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EURONEXT LISBON, S.A.
RELATÓRIO DE GESTÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO
EXERCÍCIO DE 2015 – CONTAS INDIVIDUAIS E CONTAS
CONSOLIDADAS
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 1
Nota
Aplicação do Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto
A Euronext Lisbon enquanto sociedade gestora de mercados cumpre o regulamento 4/2007
da CMVM em vigor, pelo que apresentou o seu último Relatório sobre a estrutura e as
práticas de governo societário em 30 de junho de 2015, e irá apresentar o próximo Relatório
sobre a estrutura e as práticas de governo societário até 30 de junho de 2016.
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A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015 4
A BOLSA PORTUGUESA EM NÚMEROS - 2015 4
1. FACTOS RELEVANTES DA ATIVIDADE DO MERCADO 6
ADMISSÕES E EXCLUSÕES 6
NEGOCIAÇÃO 6
MEMBROS DO MERCADO 6
ÍNDICES 6
LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA 6
2. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO E FINANCEIRO 7
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 7
ENQUADRAMENTO NACIONAL 8
3. MERCADO ACIONISTA 10
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 10
MERCADO PRIMÁRIO NACIONAL 13
MERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL 13
4. MERCADO OBRIGACIONISTA 15
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 15
MERCADO PRIMÁRIO NACIONAL 16
MERCADO SECUNDÁRIO NACIONAL 16
CAIXA: EMISSÕES DE OBRIGAÇÕES: EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS 17
5. MERCADO DE WARRANTS 18
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 18
MERCADO NACIONAL 18
6. MERCADO DE ETFS E CERTIFICADOS 19
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 19
MERCADO NACIONAL 19
7. MERCADO DE DERIVADOS 21
ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL 21
8. MEMBROS DO MERCADO 22
9. SISTEMA NACIONAL DE REGISTO E LIQUIDAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS 23
SISTEMAS CENTRALIZADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS 23
SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO 25
AGÊNCIA NACIONAL DE CODIFICAÇÃO 26
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A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON 27
MENSAGEM DO CEO 27
1. DESTAQUES FINANCEIROS CONSOLIDADOS 28
2. FACTOS RELEVANTES DA ATIVIDADE DA EMPRESA 30
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO 30
NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS 30
PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO 30
INTERBOLSA 31
LITERACIA FINANCEIRA 31
3. DESTAQUES OPERACIONAIS DO GRUPO 32
4. MODELO DE NEGÓCIO 33
5. GESTÃO DE RISCO 33
RISCOS FINANCEIROS 34
6. RISCOS E INCERTEZAS 34
7. RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 35
RECURSOS HUMANOS 35
COMUNIDADE 36
EDUCAÇÃO E LITERACIA FINANCEIRA 36
AMBIENTE 37
8. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 37
9. COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS 103
10. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 104
11. DECLARAÇÃO SOBRE A CONFORMIDADE DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA APRESENTADA 105
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A BOLSA PORTUGUESA: FACTOS E NÚMEROS 2015
A Bolsa Portuguesa em Números - 2015
a) Ações
Nº de Empresas cotadas, em 31 dezembro de 2015 = 60
Nº de Empresas cotadas nacionais = 58
Capitalização bolsista doméstica, em 31 dezembro 2015 = €47,6 mil milhões
Valor total negociado em ações, em 2015 = €28,0 mil milhões
Variação do índice PSI 20, em 2015 = +10,8%
Variação do índice PSI Geral, em 2015 = +18,6%
b) Obrigações
Nº de obrigações cotadas, em 31 de dezembro de 2015 = 175
Nº de obrigações cotadas de entidades privadas = 159
Capitalização bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €106,1 mil milhões
Valor total negociado em obrigações, em 2015 = €316 milhões
c) Warrants
Nº de Warrants admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 1.341
Nº de negócios, em 2015 = 71.917
Valor negociado em warrants, em 2015 = €263 milhões
d) ETFs
Nº de ETFs admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 14
Capitalização Bolsista, em 31 de dezembro de 2015 = €1.930 milhões
Valor negociado em ETFs, em 2015 = €191 milhões
e) Certificados
Nº de Certificados admitidos à negociação, em 31 de dezembro de 2015 = 229
Valor negociado em certificados, em 2015 = €334 milhões
f) Derivados nacionais
Nº de Contratos de Futuros cotados, a 31 de dezembro de 2015 = 28
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre Índices = 1 (PSI 20)
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre ações individuais = 12
Nº de Contratos Flex de Futuros sobre ações individuais = 12
Nº de Contratos de Futuros cotados sobre dividendos de ações individuais = 3
Posições abertas, a 31 de dezembro de 2015 = 18.675
Nº de Contratos Negociados, em 2015 = 271.991
Valor dos Contratos Negociados, em 2015 = €1.487 milhões
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Índices do Mercado Português
PSI 20. É o índice de referência do mercado, que integra as 20 empresas mais representativas.
PSI Geral. Engloba a totalidade das empresas cotadas na Euronext Lisbon.
PSI Setoriais. Existem índices sobre os seguintes sectores: Materiais de base, Industrial, Bens de
Consumo, Serviços, Telecomunicações, Utilities, Sector Financeiro, Tecnologia.
Outros Índices com Empresas Portuguesas
Índice Ibérico. Para além dos índices nacionais, as empresas cotadas na Euronext Lisbon também
estão cotadas em índices internacionais, como este, que inclui 20 empresas espanholas e 10
portuguesas.
Euronext 100. É um índice bolsista das empresas mais capitalizadas e mais líquidas nas praças
europeias geridas pela Euronext, que engloba atualmente 3 empresas portuguesas.
Next 150. É o índice que cobre as 150 empresas mais representativas, após as 100 maiores, que
engloba atualmente 10 empresas portuguesas.
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1. Factos Relevantes da Atividade do Mercado
Admissões e Exclusões
Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por
entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais
7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque
ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo
Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.
A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da
Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% to total que constava
da oferta.
Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram
cerca de €27,2 mil milhões. De realçar que se registaram 15 emissões de empresas não
financeiras, que totalizaram €895 milhões. Recorreram à oferta pública de subscrição 4
emitentes, que colocaram €215 milhões.
Negociação
A negociação de ações atingiu €28,0 mil milhões em 2015, representando uma redução de
27% face a 2014.
Igualmente, a negociação de obrigações também regrediu, totalizando €318 milhões, -42%
face ao registado em 2014. Esta evolução ficou a dever-se, quer à negociação de obrigações
de dívida privada, quer ao segmento da dívida pública.
Os instrumentos financeiros de gestão passiva, incluindo ETFs e Certificados, também
registaram reduções dos volumes negociados, em linha com os restantes instrumentos
financeiros.
Membros do Mercado
No final de 2015 o mercado à vista nacional contava com 99 membros, e o mercado de
derivados com 50.
Índices
Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, não se verificaram alterações às empresas
que compunham o índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do Banif.
Liquidação e Custódia
Durante o ano de 2015, a Interbolsa realizou com sucesso todos os testes relativos ao
projeto TARGET2-Securities (T2S);
A Interbolsa, detida a 100% pela bolsa portuguesa, continuou o processo de adaptação ao
projeto T2S, com o objetivo de estar preparada para entrar em produção, em março de
2016.
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2. Enquadramento Económico e Financeiro
Enquadramento Internacional A economia mundial terá mantido, em 2015, um ritmo de crescimento não muito diferente
do registado em 2014. Segundo o FMI, o PIB mundial deverá ter crescido cerca de 3,1% este
ano face a 3,4% em 2014.
Esta média global esconde os níveis diferentes de crescimento verificados nos vários
grupos de países, com as economias desenvolvidas provavelmente já numa fase de saída
da última crise económica e financeira, e os emergentes ainda num estado que se julga
próximo do ponto mais baixo do seu ciclo económico.
Durante 2015, a economia dos EUA terá acelerado o seu crescimento de 1,8% em 2014 para
2%, mas com sinais contraditórios quanto ao seu futuro imediato quando analisado sob
diferentes parâmetros macroeconómicos como crescimento do emprego (positivo) ou os
vários índices de confiança dos agentes económicos locais (negativo). No entanto, a FED
decidiu já, em 16 de dezembro de 2015, realizar uma subida de 25 p.b. das taxas de juro
diretoras, a primeira alteração administrativa desde 2008.
O PIB em volume da UE28 terá crescido 1,8% em 2015 (1,5% em 2014) porém com
diferentes ritmos entre os seus países-membros, desde o extremo positivo da Irlanda
(+6,8%) ao extremo negativo da Grécia (-1,9%).
Dos grandes países emergentes, o FMI estima que a China terá voltado a abrandar o
crescimento do seu PIB de 7,3% em 2014 para 6,8% em 2015, que a Rússia e o Brasil tenham
visto piorar os seus desempenhos económicos (recessões de -3,8% na Rússia, e queda de
+0,1% para -3,0% no Brasil), e só a Índia parece manter a sua vitalidade económica
traduzida na manutenção de um forte crescimento de 7,3% de 2014 para 2015.
Taxas de Juro Soberanas a 10 anos
Fonte: Banco Central Europeu
Na Europa comunitária as diversas ações do BCE conseguiram manter as taxas de juro
na área Euro em patamares historicamente muito baixos, embora em diferentes níveis
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entre os países de acordo com as respetivas notações de rating. Em particular, a crise de
julho/2015 na Grécia voltou a colocar as respetivas taxas de juro soberanas de longo-
prazo (10 anos) acima dos 10% ao ano, implicando algumas repercussões sobre o todo
comunitário incluindo os países da periferia mediterrânica.
O ano de 2015 caracterizou-se por um programa de quantitative easing iniciado pelo BCE
em março com um horizonte de implementação até setembro 2016. Apesar da elevada
liquidez por essa via injetada no mercado europeu, os níveis inflacionários mantiveram-
se contidos durante os meses decorridos: a taxa de variação homóloga para dezembro de
2015 situou-se em 0,2% na área Euro bem como na UE28.
Evolução do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor
(taxa de variação homóloga %)
Fonte: Banco Central Europeu
Enquadramento Nacional
A estimativa rápida do INE para 2015 aponta para um crescimento do PIB nacional de
1,2% quando medido pela variação homóloga em volume no 4º trimestre. No entanto,
este valor esconde um crescimento mais sólido entre 1,4% e 1,6% nos 3 trimestres
anteriores o que terá elevado a média anual para 1,5% (face a 0,9% em 2014). De acordo
com o Banco de Portugal, grande parte deste abrandamento poderá explicar-se pela
redução no crescimento das exportações – apenas +3,8% no 3º trimestre de 2015 – e à
fraca procura interna total (+2,0% no 3º trimestre).
Apesar deste abrandamento, o INE refere um aumento do emprego de 1,6% em termos
homólogos no 4º trimestre, elevando assim em 0,1% o total da população ativa residente.
Por outro lado, a taxa de desemprego nos últimos trimestres caiu de 13,5% em 2014 para
12,2% em 2015.
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Crescimento do PIB português
(var % homóloga, trimestral)
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
A inflação medida pela taxa de variação homóloga em dezembro de 2015 situou-se em
0,3% face a 0,2% para a inflação na área do Euro.
Portugal continuou a gozar de um acesso aos financiamentos externos em condições
concorrenciais de mercado, tendo mesmo conseguido obter taxas de juro negativas em
alguns dos seus leilões de dívida pública de curto prazo (BTs com maturidades de 3
meses e de 12 meses). E a taxa de juro soberana para 10 anos manteve-se em valores
historicamente baixos – atingindo um mínimo de 1,74% ao ano – embora tenha sido
influenciada durante o verão pela crise da Grécia, quando atingiu um máximo de 2,93%
em junho.
Capacidade/necessidade de financiamento da economia (% do PIB)
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
O financiamento da economia pelo conjunto de bancos e outras instituições financeiras
não monetárias continuou a encolher – o saldo de 91.832 milhões de euros aplicados em
dezembro de 2013, desceu de forma continuada para 83.490 milhões, em dezembro de
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2015. No entanto, os depósitos das sociedades não financeiras e dos particulares no
sistema bancário manteve o anterior ritmo ascendente permitindo atenuar a restrição de
liquidez do canal bancário.
3. Mercado acionista O segmento de ações da Euronext Lisbon foi marcado pela evolução positiva das cotações,
mas os volumes de negociação ressentiram-se das condições específicas das cotadas
nacionais, e em particular dos acontecimentos de 2014. O índice PSI 20 terminou o ano com
um ganho de 10,8%.
Enquadramento internacional Em 2015 o mercado europeu registou 364 operações de Ofertas Públicas Iniciais (OPI),
menos 11 (-2.9%) do que no mesmo período do ano anterior. O valor obtido neste tipo
de operações, no entanto aumentou, totalizando €57,4 mil milhões, mais €7,8 mil
milhões (15,9%) face a 2014.
Número e valor de OPIs na Europa
Fonte: IPO Watch, PWC
De acordo com os dados da World Federation Exchanges, o número total de empresas
listadas observou uma subida de 3% para 45.878, quando comparado com o mesmo
período do ano anterior. A evolução ligeiramente positiva foi comum a todas a regiões
do mundo.
Ainda de acordo com os dados da World Federation of Exchanges, a capitalização bolsista
das empresas cotadas em mercado, subiu 2,9%, globalmente no período homólogo. Esta
subida é explicada pela evolução positiva global das cotações no segmento acionista, e
pelo aumento que houve no número de empresas listadas.
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Empresas Cotadas e Capitalização Bolsista
nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
Em 2015 verificou-se uma subida quer ao nível de transações quer ao nível de volume de
negociação. O número de negócios aumentou 50,0%, quando comparado com 2014, e o
valor de ações negociado aumentou 42,3% no mesmo período
Negociação de Ações nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
Na maioria dos mercados bolsistas verificou-se uma subida dos índices de ações, em
linha com o que já se havia registado no ano anterior, com 10 bolsas (das 19
apresentadas) a registar evoluções positivas.
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Os 4 índices bolsistas benchmark dos mercados Euronext registaram evoluções positivas,
entre 4,1% da Holanda e 12,6% da Bélgica.
O índice SSE 180, que representa as 180 empresas mais representativas da bolsa de
Shanghai, que havia crescido 59,6% em 2014, acabou por inverter esse comportamento
registando uma ligeira perda de 0,6%.
Na Europa o pior desempenho registou-se na Grécia, que caiu 23,6% em 2015, tendo já
registado perdas de 31,2% em 2014.
Evolução dos principais índices bolsistas mundiais
(var% anual – fim de período)
Fonte: Bloomberg
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Mercado primário nacional
Em 2015 as empresas cotadas na Euronext Lisbon realizaram aumentos de capital (por
entradas em dinheiro ou ofertas de troca) que totalizaram 7,904 milhões de euros, dos quais
7,500 milhões corresponderam a um aumento de capital do Banco Santander. Destaque
ainda para a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada pelo
Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.
Mercado secundário nacional
No final de 2015 estavam cotadas 60 empresas na Euronext Lisbon, não se registando
entradas ou saídas do mercado.
A capitalização bolsista doméstica das empresas cotadas registou uma evolução positiva
em 2015, passando de 43,3 mil milhões de euros, no início de 2015, para 47,6 mil milhões
de euros, no final do ano, o que se traduz numa variação de 10,1%.
Em 2015 verificou-se uma evolução negativa na atividade do mercado acionista, tendo o
número de negócios decrescido 12,0% e o valor negociado 26,9%.
A Semapa lançou uma oferta pública de troca de ações da própria Semapa por ações da
Portucel, tendo adquirido 24.864.477 de ações próprias, cerca de 51,3% do total que
constava da oferta.
Negociação de Ações na Euronext Lisbon
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O índice PSI 20 valorizou 10,8% em 2015, atingindo o valor de 5318 pontos, recuperando
parcialmente das perdas registadas em 2014.
Evolução do Índice PSI 20
Os índices setoriais registaram, um comportamento misto, com os setores de Materiais Base,
Bens de Consumo, Serviços e Utilities a subirem 37,8%, 87,3%, e 17,6%, respetivamente. Os
restantes índices setoriais registaram um comportamento negativo com o setor financeiro e
das telecomunicações a serem penalizados com quedas de 15,6% e 26,7%
Evolução dos Índices Setoriais
Aquando da revisão anual do PSI 20, em março, e das revisões trimestrais não se registaram
alterações na composição do índice. Em dezembro foram excluídas do PSI 20 as ações do
Banif.
Várias empresas portuguesas entraram e foram retiradas dos índices Euronext 100 e Next
150. No final do ano encontravam-se 3 empresas nacionais no índice Euronext 100 e 10
empresas no Next 150.
Tendo o PSI 20 valorizado 10,8% no conjunto do ano de 2015, as variações individuais das
empresas foram muito diversificadas, apresentando uma variação positiva de 92%, registada
pela Altri, e uma negativa de 69% pela Pharol.
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Materiais de Base -32.7% 37.2% 22.3% -20.2% 37.8% 44.7% 18.5% 37.8%
Industrial -46.4% 54.6% -22.6% -23.5% -2.7% 17.4% -24.4% -3.2%
Bens de Consumo -39.6% 0.5% 4.6% -0.4% 17.7% 24.3% 36.5% 87.3%
Serviços -52.3% 67.8% 27.6% -4.4% 20.9% 16.6% -25.2% 38.9%
Telecomunicações -32.4% 56.4% 14.2% -32.6% -1.7% 5.2% -65.4% -26.7%
Utilities -37.4% 23.3% -20.5% 2.7% -1.3% 16.5% 30.5% 17.6%
Setor Financeiro -62.9% 14.7% -29.9% -62.4% 9.8% 22.0% -58.1% -15.6%
IT -13.1% 7.3% -31.3% -34.6% -13.1% 22.7% -16.6% -2.8%
12,6 %
62,6%
-51,3 %
62,6%
33,5 %
62,6%
-10,3 %
62,6%
-27,6 %
62,6%
2,9 %
62,6%
16,0 %
62,6%
-26,8 %
62,6%
10,8 %
62,6%
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Cotações das ações da carteira do PSI 20 (var% - fim de período)
Fonte: Bloomberg
4. Mercado obrigacionista No segmento de obrigações, verificou-se um aumento da actividade no mercado primário,
mas que não foi acompanhado pelos volumes negociados. Foram admitidas à Bolsa
portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram cerca de €27,2 mil milhões, das quais
40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6 foram admissões ao segmento Easynext.
Enquadramento internacional No que se refere a obrigações negociadas nas Bolsas associadas da World Federation of
Exchanges, o mercado obrigacionista global manteve a tendência verificada em 2013 e
2014, de crescimento do número de negócios, com um aumento de 14%, depois de uma
variação de 17% em 2014, e de 15% em 2013.
No entanto o valor negociado contrariou a tendência que se verificou em 2014, com uma
descida de 17% em 2015.
Negociação de Obrigações nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
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Mercado primário nacional
Em 2015 foram admitidas à Bolsa portuguesa 46 emissões de obrigações, que totalizaram
cerca de €27,2 mil milhões, das quais 40 foram admissões ao mercado regulamentado e 6
foram admissões ao segmento Easynext.
De realçar que, do total das emissões de obrigações, registaram-se 15 emissões de empresas
não financeiras, das quais 9 foram admitidas ao mercado regulamentado e outras 6 ao
Easynext, e que totalizaram €895 milhões.
Recorreram à oferta pública de subscrição 4 emitentes, que colocaram €215 milhões.
Mercado secundário nacional
No ano de 2015 o valor negociado registou uma redução, de 41,9% contrariando assim a
evolução positiva de 2014, onde o valor negociado havia aumentado 31,7%. Voltou-se a
verificar uma queda do número de negócios de obrigações de 20,4% face a 2014. Esta
evolução foi comum, quer à dívida pública, quer à dívida privada.
Negociação de Obrigações na Euronext Lisbon
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Emissões de Obrigações: Empresas não financeiras
Em 2015 registaram-se 14 emissões de obrigações de empresas não financeiras, o que compara com
12 em 2014 e 6 emissões em 2013. Nos últimos 2 anos, empresas de diversos setores acederam a
financiamentos por emissões de obrigações, que totalizaram 2,2 mil milhões de euros. Deste
montante, €665 milhões correspondeu a emissões de empresas que não têm o capital cotado.
Das 14 emissões realizadas em 2015, 7 correspondem a empresas que não têm o capital cotado, o que
constitui uma novidade nos últimos anos, na Euronext Lisbon. Destas sete emissões, uma delas, a da
José de Mello Saúde foi admitida ao mercado regulamentado, e as restantes ao segmento Easynext,
um segmento regulado pela Euronext.
Emissões de Obrigações 2014 - 2015
Empresas não financeiras – montantes emitidos
Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa
SEMAPA FRN 17APR19 SEMAPA 17/04/2014 150,000,000 5 anos Euribor 6m+3.25%
FCP 6,75% 6JUN17 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 06/06/2014 20,000,000 3 anos 6.75%
JOSE MEL FRN9JUN19 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 04/08/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m+3.875%
NOS FRN 9NOV19 NOS 01/10/2014 100,000,000 5 anos e 6 meses Euribor 6m + 2.5%
MEDIA CAPITAL FRN 14JUL19 GRUPO MEDIA CAPITAL 14/10/2014 75,000,000 5 anos Euribor 6m + 4%
SONAEC FRN28MAI19 SONAE CAPITAL 21/10/2014 42,500,000 5 anos Euribor 6m + 4%
Total 437,500,000
Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa
SEMAPA FRN 30NOV29 SEMAPA 21/01/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.05%
SCP 6,25% 25MAI18 SPORTING 25/05/2015 30,000,000 3 anos 6.25%
FCP 5% 26MAI18 FUTEBOL CLUBE DO PORTO 26/05/2015 45,000,000 3 anos 5%
JOSE MEL FRN 17MAI21 JOSÉ DE MELLO SAÚDE 10/06/2015 50,000,000 6 anos Euribor 6m + 2.95%
ALTRI FRN 16ABR20 ALTRI 10/06/2015 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.5%
NOS FRN 27MAR22 NOS 24/06/2015 150,000,000 7 anos Euribor 6m + 1.72%
MOTA ENG 3,9% 3 FEV20 MOTA ENGIL 03/07/2015 95,000,000 5 anos 3,9%
SLB 4,75% 13JUL18 BENFICA 14/07/2015 45,000,000 3 anos 4,75%
Total 545,000,000
Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa
CELBI FRN 21 Mar 19 CELBI 30/04/2014 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.65%
BIAL FRN 10 Jul 19 BIAL 14/07/2014 50,000,000 5 anos Euribor 6m + 3.875%
AUTO S FRN 25 Jul 18 AUTO SUECO 14/08/2014 25,000,000 4 anos Euribor 6m + 3%
COLEP FRN 10 Oct 17 COLEP 22/10/2014 45,000,000 3 anos Euribor 6m + 2.95%
IMPRESA FRN 12 Nov 2018 IMPRESA 13/11/2014 30,000,000 4 anos Euribor 6m + 4%
PESTANA FRN 28 Fev 20 GRUPO PESTANA 27/11/2014 65,000,000 6 anos Euribor 6m + 3.5%
Total 295,000,000
Emissão Empresa Data Emissão Montante Prazo Taxa
GENERIS FRN 27DEZ20 GENERIS 27/05/2015 45,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%
SECIL FRN 25MAI20 SECIL 02/07/2015 80,000,000 5 anos Euribor 6m + 2.5%
PESTANA 3.95% 15JUL 22 GRUPO PESTANA 15/07/2015 15,000,000 7 anos 3.95%
CIN FRN 19DEZ19 CIN 11/08/2015 20,000,000 4 anos Euribor 6m + 3.35%
HOVIONE FRN 2OUT23 HOVIONE 02/10/2015 40,000,000 8 anos Euribor 6m + 3%
VIOLAS FRN 6NOV23 GRUPO VIOLAS 10/11/2015 100,000,000 8 anos Euribor 6m + 2.25%
Total 300,000,000
2014
2015
EasyNext
2015
2014
Euronext (mercado regulamentado)
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5. Mercado de Warrants
Enquadramento internacional A negociação de warrants nas Bolsas membros da WFE registou uma evolução positiva,
tanto no número de negócios realizados (+28,2%), como no valor transacionado (64,2%). A
atividade de warrants parece ter recuperado para níveis próximos dos registados em 2010 e
2011.
Negociação de Warrants nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
Mercado nacional Em 2015 o número de negócios de warrants reduziu ligeiramente (1,7%), enquanto o
valor negociado subiu 34,8%. O ano de 2015 voltou a ser um ano, desde 2011, onde se
registou uma evolução positiva da atividade de warrants.
Negociação de Warrants na Euronext Lisbon
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 19
6. Mercado de ETFs e Certificados
Enquadramento internacional
Negociação de ETFs nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
No mercado global de ETFs, em 2015, verificou-se um incremento, tanto no valor
negociado como no número de negócios, depois de uma subida significativa de ambos
os indicadores em 2014 e 2013.
Enquanto a progressão do valor negociado foi de cerca de 15,2%, o número de negócios
aumentou 29,0% face ao registado em 2014.
Mercado nacional Em outubro de 2014 a Euronext havia aumentado a sua oferta de ETPs com a admissão
na Euronext Lisbon de 12 novos ETFs (Exchange Traded Funds) da ComStage. Estes ETFs
vieram juntar-se aos dois já existentes em Lisboa sobre os índices PSI 20 e PSI 20
Leverage, e têm como subjacentes os índices DAX, Short DAX, CAC 40, CAC 40
Leverage, CAC 40 Short, Dow Jones Ind. Average, S&P 500, Nasdaq 100, Nikkei 225,
MSCI World, MSCI Emerging Markets, e DJ Euro Stoxx 50. Estes ETFs novos cumprem
os requisitos das diretivas OICVM/UCITS IV.
Em 2015 o segmento de ETFs também foi atingido pelas condições particulares do
mercado português, o que se traduziu numa contração do número de negócios em 9,0%
e do valor negociado em 43,0%.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 20
Negociação de ETFs na Euronext Lisbon
O mercado de Certificados verificou igualmente uma evolução negativa do nível de
atividade, com o valor negociado e o número de negócios a contraírem em 2015, depois
de uma evolução muito positiva em 2014 e 2013. O número de negócios desceu 54,2%,
enquanto o valor negociado, registou um contração de 49,6%. O nível de atividade
registada foi contudo, mais intensa do que se havia verificado em 2011 e 2012.
Evolução da Negociação de Certificados na Euronext Lisbon
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Individuais e Contas Consolidadas 21
7. Mercado de Derivados
Enquadramento internacional À semelhança do verificado nos mercados à vista, os mercados de derivados (futuros)
experimentaram uma evolução positiva nos valores transacionados (43,3%) em 2015 face ao
ano anterior, e no número de contratos negociados (10,2%).
Transações de Derivados (Futuros) nas Bolsas membros da WFE
Fonte: World Federation of Exchanges
Mercado nacional
No final do ano em apreço, encontravam-se disponíveis para ser negociados 28 contratos de
futuros: 1 sobre o principal índice acionista português (o PSI 20) e 27 sobre ações de
sociedades integradas na carteira deste índice.
Foram lançados no mercado de derivados português 3 novos contratos de futuros sobre as
ações dos CTT, Semapa e Portucel.
Em termos do conjunto da carteira do PSI 20 estes contratos representavam diversos setores
da economia nacional: financeiro (Millennium-BCP, BPI), da energia (EDP, REN e EDP
Renováveis), das comunicações (NOS), do retalho (Sonae e Jerónimo Martins), petrolífero
(Galp Energia), e de exploração florestal e papel (Semapa e Portucel).
Em 2015 foram negociados 271.991 contratos, correspondendo a um valor nocional
negociado de €1.487 milhões.
O volume de contratos transacionados registou um crescimento de 3,1%, face ao ano
anterior, e o valor negociado perdeu 9,5% também em variação homóloga.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
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Negociação de Derivados na Euronext Lisbon
8. Membros do Mercado
No final do ano de 2015 existiam 99 membros a operar na bolsa portuguesa. Os 99 membros são
provenientes de diferentes países europeus, com a seguinte distribuição geográfica.
Membros do Mercado da Euronext Lisbon
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 23
9. Sistema Nacional de Registo e Liquidação de Valores
Mobiliários
Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários1
Em 2015 o número de emissões sob gestão da Interbolsa verificou um decréscimo de 7,5% em
termos homólogos, a que correspondeu um aumento em termos do respetivo valor nominal, de
1,2%. A Interbolsa deu ainda continuidade, no ano transato, à adaptação técnica dos seus
Sistemas, de forma a permitir ao mercado português o acesso à plataforma de liquidação T2S,
prevista para março de 2016.
No final do ano a Interbolsa contava com 30 Intermediários Financeiros filiados nos seus
Sistemas, sendo a sua totalidade entidades bancárias.
O número de emissões sob gestão da Interbolsa totalizava, no fim de 2015, 2.918 emissões
com um valor nominal global de €278.275 mil milhões. Comparativamente com o período
homólogo, verificou-se um decréscimo de 237 emissões e um aumento de 1,2% no
montante nominal dos valores mobiliários.
No período em análise foram processadas, através dos Sistemas geridos pela Interbolsa,
7.948 operações de exercício de direitos de conteúdo patrimonial e outros eventos,
representando menos 441 operações do que as registadas no ano anterior, sendo o
montante nominal correspondente ao total destas operações de €60.278 milhões,
apresentando um decréscimo homólogo de 19,4%.
O montante de juros e rendimentos equiparados, pagos através dos Sistemas Centralizados
geridos pela Interbolsa, no ano de 2015, ascendeu a 6.971,7 milhões de euros, resultado de
2.474 operações (menos 427 no ano anterior). Assim, no decurso do ano foram processadas
28 operações respeitantes a emissões representativas da dívida pública portuguesa, no
montante de €4.059,8 milhões, valor que representou um acréscimo de 0,1% em confronto
com o ano transato. Por sua vez, no mesmo período, foram processadas 2.259 operações
desta natureza referentes ao conjunto da dívida privada, no montante total de €2.859,5
milhões, apresentando um decréscimo em termos homólogos 31,3%.
No que concerne ao número de amortizações processadas na Interbolsa, tanto de dívida
pública como de dívida privada, o seu total decresceu em termos homólogos 0,5% (de 775
para 771), tendo o montante amortizado no ano de 2015 decrescido 27,9% face ao período
homólogo do ano anterior.
Em 2015 foram realizadas 11 operações de amortizações de Bilhetes do Tesouro,
movimentando €15.206,0 milhões.
No que respeita ao pagamento de dividendos e de remunerações de unidades de
participação sob gestão da Interbolsa, no ano de 2015 foram processadas 96 operações, nas
quais foram movimentados €4.227,0 milhões.
1 Em Portugal, a gestão dos Sistemas Centralizados de valores mobiliários e dos Sistemas de Liquidação é da competência da
INTERBOLSA – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A., uma
sociedade anónima cujo capital social é inteiramente detido pela Euronext Lisbon.
Nos termos legais, a INTERBOLSA, no seu relatório anual, faz uma análise detalhada da forma como desenvolveu as
atividades que lhe estão cometidas. Assim sendo, e apenas porque este se trata de um relatório “consolidado”, apresenta-se a
seguir uma breve resenha da atividade desenvolvida no ano em apreço no domínio dos Sistemas Centralizados e de
Liquidação de valores mobiliários.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 24
No sistema centralizado gerido pela Interbolsa foram ainda efetuadas, no período em
análise, 13 operações de aumento de capital, sendo 3 na modalidade de subscrição e 10 de
incorporação de reservas. O montante resultante da incorporação de reservas ascendeu a
272,5 milhões de euros, que compara com 1,5 milhões de euros processados no período
homólogo, e o capital realizado por subscrição ascendeu a €5,2 milhões tendo, no ano
anterior, registado €3.396,3 milhões.
No tocante às operações de redução de capital, fusão e cisão de empresas e liquidação de
emissões que tiveram lugar no decurso do ano de 2015, a Interbolsa registou 33 operações
desta natureza (contra as 17 realizadas no período homólogo), nas quais, no seu conjunto,
foram movimentados milhões €6.836,6 valor que compara com €1.465,2 milhões
movimentados no mesmo período do ano anterior.
Ainda durante o ano em causa, a Interbolsa processou 4.553 operações de exercício de
valores mobiliários estruturados (warrants e certificados), ou seja, menos 35 operações do
que em 2014. Nas operações realizadas em 2015 foram movimentados 83,4 milhões de
euros, o que corresponde a um decréscimo homólogo de 29,4%.
Operações Processadas na Central de Valores Mobiliários
Nº Operações € Valor 10^6 Nº Operações € Valor 10^6
Juros/Remunerações 2901 8,294 2474 6,972 -15.9%
Dívida Pública 28 4,057 28 4,060 0.1%
Dívida Privada – Obrigações 2,678 4,160 2,259 2,860 -31.3%
Outra Dívida Privada 195 76 187 52 -31.6%
Amortizações 775 57,954 771 41,810 -27.9%
Dívida Pública mlp 2 9,378 1 5,421 -42.2%
Dívida Pública cp 10 18,718 11 15,206 -18.8%
Dívida Privada + Títulos de Participação 579 19,716 577 15,184 -23.0%
VMOC + Obrigações Titularizadas 184 10,142 182 5,998 -40.9%
Dividendos/Remunerações 93 3,415 96 4,227 23.8%
Aumentos de Capital 8 3,398 13 278 -91.8%
Por Subscrição 3 3,396 3 5 -99.8%
Por Incorporação de Reservas 5 1 10 272 18424.5%
Redução de Capital, Fusões e Cisões de Empresas 17 1,465 33 6,837 366.6%
Exercícios de Warrants e Certificados 4,588 118 4,553 83 -29.4%
Liquidação de Sociedades e UP's 4 104 3 71 -31.6%
Outros eventos 3 s/v 5 s/v
2014 2015 Variação do
Valor Homólogo
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Individuais e Contas Consolidadas 25
A Interbolsa, através dos seus Sistemas, efetua, por instrução dos intermediários
financeiros, a movimentação de valores mobiliários dentro da mesma conta e entre contas
de diferentes intermediários financeiros, tanto para efeito de liquidação física de operações
como para a mera transferência de valores. No ano de 2015, foram realizadas 252 mil
operações de transferência de valores mobiliários, menos 78 mil operações do que no ano
anterior. Por sua vez a quantidade de unidades de valores mobiliários objeto de
transferência apresentou um decréscimo de 48,1%.
Sistemas de Liquidação2
Durante o ano de 2015 a Interbolsa, através do Sistema de Liquidação Geral, liquidou cerca
de 227 mil instruções resultantes da compensação de operações realizadas nos mercados
geridos pela Euronext Lisbon e garantidas pela LCH.Clearnet, no valor de €20.064 milhões (-
30,1% do que no período homólogo do ano anterior).
Por seu turno, o montante envolvido na liquidação das operações em tempo real evoluiu no
mesmo sentido, cifrando-se em 158.405 milhões de euros (-36,2%).
Operações Realizadas nos Sistemas de Liquidação da Interbolsa
O número de operações realizadas nos mercados geridos pela Euronext Lisbon e
garantidas pela LCH.Clearnet, liquidadas no ano de 2015, no Sistema de Liquidação Geral,
elevou-se a 227.443. O montante envolvido nestas operações ascendeu a €20.064,1 milhões,
o que representou um decréscimo de 30,1% no montante liquidado, quando comparado
com o ano transato.
Por seu turno, a liquidação de operações realizadas em mercado regulamentado e não
garantidas pela LCH.Clearnet, deu origem a 2.648 instruções de liquidação, a que
correspondeu um montante liquidado de €30,3 milhões, valor que compara com €21,3
milhões liquidado em 2014.
Em 2015 foram ainda realizadas 25.434 instruções referentes a operações garantidas que,
por falha de liquidação, liquidaram nas tentativas realizadas pelo Sistema de Liquidação
em tempo real. Face ao número de instruções que foram sujeitas a idêntico procedimento
2 A Interbolsa está incumbida da organização e gestão dos Sistemas de Liquidação de Valores Mobiliários com vista a
assegurar, designadamente, a realização de transferências de dinheiro associadas às transferências de valores mobiliários ou a
direitos inerentes e a garantias relativas a operações sobre valores mobiliários. São participantes dos Sistemas de Liquidação
os intermediários financeiros filiados na Interbolsa e que asseguram a liquidação física e financeira das operações realizadas
em todos os mercados geridos pela Euronext Lisbon, bem como as operações realizadas fora de mercado. A Interbolsa gere
três Sistemas de Liquidação: o Sistema de Liquidação em Geral, SLrt – Sistema de Liquidação em tempo real e o SLME –
Sistema de Liquidação em moeda estrangeira. A LCH.Clearnet, S.A. assume, no mercado de capitais português, as funções de
câmara de compensação e de contraparte central.
Nº Operações Valor Nº Operações Valor
10^6 € 10^6 €
Operações Garantidas 271,579 28,709 227,443 20,064 -30.1%
Operações não Garantidas 1,751 21 2,648 30 41.8%
Operações Garantidas Liquidadas SLrt 25,363 2,363 25,434 1,949 -17.5%
SLrt - Sistema de Liquidação em Tempo Real
SLrt Total 758,482 248,282 597,020 158,405 -36.2%
Sistema de Liquidação em Geral
2014 2015
Variação do
Valor Homólogo
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Individuais e Contas Consolidadas 26
em 2014, registou-se um acréscimo de 71 operações. O correspondente valor em 2015, que
se cifrou em €1.949,5 milhões, incorporou uma variação homóloga negativa de 17,5%.
O SLrt, que permite a liquidação de instruções FOP (Free Of Payment) e DVP (Delivery
Versus Payment) num ambiente totalmente automatizado, liquidou 96.357 e 500.663
instruções, respetivamente.
O valor global das instruções DVP liquidadas em tempo real ascendeu a €158,4 mil
milhões. Em termos homólogos, o número deste tipo de operações diminuiu 21,4% tendo
sido acompanhado pelo decréscimo do valor movimentado em 36,2%.
Durante o período em análise, as operações FOP liquidadas através do SLrt apresentaram
um decréscimo de 20,7% no número de instruções, tendo a quantidade liquidada
aumentado 71,7%.
Agência Nacional de Codificação3
No ano em análise a Agência Nacional de Codificação atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e
CFI, tendo desativado 10.084 códigos, encontrando-se ativos em 31 de dezembro 5.152
códigos.
No âmbito das funções que lhe estão cometidas, enquanto Agência Nacional de
Codificação (ANC), a Interbolsa prosseguiu em 2015 a atividade de atribuição de códigos
ISIN e códigos CFI de acordo com as guidelines definidas pela ANNA (Association of
National Numbering Agencies), enquanto entidade responsável a nível mundial, pela
promoção, implementação e manutenção das Normas ISO 6166 e ISO 10 962. Neste âmbito,
atribuiu 11.017 novos códigos ISIN e CFI, tendo desativado 11.084 códigos, denotando-se
um decréscimo de 0,6% na atividade da ANC face ao ano anterior.
3 Além desta função, à INTERBOLSA, enquanto membro da ANNA – Association of National Numbering Agencies, S.C.R.L.,
está confiada a gestão e o funcionamento da Agência Nacional de Codificação, entidade responsável pela atribuição de
códigos ISIN – International Securities Identification Number e CFI – Classification of Financial Instruments a todos os
valores mobiliários emitidos em Portugal, bem como a outros instrumentos financeiros, em conformidade com as normas ISO
e as diretrizes da ANNA.
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Individuais e Contas Consolidadas 27
A ATIVIDADE DA EURONEXT LISBON
Mensagem do CEO
A Euronext Lisbon geriu a Bolsa portuguesa, em 2015, num contexto económico e financeiro que
refletiu um aumento da incerteza quanto à intensidade do crescimento mundial, com os principais
indicadores da atividade global a revelarem algum arrefecimento. A economia portuguesa, porém,
consolidou uma trajetória de crescimento positiva, acompanhada de uma redução do desemprego.
Este contexto acabaria por se traduzir numa evolução assimétrica dos principais índices de bolsa nos
mercados internacionais, com países a revelarem desempenhos positivos e outros a registarem
desvalorizações. O PSI 20 acabaria o ano com uma valorização de 10,8%.
Apesar do contexto interno mais positivo, os volumes de negociação na Euronext Lisbon
ressentiram-se do contexto internacional mais volátil, e dos acontecimentos nacionais recentes, que
afetaram direta ou indiretamente diversas empresas cotadas. Esta redução foi comum a todos os
produtos cotados, e afetou naturalmente o desempenho financeiro da empresa.
No ano de 2015 destacou-se a oferta pública de troca de instrumentos de dívida por ações, realizada
pelo Millennium BCP, que permitiu um aumento de capital ao banco de cerca de €400 milhões.
Também na admissão de instrumentos de dívida se registou uma evolução positiva, consolidando-se
o movimento do ano anterior, no que se refere a admissões de emissões de empresas não financeiras
sem o respetivo capital cotado.
No âmbito da atividade dos serviços de post-trading (na vertente de liquidação e custódia), geridos
pela Interbolsa (empresa 100% participada pela Euronext Lisbon), continuou a desenvolver-se um
intenso trabalho de implementação do plano de adaptação de ligação à plataforma de liquidação a
disponibilizar pelo “BCE/Eurosistema” e designada por “TARGET2-Securities”.
Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 foi o primeiro ano completo de atividade, após a
separação da Euronext do Grupo ICE/NYSE ocorrida em junho de 2014, que se revelou globalmente
positivo, quer no que se refere aos indicadores de mercado, quer no desempenho financeiro da
empresa.
O Grupo continuou a investir na sua estratégia de servir a economia real, em particular em
proporcionar financiamento e outros serviços às empresas, essência da sustentabilidade da sua
atividade, designadamente através da iniciativa Enternext, dedicada às empresas de menor
dimensão. Neste âmbito há a realçar a especial atenção que tem sido concentrada no sector Tech, que
teve mais um relevante desenvolvimento – o lançamento da plataforma EnterTheNextStage – e que
vem na sequência de outras iniciativas conexas, como o programa TechShare ou o índice Tech 40.
Registamos com muito interesse que o Governo português, através do Ministério da Economia,
decidiu criar uma Unidade de Missão para a Capitalização das Empresas, que tem no mercado de
capitais um dos seus eixos prioritários de atuação. Assim, espero que o ano de 2016 possa reunir a
atenção e o esforço de uma base alargada de intervenientes e decisores, que permita colocar o
mercado de capitais ao serviço da captação de mais capital para aumentar o investimento e o
crescimento económico.
Isabel Ucha
Presidente Interina do Conselho de Administração da Euronext Lisbon
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
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1. Destaques Financeiros Consolidados
Proveitos (€milhões)
Estrutura dos Proveitos
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Margem Operacional e Margem Líquida
Resultados Líquidos (€milhões)
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 30
2. Factos Relevantes da Atividade da Empresa
Estrutura e Organização O ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no qual o Grupo Euronext
desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV, realizado em junho de 2014.
Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente detida a 100% pela ICE,
passou a contar com um conjunto de novos acionistas de referência, representando
33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.
Em 2015 foi alterada a composição do Conselho de Administração da Euronext NV, com
a saída do CEO Dominique Cerutti, em abril, ficando como interino no cargo Jos
Dijseelhof. Em novembro foi noneado um novo CEO, Stephane Boujnah.
Novos Produtos e Serviços O grupo Euronext lançou a nova plataforma de comunicação designada
EnterTheNextStage, a que se pode aceder através da Enternext, empresa do grupo
Euronext dedicada ao segmento das pequenas e médias capitalizações, que disponibiliza
conteúdos especializados para investidores e empresas inovadoras, com elevado
potencial de crescimento, e com modelos de negócio assentes numa forte componente
tecnológica (e que a Euronext designa por Tech sector). Esta iniciativa vem na sequência
de outras que a Enternext vem desenvolvendo nos últimos dois anos, das quais se
destacam o programa TechShare, o índice Tech 40 e a Tech Label.
Promoção e Desenvolvimento
No final de janeiro teve lugar a quarta edição dos Euronext Lisbon Awards. Trata-se um
evento no qual são atribuídos um conjunto de prémios que se destinam a evidenciar o
desempenho das empresas cotadas, a atividade dos intermediários no mercado, bem
como as contribuições individuais e de instituições para o desenvolvimento do mercado
de capitais português.
Entre 1 e 4 de junho foi organizada pela Euronext NV a terceira conferência pan-
Europeia, em parceria com os bancos BPI, ING, KBC Securities e Societé Générale, que
ocorreu em Nova Iorque e Boston. A conferência contou com a participação de cerca de
60 entidades emitentes (das quais 14 portuguesas), representando uma capitalização
bolsista superior a 400 mil milhões de euros, que reuniram com mais de 350 investidores
norte-americanos.
No primeiro semestre de 2015 a Euronext Lisbon lançou uma task force com o propósito
de dinamizar a capitalização de mais empresas portuguesas através do mercado de
capitais, na qual envolveu um conjunto de parceiros, incluindo bancos de investimento e
escritórios de advogados.
Em outubro foi assinado um MoU entre a Euronext e o Haitong Bank, com o objetivo de
expandir a atividade deste membro do mercado em Portugal e, de forma mais
abrangente nos mercados Euronext. Em particular, as duas entidades irão explorar
oportunidades de negócio relacionadas com o mercado chinês.
Realizou-se, em Lisboa, o Institutional Traders Advisory Committee (ITAC), no qual
participaram os responsáveis das principais sociedades gestoras de fundos e foram
abordados vários temas relacionados com o mercado de capitais português, a par dos
desenvolvimentos recentes da Euronext. A APFIPP também se juntou ao evento,
partilhando a sua visão sobre os últimos desenvolvimentos regulatórios e fiscais ao
nível da MiFID II, União dos Mercados de Capitais (CMU), Financial Transaction Tax
(FTT) e European Long Term Investment Funds (ELTIF).
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Individuais e Contas Consolidadas 31
A Euronext Lisbon manteve uma intensa atividade relacionada com o objetivo de
promover a melhoria do contexto e das condições de desenvolvimento do mercado de
capitais, contribuindo para que se tivessem produzido evoluções, designadamente nos
regimes jurídicos de emissões de obrigações e fundos de investimento. Este trabalho
tem-se ainda materializado no âmbito da participação da Euronext no Forum CMVM-
Mercado de Capitais, uma iniciativa da CMVM relançada no primeiro semestre de 2015.
O presidente da Bolsa Portuguesa participou numa sessão de trabalho com os
Comissários Jyrki Katainen e Carlos Moedas, na qual se debateram o Plano de
Investimento para a Europa e a União dos Mercados de Capitais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em articulação com a AICEP Portugal
Global e com o apoio da Euronext, organizaram em julho uma sessão de reflexão
estratégica de alto nível que teve como principal objetivo produzir um debate sobre
como desenvolver em Portugal uma plataforma de serviços financeiros, e de mercado de
capitais, que seja um elemento estruturante de apoio à estratégia de investimento chinês
em Portugal, na Europa e nos países da lusofonia. Esta reunião contou com a
participação de cerca de 30 representantes de várias entidades Portuguesas e Chinesas
Na sequência do lançamento pelo Grupo Euronext da iniciativa TechShare, teve início em
setembro a primeira edição deste programa, que integrou quatro empresas portuguesas
(Guestcentric, Inosat, Omnidea, e Uniplaces). Esta iniciativa também tem como
propósito ajudar empresas nos vários países em que a Euronext tem presença, a
prepararem-se para encontrar novas soluções de financiamento, designadamente
através do mercado de capitais.
O Fórum ‘Startup Europe’, promovido pela Comissão Europeia e a Fundação para a
Ciência e Tecnologia, teve lugar em Lisboa entre 20 e 22 de outubro, no qual a Euronext
teve participação em diversos momentos do programa.
A Euronext Lisbon dedicou uma sessão aos membros da CFA Portugal, sob o tema
“Bolsa: tendências do século XXI”. Estiveram presentes nesta sessão cerca de duas dezenas
de profissionais do setor.
A Euronext Lisbon participou na Conferência Anual da FIAB – Federação Ibero-
Americana de Bolsas, que decorreu no Panamá e cujo tema central de discussão foi:
“Modernização e Integração das Bolsas Ibero-Americanas no contexto Regulatório global”.
Interbolsa A Interbolsa, detida a 100% pela Euronext Lisbon, continuou o processo de adaptação
dos seus sistemas ao projeto 'TARGET2-Securities' (T2S), encontrando-se prevista para
março de 2016 a data de migração da Interbolsa para o sistema de liquidação europeu
(segunda onda de migração).
Literacia Financeira Em 2015 realizaram-se mais 10 sessões das "Young Professional Sessions" (YPS),
envolvendo cerca de 380 participantes, e abordando diversos temas relacionados com o
mercado de capitais.
Assinalando a European Money Week, a Euronext e a CMVM organizaram, em parceria,
um conjunto de eventos dedicados à literacia financeira. Foi realizada uma sessão
pública na qual se apresentaram os resultados de um projeto de investigação que, entre
outros temas relacionados com o mercado de capitais, estimou o custo do capital e a
rendibilidade da Bolsa portuguesa desde 1900 a 2013.
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Individuais e Contas Consolidadas 32
A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge, competição
realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a partir de uma
cópia de uma plataforma de negociação real.
Durante o ano de 2015, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 23 escolas,
envolvendo cerca de 650 alunos, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações
de divulgação e promoção da literacia financeira.
3. Destaques Operacionais do Grupo Ao nível do Grupo Euronext, o ano de 2015 correspondeu ao primeiro ano completo no
qual o Grupo Euronext desenvolveu a sua atividade após o IPO da Euronext NV,
realizado em junho de 2014. Na sequência desta operação, a Euronext NV, anteriormente
detida a 100% pela ICE, passou a contar com um conjunto de novos acionistas de
referência, representando 33,4% do capital, e cerca de 62,3% de capital disperso.
O ano de 2015 foi globalmente muito positivo para o Grupo Euronext, com as receitas a
crescerem nos segmentos mais relevantes da sua atuação, designadamente nas operações
de admissão (listing), negociação à vista (cash trading) e transação de dados e índices
(market data and indices). Esta evolução resultou essencialmente de uma evolução positiva
do mercado de ofertas públicas iniciais e ofertas subsequentes, que incluindo acções e
obrigações, representou €111,7 mil milhões, que compara com €104,4 mil milhões em
2014, assim como do aumento dos volumes negociados em mercado secundário (+27,8%
face a 2014). Esta evolução traduziu-se num aumento do resultado líquido consolidado
do Grupo Euronext de €118,2 milhões em 2014, para €172,7 milhões em 2015.
Em novembro a Euronext anunciou a assinatura de um contrato de três anos com a Bolsa
do Luxemburgo, de prestação de serviços à sua plataforma de negociação e gestão do
mercado. Este regime de outsourcing vem na sequência de relações desenvolvidas com
esta Bolsa desde 2007.
Com o objetivo de explorar oportunidades de desenvolver a sua atividade, aproveitando
a importância crescente da economia chinesa e a abertura progressiva dos seus
mercados, o Grupo Euronext lançou diversas iniciativas: duas parcerias, uma com a
Bolsa de Shenzen na área dos Fundos e Índices, e outra com a Bolsa de Shangai relativa a
produtos de informação. Foram ainda assinados MoUs com os bancos ICBC e Haitong
Bank. Em Paris foi listado o primeiro ETF denominado em RMBs.
Em outubro a Euronext recebeu aprovação da Hong Kong Securities and Futures
Commission para poder prestar serviços de negociação automática (ATS) a clientes
domiciliados em Hong Kong.
Ainda em outubro a Euronext lançou a plataforma AtomX, com o objectivo de atrair a
negociação e registo de derivados, que de outro modo seriam realizados OTC.
Adicionalmente, este serviço permite a compensação (clearing) destes negócios, com
vantagens em termos de gestão de risco.
A assinalar também que a Euronext ganhou o prémio “Exchange of the Year”, incluído
no Global Investors/ISF Investment Excellence Awards. Este reconhecimento assentou no
facto de a Euronext ser a única bolsa que desenvolve mercados à vista e de derivados em
diversos mercados, com uma única plataforma tecnológica; adicionalmente, através do
Enternext, a empresa tem-se posicionado para disponibilizar à economia real uma fonte
alternativa de financiamento.
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4. Modelo de Negócio
A atividade da Euronext Lisbon cobre cinco áreas de negócio principais:
Mercado a contado. Este segmento corresponde à atividade de negociação de valores
mobiliários, que atualmente inclui ações, obrigações, ETFs, Certificados e Warrants. Nela se
incluem as receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos
membros do mercado).
Admissão e manutenção. Esta atividade abrange a admissão à negociação de valores
mobiliários, incluindo ofertas iniciais e ofertas subsequentes, e a manutenção dos valores
cotados, incluindo o tratamento do pagamento de juros e dividendos. Nela se incluem as
receitas provenientes das listing fees (comissões de admissão e manutenção cobradas às
entidades emitentes).
Mercado de derivados. Neste segmento estão incluídas as atividades de listagem, gestão e
negociação de contratos de derivados, incluindo opções e futuros. Nela se incluem as
receitas provenientes das trading fees (comissões de negociação cobradas aos membros do
mercado).
Serviços de informação. A informação sobre a negociação em bolsa, designadamente no que
se refere a preços e volumes negociados é procurada por diversas entidades, que procedem
à sua difusão e tratamento. A Euronext disponibiliza diversos serviços relacionados com a
informação gerada na sua atividade, que também proporcionam receitas.
Liquidação e custódia. A atividade de liquidação e custódia de valores mobiliários no
mercado português é gerida pela Interbolsa – empresa 100% detida pela Euronext Lisbon –
que tem ainda a função delegada de gerar e gerir os Códigos ISIN. Assim, todos os valores
mobiliários admitidos à negociação em Bolsa têm que ser previamente registados junto dos
Sistemas geridos pela Interbolsa, de modo a que as operações de Bolsa possam aí ser
liquidadas. A Interbolsa inclui ainda valores mobiliários não cotados, tratando os eventos
corporativos de todos os valores integrados e prestando outros serviços relacionados com as
entidades emitentes e os intermediários financeiros. As receitas provenientes desta atividade
resultam do preçário da Interbolsa, que se aplica a entidades emitentes e intermediários
financeiros.
5. Gestão de Risco A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco
prudente, equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os
objetivos básicos de solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.
A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema
de controlo interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a
Alternext Easynext
Ações Dívida Derivados Ações Dívida Produtos Estruturados
Mercado Regulamentado
Euronext
Sistemas de Negociação Multilateral
Euronext Lisbon
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minimização de imprevistos, a adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às
mudanças de mercado, bem como um mais eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.
Riscos financeiros a) Exposição a risco de crédito
Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte
ou grupo de contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de
ativos financeiros é representada pelos valores escriturados dos respetivos ativos.
b) Exposição a risco de taxa de juro
As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco
reduzido, como sejam os depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.
As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida
credibilidade, existindo mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de
aplicações de carteira própria, que impedem a exposição a riscos considerados relevantes.
A empresa não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos
riscos de taxa de juro.
c) Risco de liquidação e custódia
Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os
procedimentos de controlo interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os
riscos inerentes a estas operações.
6. Riscos e Incertezas Existem incertezas face à possível alteração do quadro regulatório, que poderão afetar a
posição competitiva da empresa.
Em termos económicos, a evolução da economia nacional e da zona euro deverão
continuar a condicionar o comportamento dos mercados de capitais. O enquadramento
político na zona euro, também surge como uma condicionante da continuação da
construção de soluções políticas mais estruturais para a consolidação da zona euro.
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7. Responsabilidade Corporativa
A Responsabilidade Corporativa é um compromisso segundo o qual a empresa integra, na sua
atuação empresarial e na sua relação com os seus stakeholders, preocupações sociais e ambientais,
numa base voluntária.
A Responsabilidade Corporativa, tal como a entendemos, assenta no princípio da
otimização dos resultados a três níveis (o Triple Bottom Line approach): Económico, Social e
Ambiental. O reconhecimento da relevância da integração destas três componentes resulta,
na sua essência, da constatação de que as empresas não sobrevivem no longo prazo, se as
sociedades em que estão inseridas não forem socialmente equilibradas e desenvolvidas, e os
recursos naturais não forem utilizados de uma forma sustentável.
À medida que a Euronext tem enfrentado os desafios da evolução tecnológica e da
globalização, aumentou a consciência de que a Responsabilidade Corporativa se reflete
diretamente em valor económico. Embora a principal responsabilidade da empresa seja a
geração de lucros, ela deve em simultâneo contribuir para atingir objetivos sociais e
ambientais, integrando a Responsabilidade Corporativa na sua estratégia e planos de ação.
A componente social inclui dois níveis de atuação: os colaboradores e as comunidades onde
a empresa se insere. O Grupo está determinado a desenvolver um ambiente de trabalho que
seja motivador e desafiante para os seus colaboradores, e que reconheça e recompense o seu
esforço. A empresa compromete-se também com o desenvolvimento das comunidades em
que está inserida, apoiando nomeadamente iniciativas de educação, literacia financeira e
desenvolvimento dos mercados financeiros.
No pilar ambiental procura desenvolver-se o negócio integrando objetivos e práticas que
contribuam para a poupança de recursos e um ambiente mais limpo e saudável. Motivamos
todos os colaboradores a considerarem os impactos ambientais das suas decisões
empresariais e a encontrarem oportunidades de negócio que ajudem a enfrentar esses
desafios.
Recursos Humanos
A Euronext Lisbon continuou, em 2015, empenhada em criar um ambiente propício ao
desenvolvimento das potencialidades a nível profissional dos seus colaboradores e, em
simultâneo, proporcionar-lhes oportunidades de formação, desenvolvimento pessoal e
equilíbro na sua vida profissional e familiar.
Em dezembro de 2015, o número de colaboradores ativos na Euronext Lisbon e na Interbolsa
era de 63, pertencendo 25 à entidade gestora da Bolsa e 38 à instituição responsável pelos
sistemas centralizados de valores mobiliários. A este número acrescem ainda 2
colaboradores requisitados.
A cultura de uma empresa é composta pelas partilha de valores, atitudes, crenças e padrões
dos seus colaboradores. Foi em junho de 2015, que foi lançado um projecto de definição de
valores criado a partir de grupos de trabalho composto voluntários de cada país. Cada
grupo de trabalho apresentou propostas, tendo como base a sua cultura , a identificação de
atitudes e valores presentes nas suas relações com colegas e clientes. Neste contexto, foram
identificados os 5 valores do Grupo: União, Integridade, Agilidade, Energia e
Responsabilidade.
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Individuais e Contas Consolidadas 36
Em junho de 2015, implementou-se o Sistema de Avaliação de Desempenho do Grupo
Euronext na nova plataforma de trabalho – Workday - associado aos novos valores da
empresa. Com esta nova plataforma conseguiu-se, além de disponibilizar maior visibilidade
e redução de processos manuais, minimizar a subjetividade inerente ao processo de
avaliação, com a possibilidade de adição de novos avaliadores.
No âmbito da “Comunicação Interna” foi disponibilizada a nova página de Intranet “IRIS”
no grupo Euronext, com maior interação entre as diversas áreas, bem como a criação de
grupos de discussão. De referir que o desenvolvimento da plataforma terá continuidade
quer nos seus conteudos, quer na forma, com o objetivo de promover uma maior partilha de
informação entre todos os colaboradores do grupo.
Comunidade A Euronext Lisbon mantém um forte envolvimento em causas sociais, em particular
apoiando iniciativas inovadoras que incidam nas raízes dos problemas; voltou também a
recorrer ao “toque do sino” para dar visibilidade a vários projetos relevantes para o mercado
e para a comunidade.
A Euronext Lisbon manteve, em 2015, os seus apoios ao GRACE – Grupo de Reflexão e
Apoio à Cidadania Empresarial, ao BCSD – Business Council for Sustainable Development e
ao EPIS – Empresários para a Inclusão Social. No âmbito do Programa GIRO, organizado
pelo GRACE, vários colaboradores da Euronext e da Interbolsa participaram em ações de
voluntariado. Ainda no âmbito das atividades de responsabilidade corporativa da empresa,
a GRACE celebrou na Euronext, o 15º aniversário da associação.
A Euronext e a Interbolsa, aderiram ao programa “ O seu Braço Direito – um dia no teu
futuro”, promovido pela Junior Achievement Portugal, no qual receberam 3 estudantes por
um dia, durante o qual tiveram a oportunidade de conhecer as atividades destas empresas e
fazer uma reflexão sobre as suas escolhas profissionais.
O Dia Internacional da Mulher foi assinalado com o toque simbólico do sino da Bolsa, pela
Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, na
Assembleia da República, durante uma conferência organizada pela Comissão para a
Cidadania e Igualdade de Género.
À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a Euronext Lisbon juntou-se às
restantes localizações europeias do Grupo para comemorar o ‘World Wish Day’, através do
toque do sino de encerramento da sessão de bolsa no dia 29 de abril de 2015. Também de
modo coordenado internacionalmente, foi assinalado o dia para a consciencialização em
relação ao Autismo.
Educação e Literacia Financeira A Euronext Lisbon manteve a educação e a literacia financeira como uma das suas
prioridades de atuação, promovendo inúmeras ações envolvendo estudantes, professores e
o público em geral.
Em 2015 realizaram-se mais 10 sessões das "Young Professional Sessions" (YPS), envolvendo
cerca de 380 participantes, e abordando diversos temas relacionados com o mercado de
capitais. Este programa foi lançado em 2013, e destina-se a jovens profissionais de
instituições financeiras, escritórios de advogados, consultoras, auditoras, reguladores,
associações, académicos, jornalistas e outros que, de algum modo, tenham interesse nos
temas relacionados com a Bolsa.
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Individuais e Contas Consolidadas 37
Assinalando a European Money Week, a Euronext e a CMVM organizaram, em parceria, um
conjunto de eventos dedicados à literacia financeira. Foi realizada uma sessão pública na
qual se apresentaram os resultados de um projeto de investigação que, entre outros temas
relacionados com o mercado de capitais, estimou o custo do capital e a rendibilidade da
Bolsa portuguesa desde 1900 a 2013. A Euronext e a CMVM receberam ainda alunos de uma
escola do ensino básico no âmbito desta iniciativa.
A Euronext Lisbon apoiou mais uma edição do Global Investment Challenge, competição
realizada a partir de um simulador de Bolsa, este ano operacionalizada a partir de uma
cópia de uma plataforma de negociação real.
Durante o ano de 2015, a Euronext Lisbon visitou e foi visitada por 23 escolas, envolvendo
cerca de 650 alunos, quer do ensino secundário, quer universitário, em ações de divulgação e
promoção da literacia financeira.
Em prol da formação para o empreendedorismo e para a literacia financeira, colaboradores
da Euronext Lisbon voltaram a integrar o projeto Junior Achievement – Aprender e
Empreender – apoiando, com o seu conhecimento e experiência, vários grupos de alunos do
ensino secundário em diversas escolas.
Ambiente No âmbito da política ambiental do Grupo, a Euronext Lisbon continua a realizar esforços
para uma mais eficiente utilização e consumo de recursos, bem como a apoiar iniciativas que
evidenciem as melhores práticas e reforcem a consciência coletiva.
Na sequência do desenvolvimento da uma nova Política Global para o Ambiente foram
estabelecidos alguns objetivos ambiciosos, incluindo a redução do consumo de energia em
15% até 2015 e as diminuição das emissões de CO2 em 10% face ao referencial de 2010. Os
esforços realizados entretanto permitem antever que o cumprimento destes objetivos está
essencialmente concretizado.
8. Análise Económica e Financeira
Apreciação Global O resultado líquido consolidado da Euronext Lisbon no exercício de 2015 ascendeu a 15,0
milhões de euros, tendo registado uma redução relativamente ao período homólogo, que
totalizou 15,5 milhões de euros. Este resultado consolida os resultados individuais da
Euronext Lisbon e da Interbolsa, no montante de 4,5 milhões de euros (excluindo os ganhos
em subsidiárias no valor de 9,3 milhões de euros) e 10,5 milhões de euros, respetivamente.
Os proveitos operacionais consolidados totalizaram 35,1 milhões de euros, resultantes de
proveitos operacionais da Euronext Lisbon e da Interbolsa, de 15,1 milhões de euros e 20,0
milhões de euros, respetivamente. A redução dos proveitos operacionais da Euronext Lisbon
em 11,6% e da Interbolsa em 6,8%, originou uma variação negativa dos proveitos
consolidados de 9,0%, em relação ao ano anterior.
Os custos operacionais consolidados, que totalizaram 14,7 milhões de euros, evidenciaram
uma diminuição de 2,3 milhões de euros (13,4%) face ao período homólogo, resultado da
diminuição dos gastos com tecnologias de informação e dos outros gastos.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 38
No período em análise, a margem líquida foi de 42,7% face a 40,1% em idêntico período de
2014, sendo a margem operacional de 58,0% (55,9 em 2014).
Analisando os indicadores ao nível do balanço, a rendibilidade do ativo situou-se em 24,4%
tendo em dezembro 2014 registado 27,5%, e a autonomia financeira registou 85,7% um valor
superior ao registado em dezembro de 2014 (75,6%).
Proveitos e ganhos Os proveitos operacionais consolidados, como referido anteriormente, atingiram o montante
de 35,1 milhões de euros, traduzindo-se num decréscimo de 9,0% face aos 38,5 milhões de
euros registados no período homólogo.
Os proveitos decorrentes do mercado a contado registaram um decréscimo em 19,9%,
justificado pela redução do número médio de negócios por sessão de 30.963 para 26.232 e
pela alteração do preço médio por negócio de 0,59€ para 0,55€.
Nº Médio de Negócios e Preço Médio por Negócio
Seguindo a mesma tendência as receitas de admissão e manutenção, registaram um
decréscimo em 1.147 mil euros (28,6%), resultado da redução das admissões ao mercado no
decurso do ano, quando comparado com a atividade realizado no ano anterior.
As receitas provenientes dos serviços de informação apresentaram uma subida de 869 mil
euros.
Os proveitos resultantes da liquidação e custódia atingiram o montante de 19,7 milhões de
euros, traduzindo um decréscimo de 7,2% face aos 21,3 milhões de euros registados no
período homólogo do ano anterior.
O segmento da liquidação e custódia dominou os proveitos (56% do total), seguido do
mercado a contado e compensação (21%) e dos serviços de informação (12%).
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Individuais e Contas Consolidadas 39
Proveitos Consolidados
Custos e Perdas
Os custos operacionais consolidados totalizaram 14,7 milhões de euros, que comparam com
17,0 milhões de euros registados no período homólogo, significando um decréscimo de cerca
de 13,4% explicado pela diminuição do custo de IT e de funcionamento entre as empresas
que constituem o universo Euronext.
Os gastos consolidados com pessoal atingiram o montante de 7,9 milhões de euros,
registando um aumento de 1.887 mil euros face ao período de 2014, essencialmente
explicado por custos não recorrentes da Euronext Lisbon e da subsidiária Interbolsa. Refira-
se, contudo, que foram capitalizados cerca de 950 mil euros de gastos com o pessoal afetos
ao projeto T2S (TARGET2-Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do
qual a Interbolsa é um participante ativo.
Os encargos consolidados com tecnologias de informação atingiram 4,5 milhões de euros,
que compara com os 6,0 milhões euros registados no período homólogo do ano anterior, o
que resulta numa diminuição de 1.550 mil euros, consequência do decréscimo no valor
imputado pela empresa mãe, de custos com tecnologias de informação em utilização pela
Euronext Lisbon.
A despesa com instalações e gastos gerais apresentaram igualmente um acréscimo face a
dezembro de 2014.
Os custos com serviços profissionais, consultadoria e outros, no valor de 1.074 mil euros,
registaram um acréscimo de 274 mil euros, resultantes de gastos adicionais verificados em
consultoria.
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Individuais e Contas Consolidadas 40
Custos Consolidados
Estrutura Patrimonial
O ativo líquido consolidado da Euronext Lisbon ascendia, em 31 de dezembro de 2015, a
61,4 milhões de euros, representando um aumento face a dezembro de 2014 de 5,2 milhões
euros.
O passivo líquido consolidado, no valor de 8,8 milhões de euros, registou uma descida face a
dezembro de 2014 em cerca de 4,9 milhões de euros. Esta variação foi explicada,
essencialmente, pela redução da responsabilidade com Fundos de Pensões em cerca de 4,1
milhões de euros, fruto da alteração da taxa de desconto e da rubrica de impostos a pagar,
em cerca de 0,8 milhões de euros, face a dezembro de 2014.
O capital próprio consolidado, que ascendia a 42,5 milhões de euros no final de dezembro
de 2014, apresentou um aumento de 10,1 milhões de euros, decorrente dos movimentos
explicados em ponto próprio das Notas às demonstrações financeiras.
Estrutura Patrimonial
Rubrica dez-15 dez-14
Var. dez-15
dez.14 Var. %
Ativo 61,425 56,270 5,155 9%
Passivo 8,793 13,732 -4,939 -36%
Capital Próprio 52,633 42,537 10,096 24%
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Demonstrações Financeiras e Anexos às Contas
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Individuais e Contas Consolidadas 42
Notas dez/15 dez/14
Ativo
Ativos tangíveis 13 780 392 678 904
Ativos intangíveis 14 1 867 052 909 584
Investimentos em subsidiárias 15 - -
Outros investimentos 15 266 359 266 359
Outros ativos financeiros 16 1 787 1 671
Impostos diferidos ativos 17 259 510 6 133
Total de Ativos Não Correntes 3 175 100 1 862 651
Impostos a receber - -
Devedores e outros ativos 18 3 712 056 5 045 457
Caixa e depósitos a curto prazo 19 54 538 190 49 361 500 -
Total de Ativos Correntes 58 250 246 54 406 957
Total do Ativo 61 425 346 56 269 608
Capitais Próprios
Capital 21 8 750 000 8 750 000
Prémios de emissão 21 748 195 748 195
Reservas legais 22 14 250 000 14 250 000
Outros instrumentos de capital 21 438 798 628 442
Outras reservas 22 (6 640 880) (10 761 880)
Resultado transitados 20 112 416 13 457 380
Resultado líquido do exercício atribuível
aos accionistas 14 974 815 15 465 439
Total dos Capitais Próprios 52 633 344 42 537 576
Passivo
Benefícios aos colaboradores 23 3 553 733 7 637 733
Provisões 24 81 150 83 275
Impostos diferidos passivos - -
Total de Passivos Não Correntes 3 634 883 7 721 008
Credores e outros passivos 25 4 770 306 5 441 521
Impostos a pagar 386 813 569 503
Total de Passivos Correntes 5 157 119 6 011 024
Total do Passivo 8 792 002 13 732 032
Total dos Capitais Próprios e Passivo 61 425 346 56 269 608
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração da Posição Financeira Consolidada em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 43
Notas dez/15 dez/14
Prestações de serviços
Mercado a contado 2 7 405 826 9 250 792
Compensação 2 18 147 14 536
Admissão e manutenção 2 2 860 316 4 007 461
Mercado de derivados 2 235 897 207 559
Serviços de informação 2 4 067 015 3 197 872
Liquidação e custódia 2 19 748 964 21 292 509
Outros proveitos 2 745 770 567 556
35 081 935 38 538 285
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 7 895 792 6 008 531
Trabalhos para a própria entidade - Gastos com o pessoal 3/14 (843 846) (503 798)
Amortizações do exercício 4 191 071 238 417
Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 4 506 375 6 056 237
Serviços profissionais 6 1 074 362 796 909
Instalações e gastos gerais 7 859 815 836 354
Marketing 8 110 057 266 513
Provisoes ajustamentos e imparidades 18/24 (33 326) (4 206)
Outros gastos 9 964 988 3 301 910
14 725 288 16 996 867
Resultado operacional 20 356 647 21 541 418
Resultado financeiro 10 (12 173) 86 396
Ganhos de subsidiárias 11 - -
Resultado antes de impostos 20 344 474 21 627 814
Impostos 12 5 369 659 6 162 375
Resultado do exercício 14 974 815 15 465 439
Outros rendimentos que não reclassificam por resultados
Desvios Actuariais 4 121 000 (6 924 000)
Plano de remunerações por acções (189 644) 50 324
Rendimento Integral * 18 906 171 8 591 763
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,71 1,77
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Consolidado
para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014
de Mercados Regulamentados, S.A.
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 44
(Valores expressos em Euros)
Total da
situação Prémios Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados
líquida Capital Emissão Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 31 de dezembro 2013 45 359 971 8 750 000 748 195 14 249 998 (3 889 880) 578 118 10 876 408 14 047 132
Alterações no Período
Resultado líquido do período 15 465 439 - - - - - 15 465 439
Desvios actuarias (6 924 000) - - - (6 924 000) - - -
Reavaliação de Investimentos - - - - - - -
Plano de remunerações por acções 50 324 - - - 50 324 - -
Reserva legal - - - 2 - (2) -
Outros instrumentos de capital - - - - -
Resultados transitados - - - - 52 000 - 13 995 132 (14 047 132)
Operações com detentores de capital no período -
Distribuição de dividendos (11 414 158) - - - - (11 414 158) -
Saldos em 31 de dezembro 2014 42 537 576 8 750 000 748 195 14 250 000 (10 761 880) 628 442 13 457 380 15 465 439
Alterações no Período
Resultado líquido do período 14 974 815 - - - - - 14 974 815
Desvios actuarias 4 121 000 4 121 000
Reavaliação de Investimentos - - - - - - -
Plano de remunerações por acções (189 644) - - - (189 644) - -
Reserva legal - - - - - - -
Outros instrumentos de capital 1 1
Resultados transitados - - - - - - 15 465 439 (15 465 439)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (8 810 404) - - - - (8 810 404) -
Saldos em 31 de dezembro de 201552 633 344 8 750 000 748 195 14 250 000 (6 640 880) 438 798 20 112 416 14 974 815
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida Consolidado
para os periodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
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Individuais e Contas Consolidadas 45
dez 15 dez 14
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Recebimento de clientes 43 071 631 45 126 829
Pagamentos a fornecedores 12 507 896 15 276 553
Pagamentos ao pessoal 2 506 491 2 640 592
Caixa gerada pelas operações 28 057 244 27 209 684
(Pagamento) / recebimento do imposto sobre rendimento (5 126 432) (5 855 909)
Outros recebimentos / (pagamentos) (7 704 168) (8 130 087)
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 15 226 644 13 223 688
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
- Ativos fixos tangiveis 186 048 60 492
- Ativos intangíveis 978 037 685 373
- Investimentos financeiros - -
- Outros ativos - -
Recebimentos provenientes de: - -
- Ativos tangíveis 19 074 141
- Ativos intangíveis - -
- Investimentos financeiros - -
- Outros ativos - -
- Subsídios ao investimento - -
- Juros e rendimentos similares 5 861 92 805
- Dividendos - -
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (1 139 150) (652 919)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
- Financiamentos obtidos - -
- Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
- Cobertura de prejuízos - -
- Doações e subsídios 488 418
- Outras operações de financiamento - -
Pagamentos respeitantes a:
- Financiamentos obtidos
- Juros e gastos similares 19 892 13 367
- Dividendos 8 810 404 11 414 158
- Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
- Outras operações de financiamento 80 996 53 059
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (8 910 804) (11 480 166)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 5 176 690 1 090 603
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 49 361 500 48 270 897
Caixa e seus equivalentes no fim do período 54 538 190 49 361 500
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Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidado
para os períodos findos em 31 de dezembro 2015 e 2014
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Individuais e Contas Consolidadas 46
Notas dez/15 dez/14
Ativo
Ativos tangíveis 13 526 309 520 722
Ativos intangíveis 14 12 623 -
Investimentos em subsidiárias 15 5 500 000 5 500 000
Outros investimentos 15 266 359 266 359
Outros ativos financeiros - -
Impostos Diferidos ativos 17 252 554 -
Total de Ativos Não Correntes 6 557 845 6 287 081
Impostos a receber - 221 472
Devedores e outros ativos 18 1 409 272 2 698 549
Caixa e depósitos a curto prazo 19 33 832 223 28 120 641
Total de Ativos Correntes 35 241 495 31 040 662
Total do Ativo 41 799 340 37 327 743
Capital 21 8 750 000 8 750 000
Prémios de emissão 21 748 195 748 195
Reservas legais 22 8 750 000 8 750 000
Outros instrumentos de capital 21 462 082 630 380
Outras reservas 22 (4 948 279) (7 926 279)
Resultados transitados 7 926 279 2 888 279
Resultado líquido do exercício atribuível
aos accionistas 13 861 091 13 848 404
Total dos Capitais Próprios 35 549 368 27 688 979
Benefícios aos colaboradores 23 2 634 641 5 527 641
Provisões 24 81 150 83 275
Impostos diferidos passivos - -
Total de Passivos Não Correntes 2 715 791 5 610 916
Credores e outros passivos 25 3 078 952 3 551 956
Impostos a pagar 455 229 475 892
Total de Passivos Correntes 3 534 181 4 027 848
Total do Passivo 6 249 972 9 638 764
Total dos Capitais Próprios e Passivo 41 799 340 37 327 743
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Demonstração da Posição Financeira Individual em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
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Individuais e Contas Consolidadas 47
Notas dez/15 dez/14
Prestações de serviços
Mercado a contado 2 7 405 826 9 250 792
Compensação 2 18 147 14 536
Admissão e manutenção 2 2 860 316 4 007 461
Mercado de derivados 2 235 897 207 559
Serviços de informação 2 4 067 015 3 197 872
Liquidação e custódia 2 - -
Outros proveitos 2 528 240 424 632
15 115 441 17 102 852
Gastos e perdas
Gastos com o pessoal 3 4 170 825 2 909 053
Amortizações do exercício 4 72 295 103 069
Gastos com tecnologias de informação e comunicação 5 3 759 469 4 822 484
Serviços profissionais 6 249 001 133 173
Instalações e gastos gerais 7 516 148 495 289
Marketing 8 110 057 166 513
Provisoes ajustamentos e imparidades 18/24 (47 300) (8 010)
Outros gastos 9 127 934 2 528 542
8 958 429 11 150 113
Resultado operacional 6 157 012 5 952 739
Resultado financeiro 10 (14 963) 20 742
Ganhos de subsidiárias 11 9 348 598 9 619 500
Resultado antes de impostos 15 490 647 15 592 981
Impostos 12 1 629 556 1 744 577
Resultado do exercício 13 861 091 13 848 404
Outros rendimentos que não reclassificam por resultados
Desvios Actuariais 2 978 000 (5 038 000)
Plano de remunerações por acções (168 298) 52 262
Rendimento Integral * 16 670 793 8 862 666
Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 1,58 1,58
* - Líquido de Imposto sobre o Resultado
Demonstração dos resultados e de outro rendimento Integral Individual
para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014
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Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 48
(Valores expressos em Euros)
Total da
situação Prémios Reserva Outras Outras Variações Resultados Resultados
líquida Capital Emissão Legal Reservas Capital Próprio transitados Líquidos
Saldos em 31 de dezembro 201330 240 471 8 750 000 748 195 8 749 998 (2 940 279) 578 118 52 000 14 302 439
Alterações no Período
Resultado líquido do período 13 848 404 - - - - - 13 848 404
Desvios actuarias (5 038 000) (5 038 000)
Reavaliação de Investimentos - - - - - - -
Plano de remunerações por acções 52 262 - - - 52 262 - -
Reserva legal - - - 2 - (2) -
Outros instrumentos de capital -
Resultados transitados - - - - 52 000 - 14 250 439 (14 302 439)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (11 414 158) - - - - (11 414 158) -
Saldos em 31 de dezembro 2014 27 688 979 8 750 000 748 195 8 750 000 - (7 926 279) 630 380 2 888 279 13 848 404
Alterações no Período
Resultado líquido do período 13 861 091 - - - - - 13 861 091
Desvios actuarias 2 978 000 2 978 000
Reavaliação de Investimentos - - - - - - -
Plano de remunerações por acções (168 298) - - - (168 298) - -
Reserva legal - - - - - - -
Outros instrumentos de capital -
Resultados transitados - - - - - - 13 848 404 (13 848 404)
Operações com detentores de capital no período
Distribuição de dividendos (8 810 404) - - - - (8 810 404) -
Saldos em 31 de dezembro 2015 35 549 368 8 750 000 748 195 8 750 000 - (4 948 279) 462 082 7 926 279 13 861 091
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Mapa de alterações na Situação Líquida individual
para os periodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 49
dez 15 dez 14
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Recebimento de clientes 19 274 793 19 211 112
Pagamentos a fornecedores 9 385 226 11 866 555
Pagamentos ao pessoal 1 234 644 1 172 448
Caixa gerada pelas operações 8 654 923 6 172 109
(Pagamento) / recebimento do imposto sobre rendimento (1 062 880) (1 485 662)
Outros recebimentos / (pagamentos) (2 315 831) (2 152 666)
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 5 276 212 2 533 781
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
- Ativos fixos tangiveis 88 000 15 865
- Ativos intangíveis 18 935 -
- Investimentos financeiros -
- Outros ativos -
Recebimentos provenientes de:
- Ativos tangíveis 19 074 141
- Ativos intangíveis - - -
- Investimentos financeiros - - -
- Outros ativos - - -
- Subsídios ao investimento - - -
- Juros e rendimentos similares 297 35 137
- Dividendos 9 348 598 9 619 500
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) 9 261 034 9 638 913
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
- Financiamentos obtidos - -
- Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
- Cobertura de prejuízos - -
- Doações e subsídios - -
- Outras operações de financiamento - -
Pagamentos respeitantes a:
- Financiamentos obtidos - -
- Juros e gastos similares 15 260 7 611
- Dividendos 8 810 404 11 414 158
- Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
- Outras operações de financiamento - -
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (8 825 664) (11 421 769)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 5 711 582 750 925
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 28 120 641 27 369 716
Caixa e seus equivalentes no fim do período 33 832 223 28 120 641
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora
de Mercados Regulamentados, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa Individual
para os períodos findos em 31 de dezembro 2015 e 2014
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 50
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E INDIVIDUAIS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
1 Políticas contabilísticas
1.1 Bases de apresentação
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (adiante designada por “Euronext
Lisbon”), com Sede na Avenida da Liberdade, n.º 196 – 7º, em Lisboa, foi constituída por escritura pública de 10
de fevereiro de 2000 conforme deliberação das Assembleias-Gerais da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa
e da Associação da Bolsa de Derivados do Porto, em 20 de dezembro de 1999, nos termos do disposto no
Decreto-Lei n.º 394/99 de 13 de outubro e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª Série), de 8 de novembro.
A Euronext Lisbon tem como objeto principal a gestão de bolsas, podendo ainda gerir outros mercados de
valores mobiliários, gerir sistemas de liquidação de valores mobiliários, prestar outros serviços relacionados
com a emissão e a negociação de valores mobiliários que não constituam atividade de intermediação e prestar
aos membros dos mercados por si geridos os serviços que se revelem necessários à intervenção desses membros
em mercados geridos por entidade congénere de outro Estado com quem tenha celebrado acordo.
A Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. encontra-se matriculada na
Conservatória do Registo Comercial de Lisboa – 1ª Secção, sob o número 504825330.
O registo do ato constitutivo foi efetuado em 22 de fevereiro de 2000.
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Euronext Lisbon para o exercício de 2015, foram
preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) aprovadas pela
União Europeia e em vigor nessa data.
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos
ativos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente os ativos financeiros disponíveis para venda. Os
outros ativos e passivos financeiros e ativos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou
custo histórico. As políticas contabilísticas apresentadas nessa data foram aplicadas de forma consistente a
todas as entidades do Grupo, em todos os períodos apresentados nas demonstrações financeiras.
1.2 Bases de consolidação
Participações financeiras em subsidiárias
As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a Euronext Lisbon exerce o controlo são
consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a Euronext Lisbon assume o controlo
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 51
sobre as suas atividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo
quando a Euronext Lisbon detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a
Euronext Lisbon detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir a política financeira e operacional de
determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que detém
sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.
Transações eliminadas em consolidação
Os saldos e transações entre empresas da Euronext Lisbon, bem como alguns ganhos e perdas não realizados
resultantes dessas transações, são anulados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Os
ganhos e perdas não realizados de transações com associadas são eliminados na extensão da participação da
Euronext Lisbon nessas entidades.
1.3 Instrumentos financeiros
i) Classificação
Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não se enquadram na definição de
derivados e que não são classificados como investimentos detidos até à maturidade ou instrumentos financeiros
de negociação. Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida.
ii) Data de reconhecimento
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na data da realização das operações.
iii) Ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos pela Euronext Lisbon,
nomeadamente ações, são classificados como disponíveis para venda. Os ativos financeiros disponíveis para
venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transações.
Os ativos financeiros disponíveis para venda são posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações
no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos
ou se encontram sujeitos a perdas de imparidade. Na alienação dos ativos financeiros disponíveis para venda,
os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos como reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica
“Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda” da demonstração de resultados.
Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de uma evidência objetiva de imparidade
nomeadamente de um impacto adverso nos “cash flows” futuros estimados de um ativo financeiro ou grupo de
ativos financeiros que possa ser medido de forma fiável.
Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda acumulada (mensurada
como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, excluindo perdas de imparidade anteriormente
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 52
reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida do capital próprio e reconhecida na demonstração
de resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados como
disponíveis para venda aumentar e esse aumento puder ser objetivamente associado a um evento ocorrido após
o reconhecimento da perda por imparidade na demonstração de resultados, a perda por imparidade é revertida
por contrapartida de resultados. As perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital,
classificados como disponíveis para venda, não são revertidas por contrapartida de resultados.
1.4 Justo valor dos instrumentos financeiros
O justo valor de um instrumento financeiro é o montante pelo qual um instrumento pode ser trocado numa
transação normal de mercado entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem qualquer intenção ou
necessidade de liquidar ou de empreender uma transação em condições adversas.
O justo valor é obtido com base em preços de cotação em mercado ou em preços de intermediários financeiros
em mercados de ativos, quando disponíveis. Na sua ausência, o justo valor é baseado na utilização de preços de
transações recentes realizadas em condições de mercado ou, na sua ausência, usando técnicas de valorização.
Estas técnicas de valorização incluem fluxos futuros de caixa descontados considerando dados observáveis de
mercado disponíveis.
1.5 Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros
Transferências de e para ativos e passivos financeiros de negociação são proibidas.
1.6 Desreconhecimento
A Euronext Lisbon desreconhece os ativos financeiros quando expiram todos os direitos a fluxos de caixa
futuros ou quando os ativos forem transferidos. Quando ocorre uma transferência de ativos, o
desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos foram
transferidos ou a Euronext Lisbon não mantém controlo dos ativos.
A Euronext Lisbon procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando os mesmos são cancelados
ou extintos.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 53
1.7 Locação financeira
Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como ativo e
passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor atual das rendas de locação
vincendas.
As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos
financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação, a fim de produzir uma taxa de juro
periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.
1.8 Reconhecimento de custos e proveitos
Os custos e os proveitos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou
recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os
montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de “Outros
ativos ou passivos”, conforme sejam valores a receber ou a pagar.
O rédito compreende os montantes faturados na prestação de serviços líquidos de imposto sobre o valor
acrescentado, abates e descontos.
1.9 Contas a receber
As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor deduzidas das perdas por imparidade que
lhe estejam associadas.
As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação das perdas estimadas, associadas aos créditos
de cobrança duvidosa na data de balanço. As perdas por imparidade identificadas são registadas por
contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso se verifique uma redução
do montante da perda estimada, num período posterior.
1.10 Ativos tangíveis (*)
Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas amortizações
acumuladas e perdas de imparidade. As taxas de amortização dos ativos tangíveis são revistas de forma a
representarem a vida útil esperada dos bens a que respeitam. Os custos subsequentes são reconhecidos como
um ativo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Euronext
Lisbon. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 54
A Euronext Lisbon procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor
contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.
As amortizações dos ativos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes de acordo com os
seguintes períodos de vida útil esperada dos bens:
Número de anos
Edifícios Equipamento informático 2 a 5
Equipamento informático 2 a 3
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 4 a 10
Outros ativos tangíveis 3 a 10
1.11 Ativos intangíveis(*)
“Software”
Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais
suportadas pela Euronext Lisbon necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma
linear ao longo da vida útil esperada destes ativos (3 anos).
Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.
Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na Norma Internacional de Contabilidade 38 – Ativos
Intangíveis, os custos internos diretos incorridos no desenvolvimento de software são capitalizados como ativos
intangíveis.
(*)Nota
No exercício findo em 2015, a subsidiária Interbolsa, em conformidade com o que foi efetuado noutras
sociedades do Grupo Euronext, procedeu a uma reclassificação dos seus ativos fixos tangíveis e intangíveis.
Esta reclassificação é apenas uma reclassificação entre categorias de bens de ativos não havendo qualquer
alteração ao valor dos ativos que compõem estas rubricas. Para efeitos comparativos, procedeu-se a esta
alteração a 01 de Janeiro de 2014 pelo que as demonstrações financeiras e respetivas notas foram efetuadas de
acordo com esta reclassificação.
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Individuais e Contas Consolidadas 55
A reclassificação foi a seguinte:
2014
Reclassificação
2014 reclassificado
Ativos fixos tangíveis
Custo
1 710 320
225 125
1 485 195
Amortizações Acumuladas
1 545 999
218 986
1 327 013
Valor líquido
164 321
6 139
158 182
Ativos intangíveis
Custo
1 389 088
(225 128)
1 614 216
Amortizações Acumuladas
485 643
(218 989)
704 632
Valor líquido
903 445
(6 139)
909 584
Total ativos
1 067 766
0
1 067 766
1.12 Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no
balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as
disponibilidades em outras instituições de crédito, onde se inclui o saldo das contas junto do sistema de cash
pooling da Euronext.
1.13 Transações em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transação. Os ativos e
passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados ao custo histórico, são
convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são
reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira,
registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. Ativos e passivos não
monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi
determinado.
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Individuais e Contas Consolidadas 56
1.14 Benefícios a empregados
Plano de benefícios definidos
Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a Sociedade Gestora de
Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo património inicial foi de Euros
1.391.127.
A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de Pensões
da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que integravam a Associação
da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de Fundos de
Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões
da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.
O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído por
tempo indeterminado.
As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial
elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon com planos de reforma (planos de benefício definido) é
estimada anualmente, à data de fecho de contas.
O cálculo atuarial é efetuado com base no método de crédito da unidade projetada para a reforma por velhice,
invalidez e sobrevivência imediata e diferida, tendo sido utilizado decrementos por invalidez para a reforma
por velhice e sobrevivência diferida, tendo sido ainda, utilizados pressupostos atuariais e financeiros de acordo
com os parâmetros exigidos pela IAS 19 Revista.
Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com o retorno esperado dos ativos
do plano são registados por contrapartida de custos operacionais.
A responsabilidade líquida da Euronext Lisbon relativa ao plano de pensões de benefício definido é calculada
através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada empregado deve receber em troca pelo seu
serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu
valor atual, sendo que o justo valor de quaisquer ativos do plano deve ser deduzido. A taxa de desconto
aplicada corresponde à taxa de obrigações de “rating” AAA com maturidade semelhante à data do termo das
obrigações do plano.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 57
No exercício de 2013, em conformidade com a revisão da IAS 19 (IAS 19 R) o Grupo procedeu à alteração da
política contabilística de mensuração dos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos
atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao
rendimento esperado do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais
(ganhos e perdas atuariais).
A partir de 1 Janeiro de 2013 os ganhos e perdas atuariais passaram a ser reconhecidos na rubrica de “Outras
Reservas” no capital próprio.
Adicionalmente, a revisão da IAS 19 prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo constituído,
deve ser calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das responsabilidades estimadas e do
justo valor dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou negativo.
Os pagamentos ao fundo são efetuados anualmente de acordo com um plano de contribuições determinado de
forma a assegurar a solvência do fundo.
Programa de remuneração por ações
No âmbito da preparação ao IPO da Euronext N.V., foi oferecido um Programa acionista aos Colaboradores do
grupo, que permitiu a todos um benefício desse programa. Os colaboradores puderam deste modo, participar
na operação da compra de ações da EURONEXT N.V. através do FCPE Euronext Group, a um preço igual a
80% do preço da Oferta Publica Inicial da Euronext N.V.
1.15 Resultados financeiros
Os resultados financeiros incluem os juros recebidos de aplicações, ganhos e perdas de diferenças de câmbio.
Os juros recebidos são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, considerando o
método da taxa de juro efetiva. Os juros pagos relativos a operações de leasing financeiro são reconhecidos
considerando o método da taxa de juro efetiva.
1.16 Impostos sobre lucros
Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos
diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de resultados, exceto quando relacionado com itens que
sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.
A Empresa é tributada pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades (RETGS) previsto no artigo
n.º 69.º e seguintes do Código do IRC, sendo o grupo de tributação constituído pela Empresa e pela sua
subsidiária Interbolsa, S.A.. As empresas que se englobam no perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este
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Individuais e Contas Consolidadas 58
regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual.
Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados, na sua totalidade, como um
rendimento da Empresa.
Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o resultado tributável do período,
utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades fiscais à data de
balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de períodos anteriores.
Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as
diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as
taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se
espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos, quando exista uma expetativa razoável de haver lucros
tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais.
1.17 Resultados por ação
Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos acionistas da empresa mãe pelo
número de ações ordinárias.
1.18 Provisões
As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem: i) uma obrigação presente, legal ou construtiva resultante de
eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que seja necessário um dispêndio de recursos internos no
pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios
não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de
determinado evento futuro, o Grupo divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da
exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota.
As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando
uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da
provisão em causa.
1.19 Fundo de garantia
Por deliberação da Assembleia-Geral da Associação da Bolsa de Valores de Lisboa foi criado, em 2 de Janeiro de
1997, o Fundo de Garantia daquela Associação. A finalidade deste fundo era a de assegurar aos clientes dos
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Individuais e Contas Consolidadas 59
corretores associados membros daquela Associação, o cumprimento das obrigações decorrentes das operações
que foram incumbidos de realizar na Bolsa de Valores de Lisboa.
De acordo com o regulamento interno deste Fundo de Garantia, no exercício de 1997, a Associação da Bolsa de
Valores de Lisboa, entregou uma contribuição extraordinária (reembolsável) no valor de Euros 266.358, a qual
se encontra registada na rubrica de “Outros Investimentos”.
A alteração ao Código dos Valores Mobiliários, introduzida pelo Decreto-Lei n.º 66/2004, de 24 de Março,
alterou a natureza obrigatória da existência de fundos de garantia, cuja constituição passou a constituir uma
possibilidade oferecida, e já não um dever a cargo das, entidades gestoras, bem como, modificou a natureza da
participação no fundo de garantia, a qual deixou de ser obrigatória e perdeu o seu caráter de requisito de
exercício das atividades de membro de mercado regulamentado e de participante de sistemas de liquidação e
passou a ser facultativa.
1.20 Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas
As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de
Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento
contabilístico mais adequado.
As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela
Euronext Lisbon são analisados como segue, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação
afeta os resultados reportados da Euronext Lisbon e a sua divulgação.
Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico
alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Euronext
Lisbon poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração
considera que os critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma
adequada a posição financeira da Euronext Lisbon e das suas operações em todos os aspetos materialmente
relevantes.
Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no
entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou
estimativas são mais apropriadas.
Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda
A Euronext Lisbon determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando
existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 60
desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efetuado, a Euronext
Lisbon avalia entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.
Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais
requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo
valor.
Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível
diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da Euronext
Lisbon.
Imparidade dos ativos de longo prazo
Os ativos fixos tangíveis e intangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem factos ou
circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.
Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos ativos fixos tangíveis e
intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações de pressupostos
poderão resultar em impactos na determinação do nível de imparidade e consequentemente nos resultados da
Euronext Lisbon.
Cobranças duvidosas
As perdas por imparidade relativas a contas a receber de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação efetuada
pela Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber, antiguidade de saldos,
anulação de dívidas e outros fatores. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a
estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados,
incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências setoriais, da deterioração da situação creditícia
dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas
estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis
de imparidade e consequentemente diferentes impactos em resultados.
Impostos sobre os lucros
A determinação do montante global de impostos sobre os lucros requer determinadas interpretações e
estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerto
durante o ciclo normal de negócios.
Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros,
correntes e diferidos, reconhecidos no período.
As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pela Euronext Lisbon e
pela sua Subsidiária durante um período de quatro anos. Desta forma, é possível que haja correções à matéria
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Individuais e Contas Consolidadas 61
coletável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção
do Conselho de Administração da Euronext Lisbon e da sua Subsidiária, de que não haverá correções
significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.
Pensões e outros benefícios a empregados
A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões de reforma requer a utilização de
pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções atuariais, rentabilidade estimada dos
investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.
Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.
1.21 Gestão dos riscos de negócio
A Euronext Lisbon dedica uma atenção rigorosa, permanente, à manutenção de um perfil de risco prudente,
equilibrado e adequado à experiência e à capacidade de organização, preservando os objetivos básicos de
solvabilidade, rentabilidade e adequada liquidez.
A Euronext Lisbon, enquanto entidade gestora de mercados regulamentados, dispõe de um sistema de controlo
interno que tem por objetivo a vigilância dos riscos inerentes à sua atividade, a minimização de imprevistos, a
adaptação às mudanças no ambiente económico e competitivo e às mudanças de mercado, bem como, um mais
eficaz desenvolvimento e crescimento da empresa.
Riscos financeiros
a) Exposição a risco de crédito
Não existe qualquer concentração significativa de risco de crédito numa única contraparte ou grupo de
contrapartes. A exposição máxima ao risco de crédito para cada classe de ativos financeiros é representada
pelos valores escriturados dos respetivos ativos.
b) Exposição a risco de taxa de juro
As aplicações financeiras encontram-se expressas em ativos sem risco ou de risco reduzido, como sejam os
depósitos a prazo com maturidade inferior a um ano.
As referidas aplicações são realizadas junto de instituições financeiras de reconhecida credibilidade, existindo
mecanismos de acompanhamento e avaliação dos riscos de aplicações de carteira própria, que impedem a
exposição a riscos considerados relevantes.
A Euronext Lisbon não utiliza quaisquer instrumentos financeiros derivados para cobertura dos riscos de taxa
de juro.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 62
Risco de liquidação e custódia
A 31 de dezembro de 2015, a valorização das emissões integradas na Central da Valores Mobiliários, gerido pela
Interbolsa (custódia) ascendia a Euros 305.810.828.1914.
Os procedimentos de alerta de existência de falhas na liquidação, bem como os procedimentos de controlo
interno implementados, permitem monitorizar e mitigar os riscos inerentes a estas operações.
1.22 Fluxos de caixa
Até ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, inclusive, a Empresa preparava e apresentava a demonstração
dos fluxos de caixa pelo método indireto (Individual e Consolidada). A partir do exercício de 2015, esta passou a
ser preparada e apresentada pelo método direto, pelo que, nas circunstâncias, os valores apresentados para efeitos
comparativos foram também apresentados pelo método direto, gerando as seguintes reclassificações na
demonstração dos fluxos de caixa consolidados:
Dez-2014
Método indireto
Reclassificação
Método direto
Fluxos de caixa das atividades
operacionais
13.196.465
27.223
13.223.688
Fluxos de caixa das atividades de
investimento
(639.063)
(13.856)
(652.919)
Fluxos de caixa das atividades de
financiamento
(11.466.799)
(13.367)
(11.480.166)
Contas Individuais:
Dez-2014
Método indireto
Reclassificação
Método direto
Fluxos de caixa das atividades
operacionais
2.526.171 7.610 2.533.781
Fluxos de caixa das atividades de
investimento
19.412 9.619.501 9.638.913
Fluxos de caixa das atividades de
financiamento
(1.794.658) (9.627.111) (11.421.769)
4 A valorização das emissões representativas de dívida é calculada com base no valor nominal. Para as restantes emissões o
cálculo é baseado no último preço de fecho para os valores cotados ou no valor nominal para os valores não cotados. Nas
unidades de participação não admitidas à negociação a valorização é calculada com base no preço de subscrição. No que se
refere às emissões de warrants, certificados e outros valores similares não é apresentada a valorização das emissões.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 63
2 Prestação de serviços e outros proveitos
O valor desta rubrica é composto por:
Prestação de serviços
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Mercado a Contado 7.405.826
9.250.792
7.405.826
9.250.792
Compensação 18.147
14.536
18.147
14.536
Admissão e manutenção 2.860.316
4.007.461
2.860.316
4.007.461
Mercado Derivado 235.897
207.559
235.897
207.559
Serviços de Informação 4.067.015
3.197.872
4.067.015
3.197.872
Liquidação e custódia 19.748.964
21.292.509
-
-
34.336.165
37.970.729
14.587.201
16.678.220
Outros proveitos
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
Euros Euros
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Ganho Perdas em Imobilizações 19.074
141
19.074 141
Excesso de estimativa de imposto 59.143 126.656 - 117.384
Outros proveitos 667.553 440.759 509.166 307.107
745.770
567.556
528.240
424.632
Os outros proveitos, referem-se essencialmente à faturação de custos partilhados com o Grupo Euronext,
nomeadamente relativos à subsidiária Interbolsa e Enternext.
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Individuais e Contas Consolidadas 64
3 Gastos com o pessoal
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15 dez/14
dez/15 dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Remunerações 5.977.865
4.430.825
3.123.366
3.123.366
2.092.197
Encargos sociais obrigatórios 870.582
876.070
396.750
400.357
Encargos com pensões e
647.535
442.535
385.535
273.535 benefícios aos empregados (i)
Trabalhadores temporários 15.217 14.979 15.217 14.979
Formação 14.584 27.512 11.698 19.136
Encargos com plano stock options 177.441 32.337 152.406 28.805
Outros custos 192.568 184.273 85.853 80.044
7.895.792
6.008.531
4.170.825
2.909.053
(i) Fundamentalmente gasto reconhecido no exercício com o plano de pensões (ver Nota 20).
O acréscimo ocorrido no exercício nos gastos com o pessoal resulta do registo de custos não recorrentes
ocorridos em 2015.
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Individuais e Contas Consolidadas 65
Valor registado na rubrica de gastos com pessoal, relativo a remunerações atribuídas aos órgãos Sociais da
Euronext Lisbon é como segue:
Individual:
dez/15
dez/14
Euros Euros
Remunerações 966.092 385.400
Encargos sociais obrigatórios 83.556 60.492
Outros custos 38.781 41.817
1.088.439 487.710
No âmbito do projeto T2S5 (TARGET2-Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do qual a
subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está a ser desenvolvido e produzido um novo software de
liquidação.
Este desenvolvimento e produção encontra-se a ser efetuado tanto com meios humanos e materiais internos como
externos.
De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir com os
requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e produzido internamente,
apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os custos de desenvolvimento são
contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.
A subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a produção no terceiro trimestre de 2013,
sendo que os custos com pessoal já reconhecidos como um ativo intangível em desenvolvimento em 31 de
dezembro de 2015 ascendem a 1.446.090 euros, divididos da seguinte forma:
5 Informação mais pormenorizada sobre este projeto pode ser encontrada no site do BCE,
http://www.ecb.europa.eu/paym/t2s/html/index.en.html.
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Individuais e Contas Consolidadas 66
31/12/2013 Movimentos
de 2014 31/12/2014
Movimentos
de 2015 31/12/2015
Euros Euros Euros Euros Euros
Remunerações 96.501 404.931 501.432 681.896 1.183.327
Encargos sociais
obrigatórios 21.946 98.867 120.813 161.950 282.763
118.447 503.798 622.245 843.846 1.466.090
O número de trabalhadores ao serviço do Grupo Euronext, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014,
distribuído por departamentos, é o seguinte:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Mercado a contado 5
6
5
6
Mercado de derivados 1
1
1
1
Liquidação e custódia 11
11
0
0
Suporte –Administrativo e financeiro 3
3
1
1
Suporte – Jurídico 4
4
3
3
Suporte – Informática 20
22
1
1
Suporte – Recursos humanos 3
3
3
3
Suporte – Relações públicas 1
1
1
1
Suporte – Serviços gerais 3
3
3
3
Outros (requisitados e expatriados) 11
12
8
9
62
66
26
28
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 67
4. Amortizações do exercício
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Ativos fixos tangíveis:
Equipamento administrativo 6.848
29.035
1.227
11.817
Equipamento informático 52.330
51.838
15.919
6.552
Edifícios 13.380 13.379 - -
Equipamento de transporte 90.003
128.127
40.500
83.518
Outros ativos fixos tangíveis 16.769
10.609
8.337
1.182
179.330
232.988
65.983
103.069
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10
5. Gastos com tecnologias de informação e comunicação
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Licenças e manutenção de hardware 124.261
149.348
-
-
Licenças e manutenção de software 4.148.020
5.462.927 3.635.059 4.706.179
Custos com comunicação 233.115
442.545 123.431 114.888
Outros 979
1.417 979 1.417
4.506.375
6.056.237
3.759.469
4.822.484
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 68
6. Serviços profissionais
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Consultadoria jurídica 22.635
(31.067)
12.635
-41.312
Auditoria e outros serviços fiscais 40.665
83.125
29.700
28.518
Outra consultadoria 814.166
544.209
206.666
145.442
Outsourcing 196.896
200.642
-
525
1.074.362
796.909
249.001
133.173
7 Instalações e gastos gerais
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Renda de edifícios 709.334
691.598
469.699
454.995
Segurança 45.374
50.069
0
0
Gás, água e eletricidade 26.617
27.251
0
0
Manutenção e serviços limpeza 57.876
42.443
38.641
26.541
Outros gastos 20.614
24.993
7.808
13.753
859.815
836.354
516.148
495.289
(a) Reclassificação de contas entre Instalações e gastos gerais e Outros gastos no exercício de 2014.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 69
8 Marketing
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Eventos 43.863
64.000
43.863
64.000
Patrocínios 66.194
201.958
66.194
101.958
Apresentações e conferências -
555
-
555
110.057
266.513
110.057
166.513
9 Outros gastos
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Taxas de supervisão 900.000
900.000
360.000
360.000
IVA não recuperado 914.584
869.443
914.584
869.443
Custos/Rendimentos Intragrupo APA (1) (1.481.208)
680.657
(1.481.208)
680.657
Custos com viaturas 81.377 87.690 54.938 64.955
Seguros 193.218 123.017 82.766 57.055
Despesas de deslocação 216.109 173.085 98.950 76.514
Equipamento de escritório 8.315 34.138 7.277 33.275
Correio 3.034
4.368
2.144
3.363
Outros 129.559
429.512
88.483
383.280
964.988
3.301.910
127.934
2.528.542
(a) Reclassificação de contas entre Outros gastos e Instalações e gastos gerais no exercício de 2014.
(1) No que respeita ao “Profit Split Agreement”, no âmbito do qual a Euronext Lisbon incorreu em custos/proveitos no
exercício de 2015, importando notar que o Grupo opera de forma integrada, estando estruturado por linhas de negócio (Cash
& Listing; Derivatives & Clearing; Market data), transversais aos limites geográficos das diversas entidades do Grupo.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 70
Atendendo ao conjunto de informação disponível e à fiabilidade dos vários métodos, foi considerado como mais apropriado o
método do fracionamento do lucro. O “Profit Split Agreement”, celebrado, com produção de efeitos a janeiro de 2010, inclui a
Euronext N.V., a Euronext Paris S.A., a Euronext France Holding SAS, a Euronext Amsterdam N.V., a Euronext Brussels
S.A./N.V., a Liffe Administration and Management, a Euronext Lisbon S.A. e a Smartpool Trading Limited. Este contrato
estabelece chaves de repartição para alocação entre as partes dos proveitos (antes de juros, impostos e amortizações de
goodwill) gerados no mercado de transações, no mercado de derivados e pelos serviços de informações entre as partes, com
base no princípio de plena concorrência, e no pressuposto de que todas as entidades do Grupo Euronext que são parte do
contrato geram proveitos e incorrem em despesas. Em termos do modelo de partilha adotado, as partes acordaram em
partilhar os seus recursos de forma a garantir que a parte proporcional das contribuições em geral efetuadas no âmbito do
presente contrato por cada uma das partes é consistente com a parte proporcional dos benefícios que essa parte espera receber
no âmbito deste mesmo contrato.
10 Resultado financeiro
O valor desta rubrica é composto por:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Proveitos financeiros:
Juros obtidos 7.592
105.347
297 33.823
Diferenças de câmbio 12
1.314
-
1.314
7.604
106.661
297
35.137
Gastos financeiros:
Juros suportados 7.462
13.909
2.970
8.208
Diferenças de câmbio 12.315
6.356
12.290
6.187
19.777
20.265
15.260
14.395
Resultado financeiro (12.173)
86.396
(14.963)
20.742
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 71
11 Ganhos em subsidiárias
Esta rubrica aplica-se apenas às contas individuais da Euronext Lisbon e refere-se aos dividendos recebidos da
sua subsidiária, Interbolsa – Sociedade gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de
Valores Mobiliários, S.A., no valor de Euros 9.348.598 (2014: Euros 9.619.500).
12 Impostos
Os encargos com impostos são os seguintes:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Imposto corrente do exercício 5.623.036
6.084.257 1.882.110 1.744.577
5.623.036
6.084.257
1.882.110
1.744.577
Imposto diferido
Diferenças temporárias (Ver Nota
17) (253.377)
78.118
(252.554)
-
(253.377)
78.118
(252.554)
-
Imposto corrente sobre o
rendimento 5.369.659 6.162.375 1.629.556 1.744.577
A diferença entre a taxa nominal de imposto sobre o rendimento a que a Euronext Lisbon se encontra sujeita e a
taxa média acima referida resulta dos ajustamentos considerados para efeitos da determinação da matéria
coletável, nos termos previstos na legislação aplicável.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 72
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC no Grupo é analisada como segue:
dez/15
dez/14
%
Valor
%
Valor
Resultado antes de impostos -
20.344.474
-
21.627.814
Taxa de imposto corrente 21%
4.272.340
23%
4.974.397
Tributação autónoma, Derrama
Municipal e Estadual, Benefícios fiscais
dedutíveis à coleta e custos não
dedutíveis
5,39%
1.097.319
5,49%
1.187.978
26,39%
5.369.659
28,49%
6.162.375
O valor de impostos sobre lucros do Grupo ascende a Euros 5.369.659, o que representa uma taxa média de
imposto de 26,39% do resultado consolidado antes de impostos (dez. 2014: 28,49%).
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de IRC, em base individual, é analisada como segue:
dez/15
dez/14
%
Valor
%
Valor
Resultado antes de impostos -
15.490.647
-
15.592.981
Taxa de imposto corrente 21%
3.253.036
23%
3.586.386
Anulação do efeito do dividendo
recebido (12,67%)
(1.963.206)
(14,19%)
(2.212.485)
Tributação autónoma, Derrama
Municipal e Estadual, Benefícios
fiscais dedutíveis à coleta e custos
não dedutíveis
2,19%
339.726
2,38%
370.676
10,52%
1.629.556
11,19%
1.744.577
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 73
13 Ativos fixos tangíveis
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
Dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Custo:
Arte 480.111
480.111
427.295
427.295
Equipamento administrativo 555.147 555.147 423.521 423.521
Equipamento informático 998.217 900.396 162.856 120.582
Edifícios 243.532 243.532 123.694 123.694
Equipamento de transporte 905.619 798.463 473.215 505.074
Outros ativos fixos tangíveis 501.840 501.840 394.128 394.128
3.684.466
3.479.489
2.004.709
1.994.294
Amortizações acumuladas: 2.904.074
2.800.585
1.478.400
1.473.572
Total Líquido 780.392
678.904
526.309
520.722
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 74
Os movimentos da rubrica ativos fixos tangíveis, no período findo em 31 de dezembro de 2015, para o Grupo, são
analisados como segue:
Saldo em
01/ jan/15
Aquisições/
Dotações
Abates Saldo em
31/ dez/15
Custo:
Arte 480.111 - - 480.111
Equipamento administrativo 555.147 - - 555.147
Equipamento informático 900.396 115.233 (17.412) 998.217
Edifícios 243.532 - - 243.532
Equipamentos de transporte 798.463 182.015 (74.859) 905.619
Outros ativos fixos tangíveis 501.840 - - 501.840
3.479.489 297.248 (92.271) 3.684.466
Amortizações acumuladas:
Arte 4.553 - - 4.553
Equipamento administrativo 515.405 6.848 - 522.253
Equipamento informático 895.424 52.330 (17.412) 930.342
Edifícios 216.772 - 13.380 - 230.152
Equipamentos de transporte 722.783 90.003 (58.429) 754.357
Outros ativos fixos tangíveis 445.648 16.769 - 462.417
2.800.585 179.330 (75.811) 2.904.074
Valor liquido 678.904 117.918 (16.460) 780.362
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 75
Os movimentos da rubrica Ativos fixos tangíveis, a 31 de dezembro de 2015, em base individual, são analisados
como segue:
Saldo em
01/ jan/15
Aquisições/
Dotações
Abates Saldo em
31/ dez/15
Custo:
Arte 427.295 - - 427.295
Equipamento administrativo 423.521 - - 423.521
Equipamento informático 120.582 45.000 (2.726) 162.856
Edifícios 123.694 - - 123.694
Equipamentos de transporte 505.074 43.000 (74.859) 473.215
Outros ativos fixos tangíveis 394.128 - - 394.128
1.994.294 88.000 (77.585) 2.004.709
Amortizações acumuladas:
Arte 4.553 - - 4.553
Equipamento administrativo 395.169 1.227 - 396.396
Equipamento informático 116.904 15.919 (2.726) 130.097
Edifícios 123.694 - - - 123.694
Equipamentos de transporte 458.894 40.500 (58.429) 440.965
Outros ativos fixos tangíveis 374.358 8.337 - 382.695
1.473.572 65.983 (61.155) 1.478.400
Valor líquido 520.722 22.017 (16.430) 526.309
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.10
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 76
As locações, 31 de dezembro de 2015, para o Grupo, em termos de prazos residuais são apresentadas como
segue:
Locações
Até 1
De 1 a
A mais de
Ano
5 Anos
5 Anos
Total
Euros
Euros
Euros
Euros
Rendas vincendas 55.971
114.407
-
170.378
Juros vincendos 6.294
6.178
-
12.472
Valores residuais 25.227
67.158
-
92.385
87.492
187.743
-
275.235
As locações, a 31 de dezembro de 2015, em base individual, em termos de prazos residuais são apresentadas
como segue:
Locações
Até 1
De 1 a
A mais de
Ano
5 Anos
5 Anos
Total
Euros
Euros
Euros
Euros
Rendas vincendas 16.114
33.649
-
49.763
Juros vincendos 2.079
1.349
-
3.428
Valores residuais 17.350
27.555
-
44.905
35.543
62.553
98.096
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 77
14 Ativos intangíveis
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Custo:
“Software” 773.244 754.309 62.473 43.538
Imobilizado em curso - TS2 Software 1.853.719 903.445 - -
2.626.963 1.657.754 62.473 43.538
Amortizações acumuladas:
“Software” 759.911 748.170 49.850 43.538
Total Líquido: 1.867.052 909.584 12.623 -
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 78
Os movimentos da rubrica ativos intangíveis, para o grupo , no período findo em 31 de dezembro de 2015, são
analisados como segue:
Saldo em
01/jan/15
Euros
Aquisições/
Dotações
Euros
Saldo em
31 /dez/15
Euros
Custo:
“Software” 754.309 18.935 773.244
Imobilizado em curso – T2S software 903.445 950.274 1.853.719
1.657.754 969.209 2.626.963
Amortizações acumuladas:
“Software” 748.170 11.741 759.911
748.170 11.741 759.911
Valor líquido 909.584 957.468 1.867.052
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 79
Os movimentos da rubrica ativos intangíveis no período findo em 31 de dezembro de 2015, em base individual,
são analisados como segue:
Saldo em
01/jan/15
Euros
Aquisições/
Dotações
Euros
Saldo em
31 /dez/15
Euros
Custo:
“Software” 43.538 18.935 62.473
43.538 18.935 62.473
Amortizações acumuladas:
“Software” 43.538 6.312 49.850
43.538 6.312 49.850
Valor líquido 0 12.623 12.623
Reclassificação efetuada pela subsidiária Interbolsa conforme descrito na nota 1.11
No âmbito do projeto T2S (TARGET2Securities), desenvolvido pelo BCE - Banco Central Europeu, e do qual a
subsidiária INTERBOLSA é um participante ativo, está ser desenvolvido e produzido um novo software de
liquidação.
Este desenvolvimento e produção encontra-se a ser efetuado tanto com meios humanos e materiais internos como
externos.
De acordo com a IAS 38 este software só poderá ser considerado como um ativo intangível se cumprir com os
requisitos que se encontram elencados na referida IAS e, no caso de ser desenvolvido e produzido internamente,
apenas os custos suportados com a produção serão considerados, sendo que os custos de desenvolvimento são
contabilizados diretamente em custos aquando da sua realização.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 80
A Subsidiária INTERBOLSA passou da fase de desenvolvimento para a de produção no terceiro trimestre de 2013
e tem 2016 como o ano de entrada em funcionamento do software. Nesta conta encontram-se registados os
seguintes valores:
Movimentos
2013
Movimentos
2014
Movimentos
2015
31/12/2015
Euros Euros Euros Euros
Custos Internos
Remunerações 96.501 404.931 681.895 1.183.327
Encargos sociais obrigatórios 21.946 98.867 161.951 282.764
118.447 503.798 843.846 1.466.091
Custos Externos
Serviços profissionais 97.423 183.777 106.428 387.628
97.423 183.777 106.428 387.628
215.870
687.575
950.274
1.853.719
Os gastos com mão de obra afeta a este são inicialmente registados na rubrica “Gastos com o pessoal”, sendo
posteriormente transferidos para o ativo intangível em curso, através da utilização da conta “Trabalhos para a
própria empresa” (ver Nota 3).
Os gastos incorridos pela subsidiária Interbolsa, adquiridos especificamente para este projeto são registados
diretamente na rubrica do ativo intangível em curso.
15 Investimentos em subsidiárias e outros investimentos (Contas individuais)
A rubrica Investimentos em subsidiárias é analisada como segue:
Individual
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Não cotadas
Interbolsa
5.500.000
5.500.000
5.500.000
5.500.000
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 81
Os principais indicadores da Interbolsa são analisados como segue:
Ativos
Passivos
Proveitos
Resultado
líquido
Interbolsa Euros
Euros
Euros
Euros
31/dez/2014 24.672.139
4.323.542
21.597.827
11.236.535
31/dez /2015 25.194.422
2.610.446
20.059.672
10.462.322
A Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores
Mobiliários, S.A. foi constituída por escritura, de 10 de fevereiro de 2000, lavrada no 1º. Cartório Notarial de
Lisboa, conforme deliberação da Assembleia-Geral da Interbolsa - Associação para a Prestação de Serviços às
Bolsas de Valores, de 20 de dezembro de 1999, e nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 394/99, de 13 de
outubro, e da Portaria n.º 1194-A/99 (2ª. Série), de 8 de Novembro, sendo atualmente detida a 100% pela
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
A sua atividade consiste na gestão de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de valores mobiliários.
Em 31 de dezembro de 2015, o perímetro de consolidação da Euronext Lisbon é apresentado conforme segue:
Empresa Sede Capital Moeda
Actividade
económica
%Controlo
da Euronext
Método de
consolidação
Interbolsa Porto 5.500.000 Euros
Gestão de sistemas
de Liquidação e
Sistemas
Centralizados 100%
Integral
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 82
A rubrica outros investimentos é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Fundo de Garantia 266.358
266.358
266.358
266.358
Enternext SA (Paris) 1
1
1
1
266.359
266.359
266.359
266.359
Em 15 de julho de 2013, a Euronext Lisbon adquiriu uma ação da empresa Enternext S.A. pelo valor de um Euro.
16 Outros ativos financeiros
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
ANNA 1.250
1.250
-
-
Fundo de Compensação de Trabalho 537
421
-
-
1.787
1.671
-
-
Na rubrica de outros ativos financeiros foram consideradas as entregas mensais efetuadas pela subsidiária
INTERBOLSA para o FCT – Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), aplicável aos contratos de trabalho
celebrados a partir do dia 1 de outubro de 2013. O FCT implica uma comparticipação de 0,925% sobre o salário e
diuturnidades, tendo uma natureza de capitalização para a entidade patronal. Essas entregas poderão ser
reembolsadas como forma de apoio financeiro ao pagamento de indemnizações por cessação de contratos de
trabalho. O reembolso irá corresponder ao montante entregue para o fundo, individualizado pelo respetivo
trabalhador com cessação do contrato de trabalho, adicionado de eventual ganho gerado pela capitalização desse
montante no fundo.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 83
O ativo financeiro referente às comparticipações do FCT foi mensurado pelo justo valor e as respetivas variações
são reconhecidas nos resultados do período em função do valor das unidades de participação divulgado pela
entidade gestora do fundo a cada data de relato.
17 Impostos diferidos
Os ativos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 gerados por diferenças
temporárias são analisados como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Ativos fixos tangíveis 12.061
26.709
-
Ajustamentos clientes 2.049
550
-
Provisões não aceites fiscalmente 979.140 - 979.140 -
Stock Options 160.126
-
143.320
-
1.153.376
27.259
1.122.460
-
22,50%
22,50%
22,50%
22,50%
259.510
6.133
252.554
-
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 84
Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos ativos, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014,
são os seguintes:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Saldo no início do período 6.133
84.251
-
-
Movimento no período 253.377
(78.118)
252.554
-
Saldo no final do período 259.510 6.133
252.554 -
18 Devedores e outros ativos
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Clientes 3.023.597 4.701.017 879.923 2.585.773
Devedores Diversos 11.492 13.064 62
Diferimentos 760.056 442.191 574.348 199.537
3.795.144 5.156.272 1.454.332 2.785.310
Imparidade para devedores (83.089) (110.815) (45.061) (86.761)
3.712.056 5.045.457 1.409.272 2.698.549
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 85
Os movimentos da imparidade para devedores são analisados como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Imparidade para devedores:
Saldo em 1 de janeiro 110.815 109.421 86.761 89.171
Dotação do exercício 14.004 11.380 - 5.600
Reversão do exercício (47.330) (9.986) (47.300) (8.010)
Utilização no período(1) 5.600 5.600
Saldo em 31 de dezembro 83.089 110.815 45.061 86.761
(1) este montante encontra-se refletido da rubrica Prestação de Serviços – Admissão e Manutenção.
19 Caixa e depósitos a curto prazo
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Numerário:
Caixa 843
907
557
416
Depósitos bancários:
Depósitos à ordem 54.537.347
49.360.593
33.831.666
28.120.225
54.538.190
49.361.500
33.832.223
28.120.641
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 86
Os depósitos à ordem correspondem, fundamentalmente, ao cash-pooling gerido centralmente pelo Grupo (ver
Nota 27).
20 Depósitos a prazo
A 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014 não existem depósitos a prazo com mais de três meses.
21 Capital
O capital da Euronext Lisbon é de Euros 8.750.000, representado por 8.750.000 ações de valor nominal de 1 Euro
cada, encontrando-se integralmente realizado.
O capital da Euronext Lisbon, em 31 de dezembro de 2015, é detido em 100% pela Euronext N.V..
Os resultados por ação (EPS) atribuíveis à Euronext Lisbon são analisados como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Prémios de emissão 748.195
748.195 748.195 748.195
Outros instrumentos capital
(RSU/LTIP) 438.798
628.442
462.082
630.380
Resultado líquido 14.974.815
15.465.439
13.861.091
13.848.404
N.º de ações 8.750.000
8.750.000
8.750.000
8.750.000
Resultado por ação (Básico) 1,71
1,77
1,58
1,58
O Grupo Euronext calcula o seu resultado básico por ação usando o número de ações durante o período de
relato.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 87
22 Reservas
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Reserva legal 14.250.000
14.250.000
8.750.000
8.750.000
Outras Reservas -desvios atuariais (6.640.880)
(10.761.880)
(4.948.279)
(7.926.279)
7.609.120
3.488.120
3.801.721
823.721
Reserva legal
Em conformidade com o artigo 32º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 8-D/2002, de 15 de janeiro a reserva legal é
obrigatoriamente dotada com um mínimo de 10% dos lucros anuais até à concorrência de um valor equivalente
a 100% do capital da sociedade, de acordo com Decreto-Lei 357 de 2007. Esta reserva só pode ser utilizada na
cobertura de prejuízos ou no aumento do capital social.
Outras reservas
Referem-se aos ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados
e os valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do fundo de
pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais (ganhos e perdas atuariais).
23 Benefícios aos colaboradores
Planos de benefícios definidos
Por contrato de 15 de Janeiro de 2000 entre a Associação da Bolsa de Valores de Lisboa e a Sociedade Gestora de
Fundos de Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões cujo património inicial foi de Euros
1.391.127.
A 29 de dezembro de 2000 foi celebrado o contrato de alteração ao contrato constitutivo do Fundo de Pensões
da Bolsa de Valores de Lisboa, passando este a abranger também os trabalhadores que integravam a Associação
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 88
da Bolsa de Derivados do Porto. Desta forma, o Fundo de Pensões inclui a totalidade dos funcionários da
Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A..
Por contrato datado de 27 de Dezembro de 2001 entre a Interbolsa – Sociedade Gestora de Sistemas de
Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. e a Sociedade Gestora de Fundos de
Pensões da CGD, S.A. foi constituído um fundo de pensões com as mesmas características do Fundo de Pensões
da Euronext Lisbon, cujo património inicial foi de Euros 498.798.
O Fundo reveste a forma de Fundo de Pensões fechado de benefício definido e encontra-se constituído por
tempo indeterminado.
As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial
elaborado pela CGD - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..
O Fundo só contempla o pagamento de pensões aos colaboradores que prestem serviços ao Grupo por um
período mínimo de 5 anos de serviço e engloba todos os trabalhadores com vínculo contratual.
As responsabilidades decorrentes do Fundo de Pensões foram determinadas através de estudo atuarial elaborado
pela Mercer, Human Resource Consulting, S.A..
A responsabilidade líquida do Grupo com o Fundo de Pensões é calculada anualmente, à data de fecho de contas,
pelo que no presente relatório é apresentada uma estimativa efetuada pela entidade acima mencionada.
Em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014, o número de participantes abrangidos por este plano de
pensões de reforma era o seguinte:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Número de participantes
Reformados e pensionistas 17
12
15
11
Pessoal no ativo 60
64
26
28
Ex-funcionários 85
87
73
76
162
163
114
115
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 89
Conforme referido na Nota 1.14, os ganhos e perdas atuariais são reconhecidos na rubrica de “outras reservas”,
em capital próprio.
Adicionalmente, a IAS 19R prevê que o custo financeiro do plano de benefícios com fundo constituído, deve ser
calculado pela aplicação da taxa de desconto ao saldo líquido das responsabilidades estimadas e do justo valor
dos ativos do plano, quer se trate de um saldo positivo ou negativo.
Os valores reconhecidos no resultado líquido do período e no rendimento integral relativos a este plano de
benefícios definidos foram como se segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Custo dos serviços correntes 458.000
302.000
239.000
149.000
Custo financeiro líquido 154.000
105.000
111.000
89.000
Componentes do custo do benefício definido
reconhecidas no resultado líquido do período 612.000
407.000
350.000
238.000
Remensurações no passivo líquido do benefício
definido:
- Efeito das alterações nos pressupostos
demográficos -
(547.000)
-
(386.000)
- Efeito das alterações nos pressupostos
financeiros (3.334.000)
7.389.000
(2.412.000)
5.357.000
- Outros ajustamentos (612.000)
(6.000)
(441.000)
3.000
- Retorno dos ativos do plano (175.000)
88.000
(125.000)
64.000
Componentes do custo do benefício definido
reconhecidos no resultado integral (4.121.000)
6.924.000
(2.978.000)
5.038.000
Total das componentes do custo do benefício
definido (3.509.000)
7.738.000
(2.628.000)
5.276.000
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 90
A quantia reconhecida na demonstração da posição financeira, resultante da obrigação deste plano de benefícios
definidos é como se segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Valor presente das obrigações do plano de
benefícios definidos 19.895.733
23.018.733
14.265.641
16.634.641
Justo valor dos ativos do plano 16.342.000
15.381.000
11.631.000
11.107.000
Responsabilidade líquido resultante do plano de
benefícios definidos 3.553.733
7.637.733
2.634.641
5.527.641
Os movimentos no valor presente das obrigações do plano de benefícios definidos analisam-se como segue:
Grupo
dez/2014 dez/14
Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo inicial 23.018.733 15.392.463
Custo dos serviços correntes 458.000 302.000
Custo dos juros 460.000 575.000
Benefícios pagos (95.000) (86.730)
Remensurações:
- Efeito das alterações nos pressupostos demográficos 0 (547.000)
- Efeito das alterações nos pressupostos financeiros (3.334.000) 7.389.000
- Outros ajustamentos (612.000) (6.000)
Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo final 19.895.733 23.018.733
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 91
Os movimentos no valor dos ativos do plano analisam-se como segue:
dez/2014 dez/14
Justo valor dos ativos do plano - Saldo inicial 15.381.000 12.560.000
Rendimento financeiro 306.000 470.000
Contribuições efetuadas pelo Grupo 575.000 2.526.000
Benefícios pagos (95.000) (87.000)
Remensurações:
- Retorno dos ativos do plano 175.000 (88.000)
Justo valor dos ativos do plano - Saldo final 16.342.000 15.381.000
A composição do justo valor dos ativos do fundo está de acordo com o conjunto de diretrizes e princípios
orientadores, com base nos quais a CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. deverá
conduzir e controlar a gestão do Fundo.
A 31 de dezembro de 2015 os ativos do plano se encontram divididos pelas seguintes categorias de ativos:
(Valores em milhares de euros):
Valor dos ativos do plano Em % dos ativos
Obrigações
- Taxa fixa 5.241 32,07 %
- Taxa variável 5.702 34,89%
Ações
- Portugal 827 5,06%
- Resto do Mundo 1.651 10,10%
Imobiliário 976 5,97%
Liquidez 1.947 11,91%
Outros credores -1 -0.01%
Total 16.343 100,00%
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 92
Os movimentos no valor presente das obrigações do plano de benefícios definidos analisam-se como segue:
Individual
dez/2014 dez/14
Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo inicial 16.634.641 11.475.641
Custo dos serviços correntes 239.000 149.000
Custo dos juros 332.000 417.000
Benefícios pagos (87.000) (81.000)
Remensurações:
- Efeito das alterações nos pressupostos demográficos 0 (386.000)
- Efeito das alterações nos pressupostos financeiros (2.412.000) 5.357.000
- Outros ajustamentos (441.000) (3.000)
Obrigações do plano de benefícios definidos - Saldo final
14.265.641
16.634.641
Os movimentos no valor dos ativos do plano analisam-se como segue:
dez/2014 dez/14
Justo valor dos ativos do plano - Saldo inicial
11.107.000
8.781.000
Rendimento financeiro 221.000 328.000
Contribuições efetuadas pela Euronext 265.000 2.143000
Benefícios pagos (87.000) (81.000)
Remensurações:
- Retorno dos ativos do plano 125.000 (64.000)
Justo valor dos ativos do plano - Saldo final
11.631.000 11.107.000
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 93
A composição do justo valor dos ativos do fundo está de acordo com o conjunto de diretrizes e princípios
orientadores, com base nos quais a CGD Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. deverá
conduzir e controlar a gestão do Fundo.
A 31 de dezembro de 2015 os ativos do plano se encontram divididos pelas seguintes categorias de ativos:
(Valores em milhares de euros):
Valor dos ativos do plano Em % dos ativos
Obrigações
- Taxa fixa 3.804 32,71%
- Taxa variável 4.056 34.87%
Ações
- Portugal 588 5,06%
- Resto do Mundo 1.186 10,20%
Imobiliário 708 6,09
Liquidez 1.290 11,09%
Outros credores -1 -0.01%
Total 11.631 100,00%
A análise comparativa dos pressupostos atuariais para o grupo é analisada como se segue:
dez/15 dez/14
Taxa de crescimento salarial
Ativos
2,00% 2,00%
Direitos adquiridos
2,00% 2,00%
Taxa de crescimento das pensões
0,00% 0,00%
Taxa de desconto
2,70% 2,0%
Taxa de inflação
2,00% 2,00%
Tábua de mortalidade
TV88/90 TV88/90
Tábua de invalidez
EVK 80 100% EVK 80 100%
Idade de reforma
66 anos 66 anos
Decrementos utilizados
100% da EKV 1980 100% da EKV 1980
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 94
A análise de sensibilidade efetuada em função de uma variação de 0,25% na taxa de desconto e de 0,50% da taxa
de crescimento salarial no valor presente das obrigações com o Fundo é a seguinte:
Em milhares
Taxa de desconto 2,70% 2,95% 2,45%
Valor presente 5.629 5.342 5.931
Taxa Crescimento Salarial 2,00% 2,50% 1,50%
Valor presente 5.629 5.872 5.399
Planos de remunerações com ações
A Euronext tinha um programa que continha RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e
expirava ao fim de 3 anos.
Contudo, em 13 de Novembro de 2013, com a fusão ICE NYSE, foram transferidos os direitos aos titulares dos
programas RSU (Restricted Stock Units) e LTIP (Long Term Incentive Plan) e foi convertido apenas o programa
atribuído no ano corrente com a designação de ICE RSU’s, onde as ações expiram ao fim de 3 anos (2016).
24 Provisões
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Provisões para Passivos não Correntes 81.150
83.275
81.150
83.275
81.150
83.275
81.150
83.275
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 95
25 Credores e outros passivos
Esta rubrica é analisada como segue:
Grupo
Individual
dez/15
dez/14
dez/15
dez/14
Euros
Euros
Euros
Euros
Fornecedores C/C 10.689 431.114
22.871 282.141
Fornecedores - Grupo - 1.720.633 - 1.720.633
Fornecedores de Imobilizado 261.787 165.853 93.692 56.451
Estado e Outros Entes Públicos 947.787 1.454.949 361.673 746.992
Acréscimos de gastos 3.550.043 1.668.972 2.600.716 745.739
4.770.306 5.441.521 3.078.952 3.551.956
Os acréscimos de gastos analisam-se como segue:
Grupo
Individual
dez/15 dez/14 dez/15 dez/14
Euros Euros Euros Euros
Estimativa para férias e subsídio de férias
e outros pagamentos
1.536.639
651.979
1.198.980
302.290
Estimativa para bónus de performance 728.488 746.091 322.100 387.862
Gastos incorridos ainda não faturados 1.284.916 270.902 1.079.636 55.587
3.550.043 1.668.972 2.600.716 745.739
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 96
26 Justo valor de ativos e passivos financeiros
A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, para o Grupo, contabilizados ao valor
contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:
dez/15
dez/14
Valor
contabilístico
Justo valor
Var.
Valor
contabilístico
Justo valor
Var.
Euros
Euros
Euros
Euros
Euros
Euros
Ativos financeiros:
Ativos financeiros (ver
nota 16) 1.787
1.787
-
1.671
1.671
-
Devedores e outros
ativos (ver nota 18) 3.712.056
3.712.056
-
5.045.457
5.045.457
-
Caixa e depósitos a cp
(ver nota 19) 54.538.190
54.538.190
-
49.361.500
49.361.500
-
Passivos financeiros:
Credores e outros
passivos (ver nota 25) 4.770.306
4.770.306
-
5.441.521
5.441.521
-
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 97
A decomposição dos ativos e passivos financeiros da Euronext Lisbon, em base individual, contabilizados ao
valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisado como segue:
dez/15
dez/14
Valor
contabilístico
Justo valor
Var.
Valor
contabilístico
Justo valor
Var.
Euros
Euros
Euros
Euros
Euros
Euros
Ativos financeiros:
Devedores e outros
ativos (ver nota 18) 1.409.272
1.409.272
-
2.698.549
2.698.549
-
Caixa e depósitos a cp
(ver nota 19) 33.832.223
33.832.223
-
28.120.641
28.120.641
-
Passivos financeiros:
Credores e outros
passivos (ver nota 25) 3.078.952
3.078.952
-
3.551.956
3.551.956
-
Atendendo ao prazo extremamente curto associado às rubricas acima mencionadas, o valor de balanço é uma
razoável estimativa do seu justo valor.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
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27 Partes relacionadas
Resumem-se como segue os saldos da Euronext Lisbon, em 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro 2014 relativas às
transações em partes relacionadas:
Balanço dez/15 dez/14
Ativos Não Correntes:
Euronext Brussels - -
Enternext SA 1 1
Interbolsa 5.500.000 5.500.000
Fundo de Garantia 266.358 266.358
Ativos Correntes:
Euronext Amsterdam NV - 277.827
Euronext NV - 482.491
Euronext Brussels - 8.107
Enternext SA - 96.687
Euronext Paris (i) 33.711.171 27.928.435
Interbolsa - 8.802
Passivos Correntes:
Euronext NV - 26.663
Euronext Brussels - 468.290
Euronext Techonology SAS - 968.870
Euronext Techonology Ltd - 14.957
Smart Pool Trading Lda - 1.866
Euronext London - 221.987
Total Balanço 39.477.530 32.848.075
(i) Cash pooling. O saldo vence juros a taxas correntes de mercado.
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Individuais e Contas Consolidadas 99
Demonstração de resultados dez/15
dez/14
Prestação de Serviços:
Euronext NV 4.017.710
2.827.515
Euronext Amsterdam NV 49.305
24.612
Enternext SA 84.789
135.347
Interbolsa 85.871
85.871
Gastos e Perdas:
Euronext Amsterdam NV -839.882
-344.821
Euronext Brussels -201.515
26.951
Euronext Paris 769.760
509.409
Euronext Techonology SAS 3.438.845
4.369.764
Euronext Techonology Ltd -
14.800
Smart Pool Trading Lda 417
20.087
Liffe Administration & Manag -
10.086
Euronext London 329.437
469.312
Market Inc
12.028
Euronext France IP SAS
123.796
Resultado Financeiro:
Euronext Paris 189
33.534
Interbolsa (dividendos recebidos) 9.348.598
9.619.500
Total Demonstração Resultados 10.093.817
7.514.967
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Individuais e Contas Consolidadas 100
28 Normas contabilísticas recentemente emitidas
Normas
a) Melhorias às normas 2011 - 2013. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3,
IFRS 13, e IAS 40. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações financeiras individuais
e consolidadas da Entidade.
Interpretações
a) IFRIC 21 (nova), ‘Taxas’. A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos,
clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou
imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação
relevante que obriga ao pagamento. A adoção destas alterações não teve impacto nas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
Normas e alterações a normas existentes publicadas mas cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais
que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015, e que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente:
Normas
a) Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
fevereiro de 2015). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13,
IAS 16 e 38 e IAS 24. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas
melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
b) IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015). A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições
de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua
contabilização, quando as contribuições não estão associadas ao número de anos de serviço. Não se
estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
c) IAS 1 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2016). A alteração dá indicações relativamente à materialidade e agregação, à apresentação de
subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das políticas contabilísticas, e à
apresentação dos itens de Outros rendimentos integrais gerados por investimentos mensurado pelo
método de equivalência patrimonial. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura
destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
d) IAS 16 e IAS 38 (alteração), ‘Métodos de cálculo de amortização e depreciação permitidos (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração clarifica que a utilização de
métodos de cálculo das depreciações/ amortizações de ativos com base no rédito obtido, não são por regra
consideradas adequadas para a mensuração do padrão de consumo dos benefícios económicos associados
ao ativo. É de aplicação prospetiva. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura
destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
e) IAS 16 e IAS 41 (alteração), ‘Agricultura: plantas que produzem ativos biológicos consumíveis’ (a aplicar
nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração define o conceito de uma
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 101
planta que produz ativos biológicos consumíveis, e retira este tipo de ativos do âmbito da aplicação da IAS
41 – Agricultura para o âmbito da IAS 16 – Ativos tangíveis, com o consequente impacto na mensuração.
Contudo, os ativos biológicos produzidos por estas plantas, mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura.
Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
f) IAS 27 (alteração), ‘Método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas’ (a
aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração permite que uma
entidade aplique o método da equivalência patrimonial na mensuração dos investimentos em subsidiárias,
empreendimentos conjuntos e associadas, nas demonstrações financeiras separadas. Esta alteração é de
aplicação retrospetiva. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas
melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
g) Alterações às IFRS 10, 12 e IAS 28, ‘Entidades de investimento: aplicação da isenção à obrigação de
consolidar’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração ainda
está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que a isenção à obrigação
de consolidar de uma “Entidade de Investimento” se aplica a uma empresa holding intermédia que
constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método
da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade, que não é uma
entidade de investimento, mas que detém um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que
é uma “Entidade de investimento”. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura
destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
h) IFRS 11 (alteração), ‘Contabilização da aquisição de interesse numa operação conjunta’ (a aplicar nos
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração introduz orientação acerca da
contabilização da aquisição do interesse numa operação conjunta que qualifica como um negócio, sendo
aplicáveis os princípios da IFRS 3 – concentrações de atividades empresariais. Não se estimam impactos
significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações financeiras individuais e
consolidadas da Entidade.
i) Melhorias às normas 2012 - 2014, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
janeiro de 2016). Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34. Não
se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
j) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 substitui os
requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii)
ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii)
aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. Não se estimam
impactos significativos decorrentes da adoção futura destas melhorias nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas da Entidade.
k) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
janeiro de 2018). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova
norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a
entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é
satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na
“metodologia das 5 etapas”. Não se estimam impactos significativos decorrentes da adoção futura destas
melhorias nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Entidade.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 102
29 Gestão de Capital
Tendo em conta que por gestão de capital se compreende um conceito de maior amplitude que o da rubrica de
“capital próprio” que figura no balanço, a Entidade estabelece os seguintes objetivos quanto a esta matéria:
• Cumprir os requisitos de capital definidos pelo Regulador do setor onde a Entidade opera;
• Assegurar que a capacidade de continuidade da Entidade é continuamente tida em consideração, de modo a
que continue a ser dado retorno de investimento e benefícios aos acionistas; e
• Manter uma sólida base de capital que apoie o desenvolvimento da sua atividade.
A adequacidade de capital e a utilização de capital regulamentar são monitorizados regularmente pela gestão
do Grupo. A informação exigida é enviada à CMVM numa base mensal. A CMVM exige que as entidades
gestoras disponham dos fundos próprios necessários para assegurar o disposto no artigo 32º do Decreto-Lei nº
357-C/2007, de 31 de Outubro: (a) os fundos próprios têm de atingir um nível mínimo que será o dobro do
capital social mínimo exigível; (b) o passivo tem de ser a todo o momento inferior aos seus fundos próprios.
O Grupo e as suas empresas individuais cumprem com todos os requisitos de capital estabelecidos
externamente e aos quais se encontram sujeitos.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Isabel Rute Ucha da Silva
Rui José Samagaio de Matos
Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 103
9. Composição dos Órgãos Sociais
Em 31 de dezembro de 2015, a composição dos órgãos sociais da Euronext Lisbon era a seguinte:
Mesa da Assembleia-Geral
Presidente Luís Sáragga Leal
Secretário Isabel Maria da Silva Vidal
Conselho de Administração
Presidente Luís Manuel Sanches Laginha de Sousa
Vogal Rui José Samagaio de Matos
Vogal Isabel Rute Ucha da Silva
Secretária da Sociedade
Secretária Isabel Maria da Silva Vidal
Fiscal Único
A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais
de Contas, Lda, inscrita na Câmara dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 183, representada por José Manuel
Henriques Bernardo ou por Aurélio Adriano Rangel Amado.
(*) De salientar que o Dr. Luís Laginha de Sousa apresentou a resignação ao cargo de Presidente do Conselho de
Administração no dia 23 de dezembro de 2015, com efeitos a 31 de dezembro de 2015, mantendo o mesmo, não
obstante, as responsabilidades legais inerentes ao cargo até à nova designação dos órgãos sociais da
EURONEXT Lisbon para o ano de 2016, que ocorreu em 22 de fevereiro de 2016. Assim, a composição do novo
Conselho de Administração interino, aprovada na referida Assembleia Geral de 22 de fevereiro é a seguinte:
Presidente do Conselho de Administração - Isabel Rute Ucha da Silva; Vogal - Rui José Samagaio de Matos;
Vogal - Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha
Fiscal Único Suplente
O Revisor Oficial de Contas Jorge Manuel Santos Costa, inscrito na Câmara dos Revisores Oficiais de Contas
sob o n.º 847.
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 104
10. Proposta de Aplicação de Resultados
No exercício de 2015, a Euronext Lisbon, Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A., obteve um
resultado líquido no montante de € 13 861 090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa euros e
noventa e três cêntimos).
Nos termos do Código das Sociedades Comerciais e no exercício da competência que lhe confere o artigo 19.º
dos Estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício: ----
Distribuição sob a forma de dividendos: € 13 861 090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa
euros e noventa e três cêntimos).
Nos termos do artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais, informam-se os Senhores Acionistas que a
sociedade não concedeu quaisquer empréstimos ou créditos aos seus administradores, não efetuou pagamentos
por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas, nem lhes facultou quaisquer
adiantamentos de remunerações, bem como, não celebrou quaisquer contratos com os seus administradores,
diretamente ou por interposta
Adicionalmente, propõe-se transferência do montante de: € 2 978 000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e
oito euros) da conta de Resultados Transitados para a conta de Reservas Livres.
Os rácios prudenciais, regulamentarmente estabelecidos, encontram-se garantidos, propondo-se, por
conseguinte, a distribuição de Reservas Livres no montante de: € 2 978 000,00 (dois milhões, novecentos e
setenta e oito euros) da conta de Resultados Transitados para a conta de Reservas Livres.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Lúcia Gomes Isabel Rute Ucha da Silva
Rui José Samagaio de Matos
Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 105
11. Declaração sobre a conformidade da informação financeira
apresentada
Nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 245.º, do Código de Valores Mobiliários (CVM), declaramos que para
o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, tanto quanto é do nosso conhecimento, a informação constante
das Demonstrações Financeiras, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis,
dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da
EURONEXT Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. e que o relatório de gestão expõe
fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição desta entidade gestora, bem como, uma
descrição dos principais riscos e incertezas com que a Euronext Lisbon se defronta.
O Conselho de Administração
Isabel Rute Ucha da Silva
Rui José Samagaio de Matos
Hugo Rodrigo Machado da Trindade Rocha
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 106
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 107
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 108
Certificação Legal das Contas Individuais
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 109
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 110
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 111
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 112
Extrato de ata
Para os devidos efeitos, certifica-se, nos termos do artigo 446º-B, n.º 1, alínea f) do Código das Sociedades
Comerciais, que o extracto da Acta nº 30 da Assembleia Geral da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de
Mercados Regulamentados, S.A., respeitante à reunião que teve lugar no dia 14 de Março de 2016, aqui
transcrita, está conforme ao original-------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------Extracto de Acta ------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------- Acta número 30 ------------------------------------------------------------------
No dia 14 de Março de dois mil e dezasseis, pelas 13 horas, teve lugar, na sede da sociedade, sita na Avenida da
Liberdade, n.º 196, 7º, em Lisboa, a Assembleia Geral Anual da EURONEXT LISBON – Sociedade Gestora de
Mercados Regulamentados, S.A. (designada abreviadamente por “EURONEXT LISBON” ou “Sociedade”),
pessoa colectiva n.º 504825330, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o mesmo
número, com o capital social de € 8.750.000. ------------------------------------------------------------------------------------------
A reunião foi presidida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral o Senhor Dr. Luís Sáragga Leal, o qual
verificou a regularidade das condições da realização da mesma, e foi secretariada pela Senhora Dr.ª Isabel
Maria Silva Vidal, Secretária da Mesa da Assembleia Geral, tendo o primeiro verificado, pela lista de presenças
mandada elaborar, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 63.º n.º 2 alínea c) e 382.º do Código das
Sociedades Comerciais, anexa à presente acta, como anexo um, que se encontrava devidamente representada a
accionista única da EURONEXT LISBON, a Euronext N.V., sociedade de direito holandês, representada pela
Dr.ª Isabel Ucha, tendo o respectivo instrumento de representação sido anexo à presente acta, como anexo dois,
estando pois representada, a totalidade do capital social e dos correspondentes direitos de voto da EURONEXT
LISBON. Foi então manifestada, pelo representante da Euronext N.V., accionista única da Sociedade, a vontade
de que esta Assembleia Geral se reunisse e validamente deliberasse, com dispensa das formalidades prévias de
convocação, nos termos permitidos pelo artigo cinquenta e quatro do Código das Sociedades Comerciais, sobre
a seguinte ordem de trabalhos: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto um – Discutir e deliberar sobre a aprovação dos documentos de prestação de contas em base individual e
consolidada referentes ao exercício de dois mil e quinze, designadamente o Relatório de Gestão, o Balanço e os
restantes documentos de prestação de contas; ---------------------------------------------------------------------------------------
Ponto dois – Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício de dois mil e quinze; --------------
Ponto três – Deliberar sobre a transferência do montante de € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e
oito mil euros) da conta de resultados transitados para a conta de reservas livres; ----------------------------------------
Ponto quatro – Deliberar sobre a distribuição à accionista única do montante de 2.978.000,00 € (dois milhões,
novecentos e setenta e oito mil euros), a título de reservas livres. --------------------------------------------------------------
Ponto um --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Recordando o teor do ponto um da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral deu a
palavra à Presidente interina do Conselho de Administração da EURONEXT LISBON, Dr.ª Isabel Ucha, a qual,
sendo igualmente a representante da accionista única, referiu não ter qualquer observação prévia a tecer aos
documentos em apreciação. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Não havendo mais intervenções, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral submeteu à votação o Relatório de
Gestão, o Balanço e os restantes documentos de prestação de contas relativos ao exercício de dois mil e quinze,
na sua forma individual e consolidada, conforme resulta, do ponto um da ordem de trabalhos, documentos
esses que se anexam à presente acta, como anexo três, e que dela fazem parte integrante. -------------------------------
Decorrida a votação, os referidos documentos foram aprovados por unanimidade. ---------------------------------------
Ponto dois ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Entrando no ponto dois da ordem de trabalhos relativo à proposta de aplicação dos resultados do exercício, o
Presidente da Mesa da Assembleia Geral deu a palavra ao representante da Euronext N.V., accionista única da
Sociedade, Dr.ª Isabel Ucha, a qual, na qualidade de Presidente interina do Conselho de Administração da
EURONEXT LISBON, apresentou a proposta de aplicação de resultados aprovada pelo Conselho de
Administração relativamente ao lucro apurado no exercício de dois mil e quinze, considerando o resultado
líquido da Euronext Lisbon de € 13.861.090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa euros e
noventa e três cêntimos), na qual se propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício: …
- Distribuição sob a forma de dividendos: € 13.861.090,93 (treze milhões, oitocentos e sessenta e um mil, noventa
euros e noventa e três cêntimos). --------------------------------------------------------------------------------------------------------
Foi ainda referido que, nos termos do artigo 397.º do Código das Sociedades Comerciais, a sociedade não
concedeu quaisquer empréstimos ou créditos aos membros do Conselho de Administração, não efectuou
Euronext Lisbon, S.A. - Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015 - Contas
Individuais e Contas Consolidadas 113
pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas, nem lhes facultou
quaisquer adiantamentos de remunerações, bem como, não celebrou quaisquer contratos com os membros do
Conselho de Administração, directamente ou por interposta pessoa. ...
Não tendo havido qualquer comentário ou observação a esta proposta, foi esta submetida a votação, tendo a
mesma sido aprovada por unanimidade dos votos. --------------------------------------------------------------------------------
Ponto três --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Entrando-se no ponto três da ordem de trabalhos, foi referido que, segundo o Balanço Sociedade relativo ao
exercício de dois mil e quinze e que consta como anexo três à presente acta, encontra-se registado na conta de
resultados transitados da Sociedade o montante de €7.926.279,00 (sete milhões novecentos e vinte e seis mil
duzentos e setenta e nove euros). Foi, também, esclarecido que o referido montante corresponde a lucros dos
exercícios anteriores que ficaram acumulados na rubrica de resultados transitados e que a Sociedade pretende
agora transferir parcialmente - € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e oito mil euros) - para a conta
de reservas livres.
Face ao exposto, foi então decidido, pela accionista única, transferir o montante de € 2.978.000,00 (dois milhões,
novecentos e setenta e oito mil euros) da conta de resultados transitados para a conta de reservas livres. ----------
Ponto quatro ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Entrando-se no ponto quatro da ordem de trabalhos, começou por se assinalar que, em resultado da deliberação
aprovada no âmbito do ponto três, a Sociedade apresenta reservas livres no montante de € 2.978.000,00 (dois
milhões, novecentos e setenta e oito mil euros). Mais foi referido que, de acordo com o Balanço da Sociedade
relativo ao exercício de dois mil e quinze e que consta como anexo três à presente acta (i) o capital próprio da
Euronext Lisbon é superior ao seu capital social e reservas indistribuíveis; (ii) em consequência da distribuição a
ser aprovada no âmbito deste ponto da ordem de trabalhos o capital próprio da Euronext Lisbon não se tornará,
inferior à soma do capital social e das reservas que a lei ou o contrato de sociedade não permitem distribuir; (iii)
o montante a ser agora distribuído, teve origem nos lucros de exercícios anteriores que permaneceram na
Sociedade sob a forma de resultados transitados, não existindo prejuízos transitados por cobrir, nem reservas
impostas por lei ou pelos estatutos da Sociedade por formar ou reconstituir; e (iv) não existem despesas de
constituição, investigação e desenvolvimento por amortizar. Adicionalmente, os rácios prudenciais,
regulamentarmente estabelecidos, encontram-se garantidos. Foi então decidido, pela accionista única, proceder
à distribuição do montante de € 2.978.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e oito mil euros), a título de
reservas livres à accionista única. Foi também decidido que o Conselho de Administração deverá proceder
imediatamente à distribuição agora aprovada. --------------------------------------------------------------------------------------
Por fim, foi referido pelos presentes que se dispensa que a presente Assembleia Geral se pronuncie sobre a
apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, nos termos da alínea c) do número 3 do artigo
376.º do Código das Sociedades Comerciais, uma vez que, reunida no passado dia 22 de Fevereiro de dois mil e
dezasseis esta Assembleia Geral já se pronunciou sobre este tema.-------------------------------------------------------------
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Da reunião foi lavrada, pelo Secretário da Sociedade, a presente acta que, juntamente com os respectivos
anexos, vai por ele e pelo Presidente da Mesa ser assinada.” --------------------------------------------------------------------
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Lisboa, 30 de Março de 2016
Isabel Vidal
Secretária da Sociedade