114.407

-

170.378

Juros vincendos 6.294

6.178

-

12.472

Valores residuais 25.227

67.158

-

92.385

87.492

187.743

-

275.235

As locações, a 31 de dezembro de 2015, em base individual, em termos de prazos residuais são apresentadas

como segue:

Locações

Até 1

De 1 a

A mais de

Ano

5 Anos

5 Anos

Total

Euros

Euros

Euros

Euros

Rendas vincendas 16.114

33.649

-

49.763

Juros vincendos 2.079

1.349

-

3.428

Valores residuais 17.350

27.555

-

44.905

35.543

62.553

98.096

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Individuais e Contas Consolidadas 77

14 Ativos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Custo:

“Software” 773.244 754.309 62.473 43.538

Imobilizado em curso - TS2 Software 1.853.719 903.445 - -

2.626.963 1.657.754 62.473 43.538

Amortizações acumuladas:

“Software” 759.911 748.170 49.850 43.538

Total Líquido: 1.867.052 909.584 12.623 -

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11

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Individuais e Contas Consolidadas 78

Os movimentos da rubrica ativos intangíveis, para o grupo , no período findo em 31 de dezembro de 2015, são

analisados como segue:

Saldo em

01/jan/15

Euros

Aquisições/

Dotações

Euros

Saldo em

31 /dez/15

Euros

Custo:

“Software” 754.309 18.935 773.244

Imobilizado em curso – T2S software 903.445 950.274 1.853.719

1.657.754 969.209 2.626.963

Amortizações acumuladas:

“Software” 748.170 11.741 759.911

748.170 11.741 759.911

Valor líquido 909.584 957.468 1.867.052

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11

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Individuais e Contas Consolidadas 79

Os movimentos da rubrica ativos intangíveis no período findo em 31 de dezembro de 2015, em base individual,

são analisados como segue:

Saldo em

01/jan/15

Euros

Aquisições/

Dotações

Euros

Saldo em

31 /dez/15

Euros

Custo:

“Software” 43.538 18.935 62.473

43.538 18.935 62.473

Amortizações acumuladas:

“Software” 43.538 6.312 49.850

43.538 6.312 49.850

Valor líquido 0 12.623 12.623

Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11

No âmbito do projeto T2S (TARGET2Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do qual a

subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está ser desenvolvido e produzido um novo software de

liquidação.

Este desenvolvimento e produção encontra-se a ser efetuado tanto com meios humanos e materiais internos como

externos.

De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir com os

requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e produzido internamente,

apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os custos de desenvolvimento são

contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.

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Individuais e Contas Consolidadas 80

A Subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a de produção no terceiro trimestre de 2013

e tem 2016 como o ano de entrada em funcionamento do software. Nesta conta encontram-se registados os

seguintes valores:

Movimentos

2013

Movimentos

2014

Movimentos

2015

31/12/2015

Euros Euros Euros Euros

Custos Internos

Remunerações 96.501 404.931 681.895 1.183.327

Encargos sociais obrigatórios 21.946 98.867 161.951 282.764

118.447 503.798 843.846 1.466.091

Custos Externos

Serviços profissionais 97.423 183.777 106.428 387.628

97.423 183.777 106.428 387.628

215.870

687.575

950.274

1.853.719

Os gastos com mão de obra afeta a este são inicialmente registados na rubrica “Gastos com o pessoal”, sendo

posteriormente transferidos para o ativo intangível em curso, através da utilização da conta “Trabalhos para a

própria empresa” (ver Nota 3).

Os gastos incorridos pela subsidiária Interbolsa, adquiridos especificamente para este projeto são registados

diretamente na rubrica do ativo intangível em curso.

15 Investimentos em subsidiárias e outros investimentos (Contas individuais)

A rubrica Investimentos em subsidiárias é analisada como segue:

Individual

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Não cotadas

Interbolsa

5.500.000

5.500.000

5.500.000

5.500.000

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Individuais e Contas Consolidadas 81

Os principais indicadores da Interbolsa são analisados como segue:

Ativos

Passivos

Proveitos

Resultado

líquido

Interbolsa Euros

Euros

Euros

Euros

31/dez/2014 24.672.139

4.323.542

21.597.827

11.236.535

31/dez /2015 25.194.422

2.610.446

20.059.672

10.462.322

A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores

Mobiliários, S.A. foi constituída por escritura, de 10 de fevereiro de 2000, lavrada no 1º. Cartório Notarial de

Lisboa, conforme deliberação da Assembleia-Geral da Interbolsa - Associação para a Prestação de Serviços às

Bolsas de Valores, de 20 de dezembro de 1999, e nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de

outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo atualmente detida a 100% pela

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de valores mobiliários.

Em 31 de dezembro de 2015, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é apresentado conforme segue:

Empresa Sede Capital Moeda

Actividade

económica

%Controlo

da Euronext

Método de

consolidação

Interbolsa Porto 5.500.000 Euros

Gestão de sistemas

de Liquidação e

Sistemas

Centralizados 100%

Integral

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Individuais e Contas Consolidadas 82

A rubrica outros investimentos é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Fundo de Garantia 266.358

266.358

266.358

266.358

Enternext SA (Paris) 1

1

1

1

266.359

266.359

266.359

266.359

Em 15 de julho de 2013, a Euronext Lisbon adquiriu uma ação da empresa Enternext S.A. pelo valor de um Euro.

16 Outros ativos financeiros

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

ANNA 1.250

1.250

-

-

Fundo de Compensação de Trabalho 537

421

-

-

1.787

1.671

-

-

Na rubrica de outros ativos financeiros foram consideradas as entregas mensais efetuadas pela subsidiária

INTERBOLSA para o FCT – Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), aplicável aos contratos de trabalho

celebrados a partir do dia 1 de outubro de 2013. O FCT implica uma comparticipação de 0,925% sobre o salário e

diuturnidades, tendo uma natureza de capitalização para a entidade patronal. Essas entregas poderão ser

reembolsadas como forma de apoio financeiro ao pagamento de indemnizações por cessação de contratos de

trabalho. O reembolso irá corresponder ao montante entregue para o fundo, individualizado pelo respetivo

trabalhador com cessação do contrato de trabalho, adicionado de eventual ganho gerado pela capitalização desse

montante no fundo.

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Individuais e Contas Consolidadas 83

O ativo financeiro referente às comparticipações do FCT foi mensurado pelo justo valor e as respetivas variações

são reconhecidas nos resultados do período em função do valor das unidades de participação divulgado pela

entidade gestora do fundo a cada data de relato.

17 Impostos diferidos

Os ativos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 gerados por diferenças

temporárias são analisados como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Ativos fixos tangíveis 12.061

26.709

-

Ajustamentos clientes 2.049

550

-

Provisões não aceites fiscalmente 979.140 - 979.140 -

Stock Options 160.126

-

143.320

-

1.153.376

27.259

1.122.460

-

22,50%

22,50%

22,50%

22,50%

259.510

6.133

252.554

-

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Individuais e Contas Consolidadas 84

Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos ativos, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014,

são os seguintes:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Saldo no início do período 6.133

84.251

-

-

Movimento no período 253.377

(78.118)

252.554

-

Saldo no final do período 259.510 6.133

252.554 -

18 Devedores e outros ativos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Clientes 3.023.597 4.701.017 879.923 2.585.773

Devedores Diversos 11.492 13.064 62

Diferimentos 760.056 442.191 574.348 199.537

3.795.144 5.156.272 1.454.332 2.785.310

Imparidade para devedores (83.089) (110.815) (45.061) (86.761)

3.712.056 5.045.457 1.409.272 2.698.549

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Individuais e Contas Consolidadas 85

Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Imparidade para devedores:

Saldo em 1 de janeiro 110.815 109.421 86.761 89.171

Dotação do exercício 14.004 11.380 - 5.600

Reversão do exercício (47.330) (9.986) (47.300) (8.010)

Utilização no período(1) 5.600 5.600

Saldo em 31 de dezembro 83.089 110.815 45.061 86.761

(1) este montante encontra-se refletido da rubrica Prestação de Serviços – Admissão e Manutenção.

19 Caixa e depósitos a curto prazo

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Numerário:

Caixa 843

907

557

416

Depósitos bancários:

Depósitos à ordem 54.537.347

49.360.593

33.831.666

28.120.225

54.538.190

49.361.500

33.832.223

28.120.641

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Individuais e Contas Consolidadas 86

Os depósitos à ordem correspondem, fundamentalmente, ao cash-pooling gerido centralmente pelo Grupo (ver

Nota 27).

20 Depósitos a prazo

A 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 não existem depósitos a prazo com mais de três meses.

21 Capital

O capital da Euronext Lisbon é de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 ações de valor nominal de 1 Euro

cada, encontrando-se integralmente realizado.

O capital da Euronext Lisbon, em 31 de dezembro de 2015, é detido em 100% pela Euronext N.V..

Os resultados por ação (EPS) atribuíveis à Euronext Lisbon são analisados como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Prémios de emissão 748.195

748.195 748.195 748.195

Outros instrumentos capital

(RSU/LTIP) 438.798

628.442

462.082

630.380

Resultado líquido 14.974.815

15.465.439

13.861.091

13.848.404

N.º de ações 8.750.000

8.750.000

8.750.000

8.750.000

Resultado por ação (Básico) 1,71

1,77

1,58

1,58

O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por ação usando o número de ações durante o período de

relato.

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Individuais e Contas Consolidadas 87

22 Reservas

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Reserva legal 14.250.000

14.250.000

8.750.000

8.750.000

Outras Reservas -desvios atuariais (6.640.880)

(10.761.880)

(4.948.279)

(7.926.279)

7.609.120

3.488.120

3.801.721

823.721

Reserva legal

Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de janeiro a reserva legal é

obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até à concorrência de um valor equivalente

a 100% do capital da sociedade, de acordo com Decreto-Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na

cobertura de prejuízos ou no aumento do capital social.

Outras reservas

Referem-se aos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados

e os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de

pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais (ganhos e perdas atuariais).

23 Benefícios aos colaboradores

Planos de benefícios definidos

Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo património inicial foi de Euros

1.391.127.

A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de Pensões

da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que integravam a Associação

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Individuais e Contas Consolidadas 88

da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da

Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..

Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de

Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de Fundos de

Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões

da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.

O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído por

tempo indeterminado.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial

elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

O Fundo só contempla o pagamento de pensões aos colaboradores que prestem serviços ao Grupo por um

período mínimo de 5 anos de serviço e engloba todos os trabalhadores com vínculo contratual.

As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial elaborado

pela Mercer, Human Resource Consulting, S.A..

A responsabilidade líquida do Grupo com o Fundo de Pensões é calculada anualmente, à data de fecho de contas,

pelo que no presente relatório é apresentada uma estimativa efetuada pela entidade acima mencionada.

Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o número de participantes abrangidos por este plano de

pensões de reforma era o seguinte:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Número de participantes

Reformados e pensionistas 17

12

15

11

Pessoal no ativo 60

64

26

28

Ex-funcionários 85

87

73

76

162

163

114

115

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Individuais e Contas Consolidadas 89

Conforme referido na Nota 1.14, os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos na rubrica de “outras reservas”,

em capital próprio.

Adicionalmente, a IAS 19R prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo constituído, deve ser

calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das responsabilidades estimadas e do justo valor

dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou negativo.

Os valores reconhecidos no resultado líquido do período e no rendimento integral relativos a este plano de

benefícios definidos foram como se segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Custo dos serviços correntes 458.000

302.000

239.000

149.000

Custo financeiro líquido 154.000

105.000

111.000

89.000

Componentes do custo do benefício definido

reconhecidas no resultado líquido do período 612.000

407.000

350.000

238.000

Remensurações no passivo líquido do benefício

definido:

- Efeito das alterações nos pressupostos

demográficos -

(547.000)

-

(386.000)

- Efeito das alterações nos pressupostos

financeiros (3.334.000)

7.389.000

(2.412.000)

5.357.000

- Outros ajustamentos (612.000)

(6.000)

(441.000)

3.000

- Retorno dos ativos do plano (175.000)

88.000

(125.000)

64.000

Componentes do custo do benefício definido

reconhecidos no resultado integral (4.121.000)

6.924.000

(2.978.000)

5.038.000

Total das componentes do custo do benefício

definido (3.509.000)

7.738.000

(2.628.000)

5.276.000

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Individuais e Contas Consolidadas 90

A quantia reconhecida na demonstração da posição financeira, resultante da obrigação deste plano de benefícios

definidos é como se segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Valor presente das obrigações do plano de

benefícios definidos 19.895.733

23.018.733

14.265.641

16.634.641

Justo valor dos ativos do plano 16.342.000

15.381.000

11.631.000

11.107.000

Responsabilidade líquido resultante do plano de

benefícios definidos 3.553.733

7.637.733

2.634.641

5.527.641

Os movimentos no valor presente das obrigações do plano de benefícios definidos analisam-se como segue:

Grupo

dez/2014 dez/14

Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo inicial 23.018.733 15.392.463

Custo dos serviços correntes 458.000 302.000

Custo dos juros 460.000 575.000

Benefícios pagos (95.000) (86.730)

Remensurações:

- Efeito das alterações nos pressupostos demográficos 0 (547.000)

- Efeito das alterações nos pressupostos financeiros (3.334.000) 7.389.000

- Outros ajustamentos (612.000) (6.000)

Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo final 19.895.733 23.018.733

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Os movimentos no valor dos ativos do plano analisam-se como segue:

dez/2014 dez/14

Justo valor dos ativos do plano - Saldo inicial 15.381.000 12.560.000

Rendimento financeiro 306.000 470.000

Contribuições efetuadas pelo Grupo 575.000 2.526.000

Benefícios pagos (95.000) (87.000)

Remensurações:

- Retorno dos ativos do plano 175.000 (88.000)

Justo valor dos ativos do plano - Saldo final 16.342.000 15.381.000

A composição do justo valor dos ativos do fundo está de acordo com o conjunto de diretrizes e princípios

orientadores, com base nos quais a CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. deverá

conduzir e controlar a gestão do Fundo.

A 31 de dezembro de 2015 os ativos do plano se encontram divididos pelas seguintes categorias de ativos:

(Valores em milhares de euros):

Valor dos ativos do plano Em % dos ativos

Obrigações

- Taxa fixa 5.241 32,07 %

- Taxa variável 5.702 34,89%

Ações

- Portugal 827 5,06%

- Resto do Mundo 1.651 10,10%

Imobiliário 976 5,97%

Liquidez 1.947 11,91%

Outros credores -1 -0.01%

Total 16.343 100,00%

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Individuais e Contas Consolidadas 92

Os movimentos no valor presente das obrigações do plano de benefícios definidos analisam-se como segue:

Individual

dez/2014 dez/14

Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo inicial 16.634.641 11.475.641

Custo dos serviços correntes 239.000 149.000

Custo dos juros 332.000 417.000

Benefícios pagos (87.000) (81.000)

Remensurações:

- Efeito das alterações nos pressupostos demográficos 0 (386.000)

- Efeito das alterações nos pressupostos financeiros (2.412.000) 5.357.000

- Outros ajustamentos (441.000) (3.000)

Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo final

14.265.641

16.634.641

Os movimentos no valor dos ativos do plano analisam-se como segue:

dez/2014 dez/14

Justo valor dos ativos do plano - Saldo inicial

11.107.000

8.781.000

Rendimento financeiro 221.000 328.000

Contribuições efetuadas pela Euronext 265.000 2.143000

Benefícios pagos (87.000) (81.000)

Remensurações:

- Retorno dos ativos do plano 125.000 (64.000)

Justo valor dos ativos do plano - Saldo final

11.631.000 11.107.000

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Individuais e Contas Consolidadas 93

A composição do justo valor dos ativos do fundo está de acordo com o conjunto de diretrizes e princípios

orientadores, com base nos quais a CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. deverá

conduzir e controlar a gestão do Fundo.

A 31 de dezembro de 2015 os ativos do plano se encontram divididos pelas seguintes categorias de ativos:

(Valores em milhares de euros):

Valor dos ativos do plano Em % dos ativos

Obrigações

- Taxa fixa 3.804 32,71%

- Taxa variável 4.056 34.87%

Ações

- Portugal 588 5,06%

- Resto do Mundo 1.186 10,20%

Imobiliário 708 6,09

Liquidez 1.290 11,09%

Outros credores -1 -0.01%

Total 11.631 100,00%

A análise comparativa dos pressupostos atuariais para o grupo é analisada como se segue:

dez/15 dez/14

Taxa de crescimento salarial

Ativos

2,00% 2,00%

Direitos adquiridos

2,00% 2,00%

Taxa de crescimento das pensões

0,00% 0,00%

Taxa de desconto

2,70% 2,0%

Taxa de inflação

2,00% 2,00%

Tábua de mortalidade

TV88/90 TV88/90

Tábua de invalidez

EVK 80 100% EVK 80 100%

Idade de reforma

66 anos 66 anos

Decrementos utilizados

100% da EKV 1980 100% da EKV 1980

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Individuais e Contas Consolidadas 94

A análise de sensibilidade efetuada em função de uma variação de 0,25% na taxa de desconto e de 0,50% da taxa

de crescimento salarial no valor presente das obrigações com o Fundo é a seguinte:

Em milhares

Taxa de desconto 2,70% 2,95% 2,45%

Valor presente 5.629 5.342 5.931

Taxa Crescimento Salarial 2,00% 2,50% 1,50%

Valor presente 5.629 5.872 5.399

Planos de remunerações com ações

A Euronext tinha um programa que continha RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e

expirava ao fim de 3 anos.

Contudo, em 13 de Novembro de 2013, com a fusão ICE NYSE, foram transferidos os direitos aos titulares dos

programas RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e foi convertido apenas o programa

atribuído no ano corrente com a designação de ICE RSU’s, onde as ações expiram ao fim de 3 anos (2016).

24 Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Provisões para Passivos não Correntes 81.150

83.275

81.150

83.275

81.150

83.275

81.150

83.275

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Individuais e Contas Consolidadas 95

25 Credores e outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

Grupo

Individual

dez/15

dez/14

dez/15

dez/14

Euros

Euros

Euros

Euros

Fornecedores C/C 10.689 431.114

22.871 282.141

Fornecedores - Grupo - 1.720.633 - 1.720.633

Fornecedores de Imobilizado 261.787 165.853 93.692 56.451

Estado e Outros Entes Públicos 947.787 1.454.949 361.673 746.992

Acréscimos de gastos 3.550.043 1.668.972 2.600.716 745.739

4.770.306 5.441.521 3.078.952 3.551.956

Os acréscimos de gastos analisam-se como segue:

Grupo

Individual

dez/15 dez/14 dez/15 dez/14

Euros Euros Euros Euros

Estimativa para férias e subsídio de férias

e outros pagamentos

1.536.639

651.979

1.198.980

302.290

Estimativa para bónus de performance 728.488 746.091 322.100 387.862

Gastos incorridos ainda não faturados 1.284.916 270.902 1.079.636 55.587

3.550.043 1.668.972 2.600.716 745.739

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Individuais e Contas Consolidadas 96

26 Justo valor de ativos e passivos financeiros

A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo, contabilizados ao valor

contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

dez/15

dez/14

Valor

contabilístico

Justo valor

Var.

Valor

contabilístico

Justo valor

Var.

Euros

Euros

Euros

Euros

Euros

Euros

Ativos financeiros:

Ativos financeiros (ver

nota 16) 1.787

1.787

-

1.671

1.671

-

Devedores e outros

ativos (ver nota 18) 3.712.056

3.712.056

-

5.045.457

5.045.457

-

Caixa e depósitos a cp

(ver nota 19) 54.538.190

54.538.190

-

49.361.500

49.361.500

-

Passivos financeiros:

Credores e outros

passivos (ver nota 25) 4.770.306

4.770.306

-

5.441.521

5.441.521

-

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A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base individual, contabilizados ao

valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:

dez/15

dez/14

Valor

contabilístico

Justo valor

Var.

Valor

contabilístico

Justo valor

Var.

Euros

Euros

Euros

Euros

Euros

Euros

Ativos financeiros:

Devedores e outros

ativos (ver nota 18) 1.409.272

1.409.272

-

2.698.549

2.698.549

-

Caixa e depósitos a cp

(ver nota 19) 33.832.223

33.832.223

-

28.120.641

28.120.641

-

Passivos financeiros:

Credores e outros

passivos (ver nota 25) 3.078.952

3.078.952

-

3.551.956

3.551.956

-

Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, o valor de balanço é uma

razoável estimativa do seu justo valor.

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27 Partes relacionadas

Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014 relativas às

transações em partes relacionadas:

Balanço dez/15 dez/14

Ativos Não Correntes:

Euronext Brussels - -

Enternext SA 1 1

Interbolsa 5.500.000 5.500.000

Fundo de Garantia 266.358 266.358

Ativos Correntes:

Euronext Amsterdam NV - 277.827

Euronext NV - 482.491

Euronext Brussels - 8.107

Enternext SA - 96.687

Euronext Paris (i) 33.711.171 27.928.435

Interbolsa - 8.802

Passivos Correntes:

Euronext NV - 26.663

Euronext Brussels - 468.290

Euronext Techonology SAS - 968.870

Euronext Techonology Ltd - 14.957

Smart Pool Trading Lda - 1.866

Euronext London - 221.987

Total Balanço 39.477.530 32.848.075

(i) Cash pooling. O saldo vence juros a taxas correntes de mercado.

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Demonstração de resultados dez/15

dez/14

Prestação de Serviços:

Euronext NV 4.017.710

2.827.515

Euronext Amsterdam NV 49.305

24.612

Enternext SA 84.789

135.347

Interbolsa 85.871

85.871

Gastos e Perdas:

Euronext Amsterdam NV -839.882

-344.821

Euronext Brussels -201.515

26.951

Euronext Paris 769.760

509.409

Euronext Techonology SAS 3.438.845

4.369.764

Euronext Techonology Ltd -

14.800

Smart Pool Trading Lda 417

20.087

Liffe Administration & Manag -

10.086

Euronext London 329.437

469.312

Market Inc

12.028

Euronext France IP SAS

123.796

Resultado Financeiro:

Euronext Paris 189

33.534

Interbolsa (dividendos recebidos) 9.348.598

9.619.500

Total Demonstração Resultados 10.093.817

7.514.967

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Individuais e Contas Consolidadas 100

28 Normas contabilísticas recentemente emitidas

Normas

a) Melhorias às normas 2011 - 2013. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3,

IFRS 13, e IAS 40. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações financeiras individuais

e consolidadas da Entidade.

Interpretações

a) IFRIC 21 (nova), ‘Taxas’. A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos,

clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou

imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação

relevante que obriga ao pagamento. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações

financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

Normas e alterações a normas existentes publicadas mas cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais

que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015, e que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente:

Normas

a) Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

fevereiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13,

IAS 16 e 38 e IAS 24. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas

melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

b) IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições

de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua

contabilização, quando as contribuições não estão associadas ao número de anos de serviço. Não se

estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações

financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

c) IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2016). A alteração dá indicações relativamente à materialidade e agregação, à apresentação de

subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das políticas contabilísticas, e à

apresentação dos itens de Outros rendimentos integrais gerados por investimentos mensurado pelo

método de equivalência patrimonial. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura

destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

d) IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração clarifica que a utilização de

métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra

consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados

ao ativo. É de aplicação prospetiva. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura

destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

e) IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem ativos biológicos consumíveis’ (a aplicar

nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração define o conceito de uma

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Individuais e Contas Consolidadas 101

planta que produz ativos biológicos consumíveis, e retira este tipo de ativos do âmbito da aplicação da IAS

41 – Agricultura para o âmbito da IAS 16 – Ativos tangíveis, com o consequente impacto na mensuração.

Contudo, os ativos biológicos produzidos por estas plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura.

Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações

financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

f) IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a

aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração permite que uma

entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias,

empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de

aplicação retrospetiva. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas

melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

g) Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de

consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda

está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à obrigação

de consolidar de uma “Entidade de Investimento” se aplica a uma empresa holding intermédia que

constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método

da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma

entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que

é uma “Entidade de investimento”. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura

destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

h) IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos

exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração introduz orientação acerca da

contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo

aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. Não se estimam impactos

significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas da Entidade.

i) Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2016). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Não

se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações

financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

j) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui os

requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii)

ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii)

aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. Não se estimam

impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações financeiras

individuais e consolidadas da Entidade.

k) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova

norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a

entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é

satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na

“metodologia das 5 etapas”. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas

melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.

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Individuais e Contas Consolidadas 102

29 Gestão de Capital

Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que o da rubrica de

“capital próprio” que figura no balanço, a Entidade estabelece os seguintes objetivos quanto a esta matéria:

• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade opera;

• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em consideração, de modo a

que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos acionistas; e

• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.

A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados regularmente pela gestão

do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa base mensal. A CMVM exige que as entidades

gestoras disponham dos fundos próprios necessários para assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº

357-C/2007, de 31 de Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do

capital social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos seus fundos próprios.

O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital estabelecidos

externamente e aos quais se encontram sujeitos.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Isabel Rute Ucha da Silva

Rui José Samagaio de Matos

Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha

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Individuais e Contas Consolidadas 103

9. Composição dos Órgãos Sociais

Em 31 de dezembro de 2015, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era a seguinte:

Mesa da Assembleia-Geral

Presidente Luís Sáragga Leal

Secretário Isabel Maria da Silva Vidal

Conselho de Administração

Presidente Luís Manuel Sanches Laginha de Sousa

Vogal Rui José Samagaio de Matos

Vogal Isabel Rute Ucha da Silva

Secretária da Sociedade

Secretária Isabel Maria da Silva Vidal

Fiscal Único

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais

de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 183, representada por José Manuel

Henriques Bernardo ou por Aurélio Adriano Rangel Amado.

(*) De salientar que o Dr. Luís Laginha de Sousa apresentou a resignação ao cargo de Presidente do Conselho de

Administração no dia 23 de dezembro de 2015, com efeitos a 31 de dezembro de 2015, mantendo o mesmo, não

obstante, as responsabilidades legais inerentes ao cargo até à nova designação dos órgãos sociais da

EURONEXT Lisbon para o ano de 2016, que ocorreu em 22 de fevereiro de 2016. Assim, a composição do novo

Conselho de Administração interino, aprovada na referida Assembleia Geral de 22 de fevereiro é a seguinte:

Presidente do Conselho de Administração - Isabel Rute Ucha da Silva; Vogal - Rui José Samagaio de Matos;

Vogal - Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha

Fiscal Único Suplente

O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos Revisores Oficiais de Contas

sob o n.º 847.

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Individuais e Contas Consolidadas 104

10. Proposta de Aplicação de Resultados

No exercício de 2015, a Euronext Lisbon, Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A., obteve um

resultado líquido no montante de € 13 861 090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa euros e

noventa e três cêntimos).

Nos termos do Código das Sociedades Comerciais e no exercício da competência que lhe confere o artigo 19.º

dos Estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício: ----

Distribuição sob a forma de dividendos: € 13 861 090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa

euros e noventa e três cêntimos).

Nos termos do artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais, informam-se os Senhores Acionistas que a

sociedade não concedeu quaisquer empréstimos ou créditos aos seus administradores, não efetuou pagamentos

por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas, nem lhes facultou quaisquer

adiantamentos de remunerações, bem como, não celebrou quaisquer contratos com os seus administradores,

diretamente ou por interposta

Adicionalmente, propõe-se transferência do montante de: € 2 978 000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e

oito euros) da conta de Resultados Transitados para a conta de Reservas Livres.

Os rácios prudenciais, regulamentarmente estabelecidos, encontram-se garantidos, propondo-se, por

conseguinte, a distribuição de Reservas Livres no montante de: € 2 978 000,00 (dois milhões, novecentos e

setenta e oito euros) da conta de Resultados Transitados para a conta de Reservas Livres.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Lúcia Gomes Isabel Rute Ucha da Silva

Rui José Samagaio de Matos

Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha

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Individuais e Contas Consolidadas 105

11. Declaração sobre a conformidade da informação financeira

apresentada

Nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 245.º, do Código de Valores Mobiliários (CVM), declaramos que para

o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação constante

das Demonstrações Financeiras, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis,

dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da

EURONEXT Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. e que o relatório de gestão expõe

fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição desta entidade gestora, bem como, uma

descrição dos principais riscos e incertezas com que a Euronext Lisbon se defronta.

O Conselho de Administração

Isabel Rute Ucha da Silva

Rui José Samagaio de Matos

Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha

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Certificação Legal das Contas Consolidadas

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Certificação Legal das Contas Individuais

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Individuais e Contas Consolidadas 110

Relatório e Parecer do Fiscal Único

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Individuais e Contas Consolidadas 112

Extrato de ata

Para os devidos efeitos, certifica-se, nos termos do artigo 446º-B, n.º 1, alínea f) do Código das Sociedades

Comerciais, que o extracto da Acta nº 30 da Assembleia Geral da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de

Mercados Regulamentados, S.A., respeitante à reunião que teve lugar no dia 14 de Março de 2016, aqui

transcrita, está conforme ao original-------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------Extracto de Acta ------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------- Acta número 30 ------------------------------------------------------------------

No dia 14 de Março de dois mil e dezasseis, pelas 13 horas, teve lugar, na sede da sociedade, sita na Avenida da

Liberdade, n.º 196, 7º, em Lisboa, a Assembleia Geral Anual da EURONEXT LISBON – Sociedade Gestora de

Mercados Regulamentados, S.A. (designada abreviadamente por “EURONEXT LISBON” ou “Sociedade”),

pessoa colectiva n.º 504825330, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o mesmo

número, com o capital social de € 8.750.000. ------------------------------------------------------------------------------------------

A reunião foi presidida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral o Senhor Dr. Luís Sáragga Leal, o qual

verificou a regularidade das condições da realização da mesma, e foi secretariada pela Senhora Dr.ª Isabel

Maria Silva Vidal, Secretária da Mesa da Assembleia Geral, tendo o primeiro verificado, pela lista de presenças

mandada elaborar, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 63.º n.º 2 alínea c) e 382.º do Código das

Sociedades Comerciais, anexa à presente acta, como anexo um, que se encontrava devidamente representada a

accionista única da EURONEXT LISBON, a Euronext N.V., sociedade de direito holandês, representada pela

Dr.ª Isabel Ucha, tendo o respectivo instrumento de representação sido anexo à presente acta, como anexo dois,

estando pois representada, a totalidade do capital social e dos correspondentes direitos de voto da EURONEXT

LISBON. Foi então manifestada, pelo representante da Euronext N.V., accionista única da Sociedade, a vontade

de que esta Assembleia Geral se reunisse e validamente deliberasse, com dispensa das formalidades prévias de

convocação, nos termos permitidos pelo artigo cinquenta e quatro do Código das Sociedades Comerciais, sobre

a seguinte ordem de trabalhos: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ponto um – Discutir e deliberar sobre a aprovação dos documentos de prestação de contas em base individual e

consolidada referentes ao exercício de dois mil e quinze, designadamente o Relatório de Gestão, o Balanço e os

restantes documentos de prestação de contas; ---------------------------------------------------------------------------------------

Ponto dois – Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de dois mil e quinze; --------------

Ponto três – Deliberar sobre a transferência do montante de € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e

oito mil euros) da conta de resultados transitados para a conta de reservas livres; ----------------------------------------

Ponto quatro – Deliberar sobre a distribuição à accionista única do montante de 2.978.000,00 € (dois milhões,

novecentos e setenta e oito mil euros), a título de reservas livres. --------------------------------------------------------------

Ponto um --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Recordando o teor do ponto um da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral deu a

palavra à Presidente interina do Conselho de Administração da EURONEXT LISBON, Dr.ª Isabel Ucha, a qual,

sendo igualmente a representante da accionista única, referiu não ter qualquer observação prévia a tecer aos

documentos em apreciação. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Não havendo mais intervenções, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral submeteu à votação o Relatório de

Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas relativos ao exercício de dois mil e quinze,

na sua forma individual e consolidada, conforme resulta, do ponto um da ordem de trabalhos, documentos

esses que se anexam à presente acta, como anexo três, e que dela fazem parte integrante. -------------------------------

Decorrida a votação, os referidos documentos foram aprovados por unanimidade. ---------------------------------------

Ponto dois ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Entrando no ponto dois da ordem de trabalhos relativo à proposta de aplicação dos resultados do exercício, o

Presidente da Mesa da Assembleia Geral deu a palavra ao representante da Euronext N.V., accionista única da

Sociedade, Dr.ª Isabel Ucha, a qual, na qualidade de Presidente interina do Conselho de Administração da

EURONEXT LISBON, apresentou a proposta de aplicação de resultados aprovada pelo Conselho de

Administração relativamente ao lucro apurado no exercício de dois mil e quinze, considerando o resultado

líquido da Euronext Lisbon de € 13.861.090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa euros e

noventa e três cêntimos), na qual se propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício: …

- Distribuição sob a forma de dividendos: € 13.861.090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa

euros e noventa e três cêntimos). --------------------------------------------------------------------------------------------------------

Foi ainda referido que, nos termos do artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais, a sociedade não

concedeu quaisquer empréstimos ou créditos aos membros do Conselho de Administração, não efectuou

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Individuais e Contas Consolidadas 113

pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas, nem lhes facultou

quaisquer adiantamentos de remunerações, bem como, não celebrou quaisquer contratos com os membros do

Conselho de Administração, directamente ou por interposta pessoa. ...

Não tendo havido qualquer comentário ou observação a esta proposta, foi esta submetida a votação, tendo a

mesma sido aprovada por unanimidade dos votos. --------------------------------------------------------------------------------

Ponto três --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Entrando-se no ponto três da ordem de trabalhos, foi referido que, segundo o Balanço Sociedade relativo ao

exercício de dois mil e quinze e que consta como anexo três à presente acta, encontra-se registado na conta de

resultados transitados da Sociedade o montante de €7.926.279,00 (sete milhões novecentos e vinte e seis mil

duzentos e setenta e nove euros). Foi, também, esclarecido que o referido montante corresponde a lucros dos

exercícios anteriores que ficaram acumulados na rubrica de resultados transitados e que a Sociedade pretende

agora transferir parcialmente - € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e oito mil euros) - para a conta

de reservas livres.

Face ao exposto, foi então decidido, pela accionista única, transferir o montante de € 2.978.000,00 (dois milhões,

novecentos e setenta e oito mil euros) da conta de resultados transitados para a conta de reservas livres. ----------

Ponto quatro ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Entrando-se no ponto quatro da ordem de trabalhos, começou por se assinalar que, em resultado da deliberação

aprovada no âmbito do ponto três, a Sociedade apresenta reservas livres no montante de € 2.978.000,00 (dois

milhões, novecentos e setenta e oito mil euros). Mais foi referido que, de acordo com o Balanço da Sociedade

relativo ao exercício de dois mil e quinze e que consta como anexo três à presente acta (i) o capital próprio da

Euronext Lisbon é superior ao seu capital social e reservas indistribuíveis; (ii) em consequência da distribuição a

ser aprovada no âmbito deste ponto da ordem de trabalhos o capital próprio da Euronext Lisbon não se tornará,

inferior à soma do capital social e das reservas que a lei ou o contrato de sociedade não permitem distribuir; (iii)

o montante a ser agora distribuído, teve origem nos lucros de exercícios anteriores que permaneceram na

Sociedade sob a forma de resultados transitados, não existindo prejuízos transitados por cobrir, nem reservas

impostas por lei ou pelos estatutos da Sociedade por formar ou reconstituir; e (iv) não existem despesas de

constituição, investigação e desenvolvimento por amortizar. Adicionalmente, os rácios prudenciais,

regulamentarmente estabelecidos, encontram-se garantidos. Foi então decidido, pela accionista única, proceder

à distribuição do montante de € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e oito mil euros), a título de

reservas livres à accionista única. Foi também decidido que o Conselho de Administração deverá proceder

imediatamente à distribuição agora aprovada. --------------------------------------------------------------------------------------

Por fim, foi referido pelos presentes que se dispensa que a presente Assembleia Geral se pronuncie sobre a

apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, nos termos da alínea c) do número 3 do artigo

376.º do Código das Sociedades Comerciais, uma vez que, reunida no passado dia 22 de Fevereiro de dois mil e

dezasseis esta Assembleia Geral já se pronunciou sobre este tema.-------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Da reunião foi lavrada, pelo Secretário da Sociedade, a presente acta que, juntamente com os respectivos

anexos, vai por ele e pelo Presidente da Mesa ser assinada.” --------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lisboa, 30 de Março de 2016

Isabel Vidal

Secretária da Sociedade