12 Helder Lima Dias Cabral
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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Heacutelder Lima Dias Cabral Ramiro Brito Willmersdorf Paulo Roberto Maciel Lyra Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Desenvolvimento de ferramentas computacionaispara modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitosde corrosatildeo em dutos via MEF Development of com-
putational tools for automatic modeling and FE analysis of cor-
roded pipelinesresumo
abstract
PALAVRAS-CHAVE
dutos
defeitos de corrosatildeo
avaliaccedilatildeo estruturalelementos finitos
modelagem automaacutetica
interface graacutefica
Patran
KEYWORDS
pipelines
corrosion defects
structural evaluation
finite element method
automatic modeling
graphical user interfacePatran
A corrosatildeo eacute uma das maiores causas de acidentes
envolvendo dutos de transporte de hidrocarbonetos A
simulaccedilatildeo computacional via meacutetodo dos elementos
finitos (MEF) tem se mostrado como uma das ferramen-
tas mais eficazes para a avaliaccedilatildeo estrutural de dutos
corroiacutedos No entanto atualmente o processo de mo-
delagem eacute muito demorado e requer pessoal com trei-
namento especiacutefico o que dificulta o uso da simulaccedilatildeo
Corrosion is one of the most common causes of ac-
cidents involving oil and gas pipelines The computatio-
nal simulation through finite element method (FEM) is
one of the most efficient tools to reliably quantify the
remaining strength of corroded pipes However the
modeling process demands intense manual engineering
labor and it is also slow and extremely repetitive there-
fore it is very prone to errors The main purpose of this
work is to present the PIPEFLAW program which has
tools for generating automatically FE pipe models with
corrosion defects ready to be analyzed with commerci-
al FEM programs PIPEFLAW has computational tools
based on MSCPatran pre and post-processing program
and were written in PCL (patran command language)
The program has a user friendly customized graphical
interface which allows the user to provide the main
parameters of the pipe and defect (or a series of de-
fects) The PIPEFLAW program allows the user to gene-
rate automatically FE pipe models with rectangular or
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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abstract
computacional na praacutetica A principal proposta do tra-
balho eacute apresentar o programa PIPEFLAW desenvolvido
para a geraccedilatildeo automaacutetica de modelos de elementos
finitos de dutos com defeitos de corrosatildeo Esse progra-
ma possui ferramentas computacionais baseadas no sof-
tware de preacute e poacutes-processamento MSCPatran e foram
desenvolvidas num projeto de pesquisa utilizando a lin-
guagem de programaccedilatildeo PCL ( patran command lan-
guage) O programa PIPEFLAW possui interface graacuteficaamigaacutevel e personalizada de forma que um engenhei-
ro com noccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com
meacutetodo dos elementos finitos (MEF) gere rapidamente
modelos que resultem em simulaccedilotildees precisas e confiaacute-
veis O programa PIPEFLAW permite gerar automatica-
mente modelos de dutos com defeitos de geometria
retangular ou eliacuteptica situados na superfiacutecie interna ou
externa do duto e podendo assumir configuraccedilotildees dedefeito isolado muacuteltiplos defeitos alinhados (longitudi-
nalmente ou circunferencialmente) ou muacuteltiplos defei-
tos localizados em posiccedilotildees arbitraacuterias Essas ferramen-
elliptical shaped corrosion defects located on the inter-
nal or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (alig-
ned or located in an arbitrary position) These tools were
validated by comparing the results of numerical simula-
tions made with the PIPEFLAW tools with the numeri-cal experimental and semi-empiric results available in
the literature Results confirmed the robustness of PIPE-
FLAW tools which proved to be a rapid way of genera-
ting reliable FE models ready to be used on the structu-
ral evaluation of corroded pipelines
(Expanded abstract available at the end of the paper)
tas foram validadas com sucesso por meio de compara-
ccedilatildeo com os resultados experimentais numeacutericos e semi-
empiacutericos disponiacuteveis na literatura O programa PIPEFLAW
demonstrou possuir ferramentas confiaacuteveis e robustas
para a raacutepida geraccedilatildeo de bons modelos de elementos
finitos contribuindo assim para acelerar o uso de fer-
ramentas computacionais na avaliaccedilatildeo estrutural de
dutos corroiacutedos
introduccedilatildeo
consideraccedilotildees iniciais
A seguranccedila operacional da malha de dutos de
transporte de hidrocarbonetos eacute uma grande preo-
cupaccedilatildeo de todas as companhias de petroacuteleo devidoaos imensos danos econocircmicos sociais e em termos
da imagem da Companhia que um acidente de gran-
de porte com um duto pode causar Essa malha deve
ser monitorada continuamente e problemas encon-
trados devem ser avaliados de forma confiaacutevel a fim
de analisar o comprometimento da integridade es-
trutural do duto e permitir que reparos necessaacuterios
sejam realizados com seguranccedila antes que essesdefeitos causem um acidente
Estudos realizados (Hopkins 2002) comprovaram que
a maior causa de falhas em dutos (oacuteleo e gaacutes) nos EUA
eacute devido a fatores externos (danos provocados por accedilatildeo
de terceiros) seguido de falhas devido agrave corrosatildeo De
acordo com os dados obtidos pela Companhia de Tec-
nologia de Saneamento Ambiental de Satildeo Paulo
(CETESB-SP) durante estudo realizado no periacuteodo de
1980-2002 entre as causas de acidentes com dutos que
puderam ser apuradas a maioria foi motivada por cor-
rosatildeo (32) seguido da accedilatildeo de terceiros (21) con-
forme ilustrado na figura 1 A figura 2 mostra a foto de
um oleoduto rompido devido agrave corrosatildeo no ano de 1990
na cidade de Campinas (SP)
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Figura 1 ndash Causas das ocorrecircncias envolvendoacidentes com dutos no Estado de Satildeo Paulo(1980-2002) total de 149 casos registradospela CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figure 1 ndash Causes of events involving pipelineaccidents in Satildeo Paulo State (1980-2002) total149 cases registered by CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figura 2 ndash Oleoduto rompido por corrosatildeo emCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
Figure 2 ndash Oil pipeline burst by corrosion inCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
A avaliaccedilatildeo da integridade de dutos com defeitosde corrosatildeo eacute normalmente feita por meio de meacutetodos
semi-empiacutericos disponibilizados atraveacutes de normas bas-
tante utilizadas pelo setor tal como as normas BS 7910
(British Standards Institution 1999) e DNV RP-F101 (Det
Norske Veritas 1999) O uso dessas normas no entan-
to sempre implica em uma grave simplificaccedilatildeo na geo-
metria dos defeitos reais Isso pode levar a resultados
imprecisos com um elevado grau de conservadorismocausando a remoccedilatildeo de vaacuterios dutos ainda em condi-
ccedilotildees de serem mantidos em operaccedilatildeo
A simulaccedilatildeo computacional atraveacutes do meacutetodo dos
elementos finitos (MEF) tem se mostrado como uma das
ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo correta da
integridade estrutural de dutos com defeitos causados
por corrosatildeo Essas ferramentas permitem considerar di-
retamente os fenocircmenos fiacutesicos envolvidos no processode falha do duto resultando assim em avaliaccedilotildees mais
precisas que as encontradas por meio de meacutetodos semi-
empiacutericos e bem mais raacutepidas e econocircmicas que as ava-
liaccedilotildees atraveacutes de experimentos em laboratoacuterio
dificuldades na modelagem via MEF
Atualmente a geraccedilatildeo de um bom modelo compu-tacional de duto com defeito pode levar muitos dias
Claramente isso dificulta que simulaccedilotildees computacio-
nais sejam usadas na tomada de decisatildeo sobre a segu-
ranccedila de um duto especiacutefico jaacute que raramente o enge-
nheiro pode se dar ao luxo de exigir que um duto sus-
peito seja retirado de operaccedilatildeo por vaacuterios dias enquanto
elabora modelos computacionais
A modelagem via MEF requer uma grande especializa-
ccedilatildeo e um treinamento especiacutefico que natildeo satildeo caracteriacutesti-
cos de todos os engenheiros de tubulaccedilotildees O processo
para a criaccedilatildeo de bons modelos computacionais para um
defeito que inclui a modelagem fiel da geometria desse
defeito e a geraccedilatildeo de uma malha apropriada demanda
uma interaccedilatildeo manual constante do engenheiro eacute demo-
rado e muito repetitivo E por essas razotildees muito propen-
so a erros Particularmente esse cenaacuterio eacute agravado quando
se trata da geraccedilatildeo de modelos de elementos finitos utili-zando o padratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A Miguez de
Mello da Petrobras (CenpesPetrobras) onde se exige um
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maior grau de dificuldade e trabalho manual em funccedilatildeode procedimentos e regras que satildeo aplicados para garan-
tir uma boa qualidade da malha Um modelo de duto con-
tendo um simples defeito como o mostrado na figura 3
pode levar horas ou ateacute mesmo dias para ser gerado de-
pendendo da experiecircncia e habilidade do engenheiro com
o software de modelagem Quanto maior as dimensotildees
do defeito eou mais complexo for a configuraccedilatildeo do mo-
delo ndash por exemplo duto com muacuteltiplos defeitos (fig 4) ndashmaior seraacute o tempo necessaacuterio para a modelagem Com a
automatizaccedilatildeo do processo de modelagem o tempo eacute re-
duzido drasticamente (dias minutos) permitindo assim
que o engenheiro possa apelar para ferramentas computa-
cionais na tomada de decisotildees sobre a integridade estrutu-
ral de um duto corroiacutedo
objetivos
A principal proposta do trabalho eacute apresentar um con-
junto de ferramentas computacionais que produzem au-
tomaticamente modelos de dutos com defeitos prontos
para serem analisados em programas comerciais que
implementam o MEF a partir de alguns paracircmetros que
localizem e forneccedilam as dimensotildees principais do duto e
Figura 3 ndash Exemplo de modelo de frac14 de dutocontendo um uacutenico defeito retangular simplespadratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 3 ndash Example of frac14 model of pipe containinga single simple rectangular defect discretizationstandard adopted by CenpesPetrobras
Figura 4 ndash Exemplo de modelo de elementosfinitos de duto contendo muacuteltiplos defeitos decorrosatildeo cuja malha possui o padratildeo dediscretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 4 ndash Example of FE model of pipecontaining multiple corrosion defects in a meshusing the discretization standard adopted byCenpesPetrobras
do defeito (ou de uma seacuterie de defeitos) Essas ferramen-
tas satildeo baseadas no programa comercial de preacute e poacutes-
processamento MSCPatran (Patran 2005) e foram pro-
duzidas por meio da linguagem de programaccedilatildeo PCL ( pa-
tran command language) O programa de geraccedilatildeo auto-
maacutetica de modelos de dutos com defeito (denominado
programa PIPEFLAW) tem interface graacutefica simplificada e
personalizada de forma que um engenheiro com no-
ccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com elemen-
tos finitos possa gerar rapidamente modelos que resul-
tem em simulaccedilotildees precisas e confiaacuteveis (Cabral 2007)
Os modelos gerados automaticamente pelo programa
PIPEFLAW contecircm malhas discretizadas com elementos
finitos soacutelidos hexaeacutedricos e jaacute possuem o padratildeo de dis-
cretizaccedilatildeo utilizado pelo CenpesPetrobras
O trabalho apresenta tambeacutem uma outra ferramen-
ta computacional especialmente desenvolvida na lingua-gem Python (PYTHON 2005) para automatizar o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares do
CenpesPetrobras Esse procedimento que eacute baseado
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no recurso ldquoSaveRestart rdquo do ANSYS (ANSYS 2004)exige que o engenheiro detenha boa parte do seu tem-
po coletando e interpretando os resultados obtidos a
cada passo de incremento de carga da anaacutelise natildeo-line-
ar tornando o trabalho mais uma vez bastante repetiti-
vo demorado e muito propenso a erros
benefiacutecios
As ferramentas computacionais automaacuteticas aqui
apresentadas foram produzidas em um projeto de pes-
quisa por induccedilatildeo do CenpesPetrobras Entendendo que
a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute uma das principais fer-
ramentas para a avaliaccedilatildeo da integridade estrutural de
dutos os benefiacutecios obtidos pela companhia operadora
de dutos ao utilizar essas ferramentas automaacuteticas satildeo
vaacuterios entre eles reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do mo-delo (dias minutos) reduccedilatildeo de erros de modelagem
uso eficiente de matildeo-de-obra especializada economia
de recursos e aumento da seguranccedila operacional
programa PIPEFLAW
O programa PIPEFLAW compotildee todo o conjuntode funccedilotildees e classes de interface graacutefica implemen-
tadas na linguagem PCL para a geraccedilatildeo automaacutetica
de modelos de elementos finitos de defeitos de cor-
rosatildeo em dutos (Cabral 2007) Com as ferramentas
desenvolvidas ateacute o momento eacute possiacutevel gerar auto-
maticamente modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados
na superfiacutecie interna ou externa do duto e podendo
assumir configuraccedilotildees de defeito isolado muacuteltiplos
defeitos alinhados (longitudinalmente ou circunferen-
cialmente) ou muacuteltiplos defeitos localizados em posi-
ccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
A figura 5 mostra a interface graacutefica personalizada do
programa PIPEFLAW integrada ao software Patran atra-
veacutes do menu adicionado agrave janela principal do Patran Os
itens contidos nesse menu representam de maneira intui-
tiva as principais etapas do processo de modelagem Afigura 6 ilustra a integraccedilatildeo da interface graacutefica do pro-
grama PIPEFLAW com o sistema Patran por meio dos ar-
quivos de inicializaccedilatildeo initpcl e p3epilogpcl Toda a inter-
face graacutefica foi estruturada na forma de classes definidasdentro de um uacutenico arquivo (PipeFlaw_UIpcl ) A figura 7
mostra as principais classes implementadas ateacute o momen-
to para o gerenciamento dos eventos ocorridos na inter-
face graacutefica personalizada
entrada de dados via interface graacutefica
A figura 8 mostra a janela principal do programaPIPEFLAW para entrada de dados para a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo Essa janela eacute composta de vaacuterios elementos
graacuteficos (menus bototildees switches e caixas de da-
dos) que servem para capturar os principais paracirc-
metros geomeacutetricos da modelagem informados pelo
usuaacuterio de forma intuitiva A figura 8 mostra deta-
lhe do menu ldquoMethod rdquo contendo os diferentes ti-
pos de configuraccedilotildees de defeitos que podem ser mo-
delados pelo PIPEFLAW
Os valores do diacircmetro espessura e comprimen-
to do duto satildeo capturados atraveacutes de caixas de diaacute-
logo contidas no campo ldquoPipe Parametersrdquo da figu-
ra 8 Em seguida o usuaacuterio deve informar (por meio
de switches) a forma do defeito (retangular ou eliacutep-
tico) e a localizaccedilatildeo do mesmo (superfiacutecie interna
ou externa do duto) Ao clicar no botatildeo ldquoDefect Pa-
rametersrdquo da janela principal do PIPEFLAW eacute exibi-
da uma outra janela na qual o usuaacuterio visualiza atra-
veacutes de iacutecones intuitivos as principais dimensotildees do
defeito retangular (fig 9) ou do defeito eliacuteptico (fig
10) de acordo com a geometria escolhida no swi-
tch ldquoDefect Shaperdquo
Figura 5 ndash Janela principal do Patran com omenu PipeFlaw personalizado e integrado ao
sistema MSCPatran
Figure 5 ndash Patran main window with thepersonalized PipeFlaw menu and integrated inthe MSCPatran system
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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154
Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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155
criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
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Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
142
abstract
computacional na praacutetica A principal proposta do tra-
balho eacute apresentar o programa PIPEFLAW desenvolvido
para a geraccedilatildeo automaacutetica de modelos de elementos
finitos de dutos com defeitos de corrosatildeo Esse progra-
ma possui ferramentas computacionais baseadas no sof-
tware de preacute e poacutes-processamento MSCPatran e foram
desenvolvidas num projeto de pesquisa utilizando a lin-
guagem de programaccedilatildeo PCL ( patran command lan-
guage) O programa PIPEFLAW possui interface graacuteficaamigaacutevel e personalizada de forma que um engenhei-
ro com noccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com
meacutetodo dos elementos finitos (MEF) gere rapidamente
modelos que resultem em simulaccedilotildees precisas e confiaacute-
veis O programa PIPEFLAW permite gerar automatica-
mente modelos de dutos com defeitos de geometria
retangular ou eliacuteptica situados na superfiacutecie interna ou
externa do duto e podendo assumir configuraccedilotildees dedefeito isolado muacuteltiplos defeitos alinhados (longitudi-
nalmente ou circunferencialmente) ou muacuteltiplos defei-
tos localizados em posiccedilotildees arbitraacuterias Essas ferramen-
elliptical shaped corrosion defects located on the inter-
nal or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (alig-
ned or located in an arbitrary position) These tools were
validated by comparing the results of numerical simula-
tions made with the PIPEFLAW tools with the numeri-cal experimental and semi-empiric results available in
the literature Results confirmed the robustness of PIPE-
FLAW tools which proved to be a rapid way of genera-
ting reliable FE models ready to be used on the structu-
ral evaluation of corroded pipelines
(Expanded abstract available at the end of the paper)
tas foram validadas com sucesso por meio de compara-
ccedilatildeo com os resultados experimentais numeacutericos e semi-
empiacutericos disponiacuteveis na literatura O programa PIPEFLAW
demonstrou possuir ferramentas confiaacuteveis e robustas
para a raacutepida geraccedilatildeo de bons modelos de elementos
finitos contribuindo assim para acelerar o uso de fer-
ramentas computacionais na avaliaccedilatildeo estrutural de
dutos corroiacutedos
introduccedilatildeo
consideraccedilotildees iniciais
A seguranccedila operacional da malha de dutos de
transporte de hidrocarbonetos eacute uma grande preo-
cupaccedilatildeo de todas as companhias de petroacuteleo devidoaos imensos danos econocircmicos sociais e em termos
da imagem da Companhia que um acidente de gran-
de porte com um duto pode causar Essa malha deve
ser monitorada continuamente e problemas encon-
trados devem ser avaliados de forma confiaacutevel a fim
de analisar o comprometimento da integridade es-
trutural do duto e permitir que reparos necessaacuterios
sejam realizados com seguranccedila antes que essesdefeitos causem um acidente
Estudos realizados (Hopkins 2002) comprovaram que
a maior causa de falhas em dutos (oacuteleo e gaacutes) nos EUA
eacute devido a fatores externos (danos provocados por accedilatildeo
de terceiros) seguido de falhas devido agrave corrosatildeo De
acordo com os dados obtidos pela Companhia de Tec-
nologia de Saneamento Ambiental de Satildeo Paulo
(CETESB-SP) durante estudo realizado no periacuteodo de
1980-2002 entre as causas de acidentes com dutos que
puderam ser apuradas a maioria foi motivada por cor-
rosatildeo (32) seguido da accedilatildeo de terceiros (21) con-
forme ilustrado na figura 1 A figura 2 mostra a foto de
um oleoduto rompido devido agrave corrosatildeo no ano de 1990
na cidade de Campinas (SP)
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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Figura 1 ndash Causas das ocorrecircncias envolvendoacidentes com dutos no Estado de Satildeo Paulo(1980-2002) total de 149 casos registradospela CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figure 1 ndash Causes of events involving pipelineaccidents in Satildeo Paulo State (1980-2002) total149 cases registered by CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figura 2 ndash Oleoduto rompido por corrosatildeo emCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
Figure 2 ndash Oil pipeline burst by corrosion inCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
A avaliaccedilatildeo da integridade de dutos com defeitosde corrosatildeo eacute normalmente feita por meio de meacutetodos
semi-empiacutericos disponibilizados atraveacutes de normas bas-
tante utilizadas pelo setor tal como as normas BS 7910
(British Standards Institution 1999) e DNV RP-F101 (Det
Norske Veritas 1999) O uso dessas normas no entan-
to sempre implica em uma grave simplificaccedilatildeo na geo-
metria dos defeitos reais Isso pode levar a resultados
imprecisos com um elevado grau de conservadorismocausando a remoccedilatildeo de vaacuterios dutos ainda em condi-
ccedilotildees de serem mantidos em operaccedilatildeo
A simulaccedilatildeo computacional atraveacutes do meacutetodo dos
elementos finitos (MEF) tem se mostrado como uma das
ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo correta da
integridade estrutural de dutos com defeitos causados
por corrosatildeo Essas ferramentas permitem considerar di-
retamente os fenocircmenos fiacutesicos envolvidos no processode falha do duto resultando assim em avaliaccedilotildees mais
precisas que as encontradas por meio de meacutetodos semi-
empiacutericos e bem mais raacutepidas e econocircmicas que as ava-
liaccedilotildees atraveacutes de experimentos em laboratoacuterio
dificuldades na modelagem via MEF
Atualmente a geraccedilatildeo de um bom modelo compu-tacional de duto com defeito pode levar muitos dias
Claramente isso dificulta que simulaccedilotildees computacio-
nais sejam usadas na tomada de decisatildeo sobre a segu-
ranccedila de um duto especiacutefico jaacute que raramente o enge-
nheiro pode se dar ao luxo de exigir que um duto sus-
peito seja retirado de operaccedilatildeo por vaacuterios dias enquanto
elabora modelos computacionais
A modelagem via MEF requer uma grande especializa-
ccedilatildeo e um treinamento especiacutefico que natildeo satildeo caracteriacutesti-
cos de todos os engenheiros de tubulaccedilotildees O processo
para a criaccedilatildeo de bons modelos computacionais para um
defeito que inclui a modelagem fiel da geometria desse
defeito e a geraccedilatildeo de uma malha apropriada demanda
uma interaccedilatildeo manual constante do engenheiro eacute demo-
rado e muito repetitivo E por essas razotildees muito propen-
so a erros Particularmente esse cenaacuterio eacute agravado quando
se trata da geraccedilatildeo de modelos de elementos finitos utili-zando o padratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A Miguez de
Mello da Petrobras (CenpesPetrobras) onde se exige um
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
144
maior grau de dificuldade e trabalho manual em funccedilatildeode procedimentos e regras que satildeo aplicados para garan-
tir uma boa qualidade da malha Um modelo de duto con-
tendo um simples defeito como o mostrado na figura 3
pode levar horas ou ateacute mesmo dias para ser gerado de-
pendendo da experiecircncia e habilidade do engenheiro com
o software de modelagem Quanto maior as dimensotildees
do defeito eou mais complexo for a configuraccedilatildeo do mo-
delo ndash por exemplo duto com muacuteltiplos defeitos (fig 4) ndashmaior seraacute o tempo necessaacuterio para a modelagem Com a
automatizaccedilatildeo do processo de modelagem o tempo eacute re-
duzido drasticamente (dias minutos) permitindo assim
que o engenheiro possa apelar para ferramentas computa-
cionais na tomada de decisotildees sobre a integridade estrutu-
ral de um duto corroiacutedo
objetivos
A principal proposta do trabalho eacute apresentar um con-
junto de ferramentas computacionais que produzem au-
tomaticamente modelos de dutos com defeitos prontos
para serem analisados em programas comerciais que
implementam o MEF a partir de alguns paracircmetros que
localizem e forneccedilam as dimensotildees principais do duto e
Figura 3 ndash Exemplo de modelo de frac14 de dutocontendo um uacutenico defeito retangular simplespadratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 3 ndash Example of frac14 model of pipe containinga single simple rectangular defect discretizationstandard adopted by CenpesPetrobras
Figura 4 ndash Exemplo de modelo de elementosfinitos de duto contendo muacuteltiplos defeitos decorrosatildeo cuja malha possui o padratildeo dediscretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 4 ndash Example of FE model of pipecontaining multiple corrosion defects in a meshusing the discretization standard adopted byCenpesPetrobras
do defeito (ou de uma seacuterie de defeitos) Essas ferramen-
tas satildeo baseadas no programa comercial de preacute e poacutes-
processamento MSCPatran (Patran 2005) e foram pro-
duzidas por meio da linguagem de programaccedilatildeo PCL ( pa-
tran command language) O programa de geraccedilatildeo auto-
maacutetica de modelos de dutos com defeito (denominado
programa PIPEFLAW) tem interface graacutefica simplificada e
personalizada de forma que um engenheiro com no-
ccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com elemen-
tos finitos possa gerar rapidamente modelos que resul-
tem em simulaccedilotildees precisas e confiaacuteveis (Cabral 2007)
Os modelos gerados automaticamente pelo programa
PIPEFLAW contecircm malhas discretizadas com elementos
finitos soacutelidos hexaeacutedricos e jaacute possuem o padratildeo de dis-
cretizaccedilatildeo utilizado pelo CenpesPetrobras
O trabalho apresenta tambeacutem uma outra ferramen-
ta computacional especialmente desenvolvida na lingua-gem Python (PYTHON 2005) para automatizar o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares do
CenpesPetrobras Esse procedimento que eacute baseado
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145
no recurso ldquoSaveRestart rdquo do ANSYS (ANSYS 2004)exige que o engenheiro detenha boa parte do seu tem-
po coletando e interpretando os resultados obtidos a
cada passo de incremento de carga da anaacutelise natildeo-line-
ar tornando o trabalho mais uma vez bastante repetiti-
vo demorado e muito propenso a erros
benefiacutecios
As ferramentas computacionais automaacuteticas aqui
apresentadas foram produzidas em um projeto de pes-
quisa por induccedilatildeo do CenpesPetrobras Entendendo que
a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute uma das principais fer-
ramentas para a avaliaccedilatildeo da integridade estrutural de
dutos os benefiacutecios obtidos pela companhia operadora
de dutos ao utilizar essas ferramentas automaacuteticas satildeo
vaacuterios entre eles reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do mo-delo (dias minutos) reduccedilatildeo de erros de modelagem
uso eficiente de matildeo-de-obra especializada economia
de recursos e aumento da seguranccedila operacional
programa PIPEFLAW
O programa PIPEFLAW compotildee todo o conjuntode funccedilotildees e classes de interface graacutefica implemen-
tadas na linguagem PCL para a geraccedilatildeo automaacutetica
de modelos de elementos finitos de defeitos de cor-
rosatildeo em dutos (Cabral 2007) Com as ferramentas
desenvolvidas ateacute o momento eacute possiacutevel gerar auto-
maticamente modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados
na superfiacutecie interna ou externa do duto e podendo
assumir configuraccedilotildees de defeito isolado muacuteltiplos
defeitos alinhados (longitudinalmente ou circunferen-
cialmente) ou muacuteltiplos defeitos localizados em posi-
ccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
A figura 5 mostra a interface graacutefica personalizada do
programa PIPEFLAW integrada ao software Patran atra-
veacutes do menu adicionado agrave janela principal do Patran Os
itens contidos nesse menu representam de maneira intui-
tiva as principais etapas do processo de modelagem Afigura 6 ilustra a integraccedilatildeo da interface graacutefica do pro-
grama PIPEFLAW com o sistema Patran por meio dos ar-
quivos de inicializaccedilatildeo initpcl e p3epilogpcl Toda a inter-
face graacutefica foi estruturada na forma de classes definidasdentro de um uacutenico arquivo (PipeFlaw_UIpcl ) A figura 7
mostra as principais classes implementadas ateacute o momen-
to para o gerenciamento dos eventos ocorridos na inter-
face graacutefica personalizada
entrada de dados via interface graacutefica
A figura 8 mostra a janela principal do programaPIPEFLAW para entrada de dados para a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo Essa janela eacute composta de vaacuterios elementos
graacuteficos (menus bototildees switches e caixas de da-
dos) que servem para capturar os principais paracirc-
metros geomeacutetricos da modelagem informados pelo
usuaacuterio de forma intuitiva A figura 8 mostra deta-
lhe do menu ldquoMethod rdquo contendo os diferentes ti-
pos de configuraccedilotildees de defeitos que podem ser mo-
delados pelo PIPEFLAW
Os valores do diacircmetro espessura e comprimen-
to do duto satildeo capturados atraveacutes de caixas de diaacute-
logo contidas no campo ldquoPipe Parametersrdquo da figu-
ra 8 Em seguida o usuaacuterio deve informar (por meio
de switches) a forma do defeito (retangular ou eliacutep-
tico) e a localizaccedilatildeo do mesmo (superfiacutecie interna
ou externa do duto) Ao clicar no botatildeo ldquoDefect Pa-
rametersrdquo da janela principal do PIPEFLAW eacute exibi-
da uma outra janela na qual o usuaacuterio visualiza atra-
veacutes de iacutecones intuitivos as principais dimensotildees do
defeito retangular (fig 9) ou do defeito eliacuteptico (fig
10) de acordo com a geometria escolhida no swi-
tch ldquoDefect Shaperdquo
Figura 5 ndash Janela principal do Patran com omenu PipeFlaw personalizado e integrado ao
sistema MSCPatran
Figure 5 ndash Patran main window with thepersonalized PipeFlaw menu and integrated inthe MSCPatran system
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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150
modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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151
Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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152
modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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httpslidepdfcomreaderfull12-helder-lima-dias-cabral 3136
171
referecircncias bibl iograacuteficas
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Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
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INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
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cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
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webgrafia
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Figura 1 ndash Causas das ocorrecircncias envolvendoacidentes com dutos no Estado de Satildeo Paulo(1980-2002) total de 149 casos registradospela CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figure 1 ndash Causes of events involving pipelineaccidents in Satildeo Paulo State (1980-2002) total149 cases registered by CETESB (Satildeo Paulo 2008)
Figura 2 ndash Oleoduto rompido por corrosatildeo emCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
Figure 2 ndash Oil pipeline burst by corrosion inCampinas-SP (Satildeo Paulo 2008)
A avaliaccedilatildeo da integridade de dutos com defeitosde corrosatildeo eacute normalmente feita por meio de meacutetodos
semi-empiacutericos disponibilizados atraveacutes de normas bas-
tante utilizadas pelo setor tal como as normas BS 7910
(British Standards Institution 1999) e DNV RP-F101 (Det
Norske Veritas 1999) O uso dessas normas no entan-
to sempre implica em uma grave simplificaccedilatildeo na geo-
metria dos defeitos reais Isso pode levar a resultados
imprecisos com um elevado grau de conservadorismocausando a remoccedilatildeo de vaacuterios dutos ainda em condi-
ccedilotildees de serem mantidos em operaccedilatildeo
A simulaccedilatildeo computacional atraveacutes do meacutetodo dos
elementos finitos (MEF) tem se mostrado como uma das
ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo correta da
integridade estrutural de dutos com defeitos causados
por corrosatildeo Essas ferramentas permitem considerar di-
retamente os fenocircmenos fiacutesicos envolvidos no processode falha do duto resultando assim em avaliaccedilotildees mais
precisas que as encontradas por meio de meacutetodos semi-
empiacutericos e bem mais raacutepidas e econocircmicas que as ava-
liaccedilotildees atraveacutes de experimentos em laboratoacuterio
dificuldades na modelagem via MEF
Atualmente a geraccedilatildeo de um bom modelo compu-tacional de duto com defeito pode levar muitos dias
Claramente isso dificulta que simulaccedilotildees computacio-
nais sejam usadas na tomada de decisatildeo sobre a segu-
ranccedila de um duto especiacutefico jaacute que raramente o enge-
nheiro pode se dar ao luxo de exigir que um duto sus-
peito seja retirado de operaccedilatildeo por vaacuterios dias enquanto
elabora modelos computacionais
A modelagem via MEF requer uma grande especializa-
ccedilatildeo e um treinamento especiacutefico que natildeo satildeo caracteriacutesti-
cos de todos os engenheiros de tubulaccedilotildees O processo
para a criaccedilatildeo de bons modelos computacionais para um
defeito que inclui a modelagem fiel da geometria desse
defeito e a geraccedilatildeo de uma malha apropriada demanda
uma interaccedilatildeo manual constante do engenheiro eacute demo-
rado e muito repetitivo E por essas razotildees muito propen-
so a erros Particularmente esse cenaacuterio eacute agravado quando
se trata da geraccedilatildeo de modelos de elementos finitos utili-zando o padratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A Miguez de
Mello da Petrobras (CenpesPetrobras) onde se exige um
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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maior grau de dificuldade e trabalho manual em funccedilatildeode procedimentos e regras que satildeo aplicados para garan-
tir uma boa qualidade da malha Um modelo de duto con-
tendo um simples defeito como o mostrado na figura 3
pode levar horas ou ateacute mesmo dias para ser gerado de-
pendendo da experiecircncia e habilidade do engenheiro com
o software de modelagem Quanto maior as dimensotildees
do defeito eou mais complexo for a configuraccedilatildeo do mo-
delo ndash por exemplo duto com muacuteltiplos defeitos (fig 4) ndashmaior seraacute o tempo necessaacuterio para a modelagem Com a
automatizaccedilatildeo do processo de modelagem o tempo eacute re-
duzido drasticamente (dias minutos) permitindo assim
que o engenheiro possa apelar para ferramentas computa-
cionais na tomada de decisotildees sobre a integridade estrutu-
ral de um duto corroiacutedo
objetivos
A principal proposta do trabalho eacute apresentar um con-
junto de ferramentas computacionais que produzem au-
tomaticamente modelos de dutos com defeitos prontos
para serem analisados em programas comerciais que
implementam o MEF a partir de alguns paracircmetros que
localizem e forneccedilam as dimensotildees principais do duto e
Figura 3 ndash Exemplo de modelo de frac14 de dutocontendo um uacutenico defeito retangular simplespadratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 3 ndash Example of frac14 model of pipe containinga single simple rectangular defect discretizationstandard adopted by CenpesPetrobras
Figura 4 ndash Exemplo de modelo de elementosfinitos de duto contendo muacuteltiplos defeitos decorrosatildeo cuja malha possui o padratildeo dediscretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 4 ndash Example of FE model of pipecontaining multiple corrosion defects in a meshusing the discretization standard adopted byCenpesPetrobras
do defeito (ou de uma seacuterie de defeitos) Essas ferramen-
tas satildeo baseadas no programa comercial de preacute e poacutes-
processamento MSCPatran (Patran 2005) e foram pro-
duzidas por meio da linguagem de programaccedilatildeo PCL ( pa-
tran command language) O programa de geraccedilatildeo auto-
maacutetica de modelos de dutos com defeito (denominado
programa PIPEFLAW) tem interface graacutefica simplificada e
personalizada de forma que um engenheiro com no-
ccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com elemen-
tos finitos possa gerar rapidamente modelos que resul-
tem em simulaccedilotildees precisas e confiaacuteveis (Cabral 2007)
Os modelos gerados automaticamente pelo programa
PIPEFLAW contecircm malhas discretizadas com elementos
finitos soacutelidos hexaeacutedricos e jaacute possuem o padratildeo de dis-
cretizaccedilatildeo utilizado pelo CenpesPetrobras
O trabalho apresenta tambeacutem uma outra ferramen-
ta computacional especialmente desenvolvida na lingua-gem Python (PYTHON 2005) para automatizar o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares do
CenpesPetrobras Esse procedimento que eacute baseado
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no recurso ldquoSaveRestart rdquo do ANSYS (ANSYS 2004)exige que o engenheiro detenha boa parte do seu tem-
po coletando e interpretando os resultados obtidos a
cada passo de incremento de carga da anaacutelise natildeo-line-
ar tornando o trabalho mais uma vez bastante repetiti-
vo demorado e muito propenso a erros
benefiacutecios
As ferramentas computacionais automaacuteticas aqui
apresentadas foram produzidas em um projeto de pes-
quisa por induccedilatildeo do CenpesPetrobras Entendendo que
a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute uma das principais fer-
ramentas para a avaliaccedilatildeo da integridade estrutural de
dutos os benefiacutecios obtidos pela companhia operadora
de dutos ao utilizar essas ferramentas automaacuteticas satildeo
vaacuterios entre eles reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do mo-delo (dias minutos) reduccedilatildeo de erros de modelagem
uso eficiente de matildeo-de-obra especializada economia
de recursos e aumento da seguranccedila operacional
programa PIPEFLAW
O programa PIPEFLAW compotildee todo o conjuntode funccedilotildees e classes de interface graacutefica implemen-
tadas na linguagem PCL para a geraccedilatildeo automaacutetica
de modelos de elementos finitos de defeitos de cor-
rosatildeo em dutos (Cabral 2007) Com as ferramentas
desenvolvidas ateacute o momento eacute possiacutevel gerar auto-
maticamente modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados
na superfiacutecie interna ou externa do duto e podendo
assumir configuraccedilotildees de defeito isolado muacuteltiplos
defeitos alinhados (longitudinalmente ou circunferen-
cialmente) ou muacuteltiplos defeitos localizados em posi-
ccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
A figura 5 mostra a interface graacutefica personalizada do
programa PIPEFLAW integrada ao software Patran atra-
veacutes do menu adicionado agrave janela principal do Patran Os
itens contidos nesse menu representam de maneira intui-
tiva as principais etapas do processo de modelagem Afigura 6 ilustra a integraccedilatildeo da interface graacutefica do pro-
grama PIPEFLAW com o sistema Patran por meio dos ar-
quivos de inicializaccedilatildeo initpcl e p3epilogpcl Toda a inter-
face graacutefica foi estruturada na forma de classes definidasdentro de um uacutenico arquivo (PipeFlaw_UIpcl ) A figura 7
mostra as principais classes implementadas ateacute o momen-
to para o gerenciamento dos eventos ocorridos na inter-
face graacutefica personalizada
entrada de dados via interface graacutefica
A figura 8 mostra a janela principal do programaPIPEFLAW para entrada de dados para a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo Essa janela eacute composta de vaacuterios elementos
graacuteficos (menus bototildees switches e caixas de da-
dos) que servem para capturar os principais paracirc-
metros geomeacutetricos da modelagem informados pelo
usuaacuterio de forma intuitiva A figura 8 mostra deta-
lhe do menu ldquoMethod rdquo contendo os diferentes ti-
pos de configuraccedilotildees de defeitos que podem ser mo-
delados pelo PIPEFLAW
Os valores do diacircmetro espessura e comprimen-
to do duto satildeo capturados atraveacutes de caixas de diaacute-
logo contidas no campo ldquoPipe Parametersrdquo da figu-
ra 8 Em seguida o usuaacuterio deve informar (por meio
de switches) a forma do defeito (retangular ou eliacutep-
tico) e a localizaccedilatildeo do mesmo (superfiacutecie interna
ou externa do duto) Ao clicar no botatildeo ldquoDefect Pa-
rametersrdquo da janela principal do PIPEFLAW eacute exibi-
da uma outra janela na qual o usuaacuterio visualiza atra-
veacutes de iacutecones intuitivos as principais dimensotildees do
defeito retangular (fig 9) ou do defeito eliacuteptico (fig
10) de acordo com a geometria escolhida no swi-
tch ldquoDefect Shaperdquo
Figura 5 ndash Janela principal do Patran com omenu PipeFlaw personalizado e integrado ao
sistema MSCPatran
Figure 5 ndash Patran main window with thepersonalized PipeFlaw menu and integrated inthe MSCPatran system
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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151
Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro volume 3 n 1 p 141 176
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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144
maior grau de dificuldade e trabalho manual em funccedilatildeode procedimentos e regras que satildeo aplicados para garan-
tir uma boa qualidade da malha Um modelo de duto con-
tendo um simples defeito como o mostrado na figura 3
pode levar horas ou ateacute mesmo dias para ser gerado de-
pendendo da experiecircncia e habilidade do engenheiro com
o software de modelagem Quanto maior as dimensotildees
do defeito eou mais complexo for a configuraccedilatildeo do mo-
delo ndash por exemplo duto com muacuteltiplos defeitos (fig 4) ndashmaior seraacute o tempo necessaacuterio para a modelagem Com a
automatizaccedilatildeo do processo de modelagem o tempo eacute re-
duzido drasticamente (dias minutos) permitindo assim
que o engenheiro possa apelar para ferramentas computa-
cionais na tomada de decisotildees sobre a integridade estrutu-
ral de um duto corroiacutedo
objetivos
A principal proposta do trabalho eacute apresentar um con-
junto de ferramentas computacionais que produzem au-
tomaticamente modelos de dutos com defeitos prontos
para serem analisados em programas comerciais que
implementam o MEF a partir de alguns paracircmetros que
localizem e forneccedilam as dimensotildees principais do duto e
Figura 3 ndash Exemplo de modelo de frac14 de dutocontendo um uacutenico defeito retangular simplespadratildeo de discretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 3 ndash Example of frac14 model of pipe containinga single simple rectangular defect discretizationstandard adopted by CenpesPetrobras
Figura 4 ndash Exemplo de modelo de elementosfinitos de duto contendo muacuteltiplos defeitos decorrosatildeo cuja malha possui o padratildeo dediscretizaccedilatildeo adotado pelo CenpesPetrobras
Figure 4 ndash Example of FE model of pipecontaining multiple corrosion defects in a meshusing the discretization standard adopted byCenpesPetrobras
do defeito (ou de uma seacuterie de defeitos) Essas ferramen-
tas satildeo baseadas no programa comercial de preacute e poacutes-
processamento MSCPatran (Patran 2005) e foram pro-
duzidas por meio da linguagem de programaccedilatildeo PCL ( pa-
tran command language) O programa de geraccedilatildeo auto-
maacutetica de modelos de dutos com defeito (denominado
programa PIPEFLAW) tem interface graacutefica simplificada e
personalizada de forma que um engenheiro com no-
ccedilotildees baacutesicas de simulaccedilatildeo computacional com elemen-
tos finitos possa gerar rapidamente modelos que resul-
tem em simulaccedilotildees precisas e confiaacuteveis (Cabral 2007)
Os modelos gerados automaticamente pelo programa
PIPEFLAW contecircm malhas discretizadas com elementos
finitos soacutelidos hexaeacutedricos e jaacute possuem o padratildeo de dis-
cretizaccedilatildeo utilizado pelo CenpesPetrobras
O trabalho apresenta tambeacutem uma outra ferramen-
ta computacional especialmente desenvolvida na lingua-gem Python (PYTHON 2005) para automatizar o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares do
CenpesPetrobras Esse procedimento que eacute baseado
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no recurso ldquoSaveRestart rdquo do ANSYS (ANSYS 2004)exige que o engenheiro detenha boa parte do seu tem-
po coletando e interpretando os resultados obtidos a
cada passo de incremento de carga da anaacutelise natildeo-line-
ar tornando o trabalho mais uma vez bastante repetiti-
vo demorado e muito propenso a erros
benefiacutecios
As ferramentas computacionais automaacuteticas aqui
apresentadas foram produzidas em um projeto de pes-
quisa por induccedilatildeo do CenpesPetrobras Entendendo que
a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute uma das principais fer-
ramentas para a avaliaccedilatildeo da integridade estrutural de
dutos os benefiacutecios obtidos pela companhia operadora
de dutos ao utilizar essas ferramentas automaacuteticas satildeo
vaacuterios entre eles reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do mo-delo (dias minutos) reduccedilatildeo de erros de modelagem
uso eficiente de matildeo-de-obra especializada economia
de recursos e aumento da seguranccedila operacional
programa PIPEFLAW
O programa PIPEFLAW compotildee todo o conjuntode funccedilotildees e classes de interface graacutefica implemen-
tadas na linguagem PCL para a geraccedilatildeo automaacutetica
de modelos de elementos finitos de defeitos de cor-
rosatildeo em dutos (Cabral 2007) Com as ferramentas
desenvolvidas ateacute o momento eacute possiacutevel gerar auto-
maticamente modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados
na superfiacutecie interna ou externa do duto e podendo
assumir configuraccedilotildees de defeito isolado muacuteltiplos
defeitos alinhados (longitudinalmente ou circunferen-
cialmente) ou muacuteltiplos defeitos localizados em posi-
ccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
A figura 5 mostra a interface graacutefica personalizada do
programa PIPEFLAW integrada ao software Patran atra-
veacutes do menu adicionado agrave janela principal do Patran Os
itens contidos nesse menu representam de maneira intui-
tiva as principais etapas do processo de modelagem Afigura 6 ilustra a integraccedilatildeo da interface graacutefica do pro-
grama PIPEFLAW com o sistema Patran por meio dos ar-
quivos de inicializaccedilatildeo initpcl e p3epilogpcl Toda a inter-
face graacutefica foi estruturada na forma de classes definidasdentro de um uacutenico arquivo (PipeFlaw_UIpcl ) A figura 7
mostra as principais classes implementadas ateacute o momen-
to para o gerenciamento dos eventos ocorridos na inter-
face graacutefica personalizada
entrada de dados via interface graacutefica
A figura 8 mostra a janela principal do programaPIPEFLAW para entrada de dados para a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo Essa janela eacute composta de vaacuterios elementos
graacuteficos (menus bototildees switches e caixas de da-
dos) que servem para capturar os principais paracirc-
metros geomeacutetricos da modelagem informados pelo
usuaacuterio de forma intuitiva A figura 8 mostra deta-
lhe do menu ldquoMethod rdquo contendo os diferentes ti-
pos de configuraccedilotildees de defeitos que podem ser mo-
delados pelo PIPEFLAW
Os valores do diacircmetro espessura e comprimen-
to do duto satildeo capturados atraveacutes de caixas de diaacute-
logo contidas no campo ldquoPipe Parametersrdquo da figu-
ra 8 Em seguida o usuaacuterio deve informar (por meio
de switches) a forma do defeito (retangular ou eliacutep-
tico) e a localizaccedilatildeo do mesmo (superfiacutecie interna
ou externa do duto) Ao clicar no botatildeo ldquoDefect Pa-
rametersrdquo da janela principal do PIPEFLAW eacute exibi-
da uma outra janela na qual o usuaacuterio visualiza atra-
veacutes de iacutecones intuitivos as principais dimensotildees do
defeito retangular (fig 9) ou do defeito eliacuteptico (fig
10) de acordo com a geometria escolhida no swi-
tch ldquoDefect Shaperdquo
Figura 5 ndash Janela principal do Patran com omenu PipeFlaw personalizado e integrado ao
sistema MSCPatran
Figure 5 ndash Patran main window with thepersonalized PipeFlaw menu and integrated inthe MSCPatran system
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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152
modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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158
validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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httpslidepdfcomreaderfull12-helder-lima-dias-cabral 3136
171
referecircncias bibl iograacuteficas
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Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
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INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
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EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
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cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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no recurso ldquoSaveRestart rdquo do ANSYS (ANSYS 2004)exige que o engenheiro detenha boa parte do seu tem-
po coletando e interpretando os resultados obtidos a
cada passo de incremento de carga da anaacutelise natildeo-line-
ar tornando o trabalho mais uma vez bastante repetiti-
vo demorado e muito propenso a erros
benefiacutecios
As ferramentas computacionais automaacuteticas aqui
apresentadas foram produzidas em um projeto de pes-
quisa por induccedilatildeo do CenpesPetrobras Entendendo que
a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute uma das principais fer-
ramentas para a avaliaccedilatildeo da integridade estrutural de
dutos os benefiacutecios obtidos pela companhia operadora
de dutos ao utilizar essas ferramentas automaacuteticas satildeo
vaacuterios entre eles reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do mo-delo (dias minutos) reduccedilatildeo de erros de modelagem
uso eficiente de matildeo-de-obra especializada economia
de recursos e aumento da seguranccedila operacional
programa PIPEFLAW
O programa PIPEFLAW compotildee todo o conjuntode funccedilotildees e classes de interface graacutefica implemen-
tadas na linguagem PCL para a geraccedilatildeo automaacutetica
de modelos de elementos finitos de defeitos de cor-
rosatildeo em dutos (Cabral 2007) Com as ferramentas
desenvolvidas ateacute o momento eacute possiacutevel gerar auto-
maticamente modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados
na superfiacutecie interna ou externa do duto e podendo
assumir configuraccedilotildees de defeito isolado muacuteltiplos
defeitos alinhados (longitudinalmente ou circunferen-
cialmente) ou muacuteltiplos defeitos localizados em posi-
ccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
A figura 5 mostra a interface graacutefica personalizada do
programa PIPEFLAW integrada ao software Patran atra-
veacutes do menu adicionado agrave janela principal do Patran Os
itens contidos nesse menu representam de maneira intui-
tiva as principais etapas do processo de modelagem Afigura 6 ilustra a integraccedilatildeo da interface graacutefica do pro-
grama PIPEFLAW com o sistema Patran por meio dos ar-
quivos de inicializaccedilatildeo initpcl e p3epilogpcl Toda a inter-
face graacutefica foi estruturada na forma de classes definidasdentro de um uacutenico arquivo (PipeFlaw_UIpcl ) A figura 7
mostra as principais classes implementadas ateacute o momen-
to para o gerenciamento dos eventos ocorridos na inter-
face graacutefica personalizada
entrada de dados via interface graacutefica
A figura 8 mostra a janela principal do programaPIPEFLAW para entrada de dados para a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos de dutos com defeitos de cor-
rosatildeo Essa janela eacute composta de vaacuterios elementos
graacuteficos (menus bototildees switches e caixas de da-
dos) que servem para capturar os principais paracirc-
metros geomeacutetricos da modelagem informados pelo
usuaacuterio de forma intuitiva A figura 8 mostra deta-
lhe do menu ldquoMethod rdquo contendo os diferentes ti-
pos de configuraccedilotildees de defeitos que podem ser mo-
delados pelo PIPEFLAW
Os valores do diacircmetro espessura e comprimen-
to do duto satildeo capturados atraveacutes de caixas de diaacute-
logo contidas no campo ldquoPipe Parametersrdquo da figu-
ra 8 Em seguida o usuaacuterio deve informar (por meio
de switches) a forma do defeito (retangular ou eliacutep-
tico) e a localizaccedilatildeo do mesmo (superfiacutecie interna
ou externa do duto) Ao clicar no botatildeo ldquoDefect Pa-
rametersrdquo da janela principal do PIPEFLAW eacute exibi-
da uma outra janela na qual o usuaacuterio visualiza atra-
veacutes de iacutecones intuitivos as principais dimensotildees do
defeito retangular (fig 9) ou do defeito eliacuteptico (fig
10) de acordo com a geometria escolhida no swi-
tch ldquoDefect Shaperdquo
Figura 5 ndash Janela principal do Patran com omenu PipeFlaw personalizado e integrado ao
sistema MSCPatran
Figure 5 ndash Patran main window with thepersonalized PipeFlaw menu and integrated inthe MSCPatran system
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Figura 6 ndash Estrutura geral do programa PIPEFLAW com suas principais classes implementadas
Figure 6 ndash PIPEFLAW program general structure with its principal classes implemented
Figura 7 ndash Principais classes implementadas emPCL para o gerenciamento dos eventos da
interface graacutefica gerados pelo usuaacuterio
Figure 7 ndash Principal classes implemented in PCLfor the management of the graphic interfaceevents generated by the user
Para o caso de muacuteltiplos defeitos o botatildeo ldquoDefect
Positionrdquo da janela principal do PIPEFLAW (fig 8) eacute ati-
vado Quando o usuaacuterio clica nesse botatildeo a janela para
captura de dados das posiccedilotildees dos defeitos eacute exibida
de acordo com a configuraccedilatildeo de defeitos escolhida
pelo usuaacuterio muacuteltiplos defeitos alinhados longitudinal-
mente (fig 11) muacuteltiplos defeitos alinhados circunfe-
rencialmente (fig 12) e muacuteltiplos defeitos localizados
em posiccedilatildeo arbitraacuteria (fig 13) Essas janelas possuem
uma caixa de dados para que o usuaacuterio entre com as
posiccedilotildees individuais de cada defeito e uma tabela onde
os valores satildeo exibidos agrave medida que o usuaacuterio vai digi-
tando os valores A utilizaccedilatildeo de iacutecones facilita muito acomunicaccedilatildeo com o usuaacuterio permitindo que o mesmo
identifique de forma clara e raacutepida como utilizar os ob-
jetos contidos na interface graacutefica
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro volume 3 n 1 p 141 176
167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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176
expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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Figura 8 ndash Janela principal doPIPEFLAW para entrada dos dadospara geraccedilatildeo automaacutetica de modelosde elementos finitos de dutos comdefeitos de corrosatildeo
Figure 8 ndash PIPEFLAW principal windowfor data input to automaticallygenerate FE models of pipelines with
corrosion defects
Figura 9 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito retangular
Figure 9 ndash Window for rectangular defectdimension data capture
Figura 10 ndash Janela para captura dos dadosrelacionados agraves dimensotildees do defeito eliacuteptico
Figure 10 ndash Window for elliptical defectdimension data capture
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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159
LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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175
expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 11 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados longitudinalmente
Figure 11 ndash Window for input of longitudinalaligned defect positions
Figura 12 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos alinhados circunferencialmente
Figure 12 ndash Window for input of circumferentialaligned defect positions
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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150
modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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158
validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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159
LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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174
autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Figura 13 ndash Janela para entrada das posiccedilotildeesdos defeitos localizados em posiccedilatildeo arbitraacuteria
Figure 13 ndash Window for input of arbitrarypositioned defects
modelagem automaacutetica
O procedimento automaacutetico de geraccedilatildeo de malha
do programa PIPEFLAW permite gerar modelos de acor-
do com o padratildeo de discretizaccedilatildeo utilizado pelo Cenpes
Petrobras A figura 14 e a figura 15 mostram exemplos
de modelos de defeitos de geometria retangular e eliacutep-
tica respectivamente gerados automaticamente peloPIPEFLAW em menos de dois minutos Esses modelos jaacute
possuem o mesmo padratildeo de discretizaccedilatildeo de malha
utilizado pelo CenpesPetrobras
A figura 16 mostra um fluxograma simplificado das princi-pais tarefas executadas pelo PIPEFLAW durante a geraccedilatildeo au-
tomaacutetica dos modelos Apoacutes a obtenccedilatildeo dos dados de entra-
da por meio da interface graacutefica eacute entatildeo iniciado o processo
de geraccedilatildeo automaacutetica do modelo A seguir satildeo descritas de
forma resumida as principais etapas envolvidas no processo
de geraccedilatildeo da geometria e malha de um defeito retangular
(interno ou externo) De forma geral essas mesmas etapas
satildeo executadas para o caso de defeito com geometria eliacuteptica
Figura 14 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoretangular interno gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 14 ndash Model example of pipeline with internalrectangular defect automatically generated byPIPEFLAW
Figura 15 ndash Exemplo de modelo de duto com defe itoeliacuteptico externo gerado automaticamente peloPIPEFLAW
Figure 15 ndash Model example of pipeline with externalelliptical defect automatically generated byPIPEFLAW
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
158
validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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330
5341
630
700
7182
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ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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modelagem da regiatildeo do defeito
A primeira etapa executada pelo programa PIPEFLAW
eacute a modelagem da regiatildeo do defeito Essa etapa inclui a
geraccedilatildeo da geometria e malha do defeito (fig 17) O
programa calcula a espessura dos elementos na regiatildeo
do defeito dividindo o comprimento da espessura rema-
nescente (T-D) por quatro (modelos de defeitos gerados
pelo PIPEFLAW contecircm sempre quatro elementos ao lon-
go da espessura) Esse nuacutemero foi adotado em funccedilatildeo
de estudos realizados anteriormente por vaacuterios autores
inclusive pelo CenpesPetrobras O comprimento meacutedio
global dos elementos ( glb_length) eacute entatildeo obtido multi-plicando o valor da espessura do elemento por 13 Isso
daacute aos elementos uma forma parecida com a de um cubo
de dimensotildees iguais A partir do caacutelculo do paracircmetro
glb_length eacute feita uma estimativa do nuacutemero de ele-
mentos no restante do modelo em funccedilatildeo das medidas
geomeacutetricas das arestas de cada soacutelido
modelagem das regiotildees adjacentes
A segunda etapa executada pelo programa PIPEFLAW
corresponde agrave modelagem das regiotildees de transiccedilatildeo de
Figura 16 ndash Fluxograma simplificadodas principais etapas que englobam amodelagem automaacutetica atraveacutes do
programa PIPEFLAW
Figure 16 ndash Simplified flowchart of theprincipal automatic modeling stagesthrough the PIPEFLAW program
Figura 17 ndash Geraccedilatildeo da geometria e malha naregiatildeo do defeito retangular
Figure 17 ndash Generation of geometry and mesh
in the rectangular defect region
malha adjacentes ao defeito A discretizaccedilatildeo completa do
modelo inclui aleacutem da regiatildeo do defeito anteriormente
discutida seis regiotildees adjacentes para transiccedilatildeo de malha
e que estatildeo indicadas na figura 18 Dentre as seis regiotildees
tecircm-se uma regiatildeo de transiccedilatildeo ao longo da espessura
trecircs regiotildees de transiccedilatildeo ao longo da superfiacutecie e duas
regiotildees de expansatildeo de malha (sem transiccedilotildees) O niacutevel de
refinamento das regiotildees de transiccedilatildeo vai diminuindo agrave
medida que vatildeo se distanciando da regiatildeo do defeito
Figura 18 ndash Exemplo de modelo discretizado incluindo a regiatildeo dodefeito e as seis regiotildees adjacentes para expansatildeo e transiccedilatildeo de malha
Figure 18 ndash Example of discretized model including the defect regionand the six adjacent regions for the mesh expansion and transition
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
158
validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Em trabalhos anteriores (Cabral et al 2006) as transi-ccedilotildees ao longo das superfiacutecies foram feitas simplesmente
por meio de ldquomesh seedsrdquo num uacutenico soacutelido (fig 19) No
entanto o aspecto da malha torna-se bastante irregular agrave
medida que as dimensotildees dos defeitos aumentam o que
natildeo condiz com o padratildeo de malha adotado pelo Cenpes
No procedimento automaacutetico do programa PIPEFLAW satildeo
gerados vaacuterios soacutelidos menores (com comprimento equi-
valente a dois elementos) cujas malhas satildeo geradas indi-vidualmente (fig 20) O algoritmo desenvolvido usa ape-
nas transiccedilotildees do tipo de ldquo2 elementos para 1 elementordquo
na primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Esse tipo de transiccedilatildeo
eacute bastante suave e garante a mesma qualidade e padratildeo
da malha usado pelo Cenpes
Figura 19 ndash Modo alternativo para geraccedilatildeo da transiccedilatildeo de malha nasuperfiacutecie procedimento mais faacutecil de ser implementado em PCL poreacutemresulta em malhas natildeo-suaves e natildeo-uniformes com concentraccedilatildeo deelementos muito pequenos na regiatildeo fora do defeito
Figure 19 ndash Alternative method to generate the mesh transition onto thesurface a process simpler to implement in PCL however this results in
rough and irregular meshes with a concentration of very small elementsin the region outside the defect
O algoritmo implementado para a geraccedilatildeo da segun-
da transiccedilatildeo na superfiacutecie (fig 21) e terceira transiccedilatildeo na
superfiacutecie (fig 22) eacute justamente o contraacuterio do utilizado
na geraccedilatildeo da primeira transiccedilatildeo na superfiacutecie Ou seja
para cada dois ou trecircs soacutelidos vizinhos pertencentes agrave
regiatildeo imediatamente anterior (soacutelidos na cor preta) eacute
gerado um novo soacutelido (cor azul) e malha usando as tran-siccedilotildees entre elementos vizinhos do tipo de ldquo2 elementos
para 1 elementordquo e de ldquo3 para 1rdquo dando preferecircncia
sempre ao tipo de transiccedilatildeo de ldquo2 para 1rdquo
Figura 20 ndash Primeira transiccedilatildeo de malha ao longo da superfiacutecieutilizando o padratildeo adotado pelo Cenpes
Figure 20 ndash First mesh transition all over the surface using theCenpes adopted standard
Figura 21 ndash Geraccedilatildeo da segunda transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 21 ndash Generation of the second transition over the surface
Figura 22 ndash Geraccedilatildeo da terceira transiccedilatildeo na superfiacutecie
Figure 22 ndash Generation of the third transition over the surface
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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158
validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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159
LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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modelagem de muacuteltiplos defeitos
A geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos alinhados eacute execu-
tada a partir dos grupos (soacutelido e malha) de cada regiatildeo
jaacute gerada anteriormente Assim em funccedilatildeo da localiza-
ccedilatildeo de cada defeito fornecida pelo usuaacuterio via interface
graacutefica os grupos satildeo entatildeo transladados ou rotacio-
nados para as suas devidas posiccedilotildees Isso significa que
as geometrias e malhas para cada regiatildeo do defeito eadjacecircncias satildeo simplesmente uma coacutepia dos grupos
que definem essas regiotildees As uacutenicas regiotildees onde satildeo
geradas novas geometrias e malhas satildeo as regiotildees re-
manescentes entre defeitos adjacentes A figura 23
apresenta exemplos de modelos com muacuteltiplos defei-
tos (retangulares ou eliacutepticos) alinhados ou localizados
em posiccedilotildees arbitraacuterias ao longo do duto
O programa permite trecircs niacuteveis de proximidade entredefeitos adjacentes conforme a figura 24 (niacutevel 0 niacutevel
1 e niacutevel 3) O niacutevel 0 mostrado em detalhe na figura 25
eacute o limite maacuteximo de proximidade entre defeitos Isso
significa que o programa natildeo permite a geraccedilatildeo de de-
Figura 23 ndash Exemplos de modelos com muacuteltiplosdefeitos de corrosatildeo (alinhados ou localizadosem posiccedilatildeo arbitraacuteria)
Figure 23 ndash Examples of models with multiplecorrosion defects (aligned or located in arbitrarypositions)
feitos cuja distacircncia entre centros (medida na direccedilatildeo lon-gitudinal ou circunferencial) seja menor que duas vezes
o comprimento da caixa fixa do defeito (2Box_Defect )
O niacutevel 1 (em detalhe na figura 26) e o niacutevel 3 (fig 24)
satildeo os limites relacionados agrave primeira e terceira transiccedilatildeo
na superfiacutecie respectivamente De posse desses valores
o algoritmo de geraccedilatildeo de muacuteltiplos defeitos verifica a
distacircncia entre centros dos defeitos adjacentes e compa-
ra com as distacircncias limites de transiccedilatildeo A decisatildeo derealizar determinadas transiccedilotildees seraacute dada de acordo com
o niacutevel de proximidade entre os defeitos
Figura 24 ndash Exemplo de modelo com trecircs niacuteveis de proximidadesentre defeitos
Figure 24 ndash Example of a model with three levels of grouped defects
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Figura 25 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos5 e 6 (niacutevel 0)
Figure 25 ndash Detail of the region between defects
5 and 6 (level 0)
Figura 26 ndash Detalhe da regiatildeo entre os defeitos6 e 7 (niacutevel 1)
Figure 26 ndash Detail of the region between defects6 and 7 (level 1)
modelagem computacional adotada
elemento finito utilizado
Quando se trata de modelagem de muacuteltiplos defei-
tos ou defeitos de geometria complexa a tendecircncia eacute
utilizar elementos soacutelidos pois com esses tipos de ele-
mentos eacute possiacutevel obter uma melhor ideacuteia do perfil de
tensotildees e deformaccedilotildees ao longo da espessura rema-nescente do duto e capturar melhor o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos (Chouchaoui e Pick 1994 1996
Cronin 2002)
A metodologia adotada no trabalho consistiu em
utilizar uma malha mais refinada com elementos soacuteli-
dos hexaeacutedricos de oito noacutes (Hex8) na regiatildeo do defei-
to e agrave medida que vai se distanciando do mesmo di-
minui-se a densidade de elementos para economizartempo computacional Essa eacute uma metodologia jaacute bas-
tante utilizada pelo CenpesPetrobras e que aqui foi ado-
tada apoacutes estudos de convergecircncia usando diferentes
niacuteveis de refinamento de malha Eacute vaacutelido lembrar que o
programa PIPEFLAW permite que o usuaacuterio escolha o
tipo de elemento hexaeacutedrico que seraacute utilizado no mo-
delo (Hex8 ndash linear ou Hex20 ndash quadraacutetico)
condiccedilotildees de contorno carregamento epropriedades do material
Os exemplos aqui tratados estatildeo submetidos a um
carregamento de pressatildeo interna e tensatildeo longitudi-
nal resultante da aplicaccedilatildeo dessa pressatildeo As pres-
sotildees satildeo aplicadas sempre perpendicularmente agrave su-
perfiacutecie do duto de forma automaacutetica pelo programa
PIPEFLAW Devido agrave simetria do defeito e carregamen-tos pode-se modelar apenas 14 do duto (fig 27)
Dessa forma considera-se como condiccedilatildeo de contor-
no a simetria na seccedilatildeo longitudinal do duto (restri-
ccedilatildeo de deslocamentos nulos na direccedilatildeo x) e a sime-
tria na seccedilatildeo transversal em uma das extremidades
do duto (restriccedilatildeo de deslocamentos nulos na dire-
ccedilatildeo z) Para evitar um movimento de corpo riacutegido
restringem-se os deslocamentos na direccedilatildeo y ao lon-go de uma linha geratriz do duto O material consi-
derado nas anaacutelises foi o accedilo API 5L-X80 o mesmo
utilizado nos trabalhos experimentais e numeacutericos
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
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Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Moacutedulo de elas ticidade longitudinal
Coeficiente de Poisson
Tensatildeo de escoamento
Tensatilde o uacuteltima verdadeira
Deformaccedilatildeo verdadeira (mmmm) Tensatildeo verdadeira(MPa)
0 0
0002671 5341
0009 586356
00125 6073325
00187197 631703
00225671 6426945
00272592 6537068
00362591 6702555
0039593 6753539
00432324 6804538
00472031 6855568
00515325 6906619
0061388 700875
00669801 705984
00830373 7186498
00868612 7213181
01 7297026
012 7406435
015 7541836
Deformaccedilatildeo correspondente agrave tensatildeo
2 0 0 0 0 0E M P a=
0 3ν =
5 3 4 1e s c
M P aσ =
escσ 0 0 0 2 6 7 1e s cε =
7 1 8 2
u l t M P aσ =
realizados por Benjamin et al (2005) e Andrade et al (2006) Esse material possui comportamento elas-
to-plaacutestico com endurecimento isotroacutepico e foi ado-
tado como criteacuterio de escoamento o criteacuterio de von
Mises A figura 28 apresenta a curva tensatildeo verda-
deira versus deformaccedilatildeo verdadeira do material cons-
truiacuteda a partir da equaccedilatildeo de Ramberg-Osgood de-
terminada nos experimentos realizados por Benjamin
et al (2005) conforme a equaccedilatildeo 1
Figura 27 ndash Condiccedilotildees de contorno ecarregamentos aplicados no duto considerando-se dois planos de simetria
Figure 27 ndash Boundary and load conditionsapplied to the pipe under two symmetry planes
Figura 28 ndash Curva tensatildeo verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira(material API 5L-X80)
Figure 28 ndash True stress versus true strain (material API 5L-X80)
Tabela 1 ndash Dados do Material API 5L-X80
Table 1 ndash Material data for API 5L-X80
(1)
Onde
ε σ
e σ
u correspondem agrave deformaccedilatildeo verda-
deira tensatildeo verdadeira e tensatildeo uacuteltima verdadeira do
material respectivamente A tabela 1 mostra os princi-pais dados do material bem como os pares de tensatildeo
verdadeira versus deformaccedilatildeo verdadeira utilizados na
modelagem numeacuterica
12642026
00788174
uE
σ σε
σ
= + sdot
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
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webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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criteacuterio de falha e anaacutelise natildeo-linear
O criteacuterio de falha adotado aqui foi o mesmo criteacute-
rio adotado por Andrade et al (2006) e estabelece que
a falha eacute atingida quando as tensotildees de von Mises ao
longo da direccedilatildeo radial (todos os pontos situados na
espessura do duto) dentro de um grupo de defeitos
exceder a uacuteltima tensatildeo verdadeira do material (σ
u)
Devido agraves caracteriacutesticas altamente natildeo-lineares do pro-blema consideraram-se nas anaacutelises os efeitos de gran-
des deformaccedilotildees e grandes deslocamentos (natildeo-linea-
ridade geomeacutetrica) endurecimento e natildeo-linearidade
do material Utilizou-se o meacutetodo ldquofull Newton-Raph-
sonrdquo disponiacutevel no ANSYS (ANSYS 2004) para resol-
ver o conjunto de equaccedilotildees natildeo-lineares que represen-
tam matematicamente o problema estrutural
ferramenta de automatiza-ccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear
Durante alguns projetos de consultoria e pesquisa fi-
nanciados e monitorados pela Petrobras utilizou-se o pro-
cedimento de controle de anaacutelises natildeo-lineares adotado
pelo Cenpes que eacute baseado no recurso ldquoSaveRestart rdquodo ANSYS (ANSYS 2004) Esse procedimento exige que
o engenheiro detenha boa parte do seu tempo (aproxi-
madamente de hora em hora) coletando e interpretando
os resultados obtidos a cada passo de incremento de car-
ga da anaacutelise natildeo-linear o que torna o trabalho bastante
repetitivo demorado e muito propenso a erros
A fim de tornar esse processo mais raacutepido e mais
confiaacutevel foi criada uma ferramenta automaacutetica paracontrolar anaacutelises natildeo-lineares no ANSYS baseado no
procedimento padratildeo preacute-estabelecido pelo CenpesPe-
trobras (Benjamin e Andrade 2005) Para isso foi im-
plementado um programa interpretado ( script ) na lin-
guagem de programaccedilatildeo Python (PYTHON 2005) a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio da
execuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas A
figura 29 mostra de forma simplificada os principais blo-cos de tarefas executadas pelo script durante o proces-
so de controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear A en-
trada de dados ainda natildeo possui interface graacutefica e o
usuaacuterio deve abrir o arquivo principal do programa parafornecer manualmente os dados relacionados agrave geo-
metria material e os criteacuterios de convergecircncia e parada
da anaacutelise Ao final da etapa de entrada de dados eacute
realizado o preacute-processamento automaacutetico onde satildeo ge-
rados os seis arquivos necessaacuterios para a anaacutelise natildeo-
linear conforme a figura 30 Esses arquivos jaacute possuem
o formato padratildeo utilizado no procedimento de anaacuteli-
ses do Cenpes e satildeo gerados a partir do arquivo princi-pal do modelo IDTS3prp gerado automaticamente pelo
sistema MSCPatran A figura 31 ilustra de forma sim-
plificada o acesso do script ao solver e ao processo de
gerenciamento dos arquivos utilizados durante a exe-
cuccedilatildeo da anaacutelise natildeo-linear automaacutetica No final da
anaacutelise o ldquo script rdquo acessa as informaccedilotildees contidas no
arquivo ldquoResumedat rdquo e gera automaticamente o his-
toacuterico da anaacutelise natildeo-linear em um novo arquivo noformato Excel (PyExcelerator 2005) A figura 32 mostra
o exemplo de parte de uma planilha Excel gerada auto-
maticamente contendo o resumo do histoacuterico da anaacute-
lise destacando os seus principais passos
Figura 29 ndash Fluxograma das principais tarefasexecutadas pelo script de automatizaccedilatildeo daanaacutelise natildeo-linear
Figure 29 ndash Flowchart of the principal tasksexecuted by the automatic non-l inearanalysis script
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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161
A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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webgrafia
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Figura 30 ndash Diretoacuterio Input onde satildeo criados osarquivos padratildeo e de modelagem utilizados no
procedimento automaacutetico de anaacutelise natildeo-linear
Figure 30 ndash Input directory where the standard
and model files are created that are used in the
automatic non-linear process
Figura 31 ndash Manipulaccedilatildeo dos arquivos e acesso ao solver pelo
script durante um passo de carga da anaacutelise natildeo-linear
Figure 31 ndash File manipulation and access to solver by script during
a load step of the non-linear analysis
Figura 32 ndash Exemplo de parte de uma planilha Excel com o histoacuterico da
anaacutelise natildeo-linear gerada automaticamente Em destaque passo 2 (iniacutecio
do escoamento) passo 17 (limite de deformaccedilatildeo plaacutestica ndash 00025 ndash foi
ultrapassado) e o passo 17a (onde o criteacuterio de ruptura foi atingido)
Figure 32 ndash Example of part of the Excel spreadsheet with the
automatically generated non-linear records Highlighted step 2 (start
of flow) step 17 (plastic deformation limit ndash 00025 ndash exceeded) and
step 17a (where the rupture criteria was reached)
resultadosexemplos gerados automaticamentepelo PIPEFLAW
Aqui satildeo apresentados alguns exemplos de modelos
gerados automaticamente por meio do programa
PIPEFLAW desenvolvido durante este trabalho Tais exem-
plos buscam mostrar natildeo somente a versatilidade e a ro-
bustez do programa ndash em relaccedilatildeo agrave variaccedilatildeo dos diversos
paracircmetros do defeito ndash como tambeacutem identificar situa-
ccedilotildees geomeacutetricas extremas nas quais a geraccedilatildeo automaacuteti-
ca comeccedila a falhar
A figura 33 apresenta as principais dimensotildees de um de-
feito retangular Nos exemplos mostrados a seguir as dimen-
sotildees do duto utilizadas foram diacircmetro externo (DE) igual a
480 mm e espessura (T) igual a 9 mm O defeito mais raso
que o programa PIPEFLAW conseguiu gerar sem apresentar
problemas tinha profundidade equivalente a 7 da espessu-
ra de parede do duto (D = 063 mm) e raio de adoccedilamento
(RA) igual a 027 mm conforme exemplo mostrado na figura
34 O detalhe mais proacuteximo do modelo pode ser visto na
figura 35 (regiatildeo do defeito propriamente dito) e na figura 36
(detalhe da regiatildeo do raio de adoccedilamento) Na situaccedilatildeo limi-
te oposta o programa gerou modelos com profundidade deateacute 80 da espessura de parede do duto (D = 72 mm)
utilizando um raio de adoccedilamento de 35 mm conforme
mostrado na figura 37 A figura 38 mostra detalhe da regiatildeo
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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159
LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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174
autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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proacutexima ao defeito e a figura 39 mostra o detalhe da regiatildeodentro do defeito englobando o raio de adoccedilamento e o raio
de concordacircncia
Respeitadas as restriccedilotildees geomeacutetricas o programa
PIPEFLAW gera defeitos de qualquer dimensatildeo Benjamin
et al (2000) e Noronha Jr et al (2002) analisaram experi-
mentalmente e numericamente respectivamente o com-
portamento de dutos na presenccedila de defeitos longos de
corrosatildeo A figura 40 apresenta vista global do modelogerado automaticamente pelo PIPEFLAW de um dos espeacute-
cimes tubulares analisados nesses estudos (espeacutecime tu-
bular ET 42) com as respectivas dimensotildees do duto e do
defeito A figura 41 apresenta uma visatildeo mais proacutexima do
modelo ET 42 na regiatildeo do defeito Nesse caso particular
utilizando-se uma maacutequina AMD Sempron 2600 (18 GHz
e 448 MB RAM) foram necessaacuterios apenas vinte e nove
minutos para que o modelo ET 42 fosse gerado completa-mente Dependendo da experiecircncia do engenheiro com o
software o duto com defeito longo poderia levar vaacuterios
dias para ser modelado manualmente
Figura 33 ndash Principais dimensotildees do defeito
retangular
Figure 33 ndash Principal dimensions of the
rectangular defect
Figura 34 ndash Modelo de defeito muito raso (profundidade igual a
7 da espessura do duto)
Figure 34 ndash Model of a very shallow defect (depth equal to 7 of
the pipe thickness)
Figura 35 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito raso
Figure 35 ndash Detail of the very shallow defect region
Figura 36 ndash Detalhe da regiatildeo do raio
de adoccedilamento do defeito muito raso
Figure 36 ndash Detail of the softeningradius region of the very shallow defect
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
reference manual Disponiacutevel em lthttpwwwpythonorg docgt Acesso em 10 ago 2008
SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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validaccedilatildeo das ferramentas desenvolvi-das
O meacutetodo dos elementos finitos (MEF) tem se mostra-
do uma das ferramentas mais eficientes para a avaliaccedilatildeo
correta da integridade estrutural de dutos com defeitos
Figura 37 ndash Detalhe da malha de um defeito muito profundo (80da espessura do duto)
Figure 37 ndash Mesh detail of a very deep defect (80 of the pipe
thickness)
Figura 38 ndash Detalhe da regiatildeo do defeito muito profundo
Figure 38 ndash Detail of the very deep defect region
Figura 39 ndash Detalhe da regiatildeo englobandoo raio de adoccedilamento e o raio deconcordacircncia do defeito muito profundo
Figure 39 ndash Detail of the region covering
the softening radius and the concordanceradius of the very deep defect
Figura 40 ndash Vista global do modelo ET 42 (com defeito longo)
gerado automaticamente pelo PIPEFLAW
Figure 40 ndash Global view of the ET 42 model (with a long defect)automatically generated by PIPEFLAW
Figura 41 ndash Vista aproximada da regiatildeo do defeito do modelo ET 42
Figure 41 ndash View close to the region of the ET 42 defect model
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
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nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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172
re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
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CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
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MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
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Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
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(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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webgrafia
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PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
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ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
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ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
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tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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LL LC D RA RC SL SC SC
[m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ] [m m ]
IDTS2 396 319 539 35 8 - - - 6650
IDTS3 396 319 532 35 8 205 - - 6570
IDTS4
396 32 562 35 8 - 99 1165 6940
Modelo
DE = 4 588 mm (diacircmetro externo do duto)
T = 81 m m (espes sura iacutentegra do duto)
Valor real natildeo conhecido
1 0 0 [ ] D
T sdot
No entanto eacute vaacutelido lembrar que os resultados das simu-laccedilotildees numeacutericas via MEF soacute tecircm confiabilidade se os
modelos de elementos finitos forem previamente valida-
dos por meio da comparaccedilatildeo com testes de laboratoacuterio
Aqui satildeo apresentados alguns resultados de simula-
ccedilotildees numeacutericas que foram realizadas utilizando os mo-
delos computacionais gerados automaticamente pelo
programa PIPEFLAW Realizou-se a simulaccedilatildeo numeacuterica
em trecircs dos seis espeacutecimes tubulares que foram ensaia-dos experimentalmente por Benjamin et al (2005) e si-
mulados numericamente por Andrade et al (2006) A
figura 42 apresenta a configuraccedilatildeo dos defeitos retangu-
lares contidos nos trecircs espeacutecimes tubulares (IDTS2 IDTS3
e IDTS4) que foram modelados utilizando as ferramen-
tas automaacuteticas do programa PIPEFLAW O modelo IDTS2
apresenta um defeito simples o modelo IDTS3 conteacutem
dois defeitos alinhados longitudinalmente e o modeloIDTS4 conteacutem dois defeitos alinhados circunferencialmen-
te Os defeitos foram usinados por eletro-erosatildeo assu-
mindo a forma retangular na superfiacutecie externa do duto
e as suas principais dimensotildees satildeo apresentadas na ta-
bela 2 (ver ilustraccedilatildeo das dimensotildees nas figuras 33 e 42)
Tabela 2 ndash Dimensotildees reais dos defeitosusinados nos trecircs espeacutecimes tubulares
Table 2 ndash Real dimensions of defectsused in the three tubular specimens
Figura 42 ndash Configuraccedilatildeo dos defeitos artificiaisde corrosatildeo analisados experimentalmente porBenjaminet al (2005) e simulados numericamentepor Andrade et al (2006)
Figure 42 ndash Artificial corrosion defect configurationexperimentally analyzed by Benjamin et al (2005)and numerically simulated by Andradeet al (2006)
No programa PIPEFLAW a distacircncia angular Φ equi-valente agrave distacircncia real de 99 mm eacute de 523ordm enquan-
to que o acircngulo usado para o modelo IDTS4 foi de 545ordm
(equivalente agrave distacircncia de SC = 1165 mm) Isso ocor-
reu devido ao fato de que a distacircncia entre os defeitos
do modelo IDTS4 (99 mm) excedeu o limite miacutenimo
permitido pelo programa PIPEFLAW (niacutevel 0) Portanto
o modelo aqui simulado difere desses valores e por isso
foi denominado de IDTS4
pressotildees de falha experimental versuspressotildees estimadas
As fotos dos defeitos dos espeacutecimes IDTS2 IDTS3
e IDTS4 obtidas nos ensaios experimentais realizados
por Benjamin et al (2005) logo apoacutes a ruptura satildeo
apresentadas na figura 43 As linhas na cor vermelhaindicam a regiatildeo onde a falha ocorreu A tabela 3
apresenta as pressotildees de falha medidas experimen-
talmente em laboratoacuterio por Benjamin et al (2005)
as obtidas numericamente via MEF por Andrade et
al (2006) as obtidas numericamente via MEF (utili-
zando as ferramentas automaacuteticas do PIPEFLAW) e
as pressotildees de falha obtidas via meacutetodo semi-empiacuteri-
co (BS 7910) Os erros das pressotildees das falhas estima-
das (numericamente e via meacutetodo semi-empiacuterico) em
relaccedilatildeo agrave pressatildeo de falha experimental tambeacutem es-
tatildeo indicados na tabela 3
Pode-se observar que os erros obtidos via MEF fo-
ram bastante semelhantes entre si e apresentaram ex-
celente concordacircncia com os resultados experimentais
Os resultados numeacutericos obtidos por Andrade et al (2006)
na estimativa da pressatildeo de ruptura ficaram dentro da
faixa de -383 e +549 Resultados semelhantes fo-ram obtidos neste trabalho onde os erros numeacutericos fi-
caram dentro da faixa de -231 e +598 Os valores
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
160
Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
162
Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Experimental Empiacuterico Empiacuterico
Pf1 Pf2 Pf3
ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
IDTS2 22679 2271 22844 21253 014 073 -629
IDTS3 20314 19535 19844 18511 -383 -231 -888
IDTS4 21138 22298 22403
20944 549 +598
-092Erro meacutedio
2 - - - - 315 301 536
983109983154983154983151983080983077983081 983101 983131 983080 983120983142 983145 983085 983120983142983109983128983120 983081 983087 983080983120983142983109983128983120983081 983133 983086 983089983088983088983077 983080 983145 983101 983089983084 983090 983141 983091 983081
983109983154983154983151 983149eacute 983140983145 983151 983101 983223 983164 983109983154983154983151 983164 983087983091
Pressotildees de Falha [MPa] Erro1 ()Numeacuterico (MEF) Numeacuterico
Espeacutecime Pf(EXP)ANDRADE
et alPIPEFLAW BS 7910
da pressatildeo de falhas estimadas via meacutetodo semi-empiacuteri-co (BS 7910) apresentaram valores mais conservadores
em relaccedilatildeo aos obtidos via MEF para todos os espeacuteci-
mes Para os espeacutecimes IDTS2 (defeito simples) e IDTS3
(dois defeitos alinhados longitudinalmente) os erros fi-
caram entre -629 e -888 respectivamente com-
provando assim o conservadorismo embutido nos meacute-
todos semi-empiacutericos
Figura 43 ndash Fotos dos defeitos dos espeacutecimesIDTS2 IDTS3 e IDTS4 apoacutes a ruptura (adaptadode Benjamin et al 2005)
Figure 43 ndash Photos of specimen defects IDTS2IDTS3 and IDTS4 after the burst (adapted fromBenjamin et al 2005)
Tabela 3 ndash Pressatildeo de falha experimentale pressotildees de falha estimadas (via MEFe via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910)
Table 3 ndash Experimental failure pressuresand estimated failure pressures (with FEM
and with semi empirical method BS 7910)
As figuras 44 45 e 46 apresentam a distribuiccedilatildeo detensotildees de von Mises na regiatildeo dos defeitos dos mode-
los IDTS2 IDTS3 e IDTS4 respectivamente Essas fi-
guras apresentam a distribuiccedilatildeo de tensatildeo no instante
da pressatildeo final de cada modelo juntamente com a con-
figuraccedilatildeo deformada (utilizou-se um fator de escala igual
a 5 para a configuraccedilatildeo deformada) Comparando as
figuras 44 45 e 46 com a figura contendo as fotos do
ensaio experimental (fig 43) pode-se observar que aconfiguraccedilatildeo de falha dos espeacutecimes IDTS2 e IDTS4
determinada por meio da simulaccedilatildeo numeacuterica via MEF
foi muito proacutexima da configuraccedilatildeo de falha real obser-
vada nos experimentos em laboratoacuterio permitindo re-
presentar de forma bastante satisfatoacuteria a configuraccedilatildeo
deformada dos defeitos e detectar de forma precisa o
local onde a falha ocorreu
O modelo IDTS3 (com dois defeitos alinhados lon-gitudinalmente) apresentou os maiores niacuteveis de ten-
satildeo justamente na regiatildeo entre os defeitos (escala de
tensatildeo na cor vermelha da figura 45) o que caracteriza
uma configuraccedilatildeo de falha um pouco diferente do que
foi observado nos experimentos em laboratoacuterio onde
a falha ocorreu dentro de um defeito (fig 43) No en-
tanto o mapa de tensotildees do modelo IDTS3 indica que
a regiatildeo onde ocorreu a falha tambeacutem estaacute sujeita a
altos niacuteveis de tensatildeo (segundo niacutevel mais alto de ten-
satildeo representado pela cor amarela na escala de ten-
sotildees) O modelo IDTS4 (com dois defeitos alinhados
circunferencialmente) apresentou os maiores niacuteveis de
tensatildeo na regiatildeo mais externa dos defeitos (fig 46)
confirmando assim os resultados observados em labo-
ratoacuterio (fig 43)
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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referecircncias bibl iograacuteficas
ANDRADE E Q BENJAMIN A C MACHADO JUNIOR P R
S PEREIRA L C JACOB B P CARNEIRO E G GUERREIRO J
N C SILVA R C C NORONHA JUNIOR D B Finite element
modeling of the behavior of pipelines containing interacting
corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 25 2006
Hamburg GermanyAnais dohellip New York American Society of
Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
nitos Rio de Janeiro Petrobras Cenpes PampD de Produccedilatildeo
Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
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pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
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SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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A figura 47 apresenta os resultados das variaccedilotildees
das tensotildees de von Mises em funccedilatildeo dos valores de
incremento de pressatildeo interna para os trecircs modelos si-mulados (IDTS2 IDTS3 e IDTS4) Esses resultados fo-
ram extraiacutedos do ponto localizado na superfiacutecie exter-
na do duto na regiatildeo do defeito sujeita aos maiores
niacuteveis de tensatildeo As curvas apresentam os trecircs estaacutegios
distintos conforme sugerido no apecircndice G da norma
BS 7910 O primeiro estaacutegio eacute uma relaccedilatildeo linear entre
tensatildeo e pressatildeo interna aplicada Esse estaacutegio segue
ateacute o ponto onde o limite elaacutestico eacute atingido ( y = 5341MPa) No segundo estaacutegio as maacuteximas tensotildees de von
Mises permanecem constantes ou aumentam ligeira-
mente ateacute que toda a espessura remanescente do duto
plastifique O terceiro estaacutegio eacute dominado pelo fenocirc-
meno do endurecimento do material e segue ateacute o pon-
to onde ocorre a falha
estudos parameacutetricos
O programa PIPEFLAW para geraccedilatildeo automaacutetica de
modelos de elementos finitos de dutos com defeitos de
Figura 44 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeona regiatildeo do defeito (modelo IDTS2)
Figure 44 ndash Detail of the stress distribution inthe defect region (model IDTS2)
Figura 45 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo
na regiatildeo dos defeitos (modelo IDTS3)
Figure 45 ndash Detail of the stress distribution inthe defect regions (model IDTS3)
Figura 46 ndash Detalhe da distribuiccedilatildeo de tensatildeo na regiatildeo dosdefeitos (modelo IDTS4)
Figure 46 ndash Detail of the stress distribution in the defect regions(model IDTS4)
σ
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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171
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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172
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SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
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ccedilatildeo do software
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Figura 47 ndash Variaccedilatildeo das tensotildees (von Mises)em funccedilatildeo da pressatildeo interna aplicada para os
trecircs modelos analisados
Figure 47 ndash Stress variation (von Mises) caused
by the internal pressure applied to the three
analyzed models
corrosatildeo comprovou ser uma excelente ferramenta para
a raacutepida criaccedilatildeo de modelos que resultem em simula-
ccedilotildees precisas e confiaacuteveis O uso dessa ferramenta con-
tribui para acelerar o processo de modelagem facili-
tando por exemplo a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetri-
cos Aqui seratildeo apresentados de forma resumida os prin-
cipais resultados obtidos de estudos parameacutetricos reali-
zados anteriormente onde foi investigado o comporta-
mento da pressatildeo de falha de dutos na presenccedila de
muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo alinhados circunferencial-mente (Cabral et al 2007a) e longitudinalmente (Ca-
bral et al 2007b) O principal objetivo desses estudos
foi investigar o efeito da interaccedilatildeo entre defeitos na
pressatildeo de falha de dutos corroiacutedos usando as ferra-
mentas do PIPEFLAW
A metodologia do estudo parameacutetrico foi feita va-
riando-se a distacircncia entre os defeitos e a quantidade
de defeitos Foram analisados trecircs grupos de modeloscontendo dois trecircs e quatro defeitos idecircnticos alinha-
dos tanto na direccedilatildeo circunferencial quanto na direccedilatildeo
longitudinal do duto A fim de investigar o efeito da
interaccedilatildeo para cada um dos trecircs grupos foi gerada umaseacuterie de cinco e sete modelos para os estudos parameacute-
tricos de interaccedilatildeo entre defeitos alinhados na direccedilatildeo
circunferencial e longitudinal respectivamente Esses
modelos continham defeitos idecircnticos separados igual-
mente por uma determinada distacircncia circunferencial
(SC) ou longitudinal (S
L)
Os modelos de elementos finitos foram identificados
por um nome padratildeo que indica o status
do modelo(MD ndash muacuteltiplos defeitos ou SD ndash defeito simples) o nuacute-
mero de defeitos (2 3 ou 4) seguido da letra correspon-
dente agrave configuraccedilatildeo dos defeitos (C ndash alinhados circun-
ferencialmente ou L ndash alinhados longitudinalmente) e a
distacircncia entre os defeitos em funccedilatildeo da espessura iacutente-
gra do duto (2T 3T etc ) Por exemplo o modelo
MD_2L_3T indica um modelo de duto com dois defeitos
alinhados longitudinalmente e separados igualmente da
distacircncia equivalente a trecircs vezes a espessura do duto
defeitos alinhados circunferencialmente
A tabela 4 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados durante o estudo parameacutetrico cir-
cunferencial As simulaccedilotildees numeacutericas considerando os
defeitos isolados tambeacutem foram realizadas Foram ge-
rados quatro modelos de defeito isolado (SD_LC1
SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) O modelo SD_LC1 repre-
senta o defeito isolado com comprimento circunferen-
cial (LC) igual ao valor utilizado nos modelos com muacutel-
tiplos defeitos (300 mm) Os demais modelos com de-
feito isolado (SD_LC2 SD_LC3 e SD_LC4) foram anali-
sados para investigar o efeito do comprimento circun-
ferencial do defeito na pressatildeo de falha do duto
Os resultados das pressotildees de falha dos modelosanalisados estatildeo apresentados na tabela 5 Pode-se
observar que para esse tipo de defeito o comprimen-
to circunferencial (LC) natildeo influencia na pressatildeo de fa-
lha do duto (tabela 4) Uma variaccedilatildeo de 400 no valor
de LC (entre os modelos SD_LC1 e SD_LC4) causou uma
pequena variaccedilatildeo na pressatildeo de falha de apenas ndash
045 Portanto a desconsideraccedilatildeo do valor de LC na
estimativa da pressatildeo de falha atraveacutes dos meacutetodossemi-empiacutericos eacute bastante adequada para esse tipo de
defeito De forma geral os resultados da tabela 5 indi-
cam que as pressotildees de falha estimadas natildeo satildeo in-
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Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro volume 3 n 1 p 141 176
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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176
expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
163
Modelo
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_2C_
2T
MD_2C_
6T
Pf ME F
[MPa]
ModeloMD_3C_
2T
MD_3C_
6T
Pf ME F
[MPa]
Modelo MD_4C_ 2T
MD_4C_ 6T
Pf ME F
[MPa]
Grupo de 4 defeitos
MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
24458 24421 24396 24377 24377
24458 24458 24421 24421 24421
24486
Grupo de 3 defeitos
MD_3C_3T MD_3C_4T MD_3C_5T
MD_2C_3T MD_2C_4T MD_2C_5T
24583 24583 24508 24508
2463 24601 24592 24515
Grupo de 2 defeitos
Defeitos is olados
SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3 SD_LC4
DE LD
[m m ] [m m ]
480 250000 6000
MD_2C_6T
MD_3C_6T
MD_4C_6T
54
Dim ens otildees do duto D im ens otildees do defeito retangular
T
[mm]
LL
[mm]
LC
[mm]
D
[mm]
RA
[mm]
RC
[mm]
8
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD _ 2C _ 2T MD _ 2C _ 3T MD _ 2C _ 4T MD _ 2C _ 5T
MD_3C_2T MD_3C_3T MD_3C_4T
9 40 30 54 2
SD_LC4
MD_3C_5T
MD_4C_2T MD_4C_3T MD_4C_4T MD_4C_5T
Defeitos iso lados
Modelos SD_LC1 SD_LC2 SD_LC3
Dis tacircncia SC[m m ] 18 27 36 45
Comprimento
circunferencial LC30 60 90 120
100[] D
T sdot
fluenciadas nem pelo nuacutemero de defeitos alinhados nadireccedilatildeo circunferencial e nem pela distacircncia entre os
mesmos Isso confirma os resultados obtidos anterior-
mente anteriormente onde Chouchaoui e Pick (1994)
mostraram que natildeo haacute o efeito de interaccedilatildeo para o
caso de defeitos alinhados circunferencialmente
As distribuiccedilotildees de tensotildees de von Mises do modelo
com defeito isolado e para os modelos com defeitos
alinhados circunferencialmente e separados pela distacircn-cia igual a 2T (menor distacircncia) e pela distacircncia igual a
6T (maior distacircncia) estatildeo apresentadas nas figuras 48
a 54 Pode-se observar que mesmo na situaccedilatildeo ondeos defeitos estatildeo mais proacuteximos (figs 49 a 51) a distri-
buiccedilatildeo das tensotildees eacute bastante semelhante ao modelo
SD_LC1 com defeito isolado (fig 48) Conforme indica-
do nessas figuras os diferentes niacuteveis de tensotildees apre-
sentam praticamente a mesma aacuterea de extensatildeo Aleacutem
disso dentro de uma seacuterie de defeitos alinhados circun-
ferencialmente e separados por uma pequena distacircn-
cia o defeito que estaacute sujeito aos maiores niacuteveis de ten-sotildees eacute o defeito mais externo (ver regiatildeo na cor verme-
lha nas figuras 49 a 51)
Tabela 4 ndash Dimensotildees do duto edefeitos dos modelos analisados no
estudo parameacutetrico com defeitosalinhados circunferencialmente
Table 4 ndash Pipe and defect dimensionsof the analyzed models in theparametric study with circumferentiallyaligned defects
Tabela 5 ndash Pressotildees de falhas estimadas
via MEF (estudo circunferencial)nenhuma interaccedilatildeo entre defeitos
Table 5 ndash Estimated failure pressureswith FEM (circumferential study) nointeraction between defects
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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169
MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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172
re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
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res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
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Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
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SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
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SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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174
autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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175
expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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176
expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
164
MD_4C_2T
35653330
5341630
7007182
736924
ANSYS 90
MD_3C_2T
33716
330
5341
630
700
7182
734585
ANSYS 90
MD_2C_2T
29416330
5341630
7007182
734208
ANSYS 90
SD_LC1
22914330
5341630
7007182
731554
ANSYS 90
Figura 48 ndash Tensotildees de von Mises na regiatildeo dodefeito isolado do modelo SD_LC1
Figure 48 ndash Von Mises stress in the isolateddefect region of model SD_LC1
Figura 49 ndash Tensotildees de von Mises do modelo
MD_2C_2T
Figure 49 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_2T
Figura 50 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_3C_2T
Figure 50 ndash Von Mises stress of model MD_3C_2T
Figura 51 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4C_2T
Figure 51 ndash Von Mises stress of model MD_4C_2T
B l i eacute i d P d atilde d P oacutel d P b Ri d J i l 3 deg 1 141 176
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
165
MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro volume 3 n 1 p 141 176
167
SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4C_6T
30141
330
5341
630
700
7182
733554
ANSYS 90
MD_3C_6T
297330
5341630
7007182
733359
ANSYS 90
MD_2C_6T
29151330
5341630
7007182
733018
ANSYS 90
defeitos alinhados longitudinalmente
A tabela 6 apresenta as dimensotildees do duto e dos
defeitos investigados no estudo parameacutetrico de intera-
ccedilatildeo entre defeitos alinhados longitudinalmente com os
correspondentes modelos de defeito isolado seguindo
o mesmo raciociacutenio adotado no estudo parameacutetrico cir-
cunferencial A tabela 7 apresenta os resultados das
pressotildees de falhas estimadas numericamente via MEF
juntamente com os valores de pressotildees de falhas esti-madas via meacutetodo semi-empiacuterico BS 7910 Todos os va-
lores de pressatildeo de falhas estimadas atraveacutes do meacuteto-
do BS 7910 apresentaram valores mais conservadores
quando comparados com os resultados obtidos via MEF
especialmente para os defeitos isolados mais longos
A figura 55 mostra o graacutefico das pressotildees de falha
(estimadas via MEF) em funccedilatildeo da distacircncia entre de-
feitos para os trecircs grupos de modelos analisados com
dois (MD_2L) trecircs (MD_3L) e quatro (MD_4L) defeitos
alinhados longitudinalmente Os valores de pressatildeo de
falhas para os quatro modelos com defeito isolado tam-
Figura 52 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2C_6T
Figure 52 ndash Von Mises stress of modelMD_2C_6T
Figura 53 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3C_6T
Figure 53 ndash Von Mises stress of modelMD_3C_6T
Figura 54 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4C_6T
Figure 54 ndash Von Mises stress of modelMD_4C_6T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF Cabral et al
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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170
tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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174
autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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175
expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
166
Modelo
PfFEM [MPa]
PfBS [MPa]
Modelo MD_2L_ 2T MD_2L_ 4T MD_2L_ 6T MD_2L_ 15T
PfFEM [MPa] 22315 2307 2342 24315
PfBS [MPa] 20695 21021 21255 23418
Modelo MD_3L_ 2T MD_3L_ 4T MD_3L_ 6T MD_3L_ 15T
PfFEM [MPa] 20640 21731 22470 24070
PfBS [MPa] 18864 19658 20232 23418
Modelo MD_4L_ 2T MD_4L_ 4T MD_4L_ 6T MD_4L_ 15T
PfFEM [MPa] 19315 21070 22070 24040
PfBS [MPa] 17793 18959 19769 2341818438 19395 20866
Grupo de 4 defeitos (MD-4L)
MD_4L_ 3T MD_4L_ 5T MD_4L_ 10T
20261 21600 23315
21315 22115 23440
19301 19964 21061
20876 21145 21621
Grupo de 3 defeitos (MD-3L)
MD_3L_ 3T MD_3L_ 5T MD_3L_ 10T
Grupo de 2 defeitos (MD-2L)
MD_2L_ 3T MD_2L_ 5T MD_2L_ 10T
22782 2324 23915
24583 22182 19790 17876
23418 20088 17455 15705
Defeitos simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
DE [mm]T
[mm]
4800 90 60
Distacircncia
SL [mm]
Modelos
LL [mm] 400 800 1200 1600
Defeito simples
SD_LL1 SD_LL2 SD_LL3 SD_LL4
MD_3L_10T
MD_4L_15T
180 270 360 450 540 900 1350
MD_4L_2T MD_4L_3T
MD_3L_15TMD_3L_5T MD_3L_6T
Muacuteltiplos defeitos
Modelos
MD_2L_2T MD_2L_3T MD_2L_4T MD_2L_5T MD_2L_6T MD_2L_10T MD_2L_15T
MD_4L_4T MD_4L_5T MD_4L_6T MD_4L_10T
MD_3L_3T MD_3L_4TMD_3L_2T
80
Dimensotildees do duto Dimensotildees do defeito retangular
LD [mm] LL [mm] LC [mm] D [mm] RA [mm] RC [mm]
2025000 400 300 54
100[] D
T sdot
Tabela 6 ndash Dimensotildees do duto e defeitos dos modelos analisados no estudo parameacutetrico com defeitos alinhados longitudinalmente
Table 6 ndash Pipe and defect dimensions of the analyzed models in the parametric study with longitudinally aligned defects
Tabela 7 ndash Pressotildees de falhas estimadas via MEF e via norma BS 7910 (estudo longitudinal) efeito da interaccedilatildeo entre defeitos
Table 7 ndash Estimated failure pressures with FEM and with standard BS 7910 (longitudinal study) interaction effect between defects
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
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MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
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Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
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costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
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CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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174
autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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175
expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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176
expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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SD_LL1
23789330
5341630
7007182
729723
ANSYS 90
beacutem estatildeo indicados por meio de quatro linhas horizon-tais Conforme indicado na figura 55 a pressatildeo de falha
parece ser mais influenciada pelo nuacutemero de defeitos do
que pela distacircncia entre eles especialmente para os
modelos onde os defeitos estatildeo mais proacuteximos No en-
tanto essa influecircncia do nuacutemero de defeitos natildeo tende
a continuar indefinidamente conforme constatado no
graacutefico onde se verifica que a distacircncia entre as curvas
MD-2L e MD-3L eacute maior do que a distacircncia entre as cur-vas MD-3L e MD-4L Conforme esperado aumentando
a distacircncia entre defeitos os valores de pressatildeo de falha
tendem a atingir o limite superior de 24583 MPa
(equivalente agrave pressatildeo de falha estimada para o modelo
com defeito simples ndash SD_LL1) de forma assintoacutetica
Em contraste com o estudo parameacutetrico circunferen-
cial mostrou-se que haacute uma reduccedilatildeo na resistecircncia resi-
dual de dutos corroiacutedos devido ao efeito da interaccedilatildeo en-
tre defeitos quando estatildeo alinhados longitudinalmente
(Chouchaoui e Pick 1996) Isso eacute confirmado aqui atraveacutes
das figuras 56 a 62 onde satildeo apresentadas as distribuiccedilotildees
de tensotildees do modelo com defeito isolado e para os mo-
delos com defeitos separados pela menor distancia (2T) e
separados pela maior distacircncia (15T) Para o caso de de-
feitos separados por 2T (figs 57 a 59) o efeito de intera-
ccedilatildeo entre defeitos foi evidente conforme indicado pelos
dois niacuteveis de tensatildeo mais altos (regiotildees na cor vermelha e
amarela) localizados no defeito central Esses altos niacuteveis
de tensatildeo confirmam tambeacutem o fato de que em uma seacuterie
de defeitos alinhados longitudinalmente o defeito central
tende a falhar primeiro Aleacutem disso o niacutevel de tensatildeo mais
alto (regiatildeo na cor vermelha) ocorre ao longo da espessura
iacutentegra do duto (existente ao redor do defeito central) su-
gerindo assim que em uma situaccedilatildeo limite onde natildeo haacute
nenhuma separaccedilatildeo entre os defeitos adjacentes os de-feitos iratildeo se comportar como um defeito simples com com-
primento longitudinal equivalente agrave soma dos comprimen-
tos individuais de cada defeito
As regras de interaccedilatildeo entre defeitos propostas pela
norma BS 7910 trataram os defeitos separados por 15T
como sendo defeitos isolados uma vez que o valor de
15T excedeu o limite estabelecido pela norma Tratar de-
feitos como sendo isolados por meio dessa regra pareceser uma boa consideraccedilatildeo conforme indicado pelas distri-
buiccedilotildees de tensotildees de von Mises para os modelos com
defeitos separados por 15T (figs 60 a 62) Essas figuras
apresentam distribuiccedilotildees de tensotildees bastante semelhan-tes agraves de um defeito isolado (fig 62) sugerindo assim que
natildeo houve interaccedilatildeo substancial entre os defeitos a partir
dessa distacircncia
Figura 55 ndash Pressotildees de falha estimadas via MEF versus distacircncia
entre defeitos
Figure 55 ndash Estimated failure pressures with FEM versus distance
between defects
Figura 56 ndash Tensotildees de von Mises do modelo SD_LL1
Figure 56 ndash Von Mises stress of model SD_LL1
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
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dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
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SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
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niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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p p g
168
MD_3L_2T
12251
330
5341
630
700
7182
725565
ANSYS 90
MD_2L_15T
59131330
5341630
7007182
731005
ANSYS 90
MD_4L_2T
50085330
5341630
7007182
724542
ANSYS 90
MD_2L_2T
76095330
5341630
7007182
723732
ANSYS 90
Figura 57 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_2L_2T
Figure 57 ndash Von Mises stress of model MD_2L_2T
Figura 58 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_2T
Figure 58 ndash Von Mises stress of model MD_3L_2T
Figura 59 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_4L_2T
Figure 59 ndash Von Mises stress of model MD_4L_2T
Figura 60 ndash Tensotildees de von Mises do modelo MD_2L_15T
Figure 60 ndash Von Mises stress of model MD_2L_15T
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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referecircncias bibl iograacuteficas
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do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
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BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
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Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
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Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
reference manual Disponiacutevel em lthttpwwwpythonorg docgt Acesso em 10 ago 2008
SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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MD_4L_15T
48913
330
5341
630
700
7182
730744
ANSYS 90
MD_3L_15T
48346330
5341630
7007182
730897
ANSYS 90
conclusotildees e trabalhosfuturosprincipais contribuiccedilotildees
A principal contribuiccedilatildeo deste trabalho foi desenvolver
um conjunto de ferramentas computacionais confiaacuteveis e
robustas para a modelagem e a anaacutelise automaacutetica de de-feitos de corrosatildeo em dutos atraveacutes do meacutetodo dos ele-
mentos finitos As ferramentas para modelagem automaacuteti-
ca (programa PIPEFLAW) foram desenvolvidas por meio da
linguagem PCL ( patran command language) e foram inte-
gradas no software comercial de preacute e poacutes-processamento
MSCPatran por meio de interface graacutefica personalizada
O programa PIPEFLAW gera automaticamente mo-
delos de elementos finitos de dutos com defeitos de cor-rosatildeo com geometria retangular ou eliacuteptica situados na
superfiacutecie interna ou externa do duto podendo assumir
configuraccedilotildees de defeito isolado ou muacuteltiplos defeitos ali-
nhados (longitudinalmente ou circunferencialmente) Es-
ses modelos jaacute possuem o mesmo padratildeo de discretiza-
ccedilatildeo de malha utilizado pelo CenpesPetrobras
As ferramentas de modelagem automaacutetica do progra-
ma PIPEFLAW possuem interface graacutefica personalizada (ja-nelas bototildees switches caixas de diaacutelogo para captura de
dados tabelas com ceacutelulas e iacutecones ilustrativos) que per-
mitem que o usuaacuterio forneccedila os dados necessaacuterios para a
modelagem de forma amigaacutevel e intuitiva
O procedimento padratildeo de anaacutelises natildeo-lineares ado-
tado pelo CenpesPetrobras foi tambeacutem automatizado por
meio de um script implementado na linguagem Python a
partir do qual toda a anaacutelise eacute gerenciada por meio daexecuccedilatildeo automaacutetica de tarefas preacute-determinadas
conclusotildees
As ferramentas do programa PIPEFLAW para a gera-
ccedilatildeo automaacutetica de modelos de dutos com defeitos de
corrosatildeo foram aplicadas e validadas com sucesso Isso
permitiu a realizaccedilatildeo de estudos parameacutetricos de for-ma bastante raacutepida precisa e confiaacutevel
A interface graacutefica personalizada e desenvolvida es-
pecialmente para esse tipo de aplicaccedilatildeo facilitou bas-
Figura 61 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_3L_15T
Figure 61 ndash Von Mises stress of modelMD_3L_15T
Figura 62 ndash Tensotildees de von Mises do modeloMD_4L_15T
Figure 62 ndash Von Mises stress of model MD_4L_15T
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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referecircncias bibl iograacuteficas
ANDRADE E Q BENJAMIN A C MACHADO JUNIOR P R
S PEREIRA L C JACOB B P CARNEIRO E G GUERREIRO J
N C SILVA R C C NORONHA JUNIOR D B Finite element
modeling of the behavior of pipelines containing interacting
corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 25 2006
Hamburg GermanyAnais dohellip New York American Society of
Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
nitos Rio de Janeiro Petrobras Cenpes PampD de Produccedilatildeo
Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
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CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
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NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
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p 1751-1758
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(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
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SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
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niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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tante o trabalho de modelagem permitindo que usuaacute-rios com o miacutenimo conhecimento em simulaccedilatildeo via MEF
pudessem realizar a modelagem de defeitos de corro-
satildeo em dutos de forma bastante intuitiva e amigaacutevel
As ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares via script implementado na linguagem Python
foram aplicadas com sucesso nos modelos aqui apresen-
tados O ganho de tempo e eficiecircncia obtido utilizando-
se as ferramentas de automatizaccedilatildeo das anaacutelises natildeo-
lineares elimina a necessidade de se ter um engenheiro
repetindo um procedimento mecacircnico a cada passo da
anaacutelise permitindo que o mesmo se concentre em ava-
liar a confiabilidade e validade dos resultados
Os exemplos de modelos gerados automaticamente
pelo PIPEFLAW que foram aqui apresentados provaram
o sucesso a versatilidade e a confiabilidade do progra-
ma PIPEFLAW
Os resultados obtidos na primeira parte do estudo para-
meacutetrico comprovaram que natildeo haacute interaccedilatildeo entre defeitos
alinhados na direccedilatildeo circunferencial do duto Aleacutem disso em
uma seacuterie de defeitos alinhados circunferencialmente os de-
feitos mais externos estaratildeo sujeitos aos maiores niacuteveis de
tensatildeo e portanto satildeo os defeitos que iratildeo falhar primeiro
Os resultados obtidos na segunda parte do estudo
parameacutetrico confirmaram que quando os defeitos estatildeo
alinhados longitudinalmente haacute o efeito da interaccedilatildeoentre defeitos o que provoca uma consideraacutevel redu-
ccedilatildeo da resistecircncia residual de dutos corroiacutedos Aleacutem dis-
so em uma seacuterie de defeitos alinhados longitudinalmente
o defeito central tende a falhar primeiro
Entendendo que a anaacutelise de defeitos via MEF jaacute eacute
uma das principais ferramentas para a avaliaccedilatildeo da in-
tegridade estrutural de dutos os benefiacutecios obtidos pela
companhia operadora de dutos ao utilizar as ferramen-
tas automaacuteticas do PIPEFLAW satildeo vaacuterios
bullbullbullbullbull Reduccedilatildeo no tempo de criaccedilatildeo do modelo
com a aceleraccedilatildeo do processo de modelagem
visualizamos um futuro no qual o engenheiro pode
apelar para ferramentas computacionais e tomar
decisotildees baseadas nos seus resultados
bull
Reduccedilatildeo de erros de modelagem a geraccedilatildeoautomaacutetica por requisitar muito menor interven-
ccedilatildeo manual eacute muito menos propensa a erros do
que a geraccedilatildeo manual
bull Uso eficiente de matildeo de obra especializada
os engenheiros de tubulaccedilotildees satildeo em geral extre-
mamente competentes em sua aacuterea de atuaccedilatildeo Ter
os engenheiros sentados agrave frente de um computa-
Figura 63 ndash Exemplo de defeito com perfil
complexo gerado usando o Patran (Souza
2008)
Figure 63 ndash Example of defect with complex profile
generated using Patran (Souza 2008)
Figura 64 ndash Exemplo de modelagem de defeito
do tipo pit
Figure 64 ndash Example of a pit type defect
modeling
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referecircncias bibl iograacuteficas
ANDRADE E Q BENJAMIN A C MACHADO JUNIOR P R
S PEREIRA L C JACOB B P CARNEIRO E G GUERREIRO J
N C SILVA R C C NORONHA JUNIOR D B Finite element
modeling of the behavior of pipelines containing interacting
corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 25 2006
Hamburg GermanyAnais dohellip New York American Society of
Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
nitos Rio de Janeiro Petrobras Cenpes PampD de Produccedilatildeo
Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
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CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
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Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
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DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
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the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
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Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
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CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
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200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
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webgrafia
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pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
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SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
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Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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referecircncias bibl iograacuteficas
ANDRADE E Q BENJAMIN A C MACHADO JUNIOR P R
S PEREIRA L C JACOB B P CARNEIRO E G GUERREIRO J
N C SILVA R C C NORONHA JUNIOR D B Finite element
modeling of the behavior of pipelines containing interacting
corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 25 2006
Hamburg GermanyAnais dohellip New York American Society of
Mechanical Engineers 2006 1 CD-ROM (OMAE2006-92600)
BENJAMIN A C ANDRADE E Q Avaliaccedilatildeo de dutos
corroiacutedos com defeitos curtos Especificaccedilatildeo 13 (Revisatildeo2) procedimento para definiccedilatildeo da estrateacutegia de aplicaccedilatildeo
do carregamento em anaacutelises de ruptura de espeacutecimes tubu-
lares com defeitos curtos de corrosatildeo usando elementos fi-
nitos Rio de Janeiro Petrobras Cenpes PampD de Produccedilatildeo
Meacutetodos Cientiacuteficos 2005 Projeto 601295
BENJAMIN A C VIEIRA R D FREIRE J L F CASTRO J T
P Burst tests on pipeline with long external corrosion In
INTERNATIONAL PIPELINE CONFERENCE 3 2000 Calgary
Alberta Anais dohellip New York American society of Mecha-
nical Engineers 2000 v 2 p 793-799
BENJAMIN A C FREIRE J L F VIEIRA R D DINIZ J L CANDRADE E Q Burst tests on pipeline containing interac-
ting corrosion defects In INTERNATIONAL CONFERENCE ON
dor simplesmente repetindo um procedimento me-cacircnico que pode ser automatizado eacute um desvio de
funccedilatildeo O programa PIPEFLAW e as ferramentas de
controle automaacutetico da anaacutelise natildeo-linear permitem
que outros engenheiros que natildeo tenham treinamento
especiacutefico no programa de modelagem possam si-
mular modelos de forma raacutepida e confiaacutevel
bull Economia e seguranccedila claramente as vanta-
gens acima se traduzem em economia de recur-sos e no aumento da seguranccedila operacional Uma
avaliaccedilatildeo mais precisa da gravidade de um de-
feito permite que por exemplo se opere o duto
agrave pressatildeo reduzida com seguranccedila ateacute que uma
parada preacute-programada seja atingida
trabalhos em andamento
Outros projetos estatildeo em execuccedilatildeo envolvendo alunos de
Graduaccedilatildeo (Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica) Mestrado e Doutorado que
estatildeo contribuindo para a extensatildeo e melhoramento das fer-
ramentas do programa PIPEFLAW aqui apresentadas Os prin-
cipais trabalhos em andamento satildeo geraccedilatildeo e anaacutelise de
defeitos com perfil complexo (fig 63) defeitos no formato de
pits (fig 64) e automatizaccedilatildeo da visualizaccedilatildeo dos resultados
agradecimentosOs autores gostariam de agradecer ao CENPES
PETROBRAS em especial os engenheiros Adilson Car-
valho Benjamin e Edmundo Queiroz de Andrade pelas
valiosas discussotildees dos procedimentos de soluccedilatildeo e ge-
raccedilatildeo dos modelos que aqui foram implementados Es-
ses procedimentos foram resultados de projetos de con-
sultoria e pesquisa financiados e monitorados pela Pe-
trobras e foram muito importantes para que o grupo
PADMEC (Processamento de Alto Desempenho em Me-
cacircnica Computacional) utilizasse o knowhow jaacute adquiri-
do pela equipe do Cenpes Aleacutem disso os autores agra-
decem pelos valiosos artigos fornecidos pelo Cenpes e
que foram utilizados neste trabalho contendo os dados
experimentais e numeacutericos fundamentais para a valida-
ccedilatildeo das ferramentas aqui desenvolvidasOs autores agradecem tambeacutem agrave Finep (Finaciadora
de Estudos e Projetos) Capes (Coordenaccedilatildeo de Aper-
feiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior) CNPq (Con-
selho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecno-
loacutegico) e Petrobras pelo apoio financeiro fornecido para
os vaacuterios projetos de pesquisa desenvolvidos na aacuterea de
dutos pelo Grupo de Pesquisa PADMEC
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
reference manual Disponiacutevel em lthttpwwwpythonorg docgt Acesso em 10 ago 2008
SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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re fe recircnc ias b ib l iograacutef icas
OFFSHORE MECHANICS AND ARCTIC ENGINEERING 24
2005 Halkidiki Greacutecia Anais dohellip New York American
Society of Mechanical Engineers 2005 v 3 p 403-417
BRITISH STANDARDS INSTITUTION Guide on methods forassessing the acceptability of flaws in metallic structu-
res BSI BS 7910 London 1999 261 p
CABRAL H L D Desenvolvimento de ferramentas com-
putacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de
defeitos de corrosatildeo em dutos 2007 140 p Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia
Mecacircnica Universidade Federal de Pernambuco Recife 2007
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B COSTA F A LYRA
P R M AFONSO S M B TORRES J V S Automatizaccedilatildeo da
geraccedilatildeo e anaacutelise por elementos finitos de defeitos de corro-
satildeo em dutos In CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA
MECAcircNICA 4 2006 Recife Anais do Recife Editora
Universitaacuteria da UFPE 2006 v 1 p 1-13
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Modelagem e anaacutelise auto-
maacutetica de dutos com muacuteltiplos defeitos de corrosatildeo ali-
nhados circunferencialmente In CONGRESSO DE MEacuteTO-
DOS NUMEacuteRICOS EM ENGENHARIA CONGRESSO IBERO
LATINO-AMERICANO SOBRE MEacuteTODOS COMPUTACIONAIS
EM ENGENHARIA 28 2007 Porto Anais do Brasil As-sociaccedilatildeo Brasileira de Modelagem Computacional 2007
1 CD-ROM ID 1108
CABRAL H L D WILLMERSDORF R B AFONSO S M B
LYRA P R M ANDRADE E Q Finite element analyses of
the behaviour of pipelines with multiple longitudinally alig-
ned corrosion defects In INTERNATIONAL CONGRESS OF
MECHANICAL ENGINEERING 19 2007 Brasiacutelia Anais dohellip
Rio de Janeiro Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia e Ciecircn-
cias Mecacircnicas 2007 1 CD-ROM
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of circumferen-
tially aligned corrosion pits International Journal of Pres-sure Vessels and Piping Elsevier Oxford v 57 n 2 p 187-
200 1994
CHOUCHAOUI B A PICK R J Behaviour of longitudinally
aligned corrosion pits International Journal of Pressure Ves-
sels and Piping Elsevier Oxford v 67 n 1 p 17-35 1996
CRONIN D S Finite element analysis of complex corro-
sion defects In ASME 2002 Pressure Vessels and Piping
Conference (PVP2002) 2002 Vancouver BC Canada
Computational mechanics developments and applicati-
ons New York ASME International 2002 p 55-61 Pa-
per PVP2002-1288
DET NORSKE VERITAS Corroded pipelines DNV RP-F101
Norway 1999 50 p
HOPKINS P Training engineers in pipeline integrity In WES-
TERN REGIONAL GAS CONFERENCE 2002 Arizona EUA
Anais dohellip Aberdeen UK Penspen 2002 p 1-10
NORONHA JUNIOR D B BENJAMIN A C ANDRADE E
Q Finite element models for the prediction of failure of pipe-lines with long corrosion defects In INTERNATIONAL PIPELI-
NE CONFERENCE 4 Alberta Canadaacute Anais do New York
American Society of Mechanical Engineers 2002 v 1 pt 2
p 1751-1758
SOUZA A H T Ferramentas computacionais para a anaacute-
lise de dutos com defeitos de corrosatildeo 2008 Dissertaccedilatildeo
(Mestrado) ndash Universidade Federal de Pernambuco Recife 2008
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
httpslidepdfcomreaderfull12-helder-lima-dias-cabral 3336
173
webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
reference manual Disponiacutevel em lthttpwwwpythonorg docgt Acesso em 10 ago 2008
SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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httpslidepdfcomreaderfull12-helder-lima-dias-cabral 3536
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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webgrafia
ANSYS Release 90 Documentation Canonsburg PA Ansys
2004 Cap 3 Cap 8 Disponiacutevel em lthttpwwwansyscom
costumergt Acesso mediante aquisiccedilatildeo do software
PATRAN Help system MSCPatran Library (PCL Manuals)and MSCAcumen Library (Develop Manuals) Santa Ana
CA MSC Software Corporation 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwmscsoftwarecomgt Acesso mediante aquisi-
ccedilatildeo do software
PYEXCELERATOR Download pyExcelerator ndash 063a Last
update Oct 26 2005 Mountain View CA USA SourceFor-
ge 2005 Disponiacutevel em lthttpsourceforgenetprojects
pyexceleratorgt Acesso em 10 ago 2008
PYTHON Documentation release 241 tutorial and library
reference manual Disponiacutevel em lthttpwwwpythonorg docgt Acesso em 10 ago 2008
SAtildeO PAULO Secretaria de Estado do Meio Ambiente Com-
panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Aciden-
tes em Satildeo Paulo causas Satildeo Paulo CETESB 2008 Dispo-
niacutevel em lthttpwwwcetesbspgovbremergenciaaciden-
tesdutosaa_causasaspgt Acesso em 10 ago 2008
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autores
Heacutelder Lima Dias Cabral
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
hldcabralyahoocombr
Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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expanded abstract
The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
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The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
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Heacutelder Lima Dias Cabral eacute engenheiro mecacircnico formado pelaUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2005 No ano de 2007ainda na UFPE concluiu o Mestrado em Engenharia Mecacircnica (ecircnfaseem mecacircnica computacional) Durante o Mestrado participou de proje-tos junto ao grupo de Processamento de Alto Desempenho em Mecacircni-ca Computacional (PADMEC) na aacuterea de modelagem computacional de
defeitos de corrosatildeo em dutos usando o MEF e as linguagens de pro-gramaccedilatildeo PCL e Python Ingressou na Transpetro em 2007 onde atuacomo engenheiro na aacuterea operacional de gasodutos terrestres da ma-lha Nordeste Setentrional
Ramiro Brito Willmersdorf
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Engenharia Mecacircnica
ramirowillmersdorfnet
Ramiro Brito Willmersdorf possui Graduaccedilatildeo pelo Programa deEngenharia Mecacircnica (1986) da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) Mestrado em Engenharia Civil pelo Programa de EngenhariaCivil (1988) da COPPEUFRJ e PhD em Civil Engineering pela Universi-ty of Wales University College of Swansea (1993) Atualmente eacute Profes-sor Adjunto I do Departamento de Engenharia Mecacircnica da UFPE Tem
experiecircncia na aacuterea de Engenharia Mecacircnica com ecircnfase em Fenocircme-nos de Transporte Atua principalmente nos seguintes temas computa-ccedilatildeo de alto desempenho programaccedilatildeo cientiacutefica simulaccedilatildeo de reserva-toacuterios de petroacuteleo e propagaccedilatildeo de incertezas
Paulo Roberto Maciel Lyra
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Mecacircnica
prmlyraufpebr
Paulo Roberto Maciel Lyra eacute Professor Associado do Departa-mento de Engenharia Mecacircnica da UFPE e pesquisador do ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) Possuigraduaccedilatildeo em Engenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Enge-
nharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988) e Dou-torado em Civil and Computational Engineering pela University of Wa-les Swansea (1994) com Poacutes-Doutorado como Research Assistant noCivil and Computational Engineering Departement da University of Wa-les Swansea (1995) e com Poacutes-Doutorado como Visiting Associate Pro-fessor no Departament of Aeronautics and Astronautics ndash Massachu-setts Institute of Tecnology (MIT) (2003) Eacute liacuteder do grupo de Processa-mento de Alto Desempenho na Mecacircnica Computacional (PADMEC) etem experiecircncia nas Engenharias Civil e Mecacircnica com ecircnfase em Prin-ciacutepios Variacionais e Meacutetodos Numeacutericos Atua principalmente nos se-guintes temas dinacircmica dos fluidos computacional envolvendo dentreoutros meacutetodo dos elementos finitos meacutetodo dos volumes finitos adap-taccedilatildeo de malhas problemas acoplados biotransferecircncia de calor simu-laccedilatildeo de reservatoacuterios e computaccedilatildeo de alto desempenho
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Departamento de Engenharia Civil
smbufpebr
Silvana Maria Bastos Afonso da Silva possui Graduaccedilatildeo emEngenharia Civil pela UFPE (1984) Mestrado em Engenharia Civil pelaPUC-Rio (1988) e Doutorado em Engenharia Civil pela University ofWales (1995) Realizou o Poacutes-Doutoramento (2002-2003) no Massa-
chusets Institute of Technology (MIT) no departamento de Aeronaacuteuticae Astronaacuteutica Atualmente eacute Professor Associado I da UFPE Tem expe-riecircncia na aacuterea de Engenharia Civil Estruturas com ecircnfase em Meacutetodosde Otimizaccedilatildeo Aplicados a Projetos Estruturais atuando principalmentenos seguintes temas metodologias de aproximaccedilatildeo meacutetodo das basesreduzidas otimizaccedilatildeo de forma e topoloacutegica otimizaccedilatildeo multiobjetivocascas Tambeacutem exerce atividades ligadas a anaacutelise estrutural especifica-mente nos uacuteltimos anos em problemas ligados a Induacutestria do Petroacuteleo
Boletim teacutecnico de Produccedilatildeo de Petroacuteleo da Petrobras Rio de Janeiro - volume 3 ndeg 1 p 141-176
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The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
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The operational safety of hydrocarbon transport
pipelines is a major concern for all oil companies due
to the enormous economic social and public image
damage that can arise from a major pipeline accident
These pipelines must be monitored continuously and
potential problems must be reliably evaluated to
assess the structural integrity of the compromised pipe
and to allow it to be safely repaired before these
defects cause an accident There are many coded semi-
empirical methods available for corroded pipelines
integrity assessment such as BS 7910 and DNV RP-
F101 However the use of these codes implies a
simplification of the actual defect geometry leading
to a conservative prediction of the corroded pipefailure pressure which results in the premature
removal of pipelines
The Finite Element Method (FEM) is one of the most
efficient tools to reliably quantify the corroded pipe
remaining strength These tools allow the direct
simulation of the physical phenomena involved in the
pipe failure providing more precise results than those
found through semi-empirical methods and much fasterand cheaper results than those obtained through
experiments FEM analyses require however specific
knowledge and training that are not a characteristic of
all pipeline engineers The process of creating good
computational models for a pipeline with a defect which
includes precise defect geometry representation and the
generation of an appropriate mesh demands intense
manual engineering labor and it is also slow andextremely repetitive therefore it is very error prone
Normally this process is repeated from the very beginning
for each new defect to be analyzed in a clear waste of
qualified human resources
This work describes the application of the PIPEFLAW
program to automatically generate FE pipe models with
corrosion defects This program is based on the
MSCPatran pre-and post-processing software(PATRANhellip 2005) and has a set of computational tools
which were developed with PCL (Patran Command
Language) during a research project of PADMEC Research
Group for CenpesPetrobras The PIPEFLAW program has
a simplified and customized graphical interface so that
an engineer with basic notions of computational
simulation with FEM can rapidly generate models that
result in precise and reliable simulations
The PIPEFLAW program includes a set of functions
and graphical interface which allows the user to
automatically generate FE pipe models with rectangular
or elliptic shaped corrosion defects located on the internal
or external pipe surface Defects generated by the
PIPEFLAW program can assume the configuration of an
isolated defect (single defect) or multiple defects (aligned
or located in an arbitrary position)
PIPEFLAW tools were validated by comparing theresults of numerical simulations made with PIPEFLAW
tools with the numerical experimental and semi-empiric
results available in the literature In addition parametric
studies were conducted to investigate the failure behavior
of pipelines containing multiple corrosion defects aligned
in the longitudinal or circumferential direction Numerical
analyses were performed using ANSYS program and the
parametric studies were conducted varying the numberof defects and the distance between them to investigate
the effect of the interaction between the defects and
the predicted pipe failure pressure
This work describes also another set of
computational tools written in Python especially to
automatically control the non-linear analysis procedure
adopted by the Petrobras RampD Center Non-linear
analyses are run by a Python ldquoscriptrdquo which managesall analysis though the execution of preprogrammed
tasks This allows convergence criteria and load
increments adopted by Petrobras RampD Center to be
automatically applied using the ldquosaverestartrdquo
procedure of the ANSYS program
PIPEFLAW tools were successfully applied and
validated in this work These tools presented a rapid way
of generating reliable FE models facilitating the processof model generation reducing drastically (from days to
minutes) the time consuming generation of FE pipe
models with corrosion defects
Desenvolvimento de ferramentas computacionais para modelagem e anaacutelise automaacutetica de defeitos de corrosatildeo em dutos via MEF - Cabral et al
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expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first
8192019 12 Helder Lima Dias Cabral
httpslidepdfcomreaderfull12-helder-lima-dias-cabral 3636
176
expanded abst ract
The customized graphical user interface developed
especially for this kind of problem made the process
of modeling very easy This allows an engineer with a
basic knowledge of FEM computational simulation
rapidly generate models that result in precise and
reliable simulations
The results obtained by the circumferential parametric
study confirmed that multiple defects aligned in the
circumferential direction do not interact In addition in
a line of closely spaced circumferentially aligned defects
the outer defects are subjected to high stress levels and
have the tendency to fail first
Similarly results obtained by the longitudinal
parametric study confirmed that multiple defects alignedin the longitudinal direction interact reducing the
corroded pipe remaining strength In addition in a group
of longitudinally aligned defects the central defect will
have the tendency to fail first